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METAPLASMOS POR AUMENTO NA FALA DE PARAGUAIOS ...

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A<strong>NA</strong>IS DO III CELLMS, IV EPGL e I EPPGL – UEMS-Dourados. 08 a 10 de outubro de 2007<br />

<strong>METAPLASMOS</strong> <strong>POR</strong> <strong>AUMENTO</strong> <strong>NA</strong> <strong>FALA</strong> <strong>DE</strong> <strong>PARAGUAIOS</strong> RESI<strong>DE</strong>NTES EM<br />

MATO GROSSO DO SUL<br />

Sinome Espírito Santo GOMES (IC - UEMS)<br />

Drª Maria José de Toledo GOMES (UEMS)<br />

No Brasil, mesmo existindo apenas uma língua oficial, pode-se notar uma variedade<br />

lingüística, sobretudo nas regiões fronteiriças e com concentrações indígenas. Deste modo,<br />

esta pesquisa apresenta a sistematização e análise das ocorrências de metaplasmos por<br />

aumento encontrados no discurso de paraguaios residentes em Mato Grosso do Sul.<br />

Utilizamos 23 entrevistas de informantes do sexo masculino e feminino, divididos em duas<br />

faixas etárias e com escolaridade igual ou inferior a quarta série do ensino fundamental. A<br />

partir da sistematização dos dados obtidos nas entrevistas, procuramos destacar, sobretudo, as<br />

interferências do espanhol na formação dos metaplasmos por aumento na fala dos<br />

informantes, bem como os fenômenos fonético-fonológicos produzidos. Para isso, realizamos<br />

levantamento bibliográfico para complementar o referencial teórico da pesquisa. Constatamos<br />

a ocorrência de um número elevado de epênteses, e um baixo número de próteses e anaptixes.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O país em que vivemos apresenta uma diversidade étnica e cultural bastante<br />

acentuada. Por esse motivo, nos deparamos constantemente com situações envolvendo fatores<br />

lingüísticos, tais como interferências, diglossia, bilingüismo, metaplasmos e outros.<br />

As interferências percebidas entre a língua portuguesa, o espanhol e o guarani são<br />

nítidas na oralidade dos paraguaios radicados em Dourados- MS. Esses imigrantes usam<br />

vocábulos e expressões diferentes em que se percebe a interferência de uma língua sobre<br />

outra, principalmente quando aos vocábulos são acrescidos fonemas que não fazem parte da<br />

norma.<br />

Assim sendo, nesse estudo, visamos verificar a ocorrência de metaplasmos por<br />

aumento na fala dos paraguaios residentes em Mato Grosso do Sul e as possíveis relações<br />

existentes entre as variáveis sociolingüísticas e as ocorrências na fala dos informantes.<br />

Primeiramente, com um trataremos o assunto com um breve histórico de Mato<br />

Grosso do sul e Dourados, seguido de alguns conceitos sobre fenômenos lingüísticos como<br />

bilingüismo, diglossia, sociolingüística, assim como definições sobre fonética e fonologia. Só<br />

então falaremos de nossa metodologia e dos resultados obtidos e analisados.<br />

1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS<br />

Mato Grosso do Sul após a divisão do estado de Mato Grosso em 1977, em parte norte<br />

e sul, ocupou uma localização geográfica privilegiada, e por isso desenvolveu-se rapidamente,<br />

recebendo imigrantes portugueses, espanhóis e paraguaios, assim como gaúcho, mineiros,<br />

paulistas e nordestinos.<br />

No sul do novo Estado, Dourados já abrigava a Companhia Mate Laranjeira, que teve<br />

início após a Guerra com o Paraguai, que exerceu papel muito importante no povoamento<br />

desta região, através da exploração da erva-mate que necessitava de mão-de-obra<br />

especializada que vinha de fora do estado e do País.<br />

Desde modo, nosso objeto de estudo é o discurso destes imigrantes que por algum<br />

motivo deixaram o Paraguai para viver no Brasil, ou melhor, em Mato Grosso do Sul.


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Neste sentidos iremos abordar alguns conceitos sobre fenômenos lingüísticos como<br />

bilingüismo, sociolingüística, assim como definições sobre fonética, fonologia e outros.<br />

1.1.SOCIOLINGÜÍSTICA<br />

A sociolingüística é o ramo de estudos lingüísticos, antropológicos e sociológicos que<br />

tratam dos aspectos sociais do uso da língua, das variações lingüísticas que se dão no interior<br />

de um grupo, conforme as diferentes posições, funções ou circunstâncias dos indivíduos ou<br />

dos subgrupos de que estes fazem parte.<br />

No âmbito da lingüística, é também conhecida como dialetologia social e dialetologia<br />

urbana, e tem como objetivos: o estabelecimento das fronteiras dos fenômenos lingüísticos em<br />

seu contexto social e a identificação dos processos de mudança lingüística.<br />

1.2.BILINGÜISMO<br />

Segundo o Dicionário Aurélio de língua Portuguesa, bilingüismo é a utilização regular<br />

de duas línguas por indivíduo, ou comunidade, como resultado de contato lingüístico. É uma<br />

situação em que os falantes são levados a usar duas línguas diferentes alternadamente, de<br />

acordo com o contexto em que estão inseridos. Este fenômeno é muito freqüente em grupos<br />

de imigrantes que não se integram totalmente à pátria de adoção e continuam a utilizar em<br />

suas relações interiores a sua língua materna.<br />

1.3.LINGÜÍSTICA <strong>DE</strong> CONTATO<br />

A interferência lingüística é um fenômeno que ocorre quando um indivíduo bilíngüe<br />

utiliza as características pertencentes a uma língua A enquanto fala ou escreve uma língua B.<br />

A interferência é individual e involuntária e podem ocorrer a nível fonético-fonológico,<br />

lexical, gramatical e discursivo.<br />

As interferências e influências percebidas entre a língua portuguesa, o espanhol e o<br />

guarani (língua materna dos paraguaios), são facilmente identificadas na oralidade dos<br />

paraguaios radicados em Dourados.<br />

1.4.FONÉTICA E FONOLOGIA<br />

A fonética é o ramo da Lingüística que estuda os sons da fala humana, especialmente<br />

no que diz respeito à sua produção, transmissão e recepção. A unidade básica de estudo para a<br />

Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones. A forma mais comum<br />

de representar os fones pelos lingüistas é através do Alfabeto fonético. Alguns fones são<br />

auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. O estudo dos fonemas<br />

é desenvolvido pela Fonologia. A fonologia e a fonética são freqüentemente confundidas<br />

porque os conceitos de fone e fonema também geram confusão.<br />

Fonologia é o ramo da Lingüística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Esta é<br />

uma área muito relacionada com a Fonética, mas as duas têm focos de estudo diferentes.<br />

Enquanto a Fonética estuda a natureza dos sons da fala (chamados de fones) sem preocupação<br />

com o que quer dizer, mas o modo como são ditos pelo falante, a Fonologia descreve como<br />

funcionam os sons de uma dada língua.<br />

1.5.LEIS FONÉTICAS<br />

São princípios constantes e absolutos, que norteiam à evolução dos vocábulos e, cujo<br />

rigor científico pode ser facilmente observado na língua devido a sua dinamicidade, porque


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não há língua estática. O dinamismo se reflete no campo sincrônico através de flutuações, que<br />

são as variantes (TARALLO, 1997)<br />

Estas modificações das palavras de um idioma apresentam um caráter triplo: são<br />

inconscientes por serem alheias à vontade do falante, graduais por acontecerem naturalmente<br />

não havendo mudança brusca, o que é um dos pontos fundamentais do conceito de evolução<br />

em qualquer ramo científico e constantes porque os fonemas se modificam de acordo com a<br />

situação de uso em que se encontram.<br />

As leis fonéticas se dividem em três, são elas:<br />

1) lei do menor esforço - caracterizada pela simplificação dos processos aos órgãos<br />

fonadores da articulação das palavras, visando eufonia e ritmo, a essa lei obedecem às<br />

modificações e quedas;<br />

2) lei da permanência da consoante inicial - tendo em vista que a evolução das<br />

consoantes depende da posição que elas ocupam na palavra, e que o início das palavras<br />

merece atenção especial por ser, muitas vezes, suficiente para determinar seu sentido sem<br />

precisar ser transmitida integralmente, foi identificada essa lei, para que a consoante inicial<br />

seja conservada;<br />

3) a lei da persistência da tônica - o acento tônico conserva a unidade da palavra,<br />

obrigando a uma pausa mais demorada na sílaba onde ele incide.<br />

1.6.<strong>METAPLASMOS</strong><br />

Entende-se por metaplasmos as modificações fonéticas ocorridas nas palavras com a<br />

sua evolução. Essas mudanças são facilmente vistas na língua portuguesa, cada geração altera<br />

as palavras inconscientemente para atender as necessidades de sua época.<br />

Os metaplasmos em língua portuguesa dividem-se em: Metaplasmos por permuta,<br />

Metaplasmos por subtração e Metaplasmo de aumento, em que se baseia nosso estudo.<br />

Metaplasmos de aumento são os que adicionam fonemas às palavras. A esta classe de<br />

metaplasmos pertencem:<br />

a) Prótese ou prótese: é o metaplasmo que consiste em estender uma palavra<br />

aumentando os sons que figuram no inicio de um vocábulo. A aglutinação é um tipo especial<br />

de Prótese, que é um dos metaplasmos por adição de fonemas a que as palavras podem estar<br />

sujeitas à medida que uma língua evolui.<br />

b) Epêntese é o tipo de metaplasmo que consiste na adição de um fonema ou mais no interior<br />

de una palavra criando uma nova palavra, ou seja, a intercalação ou adição de um segmento,<br />

em geral vocálico, em uma seqüência fonológica.<br />

c) Anaptixe: é um tipo especial de Epêntese, onde são acrescentados fonemas ao<br />

interior da palavra para desfazer um encontro de consoantes. Ex.: pneu, advogado > p(i)neu,<br />

ad(i)vogado ou adevogado;<br />

d) Paragoge ou epítese: tipo de metaplasmo que consiste em agregar um fonema ou<br />

mais, em geral uma vogal, ao final de um vocabulo, como por exemplo em felice por "feliz".<br />

2. METODOLOGIA<br />

Para a elaboração desse trabalho, primeiramente, realizamos pesquisas bibliográficas, para<br />

estabelecer as bases teóricas sobre as quais trabalhamos. Posteriormente, utilizamos o mesmo<br />

corpus coletado para o projeto Mato Grosso do Sul Enquanto Área Lingüística, para o estudo<br />

dos dados lingüísticos, procurando compor as 4 células de 10 informantes homens e 10<br />

mulheres com mais de 45 anos e 01 informante homens e 02 mulheres com idade inferior a 45<br />

anos, além de boa dicção e vivacidade.


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Das entrevistas retiramos os metaplasmos por aumento, que foram posteriormente<br />

separados em tabelas de acordo com os níveis de informantes acima especificados, e os tipo<br />

de metaplasmos por aumento encontrados nos discursos.<br />

Foi realizada uma análise quantitativa dos dados para trabalhar a interferência<br />

lingüística. Posteriormente, realizamos a análise qualitativa dos aspectos levantados pelo<br />

trabalho.<br />

3. RESULTADOS<br />

Os resultados obtidos na analise dos dados, levam em consideração os critérios<br />

estabelecidos para a seleção dos informantes. Desse modo, apontaremos as interferências e as<br />

ocorrências de metaplasmos por aumento encontradas nas entrevistas.<br />

A tabela abaixo mostra uma visão geral dos dados obtidos entre os informantes com<br />

mais de 45 anos:<br />

Tabela 1 - INFORMANTES COM MAIS <strong>DE</strong> 45 ANOS<br />

Tipos de Homens % Mulheres % Total %<br />

Metaplasmos<br />

Prótese 00 0 00 0 00 0<br />

Epêntese 64 39 335 72 339 63<br />

Anaptixe 02 1 00 0 02 1<br />

Paragoge 101 60 128 28 229 36<br />

Total 167 26 463 74 630 100<br />

Através da tabela acima é possível constatarmos que as ocorrências de metaplasmos<br />

por aumento na fala dos informantes homens com mais de 45 é pequeno, se comparado a<br />

informantes do sexo feminino da mesma faixa etária. Ou seja, enquanto entre os homens<br />

encontramos 64 ocorrências de epêntese de 29 vocábulos diferentes, representando 19% das<br />

ocorrências, entre as mulheres encontramos um número cinco vezes maior, com 335<br />

ocorrências de 27 vocábulos diferentes, sendo 81% do total de ocorrências nesta faixa etária.<br />

O mesmo não acontece com as ocorrências de paragoge que, entre os homens, é de 101<br />

ocorrências de 11 vocábulos diferentes. Já, entre as mulheres, é de 128 ocorrências de 08<br />

vocábulos.<br />

Apenas no metaplasmo do tipo anaptixe encontramos números superiores entre os<br />

homens, uma vez que foram registradas somente 02 ocorrências e apenas a palavra “peneu”,<br />

entre todos os informantes nas 23 entrevistas analisadas em nossa pesquisa. Talvez isto ocorra<br />

por existirem poucas palavras diferentes entre o português e o espanhol com encontros<br />

consonantais, também não encontramos ocorrências de prótese em nenhuma das entrevistas<br />

analisadas, fato que pode ser explicado pela origem mesma das línguas dos informantes,<br />

conservando a maioria dos radicais iguais.<br />

Ex.: “Sotera (suspiros), to a procura de um, candidato (risos). Um candidato cierto”<br />

A palavra em destaque no exemplo acima aparece, em princípio como epêntese, o<br />

acréscimo da semivogal i na primeira sílaba da palavra portuguesa certo. No entanto, o que se<br />

verifica é a interferência fonético-fonológica do castelhano no português. Podemos atribuir<br />

este tipo de ocorrência ao fato de que um indivíduo bilíngüe que, em certos momentos usa<br />

termos de sua língua materna, o castelhano, em meio ao discurso realizado na segunda língua,


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o português, faça isto pela semelhança fonética existente entre as palavras.<br />

A tabela 2 apresenta os dados obtidos com os informantes com idade inferior a 45 ano:<br />

Tabela 2 - INFORMANTES ATÉ 45 ANOS<br />

Tipos de<br />

Metaplasmos<br />

Homens % Mulheres % Total %<br />

Prótese 00 0 00 0 00 0<br />

Epêntese 82 71 318 75 400 75<br />

Anaptixe 00 0 00 0 00 0<br />

Paragoge 33 29 103 25 136 25<br />

Total 115 21 421 79 536 100<br />

Nos dados acima expostos podemos observar a ausência tanto de prótese quanto de<br />

anaptixe, o que comprova o que já havíamos dito no parágrafo anterior. Nas ocorrências de<br />

epêntese entre os informantes com idade inferior a 45, anos podemos perceber que entre os<br />

homens acontecem mais casos, sendo 82 ocorrências de 13 vocábulos diferentes, enquanto<br />

entre as mulheres temos 318 ocorrências de 27 palavras diferentes. Assim, verificou-se que as<br />

mulheres produziram duas vezes mais tipos diferentes de metaplasmos porque falaram mais<br />

que os homens; no entanto, estes repetiram mais vezes o mesmo tipo de ocorrência. Talvez os<br />

informantes do sexo masculino tenham dificuldades de expressar-se, e por isso, ficam<br />

repetindo as mesmas palavras.<br />

O mesmo não acontece quando observamos as ocorrências de paragoge, em que temos<br />

33 ocorrências de 13 vocábulos diferentes entre os informantes do sexo masculino, e 103<br />

ocorrências de apenas 2 vocábulos (mai e noi) entre as informantes mulheres.<br />

Ex.: “eu vou minti pra ela qui eu vô viaja mai ele não vou viaja vou fica em casa eu vou traze<br />

ela qui fica cum... cum a senhora um meno um mei dois mei fica cum a senhora pra ensina ela<br />

pra mim né”<br />

No exemplo temos 03 ocorrências de metaplasmos que, de um ponto de vista são<br />

epêntese, tendo em vista que houve a queda da consoante s em ambos os vocábulos, ou seja,<br />

um metaplasmo por subtração, tratados em pesquisa anteriormente realizada por Dirlene J. C<br />

da Silva. De outro ponto de vista são paragoge, visto o acréscimo da vogal i. Por exemplo, na<br />

expressão mai temos um metaplasmo que podemos encontrar não somente em falas dos nosso<br />

informantes paraguaios, mas também é muito comum entres os brasileiros natos,<br />

acontecimento explicado pela lei fonética do menor esforço, que conforme definimos no item<br />

2.9 do capítulo 2.<br />

Na primeira ocorrência do vocabulo mei no exemplo, o informante refere-se à apenas<br />

um mês, portanto utiliza o singular, e na segunda ocorrência deste vocábulo, apesar do<br />

informante referir-se a dois meses, não utiliza o plural. Talvez, pelo fato do informante achar<br />

desnecessário o uso da consoante determinante de plural, uma vez que já indicou a quantidade<br />

de meses.<br />

3.1.VISÃO ESPECÍFICA DOS DADOS<br />

Nesta etapa apresentaremos os dados separados de acordo com o sexo, faixa etária e<br />

tipos de metaplasmos encontrados.<br />

OCORRÊNCIAS <strong>DE</strong> PARAGOGE


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Tabela 3 - HOMENS COM MAIS <strong>DE</strong> 45 ANOS<br />

Fala do Informante Língua Portuguesa Quantidade %<br />

Vei [vey] Vez 13 13<br />

Fei [fey] Fez 02 2<br />

Vivei [vi.vey] Viver e 01 1<br />

Invei [ĩ.´vey] Em vez 01 1<br />

Trei [trey] Três 11 11<br />

Mei [mey] Mês 02 2<br />

Dei [dey] Desde 01 1<br />

Fai [fay] Faz 09 9<br />

Trai [tray] Traz 03 3<br />

Nói [nʋy] Nós 49 48<br />

Arroi [a.´Roy] Arroz 09 9<br />

Total 101 100<br />

Entre as ocorrências de metaplasmos do tipo paragoge na fala dos informantes do<br />

sexo masculino com idade superior a 45 anos, podemos observar na tabela 3 que o vocábulo<br />

“nói” se apresenta 49 vezes, sendo o termo com maior número de ocorrências. O termo é<br />

comum também na fala de brasileiros, assim como os termos com menores ocorrências, invei<br />

e dei, que aparecem apenas uma vez cada um, o são. Os vocábulos indicam uma forte<br />

assimilação do português pelos informantes, em que podemos identificar a paragoge pelo<br />

acréscimo do i, caso muito comum entre os falantes de língua portugesa.<br />

Ex.: “Mais nóis se criemu...prá lá de Assunção”<br />

No termo em destaque neste exemplo temos a queda da consonante s, caracterizando<br />

metaplasmo por subtração, e posteriormente a formação de paragoge com o acréscimo da<br />

vogal i. Esta ocorrência é muito comum também na fala coloquial dos brasileiros, podemos<br />

dizer, então, que não há interferência do castelhano neste tipo de ocorrência.<br />

O alto índice de ocorrência de nóis será talvez muito relevante para outros níveis<br />

de análise de análise, o gramatical, por exemplo, já que o pronome indica a primeira pessoa,<br />

onde o falante se identifica, no plural, que demonstra o senso de coletividade do povo<br />

paraguaio.<br />

TABELA 4 - HOMENS ATÉ 45 ANOS<br />

Fala do informante Língua portuguesa Quantidade %<br />

Nói [nʋy] Nós 02 3<br />

Mai [may] Mais 19 31<br />

Noi [nôy] Nós 01 2<br />

Atrai [a.tray] Atrás 01 2<br />

Arroi [a.´Roy] Arroz 01 2<br />

Fei [fey] Fez 03 5<br />

Trei [trey] Três 03 5<br />

Fai [fay] Faz 03 5<br />

Total 33 100<br />

De acordo com os dados da tabela 4, o vocábulo “nóis” se apresenta apenas duas<br />

vezes entre os informantes com idade inferior a 45 anos, diferentemente dos informantes com


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mais de 45 anos, como vimos anteriormente. Podemos atribuir este fato à idade dos<br />

informantes, ou seja, os mais jovens já assimilaram mais o português que os mais velhos, uma<br />

vez que se comunicam com um número maior de falantes de português, seja no trabalho ou<br />

com os amigos brasileiros.<br />

Ex.: “eu fui lá fui faze uma visita pra eli tava baliado né, ganho trei tiru eli reagiu um assaltu<br />

lá im Ponta Porã”.<br />

No exemplo acima temos outro exemplo de que os imigrantes paraguaios<br />

entrevistados já assimilaram o português, pois a paragoge que encontramos em trei, como<br />

podemos ver na tabela 4. Este é também um hábito lingüístico dos brasileiros, por isso não<br />

representa interferência.<br />

TABELA 5 - MULHERES COM MAIS <strong>DE</strong> 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO LÍNGUA <strong>POR</strong>TUGUESA QUANTIDA<strong>DE</strong> %<br />

INFORMANTE<br />

Nói [nʋy] Nós 13 10<br />

Mai [may] Mais 91 68<br />

Noi [nôy] Nós 12 9<br />

Nóia [nʋya] Nós íamos (Nós ía) 01 1<br />

Atrai [a.tray] Atrás 01 1<br />

Arroi [a.´Roy] Arroz 07 5<br />

Mei [mey] Mês 02 1<br />

Trai [tray] Traz 01 1<br />

Total 128 100<br />

Tendo em vista o número de ocorrências do vocábulo mai, nas tabelas 4,5 e 6,<br />

podemos concluir que, assim como nas ocorrências de nóis entre os homens com mais de 45<br />

anos, é uma assimilação do português coloquial usado entre os brasileiros. E observando a<br />

tabela 5 vemos que a maioria dos vocábulos é de uso corriqueiro dos brasileiros, com exceção<br />

do vocábulo trai, que em português temos um metaplasmo por subtração com a queda do z do<br />

verbo trazer, seguido de metaplasmo por aumento, com acréscimo do i e do e no verbo traer<br />

do espanhol que, na terceira pessoa do singular no presente do indicativo, se conjuga trae,<br />

constituindo, assim, um fenômeno de interferência do espanhol no português.<br />

TABELA 6 - MULHERES ATÉ 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO LÍNGUA<br />

QUANTIDA<strong>DE</strong> %<br />

INFORMANTE <strong>POR</strong>TUGUESA<br />

Mai [may] Mais 91 88<br />

Noi [nôy] Nós 12 12<br />

Total 103 100<br />

Na tabela acima, observamos as poucas ocorrências de metaplasmos e que<br />

também existem em português, o que nos prova a grande assimilação do português entre os<br />

entrevistados deste grupo.<br />

Um fato relevante que observamos nos discursos dos informantes é o uso do mai,<br />

ora indicando adição, soma, ora indicando idéia contrária. Ocorre aí a neutralização das<br />

palavras mas e mais. Os informantes usam o mais como conjunção adversativa, quando<br />

querem indicar idéias contrárias. Isto se justifica pelo fato de no espanhol a para indicar<br />

adição usa-se mas, e a conjunção adversativa é o pero.


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OCORRÊNCIAS <strong>DE</strong> EPÊNTESE<br />

TABELA 7 - HOMENS COM MAIS <strong>DE</strong> 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO INFORMANTE LÍNGUA<br />

<strong>POR</strong>TUGUESA<br />

QUANTIDA<strong>DE</strong> %<br />

Veiz [veys] Vez 09 15<br />

Treis [treys] Três 01 1,5<br />

Feiz [feys] Fez 02 3<br />

Meis [meys] Mês 01 1,5<br />

Tameim [ta.´meĩ] Também 01 1,5<br />

Teim [teỹ] Têm 01 1,5<br />

Deiz [dεys] Dez 01 1,5<br />

Veim [veỹ] Vem 01 1,5<br />

Tambeim [tã.beỹ] Também 01 1,5<br />

Beim [beỹ] Bem 01 1,5<br />

Voceis [vo.´seys] Vocês 01 1,5<br />

Neim [neỹ] Nem 01 1,5<br />

Rapaiz [Ra.pays] Rapaz 02 3<br />

Rapaizeada [Ra.pay.ze.´a. da] Rapaziada 01 1,5<br />

Nóis [´nʋys] Nós 16 25<br />

Nôis [noys] Nós 01 1,5<br />

Arroiz [a.´Royz] Arroz 11 18<br />

Siempre [´syẽ.pre] Sempre 02 3<br />

Tiene [´tye.ne] Têm 01 1,5<br />

Ciento [´syẽ.to] Cento 01 1,5<br />

Tamiem [ta.´myẽ] Também 01 1,5<br />

Faziendo [fa.´zyẽ.do] Fazendo 01 1,5<br />

Pimienta [8O.´myẽ.ta] Pimenta 01 1,5<br />

Miedo [´mye.do] Medo 01 1,5<br />

Cierto [syεr.to] Certo 01 1,5<br />

Coroneur [ko.ro.´neʊr] Coronel 01 1,5<br />

Cuem [´kwẽ] Quem 01 1,5<br />

Cuastumi [kwas.´tu.mi] Costume 01 1,5<br />

Total 64 100<br />

Entre os entrevistados, o grupo que mais apresentou variedade de metaplasmos do tipo<br />

epêntese foi o dos homens com mais de 45 anos. Este é também o grupo em que mais<br />

encontramos interferências da língua materna no português dos informantes. Entre as<br />

interferências encontradas estão: tambiem, nôis, siempre, tiene, ciento, faziendo, pimienta,<br />

miedo, cierto e cuem,.<br />

No vocábulo cuem temos o acréscimo da semivogal, tendo em vista que em português<br />

pronunciamos [kẽy], constituindo um ditongo decrescente, e em espanhol temos a palavra<br />

equivalente quiem que se pronuncia [kyẽ], formando um ditongo crescente. Assim, podemos<br />

identificar a interferência fonético-fonológica do espanhol no portugues, visto que na<br />

pronúncia de cuem encontramos o ditongo crescente na mesma posição que ocorre na palavra<br />

espanhola quiem.<br />

Em faziendo encontramos a epêntese pelo acréscimo da semivogal i, fato que também


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ocorre nas palavras siempre, tiene, ciento, pimienta, miedo e tambiém. Isto caracteriza a forte<br />

interferência do espanhol no portugues, tendo em vista que apresentam este ditongo na língua<br />

espanhola.<br />

O maior número de ocorrências é do pronome nóis, que caracteriza uma epêntese e<br />

interferência do português no castelhano, já que em espanhol a vogal o é fechada, como<br />

podemos observar em noi [nôys], marcando, ao contrario de nóis, interferência do espanhol<br />

no português.<br />

TABELA 8 - HOMENS ATÉ 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO LÍNGUA <strong>POR</strong>TUGUESA QUANTIDA<strong>DE</strong> %<br />

INFORMANTE<br />

Faiz [fays] Faz 09 11<br />

Nóis[´nʋys] Nós 06 7<br />

Arroiz [a.´Royz] Arroz 07 8<br />

Treis [treys] Três 06 7<br />

Portugueis [por.tu.gεys] Português 02 3<br />

Mais [mays] Mas 28 34<br />

Atrais [atrays] Atrás 01 1<br />

Purtugueis Português 04 5<br />

Veiz [veys] Vez 11 14<br />

Braiz [brays] Braz 01 2<br />

Feiz [feys] Fez 01 1<br />

Trais [trays] Traz 05 6<br />

Vocêis [vo.´seys] Vocês 01 1<br />

Total 82 100<br />

Observamos na tabela 8 a ausência de epêntese por influência do castelhano, fato<br />

que também é registrado nas ocorrências de paragoge entre os homens até 45 anos. Isto ocorre<br />

pelo alto nível de assimilação e contato com o português que estes informantes estabelecem,<br />

tendo em vista que são homens que sustentam uma família com seu trabalho e necessitam<br />

estar constantemente em contato com falantes de português, terminando assim por acostumarse<br />

com a língua, já que precisam ser compreendidos por quem as está ouvindo.<br />

TABELA 9 - MULHERES COM MAIS <strong>DE</strong> 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO LÍNGUA <strong>POR</strong>TUGUESA QUANTIDA<strong>DE</strong> %<br />

INFORMANTE<br />

Arroiz [a.´Royz] Arroz 10 3<br />

Nois [noys] Nós 11 4<br />

Faiz [fays] Faz 04 1<br />

Nóis [´nʋys] Nós 73 21<br />

Treis [treys] Três 15 4<br />

Portugueis [por.tu.gεys] Português 26 7<br />

Mais [mays] Mas 125 35<br />

Dispois [dis.poys] Depois 01 0,3<br />

Purtugueis [pur.tu.gεys] Português 06 2<br />

Oceis [´o.seys] Vocês 01 0,3<br />

Ceis [seys] Vocês 02 0,5<br />

Véis [´veys] Vez 02 0,5<br />

Veis [veys] Vez 12 3


A<strong>NA</strong>IS DO III CELLMS, IV EPGL e I EPPGL – UEMS-Dourados. 08 a 10 de outubro de 2007<br />

Bão [bãw] Bom 02 0,3<br />

Déis [´deys] Dez 01 0,3<br />

Deis [dεys] Dez 03 1<br />

Veiz [veys] Vez 20 6<br />

Feiz [feis] Fez 07 2<br />

Trais [trays] Traz 01 0,3<br />

Deiz [dεys] Dez 05 1,5<br />

Fais [fays] Faz 11 4<br />

Cierto [syεr.to] Certo 01 0,3<br />

Féis [´feys] Fez 2 0,5<br />

Neim [neỹ] Nem 04 0,3<br />

Teim [teỹ] Tem 01 0,3<br />

Siempre [´syẽ.pre] Sempre 01 0,3<br />

Beim [beỹ] Bem 01 0,3<br />

Atrais [atrays] Atrás 03 1<br />

Vocêis [vo.´seys] Vocês 04 1<br />

Total 318 100<br />

Assim como no grupo dos homens com mais de 45 anos, entre as mulheres com mais<br />

de 45 anos também há um elevado número de ocorrências de epênteses, porém, entre estas,<br />

observamos a pouca interferência do castelhano, demonstrando assim uma maior assimilação<br />

do português por parte dos informantes. O que se observa é o coloquialismo do português<br />

falado pelas informantes, isto porque são mulheres que talvez pouco conhecem sobre a norma<br />

padrão da língua que utilizam, possivelmente por conhecer apenas o português falado, uma<br />

vez que muitas imigrantes não foram alfabetizadas no Brasil.<br />

Observamos na tabela 9 as ocorrências deis, em que temos a vogal e aberta, enquanto<br />

em deis, esta vogal é fechada. Isto poque em espanhol a vogar e é sempre fechada e em<br />

portugues, no numeral dez, temos esta vogal aberta. O que demonstra tanto a interferência do<br />

espanhol no português, em deis, quanto a interferência do português no espanhol, em deis.<br />

O fenômeno da interferência do espanhol no português se repete no vocábulo dispois,<br />

em que o acréscimo da consoante s se explica pelo fato de haver em espanhol a palavra<br />

después, que em português equivale a depois,<br />

TABELA 10: MULHERES ATÉ 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO LÍNGUA<br />

QUANTIDA<strong>DE</strong> %<br />

INFORMANTE<br />

<strong>POR</strong>TUGUESA<br />

Arroiz [a.´Royz] Arroz 10 3<br />

Nois [noys] Nós 11 4<br />

Faiz [fays] Faz 04 2<br />

Nóis [´nʋys] Nós 73 23<br />

Portugueis [por.tu.gεys] Português 26 8<br />

Mais [mays] Mas 125 39<br />

Veiz [veys] Vez 20 6<br />

Feiz [feys] Fez 07 2<br />

Deiz [dεys] Dez 05 1,5<br />

Nombre [nõ.bre] Nome 01 0,4<br />

Teim [teỹ] Tem 12 4<br />

Tameim [ta.´mey] Também 09 3


A<strong>NA</strong>IS DO III CELLMS, IV EPGL e I EPPGL – UEMS-Dourados. 08 a 10 de outubro de 2007<br />

Siempre [´syẽ.pre] Sempre 03 1<br />

Beim [beỹ] Bem 07 2<br />

Escuita [es.kuy.ta] Escuta 02 0,6<br />

Acostumbru [a.kos.tu.brʊ] Acostumado 01 0,4<br />

Acostumbrá [a.kos.tu.bra] Acostuma 01 0,3<br />

Total 318 100<br />

Das ocorrências de epêntese encontradas entre as mulheres até 45 anos, 25% apresenta<br />

interferência do espanhol, o que nos mostra que, em relação aos outros grupos de informantes,<br />

em ocorrência de epêntese, possuem menor assimilação do português. É o que podemos<br />

perceber em Acostumbru, eu que o acréscimo de BR demonstra a interferência do verbo<br />

espanhol acostumbrar, justificado pela semelhança fonética com o verbo em português de<br />

mesmo significado acostumar. Este semelhança fonética com o português também podemos<br />

notar em siempre e nombre.<br />

OCORRÊNCIAS <strong>DE</strong> A<strong>NA</strong>PTiXE<br />

TABELA 11 - HOMENS COM MAIS <strong>DE</strong> 45 ANOS<br />

<strong>FALA</strong> DO INFORMANTE LÍNGUA <strong>POR</strong>TUGUESA QUANTIDA<strong>DE</strong><br />

Peneu Pneu 02<br />

Não há registros de ocorrências de anaptixe entre as mulheres entrevistadas nas duas<br />

faixas etárias, o mesmo acontece com os informantes homens com idade inferior a 45 anos.<br />

Na tabela 11 temos a única ocorrência de anaptixe encontrada nas entrevistas, o<br />

acréscimo do e desfaz o encontro consonantal de pneu para peneu. Esta ocorrência se justifica<br />

por serem mais comuns sílabas compostas por uma consoante seguida de uma ou mais vogais.<br />

Alguns encontros consonantais são mais freqüentes, como pl, tr, dr, no entanto pn é menos<br />

comum, resultando a formação de anaptixe, fato muito comum entre os falantes brasileiros,<br />

não demonstrando, assim, interferência lingüística.<br />

Dessa forma, constatamos que o volume de interferências do espanhol no português é<br />

relativamente pequeno diante do que esperávamos encontrar. Sendo que as maiores<br />

ocorrências de interferências acontecem por semelhança fonética entre as palavras das duas<br />

línguas.<br />

Ficando, assim, clara que esses casos de metaplasmos por aumento têm poucas chances<br />

de ocorrerem por acaso. O que nos mostra como é atraente o estudo da interferência lingüística<br />

biunívoca entre o português e o espanhol.<br />

REFERÊNCIAS<br />

CAMARA JR, Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. 32ª Ed. Rio de Janeiro:<br />

Vozes,2000.<br />

_____. Dicionário de Lingüística e Gramática. 8ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes,1978.<br />

CAMPESTRINI, Hildebrando & GUIMARÃES, Acyr Vaz. História de Mato Grosso do Sul.<br />

2ª Ed. Campo Grande: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, 2002.<br />

COUTINHO, Ismael de Lima. Gramática Histórica. 7ª Ed., revista. Rio de Janeiro: Ao Livro<br />

Técnico S.A., 1976.


A<strong>NA</strong>IS DO III CELLMS, IV EPGL e I EPPGL – UEMS-Dourados. 08 a 10 de outubro de 2007<br />

JAKOBSON, Roman. Fonética e Fonología. Rio de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1972.<br />

LÓPEZ, Javier Medina. Lenguas en contacto. Madrid: Arco Livros, S.L., 1997.<br />

MILANI, Esther Maria. Gramática de Espanhol para brasileiros. São Paulo: Saraiva, 2001.<br />

SILVA, Dirlene Joceli Colla da. Metaplasmos por subtração na fala dos paraguaios residentes<br />

em Mato Grosso do Sul. Dourados: UEMS, 2005. (Monografia de especialização em Letras,<br />

na área de Variação Lingüística e Confrontos).<br />

TARALLO, F. A Pesquisa Sociolingüística. 5ª Ed. São Paulo: Ática, 1997.

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