Edição Março/Abril 2012 - aeapg
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OPacto Global é uma iniciativa<br />
desenvolvida pela ONU<br />
(Organização das Nações<br />
Unidas), com o objetivo<br />
de mobilizar a comunidade<br />
internacional para a adoção de valores<br />
fundamentais nas áreas de direitos<br />
humanos, relações de trabalho, meio<br />
Ocidente ocorrido em uma obra situada na<br />
Rua Augusto Ribas, no centro de Ponta<br />
Grossa, ganhou ampla repercussão em<br />
toda a região, principalmente no que<br />
diz respeito às atribuições do CREA-PR. Segundo<br />
o Conselho, a obra em questão havia sido visitada<br />
por um fiscal do CREA-PR e, na ocasião, havia sido<br />
constatada a participação de engenheiro responsável<br />
pelos projetos e execução do trabalho. De acordo com<br />
o gerente da Regional Ponta Grossa do CREA-PR,<br />
engenheiro agrônomo Vânder Moreno, o Conselho<br />
Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná, não<br />
é um órgão fiscalizador de obras, simplesmente, e<br />
sim, o órgão responsável por fiscalizar o exercício<br />
das profissões das engenharias. “A Lei Federal nº<br />
5194/66 estabelece quais atividades são atribuições<br />
exclusivas destes profissionais, não podendo ser<br />
exercidas por pessoas leigas. Tendo em vista que<br />
a construção civil é uma das atividades em que<br />
a engenharia é exercida, a fiscalização do CREA<br />
se faz presente nas mesmas buscando identificar a<br />
existência de profissionais habilitados e, quando não<br />
há a presença destes, exigir a regularização”, diz.<br />
O gerente enfatiza que o Conselho não<br />
é responsável por fornecer “alvarás” de obras,<br />
sendo esta atribuição das prefeituras. Uma das<br />
exigências para a obtenção do alvará é a ART<br />
(Anotação de Responsabilidade Técnica) feita pelo<br />
profissional inscrito no CREA e, quando ocorre<br />
um acidente em obra, o Conselho busca averiguar<br />
se há ou não profissionais responsáveis. Caso<br />
haja, abre-se processo administrativo para julgar a<br />
<strong>Março</strong> / <strong>Abril</strong> - <strong>2012</strong> | 7<br />
DESCARTE CORRETO DE PILHAS E BATERIAS NÃO CONTAMINAM O SOLO<br />
CREA-PG disponibiliza local de armazenagem e garante destinação de materiais<br />
Site Ambiente Brasil, afirma que o Brasil produz cerca de 800 milhões de pilhas comuns<br />
por ano, o que representa seis unidades descartadas por habitante<br />
ambiente e combate à corrupção. A<br />
iniciativa conta com a participação<br />
de sindicatos, empresas, organizações<br />
não-governamentais e demais parceiros<br />
necessários para a construção de uma<br />
comunidade global mais sustentável<br />
e igualitária. Hoje são mais de 5.200<br />
organizações comprometidas ao redor<br />
do mundo. Desde 2009 o CREA-PR<br />
aderiu às premissas do Pacto Global,<br />
mostrando-se comprometido em<br />
articular ações que contribuam para a<br />
promoção da cidadania.<br />
Como parte deste compromisso,<br />
foram confeccionadas caixas<br />
coletoras de pilhas e baterias de uso<br />
doméstico, que já estão disponíveis<br />
nas oito regionais do Conselho. Em<br />
Ponta Grossa, o compartimento já vem<br />
recebendo materiais que, futuramente,<br />
serão destinados corretamente<br />
conforme o plano nacional de resíduos<br />
sólidos (Resolução nº 257/99 do<br />
Conselho Nacional do Meio Ambiente),<br />
que prevê o descarte correto deste<br />
tipo de material altamente tóxico e<br />
poluente. As pilhas e baterias são<br />
classificadas como resíduos perigosos<br />
porque, em geral, são compostas de<br />
metais pesados e não-biodegradáveis<br />
como, o cádmio, chumbo e mercúrio.<br />
“Se descartadas indevidamente<br />
no meio ambiente, pode ocorrer o<br />
vazamento dos componentes internos,<br />
contaminando o solo, cursos d’água, o<br />
lençol freático, flora fauna e, através<br />
da cadeia alimentar, pode atingir os<br />
seres humanos’’, explica a engenheira<br />
mestre em Recursos Hídricos e<br />
Ambiental, Margolaine Giacchini.<br />
De acordo com a agente<br />
administrativa do CREA-PG,<br />
Taiana Kohlrausch, a entidade está<br />
divulgando o ponto de coleta e<br />
informando para a comunidade a<br />
disponibilidade do compartimento.<br />
“Neste momento recebemos pouco<br />
material de descarte, sendo assim,<br />
aproveitamos para divulgar para toda a<br />
população que existe um local seguro<br />
em Ponta Grossa, que pode receber<br />
pilhas e baterias com a garantia da<br />
destinação correta”, explica ela. “Esta<br />
ação garante o nosso alinhamento<br />
com a conduta corporativa focada<br />
nos princípios do Pacto Global, como<br />
órgão público precisamos assumir<br />
certas responsabilidades e manter o<br />
Prédio em reforma tinha responsável técnico devido<br />
compromisso com o uso sustentável dos<br />
recursos naturais”, acrescenta Taiana.<br />
No totem personalizado também<br />
podem ser depositadas baterias de<br />
brinquedos, de câmeras digitais, relógios,<br />
controles remotos, entre outros pequenos<br />
equipamentos. A sede do CREA-PG<br />
fica aberta das 9 até as 17h, na Rua João<br />
Manoel dos Santos Ribas, nº 370, em frente<br />
ao Senac, próximo da rodoviária. A caixa<br />
coletora fica disponível na recepção, com<br />
fácil acesso.<br />
PREJUÍZO PARA A SAÚDE<br />
O lançamento dos resíduos<br />
industriais perigosos em lixões, nas<br />
margens das estradas ou em terrenos<br />
baldios, compromete a qualidade ambiental<br />
e de vida da população. Os metais pesados<br />
contidos nas pilhas e baterias, quando<br />
absorvidos pelo organismo humano, são de<br />
difícil eliminação, podendo causar diversos<br />
efeitos nocivos , tais como : alergias de pele<br />
ou respiratórias; náusea e vômito; diarreia;<br />
diminuição do apetite; dor de estômago,<br />
gosto metálico na boca, inibição das células<br />
de defesa do organismo, entre outras<br />
complicações.<br />
CREA ESCLARECE SOBRE FISCALIZAÇÃO DE OBRA<br />
*Da redação, com assessorias<br />
Credito: Clebert Gustavo<br />
Acidente na obra vitimou um trabalhador<br />
responsabilidade técnica e ética dos profissionais.<br />
“É o que está sendo feito no caso em questão. As<br />
responsabilidades civil, penal e trabalhista não se<br />
incluem nas atribuições do CREA-PR, mas sim<br />
dos órgãos de Justiça”, esclarece o engenheiro, que<br />
explica o protocolo referente às fiscalizações, em que<br />
o fiscal do Conselho cola a conhecida placa amarela<br />
com os dizeres “CREA-PR Fiscalização Federal”.<br />
“Esta placa não sinaliza que a obra esteja regular ou<br />
irregular, mas que a obra foi visitada pelo CREA-<br />
PR. No caso da obra em questão, o fiscal procedeu<br />
exatamente desta maneira, colando o cartaz em uma<br />
placa de madeira no ato fiscalizatório, realizado no<br />
mês de fevereiro, um mês antes do acidente.<br />
A regulamentação das profissões é uma<br />
busca da sociedade por segurança nas atividades que<br />
oferecem algum tipo de risco, como é a característica<br />
das atividades de engenharia. “O profissional<br />
habilitado tem seus compromissos técnicos e éticos<br />
firmados com a sociedade a partir do momento de<br />
seu registro no CREA, conforme o Código de Ética<br />
Profissional adotado por meio da Resolução nº<br />
1002/2005 do CONFEA”, finaliza.