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25 de Abril de 1974 AGRADECIMENTOS VISITA DE - Agrupamento ...

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1998/99<br />

Nº 2 O<br />

TÍTULO<br />

JORNAL DA ESCOLA C + S <strong>DE</strong> BARROSELAS<br />

<strong>AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS</strong><br />

Sendo este o último Jornal relativo ao ano lectivo <strong>de</strong> 98/99,<br />

a turma do 11ºB vem, por este meio, prestar homenagem às pessoas<br />

que em tanto nos ajudaram e nos <strong>de</strong>ram força na continuida<strong>de</strong> do<br />

nosso trabalho. Assim, aos Professores Coutinho, Fátima Lopes e<br />

Teresa Almeida, <strong>de</strong>ixamos os nossos profundos agra<strong>de</strong>cimentos.<br />

Por tudo, obrigadas.<br />

A limpeza étnica no Kosovo<br />

A limpeza étnica a <strong>de</strong>correr no Kosovo, região jugoslava cujos<br />

habitantes são na sua gran<strong>de</strong> maioria (cerca <strong>de</strong> 90%) <strong>de</strong> etnia<br />

Albanesa, os quais aspiram pela in<strong>de</strong>pendência e libertação <strong>de</strong>sta<br />

região, é no minímo revoltante e <strong>de</strong>scabida. Milhares <strong>de</strong> Kosovares<br />

foram já expulsos das suas casas e obrigados a refugiarem-se nos<br />

países vizinhos, nomeadamente, na Albânia e na Macedónia. No<br />

entanto, estes países não oferecem as condições necessárias para<br />

assegurar a sobrevivência <strong>de</strong>sta gente.<br />

O drama do Kosovo marca a actualida<strong>de</strong> e ninguém lhe é alheio. Todos<br />

temos consciência das atrocida<strong>de</strong>s que este povo é vitima e todos<br />

estamos, igualmente, a par das intervenções da NATO no conflito<br />

KOSOVO- MILOSEVIC, com o objectivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os direitos<br />

humanos dos Albano-Kosovares, face à cruelda<strong>de</strong> e, porque não,<br />

obsessão <strong>de</strong>ste homem (Milosevic). Mas terá sido o mais sensato por<br />

parte da NATO esta intervenção? Embora os governos europeus<br />

tenham consi<strong>de</strong>rado esta como uma atitu<strong>de</strong> correcta, incluindo o<br />

governo do nosso país, eu como cidadã, tenho os meus próprios pontos<br />

<strong>de</strong> vista. Assim, penso que <strong>de</strong> facto Milosevic tem actuado <strong>de</strong> uma<br />

forma irracional e plenamente injusta. Sou completamente contra as<br />

i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> limpeza étnica e proclamação <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raça.<br />

Penso que os dados humanos causados pela Segunda Guerra Mundial<br />

“graças” a estes i<strong>de</strong>ais absurdos foram já suficientemente dolorosos,<br />

para se voltarem a repetir.<br />

As intenções da NATO, se são realmente as que proclamam, não<br />

posso negar que se encontram envolvidas <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> conteúdo<br />

humano e moral, no entanto penso que neste caso os estados<br />

(influenciados e subordinados principalmente às vonta<strong>de</strong>s dos E.U. A.)<br />

estão a usar as acções humanitárias para justificar a intervenção militar.<br />

Não po<strong>de</strong>mos unicamente olhar o lado positivo <strong>de</strong>sta mobilização<br />

contra a Jugoslávia, temos também que consi<strong>de</strong>rar os aspectos negativos<br />

e as suas consequências e acima <strong>de</strong> tudo temos que ser coerentes.<br />

A turma A, do 10º ano,da<br />

escola C+S <strong>de</strong> Barroselas, realizou<br />

uma visita <strong>de</strong> estudo, <strong>de</strong> três dias a<br />

Coimbra e Lisboa,no âmbito da Áreaescola.<br />

Durante os dias <strong>25</strong>,26 e 27 <strong>de</strong><br />

Março, os jovens estudantes,<br />

acompanhados pelos professores<br />

A<strong>de</strong>lino Queirós e Fernanda<br />

Santos,tiveram oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contactar, “in loco”, vários aspectos<br />

ligados ao sub-tema - A cura está na<br />

prevenção - que estão a trabalhar e<br />

que tem como objectivos sensibilizar<br />

a comunida<strong>de</strong> escolar para certos<br />

(Continua na pág. 2)<br />

problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,como a droga e<br />

a sida.<br />

Em Coimbra,<strong>de</strong>slocaram-se<br />

até à universida<strong>de</strong>,on<strong>de</strong> contactaram<br />

com alguns estudantes universitários<br />

e trocaram impressões.Ainda aqui,e<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um almoço retemperador<br />

na cantina da<br />

universida<strong>de</strong>,observaram alguns<br />

pormenores da cida<strong>de</strong>museu.Partiram<br />

para Lisboa.Na<br />

capital,o primeiro alvo foi o Centro<br />

Cultural <strong>de</strong> Belém,on<strong>de</strong> tiveram o<br />

prazer <strong>de</strong> visitar a exposição <strong>de</strong> Douglas<br />

Gordan,com as referências<br />

<strong>25</strong> <strong>de</strong> <strong>Abril</strong> <strong>de</strong> <strong>1974</strong><br />

Aos primeiros trinta<br />

minutos do dia <strong>25</strong> <strong>de</strong> <strong>Abril</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>1974</strong>, foi transmitida, através da<br />

Rádio Renascença, o sinal para<br />

que as tropas controladas pelo<br />

“MFA” saíssem dos seus<br />

quartéis. Começava assim a<br />

gran<strong>de</strong> revolução que restituiu a<br />

liberda<strong>de</strong> ao povo português e<br />

em que a canção “Grândola, Vila<br />

Morena” era a senha - or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

avanço. Após a <strong>de</strong>tenção do<br />

comandante da Escola Prática<br />

<strong>de</strong> Cavalaria, em Santarém,<br />

seguiu para Lisboa uma força <strong>de</strong><br />

carros blindados com o objectivo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubar o sistema político<br />

vigente, já <strong>de</strong>crépito, e que<br />

funcionava como uma “tampa”,<br />

quer à liberda<strong>de</strong> intelectual, quer<br />

à liberda<strong>de</strong> física dos<br />

Portugueses. Cerca das 3 h da madrugada estava feita a ocupação simultânea<br />

dos pontos estratégicos da capital, estando controladas da mesma forma o<br />

aeroporto <strong>de</strong> Lisboa, a Emissora Nacional, a Radiotelevisão Portuguesa e a<br />

Rádio Marconi. Às 4 h e 30 min. o M.F.A. difun<strong>de</strong> o seu primeiro comunicado<br />

através do Rádio Clube Português. Quinze minutos <strong>de</strong>pois, nova comunicação<br />

foi difundida no sentido <strong>de</strong> se evitarem confrontações e, surgida a manhã, tudo<br />

ganhava o aspecto <strong>de</strong> facto consumado. Não se sente perigo e a curiosida<strong>de</strong><br />

popular correspon<strong>de</strong>u às vozes da rádio e tudo ganha, por conseguinte, a<br />

configuração <strong>de</strong> uma facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconcertante. Os militares acenam aos<br />

populares, surgem os <strong>de</strong>dos em V, anunciando vitória. Velhos carros <strong>de</strong><br />

combate sobem a rua Augusta e dirigem-se ao Largo do Carmo. Aí estava<br />

Marcelo Caetano. E o dia arrasta-se em ruidosas manifestações, até que,<br />

cerca das 18 h, o General António Spínola comparece no Largo do Carmo.<br />

A rendição <strong>de</strong> Marcelo Caetano regista-se pelas 19 horas e 30 minutos.<br />

Estava, então, consumada a Revolução que conduziu o povo português a<br />

mudanças radicais que marcaram, marcam e continuarão a marcar as suas<br />

vidas, tais como a aquisição da Liberda<strong>de</strong>, não só política, religiosa como<br />

também a Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão que põe fim à censura; o fim da Guerra<br />

Colonial e a Democracia ( participação popular nas eleições). E tantas outras<br />

aquisições!! E tantas outras mudanças menores, mas não menos importantes<br />

que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o aparecimento <strong>de</strong> novos livros, outras formas <strong>de</strong> vestir, novos<br />

hábitos alimentares, símbolos i<strong>de</strong>ológicos, filmes pornográficos, divórcio,<br />

outros tipos <strong>de</strong> música, nudismo, manifestações e sobretudo outra forma <strong>de</strong><br />

intervenção dos trabalhadores e estudantes e uma gran<strong>de</strong> abertura ao mundo<br />

principalmente à Europa.<br />

Ilda Pires nº7 11ºB<br />

<strong>VISITA</strong> <strong>DE</strong> ESTUDO<br />

literárias,cinematográficas e musicais<br />

que utiliza no seu trabalho.Depois <strong>de</strong><br />

repousar um pouco no<br />

alojamento(Pousada do Inatel),os<br />

estudantes dirigiram-se ao Centro<br />

Comercial Colombo,no qual<br />

jantaram,se divertiram e se<br />

maravilharam com aquilo que a nossa<br />

socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo é capaz <strong>de</strong><br />

proporcionar.<br />

No segundo dia,a fadiga já se<br />

notava em alguns,mas havia a<br />

Fundação Calouste Gulbenkian e o<br />

seu museu a visitar.Foi um mergulho<br />

na história <strong>de</strong> vários povos,<br />

contemplando peças e objectos ligados<br />

à faiança, indumentária, mobíliário,<br />

ourivesaria, etc. Rapidamente se<br />

partiu para um dos pontos mais altos<br />

da visita:a Abraço(associação <strong>de</strong><br />

apoio à sida). Acomodados numa<br />

sala,os jovens ouviram atentamente o<br />

responsável,o qual lhes transmitiu<br />

informações acerca do funcionamento<br />

da instituição e distribuiu algum<br />

material.Findo isto, realizaram-lhe<br />

uma entrevista,com questões muito<br />

(Continua na pág. 9)


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

A TI, MÚSICA,<br />

És a mágica fronteira que nos une.<br />

És o território infinito dos sons e<br />

silêncios. Por vezes um frenético rio<br />

que palpita veloz por entre as margens<br />

das nossas mãos!<br />

Uma gota <strong>de</strong> espuma ficou esquecida<br />

por entre os meus <strong>de</strong>dos e foi por isso<br />

que é possível a formação <strong>de</strong> todas<br />

as letras das canções, canções estas<br />

que fizeram pulsar o meu coração,<br />

que <strong>de</strong>scobriram a luz das palavras, o<br />

mistério dos sons e dos olhares que<br />

tantas vezes cantamos e on<strong>de</strong> tudo<br />

fica por dizer. Envolvidos pela suave<br />

brisa dos sons e sorrindo <strong>de</strong><br />

cumplicida<strong>de</strong>, a custo nos fomos<br />

conhecendo. Hoje, aquelas que antes<br />

nos faziam sentir mais leves que a<br />

pluma, dão-nos a conhecer o sabor<br />

amargo das lágrimas.<br />

Ao teu compasso fluíram mil e um<br />

passos <strong>de</strong> dança que para alegria <strong>de</strong><br />

uns os unia e para infelicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

outros os separava.<br />

Tudo aquilo que me <strong>de</strong>ste, <strong>de</strong>sliza<br />

suavemente não pelas minhas mãos,<br />

mas sim pela tua vonta<strong>de</strong>, loucura e<br />

- Pág. 2<br />

PÁGINA DO ALUNO<br />

solidão, pelo teu respeito e silêncio<br />

sobre esta folha <strong>de</strong> papel que<br />

outrora branca me transmitia<br />

unicamente a beleza do branco,<br />

agora em letras e palavras escrevi<br />

um pouco sobre toda a magia em<br />

que me envolves.<br />

Entre vagas melodias das canções<br />

surgem histórias por vezes banais<br />

que se reflectem na nossa própria<br />

vida, vida esta que faz parte do<br />

mundo no qual o humano<br />

materialista predomina e aquele<br />

que sente com o coração e vive<br />

com a alma é <strong>de</strong>sprezado por<br />

amar tudo quanto o ro<strong>de</strong>ia, e só<br />

em ti po<strong>de</strong> transmitir as coisas<br />

boas e bonitas da vida, nas quais<br />

o amor faz o papel principal.<br />

Esse amor que <strong>de</strong>scobri por ti,<br />

música, faz-me sofrer. È meu<br />

<strong>de</strong>sejo que estejas sempre<br />

connosco, <strong>de</strong>spertando em cada<br />

um sentimento diferente e bonito<br />

<strong>de</strong> alegria e paz.<br />

Catarina Pinto<br />

Nº20 9º B<br />

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O que é a SIDA?<br />

Porquê falar em Sida?<br />

Porque é um problema actual que<br />

se esgota facilmente e sobretudo<br />

porque envolve toda a gente!<br />

SIDA significa Síndroma <strong>de</strong><br />

Imuno<strong>de</strong>ficiência Adquirida. Tratase<br />

<strong>de</strong> uma doença provocada por um<br />

vírus <strong>de</strong>nominado VIH - e vírus <strong>de</strong><br />

Imuno<strong>de</strong>ficiência Humana.<br />

Esta doença resulta <strong>de</strong> uma falha<br />

do sistema imunitário, o organismo<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r das<br />

bactérias parasitas e vírus que<br />

provocam infecções. Como a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e resistência<br />

se tornam cada vez mais fracas as<br />

infecções po<strong>de</strong>m ser fatais.<br />

Mas fatais são também as<br />

reacções individuais e sociais em<br />

relação às pessoas com SIDA ou<br />

seropositivas - não têm SIDA mas<br />

estão contaminadas com o vírus que<br />

não se manifesta. A falta <strong>de</strong><br />

informação, <strong>de</strong> compreensão e até<br />

mesmo <strong>de</strong> civismo transforma um<br />

doente com SIDA num con<strong>de</strong>nado à<br />

solidão e ao isolamento.<br />

O convívio social não contribui<br />

para o alastramento do vírus, este não<br />

se transmite pelo o ar. Não adianta<br />

termos preconceitos em relação à<br />

doença ou aos doentes. O VIH não<br />

escolhe ida<strong>de</strong>, sexo, raça ou credo,<br />

todos somos potenciais alvos se não<br />

tivermos alguns cuidados ...<br />

Formas <strong>de</strong> transmissão<br />

- Partilhar seringas<br />

- Partilhar escovas <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes<br />

- Tatuagens com agulhas não<br />

esterilizadas<br />

- Relações sexuais com<br />

portadores<br />

- Partilhar objectos pessoais<br />

cortantes<br />

- Transmissão ao feto pela<br />

mãe<br />

O preservativo é a forma mais<br />

segura <strong>de</strong> impedir que haja<br />

contaminados pelo VIH por via <strong>de</strong><br />

sexo, isto porque ele bloqueia a<br />

passagem ou contacto <strong>de</strong> líquidos<br />

orgânicos - secreções vaginais do<br />

esperma ou do sangue menstrual.<br />

Para que as contaminações não<br />

aumentem é necessário que todos<br />

juntos colaboremos no sentido <strong>de</strong><br />

respeitar as medidas <strong>de</strong> precaução.<br />

A SIDA não se transmite<br />

das seguintes formas:<br />

- Utilização dos mesmos<br />

copos ou colheres<br />

- Partilhar a roupa<br />

- Picadas <strong>de</strong> insectos<br />

- Relações sexuais utilizando<br />

preservativos<br />

- Beijar e abraçar<br />

- Tomar banho com<br />

portadores<br />

- Contactos sociais ou<br />

profissionais<br />

- Brincar com portadores<br />

- Utilizar os mesmos lavabos<br />

A limpeza étnica no<br />

Kosovo (Continuação)<br />

Senão vejamos: os Kosovares tem<br />

sido martirizados à mesma, posso<br />

mesmo dizer que este ataque ainda<br />

precipitou mais as coisas, pois agira<br />

além do horror da fuga aos sérvios<br />

temem, também os rai<strong>de</strong>s e<br />

bombar<strong>de</strong>amentos da NATO e<br />

<strong>de</strong>batem-se com o angustiante<br />

problema das fronteiras fechadas, isto<br />

porque a passagem dos estados à<br />

acção levou a um agravamento do<br />

êxodo, que aumentou<br />

significativamente. Depois o<br />

responsável pela triste sorte das<br />

agentes do Kosovo, o Sr. Milosevic,<br />

continua impune, <strong>de</strong> certo ro<strong>de</strong>ado<br />

<strong>de</strong> tudo quanto é luxo, e certamente a<br />

rir-se <strong>de</strong> toda esta situação, afinal<br />

sesta limpeza étnica está a <strong>de</strong>correr e<br />

se calhar mais rápido do que se fosse<br />

efectuada em condições normais.<br />

Enquanto isso é o povo sérvio que<br />

sofre as consequências, vendo as suas<br />

cida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>struídas, vivendo<br />

na incerteza e no pânico. E eu<br />

pergunto-me se terá esta gente culpa<br />

do sadismo <strong>de</strong> um só homem. E<br />

claro, não po<strong>de</strong>mos esquecermo-nos<br />

das consequências que este conflito<br />

po<strong>de</strong>rá criar a nível mundial, pois<br />

para além <strong>de</strong> um presumível<br />

alastramento da guerra ao conjunto<br />

dos Balcãs, po<strong>de</strong>rá estar em jogo a<br />

PAZ MUNDIAL e o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar<br />

<strong>de</strong> uma Terceira Guerra em todo o<br />

mundo. É por isso que na minha<br />

opinião é necessário conhecer todos<br />

os prós e os contras <strong>de</strong>sta intervenção<br />

repentina da NATO e conhecer<br />

ambos os lados das vítimas da guerra.<br />

E é tendo em conta todo este conjunto<br />

<strong>de</strong> factores que eu digo que não se<br />

trata <strong>de</strong> tomar favoritismos, não se<br />

trata <strong>de</strong> ser a favor da NATO ou <strong>de</strong><br />

Milosevic, trata-se da luta pela paz.<br />

Trabalho <strong>de</strong>: Andreia Fonseca 9º B<br />

A nossa Páscoa<br />

Mais uma vez, no último dia<br />

do segundo período (26 <strong>de</strong> Março),<br />

como já é tradição, realizou-se a<br />

comunhão pascal na Igreja <strong>de</strong><br />

Barroselas, on<strong>de</strong> bastantes alunos,<br />

professores e funcionários<br />

participaram.<br />

Posteriormente, realizou-se, já na<br />

escola, um jogo <strong>de</strong> voleibol entre<br />

professores e alunos e dois jogos <strong>de</strong><br />

futebol.<br />

Foi assim, com fé e<br />

<strong>de</strong>sportivismo que mais uma vez se<br />

festejou o dia <strong>de</strong> Páscoa na nossa<br />

escola.<br />

Que a tradição não se perca ,e a<br />

todos Santas Páscoas!<br />

Cristina Jaques 11ºB<br />

Escuteiros no Gerês<br />

Nos passados dias 26, 27 e<br />

28 <strong>de</strong> Fevereiro do corrente ano, a<br />

secção dos pioneiros do agrupamento<br />

85 <strong>de</strong> Barroselas partiu da sua se<strong>de</strong><br />

às 19:30h rumo a mais um<br />

acampamento <strong>de</strong>sta vez em Pitões<br />

<strong>de</strong> Júnias na Serra do Gerês.<br />

A estadia foi agradável, a<br />

população que lá habita é bastante<br />

simpática e conversadora, facto que<br />

verificamos assim que nos juntamos<br />

a eles, os quais, sem “receio” e dados<br />

<strong>de</strong> uma simplicida<strong>de</strong> impressionante,<br />

mal nos viram falaram como se <strong>de</strong> à<br />

muito nos conhecessem.<br />

A paisagem, como é típico<br />

na serra, é extraordinária e capaz <strong>de</strong><br />

nos captar a atenção durante horas<br />

afim.<br />

Uma vez que o escutismo<br />

não é apenas montar a tenda e fazer<br />

uma activida<strong>de</strong>, os nossos pioneiros<br />

após um longo percurso, incansáveis<br />

como são, fizeram o reconhecimento<br />

do local e ao fim <strong>de</strong> algumas horas <strong>de</strong><br />

caminhada <strong>de</strong>pararam-se com uma<br />

igreja muito antiga (situada junto <strong>de</strong><br />

uma queda <strong>de</strong> água )que se<br />

encontrava em avançado estado <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>struição.<br />

Depois <strong>de</strong> tantas aventuras<br />

era tempo <strong>de</strong> voltar a casa mas<br />

sempre com a esperança <strong>de</strong> lá voltar!<br />

Susana Peixoto nº11 11ºB<br />

Taça escolar <strong>de</strong><br />

educação rodoviária<br />

1ª Fase – Fase Escolar<br />

• Teste <strong>de</strong> conhecimento 12-<br />

04 a 16-04 178<br />

participantes<br />

• Teste <strong>de</strong> comportamento<br />

19-04 77 participantes<br />

Apurados :<br />

1º - Hugo Gonçalves 6ºC<br />

2º - Luís Passos 6ºC<br />

1ª - Vânia Maciel 5ºB<br />

2ª - Vânia Sousa 5ºA<br />

2ª Fase – Fase Distrital 8<br />

escolas – 29 participantes<br />

• Teste <strong>de</strong> conhecimentos e<br />

comportamentos 23-04<br />

Organização: Escola<br />

C+S <strong>de</strong> Barroselas<br />

Governo<br />

Civil do Distrito <strong>de</strong> Viana do<br />

Castelo<br />

(Comissão<br />

Distrital <strong>de</strong> Segurança Rodoviária)<br />

Apurados : (para a prova<br />

nacional)<br />

Aluno da Escola EB 2.3/S<br />

Pintor José <strong>de</strong> Brito<br />

Aluna da Escola EB 2.3/S<br />

Melgaço


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

NOTÍCIAS DA MINHA TERRA<br />

(ALVARÃES)<br />

A câmara municipal <strong>de</strong> Viana<br />

do Castelo editou um roteiro<br />

Arqueológico, com textos<br />

sintéticos, mas com muito<br />

conteúdo, gravuras seleccionadas<br />

e bem seleccionadas.<br />

Ali aparece também<br />

Alvarães num texto e fotografia do<br />

Arqueólogo da câmara Municipal,<br />

abordando as Telheiras.<br />

Aqui fica a prosa <strong>de</strong> Cunha<br />

Leal, que embora resumidamente,<br />

nos faz recordar uma era que foi<br />

história <strong>de</strong>ste povo.<br />

“ A documentação atesta a<br />

existência <strong>de</strong> fornos <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong><br />

telha na freguesia <strong>de</strong> Alvarães <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o séc. XVI, mas é quase certa a sua<br />

anteriorida<strong>de</strong>, pois há indícios <strong>de</strong> ter<br />

sido aqui que se fabricou alguma da<br />

telha que cobriu o Mosteiro da<br />

Batalha.<br />

A propensão da freguesia<br />

para o fabrico <strong>de</strong> materiais<br />

cerâmicos, justifica-se pela gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> jazidos argilosos que<br />

possui, cuja qualida<strong>de</strong> é<br />

comprovada pelo facto <strong>de</strong> num<br />

passado ainda recente, virem<br />

industriais <strong>de</strong> Leiria e Alcobaça<br />

comprar barro à freguesia <strong>de</strong><br />

Alvarães.<br />

Os actuais fornos são<br />

bastante recentes, construídos em<br />

finais do século XIX, tendo-se<br />

mantido em laboração até meados<br />

<strong>de</strong>ste século.Com o <strong>de</strong>correr<br />

implacável do tempo e a progressiva<br />

industrialização do sector, os fornos<br />

foram sendo <strong>de</strong>sactivados até serem<br />

<strong>de</strong>finitivamente abandonados na<br />

Segunda meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste século.<br />

Numa acção aguerrida<br />

entre a Câmara Municipal <strong>de</strong> Viana<br />

do Castelo e a junta <strong>de</strong> freguesia <strong>de</strong><br />

Alvarães, foi restaurado um <strong>de</strong>stes<br />

fornos, com vista ao seu<br />

aproveitamento turístico e<br />

principalmente pedagógico, dada<br />

A história é...<br />

- A história é uma sucessão <strong>de</strong><br />

sucessos que suce<strong>de</strong>m<br />

sucessivamente sem cessar;<br />

- A história é uma sequência <strong>de</strong><br />

acontecimentos que ocorrem uns a<br />

seguir aos outros sem parar;<br />

- A história é a ciência dos Homens<br />

no tempo;<br />

- A história é o testemunho dos tempos,<br />

a luz verda<strong>de</strong>, a mestra da vida,<br />

a mensageira dos dias que não<br />

esta activida<strong>de</strong> artesanal se<br />

encontrar praticamente extinta.”<br />

É triste verificar que um<br />

monumento <strong>de</strong>stes, tal como o<br />

aqueduto no caminho dos canos,<br />

que une os lugares da Costeira e<br />

Mariçô, uma relíquia <strong>de</strong> uma época<br />

com sabor feudal, <strong>de</strong> senhores e<br />

servos, corveias e banalida<strong>de</strong>s, vão<br />

lentamente passando <strong>de</strong> ruínas<br />

para recordações.<br />

Outrora os fornos que<br />

fabricavam as telhas para tantos<br />

locais, e o aqueduto com os canos<br />

por on<strong>de</strong> a água corria ia alimentar<br />

as casas e quintas senhoriais, eram<br />

excelentes obras primas, dignas<br />

do seu tempo, todavia hoje, são<br />

espólio vivo <strong>de</strong> um período<br />

alargado da história e é pena <strong>de</strong>ixálos<br />

morrer.<br />

Não merecem estes e<br />

outros a sua <strong>de</strong>vida atenção e<br />

cuidado? O reparo fica lançado.<br />

Cristina Jaques<br />

voltarão. (Marco Túlio Cícero -<br />

séc. I a.c.)<br />

- A história é o conhecimento do<br />

passado humano; (Henri Marrouséc.<br />

xx d.c.)<br />

- A palavra história <strong>de</strong> origem<br />

grega, significa averiguação ou<br />

investigação do conhecimento,<br />

passou <strong>de</strong>pois também a<br />

significar relato ou narração dos<br />

acontecimentos.<br />

Esta <strong>de</strong>bate-se essencialmente<br />

sobre o Homem e o Tempo.<br />

C.J. 11ºB<br />

Desporto na nossa escola<br />

Como foi possível verificar este<br />

ano a nossa escola teve uma maior<br />

participação a nível <strong>de</strong>sportivo por parte<br />

dos alunos, tendo-se formado 2 equipas<br />

<strong>de</strong> vólei (1masculina e 1 feminina) e<br />

também uma equipa <strong>de</strong> futebol feminino.<br />

A equipa <strong>de</strong> vólei masculina era<br />

constituída por: David Guerreiro; João<br />

Lima; Pedro Lima; Ricardo Miguel; Rui<br />

Oliveira; Vasco Lima (9º A) , João<br />

Almeida; Joaquim Miranda; Eduardo<br />

Brito (8º B), Joanito Pereira (9ºF) , sendo<br />

o prof. RUI SILVA o responsável por<br />

esta equipa.<br />

O calendário dos jogos<br />

encerrou-se com os seguintes jogos:<br />

16/1/99 Pav. Mun. Cerveira: Col. Campos<br />

0-2 Barroselas<br />

EB2,3 A.Val<strong>de</strong>vez 0-2 Barroselas<br />

23/1/99 EB2,3 A.Val<strong>de</strong>vez : Ar.<br />

Val<strong>de</strong>vez 2- 0 Barroselas<br />

Barroselas 2-0 Col. Campos<br />

30/1/99 Barroselas: Barroselas<br />

2- 0 Ar. Val<strong>de</strong>vez<br />

Barroselas 2-0 Col. Campos<br />

Quanto à equipe <strong>de</strong> vólei<br />

feminina(iniciadas ), a prof. SANDRA<br />

era a responsável. A equipa era<br />

constituída por: Sofia D., Sofia L., Carla,<br />

Claudia, Marisa (9º D), Ana l., Ana M.,<br />

Diana, Marta, Sara, Cátia, Helena, Carla,<br />

(8ºA).<br />

Na 1ª fase a Escola <strong>de</strong><br />

Barroselas ficou na 2ª posição. As<br />

equipas adversárias foram:EB2,3<br />

FREIXO; EB2,3 MONTE OLA.<br />

Barroselas passou á segunda<br />

fase jogando contra a escola EB2,3<br />

VALENÇA , tendo ficado na 1ª posição<br />

e posteriormente passado á 3ª fase.<br />

Na 3ª fase Barroselas jogou<br />

contra C. E.ANCORENSIS, não conseguindo<br />

obter a 2ª posição, como tal não<br />

passou á fase seguinte.<br />

Por sua vez, a equipa <strong>de</strong> futebol<br />

feminino também conseguiu bons<br />

resultados.Á equipa pertenceu: Márcia<br />

(8ºB) Magda, Filipa, (9ºC), Carolina,<br />

Diana, Sílvia, Bruna, Sara(9ºA),<br />

Helena(10ºA), Marylin, Luísa,<br />

Joana(10ºB), Sofia(11ºA), Celine(11ºB),<br />

sendo o prof. José Manuel o treinador.<br />

As equipas adversárias <strong>de</strong><br />

Barroselas foram: Esc. Sec. MONÇÃO<br />

e Col. CAMPOS. A nossa escola saíu<br />

vencedora e passou à fase inter CAE<br />

(vencedor do CAE <strong>de</strong> Braga/ cooperativa<br />

<strong>de</strong> ensino DIDÁXIS), sendo esta a<br />

vencedora passando por isso à fase final<br />

regional.<br />

Para além da existência <strong>de</strong>stas<br />

equipas é <strong>de</strong> salientar a participação dos<br />

alunos quer no corta-mato escolar como<br />

no corta-mato distrital on<strong>de</strong> obtiveram<br />

excelentes lugares.<br />

Para além <strong>de</strong> todas estas<br />

activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>correu em Ponte <strong>de</strong> Lima,<br />

no dia 13/1/99, um curso <strong>de</strong> árbitros, no<br />

qual participaram: Paulo Santos,Ricardo<br />

Martins(10ºA) e Ana Pereira(11ºB) na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> futebol 5, quanto ao voleibol,<br />

participaram: Emanuel Santos(9ºD) e<br />

José Sousa(9ºA).<br />

A todos os que participaram nas<br />

activida<strong>de</strong>s acima referidas os nossos<br />

parabéns.<br />

Pardal<br />

Breves:<br />

- 12 <strong>de</strong> Março - O 11ºB <strong>de</strong>slocase<br />

a Santarém com a prof. Rosa<br />

Maria em consolidação com o<br />

projecto <strong>de</strong> área- escola<br />

reconstituindo algumas passagens<br />

<strong>de</strong>scritas na obra “Viagens na<br />

Minha Terra” do escritor Almeida<br />

Garrett;<br />

- No âmbito do Festiviana várias<br />

turmas ao longo do mês <strong>de</strong> <strong>Abril</strong> e<br />

Maio <strong>de</strong>slocaram-se a Viana do<br />

Castelo, a fim <strong>de</strong> assistir a algumas<br />

projecções cinematográficas <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m pedagógica e <strong>de</strong> Lazer;<br />

- 12 a 23 <strong>de</strong> <strong>Abril</strong> - Realizaramse<br />

mais uma vez várias<br />

simulações relativas à<br />

Prevenção Rodoviária as<br />

quais iam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>monstração da utilização<br />

correcta <strong>de</strong> velocípe<strong>de</strong>s( a<br />

nível escolar e distrital) até à<br />

exibição com cães treinados (<br />

na procura <strong>de</strong><br />

estupefacientes) e por fim<br />

fizeram-se alguns exercícios;<br />

- 29 e 30 <strong>de</strong> <strong>Abril</strong> - Não<br />

esquecendo o dia da Mãe,<br />

vários alunos da nossa escola<br />

puseram os seus dotes<br />

literários à prova elaborando<br />

quadras alusivas a este dia<br />

tão especial. Estes trabalhos<br />

encontraram-se expostos<br />

junto à entrada do polivalente;<br />

- 4,5 e 6 <strong>de</strong> Maio - Efectuou-se<br />

na nossa biblioteca a feira do<br />

livro a qual abrangia várias<br />

obras, esta feira esteve a<br />

cargo do grupo <strong>de</strong> português;<br />

- 7 <strong>de</strong> Maio - Aquando da<br />

celebração do dia da União<br />

Europeia, realizou-se na sala<br />

Nº3, uma exposição contendo<br />

informação relativa a todos<br />

os países pertencentes à<br />

União Europeia. Esta<br />

iniciativa esteve a cargo do<br />

grupo <strong>de</strong> Geografia e tinha<br />

como principal objectivo a<br />

máxima: “O nosso país é a<br />

União Europeia”;<br />

- 12,13 e 14 <strong>de</strong> Maio - Teve<br />

lugar a feira do livro da língua<br />

Inglesa, on<strong>de</strong> estiveram<br />

expostas várias obras. O<br />

evento esteve a cargo das<br />

alunas Cristina Jaques e<br />

Susana Peixoto, sob supervisão<br />

da professora Virgínia<br />

Oliveira e com a ajuda dos<br />

alunos do 8º A.<br />

- Pág. 3


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

A vida por um<br />

momento<br />

No passado dia <strong>25</strong> <strong>de</strong> <strong>Abril</strong><br />

comemoraram-se os <strong>25</strong> anos sobre<br />

a” Revolução dos Cravos” e quantos<br />

<strong>de</strong> nós já nos lembrámos que os<br />

nossos Pais estiveram lá?? E quantos<br />

<strong>de</strong> nós já nos lembrámos que os nossos<br />

Pais foram tão jovens quanto nós<br />

somos, que tiveram anseios, <strong>de</strong>silusões<br />

e sonharam até lhes doer os sonhos?<br />

A quantos <strong>de</strong> nós passará pela cabeça<br />

que os nossos Pais, os mesmos que<br />

nos <strong>de</strong>ram a vida, já pensaram na<br />

Morte num qualquer dia <strong>de</strong>ssa<br />

juventu<strong>de</strong>?!<br />

Deixa-se aqui o testemunho<br />

<strong>de</strong> um jovem <strong>de</strong> ontem que percebeu<br />

que o inverno é sempre que alguém<br />

rouba a liberda<strong>de</strong> dos outros, que se<br />

pergunta por que não se não saneia o<br />

“ inverno do nosso <strong>de</strong>scontentamento”.<br />

“ Tema sobre o Inverno e<br />

o Verão”<br />

O inverno! Quadra<br />

enfadonha, que molesta tanta gente,<br />

pois que tanto um pouco está <strong>de</strong> sol,<br />

como chove <strong>de</strong> repente!<br />

Ainda estou por<br />

compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem tanto<br />

po<strong>de</strong>r!<br />

Porque é que a gente nunca<br />

se dá com o tempo?<br />

Isto <strong>de</strong> tempo meus amigos,<br />

é o diabo: no Verão, época mais<br />

apreciada por toda a gente, tudo fica<br />

tresloucado, com os primeiros raios<br />

solares! Pois quando o tempo das<br />

praias chega, é que as meninas mais<br />

se lembram <strong>de</strong> amar... E <strong>de</strong> feição<br />

sonhadora, lá se <strong>de</strong>ixam arrastar, para<br />

seguidamente dar expansão à sua<br />

alegria. Tenho pensado<br />

profundamente, no que significa para<br />

todos o Verão; e por mais engraçado<br />

que lhes pareça, eu pessoalmente,<br />

qualifico-o como uma <strong>de</strong>mocracia -<br />

falo assim porque se vê toda a gente<br />

risonha e <strong>de</strong> aspecto agradável... e se<br />

uns escolhem as praias: outros optam<br />

pelo monte, e cada qual é livre <strong>de</strong><br />

escolher conforme quiser...isto na<br />

minha imaginação! Mas, o que é certo,<br />

é que já no tocante ao Inverno, sou<br />

bastante pessimista, porque quer<br />

queiram ou não, consi<strong>de</strong>ro como<br />

fascismo- o que <strong>de</strong> maneira nenhuma,<br />

incluo a quem o aprecia, não, isso<br />

não. Isto é simplesmente a minha<br />

opinião, porque naturalmente que nem<br />

todos pensam do mesmo modo.<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente que há sempre alguém<br />

que gosta do fascismo, assim como<br />

<strong>de</strong>ve haver quem goste do Inverno .<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente que o meu optimismo<br />

pelos dons da natureza se baseiam<br />

um pouco em tudo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que exclua<br />

a quadra invernosa. Por exemplo:<br />

hoje, dia 14 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong>1975- dia<br />

histórico para muitos, que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

oprimidos tantos anos, veêm-se<br />

finalmente livres, pela queda do<br />

fascismo! E é no dia <strong>de</strong> hoje meus<br />

amigos, que me ponho meditando em<br />

tudo o que nos ro<strong>de</strong>ia!<br />

- Pág. 4<br />

Haverá alguém que me<br />

responda, porque é que sendo a gente<br />

livre, não o é totalmente? E não o é<br />

porquê? È simples <strong>de</strong> ver, porque há<br />

sempre alguém que se apo<strong>de</strong>ra da<br />

liberda<strong>de</strong> dos outros. E vejam lá,<br />

estando nós empenhados num sistema<br />

revolucionário, porque é que não nos<br />

livramos do mal que nos molesta? E<br />

sendo o Inverno como uma praga<br />

para alguns, porque é que não há<br />

quem lhe faça o saneamento? A<br />

resposta meus amigos é simples...<br />

porque admitindo no nosso meio<br />

ambiente os fascistas, também,<br />

mesmo que nos custe, temos <strong>de</strong> admitir<br />

o Inverno, porque para esse, não<br />

tentem fazer revolução, porque<br />

embora queiram ou não, não vale a<br />

pena fazer reivindicações porque é a<br />

força <strong>de</strong> Deus , e Deus, foi quem tudo<br />

o que nos ro<strong>de</strong>ia. Por isso mesmo,<br />

meus amigos, digo-lhes sinceramente:<br />

não criemos ilusões sobre o futuro,<br />

porque sendo este mundo um clima<br />

<strong>de</strong> incertezas, quando nós menos<br />

contamos vem a morte, que nos<br />

domina- pensem bem, a “MORTE”<br />

meus amigos!...<br />

Jorge Jaques (recolha <strong>de</strong><br />

Cristina Jaques )<br />

CONCURSO<br />

LITERÁRIO E<br />

EXPRESSÃO GRÁFICA<br />

LIVRE “<strong>25</strong> <strong>DE</strong> ABRIL”<br />

A “Revolução <strong>de</strong> <strong>Abril</strong>”<br />

comemorou este ano as suas “Bodas<br />

<strong>de</strong> Prata”. Acontecimentos diversos<br />

marcaram, por todo o País, esta alegre<br />

e esperançosa data. Em boa hora<br />

aconteceu e acontece “<strong>Abril</strong>”, pois a<br />

partir daí, um sangue novo <strong>de</strong><br />

entusiasmo e liberda<strong>de</strong> inunda as<br />

nossas veias e tinge <strong>de</strong> esperança os<br />

nossos horizontes lusíadas.<br />

A Escola C+ S <strong>de</strong> Barroselas<br />

quis associar-se às comemorações<br />

<strong>de</strong> <strong>Abril</strong> com as mais diversas<br />

activida<strong>de</strong>s. Destacamos aqui o<br />

“Concurso Literário e Expressão<br />

Gráfica Livre”, com belas<br />

participações que ilustram esse dia<br />

memorável e o trazem para a realida<strong>de</strong><br />

dos nossos dias através da expressão<br />

artística.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos e louvamos a<br />

participação <strong>de</strong> todos os concorrentes,<br />

pelo conteúdo e beleza das suas<br />

Composições Literárias e Trabalhos<br />

<strong>de</strong> Expressão Gráfica Livre e pelo<br />

empenho que neles colocaram, on<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vista diferentes, se realça<br />

a maravilha do mesmo feito - “A<br />

Revolução <strong>de</strong> <strong>Abril</strong>”.<br />

Como não po<strong>de</strong>mos publicar<br />

todas as Composições Literárias e<br />

Trabalhos <strong>de</strong> Expressão Gráfica<br />

Livre, aqui vos prendamos, pelo<br />

menos, com os primeiros premiados<br />

<strong>de</strong> cada nível <strong>de</strong> concorrentes.<br />

Agra<strong>de</strong>cemos à Associação<br />

<strong>de</strong> Estudantes a colaboração<br />

prestada, quando do escrutínio <strong>de</strong><br />

apuramento <strong>de</strong> vencedores a nível <strong>de</strong><br />

Trabalhos <strong>de</strong> Expressão Gráfica<br />

Livre participado por toda a<br />

comunida<strong>de</strong> escolar.<br />

Os premiados a este nível<br />

foram:<br />

José Luís Baptista - 9º F<br />

E José Luís Baptista -9ºE<br />

3º ciclo<br />

Joana Torre e Mariana Peixoto<br />

6º B (em simultâneo )<br />

Referimos também os premiados a<br />

nível do Concurso Literário:<br />

3º CICLO:<br />

1º Prémio “<strong>25</strong> <strong>de</strong> <strong>Abril</strong>”- Dulcineia –<br />

Andreia Raquel Faria <strong>de</strong> Castro – 9º<br />

E<br />

2º Prémio “Fomos Libertados” -<br />

Jean Clau<strong>de</strong> – Cláudia Fernan<strong>de</strong>s<br />

Soares – 9º D<br />

CURSO SECUNDÁRIO:<br />

1º Prémio “O Despertar <strong>de</strong> um Povo”<br />

- Jaquelino Montiory – Bruno Ferreira<br />

– 12º A<br />

2º Prémio “A Afirmação do Ser<br />

Português” - Dostoiewski – Olímpio<br />

S. Cunha – 12º A<br />

2º Prémio “ex aequo” - “O Dia da<br />

Mudança” - Inês <strong>de</strong> Castro – Sandra<br />

Araújo – 12º A<br />

Menção Honrosa “O Riso da<br />

Melancia”: prof. Maria <strong>de</strong> Fátima<br />

Pereira Lopes<br />

(Os dinamizadores do concurso)<br />

PERIPÉCIAS<br />

DA<br />

AMPULHETA<br />

Setembro <strong>de</strong> 1998 – Início do<br />

Ano Lectivo – Registe-se no Plano<br />

Anual <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s da Escola, para<br />

98/99, que os alunos <strong>de</strong> Português A<br />

e B do Ensino Secundário efectuarão<br />

uma visita <strong>de</strong> estudo a Santarém no<br />

âmbito da análise da obra literária<br />

Viagens na Minha Terra, <strong>de</strong><br />

Almeida Garrett. Coisas das novas<br />

pedagogias...<br />

Novas?!! O próprio Garrett<br />

afirmou, no capítulo XXVI <strong>de</strong>ssa<br />

mesma obra, que «a História, lida ou<br />

contada nos próprios sítios em que se<br />

passou, tem outra graça e outra força;<br />

(...)»<br />

Adiante.<br />

Agendou-se o evento para Março<br />

ou <strong>Abril</strong> <strong>de</strong> 1999. Que tal 5 <strong>de</strong> Março?<br />

É uma sexta-feira, não se prevê<br />

gran<strong>de</strong> aperto <strong>de</strong> testes para os alunos<br />

e, um dia é suficiente para que se<br />

cumpram os objectivos <strong>de</strong>finidos. A<br />

propósito, sexta-feira era dia aziago<br />

na novela da ‘Menina dos Rouxinóis’.<br />

Isto não irá dar azar? Veremos.<br />

Informam-se os alunos. Nada a<br />

obstar. As turmas ace<strong>de</strong>m com<br />

entusiasmo à i<strong>de</strong>ia. Começa a<br />

contagem <strong>de</strong>crescente – Ampulheta<br />

em acção.<br />

Põem-se em marcha os primeiros<br />

passos da planificação: Preparam-se<br />

as tarefas, solicitam-se orçamentos<br />

– enfim, o projecto começa a ganhar<br />

corpo. E a areia do frasquinho vai-se<br />

escoando. Vire-se, <strong>de</strong> novo, a<br />

ampulheta.<br />

Aproxima-se lentamente a data<br />

da viagem. Palpita-me que a i<strong>de</strong>ia<br />

começa a dar ares <strong>de</strong> fragmentação.<br />

O frasquinho ‘estala’. Queira Deus,<br />

não se espalhe a areia!...<br />

Esforços vários no sentido <strong>de</strong> prevenir<br />

a todo o custo que a “coisa” se<br />

quebrasse <strong>de</strong>finitivamente.<br />

(Assevero que não faltou motivação<br />

nem tão-pouco entusiasmo.) Debal<strong>de</strong>!<br />

A pretexto <strong>de</strong> uma tal viagem à Serra<br />

da Estrela, os alunos esgotaram os<br />

fundos <strong>de</strong> poupança e o resultado foi<br />

“um bal<strong>de</strong> <strong>de</strong> água fria” para os<br />

“associados <strong>de</strong>sta empresa”. E<br />

agora? Resignamo-nos?<br />

Que remédio?... A falta <strong>de</strong> quorum<br />

inviabiliza a concretização do<br />

projecto, pois que, para tão poucos<br />

interessados, o orçamento resultaria<br />

exorbitante. Fica para outra vez.<br />

- Nada disso, professora!<br />

Nós queremos ir – pronunciou-se o<br />

11.º B - À semelhança <strong>de</strong> Garrett,<br />

protestamos que <strong>de</strong> quanto virmos e<br />

ouvirmos, <strong>de</strong> quanto pensarmos e<br />

sentirmos, também faremos crónica.<br />

Não caíram em saco roto estas<br />

<strong>de</strong>terminações.<br />

Volta a ampulheta a estar em<br />

acção.<br />

A 5 <strong>de</strong> Março já não é possível. É<br />

já muito em cima da hora. Vamos<br />

retardar uma semana? Certo. Dia<br />

12, então? De acordo.


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

Música Tradicional<br />

do Alto- Minho na Escola<br />

No passado dia 3 <strong>de</strong> <strong>Abril</strong><br />

realizou-se na escola uma sessão<br />

sobre música tradicional do Alto-<br />

Minho para os alunos do 2º ciclo,<br />

inserida no projecto “Alto- Minho<br />

2000- Património Musical”<br />

promovido pela Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Música<br />

<strong>de</strong> Viana do Castelo, com o objectivo<br />

<strong>de</strong> divulgar alguns aspectos da nossa<br />

música tradicional, bem como,<br />

“aproximar os estudantes do<br />

universo musical tradicional da sua<br />

própria região”. Esta acção contou<br />

com a colaboração da APPACDM<br />

<strong>de</strong> Viana do Castelo e foi animada<br />

por elementos do grupo musical<br />

Cantares do Minho que <strong>de</strong>ram a<br />

conhecer aos alunos as origens da<br />

prática instrumental e vocal, os<br />

instrumentos tradicionais, a sua<br />

forma <strong>de</strong> execução e algumas<br />

canções tradicionais do Alto- Minho.<br />

A jovem assistência<br />

<strong>de</strong>slumbrou-se ao ouvir as melodias<br />

e os acompanhamentos dos<br />

Cordofones (Viola Braguesa,<br />

PÁGINA DO PROFESSOR<br />

Cavaquinho e Violão), dos<br />

Aerofones (Harmónio e<br />

Concertina) e das Percussões<br />

(Triquelitraques, Tréculas, Recoreco,<br />

Pinhas, Tambor, Seixos e<br />

Ferrinhos). “Rosinha do Meio”,<br />

“Ferreiro” e “Malhão” foram as<br />

cantigas cantadas por todas as<br />

crianças presentes, sendo a última<br />

acompanhada nas percussões por<br />

um grupo <strong>de</strong> alunos.<br />

No final, a escola recebeu<br />

30 kits <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, produzidos pelos<br />

alunos da APPACDM, <strong>de</strong>stinados<br />

à montagem e construção <strong>de</strong><br />

Zaclitracs e tréculas por uma das<br />

turmas participantes.<br />

Sob a <strong>de</strong>signação<br />

SABERES DA TRADIÇÃO<br />

MUSICAL foram realizadas várias<br />

sessões como esta em diversas<br />

escolas do distrito <strong>de</strong> Viana do<br />

Castelo. Coor<strong>de</strong>nado pelo Dr. João<br />

Soeiro <strong>de</strong> Carvalho a iniciativa conta<br />

com o apoio do PRONORTE e da<br />

Associação <strong>de</strong> Municípios do Vale<br />

do Minho.<br />

Professora: Angelina<br />

PERIPÉCIAS DA AMPULHETA (CONTINUAÇÃO)<br />

Ao todo, somos 10. Vamos <strong>de</strong><br />

comboio. (A propósito, observe-se a<br />

exposição que sintetiza esta visita <strong>de</strong><br />

estudo, intitulada “11.º B em<br />

Santarém”, on<strong>de</strong>, entre outras<br />

curiosida<strong>de</strong>s se inscreve um artigo<br />

<strong>de</strong>nominado “Impressões <strong>de</strong><br />

Viagem”.)<br />

Com a convicção e empenho<br />

com que tomaram a <strong>de</strong>cisão, estas alunas<br />

haviam provi<strong>de</strong>nciado patrocínios e<br />

angariado verbas à custa dos seus dotes<br />

culinários, a um ritmo alucinante.<br />

Tudo pronto para a partida.<br />

Terminou o tempo. A ampulheta não<br />

mente.<br />

São 12 do mês <strong>de</strong> Março, ano da<br />

graça <strong>de</strong> 1999, uma sexta-feira, dia<br />

ansiado e <strong>de</strong> boa estreia, não obstante<br />

a promessa <strong>de</strong> chuva. Seis e vinte da<br />

manhã e nós a embarcarmos no<br />

comboio, em Barroselas. Alô,<br />

Santarém! Aqui vamos nós! Hiupii!<br />

Todos os ingredientes se<br />

compatibilizaram para um resultado<br />

excelente: curiosida<strong>de</strong>, excitação e<br />

entusiasmo + <strong>de</strong>terminação +<br />

autorização dos encarregados <strong>de</strong><br />

educação + rigor no cumprimento <strong>de</strong><br />

horários e tarefas + regozijo pelo<br />

contacto com novos ambientes + uns<br />

pózinhos <strong>de</strong> provocação da<br />

sensibilida<strong>de</strong>, a aguçar o gosto pelo<br />

enriquecimento cultural, eis a receita<br />

<strong>de</strong> um “prato” que saiu <strong>de</strong>licioso – a<br />

visita <strong>de</strong> estudo à ”mais histórica e<br />

monumental das nossas vilas”. Minho<br />

e Ribatejo combinam.<br />

Haverá mais para o ano?<br />

A ampulheta fen<strong>de</strong>u, mas ainda<br />

não per<strong>de</strong> areia...<br />

R. C.<br />

O RISO DA MELANCIA<br />

Naquele dia os campos<br />

conheceram mais cedo o silêncio da<br />

noite. Ao primeiro rumor nocturno<br />

das aguas sobre a areia, os<br />

camponeses carregaram os sacos <strong>de</strong><br />

serapilheira cheios <strong>de</strong> feijão ver<strong>de</strong> e<br />

aí foram, cômoro fora, a perfumar o<br />

calor do dia com seiva ver<strong>de</strong> ainda<br />

morna e quente. A criançada, nos<br />

braços picados da madre-silva e do<br />

sol, ou nas abadas dos vestidos sujos,<br />

levava os melões e as melancias,<br />

pesados como o sono das sestas<br />

veranis.<br />

A al<strong>de</strong>ia, uma vintena <strong>de</strong><br />

casas raladas <strong>de</strong> luz baça,<br />

<strong>de</strong>stacava-se num fundo <strong>de</strong> pinhais,<br />

absorveu em tinido cristal as vozes<br />

dos campónios, o ladrar dos cães, o<br />

canto dos grilos e o último cacarejar<br />

<strong>de</strong> galos e galinhas. Depois, o veludo<br />

da noite tornou mais cavos os sons e<br />

a lua espraiou-se, então, na clareira<br />

que a al<strong>de</strong>ia abria na massa ver<strong>de</strong> do<br />

pinhal.<br />

lmpacientes, novos, velhos e<br />

assim-assim, <strong>de</strong>spacharam a ceia da<br />

bicharada, atiraram ossos, espinhas e<br />

alguns pontapés aos cães infernizados<br />

<strong>de</strong> excitação e <strong>de</strong> luar e comeram por<br />

fim, o bocado <strong>de</strong> caldo, o prato <strong>de</strong><br />

batatas com qualquer coisa e, regalo<br />

dos regalos, abriram os nobres melões<br />

e as mais plebeias melancias e<br />

<strong>de</strong>liciaram-se, enfim, naqueles sucos<br />

mornos, macios, doces e apelativos<br />

<strong>de</strong> mais, sempre mais e sempre mais<br />

até que das cascas já se faziam barcos<br />

e toda a al<strong>de</strong>ia velejava num contente<br />

enfartamento <strong>de</strong> fruta madura.<br />

Depois a al<strong>de</strong>ia apagou-se,<br />

<strong>de</strong> casa saíram todos e rumaram, pelo<br />

meio do pinhal até uma mais distante<br />

clareira. Entre pinheiros seculares e<br />

risos claros, avistaram as carroças do<br />

circo pobre, pobre como eles todos,<br />

mas o azul sem viço das pinturas das<br />

roulotes, o dourado puído dos adornos,<br />

os balões vermelhos, as serpentinas,<br />

tudo, tudo lhes pareceu lindo, lindo <strong>de</strong><br />

morrer e era igual o olho arregalado<br />

da criança ao olho arregalado do<br />

velho perante tanta maravilha nunca<br />

vista!<br />

Umas cortinas correram e<br />

ali, pelas onze horas da noite, no meio<br />

do pinhal profundo, acontecia o teatrocirco<br />

, ou antes, acontecia a poesia,<br />

ou antes, a felicida<strong>de</strong> dos simples. E<br />

era mesmo simples a felicida<strong>de</strong> ali,<br />

umas palavras tão simples <strong>de</strong> graça e<br />

todos os campónios, sentados no chão,<br />

rebolavam sobre as barrigas dilatadas<br />

e todos gritavam:<br />

- Mais não, mais não que me<br />

mijo todo!! Logo comi tanta melancia!<br />

Mas é claro que queriam mais,<br />

sempre mais, como querem as<br />

crianças os ataques <strong>de</strong> cócegas, as<br />

cavalitas e a cabeça para baixo ou<br />

andar à roda, à roda até ficarem<br />

tontos <strong>de</strong> vertigens, <strong>de</strong> cores, <strong>de</strong> apitos<br />

nos ouvidos, <strong>de</strong> sangue a estalar sob<br />

a pele fervente ... ó sim, queriam<br />

mais, queriam esquecer que<br />

alombavam todos os dias com sacos<br />

<strong>de</strong> 50 kg <strong>de</strong> peso, que com eles<br />

percorriam dois, três km à luz macia<br />

da lua; que tinham para roer, nessas<br />

andanças, o pó das estrelas e dos<br />

caminhos e que ninguém, mas<br />

ninguém, os via como outra coisa<br />

senão como bestas <strong>de</strong> carga “a bem<br />

da nação”.<br />

E como Salazar não estava<br />

por ali e, assim se esperava, a guarda<br />

e os bufos também não, rolavam no<br />

chão das brinca<strong>de</strong>iras dos<br />

comediantes e culpavam as melancias<br />

dum tão gran<strong>de</strong> fartote <strong>de</strong> aflição<br />

risível. A dada altura, uma ciganota<br />

trouxe uma gran<strong>de</strong> melancia para o<br />

palco.<br />

- 0 não, mais não!! - gritaram<br />

os campónios a chorar <strong>de</strong> riso mas a<br />

ciganota abriu uns olhos e uma boca<br />

na melancia, pôs uma prata amarela<br />

a servir <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte <strong>de</strong> ouro, uns óculos<br />

pretos <strong>de</strong> massa e uma boina naquela<br />

cabeça redonda e, então aí, é que a<br />

assistência resfolegou <strong>de</strong> riso porque<br />

um dos presentes gritou:<br />

- Olhem, olhem, parece<br />

mesmo o nosso Tóino, o bufo <strong>de</strong><br />

Salazar!!<br />

E todos acharam que sim e<br />

foi o riso tão alto que chegou à lua e<br />

a pren<strong>de</strong>u sobre a cena inocente dos<br />

homens que riam da sua prisão.<br />

Pela meia-noite e tal, muito<br />

tal, o espectáculo acabou. Dada a<br />

moeda da convenção, os campónios<br />

abriram os focos, uma moeda <strong>de</strong> luz<br />

que os guiaria <strong>de</strong> volta à al<strong>de</strong>ia.<br />

Voltavam <strong>de</strong> barrigas atadas pelas<br />

mãos, numa dor <strong>de</strong> alegria e ventre<br />

solto, os olhos a brilhar como <strong>de</strong><br />

homens livres, os lábios abertos sobro<br />

o riso, sobretudo quando se<br />

lembravam que era exacta a<br />

comparação do Foguete: na verda<strong>de</strong>,<br />

aquela melancia do circo era a cara<br />

chapada do Tóino Bufo!!<br />

Subiram o souto lentamente,<br />

lá do suave alto avistariam a sua<br />

al<strong>de</strong>ia e o rio manso entre as canas<br />

altas. Era verão e sabia bem caminhar<br />

pela fresca do luar, a pisar as ervas<br />

frescas do orvalho. Para eles não ora<br />

poético, era apenas o melhor da vida,<br />

juntamente com os filhos, agora<br />

bêbedos <strong>de</strong> sono.<br />

Então ouviu-se um estampido<br />

seco e alguém disse baixo:<br />

- Foi um tiro ...<br />

E o Foguete jazia no chão e<br />

da barriga escorria o último riso da<br />

melancia. Ninguém mais ouviu nada,<br />

ou viu fosse o que fosse.<br />

Portugal, nessa época, era<br />

terrivelmente engraçado.<br />

Fátima Lopes<br />

- Pág. 5


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

Sais - tu ...?<br />

Qui a été le Masque <strong>de</strong> Fer ?<br />

Alexandre Dumas a immortalisé<br />

l´histoire avec sa plume: le Roi <strong>de</strong><br />

France, Louis XIV (1638-1715), a eu<br />

un frère qui a été emprisonné avec le<br />

visage caché par un masque <strong>de</strong> fer,<br />

pour que personne ne découvre son<br />

i<strong>de</strong>ntité et pour éviter, ainsi, qu´il réclame<br />

sa prétention au trône. Toutefois, la<br />

fiction peut avoir une base réelle.<br />

Déjà à l´époque du Roi Soleil certains<br />

faisaient référence au mystérieux<br />

personnage. En octobre 1711, la<br />

duchesse d´Orléans, (la soeur du Roi),<br />

aurait écrit une lettre à une tante, dans<br />

laquelle elle disait: «Un homme est<br />

resté beaucoup d´années dans la Bastille,<br />

où il est mort portant un masque. Il y<br />

avait toujours à son côté <strong>de</strong>ux<br />

mousquetaires pour le tuer s´il retirait le<br />

masque». À son tour, l´écrivain Voltaire<br />

(1694-1778), soutenait, dans son oeuvre<br />

«Le siècle <strong>de</strong> Louis XIV», que dans l´île<br />

Française <strong>de</strong> Sainte Marguerite, il y<br />

avait eu un prisionnier qui portait un<br />

masque <strong>de</strong> fer et dont le crime n´était<br />

autre sinon être frère du Roi. Plusieurs<br />

versions plus osées disent que le<br />

prisonnier était Louis XIV, lui-même<br />

dépouillé <strong>de</strong> ses droits légitimes en<br />

faveur d´un fils secret d´Anne<br />

d´Autriche ( la mère du Roi) et du<br />

Cardinal Mazarin.<br />

L´intérêt à démasquer le mystérieux<br />

prisonnier était tel qu´il ne manquait<br />

pas <strong>de</strong> candidats à être l´Homme du<br />

Masque <strong>de</strong> fer, entre lesquels un moine<br />

jacobin et un laquais d´un ennemi déclaré<br />

du Roi Soleil. De toute manière, dans le<br />

procès-verbal <strong>de</strong> la Bastille du 18<br />

septembre 1698, est enregistrée l´entrée<br />

d´un homme dont l´i<strong>de</strong>ntité n´a jamais<br />

été révélée, avec un masque non <strong>de</strong> fer,<br />

mais <strong>de</strong> velours noir. Le prisonnier est<br />

resté incarcéré jusqu´à sa mort, cinq<br />

années après avoir été arrêté. On disait,<br />

Françoise Mallet-Joris est l’auteur<br />

<strong>de</strong> cette phrase et <strong>de</strong> nombreux romans<br />

entre lesquels «La maison <strong>de</strong> papier ».<br />

Aussi bien que « La clé sur la porte »<br />

<strong>de</strong> Marie Cardinal, cette oeuvre parle<br />

<strong>de</strong> la familiarité entre les parents et<br />

enfants. Ces <strong>de</strong>ux mères <strong>de</strong> famille<br />

parlent <strong>de</strong> leur expérience dans le foyer<br />

où l’humour et la chaleur humaine sont<br />

l’ essentiel pour construire une famille.<br />

Elles sont <strong>de</strong>ux auteurs français <strong>de</strong><br />

l’époque du nouveau romantisme (1910/<br />

1970) très connues en France.<br />

Cette phrase a au même temps un<br />

sens littéraire et sentimental où la vie<br />

familiale est le coup d’envoi pour la vie<br />

littéraire. C’est notre expérience<br />

quotidienne qui nous mène à raconter<br />

nos émotions dans un livre. C’est une<br />

manière <strong>de</strong> revivre le passé, les<br />

moments plus heureux. Comme les<br />

parents qui font <strong>de</strong>s efforts pour avoir<br />

les meilleurs enfants, les écrivains font<br />

aussi <strong>de</strong>s efforts pour avoir une oeuvre<br />

reconnue par tous.<br />

Cependant, souvent les parents ne<br />

- Pág. 6<br />

à l´époque, que c´était le conte Antoine<br />

Hercule Mathioli, que Loius XIV a<br />

ordonné d´incarcérer à cause <strong>de</strong> la<br />

vente <strong>de</strong> secrets <strong>de</strong> l´État. On disait<br />

aussi qu´il a été enterré sans tête,<br />

remplacée par une pierre: on voulait<br />

qu´il ne fût pas i<strong>de</strong>ntifié même après sa<br />

mort. Qui était - il vraiment? Le<br />

prisonnier a emporté son secret dans le<br />

tombeau.<br />

In «Super interessante, 10<br />

enigmas do passado, Outubro<br />

1998»<br />

Note: Le réalisateur Randall Wallace<br />

s´est inspiré en ce mystère pour faire<br />

un film. Dans le film, la reine Anne,<br />

femme du roi <strong>de</strong> France a accouché<br />

<strong>de</strong>ux jumeaux et, comme le roi craignait<br />

la rivalité entre les <strong>de</strong>ux frères dûe à la<br />

succession du trône, il a décidé <strong>de</strong> faire<br />

disparaître Philippe, sans en donner<br />

connaissance à sa femme et en disant<br />

qu'il était né mort. Quand le garçon a<br />

atteint 16 ans son frère Louis, déjà roi,<br />

a décidé <strong>de</strong> l´emprisonner dans la<br />

Bastille avec un masque <strong>de</strong> fer, afin<br />

que personne ne puisse voir son visage.<br />

Louis était un roi détesté par tous et par<br />

les mousquetaires qui avaient<br />

connaissance <strong>de</strong> la situation et, à partir<br />

<strong>de</strong> là, commencèrent <strong>de</strong>s conflits pour<br />

la libération <strong>de</strong> Philippe pour que celuici<br />

<strong>de</strong>vienne roi.<br />

Principaux acteurs:<br />

Leonardo Dicaprio,<br />

Jeremy Irons,<br />

John Malkovich,<br />

Gérard Depardieu<br />

Article <strong>de</strong>: José Costa 11ºA<br />

Note <strong>de</strong>: Céline Martins 11ºB<br />

“Faire une famille, c’est faire une oeuvre”<br />

LA RUBRIQUE DU FRANÇAIS<br />

réussissent pas à construire la meilleure<br />

famille, car aujourd’ hui il est très<br />

difficile <strong>de</strong> le faire. Il faut faire un<br />

effort et avoir une mentalité très ouverte<br />

et imaginative pour qu’on dépasse les<br />

conflits <strong>de</strong>s générations. Pour faire<br />

une oeuvre il faut consulter, étudier,<br />

chercher <strong>de</strong>s sources pour qu’elle<br />

<strong>de</strong>vienne fameuse, <strong>de</strong> la même manière,<br />

il faut aussi se préparer, consulter et<br />

dédier tout le temps à la famille.<br />

Ils ont besoin <strong>de</strong> dialoguer et discuter<br />

sur leurs problèmes pour ensuite les<br />

résoudre en donnant le bonheur, la<br />

tendresse et l’amour à la famille. Il doit<br />

y avoir tout le dévouement à la famille,<br />

sinon elle <strong>de</strong>viendra « cassée », sans<br />

amour, sans respect et sans éducation.<br />

Donc, si un écrivain veut avoir la<br />

meilleure oeuvre il doit lui donner tout<br />

le dévouement, l’amour, la tendresse,<br />

enfin tout le temps.<br />

« Une oeuvre sans reconnaissance,<br />

c'est comme une famille détruite ».<br />

Ilda Pires 11ºB<br />

Sais-tu que:<br />

♦ Les noms <strong>de</strong> Tintin et Milou<br />

changent dans certaines<br />

langues.<br />

En japonais, Tintin <strong>de</strong>vient<br />

Tan Tan, en allemand Tim et<br />

en néerlandais Kuifje. Milou<br />

se dit Snowy en anglais, Terry<br />

en danois et Struppi en<br />

allemand.<br />

♦ Le Louvre, un <strong>de</strong>s plus riches<br />

musées au mon<strong>de</strong>, a un C.D<br />

Rom où tu pourras le visiter<br />

sans y aller. Il suffit d´acheter<br />

ce C.D Rom pour que tu<br />

puisses connaître ce musée<br />

en toute tranquillité et éviter<br />

ses 5 millions <strong>de</strong> visiteurs<br />

annuels.<br />

♦ Les dauphins ne sont pas <strong>de</strong>s<br />

poissons même s´ils nagent à<br />

50 km/h en moyenne. C´est<br />

un cétacé qui respire <strong>de</strong> l´air.<br />

Il peut rester sous l´eau sans<br />

respirer pendant quinze<br />

minutes!<br />

Ilda Pires 11ºB<br />

L´an 2000.<br />

Quels<br />

changements?<br />

Dans moins <strong>de</strong> six mois nous<br />

entrerons dans le troisième<br />

millénaire.<br />

Qu´est-ce qui va se passer?<br />

Quels seront les changements?<br />

Les avis <strong>de</strong>s personnes sont<br />

très partagés. Certaines pensent<br />

qu´il va y avoir <strong>de</strong>s changements<br />

surtout au niveau <strong>de</strong>s progrès<br />

techniques. Les voitures a essence<br />

vont disparaître petit à petit pour<br />

être remplacées par <strong>de</strong>s voitures<br />

electriques. Les progrès<br />

scientifiques et les multimédias<br />

seront le coup d´envoi pour que<br />

nos problèmes finissent. Tout le<br />

mon<strong>de</strong> aura un ordinateur avec<br />

courrier électronique et Internet.<br />

Il sera même possible passer <strong>de</strong>s<br />

vacances à la Lune.<br />

Cependant, ces progrès<br />

peuvent être nuisibles à la société.<br />

On questionne: les prochaines<br />

années <strong>de</strong>viendront-elles les<br />

années où la machine dominera<br />

l´Homme? Quels seront les<br />

conséquences du progrès<br />

scientifique?<br />

As-tu déjà pensé a ces<br />

questions, ces problèmes?<br />

Ilda Pires 11ºB<br />

BLAGUES<br />

Un automobiliste entre en<br />

collision avec un camion<br />

transportant un cheval.<br />

Quelques mois plus tard,<br />

l´homme réclame <strong>de</strong>s<br />

dommages et intérêts pour ses<br />

blessures:<br />

- Comment pouvezvous<br />

prétendre<br />

d´aussi graves<br />

blessures? -<br />

<strong>de</strong>man-<strong>de</strong> l´avocat<br />

<strong>de</strong> la mutuelle<br />

(compagnie<br />

d´assurances).<br />

Après l´acci<strong>de</strong>nt,<br />

vous avez déclaré<br />

que vous n´aviez<br />

rien!<br />

- Écoutez, expliqua<br />

l´homme, j´étais<br />

allongé sur la route<br />

et je souffrais<br />

atrocement quand<br />

j´ai entendu quelqu´un<br />

dire que le<br />

cheval avait une<br />

jambe cassée. Et<br />

voilà qu´aussitôt un<br />

policier sort son<br />

revolver et abat<br />

froi<strong>de</strong>ment le<br />

cheval. Puis il se<br />

tourne vers moi et<br />

me <strong>de</strong>man<strong>de</strong>: « Et<br />

vous, ça va?»<br />

Qu´auriez-vous dit<br />

à ma place?<br />

Le mé<strong>de</strong>cin d´oncle Fudd<br />

lui avait assuré qu´il pourrait<br />

perdre ses kilos en trop à<br />

condition <strong>de</strong> courir 8<br />

kilomètres par jour pendant<br />

trois cents jours.Oncle Fudd<br />

appela donc son mé<strong>de</strong>cin à la<br />

fin <strong>de</strong>s trois cents jours pour<br />

lui dire qu´il avait effectivement<br />

perdu beaucoup <strong>de</strong> poids,<br />

mais qu´il avait un gros<br />

problème.<br />

- Qu´est-ce qui vous<br />

arrive? - <strong>de</strong>manda<br />

le mé<strong>de</strong>cin.<br />

- Je suis à 2400<br />

kilomètres <strong>de</strong> chez<br />

moi.<br />

Céline Martins 11ºB


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

Se quer sucesso,<br />

lute por ele.<br />

Com a força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>, qualquer<br />

adolescente sonhador - e não<br />

somente um adolescente - po<strong>de</strong><br />

atingir o que <strong>de</strong>seja.<br />

Eis cinco normas que vos<br />

ajudarão a encontrar o caminho para<br />

o sucesso.<br />

1. Define os seus objectivos.<br />

Para se ter sucesso é preciso<br />

primeiramente visar um<br />

“alvo”. Muitas são as pessoas<br />

que se passeiam na vida como<br />

sonâmbulas, sem nunca se<br />

perguntarem para on<strong>de</strong> se<br />

dirigem. Define, por isso, o<br />

que quer escrevendo os seus<br />

objectivos numa folha para<br />

estes se tornarem mais<br />

claros. Concentre-se então,<br />

na melhor maneira <strong>de</strong> agir,<br />

produzir e participar. È<br />

também importante<br />

imaginar-se a atingir o que<br />

<strong>de</strong>seja, pois enquanto<br />

aquele, que se consi<strong>de</strong>ra um<br />

vencido, vê as consequências<br />

e os perigos, o outro, que<br />

tem o espírito <strong>de</strong> vencedor<br />

imagina, e pensa na<br />

recompensa que vai obter<br />

do seu esforço.<br />

2. Procure aqueles que<br />

sabem mais que vocês.<br />

Quaisquer que sejam os seus<br />

objectivos, tente se<br />

relacionar com pessoas que<br />

conheçam melhor o assunto<br />

ou o que gira melhor à volta<br />

<strong>de</strong>sse mesmo objectivo.<br />

Tome-lhes o exemplo <strong>de</strong><br />

maneira a se adaptar e a se<br />

aperfeiçoar quanto ao tema.<br />

3 Seja tenaz perante todas<br />

as dificulda<strong>de</strong>s e provas.<br />

Uma das principais causas<br />

do mau êxito pessoal e/ou<br />

profissional é o<br />

comportamento<br />

auto<strong>de</strong>strutivo, ou seja, é a<br />

tendência para pensar e agir<br />

em contradição com os seus<br />

próprios objectivos. A<br />

gran<strong>de</strong> diferença entre as<br />

pessoas que têm sucesso e<br />

as que não têm não é<br />

geralmente o talento mas sim<br />

a perseverança. Muitas são<br />

as pessoas que ao mínimo<br />

sucesso baixam os braços<br />

mas outras recusam-se a fazer<br />

o mesmo. Nunca se <strong>de</strong>ixe<br />

seduzir com um pouco <strong>de</strong><br />

êxito.<br />

4 Invista ao máximo. Sem<br />

um compromisso sério, é<br />

difícil conquistar um sonho.<br />

Para se ter sucesso é preciso<br />

correr riscos tanto<br />

financeiros, como sociais,<br />

físicos e principalmente<br />

psicológicos. È preciso estarse<br />

preparado para novas<br />

experiências. Na vida é<br />

preciso asar para ganhar.<br />

5 Reveja e corrige os seus<br />

objectivos. Releia os seus<br />

objectivos <strong>de</strong> vez em quando.<br />

E se preciso, altera-los.<br />

Quando tiver êxito,<br />

relativamente a um dos seus<br />

objectivos, comemore e não<br />

<strong>de</strong>ixe que um pouco <strong>de</strong><br />

sucesso o afaste da sua<br />

realização pessoal e/ou<br />

profissional. Po<strong>de</strong> ter igual<br />

prazer quanto à sua realização<br />

como aceitar um novo<br />

<strong>de</strong>safio. Devemos apren<strong>de</strong>r<br />

a visar e formular objectivos<br />

cada vez mais “altos” e difíceis.<br />

Céline Martins 11ºB<br />

LIBERDA<strong>DE</strong>: ALGO<br />

UTÓPICO<br />

A Declaração Universal dos<br />

Direitos Humanos começa por<br />

preconizar que todos os Homens<br />

nascem iguais.<br />

Será isso que actualmente<br />

acontece?<br />

É evi<strong>de</strong>nte que não. Existem,<br />

sempre existiram e, obviamente<br />

continuarão a existir aqueles que são<br />

mais ”iguais” que os outros; aqueles<br />

que ao longo da vida vão ter mais<br />

oportunida<strong>de</strong>s que o seu semelhante.<br />

Em suma: aqueles para quem a<br />

existência neste conturbado mundo<br />

será o que no senso comum se<br />

<strong>de</strong>nomina “um mar <strong>de</strong> rosas”.<br />

Esta <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá<br />

advir <strong>de</strong> muitos e variados contextos,<br />

aos quais, na maior parte das vezes,<br />

não é alheio um certo “modus<br />

vivendi” nem sempre consentâneo<br />

com as normas sociais instituídas.<br />

Como exemplo, po<strong>de</strong>mos analisar<br />

alguns factos on<strong>de</strong> certos valores<br />

imperam em <strong>de</strong>trimento daqueles<br />

que efectivamente <strong>de</strong>veriam estar<br />

presentes. Concretamente,<br />

colocam-se, hoje em dia, quase<br />

sempre acima <strong>de</strong> tudo os valores<br />

hedonistas, on<strong>de</strong> o Homem para<br />

conseguir atingir <strong>de</strong>terminados fins<br />

não olha a meios; on<strong>de</strong> muitas vezes<br />

se preocupa mais com uma visão<br />

holística do contexto on<strong>de</strong> está<br />

inserido, esquecendo ou não<br />

querendo ver o outro que se encontra<br />

muito mais próximo e muitas vezes<br />

com imensos problemas. Problemas<br />

esses <strong>de</strong> difícil solução que o po<strong>de</strong>m<br />

conduzir a certos caminhos<br />

<strong>de</strong>sviantes. Não nos preocupamos<br />

com o “outro” tão próximo e tão<br />

distante. Temos uma vivência<br />

extremamente egoísta e egocêntrica,<br />

on<strong>de</strong> não há lugar nem tempo, porque<br />

não o <strong>de</strong>sejamos, para a<br />

solidarieda<strong>de</strong>, para a tolerância, para<br />

o Amor.<br />

Paradigma da tolerância,<br />

são os artigos escritos por um autor<br />

proeminente como é Karl Popper<br />

relativamente a vários temas.<br />

No entanto, sensibilizou-me<br />

<strong>de</strong> um modo importante um recente<br />

artigo publicado no jornal Público<br />

da autoria <strong>de</strong> Frei Bento Domingues<br />

que passo a transcrever:<br />

«A história <strong>de</strong> Phan Thi Kim<br />

Phuc , a menina queimada pelo napalm<br />

americano na guerra do Vietnam<br />

– há <strong>25</strong> anos, tinha ela então<br />

nove anos, - e proclamada<br />

actualmente embaixadora da<br />

UNESCO para a Cultura da Paz.<br />

Em 1972, o fotógrafo da Associeted<br />

Press revelou na célebre imagem da<br />

criança nua e queimada, fugindo das<br />

chamas, pela estrada fora, a<br />

qualida<strong>de</strong> do absurdo inscrito na<br />

guerra. Mostrou o retrato ao mundo<br />

que os Estados Unidos construíram.<br />

Do hospital <strong>de</strong> Saigão a<br />

Cuba, <strong>de</strong> Cuba a Moscovo, <strong>de</strong><br />

Moscovo a Toronto – on<strong>de</strong><br />

aproveitou com o marido a escala<br />

do avião com <strong>de</strong>stino a Cuba, para<br />

pedir asilo político – Kim Phuc<br />

venceu o passado: “Sofri muito física<br />

e moralmente ... Por vezes não<br />

consigo respirar ... Mas Deus salvoume<br />

a vida e <strong>de</strong>u-me fé e a esperança”.<br />

E a graça suprema, a <strong>de</strong> saber<br />

perdoar. Faz agora precisamente<br />

um ano, na cerimónia do Memorial<br />

dos Mortos da Guerra do Vietnam,<br />

entregou o seu segredo: “Se pu<strong>de</strong>sse<br />

encontrar o piloto que largou as<br />

bombas dir-lhe-ia: Não po<strong>de</strong>mos<br />

mudar a História mas, pelo menos,<br />

po<strong>de</strong>mos fazer o que for possível no<br />

presente e no futuro pela paz”.<br />

Encontraram-se: “Olhámo-nos nos<br />

olhos”, conta John Plummer, “ele<br />

compreen<strong>de</strong>u os meus remorsos.<br />

Misturámos as lágrimas”,<br />

Em Paris, ao receber do<br />

director-geral da UNESCO,<br />

Fre<strong>de</strong>rico Mayor Zaragoza, o<br />

“passaporte azul” <strong>de</strong> embaixadora<br />

da paz, a jovem vietnamita – que já<br />

fez <strong>de</strong>zassete transplantes <strong>de</strong> pele e<br />

que per<strong>de</strong>u dois irmãos pequenos<br />

num bombar<strong>de</strong>amento norteamericano<br />

– não podia ser mais<br />

clara: “Sim, eu perdoo, mas não<br />

esqueço, para impedir que coisas<br />

<strong>de</strong>stas se reproduzam.” 1<br />

É fundamental não esquecer<br />

os crimes cometidos para que<br />

futuramente se saiba aquilo que<br />

nunca mais se <strong>de</strong>ve repetir. Sem<br />

ódio, porque ele conduz ao crime.<br />

Só o perdão cura a memória e lhe<br />

oferece o futuro”». 2<br />

Mas, é óbvio que a situação<br />

vivencial actual já é diferente. No<br />

entanto é fruto <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong><br />

conceitos que imperam numa<br />

socieda<strong>de</strong> competitiva,<br />

individualista, como aquela em que<br />

nós estamos inseridos, na qual temos<br />

<strong>de</strong> sobreviver e não viver. Temos <strong>de</strong><br />

“jogar” conforme as regras que nos<br />

são impostas, porque, caso contrário,<br />

seremos subjugados, espezinhados,<br />

triturados; em suma, “mortos”<br />

socialmente por uma turba<br />

conturbada que avança<br />

incontroladamente. Como exemplo<br />

flagrante po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar o caso<br />

do Japão on<strong>de</strong> os “quadros” das<br />

empresas almoçam com o<br />

cronómetro em cima da mesa. Face<br />

a esta situação, os restaurantes<br />

adaptaram as ementas e os preços a<br />

esta realida<strong>de</strong>, fazendo com que se<br />

pague menos conforme for maior a<br />

rapi<strong>de</strong>z com que o cliente almoce.<br />

Apesar <strong>de</strong>sta visão<br />

catastrófica não <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

lutar, <strong>de</strong> ir consciencializando as<br />

pessoas, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Paulo Freire,<br />

com quem nos vamos relacionando<br />

para que seja possível contornar os<br />

obstáculos anteriormente enunciados<br />

e fazendo com que os valores<br />

economicistas se possam inverter,<br />

dando lugar à tolerância, à<br />

solidarieda<strong>de</strong>, à <strong>de</strong>scoberta do<br />

“outro”. Só caminhando neste<br />

sentido é que o Homem po<strong>de</strong>rá, <strong>de</strong><br />

facto, alcançar a Liberda<strong>de</strong> que é<br />

preconizada na Declaração Universal<br />

dos Direitos do Homem. Mas<br />

para que este objectivo seja atingido<br />

e concretizado, muito e longo<br />

percurso terá <strong>de</strong> ser feito, atrevendome<br />

mesmo a antever uma certa dose<br />

<strong>de</strong> utopia para que a Liberda<strong>de</strong><br />

seja mesmo LIVRE.<br />

LUÍS VIANA<br />

99/01/28<br />

Domingues<br />

1 Jornal Público, Frei Bento<br />

2 P. Ricoeur, “Le Juste”<br />

Veja-se ao espelho da sua<br />

consciência<br />

→ Não an<strong>de</strong> sempre a queixar-se.<br />

Dê antes graças por tudo.<br />

→ Não esteja a realçar os pontos<br />

fracos <strong>de</strong> ninguém. Procure<br />

apreciar quanto <strong>de</strong> bom e positivo<br />

há na vida do vizinho.<br />

→ Não fale com maus modos. Seja<br />

simpático com todos.<br />

→ Não se julgue tão inteligente e<br />

fora <strong>de</strong> série. Deus distribui os seus<br />

dons por quem quer.<br />

→ Não interrompa aquele que fala.<br />

Escute-o com atenção.<br />

→ Não manifeste orgulho<br />

sobranceria. Sempre terá alguma<br />

coisa que apreen<strong>de</strong>r.<br />

→ Não con<strong>de</strong>ne antes <strong>de</strong> ouvir<br />

explicações. Muitas razões po<strong>de</strong>rão<br />

ajudar a compreen<strong>de</strong>r os erros dos<br />

outros.<br />

→ Não use o espelho apenas para<br />

sua vaida<strong>de</strong>. Veja-se com verda<strong>de</strong><br />

ao espelho da sua consciência.<br />

Cristina Jaques 11ºB<br />

- Pág. 7


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

<strong>25</strong> <strong>DE</strong> ABRIL<br />

Soldados da liberda<strong>de</strong><br />

Lutaram contra a prisão,<br />

Gritaram a toda a gente:<br />

“Liberda<strong>de</strong> p’rá Nação.”<br />

Ouviram “Grândola, Vila Morena”<br />

Música conhecida então,<br />

Por hino não oficial<br />

Daquela revolução.<br />

Poema da<br />

madrugada<br />

Poema da madrugada,<br />

Sentido na fadiga do quarto;<br />

Halo da noite calada<br />

Que atravessa meu rosto farto.<br />

A luz clan<strong>de</strong>stina e sorrateira<br />

Morre na secretária;<br />

MUNDO<br />

Mundo triste, Banhado em miséria<br />

E violência.<br />

Teu sol Quase não brilha.<br />

Atingem-nos apenas<br />

Escassos raios <strong>de</strong> luz<br />

Por entre os escombros,<br />

Por entre as pedras <strong>de</strong>sconcentradas<br />

Dos edifícios <strong>de</strong>struídos.<br />

Os teus dias são trevas,<br />

As tuas noites escuridão.<br />

O INVERNO<br />

Chegou e<br />

Trouxe consigo<br />

Mais que um amigo<br />

Trouxe um lençol <strong>de</strong> neve<br />

Fingindo tratar-se <strong>de</strong> uma pluma leve...<br />

Trouxe o frio<br />

Engrossou as águas do rio.<br />

Escon<strong>de</strong>u o sol<br />

É tempo <strong>de</strong> aconchegar o lençol.<br />

“E Depois Do A<strong>de</strong>us”<br />

Foi outra música ouvida,<br />

Que embora menos popular<br />

Ficou também conhecida.<br />

Foram os dois sinais sonoros<br />

Que se ouviram no ar,<br />

Sinal que a revolução<br />

Estava prestes a avançar.<br />

Então saíram à rua<br />

(já avisada a população<br />

que não saíssem <strong>de</strong> casa)<br />

E começou a revolução.<br />

Foi fácil para o MFA<br />

Ganhar a revolução,<br />

Pois por parte do governo<br />

Não houve gran<strong>de</strong> oposição.<br />

E quando o sol nasceu<br />

Foi maior o alarido,<br />

0 povo saiu à rua<br />

Marcelo estava vencido.<br />

Começaram a aparecer<br />

Mais um e outro partido,<br />

E eu vou adiando a canseira<br />

Nesta casa solitária.<br />

O mundo mora além,<br />

Perto <strong>de</strong> um longínquo frémito<br />

Que vai e vem...<br />

Alguém me pe<strong>de</strong> e eu repito:<br />

A fadiga me amolece<br />

Sem sombras nem rumores;<br />

Apenas a madrugada arrefece,<br />

Sem corpo e sem cores,<br />

Sem voz, vazia...<br />

Já alguém a preenche<br />

E não há alma que ria!<br />

Então? Que sei eu do amor?<br />

Aproxima as coisas?<br />

Habita nelas?<br />

Esta é a minha dor!...<br />

Prof. Lino Queirós<br />

O homem vil,<br />

Infame,<br />

Conspurcado, corrompido<br />

E sem razão,<br />

É teu carrasco.<br />

Sempre activo e <strong>de</strong>smentido<br />

Explora <strong>de</strong> polo a polo,<br />

Destrói por toda a parte.<br />

Semeia miséria, <strong>de</strong>struição,<br />

Medo, ódio, angústia.<br />

Banha com sangue a natureza,<br />

Deita por terra seres dignos:<br />

Homens, mais homens que esse outro.<br />

Enfim,<br />

Chão ensanguentado,<br />

Edifícios amontoados,<br />

Natureza <strong>de</strong>struída.<br />

Olhando em volta<br />

Vejo cinza, vejo dor,<br />

Vejo tristeza.<br />

Apenas encontro<br />

Ao longe uma flor uma criança<br />

Sentada, sozinha, pensativa,<br />

Semblante carregado,<br />

Coração <strong>de</strong>struído ...<br />

Trouxe os dias chuvosos<br />

Tal como os meus olhos chorosos!<br />

Agora...<br />

Já não quero brincar só em<br />

casa me apetece ficar<br />

Já não oiço doces melodias<br />

Nem vejo os raios <strong>de</strong> sol<br />

Apenas reconheço estes tristes dias<br />

E cada vez me enrolo mais no lençol.<br />

Agitou a vaga do mar.<br />

Abafou a sinfonia das sereias a cantar<br />

Poisou o seu véu<br />

E cobriu <strong>de</strong> nuvens o céu!<br />

Alegrou a todos a vida<br />

E <strong>de</strong>ixou-me aqui<br />

Sozinha e perdida<br />

Fingiu trazer alegria<br />

Mas mesmo que por magia<br />

Isso acontecia<br />

Sentou-se aqui no seu tronco<br />

Sempre forte e po<strong>de</strong>roso<br />

E um gelo glorioso<br />

Ainda trouxe consigo<br />

O nobre vento<br />

E as noites ao relento<br />

Trouxe os luzeiros<br />

Que findam a noite<br />

Rasgando o céu e o inferno<br />

As eleições já são livres<br />

E trouxe a “sinfonia” <strong>de</strong> guerreiros<br />

0 povo está mais unido.<br />

Colheu a tempesta<strong>de</strong><br />

Como princesa e majesta<strong>de</strong><br />

É caso para dizer que<br />

Chegou o inferno.<br />

Foi esta a revolução<br />

Que muito poucos previam,<br />

Mas que muitos <strong>de</strong>sejavam<br />

(Fora os que a temiam).<br />

Andreia Raquel Faria <strong>de</strong> Castro - 9º E<br />

Poema<br />

Sou alquimista secreto,<br />

Sou fragância constante.<br />

Sobre teu corpo incerto<br />

Um sentir apaixonante.<br />

Sou mariposa colorida<br />

Trago nas asas alegria e ilusão.<br />

Sou andorinha sem hora <strong>de</strong> partida<br />

Eterna mensageira <strong>de</strong> emoção.<br />

Sou música e harmonia<br />

Um som doce e sereno<br />

Em perfeita sintonia<br />

Com teu calor ameno.<br />

Sou musa enfeitiçada<br />

De mil cores e encantos<br />

Deusa por todos venerada<br />

Sou eu, Primavera!<br />

Trabalho elaborado por:<br />

Andreia nº1 9ºB<br />

Carlinda nº2 9ºB<br />

- Pág. 8<br />

O <strong>DE</strong>SPERTAR <strong>DE</strong> UM<br />

POVO<br />

Antes pairava o medo<br />

Camuflado pelo silêncio e segredo.<br />

Os carrascos cruéis e escuros<br />

Escondidos atrás dos muros,<br />

Erguiam o machado<br />

Para que o povo fosse <strong>de</strong>capitado.<br />

Farto <strong>de</strong> se escon<strong>de</strong>r em abrigos,<br />

Pela dimensão dos perigos,<br />

E contra esta aliança,<br />

0 povo jurou vingança.<br />

Foi então que <strong>de</strong> repente<br />

A rua se encheu <strong>de</strong> gente.<br />

Com a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> vencer, armados<br />

Surgiam <strong>de</strong> todos os lados,<br />

A ditadura <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser verda<strong>de</strong>,<br />

Sentimos o sabor da liberda<strong>de</strong>.<br />

Toda a antiga mágoa<br />

Se <strong>de</strong>sfez agora em água...<br />

Po<strong>de</strong>mos andar pelos montes,<br />

Beber água <strong>de</strong> todas as fontes,<br />

Pois a antiga poeira<br />

Se transformou numa figueira:<br />

0 seu rebento<br />

Cresce com o vento<br />

E os seus futuros figos<br />

Não mais serão mendigos,<br />

Mas sim robustos filhos da nação<br />

Com a liberda<strong>de</strong> a explodir no coração.<br />

Bruno Ferreira 12º A<br />

Ser criança é ser simples<br />

Como a flor frágil e bela.<br />

Construir o mundo,<br />

Irradicar a pobreza, torna-se impossível.<br />

As duas naturezas,<br />

Simples e frágeis,<br />

Sobreviventes do terror,<br />

Da dor,<br />

Po<strong>de</strong>m ser amanhã,<br />

A verda<strong>de</strong>ira e pura natureza,<br />

A digna humanida<strong>de</strong>,<br />

O futuro <strong>de</strong>sejado.<br />

V. M.<br />

Liberda<strong>de</strong><br />

Um Direito do Dever<br />

Ser livre...<br />

È dar tudo o que se tem<br />

A um único bem<br />

E com brandura,<br />

Chorar,<br />

Perdoar,<br />

Se a liberda<strong>de</strong> não nos tem...<br />

Ser livre...<br />

É ter a gran<strong>de</strong>za<br />

De sentir seu significado<br />

Confessar,<br />

Implorar<br />

Pelo direito à liberda<strong>de</strong>...<br />

Ser livre...<br />

É ser leal,<br />

Ser igual,<br />

Com candura<br />

As mãos unir<br />

E redimir<br />

O <strong>de</strong>sigual.<br />

PedroPinheiro12ºA<br />

Dina Costa nº4 9ºB<br />

Telmo Rodrigues nº21 9ºB<br />

Secundário em movimento<br />

Pela primeira vez, <strong>de</strong>correu<br />

no dia 26 <strong>de</strong> <strong>Abril</strong>, na biblioteca da<br />

nossa escola, uma <strong>de</strong>clamação <strong>de</strong><br />

poemas, para a qual, todo o<br />

secundário foi convidado.<br />

Com rescaldo das comemorações<br />

dos <strong>25</strong> Anos do <strong>25</strong> <strong>de</strong> <strong>Abril</strong>, o tema<br />

fulcral <strong>de</strong>ste evento foi a Liberda<strong>de</strong>,<br />

tendo muitos alunos e professores<br />

<strong>de</strong>clamado poemas, e cantado<br />

músicas que a todos nos remeteram<br />

para aquele dia, aqueles tempos, on<strong>de</strong><br />

a geração anterior reclamou aquilo a<br />

que todos temos direito, mas a qual<br />

não nos estava a ser entregue: a<br />

Liberda<strong>de</strong>!<br />

Também <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste tema, o<br />

secundário elaborou protótipos,<br />

tentando incutir nos outros um modo<br />

<strong>de</strong> visão diferente <strong>de</strong> encarar a<br />

Liberda<strong>de</strong>.<br />

Os trabalhos encontram-se no interior<br />

e exterior da biblioteca, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

já ficam os parabéns a quem os<br />

elaborou.<br />

Cristina Jaques


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

Pensamentos:<br />

«Não é a consciência que <strong>de</strong>termina<br />

a vida, mas é a vida que <strong>de</strong>termina a<br />

consciência» - Marx<br />

«São as hipóteses que conduzem à<br />

observação, isto é, as observações<br />

são secundárias relativamente às<br />

hipóteses.» - Popper<br />

«O que caracteriza um trabalho<br />

científico, é que ele se <strong>de</strong>stina a<br />

satisfazer uma curiosida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sinteressada» - Iréne Joliot- Curie<br />

«O filósofo é um Homem como os<br />

outros, que pensa primeiro<br />

participando nos trabalhos e na dor<br />

dos Homens» - Lacroix<br />

«O mundo em que vivemos, é um<br />

mundo <strong>de</strong> aparências, <strong>de</strong> sensações,<br />

<strong>de</strong> sombras. Os objectos que o<br />

constituem são incompletos e como<br />

tal estão em constante mudança»<br />

«Como caçadores que somos não<br />

conseguimos alcançar o bem sob uma<br />

forma única. Digamos então que o<br />

alcançamos sob a forma tripla da<br />

Beleza, da Proporção e da verda<strong>de</strong>»<br />

- Platão<br />

«Se a vida alguma vez merecer ser<br />

vivida, é no momento em que o<br />

Homem contempla a Beleza<br />

Absoluta» - Platão<br />

«O <strong>de</strong>stino da alma é o regresso ao<br />

mundo <strong>de</strong> on<strong>de</strong> proveio antes <strong>de</strong> se<br />

unir ao corpo, o mundo do<br />

conhecimento pleno, da<br />

contemplação da essência»<br />

«A alma é no sentido primordial aquilo<br />

pelo qual vivemos, sentimos e<br />

pensamos»<br />

C. J. 11ºB<br />

<strong>VISITA</strong> <strong>DE</strong> ESTUDO<br />

(Continuação)<br />

interessantes.Da parte <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>,a<br />

caminhada foi em Sintra.Ali,a<br />

paisagem e o património<br />

arquitectónico <strong>de</strong>u nas vistas e ficará<br />

na retina longos anos.<br />

No terceiro dia,as maravilhas<br />

apareceram no Parque das<br />

Nações,com a entrada no<br />

Oceanário.Todavia,foi o Pavilhão da<br />

Realida<strong>de</strong> Virtual o que mais<br />

encantou,com aquele mergulho cheio<br />

<strong>de</strong> artificialida<strong>de</strong> na Atlântida.O<br />

Pavilhão <strong>de</strong> Macau não foi esquecido<br />

por alguns.Nele, contemplaram o<br />

exotismo próprio daquele recanto do<br />

mundo.<br />

A visita chegara ao<br />

fim.Reconfortados os estômagos com<br />

as “baguettes” dos “snaks” do<br />

Parque,era hora <strong>de</strong> pensar no<br />

regresso.Este <strong>de</strong>correu<br />

rápida,cansada e sonolentamente até<br />

ao local <strong>de</strong> partida,on<strong>de</strong> ansiosamente<br />

os familiares os aguardavam.<br />

O jogo da vida é muito<br />

parecido com o futebol. É<br />

preciso atacar os problemas,<br />

bloquear os medos e marcar<br />

quando surge a oportunida<strong>de</strong>.<br />

ANTES, DURANTE E<br />

<strong>DE</strong>POIS<br />

O ciclo da moda:<br />

10 anos antes do seu<br />

tempo: in<strong>de</strong>cente<br />

5 anos antes do seu<br />

tempo: <strong>de</strong>savergonhada<br />

1 ano antes do seu tempo:<br />

ousada<br />

No presente: mo<strong>de</strong>rna<br />

1 ano <strong>de</strong>pois do seu<br />

tempo: <strong>de</strong>sleixada<br />

10 anos <strong>de</strong>pois do seu<br />

tempo: medonha<br />

30 anos <strong>de</strong>pois do seu<br />

tempo: engraçada<br />

50 anos <strong>de</strong>pois do seu<br />

tempo: excêntrica<br />

100 anos <strong>de</strong>pois do seu<br />

tempo: romântica<br />

É<br />

QUEM AVISA, AMIGO<br />

- Nunca diga<br />

«surpreenda-me!» ao seu<br />

cabeleireiro ou barbeiro.<br />

-Nem pense fazer uma<br />

viagem com um miúdo que acabou<br />

<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a assobiar.<br />

-Peça dinheiro emprestado<br />

a pessimistas. Eles não<br />

esperam ver a dívida saldada.<br />

-Se a coisa vai sem ser<br />

preciso dizer nada, <strong>de</strong>ixe-a ir.<br />

GENTE FINA<br />

-A casa <strong>de</strong>les era tão<br />

gran<strong>de</strong> que eram 9 horas na<br />

cozinha e 11 na sala <strong>de</strong> jantar.<br />

-Era tão rico que tinha<br />

uma lambreta com motorista.<br />

-A palavra espalhou-se,<br />

como vinho tinto num smoking<br />

branco.<br />

-Ele gasta o dinheiro como<br />

um vencedor <strong>de</strong> lotaria que só<br />

tem um mês <strong>de</strong> vida.<br />

D E F I N I Ç Õ E S<br />

<strong>DE</strong>FINITIVAS<br />

-Molho <strong>de</strong> chili: ketchup<br />

com personalida<strong>de</strong>.<br />

-Viciado em trabalho:<br />

alguém cuja distracção preferida é a<br />

Segunda-feira <strong>de</strong> manhã.<br />

-Etiqueta: apren<strong>de</strong>r a<br />

bocejar com a boca fechada.<br />

-Quarteto: on<strong>de</strong> todos os<br />

quatro pensam que os outros três não<br />

sabem cantar.<br />

-A flor da vida é :aquele<br />

curto período <strong>de</strong> tempo entre o ver<strong>de</strong><br />

e o maduro.<br />

-Asa: elevador para<br />

pássaros.<br />

-Antropófago: um homem<br />

que gosta dos seus semelhantes.<br />

-Álcool: substância que<br />

mata seres vivos e conserva os<br />

mortos.<br />

-Remorso: má digestão da<br />

consciência.<br />

-Turista: vagabundo com<br />

dinheiro.<br />

-Ah!: i<strong>de</strong>ia que chegou<br />

atrasada.<br />

-Livrarias: universida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> todos po<strong>de</strong>m entrar.<br />

-Uma boa resposta é<br />

aquela que nos ocorre mais tar<strong>de</strong>.<br />

-Hospital: sítio on<strong>de</strong> nos<br />

acordam à meia-noite para nos<br />

darem um comprimido para<br />

dormir.<br />

-Hereditarieda<strong>de</strong>:<br />

fenómeno esplêndido que nos liberta<br />

da responsabilida<strong>de</strong> das nossas falhas.<br />

REGISTO MÉDICO<br />

- Des<strong>de</strong> que o paciente<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> fumar, o seu cheiro começa<br />

a aparecer novamente.<br />

SEM TÍTULO<br />

-Ninguém precisa tanto <strong>de</strong><br />

férias como a pessoa que acabou<br />

<strong>de</strong> tê-las.<br />

-Durante a vida, o homem<br />

respira, aspira, conspira, suspira,<br />

transpira e...expira.<br />

-Deus dá a cada pássaro a<br />

sua minhoca, mas não a atira para<br />

<strong>de</strong>ntro do ninho.<br />

-Dançar é a arte <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhar música.<br />

-Os erros são a ponte habitual<br />

entre inexperiência e a<br />

sabedoria.<br />

-Uma coisa é apren<strong>de</strong>r<br />

com o passado; outra é chafurdar<br />

nele.<br />

-Se quer que o mundo inteiro<br />

vá bater-lhe á porta, experimente<br />

fazer uma soneca num Sábado á<br />

tar<strong>de</strong>.<br />

-O céu é o pão nosso <strong>de</strong> cada<br />

dia dos olhos.<br />

-O namoro antes do<br />

matrimónio funciona como os<br />

exercícios <strong>de</strong> aquecimento dos<br />

atletas antes <strong>de</strong> entrarem em jogo.<br />

A diferença é que o árbitro do<br />

nosso casamento é a sogra...<br />

-Uma das coisas mais<br />

difíceis <strong>de</strong> imaginar é que não<br />

somos mais espertos do que a<br />

média.<br />

-A meditação não é um meio<br />

<strong>de</strong> tranquilizar a nossa mente. É uma<br />

forma <strong>de</strong> entrar na tranquilida<strong>de</strong> que<br />

já lá está enterrada sob os 50.000<br />

pensamentos que as pessoas em<br />

média têm por dia.<br />

-Um verda<strong>de</strong>iro patriota<br />

é o tipo que leva uma multa <strong>de</strong><br />

estacionamento, e fica contente<br />

porque o sistema funciona.<br />

-O Verão tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

fazer-nos sofrer e nós gostarmos<br />

disso.<br />

-Quando vemos que está<br />

tudo bem <strong>de</strong>corado num prato,<br />

sabemos logo que os <strong>de</strong>dos <strong>de</strong><br />

alguém se passearam por lá.<br />

-É impossível rir e estar<br />

preocupado ao mesmo tempo.<br />

(Continua na pág. seguinte)<br />

- Pág. 9


ESCOLA C+S <strong>DE</strong> BARROSELAS O TÍTULO 1998/99<br />

29 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1994<br />

ARRAIAL MINHOTO<br />

A fotografia perdida, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994... Apareceu!<br />

Amigos, colegas, alunos...muitos do melhor que há.<br />

Para lembrar uma noite mágica.<br />

Uma festa cheia <strong>de</strong> vida, cor, música e dança.<br />

Uma festa com cheirinho ao passado e com a estima e<br />

carinho do presente.<br />

Obrigada Patrícia e sua amiga, D. Emília e Sr. Silva.<br />

É verda<strong>de</strong>, o Arraial <strong>de</strong>ste ano será na noite <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Junho<br />

<strong>de</strong> 1999.<br />

O jogo da vida (Continuação)<br />

-A força <strong>de</strong> uma nação provém da integrida<strong>de</strong> do lar.<br />

-Pe<strong>de</strong>-se um conselho para confirmar uma posição já<br />

tomada.<br />

-Tão....<strong>de</strong>sconfiado como uma viúva rica.<br />

-Tão....barulhento como uma moeda na máquina <strong>de</strong><br />

secar.<br />

-Á luz certa, e na altura certa, tudo é extraordinário.<br />

-Agimos como se o conforto e o luxo fossem as<br />

coisas mais importantes na vida, quando para ser feliz só<br />

precisamos <strong>de</strong> algo que nos entusiasme.<br />

-O mais belo que há no saber é que ninguém nos<br />

po<strong>de</strong> tirá-lo.<br />

-A vingança mais completa é não imitar o agressor.<br />

-Quando os homens lavam a loiça, chamam-lhe ajuda.<br />

Quando as mulheres lavam a loiça, chama-lhe vida.<br />

-Enquanto se espera por uma oportunida<strong>de</strong> apropriada,<br />

po<strong>de</strong> passar por nós uma boa.<br />

-Quanto mais compreensão <strong>de</strong>res, <strong>de</strong> menos precisas.<br />

-A felicida<strong>de</strong> provém <strong>de</strong> dar felicida<strong>de</strong>.<br />

Luís Cruz<br />

Como Ter uma Estrela em casa<br />

Apetecia-lhe Ter o Arnold na sua festa <strong>de</strong> anos? O<br />

Schwarzenegger, claro! Se calhar preferia o Jim Carrey.<br />

George Clooney, talvez!<br />

Para Ter a adorável companhia <strong>de</strong>stes rapazes<br />

terá <strong>de</strong> pagar, obviamente, um cachet. Afinal, trabalho é<br />

trabalho... Enquanto não se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, saiba que o Arnold leva<br />

30 mil contos por uma recepção. Jim Carrey promete-lhe<br />

algumas gargalhadas por 38 mil. Qualquer mulher fica sem<br />

fôlego ao saber que George C. nunca vai a festas por menos<br />

<strong>de</strong> 45 mil.<br />

Mais Expo...<br />

Cristina Jaques 11ºB<br />

Agora, que a expo’98 terminou , o melhor é<br />

começar-se a preparar para a exposição mundial a <strong>de</strong>correr<br />

em 2000. Será em Hannover, na Alemanha, e espera-se<br />

que seja visitada por 40 milhões <strong>de</strong> pessoas. Para comprar<br />

os bilhetes não precisa sair <strong>de</strong>ste cantinho à beira mar<br />

plantado. O agente oficial, em Portugal, da expo’2000, é<br />

a Miltours.<br />

Para informações sobre a exposição viagem, na<br />

internet, até ao en<strong>de</strong>reço http:// www. Expo2000.dc<br />

Cristina Jaques 11ºB<br />

Ala dos namorados<br />

- Solta-se o beijo -<br />

Ela: Espreito por uma porta encostada<br />

sigo as pegadas da luz<br />

peço ao Gato Gil para não<br />

me <strong>de</strong>nunciar<br />

toca o relógio sem cuca<br />

dá horas à cusquice das vizinhas<br />

e eu confesso às pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong> quem<br />

gosto<br />

elas conhecem-te bem<br />

oi, oi, ah ...<br />

Ele: Aproxego-me nesta cumplicida<strong>de</strong><br />

Deixo-me ir pelos trilhos traçados<br />

... ainda on<strong>de</strong> te <strong>de</strong>ixei<br />

Chorus: Trago-te o beijo prometido<br />

sem teu cheiro<br />

mergulho no tempo<br />

abraças-te à guitarra<br />

e voas para além da lua<br />

Amarro o beijo que se quer soltar<br />

espero que me sintas para me<br />

entregar<br />

a ca<strong>de</strong>ira, as costas,<br />

o cabelo, a cigarrilha<br />

a dança do teu ombro<br />

e nesse instante<br />

que o silêncio é<br />

o bater do coração<br />

fecha-se a porta<br />

pára o relógio<br />

as vinhas recolhem<br />

Tu olhas-me (2*5)<br />

Oh...oh...<br />

Chorus: Solta-se o beijo o gato mia ... tu<br />

olhas-me<br />

Espreito por uma porta encostada<br />

Sigo as pegadas da luz<br />

Peço ao Gato Gil para não<br />

me <strong>de</strong>nunciar ...<br />

Nuno Guerreiro & Sara<br />

Tavares<br />

I want know what love is ...<br />

Got to take a little time,<br />

a little time to take things over<br />

better read between the lines<br />

in case I need it when I’m ol<strong>de</strong>r<br />

This mountain I must climb<br />

Is like the world upon my shoul<strong>de</strong>rs<br />

Throw the clouds I see love shine<br />

It keeps me warm as life goes col<strong>de</strong>r<br />

1- In my life there’s been headache<br />

and pain<br />

I don’t know if I can’t face it again<br />

Can’t stop now, I travel so far<br />

To change this lonely life<br />

Chorus: I want know what love is<br />

I want you to show me<br />

I want feel what love is<br />

I know you can show me<br />

Gonna take a little time,<br />

A little time to look around me<br />

Got no one left behind<br />

Looks that love as finely find me<br />

1- / Chorus:<br />

Lord help me to be strong<br />

In this road I travel long<br />

When I’m lost and lonely, he final<br />

me<br />

My journey just and I’m not the<br />

only one<br />

Cause I want know, I want know<br />

Chorus:(3vezes)<br />

Cause I want love,<br />

Want love<br />

Tell me what love is<br />

Do you know what love is<br />

Tell me what love is<br />

Show me what love is<br />

Show me what love is<br />

- Tina Rina -<br />

Cristina Jaques 11ºB<br />

BOAS FÉRIAS<br />

- Pág. 10

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