Discurso prof. Luis Cuadrado Martin - Faculdade de Medicina

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Mas eu tenho a plena convicção que no peito de cada um de vocês pulsa o desejo de servir nosso sofrido povo da melhor maneira, apresentando-se a cada atendimento, a cada plantão com dedicação semelhante à atribuída a um parente próximo. Temos um povo lindo e é um privilegio poder servi-lo. Saibam todos que nós médicos também não somos super-heróis e nem sempre conseguimos manter a mesma intensidade de doação, nossa energia eventualmente fraqueja, porém há que se concentrar com todas as forças na resolução do problema médico de nosso paciente. É, se a tarefa de vocês foi árdua até agora, daqui para frente será mais ainda, porém todo esse esforço não se dá sem uma recompensa, via de regra, acima da almejada. Digo a vocês sem demagogia, a maior recompensa e de intensidade indescritível é a da sensação de dever cumprido. Estudem, de agora para frente mais do que antes, pois agora, afora a prova de residência que vocês estão na iminência de realizar, a prova pela qual o conhecimento de vocês passará é a prova da prática. Há que haver dedicação e abnegação. Alguém já disse que os homens só podem compreender um livro profundo, depois de terem vivido pelo menos, uma parte daquilo que ele contém.
Frente a um caso clínico é necessário manter a dúvida para acertar e evoluir, porém sem permitir que essa mesma dúvida paralise nossas ações. Caso necessário deixar a intuição nos levar, porém para que possamos confiar no nosso raciocínio intuitivo necessitamos ter um cabedal de conhecimento prévio amplo e correto. Assim: estudem, estudem, estudem. Quando estiverem exaustos de estudar, estudem outro tanto. Caros amigos alunos, tenho mais uma observação a fazer a vocês: não se revistam de soberba e arrogância, pois a soberba e a arrogância são artimanhas dos incompetentes e ignorantes para esconder seus defeitos. Assim, se quiserem fugir da ignorância e da incompetência, fujam dos soberbos e dos arrogantes e extirpem de seus corações esses sentimentos vis. É interessante notar que há pacientes muito humildes que acham que o médico nunca adoece. Acham que o médico tem algo de especial que não permite que adoeçam. Imaginem... Porém, achar de si mesmo que o médico tem algo de especial é o “Canto da sereia” que pode fazer com que nos consideremos acima dos outros. Nesse momento perderemos a nossa humanidade, desprezaremos nosso paciente e perderemos justamente a capacidade
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