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Editorial<br />

02<br />

Mais um Natal...<br />

Pinheirinho, Papai<br />

Noel, Noite Feliz... Mas<br />

espere aí!<br />

Outra vez a mesma<br />

coisa? Estes são dias<br />

de mudanças constantes,<br />

de busca ávida por<br />

novidades, de valorização<br />

da alta tecnologia.<br />

Será que essa antiga festa ainda cabe<br />

<strong>em</strong> pleno século 21?<br />

A verdade é uma só: não se pode<br />

manter essa tradição s<strong>em</strong> continuar<br />

enriquecendo o espírito humano por meio de<br />

seus significados.<br />

O Natal r<strong>em</strong><strong>em</strong>ora o nascimento do<br />

Cristo, faz a gente recordar que há esperança<br />

mesmo num berço pobre, obriga nossa<br />

m<strong>em</strong>ória a trazer de volta coisas que<br />

reanimam o coração. Por isso ele pode se<br />

repetir ano após ano s<strong>em</strong> perder o sentido.<br />

Aliás, faz parte do sentido natalino a repetição<br />

para nos fazer l<strong>em</strong>brar.<br />

Finda o ano e a imag<strong>em</strong> da natividade<br />

do menino Jesus nos diz que é t<strong>em</strong>po de<br />

renascer. É t<strong>em</strong>po de deixar as decepções e<br />

fracassos para trás e tentar outra vez. É<br />

t<strong>em</strong>po de retomar a esperança no futuro e<br />

investir na luta com forças revigoradas. O que<br />

não deu nos t<strong>em</strong>pos passados pode dar certo<br />

agora. Basta não desistir. Afinal, n<strong>em</strong> mesmo<br />

Deus desistiu de nós!<br />

Essa mensag<strong>em</strong> divina ecoa dez<strong>em</strong>bro<br />

após dez<strong>em</strong>bro, sussurrando aos nossos<br />

ouvidos que as portas de janeiro estão se<br />

abrindo. Para além de seus marcos, novas<br />

oportunidades nos aguardam. A cada um<br />

cabe atravessar essas fronteiras com o braço<br />

fortalecido, pronto para novas conquistas, e o<br />

peito inflado pela confiança no Cristo que<br />

venceu o mundo para nos provar que tudo é<br />

possível àquele que crê.<br />

Então, mais uma vez... Feliz Natal!<br />

Marco André Regis<br />

Supervisor de Comunicação e Marketing da <strong>Cotripal</strong><br />

Atualidades<br />

Eletricistas participam de<br />

treinamento<br />

De 11 a 13 de nov<strong>em</strong>bro, os eletricistas do<br />

Setor de Manutenção da <strong>Cotripal</strong> participaram de um<br />

curso sobre refrigeração, ministrado pelo técnico <strong>em</strong><br />

refrigeração, Adilson Alves de Souza, da América<br />

Latina Refrigeração de São Paulo.<br />

O treinamento com aulas práticas e teóricas<br />

proporcionou aos participantes novos conhecimentos<br />

sobre segurança na operação de equipamentos<br />

de refrigeração e noções básicas sobre a<br />

identificação de possíveis probl<strong>em</strong>as nas unidades<br />

frigoríficas.<br />

“O objetivo do curso é<br />

proporcionar menor risco de<br />

acidentes e maior durabilidade<br />

das unidades refrigeradoras.<br />

Conseqüent<strong>em</strong>ente, a<br />

<strong>em</strong>presa terá um menor<br />

custo com manutenção<br />

corretiva dos equipamentos”,<br />

acrescentou Souza.<br />

Adilson de Souza ministrou<br />

o curso<br />

INFORMATIVO ATUALIDADES COTRIPAL<br />

COOPERATIVA TRITÍCOLA PANAMBI LTDA<br />

Rua Herrmann Meyer, 237 - Centro CEP: 98280-000 Panambi-RS<br />

Fone: (55) 3375 - 9000 Fax: (55) 3375 - 9088<br />

www.cotripal.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

Presidente: Gerhardo Strobel<br />

Vice-Presidente: Arlindo Tonel Costa Beber<br />

Conselheiros: Romeo Wentz, Ricardo Severo Malheiros,<br />

Dair Jorge Pfeifer, Selmiro Armindo Schneider, Germano Döwich,<br />

Edgar Ivo Brönstrup e Adenir Carlos Soldera<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Ari Scholten, Germano Becker, Elton Trennepohl, Benno Erno Schmidt,<br />

Sidio Frederico Loose e Ivo Delmar Springer<br />

COMISSÃO ORGANIZADORA<br />

Analice Malheiros, Elmo Kläsener, Inácio Brust, Lauro Wanderer,<br />

Marco André Regis e Monica Schlieck Heinrichs<br />

DESIGN GRÁFICO<br />

Analice Malheiros e Monica Heinrichs<br />

COLABORAÇÃO<br />

Ilmo Roque Watthier<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL<br />

Monica Schlieck Heinrichs - Mtb 9766<br />

IMPRESSÃO<br />

Kunde Indústrias Gráficas Ltda - Tirag<strong>em</strong>: 5.000 ex<strong>em</strong>plares<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004


Retrospectiva<br />

Retrospectiva do agronegócio<br />

Os resultados do agronegócio brasileiro <strong>em</strong> 2004 foram mais modestos<br />

do que as expectativas<br />

Soja<br />

A safra de soja ficou abaixo da<br />

estimativa, devido à seca que atingiu de forma<br />

particularmente forte as lavouras do Rio Grande<br />

do Sul no verão passado. Na <strong>Cotripal</strong>, a quebra<br />

ficou <strong>em</strong> 48%.<br />

Mesmo com a frustração física da safra,<br />

nos meses de março a maio, os preços da soja<br />

tiveram uma boa valorização. Tais preços criaram<br />

um clima de entusiasmo entre os produtores, que<br />

optaram por não vender todo o produto na época,<br />

esperando que os preços subiss<strong>em</strong> um pouco<br />

mais até o final do ano. Apesar do mercado<br />

indicar que os altíssimos preços <strong>em</strong> Chicago eram<br />

uma exceção e que não poderia durar muito<br />

t<strong>em</strong>po, muitos agricultores preferiram estocar a<br />

safra.<br />

Nos meses seguintes, com o anúncio de<br />

uma supersafra nos EUA, os preços da soja<br />

tiveram uma desvalorização. Somado a isso, no<br />

início de maio a China começou a bloquear as<br />

importações do Brasil, alegando a existência de<br />

grãos tratados com fungicida.<br />

Internamente, os preços do mercado<br />

tiveram uma queda com base nos preços<br />

praticados <strong>em</strong> Chicago. No segundo s<strong>em</strong>estre, o<br />

câmbio passou a indicar um real sobrevalorizado,<br />

um dos mais altos valores do governo atual.<br />

Todo este quadro afetou o mercado<br />

brasileiro, mantendo <strong>em</strong> baixa os preços da soja.<br />

Milho<br />

A safra do milho também sofreu queda<br />

na produção <strong>em</strong> 2004. Os preços foram<br />

satisfatórios no início. Na expectativa de que o<br />

valor da soja teria um reajuste, os produtores<br />

venderam o milho e seguraram os estoques da<br />

soja. Com o dinheiro, a maioria dos agricultores<br />

preferiu quitar os débitos. Outro aspecto<br />

relevante no cenário do milho foi que os estoques<br />

da safra do Paraná e da região centro-oeste<br />

estavam altos e o bom resultado da “safrinha”<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004 Atualidades<br />

elevou a oferta do produto. Com isso, as<br />

indústrias de rações passaram a adquirir o milho<br />

dessas regiões. A indústria gaúcha também<br />

passou a comprar milho do Paraguai, que devido<br />

a grande oferta, e com a influência da redução do<br />

dólar, apresentou preços baixos para a<br />

importação brasileira. O conjunto destes fatores<br />

fez com que os preços praticados no Rio Grande<br />

do Sul sofress<strong>em</strong> queda.<br />

Trigo<br />

A colheita do trigo também ficou abaixo<br />

da estimativa. O trigo gaúcho apresentou boa<br />

qualidade e o pico no preço ocorreu nos meses de<br />

abril a maio, quando a maioria dos produtores<br />

comercializou boa parte da produção.<br />

A quebra do produto na área de ação da<br />

Cooperativa foi de aproximadamente 30%. A<br />

safra do cereal na Argentina também apresentou<br />

grãos com qualidade muito satisfatória.<br />

Com a permanência baixa do dólar, os<br />

moinhos preferiram importar o trigo argentino,<br />

deixando para comercializar o produto nacional<br />

<strong>em</strong> janeiro e fevereiro de 2005. Por isso, os<br />

preços internos sofreram queda e o mercado está<br />

praticamente paralisado.<br />

O quadro vivido pelo agronegócio <strong>em</strong><br />

2004 começa a afetar diversos setores da<br />

economia brasileira. Estes resultados pouco<br />

expressivos já se reflet<strong>em</strong> na <strong>Cotripal</strong>, que não<br />

atingiu as expectativas de negócios projetadas.<br />

Sab<strong>em</strong>os, porém, que altos e baixos<br />

s<strong>em</strong>pre se revezaram na vida de qu<strong>em</strong> lida com o<br />

agronegócio. O importante é se manter firme e<br />

prosseguir lutando, para reconquistar o espaço.<br />

A própria história da <strong>Cotripal</strong> d<strong>em</strong>onstra<br />

essa verdade. S<strong>em</strong>pre batalhou para superar os<br />

momentos difíceis e agora não será diferente. Em<br />

2005, os esforços serão redobrados para<br />

estimular o crescimento do agronegócio, visando<br />

contribuir para o desenvolvimento sustentável de<br />

seus associados.<br />

03


Artigo<br />

04<br />

Ferrug<strong>em</strong> asiática da soja: um novo e sério<br />

inimigo<br />

A soja é a cultura<br />

de lavoura mais importante<br />

<strong>em</strong> nosso país e<br />

também um dos principais<br />

responsáveis pelo<br />

superávit da balança<br />

comercial brasileira.<br />

Contudo, nas últimas<br />

safras, a soja enfrenta<br />

um novo e sério probl<strong>em</strong>a,<br />

a ocorrência da<br />

ferrug<strong>em</strong> asiática, que é<br />

a doença mais destrutiva<br />

da cultura na atualidade.<br />

A causa da ferrug<strong>em</strong> é<br />

* Carlos Alberto Forcelini um fungo chamado<br />

Phakopsora pachyrhizi,<br />

originário na Ásia, também o berço da soja. Por quase<br />

c<strong>em</strong> anos, a ferrug<strong>em</strong> asiática esteve limitada ao<br />

continente asiático. A partir de 2000 a doença foi<br />

encontrada na África, no Paraguai (2001), no Brasil<br />

(2002), <strong>em</strong> outros países da América do Sul<br />

(Argentina, Bolívia, Colômbia e Uruguai) e agora<br />

também nos Estados Unidos. No Brasil, a ferrug<strong>em</strong><br />

asiática está presente do Maranhão ao Rio Grande do<br />

Sul. Na última safra, os prejuízos associados à<br />

doença foram superiores a R$ 5 bilhões. Nas regiões<br />

onde a ocorrência da ferrug<strong>em</strong> foi mais severa, foram<br />

necessárias duas, eventualmente três aplicações de<br />

fungicida para o seu controle.<br />

Com fungicida<br />

S<strong>em</strong> fungicida<br />

À direita da foto, área não tratada com fungicida, onde a<br />

ferrug<strong>em</strong> asiática da soja provocou a queda pr<strong>em</strong>atura das<br />

folhas (antes do enchimento de grãos)<br />

Perdas pela ferrug<strong>em</strong><br />

As perdas causadas pela ferrug<strong>em</strong> asiática são<br />

elevadas, podendo chegar a 80% do rendimento de<br />

grãos da cultura. Isso ocorre por que a doença<br />

provoca uma desfolha rápida da planta, <strong>em</strong> apenas<br />

duas s<strong>em</strong>anas, interrompendo o processo de<br />

Atualidades<br />

enchimento de grãos. As perdas são maiores à<br />

medida que a doença ocorre mais cedo. Em geral, a<br />

ferrug<strong>em</strong> se manifesta a partir da floração e se<br />

intensifica durante a fase de formação e enchimento<br />

de grãos. Contudo, o produtor deve estar atento, pois<br />

a doença t<strong>em</strong> potencial para ocorrer ainda na fase<br />

vegetativa, antes da floração. Se isto acontecer, a<br />

aplicação do fungicida deve ser imediata. Quando a<br />

ferrug<strong>em</strong>, assim como outras doenças, ocorrer<br />

depois do estádio R6, com o grão já formado, não há<br />

prejuízo significativo à cultura.<br />

Orig<strong>em</strong> da ferrug<strong>em</strong><br />

O fungo causador da ferrug<strong>em</strong> não fica na<br />

s<strong>em</strong>ente ou nos restos culturais. A doença se origina<br />

a partir de plantas de soja guaxas e outras<br />

leguminosas que mantêm a ferrug<strong>em</strong> no intervalo<br />

entre safras. O que explica a rápida propagação da<br />

doença entre as principais regiões de cultivo da soja é<br />

a grande quantidade de esporos (s<strong>em</strong>entinhas do<br />

fungo causador da doença) e sua facilidade para ser<br />

levado pelo vento a centenas de quilômetros.<br />

Estando a planta de soja desprotegida e havendo<br />

condições climáticas favoráveis, a ferrug<strong>em</strong> se<br />

instala. Estas condições correspond<strong>em</strong> a<br />

t<strong>em</strong>peraturas entre 15 e 30 °C (ótimo entre 20 e 25<br />

°C) e pelo menos 10 a 12 horas de orvalho sobre as<br />

folhas. Com as chuvas, a ferrug<strong>em</strong> se multiplica<br />

rapidamente.<br />

Identificação da ferrug<strong>em</strong><br />

A ferrug<strong>em</strong> forma lesões pequenas (máximo<br />

1mm de diâmetro), mais visíveis no lado inferior da<br />

folha, onde são produzidos os esporos do fungo. Com<br />

o t<strong>em</strong>po, as folhas ficam amareladas, bronzeadas e<br />

secas. Os sintomas aparec<strong>em</strong> primeiro nas folhas da<br />

parte inferior da planta. A identificação da ferrug<strong>em</strong>,<br />

na fase inicial, é difícil, pois requer uso de lupas e pode<br />

ser confundida com outras doenças. Por isso, na menor<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004


suspeita de que a doença esteja presente na cultura,<br />

recomenda-se ao produtor coletar várias folhas,<br />

colocar <strong>em</strong> um saco plástico, juntamente com uma<br />

porção de algodão umedecido <strong>em</strong> água, e levar até a<br />

cooperativa (a <strong>Cotripal</strong> está habilitada a fazer este<br />

serviço), universidades ou órgãos de pesquisa para<br />

uma correta identificação. A vistoria da lavoura deve<br />

ser feita, pelo menos, três vezes por s<strong>em</strong>ana. Se não<br />

Folha de soja com alta incidência de ferrug<strong>em</strong> asiática<br />

é possível olhar toda a área, recomenda-se<br />

concentrar as vistorias nas áreas de maior risco para<br />

a entrada da ferrug<strong>em</strong>: soja que está mais<br />

adiantada, áreas com maior acúmulo de orvalho<br />

(baixadas, proximidades de rios e matas) e áreas de<br />

solo mais fraco.<br />

Perspectivas para a safra 2004/05<br />

As projeções <strong>em</strong> relação ao clima para esta<br />

safra apontam para uma ocorrência de chuvas<br />

normal ou acima do normal. Segundo o INPE, para o<br />

Planalto Médio gaúcho, o número de dias com chuva<br />

deve variar de 11 a 15 por mês, com uma previsão de<br />

159 a 200 mm <strong>em</strong> janeiro e de 136 a 179 mm <strong>em</strong><br />

fevereiro. Tais condições favorec<strong>em</strong> a cultura da soja<br />

e também a ferrug<strong>em</strong>. Outro ponto importante é que<br />

houve, <strong>em</strong> geral, uma antecipação na época de<br />

s<strong>em</strong>eadura da soja. Esta antecipação, a perspectiva<br />

de condições climáticas favoráveis e a presença de<br />

muitas plantas de soja guaxas com ferrug<strong>em</strong> pod<strong>em</strong><br />

Ferrug<strong>em</strong> asiática da soja, observada na lupa de laboratório<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004<br />

Atualidades<br />

levar a uma ocorrência mais precoce e intensa da<br />

ferrug<strong>em</strong> nesta safra. Um ex<strong>em</strong>plo disso foi a<br />

constatação de ferrug<strong>em</strong>, já no mês de nov<strong>em</strong>bro, <strong>em</strong><br />

lavoura de soja no Noroeste do estado.<br />

Controle da ferrug<strong>em</strong> asiática<br />

Embora a ferrug<strong>em</strong> asiática seja a doença mais<br />

importante da cultura da soja, ela não é a única a<br />

causar perdas. Por ex<strong>em</strong>plo, oídio e doenças de final de<br />

ciclo, moléstias que anualmente se faz<strong>em</strong> presentes na<br />

lavoura, causam uma perda média de 11 sacos por<br />

hectare <strong>em</strong> nossa região. A partir da floração, tais<br />

doenças reduz<strong>em</strong> o rendimento de um hectare de soja<br />

<strong>em</strong> pelo menos 6 a 12 kg por dia. Se a aplicação do<br />

fungicida for pensada apenas <strong>em</strong> relação à ferrug<strong>em</strong>,<br />

as outras doenças irão afetar o rendimento da cultura.<br />

Portanto, a aplicação a ser realizada deve considerar e<br />

ser eficaz para controle das três doenças: oídio,<br />

doenças de final de ciclo e ferrug<strong>em</strong>. Nas últimas três<br />

safras de soja, com base <strong>em</strong> pesquisas realizadas na<br />

Universidade de Passo Fundo, melhores resultados<br />

técnicos e econômicos no controle das doenças foram<br />

obtidos com a aplicação do fungicida na fase entre<br />

floração plena (estádio R2) e final de floração<br />

(R3), o que resultou <strong>em</strong> um diferencial de produção<br />

superior a 10 sacos por hectare.<br />

A partir da floração é maior a intensidade das<br />

doenças de final de ciclo (DFC) e maior risco de<br />

ocorrência da ferrug<strong>em</strong>. Isso ocorre pelo fechamento<br />

da cultura, mantendo mais orvalho sobre as folhas, e<br />

pelo enfraquecimento destas, que mandam seus<br />

nutrientes para formar as vagens e grãos. Portanto, a<br />

aplicação do fungicida na floração é importante<br />

para controlar as doenças que já estão presentes<br />

(oídio e DFC) e prevenir a ferrug<strong>em</strong>. Se esta não<br />

ocorrer, o controle das outras doenças já terá<br />

justificado e viabilizado economicamente o<br />

tratamento realizado. Uma segunda aplicação de<br />

fungicida se justifica nos casos de cultivares de ciclo<br />

longo, se, após três a quatro s<strong>em</strong>anas do primeiro<br />

tratamento, as condições de mostrar<strong>em</strong> muito<br />

favoráveis à ocorrência da ferrug<strong>em</strong>: chuvas<br />

freqüentes e presença de focos da doença na região.<br />

Particularmente, considero muito arriscado o<br />

controle curativo da ferrug<strong>em</strong>, aquele realizado<br />

somente após a constatação da doença na lavoura. As<br />

razões para este risco são as seguintes:<br />

1) é difícil de identificar a ferrug<strong>em</strong> na sua fase<br />

inicial;<br />

2) a doença desenvolve-se rapidamente;<br />

3) a perda diária no rendimento pode ser de até<br />

100 kg/ha;<br />

4) a eficácia dos fungicidas e a proteção que eles<br />

confer<strong>em</strong> à planta diminu<strong>em</strong> sensivelmente;<br />

5) a detecção da ferrug<strong>em</strong> pode coincidir com<br />

chuvas freqüentes, que dificultam a realização da<br />

aplicação. Portanto, prevenir ainda é melhor que<br />

r<strong>em</strong>ediar.<br />

* Engenheiro Agrônomo, Doutor<br />

Professor da Universidade de Passo Fundo<br />

(Forcelini@upf.br)<br />

05


História<br />

06<br />

Frigorífico <strong>Cotripal</strong>: produzindo pão de carne<br />

há 20 anos<br />

O produto é comercializado <strong>em</strong> todo o Rio Grande do Sul<br />

O primeiro pão de carne produzido pela <strong>Cotripal</strong><br />

saiu do forno no dia 18 de nov<strong>em</strong>bro de 1984, nove<br />

meses depois da inauguração do Frigorífico , que iniciou<br />

suas atividades abatendo<br />

bovinos e suínos.<br />

A receita do pão de<br />

carne veio da região da<br />

Westflália, na Al<strong>em</strong>anha e foi<br />

trazida por volta de 1930, pelo<br />

imigrante Frantz H<strong>em</strong>esath<br />

que juntamente com sua<br />

família fabricou o produto <strong>em</strong><br />

seu frigorífico até 1975,<br />

quando veio a falecer. O<br />

frigorífico da família H<strong>em</strong>esath<br />

foi desativado <strong>em</strong> seguida, e a<br />

receita ficou com os herdeiros.<br />

Em 1984, o segredo<br />

da iguaria foi adquirido pela<br />

<strong>Cotripal</strong>. “Fiquei <strong>em</strong>ocionado e<br />

preocupado ao mesmo t<strong>em</strong>po,<br />

quando peguei a receita na<br />

mão. Era uma responsabilidade<br />

fabricar um produto tão<br />

especial e tão apreciado por<br />

nossa gente”, l<strong>em</strong>bra Bruno<br />

Boehm, o primeiro colaborador do frigorífico a fazer o<br />

pão de carne.<br />

A particularidade na execução da receita está<br />

na utilização do cutter – máquina de triturar e bater a<br />

carne, responsável pela textura e consistência do<br />

produto. “Iniciamos produzindo cerca de 3 toneladas de<br />

pão de carne ao mês. A massa era feita num cutter com<br />

capacidade para bater 50 kg de massa por vez. O forno,<br />

onde era assado o produto, era de tijolo. A gente<br />

passava muitas horas preparando a mistura e outras<br />

tantas na frente do forno, controlando o calor. Era um<br />

processo muito d<strong>em</strong>orado e cansativo”.<br />

Atenta às novas tecnologias do setor, a<br />

<strong>Cotripal</strong> modernizou seus processos de industrialização.<br />

O cutter utilizado hoje t<strong>em</strong> capacidade para<br />

bater 200 kg de massa. O forno à lenha cedeu espaço<br />

para o forno elétrico, muito mais ágil e fácil de operar. As<br />

Cerca de 5 toneladas de pão de carne são<br />

produzidas mensalmente pelo Frigorífico<br />

Atualidades<br />

formas onde o produto era assado passaram de chapas<br />

galvanizadas para inox. “O processo mudou, mas o<br />

sabor do pão de carne permanece”, garante o<br />

supervisor do Frigorífico, Roque<br />

Andreola. Segundo ele, o<br />

produto agregou qualidade nos<br />

últimos anos. “Hoje o pão de<br />

carne está mais refinado e é<br />

comercializado tanto <strong>em</strong> peças,<br />

como fatiado”, completa.<br />

Além do pão de carne,<br />

o Frigorífico da <strong>Cotripal</strong><br />

comercializa outras 47 variedades<br />

de produtos, entre carnes,<br />

miúdos, curados, defumados,<br />

frescais e cozidos. Juntamente<br />

com as inovações industriais, o<br />

Frigorífico trabalha com profissionais<br />

capacitados e prima por<br />

um elevado controle de qualidade<br />

que obedece às normas de<br />

boas práticas de fabricação,<br />

determinadas pela Coordena-<br />

doria de Inspeção de Produtos<br />

de Orig<strong>em</strong> Animal - CISPOA,<br />

órgão da Secretaria da<br />

Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul.<br />

Roque Andreola,<br />

supervisor do<br />

Frigorífico,<br />

Bruno Boehm,<br />

encarregado<br />

da indústria e<br />

Viviane de Melo Litz,<br />

Bioquímica<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004


Saúde<br />

Conscientizar os<br />

associados e familiares<br />

para os riscos<br />

de desenvolver o<br />

Diabetes Mellitius,<br />

doença conhecida popularmente<br />

como<br />

Paola Rubino Pávan<br />

Diabetes, t<strong>em</strong> sido o<br />

objetivo das palestras<br />

realizadas junto<br />

aos Núcleos de Jovens<br />

e Jovens Casais<br />

da <strong>Cotripal</strong> durante o<br />

ano de 2004. A iniciativa<br />

conta com o<br />

apoio da médica especialista <strong>em</strong> endocrinologia e<br />

professora na Universidade Nacional de Rosario, no<br />

Estado de Santa Fé/Argentina, Paola Rubino Pávan.<br />

Residindo há mais de um ano <strong>em</strong> Panambi, a<br />

médica realiza voluntariamente as palestras. “Minha<br />

formação como endocrinologista não se limita a tratar<br />

os pacientes, mas orientá-los sobre a importância dos<br />

hábitos de vida saudáveis: praticar atividades físicas,<br />

seguir uma alimentação adequada e evitar o estresse”,<br />

destaca Paola.<br />

Em suas palestras são apresentados os aspectos<br />

gerais da doença, como: conceitos, diagnóstico,<br />

tratamento e prevenção.<br />

A educação, segundo a endocrinologista, é<br />

primordial na terapia do Diabetes: “As estatísticas do<br />

Ministério da Saúde apontam que 50% das pessoas que<br />

têm Diabetes desconhec<strong>em</strong> que são portadoras do<br />

Ilmo Roque Watthier fez a entrega do<br />

vale-compras para Haidi Loose, diretora<br />

da EMEF 21 de Abril<br />

Diabetes foi o t<strong>em</strong>a de palestra nos<br />

Núcleos de Jovens e Jovens Casais<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004 Atualidades<br />

distúrbio. Por isso, as pessoas dev<strong>em</strong> ser instruídas<br />

para a identificação dos sintomas”.<br />

Em se tratando de pessoas com a doença, a<br />

endocrinologista salienta que “o diabético deve<br />

aprender a mudar seu estilo de vida, pois ele deverá<br />

monitorar sua glicose periodicamente, ter assiduidade<br />

na tomada dos medicamentos indicados, fazer<br />

exercícios físicos regularmente e seguir um plano de<br />

alimentação, aceitando algumas restrições”. Ela<br />

acrescenta que familiares, amigos e colegas também<br />

dev<strong>em</strong> ser incluídos no processo de conscientização<br />

para compreender o doente e para receber treinamento<br />

e poder agir <strong>em</strong> situações de <strong>em</strong>ergência.<br />

“Um paciente b<strong>em</strong> educado e que controla<br />

adequadamente seu Diabetes pode ter uma vida<br />

completamente normal e sua expectativa de vida pode<br />

ser a mesma do resto da população”, conclui Paola.<br />

Núcleo Integração da Linha Jacic<strong>em</strong>a - Pejuçara<br />

Concurso de Ação Cooperativa<br />

Com a preocupação<br />

de contribuir<br />

para a formação de<br />

cidadãos ativos e<br />

conscientes de suas<br />

responsabilidades, a<br />

<strong>Cotripal</strong> através do<br />

Projeto Cooperativismo<br />

nas Escolas, <strong>em</strong><br />

parceria com a rede de<br />

escolas dos municípios<br />

da região de sua<br />

abrangência, conclui<br />

mais uma de suas<br />

atividades previstas para este ano. Trata-se do<br />

concurso Ação Cooperativa, que t<strong>em</strong> por objetivo<br />

conhecer, incentivar e valorizar o trabalho coletivo e<br />

solidário desenvolvido pelas escolas.<br />

Estavam inscritos para este concurso 21<br />

projetos, cabendo pr<strong>em</strong>iação para: EMEF Madalena,<br />

EMEF 21 de Abril e EMEF Princesa Isabel, todas de<br />

Panambi; Colégio Estadual Blau Nunes e EMEF Egydio<br />

Véscia de Santa Bárbara do Sul; EEEF Levino Lautert<br />

de Condor; EEEF Vista Alegre, EEEF Santo Antônio e<br />

EMEF Maximiliano Vincensi de Pejuçara.<br />

Os projetos avaliados por uma equipe da<br />

<strong>Cotripal</strong> d<strong>em</strong>onstraram uma grande preocupação da<br />

comunidade escolar com relação ao meio ambiente, à<br />

prática da solidariedade, e o resgate histórico e<br />

cultural, oportunizando também a integração escola e<br />

comunidade, a criatividade e o desenvolvimento da<br />

responsabilidade<br />

individual e<br />

grupal.<br />

Equipe diretiva da escola<br />

Egydio Véscia<br />

07


Natal<br />

08<br />

Natal, época de<br />

l<strong>em</strong>brança e tradição<br />

Emma, Ingrid e Alberto<br />

Discorrer sobre a alegria das festas natalinas<br />

desde a infância, falar sobre as histórias contadas<br />

pelos antepassados, reunir-se com familiares e<br />

amigos. Assim é o clima no mês de dez<strong>em</strong>bro na<br />

casa de Ingrid Kieling, onde um dos momentos<br />

marcantes refere-se às l<strong>em</strong>branças e costumes do<br />

passado que, mesmo <strong>em</strong> meio às novidades<br />

propostas pela modernidade, continuam sendo<br />

l<strong>em</strong>brados....<br />

“O mês de dez<strong>em</strong>bro era mágico e importante,<br />

talvez mais intenso que o próprio dia de Natal”. Essa é a<br />

opinião de Ingrid Kieling, associada da <strong>Cotripal</strong> que, desde<br />

criança, procura preservar os hábitos tradicionais de sua<br />

família. Casada com Alberto Luiz Kieling, Ingrid t<strong>em</strong> três<br />

filhos: Christian, Alice e Ana Carolina, para os quais,<br />

s<strong>em</strong>pre passou um pouco da simbologia e do significado do<br />

Natal, mas, segundo ela, “não é mais a mesma coisa”.<br />

A história dos t<strong>em</strong>pos passados contadas por<br />

Ingrid comprova: “naquele t<strong>em</strong>po, as crianças eram<br />

envolvidas nos trabalhos domésticos, ajudavam <strong>em</strong> toda a<br />

preparação que antecipava o Natal, desde limpar o pátio<br />

até decorar as famosas bolachas pintadas”. Para Alberto,<br />

tudo motivava as crianças a participar<strong>em</strong> desses<br />

momentos de fantasia. “S<strong>em</strong>pre ficávamos na<br />

expectativa, tudo indicava que era Natal, quando a cigarra<br />

começava a cantar no final da tarde, quando as bolachas<br />

começavam a sair do forno ou quando apareciam os<br />

primeiros vaga-lumes nas noites escuras... significava que<br />

o Papai Noel estava por perto nos observando”.<br />

A família de Ingrid reunia-se, durante o mês de<br />

dez<strong>em</strong>bro, para celebrar a Coroa do Advento, ou seja,<br />

durante os quatros domingos que antecediam o Natal, era<br />

acesa uma vela por domingo. “Nós cantávamos hinos<br />

natalinos e de louvor somente com nossa família, é assim<br />

ainda hoje”, salienta. O pinheiro, outra tradição, era<br />

montado no dia 24 e Papai Noel, segundo Ingrid, aparecia<br />

somente nos sonhos infantis, nunca vinha pessoalmente.<br />

Atualmente, com tantas propostas apresentadas<br />

pela modernidade, muitos dos valores especiais da época<br />

foram sendo perdidos ou esquecidos pelas pessoas. A mãe<br />

Atualidades<br />

de Ingrid, Emma Döwich, 64 anos, sente falta da fantasia<br />

dos t<strong>em</strong>pos passados. “Antigamente, o que ganhávamos<br />

era muito importante: bolachas pintadas e algum<br />

chocolate <strong>em</strong>brulhado <strong>em</strong> um s<strong>aqui</strong>nho. Hoje, prefiro<br />

perguntar aos meus netos o que desejam ganhar, já que a<br />

variedade de ofertas de presentes é muito grande. Se os<br />

presenteio com <strong>aqui</strong>lo que quero, corro o risco de não<br />

gostar<strong>em</strong>”.<br />

Emma salienta que o que marcava a época de Natal<br />

eram os preparativos que antecediam a data e as bolachas<br />

feitas no forno de barro. Dele saíam grandes baldes de<br />

bolachas que, após decoradas, serviam para presentear a<br />

família e os amigos. Sua filha utiliza-se de um forno mais<br />

moderno atualmente, “pela praticidade”, justifica. Mas a<br />

tradição de fazer bolachas ainda é passada de geração<br />

para geração.<br />

Hoje, Ingrid passa a véspera de Natal com a família<br />

do marido. Segundo ele, toda a preparação desse dia já<br />

virou tradição e ninguém marca compromissos, a data é<br />

insubstituível. O dia 25 de dez<strong>em</strong>bro é com<strong>em</strong>orado na<br />

casa de Emma, que fica contente <strong>em</strong> manter a família por<br />

perto, com toda a beleza que um Natal de verdade pode<br />

proporcionar.<br />

- Tantos detalhes e aspectos importantes acabam por nos<br />

r<strong>em</strong>eter aos t<strong>em</strong>pos de infância, às vésperas de um Natal.<br />

Um símbolo da culinária natalina, a Bolacha Constance,<br />

confeccionada com nozes, foi a receita escolhida para<br />

transmitir um pouco d<strong>aqui</strong>lo que não se pode esquecer: a<br />

simplicidade e o encantamento da data.<br />

Receita “Bolacha Constance”<br />

Ingredientes<br />

1 copo de manteiga;<br />

1 copo de açúcar;<br />

2 ovos;<br />

3 colheres (chá) Royal;<br />

raspas de casca de limão e laranja;<br />

farinha, até dar ponto;<br />

nozes para enfeitar.<br />

Modo de preparo<br />

Misture todos os ingredientes - menos as nozes - até formar<br />

uma massa consistente e firme. Faça bolinhas e as coloque <strong>em</strong><br />

formas untadas, passe uma colher úmida no açúcar e encoste<br />

<strong>em</strong> todas as bolachas. Deposite sobre elas as nozes picadas e<br />

leve-as ao forno.<br />

Dez<strong>em</strong>bro de 2004

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