Arquivo Maysa quando fala o coração - Jayme Monjardim
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artista muita ricas em humanidade e forjada por ricos contrastes: egoísta e generosa,<br />
humilde e também um poço de orgulho, amorosa e agressiva com seus amores.<br />
O que você achou da escolha dos filhos do <strong>Jayme</strong> <strong>Monjardim</strong> para interpretar ele<br />
mesmo?<br />
Manoel Carlos: Ah, isso foi uma escolha pessoal que eu fiz. O <strong>Jayme</strong> relutou muito, mas<br />
eu o convenci que os filhos seriam as opções certas para o papel do pai, nas duas idades em<br />
que ele aparece: criança e aos 20 anos, que foi <strong>quando</strong> <strong>Maysa</strong> morreu. Bem, fizemos os<br />
testes e eles se saíram muito bem, foram aprovados com louvor, como todos poderão ver a<br />
partir do dia 05 de janeiro.<br />
Os atores são quase todos desconhecidos do grande público. Você participou da<br />
escolha do elenco? Teve algum motivo especial para isso?<br />
Manoel Carlos: Escolha de elenco é uma das tarefas mais difíceis e sensíveis de uma<br />
novela, de uma minissérie. O ponto nevrálgico da boa realização. Acertando-se no elenco,<br />
o resultado já pode ser visto com otimismo. Por essa razão, entre outras, não abro mão de<br />
escolher o elenco, obviamente sempre em parceria com o diretor. Assim também com<br />
relação aos cenários e figurinos. Isso tudo é que forma o conjunto de uma boa obra. Quanto<br />
à escolha de atores e atrizes desconhecidos do grande público, essa tem sido uma<br />
preocupação em tudo que faço, tendo encontrado no <strong>Jayme</strong> a mesma disposição. Sempre,<br />
claro, dentro das possibilidades reais de acerto.<br />
Entrevista com o diretor <strong>Jayme</strong> <strong>Monjardim</strong><br />
<strong>Jayme</strong> <strong>Monjardim</strong> é um diretor de grandes sucessos. Seus mais recentes trabalhos na TV<br />
Globo foram as novelas ‘Páginas da Vida’ (2006), que marcou o início de sua parceria<br />
com Manoel Carlos, ‘América’ (2005), ‘O Clone’ (2001) e ‘Terra Nostra’ (1999), todas<br />
ganhadoras de prêmios internacionais, e as minisséries ‘Chiquinha Gonzaga’ (1999),<br />
‘Aquarela do Brasil’ (2000) e ‘A Casa das Sete Mulheres’ (2003). No cinema, <strong>Jayme</strong><br />
dirigiu o filme “Olga” (2004), baseado no livro homônimo de Fernando Morais.<br />
‘<strong>Maysa</strong> – Quando <strong>fala</strong> o <strong>coração</strong>’ é considerado pelo próprio diretor como o trabalho<br />
mais importante de sua vida. “Me preparei a vida toda para esse projeto”, tem repetido o<br />
diretor.<br />
Por que filmar ‘<strong>Maysa</strong>’?<br />
<strong>Jayme</strong> <strong>Monjardim</strong>: Porque eu acho que faltam histórias que nos façam suspirar. A<br />
minissérie conta a vida de uma mulher corajosa, que amava demais, que viveu em uma<br />
eterna busca de ser feliz e perseguiu seus sonhos. Tudo em <strong>Maysa</strong> era movido pelo<br />
sentimento.<br />
Essa não é a primeira vez que você filma o trabalho de sua mãe. Por que fazer de<br />
novo e nesse momento?<br />
<strong>Jayme</strong> <strong>Monjardim</strong>: Meu primeiro trabalho como diretor foi um curta-metragem sobre a<br />
história de <strong>Maysa</strong>, em 1979. Era uma homenagem após dois anos da morte dela. Acho que<br />
foi ela quem me direcionou para a carreira que escolhi. Em 83, eu preparei um especial<br />
para a Bandeirantes, a convite do diretor Roberto Talma. Esses trabalhos foram<br />
experimentais. Durante anos, amadureci a idéia de fazer um longa sobre ela. Foi <strong>quando</strong><br />
apresentei a proposta para a TV Globo e eles toparam. Fiquei muito feliz.