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o caso do sistema integrado de transportes (sit) de feira de santana

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10FIXOS E FLUXOS: O CASO DO SISTEMA INTEGRADO DETRANSPORTES (SIT) DE FEIRA DE SANTANA (BA)1 IntroduçãoAline Franco Diniz¹Kátia Araújo Mota¹Helena Sabrina B. <strong>do</strong>s Santos¹Marcela Carneiro <strong>de</strong> Almeida¹Alessandra Oliveira Araújo²ResumoO presente artigo tem como objetivo analisar as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>transportes</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Feira<strong>de</strong> Santana (Ba), através <strong>do</strong> Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Transporte (SIT), que é <strong>de</strong>fundamental importância para o <strong>de</strong>slocamento das pessoas. Desta forma, a implantação<strong>do</strong> SIT trouxe vantagens como o pagamento <strong>de</strong> apenas uma passagem para <strong>do</strong>is<strong>de</strong>stinos, por outro la<strong>do</strong>, tem como <strong>de</strong>svantagens a redução <strong>do</strong> número <strong>de</strong> vaga paraestacionamento; o trân<strong>sit</strong>o tornou-se mais lento; aumentou o <strong>de</strong>semprego. Algumas vansforam integradas ao <strong>sistema</strong> para servir <strong>de</strong> suporte e outras ficaram excluídas <strong>do</strong>processo ten<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>slocar fora da cida<strong>de</strong>; alguns bairros diminuíram o número <strong>de</strong>vans e em outros foram extintas. Nota-se que os problemas não foram soluciona<strong>do</strong>s,como a superlotação <strong>do</strong>s ônibus que continuam a mesma ou ainda pior. Assim, o SITnão aten<strong>de</strong> <strong>de</strong> fato às necessida<strong>de</strong>s da população, o que não consegue atingir o realsignifica<strong>do</strong> das re<strong>de</strong>s.Palavras-chave: Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>transportes</strong>. Fluxos <strong>de</strong> passageiros. Donos das empresas <strong>de</strong>ônibus. Bairros.O <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte público é oprincipal meio utiliza<strong>do</strong> pelas pessoas emseu <strong>de</strong>slocamento diário. É um <strong>sistema</strong>complexo, mas, especificamente no <strong>caso</strong>das médias cida<strong>de</strong>s, como se vê em Feira <strong>de</strong>Santana, nota-se, basicamente, ônibus,vans, táxis e moto boys. Porém, atualmentetem si<strong>do</strong> um problema enfrenta<strong>do</strong> pelapopulação, pois os agentes que disputamesse merca<strong>do</strong> tomam <strong>de</strong>cisões, comimpactos importantes sobre a vida <strong>do</strong>s queusam esses meios <strong>de</strong> <strong>transportes</strong>, sem sepreocupar com suas conseqüências, porexemplo: são criadas ou extintas linhas;mudanças freqüentes <strong>de</strong> trajetos,produzin<strong>do</strong>, assim, efeitos sobre adistribuição <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> passageiros sobreos trechos, ten<strong>do</strong> como conseqüência ainterferência no tempo <strong>de</strong> viagem e noconforto <strong>do</strong>s usuários.Desta forma, este artigo tem como propostaanalisar as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>transportes</strong> na_________________________cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (Ba). Paracompreen<strong>de</strong>rmos as características <strong>de</strong>steconceito, nos apropriamos da discussão <strong>de</strong>Corrêa (1989), Raffestin (1993), Santos(1996) e Dias (1995), os quais discutemesse conceito numa perspectiva crítica.A nossa proposta se concretizaessencialmente em explicar o SIT, o qualapresenta subsídio para a discussãoplanejada, como também buscaremosenten<strong>de</strong>r as suas especificida<strong>de</strong>s,características, assim como as implicaçõesque elas tiveram na vida da população <strong>de</strong>stacida<strong>de</strong>.Assim, esse texto inicia com acaracterização da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong>Santana, logo após será realizada adiscussão conceitual para, em seguida,enten<strong>de</strong>r ao <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte coletivo<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o surgimento até os dias atuais com oSIT, para, enfim, compor as consi<strong>de</strong>raçõesfinais.1 Graduandas <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Licenciatura em Geografia pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana / UEFS; DCHF2 Professora Mestra da disciplina Geografia das Re<strong>de</strong>s pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana / UEFS; DCHF+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008


112 Feira <strong>de</strong> SantanaO município <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana - Ba temcomo coor<strong>de</strong>nadas 12° 15’ 24” S e 37° 57’53” W (Fig. 01), cuja altitu<strong>de</strong> média é <strong>de</strong>230 m, <strong>sit</strong>uan<strong>do</strong> na econômica <strong>do</strong>Paraguaçu, sobre o tabuleiro e o Pediplanosertanejo, em uma área <strong>de</strong> 1350km².Localiza<strong>do</strong> a cerca <strong>de</strong> 105 km a noroeste dacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>r, capital <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, numazona climaticamente intermediária, entre azona úmida <strong>do</strong> litoral e a semi-ari<strong>de</strong>z dasáreas mais interioranas, com precipitaçãomédia anual <strong>de</strong> 848mm e temperaturamédia anual <strong>de</strong> 24ºC. O Município foicria<strong>do</strong> em 18 <strong>de</strong> setembro 1833 e elevada àcategoria <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> pela lei provincial nº1.320, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1873. Daí então,passou a ser chamada <strong>de</strong> Cida<strong>de</strong> Comercial<strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana, sen<strong>do</strong> que os <strong>de</strong>cretosestaduais 7.455 e 7.479, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> junho e 8<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1931, respectivamente,simplificaram o nome para Feira, e apenaspelo <strong>de</strong>creto estadual nº 11.089, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong>novembro <strong>de</strong> 1938, oficializou o nome dacida<strong>de</strong> como Feira <strong>de</strong> Santana.O <strong>de</strong>senvolvimento econômico <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong><strong>de</strong>ve-se ao maior entroncamento ro<strong>do</strong>viário<strong>do</strong> Norte/Nor<strong>de</strong>ste que fez <strong>de</strong>la um ponto<strong>de</strong> passagem obrigatório <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra <strong>do</strong>nor<strong>de</strong>ste para o su<strong>de</strong>ste, como tambémprodutos entre as industriais <strong>do</strong> Su<strong>de</strong>ste, Sule Nor<strong>de</strong>ste. Tu<strong>do</strong> isso contribuiu para ocrescimento populacional, sen<strong>do</strong> que omunicípio, atualmente, conta com 527.625habitantes, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que ocupa o segun<strong>do</strong>lugar <strong>do</strong>s índices <strong>de</strong>mográfico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apenas para a capital Salva<strong>do</strong>r.Figura 01 – Localização <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana (BA)3 Discussão ConceitualEste item tem como objetivo observarcomo os autores Corrêa (1989), Raffestin(2004), Santos (1996) e Dias (1995)discutem o conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s numaabordagem crítica, como também para darum embasamento teórico à nossadiscussão.Esses autores <strong>de</strong>finem o conceito <strong>de</strong> re<strong>de</strong>sem diversas perspectivas teóricometo<strong>do</strong>lógicas.Como exemplo, nota-se+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008


12que, para o primeiro, as funções urbanas serealizam; o segun<strong>do</strong> enfatiza mo<strong>de</strong>lagem<strong>do</strong> quadro espaço-temporal; para oterceiro, são estáveis e dinâmicas aomesmo tempo, e o último enfatiza asinovações como viabiliza<strong>do</strong>ras da vidasocial. Desta forma, re<strong>de</strong>s apresentam-secomo uma complexida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> que o seuestu<strong>do</strong> representa alta relevância nocontexto atual e, especialmente, paraampliação <strong>do</strong> conhecimento geográfico.Segun<strong>do</strong> Corrêa (1989, p. 70),re<strong>de</strong> urbana po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como umaforma espacial através da qual as funçõesurbanas se realizam. Estas funções –comercialização <strong>de</strong> produtos rurais,produção industrial, vendas varejistas,prestações <strong>de</strong> serviços diversos e etc.-reportam-se aos processos sociais, <strong>do</strong>s quaisa criação, apropriação e circulação <strong>do</strong> valorexce<strong>de</strong>nte constitui-se no mais importante,ganhan<strong>do</strong> características especificas daestrutura capitalista.Ao abordar re<strong>de</strong>, especificamente re<strong>de</strong>urbana, as palavras <strong>do</strong> autor sãoesclarece<strong>do</strong>ras, pois ele cita os diversosagentes que fazem parte da re<strong>de</strong> urbana, ouseja, <strong>de</strong>ixa bem claro a sua complexida<strong>de</strong>.Além disso, ao citar sobre estruturascapitalistas, nota-se, nesse processo, quesua influência <strong>de</strong>u uma outrafuncionalida<strong>de</strong>, organização espacialdiferente das existentes no passa<strong>do</strong>, ouaprimorou as existentes no presente. Porexemplo, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana,on<strong>de</strong> foi modificada a sua organizaçãourbana, primeiro pelas re<strong>de</strong>s ro<strong>do</strong>viárias eatualmente pelo SIT. Na visão critica <strong>de</strong>Raffestin (2004, p.204),circulação e comunicação proce<strong>de</strong>m <strong>de</strong>estratégias e estão a serviço <strong>de</strong>las. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>circulação e comunicação contribuem paramo<strong>de</strong>lar o quadro espaço-temporal que éto<strong>do</strong> o território. Essas são inseparáveis <strong>do</strong>smo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção <strong>do</strong>s quais asseguram amobilida<strong>de</strong>. Como são <strong>sistema</strong> sêmicosmateriais, surgem <strong>de</strong> uma “leitura”i<strong>de</strong>ológica em vários níveis: enquanto sãotraçadas, construídas e utilizadas ou, sepreferimos “consumidas”.Desta forma, as re<strong>de</strong>s ocupam o espaço <strong>de</strong>forma diferenciada, em que se dinamizamuns espaços e oculta outro. Nesse processo,há uma mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> assim <strong>de</strong> serum <strong>sistema</strong> fecha<strong>do</strong> para se tornar um<strong>sistema</strong> maior no qual há uma maiorparticipação com outros processos. Destemo<strong>do</strong>, expan<strong>de</strong> o espaço se transforman<strong>do</strong>em um território, on<strong>de</strong> será enfoca<strong>do</strong> oexercício <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r incluin<strong>do</strong> as suasintenções i<strong>de</strong>ológicas. Tem-se, comoexemplo, o Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong>Transportes <strong>do</strong> município supracita<strong>do</strong>,on<strong>de</strong>, através <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> umaforma ou <strong>de</strong> outra transparecer seusinteresses, o que seria muito difícil<strong>de</strong>svendá-los em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>comunicação. Para Santos (1996, p.221),anima<strong>do</strong>s por fluxos, que <strong>de</strong>nominam seuimaginário, as re<strong>de</strong>s não prescin<strong>de</strong>m <strong>de</strong> fixos– que constituem suas bases técnicas –mesmo quan<strong>do</strong> esses fixos são pontos.Assim, as re<strong>de</strong>s são estáveis e, ao mesmotempo, dinâmicas. Fixos e fluxos sãointercorrentes, inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Ativas enão-passivas, as re<strong>de</strong>s não tem em simesmas seu principio dinâmico, que é omovimento social.Assim sen<strong>do</strong>, percebe-se que tantos osfixos quanto os fluxos são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>relevância para as re<strong>de</strong>s, porém com osfixos há um maior interesse porque <strong>de</strong>téminformações, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à integração dasdiversas linhas que compõe o <strong>sistema</strong>,ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa forma to<strong>do</strong> o controle <strong>do</strong>processo. Além disso, é dinâmica por serconstituída <strong>de</strong> fluxos estan<strong>do</strong> emconstantes mudanças para acompanhar asmodificações que ocorrem na socieda<strong>de</strong>.Pelo fato <strong>de</strong> ser uma construção humana,possibilita o movimento social, principalinteresse <strong>de</strong>ste trabalho, mas isso não querdizer que as re<strong>de</strong>s só transportam pessoas,mas também merca<strong>do</strong>rias e informações.Segun<strong>do</strong> Dias (1995, p.141), as re<strong>de</strong>s são“inovações tecnológicas que surgiram paraaten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda social”. A partir <strong>de</strong>ssa<strong>de</strong>finição, enten<strong>de</strong>-se como inovaçãotecnológica to<strong>do</strong>s os meios que englobamas re<strong>de</strong>s, surgidas para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008


13da socieda<strong>de</strong>, já que está em constantemudança, crian<strong>do</strong> novos instrumentoscomo transporte para satisfazer a flui<strong>de</strong>zdas ativida<strong>de</strong>s sociais. Para exemplificar,citam-se as socieda<strong>de</strong>s que, no passa<strong>do</strong>tinham suas necessida<strong>de</strong>s limitadas,utilizan<strong>do</strong> os recursos básicos. Porém, coma evolução da socieda<strong>de</strong>, as re<strong>de</strong>sacompanharam esse processo através <strong>do</strong>sfluxos que possibilitaram a ligação entre oslocais, permitin<strong>do</strong> a circulação <strong>de</strong> bens eserviços.4 História <strong>do</strong> Transporte coletivo <strong>de</strong>Feira <strong>de</strong> SantanaNo ano 1951, chegaram a Feira <strong>de</strong> SantanaOtávio, Buriti, Manoel e Pedro, quatronor<strong>de</strong>stinos vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong>Norte, com o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conseguirempermissão da Prefeitura Municipal paracolocarem as três “marinetes” paraprestarem serviços <strong>de</strong> <strong>transportes</strong> coletivosna cida<strong>de</strong>.O Prefeito, na época, Prof. Almáchio AlvesBoaventura os autorizou. Então, <strong>de</strong>raminício ao serviço <strong>de</strong> transporte, trafegan<strong>do</strong>pelos bairros Sobradinho até a Pampalona,Ponto Central via Rua Quintino Bocaiúva(antiga Rua <strong>do</strong> Fogo), Brasília via RuaSena<strong>do</strong>r Quintino, Rua Pedro Suzarte eCristóvão Barreto (antigo Pilão). Depois <strong>de</strong>alguns meses, <strong>de</strong>sistiram, pois o número <strong>de</strong>passageiros era insuficiente para cobrir as<strong>de</strong>spesas, e os prejuízos já eram gran<strong>de</strong>s.Com isso, a prefeitura patrocinou ocombustível por um prazo <strong>de</strong> um ano, paraque eles conseguissem se manter naslinhas. Após <strong>do</strong>is anos prestan<strong>do</strong> esteserviço, eles ven<strong>de</strong>ram as velhas"marinetes" ao casal Antoninho e DonaZizi Mascarenhas. Mas, como este casalnão tinha concessão da prefeitura e nãorecolhiam impostos regularmente, foramobriga<strong>do</strong>s a vendê-las, pois o prejuízoacumula<strong>do</strong> também já não viabilizava onegócio. Sen<strong>do</strong> assim, a cida<strong>de</strong> ficava semos serviços <strong>do</strong> transporte coletivo, assim osmora<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> encontravamdificulda<strong>de</strong>s para locomover-se.Então, em 1962, José Ferreira Pinto (ZéPinto), que já tinha o propó<strong>sit</strong>o <strong>de</strong> colocarum serviço <strong>de</strong> transporte coletivo em Feira<strong>de</strong> Santana, elaborou um oficio no qualsolicitava ao então Prefeito Arnold Ferreirada Silva a concessão para explorar oserviço <strong>de</strong> transporte coletivo na cida<strong>de</strong>através <strong>de</strong> veículos Kombi.O projeto foi aprova<strong>do</strong> pela Câmara, por setratar da primeira empresa <strong>do</strong> gênero nonor<strong>de</strong>ste. Depois <strong>de</strong> sancionada a lei peloPrefeito Arnold Silva e publicada nosjornais, os <strong>do</strong>nos da empresa <strong>de</strong>nominada"Expresso Alvorada" compraram 13Kombis, na antiga concessionáriaVolkswagen <strong>de</strong>nominada Feira MotorLtda, on<strong>de</strong> os veículos foram financia<strong>do</strong>spela meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> valor. Alguns meses <strong>de</strong>poisforam adquiri<strong>do</strong>s mais 15 veículosKombis, totalizan<strong>do</strong> a frota em 28veículos.Com o passar <strong>do</strong> tempo, foram surgin<strong>do</strong>outras empresas, <strong>de</strong>ntre elas, o ExpressoSão Cristóvão, também em veículosKombis. Depois, José Ferreira Pinto esócios compraram no Rio <strong>de</strong> Janeiro 21micro-ônibus, os quais em 1965 foramregistra<strong>do</strong>s, receben<strong>do</strong> o nome <strong>de</strong>"TRANSLAR" (Transportes para o LarLtda). Posteriormente, outro irmãoJoviniano Ferreira Pinto Neto entrou nasocieda<strong>de</strong> e adquiriu 15 ônibus, colocan<strong>do</strong>osnas linhas <strong>de</strong> Campo Limpo, Cida<strong>de</strong>Nova e Mangabeira.Com este advento, outras pessoas passaramtambém a colocar Kombi, Ônibus eMarinetes, crian<strong>do</strong> um clima <strong>de</strong> mal estar euma competição <strong>de</strong>sleal, pois, para aépoca, a oferta estava maior que o número<strong>de</strong> usuários, inviabilizan<strong>do</strong> pouco a poucoo negócio. Assim, os sócios resolveramven<strong>de</strong>r to<strong>do</strong> o patrimônio da empresa,sen<strong>do</strong> que parte <strong>de</strong>la foi vendida para aSra. Dona Ivone Falcão Vieira, que mu<strong>do</strong>uo nome <strong>de</strong> Translar para Transul, e osSenhores Nezinho Oliveira e CarlosLacerda o segun<strong>do</strong> prefeito, na época <strong>do</strong>município <strong>de</strong> São Gonçalo <strong>do</strong>s Campos, osquais <strong>de</strong>nominaram sua empresa <strong>de</strong>Oliveira Lacerda, com se<strong>de</strong> no bairro <strong>do</strong>


14Tomba. Depois, Zeca Marques criou aempresa Autounida. Oswal<strong>do</strong> Santos <strong>de</strong>Jesus, ou seja, "Vavá <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong>Milha", criou a empresa Safira. DonaVal<strong>de</strong>lice adquiriu ônibus e abriu suaempresa no bairro da Queimadinha<strong>de</strong>nominada Autocel. O Sr. Raimun<strong>do</strong>Souza Silva, ex-prefeito <strong>de</strong> Milagres,implantou também em Feira <strong>de</strong> Santana aempresa R. S. Silva. O Sr. José <strong>de</strong> PaulaMaciel Filho e Sérgio Augusto <strong>de</strong>Almeida, ambos <strong>de</strong> Minas Gerais,adquiriram a empresa Transul e foramadquirin<strong>do</strong> as outras posteriormente, ten<strong>do</strong>vendi<strong>do</strong> ao Srs. Gilson Almeida Rodriguese Dilson Almeida Rodrigues.Aos poucos o município <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong>Santana foi se <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> e,consequentemente, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> tambémseu <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte, pois comcrescimento da cida<strong>de</strong>, passou-se a haveruma maior <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> passageiros. O<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte teria, por sua vez,que se a<strong>de</strong>quar a essa nova <strong>de</strong>manda o que,atualmente, culminou em um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong>transporte integra<strong>do</strong>.5 Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> TransportesO <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong>Santana, que surgiu em 1951, resultante dacriação <strong>de</strong> quatro nor<strong>de</strong>stinos para aten<strong>de</strong>rà <strong>de</strong>manda social vigente, tem sua estruturamudada em 2005, com a construção <strong>do</strong>SIT, um <strong>sistema</strong> complexo <strong>de</strong> interligação,com fixos e fluxos que surgiram, assimcomo analisa Dias (1995), para aten<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>manda social e as transformações queocorreram na estrutura <strong>de</strong>sta socieda<strong>de</strong>.Desta forma, o fixo, proposto por Santos(1996), está representa<strong>do</strong> neste contextopelos Terminais: Central, Norte e Sul e osfluxos pelas diversas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>linhas exploradas pelos meios <strong>de</strong> transportecomo ônibus e vans, que possibilitam aintegração e o transbor<strong>do</strong> <strong>de</strong> passageiros.A localização <strong>do</strong>s fixos é uma questãoestratégica, nesta cida<strong>de</strong>, por exemplo, oTerminal Norte está localiza<strong>do</strong> próximo aoanel <strong>de</strong> contorno, universida<strong>de</strong> e pontoscomerciais <strong>do</strong> bairro Cida<strong>de</strong> Nova eadjacências. O Terminal Central <strong>sit</strong>ua-seno centro da cida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> centro <strong>de</strong>abastecimento, e este recebe maior fluxo<strong>de</strong> pessoas e <strong>de</strong> ônibus, e o terminal Sulestá <strong>sit</strong>ua<strong>do</strong> no bairro <strong>do</strong> Tomba, nasmediações <strong>do</strong> Centro Industrial Subaé (Fig.04 e 05).O SIT tem como objetivo: Melhorar o fluxo e a operação <strong>do</strong>sônibus na área central, facilitan<strong>do</strong>o embarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>do</strong>spassageiros; Racionalizar to<strong>do</strong> o <strong>sistema</strong> com aa<strong>de</strong>quação da oferta à <strong>de</strong>manda, emfunção <strong>do</strong> dimensionamentoajusta<strong>do</strong> ao comportamento da<strong>de</strong>manda; Concentração <strong>de</strong> passageiros commaior oferta <strong>de</strong> transporte e trechos<strong>de</strong> alimentação com oferta ajustadaà <strong>de</strong>manda existente.Para implantação <strong>do</strong> SIT, foi necessáriaa regularização <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> <strong>transportes</strong><strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana para lutar contra osserviços não autoriza<strong>do</strong>s, como porexemplo, vans, ônibus, microônibus,motocicleta que venham a prejudicar o<strong>sistema</strong>. É importante ressaltar que, noprocesso <strong>de</strong> execução, algumas vansirregulares foram “introduzidas” ao SIT,para fazer as linhas <strong>de</strong> bairro até oterminal. Desse mo<strong>do</strong>, nota-se que, no<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s há integração, mastambém exclusão, a exemplo das vans quenão conseguiram integra-se ao processo.O objetivo <strong>do</strong> SIT era melhorar afreqüência <strong>do</strong>s <strong>transportes</strong> coletivos, assimforam organizadas as linhas troncais (Fig.02), o que contribuiu para aumentar avelocida<strong>de</strong> operacional <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> ereduzir o tempo <strong>de</strong> viagem e/ou custo <strong>do</strong>transporte, pois em horário <strong>de</strong> pico comoalmoço e anoitecer, no Anel Central aslinhas apresentaram velocida<strong>de</strong>s baixas(em torno <strong>de</strong> 12 km/h), além <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r aousuário com qualida<strong>de</strong> e segurança noembarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> passageiros.+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008


15No entanto, as modificações feitas, com ointuito <strong>de</strong> obter maior velocida<strong>de</strong>, fizeramreduzir a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> trân<strong>sit</strong>o, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àperda <strong>de</strong> espaço para locomoção <strong>de</strong>veículos (Fig. 03). Ressalta-se também quese, por um la<strong>do</strong>, o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporteoferece pagamento <strong>de</strong> apenas umapassagem para <strong>do</strong>is <strong>de</strong>stinos, por outro,surgiram uma série <strong>de</strong> problemas, taiscomo: reduziu o número <strong>de</strong> vaga paraestacionamento; o trân<strong>sit</strong>o tornou-se maislento; aumentou o <strong>de</strong>semprego, pois houvea locomoção <strong>de</strong> uma parte das vans paraservir <strong>de</strong> suporte para o <strong>sistema</strong>, nãoneces<strong>sit</strong>an<strong>do</strong> <strong>de</strong> cobra<strong>do</strong>res, já que elasfazem o transporte <strong>de</strong> passageiros gratuitosaté os terminais. Em conseqüência disso,em alguns bairros, diminuiu o número <strong>de</strong>vans e em outros ficou extinta, comoCampo Limpo, George Américo, Moradadas Árvores, Jardim Cruzeiro, Sobradinho,Novo Horizonte <strong>de</strong>ntre outros (Fig. 06).Nota-se ainda que um outro problema nãofoi sana<strong>do</strong>: a superlotação <strong>do</strong>s ônibus quecontinuam a mesma ou ainda com maiornúmero <strong>de</strong> problemas.Uma outra questão é a que se refere àslinhas fora <strong>do</strong> perímetro urbano (Fig. 07),on<strong>de</strong> os ônibus com <strong>de</strong>stino a esses locaisdiminuíram, permanecen<strong>do</strong> uma maiorquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vans, o que ocasionou umcaos para os usuários <strong>de</strong>ssas localida<strong>de</strong>scomo: São José, Maria Quitéria, Humil<strong>de</strong>s,São Cristóvão, Matinha, Jaíba, SantaQuitéria <strong>de</strong>ntre outros. Nesse senti<strong>do</strong>, oserviço ficou comprometi<strong>do</strong>, pois a<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> passageiros é superior à oferta,já que as vans transportam uma quantida<strong>de</strong>reduzida em comparação aos ônibus. Adiferença ficou ainda maior, pois foramretira<strong>do</strong>s os assentos <strong>do</strong>s ônibusobjetivan<strong>do</strong> levar uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pessoas. Desta forma, percebe-se que aslinhas fora da área urbana, não são <strong>de</strong>interesse para os <strong>do</strong>nos <strong>do</strong> <strong>transportes</strong>coletivo, pois as distâncias são maiores enão geram tanto lucro quanto ao <strong>do</strong>perímetro da cida<strong>de</strong>, por isso muitas vansforam <strong>de</strong>slocadas para as áreas marginais..Figura 02 Figura 03 Figura 04Fonte: www.<strong>feira</strong><strong>de</strong><strong>santana</strong>.ba.gov.brEm se tratan<strong>do</strong> <strong>do</strong> espaço <strong>de</strong> Feira <strong>de</strong>Santana, as re<strong>de</strong>s (<strong>transportes</strong> coletivos)ocupam o mesmo, <strong>de</strong> maneira diferente,pois este é heterogêneo, logo, as re<strong>de</strong>s nãoestão em to<strong>do</strong>s os bairros e on<strong>de</strong> estão semanifestam <strong>de</strong> diferentes formas, porexemplo, o fluxo <strong>de</strong> ônibus em algunsbairros é maior <strong>do</strong> que em outros. Dessemo<strong>do</strong>, os distintos bairros estãoreivindican<strong>do</strong> novos fluxos <strong>de</strong> transportepara melhorar e facilitar as suas vidas, poisa maioria da população não temautomóveis particulares, sen<strong>do</strong> o transportecoletivo o mais utiliza<strong>do</strong>.É importante ressaltar neste contexto que asocieda<strong>de</strong> feirense não foi consultada comrelação à implantação <strong>do</strong> SIT, mas isso nãoera interessante para o <strong>sistema</strong>, pois osmaiores beneficia<strong>do</strong>s são os proprietáriosdas empresas <strong>de</strong> transporte, porque saíram<strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> pequeno para participar <strong>de</strong>um maior, on<strong>de</strong> os fixos são pontos <strong>de</strong>parada obrigatória <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os fluxos.Nestes, eles <strong>de</strong>têm maior controle geran<strong>do</strong>lucros e riquezas, além disso,reestruturaram as fronteiras ereterritorializou-se o território, impon<strong>do</strong>assim o exercício <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Porém, neste+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008


16<strong>sistema</strong> po<strong>de</strong>m-se compreen<strong>de</strong>r asi<strong>de</strong>ologias presentes porque as re<strong>de</strong>s estãomaterializadas no espaço, diferentes dasoutras, como exemplo, a <strong>de</strong> comunicaçãoque não é possível perceber os seusinteresses por se tratarem <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s virtuais.Figura 05 Figura 06 Figura 07Fonte: www.<strong>feira</strong><strong>de</strong><strong>santana</strong>.ba.gov.brDentre os <strong>de</strong>veres e obrigações, osempresários <strong>de</strong>veriam ter seus ônibus comida<strong>de</strong> média, proposto pelo <strong>sistema</strong>, <strong>de</strong> 48meses, porém isto não é visualiza<strong>do</strong>, pois amaioria <strong>do</strong>s ônibus que se encontram napraça é <strong>do</strong> antigo <strong>sistema</strong>, alteran<strong>do</strong> apenasa sua pintura. Em conseqüência disso, osônibus quase sempre estão para<strong>do</strong>s nasgaragens ou quebra<strong>do</strong>s nos percursos,ocasionan<strong>do</strong> um déficit no conforto <strong>do</strong>susuários e no tempo <strong>de</strong> viagem, o quecontribui para que o <strong>sistema</strong> integra<strong>do</strong> nãoconsiga alcançar o objetivo das re<strong>de</strong>s queé, encurtar as distâncias e diminuir otempo.6 Consi<strong>de</strong>rações FinaisO novo <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte <strong>do</strong> município<strong>de</strong> Feira <strong>de</strong> Santana-Ba retrata umaarticulação em re<strong>de</strong>s a qual foi a<strong>de</strong>quadapara aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda populacional, mas,sobretu<strong>do</strong>, os <strong>do</strong>nos <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong><strong>transportes</strong>, instituição <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Destaforma, o interesse fica explícito quan<strong>do</strong> foiproibida a circulação das vans, um <strong>do</strong>smaiores concorrentes <strong>do</strong> <strong>sistema</strong>, ou talvezo maior, que circulava em uma das maismovimentadas avenidas da cida<strong>de</strong>, Senhor<strong>do</strong>s Passos, local <strong>de</strong> maior movimentação<strong>de</strong> pessoas. Vale ressaltar também que amaioria das pessoas cogita sobre o caosque transformou o trân<strong>sit</strong>o <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> emvirtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> percurso, ocorridaspara a implantação <strong>do</strong> novo <strong>sistema</strong>, além<strong>do</strong> mesmo não solucionar o problema <strong>de</strong>atraso <strong>de</strong> ônibus.Por fim, o Sistema Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong>Transporte não aten<strong>de</strong>u as expectativas dasocieda<strong>de</strong>, talvez por ser um <strong>sistema</strong> novoe a mesma não ter participa<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo.Sen<strong>do</strong> assim, propõe-se aos empresáriosque tomem algumas medidas como:aumentar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ônibus paradiminuir o tempo <strong>de</strong> espera nos pontos,diminuição <strong>do</strong> preço das passagens, poiscom a redução <strong>do</strong>s percursos houve umaeconomia no consumo <strong>de</strong> combustível euma diminuição <strong>do</strong> <strong>de</strong>sgaste das peças <strong>do</strong>sveículos, e que possibilite um maiorconforto para a população que utiliza esse<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> transporte. Desta forma, o SITaten<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> fato as necessida<strong>de</strong>s dapopulação e conseguirá atingir o realsignifica<strong>do</strong> das re<strong>de</strong>s que é encurtar asdistâncias e diminuir o tempo.7 Referências BibliográficasCASTRO, J. E, GOMES, P. C. C,CORRÊA, R. L.(Org) Geografia:conceitos e temas, Rio <strong>de</strong> Janeiro: BertrandBrasil, 2000.CORRÊA, R. L. Re<strong>de</strong>s Geográficas:cinco pontos para discussão. In:VASCONCELOS, P. A.; SILVIA, SylvioBan<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Mello. Novos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008


17geografia urbana brasileira. Salva<strong>do</strong>r:Editora da UFBA, 1999.HAESBAERT, Rogério. O binômioterritório-re<strong>de</strong> e seu significa<strong>do</strong> políticocultural.In: Territórios Alternativos.Rogério Haes Baert. São Paulo: Contexto,2002.Moreira, Ruy. Para on<strong>de</strong> vai o pensamentogeográfico? - Por uma epistemologiacrítica, São Paulo: Contexto, 2006.RAFFESTIN, Clau<strong>de</strong>. Por uma Geografia<strong>do</strong> po<strong>de</strong>r. São Paulo: Ática, 1993.CORRÊA, R. L. A re<strong>de</strong> urbana. SãoPaulo: Ática, 1989.SANTOS, Milton. Por uma geografia dasre<strong>de</strong>s. In: A natureza <strong>do</strong> espaço: técnica etempo, razão e emoção. São Paulo:Hucitec, 1996.______.Metamorfose <strong>do</strong> espaçohabita<strong>do</strong>. São Paulo: Hucitec, 1997.VASCONCELOS, Pedro Almeida;SILVA, Sylvio Ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Mello. Novosestu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Geografia urbana brasileira.Salva<strong>do</strong>r: Editora da UFBA, 1999.+Geografia´s, Feira <strong>de</strong> Santana, n. 1, p. 10 – 17, maio / nov. 2008

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