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Modelagem Matemática na sala de aula - Universidade Estadual de ...

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BARBOSA, Jonei Cerqueira. <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> <strong>Matemática</strong> <strong>na</strong> <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong>. Perspectiva, Erechim (RS),<br />

v. 27, n. 98, p. 65-74, junho/2003.<br />

Na experiência discutida acima, a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> figurou entre outras no<br />

currículo (esse último entendido aqui como o conjunto <strong>de</strong> experiências propiciadas aos<br />

alunos). Entretanto, isso não significa uma abordagem compartimentada, on<strong>de</strong><br />

<strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> constitui-se uma ‘ilha’ <strong>de</strong>ntre as ativida<strong>de</strong>s curriculares. Incorporá-la <strong>na</strong><br />

escola <strong>de</strong>ve significar também o movimento do currículo <strong>de</strong> matemática para um<br />

paradigma baseada <strong>na</strong> investigação e exploração dos alunos.<br />

Araújo e Barbosa (no prelo) relatam estudo on<strong>de</strong> os alunos elaboraram problemas<br />

fictícios, altamente i<strong>de</strong>alizados, pois esse tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> era estimulado pelo professor<br />

<strong>na</strong>s <strong>de</strong>mais ativida<strong>de</strong>s curriculares. Isso sugere a importância <strong>de</strong> existir uma<br />

consonância, quanto à <strong>na</strong>tureza, entre <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> e as outras tarefas escolares.<br />

Há experiências <strong>de</strong> <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> que variam quanto à extensão e às tarefas que<br />

cabem ao professor e aluno. Tenho tentado classificá-las, do ponto <strong>de</strong> vista teórico, em<br />

três regiões <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s, as quais chamarei simplesmente <strong>de</strong> ‘casos’ (Barbosa,<br />

2001). Permita-me numerá-los <strong>de</strong> 1 a 3 e exemplificá-los.<br />

No caso 1, o professor apresenta um problema, <strong>de</strong>vidamente relatado, com dados<br />

qualitativos e quantitativos, cabendo aos alunos a investigação. Consi<strong>de</strong>re, por exemplo,<br />

que o professor levasse a reportagem <strong>de</strong> jor<strong>na</strong>l apresentada acima e o problema<br />

abordado pelos alunos. Nesse caso, os alunos não precisam sair da <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong> para<br />

coletar novos dados e a ativida<strong>de</strong> não é muito extensa. Porém, eles, acompanhados pelo<br />

professor, teriam a tarefa <strong>de</strong> resolver o problema.<br />

Já no caso 2, os alunos <strong>de</strong>param-se ape<strong>na</strong>s com o problema para investigar, mas<br />

têm que sair da <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong> para coletar dados. Ao professor, cabe ape<strong>na</strong>s a tarefa <strong>de</strong><br />

formular o problema inicial. Nesse caso, os alunos são mais responsabilizados pela<br />

condução das tarefas. Imagine, por exemplo, que o professor ape<strong>na</strong>s convidasse, sem<br />

apresentar a reportagem <strong>de</strong> jor<strong>na</strong>l, os alunos para perseguirem a seguinte questão: como<br />

fazer a distribuição <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> apoio à agricultura <strong>de</strong> subsistência?<br />

Aqui, os alunos não teriam muitas informações para <strong>de</strong>senvolver a tarefa, teriam que<br />

buscar fora da <strong>sala</strong> <strong>de</strong> <strong>aula</strong>.<br />

E, por fim, no caso 3, trata-se <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong>senvolvidos a partir <strong>de</strong> temas ‘nãomatemáticos’,<br />

que po<strong>de</strong>m ser escolhidos pelo professor ou pelos alunos. Essa forma é<br />

muito visível <strong>na</strong> tradição brasileira <strong>de</strong> <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> (Bassanezi, 1994; Fiorentini, 1996).<br />

A<strong>na</strong>logamente, po<strong>de</strong>mos pensar que os alunos em equipe <strong>de</strong>sejem investigar o tema<br />

‘Agricultura <strong>de</strong> Subsistência’. Nesse caso, eles teriam ape<strong>na</strong>s um certo assunto

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