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Edição Março/Abril 2012 - aeapg

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4 | <strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong><br />

MERCADO DE TRABALHO<br />

Perspectivas e tendências confirmam aquecimento d<br />

Boas perspectivas econômicas e imobiliárias indicam a continuidade da demanda por mão-de-obra especializada<br />

Afalta de profissionais especializados<br />

para atuar no ramo da construção<br />

civil não é nenhuma novidade para<br />

quem trabalha no setor. Mas, para<br />

compreender quais são as causas<br />

desse fenômeno social, como a questão deve<br />

ser encarada e quais são as perspectivas de<br />

mercado, é necessária uma reflexão mais<br />

aprofundada sobre o contexto da nossa<br />

realidade.<br />

De acordo com um estudo que mapeou<br />

o mercado de trabalho local nos últimos 10<br />

anos, a construção civil foi o 4º setor mais<br />

relevante na economia da nossa cidade,<br />

com contratações anuais que saltaram de 28<br />

para 556 trabalhadores, um incremento de<br />

aproximadamente 2.000% em 7 anos. Dentro<br />

do ramo da construção civil, o pedreiro e o<br />

servente de pedreiro foram os profissionais<br />

mais requisitados, sendo que, nos últimos 4<br />

anos, a função de pedreiro subiu no ranking<br />

geral das profissões com maior procura.<br />

O estudo, encomendado pela Agência do<br />

Trabalhador de Ponta Grossa, evidencia que a<br />

profissão de pedreiro é uma das atividades que<br />

mais será solicitada nos próximos anos.<br />

MITO QUE NÃO ATRAI NOVOS<br />

PROFISSIONAIS<br />

Conforme impressões verificadas com<br />

engenheiros civis atuantes, hoje em dia, a mão<br />

de obra jovem, que está prestes a se candidatar<br />

ao mercado de trabalho, não considera<br />

promissora as áreas técnicas da construção civil<br />

e acaba procurando outras áreas. “Atualmente<br />

as profissões de pedreiro, mestre de obras,<br />

encanador, carpinteiro e outros, não estão<br />

se reciclando, e sim, acabando. Assim, fica<br />

cada vez mais difícil encontrar profissionais<br />

para contratar”, diz o engenheiro Anderson<br />

Sikorski, que possui construtora na cidade há<br />

25 anos e confirma que esta é uma das maiores<br />

dificuldades que os construtores encontram.<br />

“Antes, o ofício passava de pai para filho,<br />

porém, os jovens não querem mais aprender<br />

estas profissões, porque veem com maus olhos<br />

o setor, por acreditarem que o trabalho é mau<br />

remunerado”, analisa. O fato é errôneo diz<br />

Anderson. “Antigamente nossos pedreiros iam<br />

para o trabalho de bicicleta, hoje a maioria vai<br />

de carro, o que comprova que a pessoa teve<br />

ascensão na vida, fruto da sua profissão”,<br />

argumenta.<br />

O gerente da Agência do Trabalhador de<br />

Ponta Grossa, Antonio Larocca Neto, reforça<br />

que a questão da remuneração baixa é um<br />

mito que persiste, porém, ele confirma que não<br />

condiz com a realidade. “Um pedreiro chega<br />

a ganhar entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 por<br />

mês, remuneração que não é considerada ruim<br />

para o nosso mercado, muito pelo contrário”,<br />

avalia o gerente.<br />

CURSOS PROFISSIONALIZANTES<br />

Outro fator que contribui para a falta<br />

de trabalhadores no mercado é a tímida oferta<br />

de cursos técnicos e profissionalizantes. Para<br />

Larocca, este é o principal motivo que ele<br />

atribui para o que chama de apagão de mão-deobra<br />

na construção civil. “Pedreiro, eletricista,<br />

têm que ter conhecimento técnico e hoje temos<br />

poucos cursos disponíveis na nossa região.<br />

Dos poucos que são lançados, a carga horária<br />

muito reduzida fornece apenas o básico, sem

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