71-82 - Universidade de Coimbra
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li-<br />
t^rT<br />
K^nenonc<br />
Yvidã politica do País<br />
Por mais indiferentes que se queira ser á vida politica<br />
país, é impossível, tantos são os factos <strong>de</strong> natureza grave<br />
se vão suce<strong>de</strong>ndo e a que é preciso dar remedio pronto.<br />
Os partidos políticos estão <strong>de</strong>smantelados, tendo-se<br />
[istrtuido outros que não teem, sem duvida, a importancia<br />
alcançaram os primitivamente organisados. Ha partidos<br />
mais, ha chefes <strong>de</strong> mais e... ambições <strong>de</strong> mais também.<br />
Em Portugal trata-se <strong>de</strong>masiadamente <strong>de</strong> politica pardaria,<br />
não merecendo por isso o interesse <strong>de</strong>vido os assuntos<br />
tendam a normalisar a vida da nação. Parece faltar a<br />
uitos a i<strong>de</strong>ia da patria e o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> trabalhar por ela sem<br />
Dtro fim que não seja o <strong>de</strong> dar-lhe todos os elementos <strong>de</strong><br />
ía <strong>de</strong> que ela carece e que infelizmente tem faltado.<br />
.,; . E' inquietante a situação do tesouro publico e dificil se<br />
na, restabelecer o equilíbrio financeiro, sendo este o princit<br />
problema a resolver. Manda o patriotismo que todos esro<br />
assunto e cooperem com o governo na solução do<br />
mas não é isto que se vê, antes pelo contrario cada um<br />
lia para seu lado, não reciando que a corda possa partir-se.<br />
A questão economica é igualmente aterradora e urge,<br />
do que nunca, acudir-lhe. E' impossível a muitas clas-<br />
\viver com tão excessivas <strong>de</strong>spêsas.<br />
Ultimamente tem-se falado muito no futuro das nossas<br />
pnias, reconhecendo todos que elas, po<strong>de</strong>ndo e <strong>de</strong>vendo<br />
iperar, vão <strong>de</strong>finhando á falta <strong>de</strong> recursos e provi<strong>de</strong>ncias<br />
ler central.<br />
. A instrução publica, que tem levado tantos remendos,<br />
, cada vez a precisar mais <strong>de</strong> mão possante que a faça en-<br />
^np bom caminho.<br />
Ha falta <strong>de</strong> disciplina e sem ela é impossível progree<br />
viver. O país precisa d'or<strong>de</strong>m, porque sem ela tudo se<br />
Dbaralha e confun<strong>de</strong>. Precisa também <strong>de</strong> trabalhar, e é o<br />
menos se faz em Portugal.<br />
O problema da emigração é assustador. Ha paralisado<br />
<strong>de</strong> trabalhos, quando é mais preciso <strong>de</strong>senvolver os sermos<br />
agrícolas, <strong>de</strong> construção, industriais, <strong>de</strong> toda a or<strong>de</strong>m,<br />
nim. Para resolver tudo isto, e muito mais ainda, é preciso<br />
ue todos dêem o seu quinhão <strong>de</strong>ntro das suas forças. Mas<br />
fe é istó que suce<strong>de</strong>, antes pelo contrario se vê faltarem reiresentantes<br />
da nação ás sessões do parlamento, e tratar-se<br />
toais <strong>de</strong> assuntos que o <strong>de</strong>sprestigiam do que daqueles que<br />
fjtèÈessario resolver.<br />
Ha necessida<strong>de</strong> absoluta <strong>de</strong> que a direcção dos nego-<br />
M Ú T o Í I ^ ^ mmsw^*<br />
,jtr <strong>de</strong> lha dar, cfUe são, principalmente, os que o país ele-<br />
íétí e levou ao parlamento.<br />
Vive-se em Portugal com um manifesto <strong>de</strong>scontentado<br />
por este estado <strong>de</strong> cousas, por esta situação angustiosa<br />
í tíue é urgente sair. ,, ,. , ..,<br />
Todos reconhecem, sem distinção <strong>de</strong> partidos, que o<br />
tòifento é grave e que é necessário trabalhar com patriotismo,<br />
Jvar o país do perigo que o ameaça; mas a verda<strong>de</strong> é que<br />
rHão vê resolver os assuntos que se impõem a uma rapida<br />
álucâo O que se vê, com gran<strong>de</strong> magua, é trazer á supuraescandalos<br />
sobre escândalos, e mais se anunciam já, que<br />
•ia.envolver personalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cotação.<br />
O país está oferecendo um espectáculo profundamente<br />
ientâ Entre-se por isso noutro caminho e <strong>de</strong>pressa para que<br />
se possa progredir e viver cqm honra. ,<br />
; Se o não fizerem, o esmorecimento sera cada vez maior<br />
áíque se chegue a tempo <strong>de</strong> faltarem forças e coragem para<br />
fazer um Portugal que dê exemplos <strong>de</strong> sensatez e <strong>de</strong> pátrioíMBO.<br />
•<br />
|ços da Socieda<strong>de</strong><br />
Anlyersarios<br />
'Faz anos, ámanhâ:<br />
' Manuel Julio Gonçalves.<br />
Na segunda feira:<br />
D." Maria ' José ' Basilio Freire da Cutim-ée<br />
Magalhães Soares d'Albergaria<br />
)