educar de outra forma - Repositório Aberto da Universidade do Porto
educar de outra forma - Repositório Aberto da Universidade do Porto
educar de outra forma - Repositório Aberto da Universidade do Porto
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
■ - ,<br />
- ' ' ;<br />
EDUCAR DE OUTRA FORMA<br />
A Escola Oficina N g 1 <strong>de</strong> Lisboa, 1905-1930<br />
Volume II - Anexos<br />
ANTÓNIO CANDEIAS<br />
<strong>Porto</strong>, 1992
EDUCAR DE OUTRA FORMA<br />
A Escola Oficina N 2 1 <strong>de</strong> Lisboa, 1905-1930<br />
Volume II - Anexos<br />
ANTÓNIO CANDEIAS<br />
<strong>Porto</strong>, 1992
VOLUME II<br />
ANEXOS<br />
1 - A Escola Oficina N° 1 em fotografias <strong>da</strong> época 5<br />
2 - A Escola Oficina N°l <strong>de</strong>scrita por quem a viveu- entrevistas 31<br />
3 - As duas vi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima: Introdução a uma breve biografia 73<br />
4 - O "caso A<strong>do</strong>lfo Lima": o "Regulamento <strong>do</strong> Director Técnico", <strong>da</strong> autoria <strong>da</strong> direcção <strong>da</strong> escola, e<br />
a resposta <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima 91<br />
5 - Os "Planos <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong> para a Escola Oficina N°l: 1906 e 1912 97<br />
6 - Alguns "Relatórios <strong>da</strong>s Gerências...": 1904-1905; 1906-1907 (excertos referentes aos exames);<br />
1908-1909; 1909-1910; 1910-1911 137<br />
7 - Alguns relatórios <strong>de</strong> "A Solidária" 267<br />
8 - Lista <strong>do</strong> material pe<strong>da</strong>gógico existente nesta escola no ano <strong>de</strong> 1917, com o valor calcula<strong>do</strong> em<br />
escu<strong>do</strong>s 293<br />
9 - A <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> escola feita por uma direcção actual, segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> planta <strong>do</strong> edifício 331
1 - A ESCOLA OFICINA N°l EM FOTOGRAFIAS DA ÉPOCA
Tentámos através <strong>de</strong>ste anexo, <strong>da</strong>r uma i<strong>de</strong>ia mais "física" <strong>da</strong> Escola Oficina n°l, <strong>do</strong> seu<br />
espaço, <strong>do</strong> aspecto <strong>da</strong>s suas crianças e sobretu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s modificações que as concepções pe<strong>da</strong>gógicas que<br />
se seguiram no tempo <strong>de</strong>sta experiência, foram imprimin<strong>do</strong> á escola como um to<strong>do</strong>.<br />
Pensamos que as fotografias expostas, escolhi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> espólio fotográfico <strong>de</strong>sta instituição,<br />
assim como as suas legen<strong>da</strong>s, falam por si, falam pelo menos mais <strong>do</strong> que um texto, sen<strong>do</strong> esse o<br />
objectivo <strong>de</strong> uma fotografa, e ain<strong>da</strong> mais, <strong>de</strong> uma sequência <strong>de</strong> fotografias.<br />
Gostaríamos no entanto <strong>de</strong> realçar o aspecto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> que se vai notan<strong>do</strong>, á medi<strong>da</strong><br />
que passamos <strong>da</strong>s primeiras fotografias <strong>da</strong>ta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 1905 e 1906, para as fotografias que nos ilustram o<br />
perío<strong>do</strong> que se segue ás tran<strong>forma</strong>ções impostas pelo "Plano <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s para a Escola Oficina n°l" <strong>de</strong><br />
1907-1907:veja-se a primeira sala <strong>de</strong> aula retrata<strong>da</strong>, com as crianças instala<strong>da</strong>s em carteiras tradicionais,<br />
duas a duas, dispostas em fila, e note-se como, apesar <strong>de</strong> sèr esse o aspecto e a disposição <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s<br />
salas <strong>de</strong> aula actuais, to<strong>do</strong> o ambiente retrata<strong>do</strong> nos parece ancora<strong>do</strong> num passa<strong>do</strong> distante; veja-se a<br />
fotografia seguinte em que A<strong>do</strong>lfo Lima se encontra senta<strong>do</strong> a uma mesa com os seus alunos á sua volta,<br />
numa sala <strong>de</strong> aula cheia <strong>de</strong> quadros, mapas e ilustrações, e veja-se como apesar <strong>da</strong> péssima quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
fotografia, este nos aparece como um espaço bem mais perto <strong>de</strong> nós.<br />
Cremos que tal ilusão, que é mais <strong>do</strong> que uma ilusão óptica, retratan<strong>do</strong> bem a precoci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> experiência em causa, se acentua á medi<strong>da</strong> que os uniformes se vão clarean<strong>do</strong>, facto que coinci<strong>de</strong> com<br />
o inicio <strong>da</strong> coeducação, outro sintoma <strong>de</strong> como esta experiência <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> oitenta anos se aproxima<br />
vertiginosamente <strong>de</strong> uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> educativa e escolar actual que está longe <strong>de</strong> sèr a regra, em Portugal,<br />
como no resto <strong>do</strong>s países mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s.<br />
7
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS<br />
DA ESCOLA OFICINA N 2 1<br />
9<br />
1)<br />
O primeiro<br />
grupo <strong>de</strong><br />
alunos <strong>da</strong><br />
Escola Oficina<br />
n 8 1<br />
2)<br />
Os alunos <strong>da</strong><br />
Escola<br />
Oficina n 2 1:<br />
Fotografia <strong>de</strong><br />
grupo feita<br />
entre 1906 e<br />
1912
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS<br />
DA ESCOLA OFICINA N 2 1<br />
3) Mais <strong>de</strong> cem crianças encontram-se nesta fotografia <strong>de</strong> grupo tira<strong>da</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1912, como nos <strong>de</strong>monstra a côr <strong>da</strong>s<br />
batas, que com o regime <strong>de</strong> coeducação se foi esbranquean<strong>do</strong><br />
11
O ESPAÇO E A SUA EVOLUÇÃO:<br />
O ESTRADO<br />
13<br />
4) Na gran<strong>de</strong><br />
sala <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senho, uma<br />
aula.<br />
Repare-se, à<br />
direita, no<br />
estra<strong>do</strong><br />
funcional.<br />
Fot. tira<strong>da</strong><br />
entra 1906 a<br />
1907<br />
5) A mesma<br />
sala <strong>de</strong> outro<br />
angulo, e<br />
n<strong>outra</strong> época:<br />
Repare-se no<br />
tipo <strong>de</strong><br />
utilização<br />
simultânea <strong>da</strong><br />
mesma sala<br />
para<br />
disciplinas<br />
diferentes, e<br />
veja-se o que<br />
aconteceu ao<br />
estra<strong>do</strong> (à<br />
esquer<strong>da</strong>).<br />
Fof. tira<strong>da</strong><br />
antra 1907 a<br />
1912
O ESPAÇO E A SUA EVOLUÇÃO:<br />
A SALA DE AULA<br />
15<br />
6) Sala <strong>de</strong><br />
aula típica<br />
<strong>da</strong>s<br />
concepções<br />
pe<strong>da</strong>gógicas<br />
<strong>do</strong>minantes<br />
nesta escola,<br />
entre 1905 e<br />
1907<br />
7) A<br />
«Revolução<br />
Libertária»: A<br />
mesma sala<br />
entre 1907 e<br />
1912-Ao<br />
centro, A<strong>do</strong>lfo<br />
Lima
O ESPAÇO E A SUA EVOLUÇÃO;<br />
A SALA DE AULA<br />
8) A mesma sala <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1912<br />
17
fl£ lí Vi Iff<br />
HK ■ HsTfip J f 2<br />
O ESPAÇO E A SUA EVOLUÇÃO:<br />
f""—«* "<br />
O MUSEU LABORATÓRIO<br />
^y 1<br />
^■"".QT ÉÉÉH<br />
1¾<br />
if^ 1<br />
yH f , lllll?«ÍÍ' íS' ■'<br />
"JE-"*<br />
■<br />
V JÍ »<br />
•!3a«<br />
tiJ<br />
19<br />
; " " . .<br />
*|j§|f^^7!|l<br />
Eí^^WP»» Eí^^WP»» LI . j<br />
^:¾¾ Hl»* sJ 1 . HL-ag^^S<br />
• -.M**.tt*mHÍ- -J.11-S<br />
9) O Museu<br />
Laboratório,<br />
peça essencial<br />
<strong>da</strong>s concepções<br />
pe<strong>da</strong>gógicas<br />
<strong>do</strong>minantes<br />
nesta escola,<br />
numa fotografia<br />
tira<strong>da</strong> entre<br />
1907 e 1912.<br />
Ao centro,<br />
António Lima<br />
10) O Museu<br />
Laboratório<br />
em fotografia<br />
posterior a<br />
1912, nela<br />
figuran<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
novo, António<br />
Lima
O ESPAÇO E A SUA EVOLUÇÃO:<br />
O GINÁSIO EXTERIOR<br />
21<br />
11) Durante<br />
uma visita <strong>de</strong><br />
Manuel Arriaga,<br />
uma<br />
perspectiva <strong>do</strong><br />
ginásio exterior<br />
12) O mesmo<br />
visto <strong>de</strong> outro<br />
ângulo
ACTIVIDADES ESCOLARES:<br />
A MARCENARIA<br />
23<br />
13) Aula <strong>de</strong><br />
Marcenaria<br />
entre 1905 e<br />
1912<br />
14) Aula <strong>de</strong><br />
Marcenaria<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
1912:<br />
Tu<strong>do</strong> mu<strong>do</strong>u,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
fotografia, até<br />
à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s sexos
ACTIVIDADES ESCOLARES:<br />
A MARCENARIA, A ESCULTURA E ATALHA<br />
25<br />
16) Amostra<br />
<strong>de</strong> trabalhos<br />
15) Magnífico<br />
trabalho <strong>de</strong><br />
marcenaria
ACTIVIDADES ESCOLARES:<br />
27<br />
17) Iniciação à<br />
leitura pelo<br />
méto<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
Escola Oficina<br />
n a . 1<br />
18) Exposição<br />
<strong>de</strong> trabalhos<br />
<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano.<br />
O adulto que<br />
figura nesta<br />
fotografia,<br />
apesar <strong>de</strong> não<br />
ter si<strong>do</strong><br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>,<br />
será<br />
provavelmente<br />
Luis <strong>da</strong> Matta
«A SOLIDARIA»<br />
...QRUPO DE NATAÇÃO<br />
29<br />
19) A Comissão<br />
Directiva <strong>de</strong> «A<br />
Solidária» para o<br />
ano <strong>de</strong> 1916.<br />
Na fila <strong>de</strong> cima,<br />
segun<strong>da</strong> a contar<br />
<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>,<br />
Fernan<strong>da</strong> Matta,<br />
uma <strong>da</strong>s li<strong>de</strong>rs mais<br />
marcantes <strong>de</strong>sta<br />
Associação<br />
20) Grupo <strong>de</strong><br />
natação <strong>de</strong><br />
«A Solidária»
2- A ESCOLA OFICINA N°l, DESCRITA POR QUEM A VIVEU<br />
(ENTREVISTAS)
Como foi dito no corpo <strong>do</strong> texto, as entrevistas, assim como as fotografias e a sua<br />
recolha, fizeram parte <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> que no começo <strong>de</strong>ste trabalho só<br />
tinha existência através <strong>de</strong> papéis, e quan<strong>do</strong> muito <strong>de</strong> edifícios, e <strong>de</strong> lugares.<br />
A principio, e penso que isso se reflecte nas duas primeiras entrevistas, e principalmente<br />
na que se reporta a Custódio <strong>da</strong> Costa, elas limitavam-se a exprimir uma curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> jornalística que<br />
explorava campos <strong>de</strong> trabalho possíveis, mas ce<strong>do</strong> me <strong>de</strong>ixei seduzir peias pessoas que entrevistei.Sei,<br />
claro, que isso era o que essas pessoas pretendiam, ou seja seduzir-me através <strong>da</strong>s suas histórias, mas o<br />
motivo por que o faziam caíu-me fun<strong>do</strong> na alma:tive a sensação <strong>de</strong> que algumas <strong>de</strong>las pressentiam o fim<br />
<strong>da</strong>s suas vi<strong>da</strong>s como algo <strong>de</strong> perto no tempo, e procuravam que eu lhas fixasse através <strong>do</strong> papel.<br />
Tive algumas <strong>da</strong>s sensações mais gratas <strong>da</strong> minha memória com a relação que estabeleci<br />
com algumas <strong>de</strong>stas pessoas, que se encarregaram <strong>de</strong> <strong>da</strong>r um corpo e uma voz ao que eu procurava, uma<br />
relação que nem sempre foi imediata, pois fin<strong>da</strong> a entrevista, e na maioria <strong>da</strong>s vezes, separámo-nos sem<br />
nunca mais nos encontrarmos.Foi pois através <strong>da</strong>s suas vozes reproduzi<strong>da</strong>s por grava<strong>do</strong>res, que à medi<strong>da</strong><br />
que ia penetran<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> encanta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Escola Oficina n°l, se foi construin<strong>do</strong> o essencial <strong>do</strong> afecto<br />
que hoje me liga a essas pessoas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> estarem ou não, fisicamente vivas.<br />
Trata-se portanto <strong>de</strong> cinco entrevistas que seleccionei, três <strong>outra</strong>s ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> elimina<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong>ste anexo, e que cobrem o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo que durou a tumultuosa e longa gestação <strong>de</strong>sta Tese, ou<br />
seja entre 1981 e 1989.<br />
Não as transcrevi integralmente, pois alguns <strong>do</strong>s temas abor<strong>da</strong><strong>do</strong>s, só tinham significa<strong>do</strong><br />
no contexto <strong>de</strong> uma relação pessoal, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> interesse ao serem passa<strong>da</strong>s para o papel.<br />
Mesmo ten<strong>do</strong> consciência <strong>de</strong> que para <strong>outra</strong>s pessoas, estas entrevistas nunca terão o<br />
significa<strong>do</strong> que para mim tiveram, creio no entanto que nelas se encontra alguma in<strong>forma</strong>ção inédita face<br />
aos temas trata<strong>do</strong>s, alguns esboços bem construí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ambiente que ro<strong>de</strong>ou a época em que a acção <strong>de</strong>sta<br />
Tese <strong>de</strong>corre, e algumas explicações para o próprio corpo <strong>da</strong> Tese, e para a <strong>forma</strong> que ele tomou, pelo<br />
que arrisquei a sua transcrição neste "Anexo".<br />
I a Entrevista<br />
Entrevista a Custódio <strong>da</strong> Costa, militante anarco-sindicalista na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20 <strong>do</strong> nosso<br />
século, membro <strong>do</strong> Comité que preparou e <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou a Greve Geral revolucionária <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Janeiro<br />
<strong>de</strong> 1934.<br />
A reali<strong>da</strong><strong>de</strong> sindical e escolar relata<strong>da</strong> por este militante, retrata sobretu<strong>do</strong> a fase<br />
intermédia entre o fim <strong>da</strong> Republica e a <strong>forma</strong>lização <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Novo, compreendi<strong>da</strong> entre os ano <strong>de</strong><br />
1926 e 1934, quan<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo sindical e politico protagoniza<strong>do</strong> pela C.G.T. se encontrava já no seu<br />
ocaso.<br />
A entrevista teve lugar em Janeiro <strong>de</strong> 1981.<br />
António Can<strong>de</strong>ias-Que i<strong>da</strong><strong>de</strong> é que tem?<br />
33
Custódio <strong>da</strong> Costa-Tenho 76 anos. Nasci a 3 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1904 e comecei aos 16 anos<br />
a trabalhar como pa<strong>de</strong>iro na indústria <strong>de</strong> panificação e <strong>da</strong>í aos 18 anos comecei a militar no Sindicato <strong>do</strong>s<br />
Operários Manipula<strong>do</strong>res <strong>de</strong> pão.<br />
A.C.- O Sr. nasceu em Lisboa?<br />
C.C.- Nasci em Aveiro.<br />
A.C.- E foi lá que se ligou ao Sindicato?<br />
C.C.- Foi cá. Depois <strong>de</strong> vir para Lisboa. Fui para a profissão <strong>de</strong> pa<strong>de</strong>iro e foi cá que me liguei ao<br />
sindicato aos 18 anos. E <strong>da</strong>í segui sempre e tive um interregno, <strong>de</strong> 1924 a 1927. Fui para a tropa,<br />
e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sair <strong>da</strong> tropa então voltei ao sindicato. Depois <strong>do</strong> 7 <strong>de</strong> Fevereiro, entrei no<br />
movimento <strong>do</strong> 7 <strong>de</strong> Fevereiro, esse movimento acaba e <strong>de</strong>pois entro novamente na questão <strong>do</strong><br />
sindicato, no meu Sindicato <strong>de</strong> Industria.Daí, tivemos várias acções, o sindicato teve várias<br />
posições em relação à questão social, tivemos problemas lá com o meu sindicato, muitos<br />
problemas, já lutan<strong>do</strong> com a corrente bolchevista, e então estive até 1934 sempre militan<strong>do</strong> no<br />
sindicato <strong>do</strong>s pa<strong>de</strong>iros. Em 1934 dá-se o 18 <strong>de</strong> Janeiro quan<strong>do</strong> foi a fascização <strong>do</strong>s sindicatos<br />
operários, dá-se uma Greve Geral Revolucionária em que eu faço parte <strong>do</strong> Comité Nacional <strong>de</strong>sse<br />
movimento, e <strong>da</strong>í, sou preso. Sou preso e mantenho-me 16 anos preso. Estive 13 anos no campo<br />
<strong>de</strong> concentração no Tarrafal, mas antes <strong>de</strong> ir para o Tarrafal, já estava há 26 meses na fortaleza<br />
<strong>de</strong> S. João Baptista em Angra <strong>do</strong> Heroísmo, nos Açores. Depois <strong>de</strong>sses 16 anos rui posto em<br />
liber<strong>da</strong><strong>de</strong> em 1949. Não militei mais no Sindicato mas actuava no Ateneu Cooperativo on<strong>de</strong> nós<br />
nos encontrávamos à volta até com o António Sérgio, na Rua <strong>do</strong>s Anjos, n° 13, 3 o an<strong>da</strong>r. Depois<br />
<strong>de</strong>sse tempo, dá-se o 25 <strong>de</strong> Abril, aparece a Acção Revolucionária <strong>do</strong>s Anarco Sindicalistas,<br />
começamos, e saimos com a "A Batalha" novamente para a rua, com se<strong>de</strong> na rua Angelina Vi<strong>da</strong>l<br />
ali à Graça.<br />
E <strong>da</strong>í nos temos manti<strong>do</strong> através <strong>de</strong>ste tempo to<strong>do</strong> 'a volta <strong>da</strong> Acção Revolucionária <strong>de</strong> "A<br />
Batalha".<br />
A.C.- Quan<strong>do</strong> é que se começou a notar a influência <strong>do</strong>s bolcheviques nos sindicatos?<br />
C.C.- Depois <strong>de</strong> 1921/22 para cá até 1934, porque eles estavam sempre numa guerra aberta para tomar<br />
conta <strong>do</strong> Sindicato. E nós actuávamos sempre em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s posições com os indivíduos.<br />
Havia um ou outro mais consciente mas muito poucos.E <strong>da</strong>í, eles criavam...nós até tivemos uma<br />
acção <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> envergadura para a conquista <strong>da</strong>s 8 horas <strong>de</strong> trabalho. Tivemos uma gran<strong>de</strong><br />
reunião na "Voz <strong>do</strong> Operário", e eles feitos com a polícia nessa sessão que nós <strong>de</strong>mos...<br />
A.C.- Isso passou-se em que ano?<br />
34
No ano <strong>de</strong> 1932.<br />
Portanto já em Ditadura...?<br />
Pois, Ditadura, já.Portanto os indivíduos fizeram disparates, feitos com a polícia, fizeram<br />
<strong>de</strong>sacatos, a protestarem contra as oito horas <strong>de</strong> trabalho! Mas isso estava já prepara<strong>do</strong> antes com<br />
a policia, eles, comunistas, com a policia...<strong>de</strong> maneira que dá-se panca<strong>da</strong>ria em gran<strong>de</strong> nas<br />
galerias com uns amigos nossos, que estavam com eles. Encerraram a sessão, mas sai uma<br />
comissão para o Governo Civil. E vieram or<strong>de</strong>ns para a sessão seguir. Aprovámos até uma moção<br />
por aclamação, porque eles não queriam <strong>de</strong>ixar seguir. A nossa classe estava liga<strong>da</strong> nessa altura<br />
ao Ministério <strong>da</strong> Agricultura. E havia lá um elemento, <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Agricultura, que nòs<br />
convidámos a lá ir. É que o Parti<strong>do</strong> Comunista já tinha feito uma cisão <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Sindicato <strong>do</strong>s<br />
Pa<strong>de</strong>iros. Então havia <strong>do</strong>is sindicatos a reivindicar ao mesmo tempo(...).<br />
Qual era a posição <strong>da</strong> C.G.T. face 'a escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> obrigatória durante a Republica?<br />
Eu nesses aspectos não lhe posso respon<strong>de</strong>r porque, quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> advento <strong>da</strong> Republica eu era um<br />
jovem, <strong>de</strong> apenas 6 anos. Eu nunca frequentei uma escola. Eu aprendi a 1er e a escrever numa<br />
senhora em casa <strong>do</strong>s meus pais e que era professora. Ela é que me ensinou a 1er e a escrever para<br />
<strong>de</strong>pois ir fazer o exame <strong>da</strong> quarta classe.Mas, por infelici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>ença <strong>de</strong> família o meu pai<br />
foi man<strong>da</strong><strong>do</strong> regressar pelos médicos para a província. E eu fui para a província com eles já tinha<br />
10 anos, e nunca mais estu<strong>de</strong>i, nem nunca fiz exame. O que sei, tem si<strong>do</strong> sempre à minha custa,<br />
que me tenho sempre manti<strong>do</strong>...sabia já 1er e escrever <strong>de</strong>s<strong>de</strong> rapazinho, mas sem nunca ter pisa<strong>do</strong><br />
uma escola.<br />
No entanto, tanto quanto sei, os sindicatos até 1930, 32 interessavam-se muito por questões<br />
educativas...<br />
Bem , por uma ocasião, nós tivemos uma greve, e <strong>de</strong>ssa greve tivemos uma conquista,<br />
ganhávamos 4$50 e passámos para 9$00. E os trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ram um dia <strong>de</strong>sse aumento <strong>de</strong><br />
salário <strong>do</strong>s 4$50 para o sindicato, e <strong>de</strong>sse dinheiro apura<strong>do</strong> nós andámos com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fazer<br />
uma escola <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> sindicato. Comprámos tu<strong>do</strong>, carteiras e tínhamos lá um professor a ensinar.<br />
Os camara<strong>da</strong>s que não sabiam 1er tinham que estu<strong>da</strong>r à noite, ou durante as horas que eles<br />
combinavam, e havia filhos <strong>de</strong>sses camara<strong>da</strong>s e até <strong>de</strong> vizinhos, que estavam para ali assim, e que<br />
nós autorizávamos que eles fossem para ali apren<strong>de</strong>r...<br />
E era uma escola para adultos, ou uma escola para crianças?<br />
Era para os <strong>do</strong>is.Era para crianças e para adultos.<br />
35
A.C.- E havia muitas crianças a frequentarem a escola?<br />
C.C.- Já havia muitos filhos <strong>de</strong> sócios a frequentarem essa escola.<br />
A.C.- Essas crianças tinham mais ou menos que i<strong>da</strong><strong>de</strong>?<br />
C.C.- 8 anos, 9 anos por aí assim.<br />
A.C.- E que é que lhes ensinavam? A 1er a escrever?<br />
C.C.- Bem, era um rapaz que era professor mesmo.<br />
A.C.- E não lhes <strong>da</strong>vam noções <strong>da</strong> história <strong>do</strong>s sindicatos, e coisas <strong>do</strong> género...?<br />
C.C.- Bem, sabe, sempre havia umas introduções junto <strong>de</strong>ssas crianças, <strong>de</strong> conhecerem a causa <strong>do</strong><br />
sindicato, e na própria casa <strong>do</strong> sindicato...tu<strong>do</strong> isso lhes <strong>da</strong>va já uma noção <strong>da</strong> casa em que<br />
estavam, sempre ficavam com uma i<strong>de</strong>ia... Mas claro, que lhes infiltrassem, nós somos contra<br />
o infiltramento nos cérebros <strong>da</strong>s crianças <strong>de</strong> qualquer posição para que elas... elas é que tinham<br />
<strong>de</strong> discernir, por si próprias aquilo que tem que ser e nunca incutir-lhes qualquer coisa que lhes<br />
fique na i<strong>de</strong>ia e que as leve amanhã a seguir <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> caminho... que até po<strong>de</strong> ser erra<strong>do</strong>,<br />
claro. Essas crianças é que <strong>de</strong>vem escolher sempre <strong>do</strong> que ouvem, <strong>do</strong> que observam, e escolher<br />
essa acção. A nossa posição sempre na escola, era <strong>de</strong> nunca... e mesmo o camara<strong>da</strong> que lá estava<br />
era uma camara<strong>da</strong> que era um libertário, e nunca era capaz <strong>de</strong>...já no entanto havia um outro<br />
rapaz que era professor, que era o Manuel Alpedrinha que era militante <strong>do</strong> P.C., era estu<strong>da</strong>nte<br />
esse... esse rapaz, então, já tinha uma instrução diferente a <strong>da</strong>r aos alunos, mas esse era mais em<br />
adultos. Era uma espécie <strong>de</strong> um mentor <strong>do</strong> P.C:-... vocês amanhã são Comissários <strong>do</strong> Povo...etc,<br />
aquelas larachas para os encaminhar para o Parti<strong>do</strong>. Claro que <strong>da</strong>li para o Parti<strong>do</strong> pouco<br />
levaram. Apenas <strong>do</strong>is ou três indivíduos, mas que já lhe disse eram um ou <strong>do</strong>is conscientes e tu<strong>do</strong><br />
o resto carneiros...<br />
A.C.- Havia muitas crianças nessa escola?<br />
C.C.- Na altura em que a gente começou, chegaram a an<strong>da</strong>r umas vinte e tal, ... até a contínua, a nossa<br />
continua lá <strong>do</strong> sindicato recebeu or<strong>de</strong>ns nossas para lhes aquecer o comer...o comer que elas<br />
levavam...aqueciam-no lá na cozinha.<br />
A.C.- E quanto tempo é que durou essa escola para as crianças?<br />
C.C.- Essa escola durou quase até 'a fascização <strong>do</strong> sindicato. Até 34. Começou em 1923, 24 ou 25. Até<br />
talvez mais tar<strong>de</strong> 26, ou 28. Durou aí uns três anos.<br />
36
A.C.- Porque é que <strong>forma</strong>ram essa escola para as crianças?<br />
C.C.- É porque nós...Eu como já lhe disse, nunca pisei uma escola...mas por circunstancias várias...a<br />
<strong>do</strong>ença <strong>da</strong> família, etc.E <strong>da</strong>í, nós <strong>de</strong>fendíamos sempre o princípio que to<strong>da</strong> a criança <strong>de</strong>ve ir a<br />
escola, <strong>de</strong>ve apren<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>ve saber para se impor amanhã para qualquer coisa que lhe suce<strong>da</strong>.<br />
A.C.- No entanto as escolas oficiais, tais como as vossas, nessa altura eram gratuitas...Porque é que<br />
essas crianças não iam para a escola oficial?<br />
C.C.- Muitas vezes nas zonas não havia escolas e <strong>de</strong>pois as escolas tinham uma má...tinham uma má<br />
conduta, havia certos professores que contrariavam as crianças e não lhes <strong>da</strong>vam uma educação...<br />
e os pais mais abertos à socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, é que as man<strong>da</strong>vam para as escolas <strong>do</strong> género <strong>da</strong> <strong>do</strong> sindicato<br />
porque sabiam que ali não as levavam a trilhar caminhos diferentes, queriam que eles fossem<br />
sabe<strong>do</strong>res <strong>do</strong> que iam apren<strong>de</strong>r, e nunca levá-los para caminhos <strong>da</strong> religião e <strong>de</strong>ssas coisas<br />
to<strong>da</strong>s...<br />
A.C.- Acha que essa escola era uma alternativa 'a escola <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>?<br />
C.C.- Sim para mim era uma alternativa.Até no ensino...<br />
A.C.- Porque essas escolas po<strong>de</strong>riam ter si<strong>do</strong> cria<strong>da</strong>s, ou porque não havia mais escolas ao pé, ou<br />
porque as pessoas que as <strong>forma</strong>vam escolhiam...<br />
C.C.- Mas havia.Havia ali escola perto, no entanto as pessoas escolhiam...Havia uma escola a cento<br />
e tal metros, e por vezes também não tinham lugares para mais crianças, e os pais escolhiam as<br />
<strong>do</strong> sindicato.<br />
A.C.- Sabe se havia mais sindicatos com esse tipo <strong>de</strong> escola?<br />
C.C.- Havia mais, havia.Sim e quan<strong>do</strong> não havia mesmo directamente <strong>do</strong> sindicato, os sindicatos <strong>de</strong>ram<br />
autonomia sua 'a "Voz <strong>do</strong> Operário" e a "Voz <strong>do</strong> Operário", montava escolas <strong>do</strong> sindicato por<br />
conta <strong>da</strong> Voz <strong>do</strong> Operário, como aconteceu no Sindicato <strong>da</strong> Construção Civil, no <strong>do</strong>s<br />
Metalúrgicos, e havia em vários la<strong>do</strong>s... era a "Voz <strong>do</strong> Operário" que montava essas escolas<br />
através <strong>de</strong> certos sindicatos.<br />
2 a Entrevista<br />
Entrevista a Emidio Santana, dirigente sindical <strong>da</strong> C.G.T. <strong>do</strong>s finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20 <strong>do</strong><br />
nosso século, e aluno <strong>da</strong> Escola Oficina n°l entre 1912 e 1919.<br />
37
Entrevista <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1981.<br />
António Can<strong>de</strong>ias - Gostaria que me <strong>de</strong>sse alguns <strong>da</strong><strong>do</strong>s biográficos <strong>de</strong> apresentação.<br />
Emidio Santana - Comecei a escola primária na altura em que era natural, aos seis anos,<br />
mas em breve transitei para uma escola que na época foi uma inovação, uma revolução pe<strong>da</strong>gógica, uma<br />
experiência <strong>de</strong> alguns professores anarquistas e outros liberais:foi a Escola Oficina N° 1, on<strong>de</strong> eu estive<br />
até ao começo <strong>do</strong> liceal. Depois segui a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res,que foi a <strong>de</strong> têr <strong>de</strong> procurar uma<br />
profissão; e então aos 14 anos fui apren<strong>de</strong>r o oficio <strong>de</strong> carpinteiro <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s, uma profissão liga<strong>da</strong> à<br />
metalurgia e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter completa<strong>do</strong> o curso industrial <strong>de</strong>diquei-me ao <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> máquinas. Foi esta<br />
a minha activi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aos 14 anos quan<strong>do</strong> fui trabalhar, já anima<strong>do</strong> <strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ias libertárias com que tinha<br />
convivi<strong>do</strong> no seio familiar e <strong>da</strong>s relações <strong>de</strong> familiares, filiei-me no sindicato profissional, que era o<br />
sindicato <strong>da</strong>s classes metalúrgicas <strong>de</strong> Lisboa, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> completar o curso industrial filiei-me na<br />
Juventu<strong>de</strong> Sindicalista. Na altura fui logo nomea<strong>do</strong> secretário <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> <strong>do</strong> núcleo <strong>de</strong> Lisboa, e<br />
pouco tempo <strong>de</strong>pois Secretário-Geral <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração <strong>da</strong>s Juventu<strong>de</strong>s ten<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> na organização <strong>do</strong><br />
2 o Congresso que se realizou em Abril <strong>de</strong> 1926.<br />
Entretanto também comecei a trabalhar na vi<strong>da</strong> sindical <strong>do</strong> meu sindicato,e aos 19 anos<br />
encontrei-me a cargo <strong>do</strong> Sindicato Metalúrgico e participei então no Congresso Confe<strong>de</strong>rai <strong>de</strong> Santarém<br />
em 1925. Dai, continuei sempre a minha activi<strong>da</strong><strong>de</strong> no meio sindical até que o 28 <strong>de</strong> Maio veio alterar<br />
um pouco a nossa activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e pouco a pouco fomos passan<strong>do</strong> a uma vi<strong>da</strong> clan<strong>de</strong>stina, o que acarretou<br />
muitas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, porquanto a primeira prisão que tive pela PIDE foi exactamente em consequência<br />
<strong>de</strong> ter que exercer uma activi<strong>da</strong><strong>de</strong> à luz <strong>do</strong> dia no sindicato, e uma <strong>outra</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> clan<strong>de</strong>stina.Isso<br />
facilitou à policia a prisão <strong>de</strong> muita gente.<br />
Depois <strong>de</strong> 1933, quan<strong>do</strong> foi lança<strong>da</strong> a legislação fascista <strong>da</strong> corporativização, ain<strong>da</strong> fiz<br />
parte inicial <strong>da</strong> Comissão que começou a tratar <strong>do</strong>s preparativos <strong>da</strong> resistência contra essa lei mas fui<br />
preso e <strong>de</strong>porta<strong>do</strong> para os Açores. O 18 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1934, encontrou-me já <strong>de</strong>porta<strong>do</strong> em Angra.<br />
Mas quan<strong>do</strong> regressei voltei à activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e estive sempre na clan<strong>de</strong>stini<strong>da</strong><strong>de</strong> durante uns<br />
3 anos, até que em 1936 quan<strong>do</strong> a guerra civil <strong>de</strong> Espanha eclodiu, as condições politicas e sociais aqui<br />
agravaram-se extraordinariamente e nós <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> nenhum podíamos assistir impassíveis à luta <strong>de</strong> Espanha<br />
sem nos sentirmos solidários com o povo espanhol e nessa altura empreen<strong>de</strong>mos uma activi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais<br />
activa e revolucionária.<br />
Foram as bombas <strong>do</strong>s Ministérios em Janeiro <strong>de</strong> 1937, foi <strong>de</strong>pois o atenta<strong>do</strong> (l),e durante<br />
esse tempo publicámos com certa frequência o jornal "a Batalha", clan<strong>de</strong>stina até que <strong>de</strong>pois houve uma<br />
vaga <strong>de</strong> prisões em que eu também caí preso.<br />
Fui con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>, estive 16 anos preso, e quan<strong>do</strong> voltei, encontrei a organização já muito<br />
<strong>de</strong>bilita<strong>da</strong>, mas to<strong>da</strong>via mantivemos sempre relações entre os velhos militantes e quan<strong>do</strong> veio o 25 <strong>de</strong><br />
Abril vimos renascer as esperanças e viemos encontrar uma nova geração que, se não se sintonizava<br />
inteiramente com a geração antiga e isso era natural porque há sempre uma certa <strong>de</strong>sencontro entre<br />
gerações novas e as mais velhas, isso é histórico e natural, mas enfim, vi com satisfação que as i<strong>de</strong>ias<br />
38
não se per<strong>de</strong>ram inteiramente, que encontravam novas cama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> jovens e enfim, lancámo-nos à<br />
organização, fizemos reaparecer o jornal "A Batalha", o órgão <strong>da</strong> CG.T., que tinha si<strong>do</strong> um jornal<br />
diário publica<strong>do</strong> durante 9 anos ininterruptamente e que <strong>de</strong>pois na clan<strong>de</strong>stini<strong>da</strong><strong>de</strong> se publicou várias<br />
vezes.<br />
Para nós era um ponto vital fazer reaparecer "A Batalha". E na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, ela hoje, embora<br />
não ten<strong>do</strong> a repercussão que já teve porque então chegou a ser o segun<strong>do</strong> jornal diário mais li<strong>do</strong> em<br />
Lisboa, no entanto temos a satisfação <strong>de</strong> vêr que ela representa no nosso país alguma coisa que é diferente<br />
<strong>da</strong>quela vaga <strong>de</strong> entusiasmo fácil, <strong>da</strong>quela vaga <strong>de</strong> <strong>de</strong>magogias também muito fáceis que inun<strong>da</strong> o país<br />
e que fez per<strong>de</strong>r muitas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s; talvez o movimento sai<strong>do</strong> em Abril pu<strong>de</strong>sse ter ti<strong>do</strong> consequências<br />
muito mais profun<strong>da</strong>s... mas enfim hoje temos pelo menos a satisfação <strong>de</strong> ver que estamos fazen<strong>do</strong><br />
renascer o espírito libertário, <strong>de</strong> crítica, <strong>de</strong> análise, o espírito <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pendência ; e para nós se não somos<br />
um jornal com uma repercussão enorme, temos a certeze <strong>de</strong> que pelo menos ele está a ser um novo ponto<br />
<strong>de</strong> luz para o futuro <strong>do</strong> nosso povo.<br />
A.C.- Falou-me <strong>de</strong> uma coisa muito interessante, ou seja, <strong>do</strong> facto <strong>de</strong> primeiro têr frequenta<strong>do</strong> uma<br />
escola primária penso que oficial, e <strong>de</strong> segui<strong>da</strong> ter entra<strong>do</strong> para a Escola Oficina n°l. Quanto<br />
tempo é que frequentou a escola primária oficial?<br />
E.S.- A primeira escola para on<strong>de</strong> eu fui, foi uma escola <strong>da</strong> Confe<strong>de</strong>ração Metalúrgica, quero dizer,<br />
<strong>da</strong>s Associações <strong>de</strong> Classe <strong>do</strong>s Metalúrgicos e nela apenas estive quinze dias. O meu pai era<br />
metalúrgico. Mas embora ten<strong>do</strong> i<strong>do</strong> para essa escola e essa escola não me tivesse <strong>de</strong>sagra<strong>da</strong><strong>do</strong><br />
porque <strong>do</strong>s 15 dias que eu lá estive ain<strong>da</strong> conservo... uma coisa curiosa, é que a escola não tinha<br />
aquele ar... carrancu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s escolas oficiais, e tinha um hino que era canta<strong>do</strong> na musica <strong>da</strong><br />
Internacional. Era uma escola que tinha como patrono o Francisco Ferrer, que era a figura <strong>de</strong>ssa<br />
época. Mas por circunstancias várias a minha mãe teve conhecimento <strong>de</strong>ssa escola(2) e teve o<br />
cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> me levar lá e matriculou-me.<br />
Essa escola tinha um méto<strong>do</strong> diferente <strong>do</strong> programa oficial. Não havia a instrução primária nem<br />
a secundária. Havia um curso geral que ia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as primeiras letras até ao liceu. Mas em mol<strong>de</strong>s<br />
absolutamente diferentes.<br />
Por exemplo, a começarmos por uma <strong>da</strong>s inovações.Eu aqui há pouco tempo ouvi na<br />
Televisão a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> ensinar que se consi<strong>de</strong>rava novo agora, que era com uns<br />
cartões com as letras a compor as palavras, e eu sorri-me, ri-me, porque foi assim que eu aprendi<br />
há sessenta e tal anos.<br />
Para <strong>da</strong>r a imagem mais completa, por exemplo, eu nunca aprendi o alfabeto. Um dia vim<br />
a saber que sabia o alfabeto. Havia armários com brinque<strong>do</strong>s.Ca<strong>da</strong> prateleira tinha brinque<strong>do</strong>s<br />
cujo nome começava por uma letra, que era a letra que lá estava:A,B,C,D, havia para to<strong>da</strong>s as<br />
letras. Portanto nós com a nossa curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> é que íamos buscar um brinque<strong>do</strong>, e vinha a<br />
professora:-sabes o nome, sabes escrever, as letras são estas- e a gente ia compon<strong>do</strong> o nome <strong>do</strong><br />
brinque<strong>do</strong> com aquelas letras , e <strong>de</strong>pois iamos pendura- las no quadro e <strong>de</strong> segui<strong>da</strong> escreviamo-las<br />
no quadro.Portanto, este processo foi assim, já nessa época.<br />
39
Não havia carteiras escolares. Ca<strong>da</strong> aula tinha uma mesa gran<strong>de</strong>, com ca<strong>de</strong>iras à volta.<br />
Entrávamos na aula , porque andávamos <strong>de</strong> aula em aula, conforme as ca<strong>de</strong>iras ,levávamos os<br />
nossos papéis , apontamentos , ou isso, que íamos buscar ao armário, porque ca<strong>da</strong> um tinha o<br />
seu cacifo, e entrávamos na aula e sentávamo-nos em qualquer lugar. Ficava sempre uma ca<strong>de</strong>ira<br />
vaga para o professor, e o professor, quan<strong>do</strong> vinha sentava-se, e conversava connosco. A lição<br />
era <strong>da</strong><strong>da</strong> assim.<br />
Não tínhamos uniforme. Dentro <strong>da</strong> escola ofereciam-nos uma bata e os professores<br />
vestiam uma bata igual. Não havia rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>corar, aprendíamos as coisas com relativa<br />
facili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Tínhamos isto: era como se fosse uma oficina. Entrávamos ás oito e saíamos ás cinco.<br />
Havia uma hora <strong>de</strong> almoço e uma hora e meia <strong>de</strong> recreio. Quan<strong>do</strong> íamos para o refeitório,<br />
sentávamo-nos em qualquer mesa e em ca<strong>da</strong> mesa havia um professor, a comer com a<br />
gente.Portanto era um regime <strong>de</strong> convívio. O próprio ano escolar não era o ano oficial. As férias<br />
eram no fim <strong>do</strong> ano e na época <strong>de</strong> verão havia uns dias para praia e visitas ao campo.<br />
A.C.- Quan<strong>do</strong> é que tinham férias?<br />
E.S.- Eram no final <strong>do</strong> ano.E no final <strong>do</strong> ano havia a festa escolar em que to<strong>do</strong>s os alunos expunham<br />
os seus trabalhos escolares <strong>do</strong> ano. Era uma festa <strong>de</strong> confraternização em que <strong>de</strong>pois metia teatro,<br />
tu<strong>do</strong> isso. Havia sempre uma peça <strong>de</strong> teatro naturalmente basea<strong>da</strong> em assuntos escolares, que<br />
eram analisa<strong>do</strong>s.Fazíamos as peças <strong>de</strong> teatro, outros recitavam, etc.<br />
O homem, a cabeça principal <strong>de</strong>ssa escola foi o A<strong>do</strong>lfo Lima, que foi um mestre <strong>da</strong><br />
pe<strong>da</strong>gogia, que foi <strong>de</strong>pois Director <strong>da</strong> Escola Normal <strong>de</strong> lisboa, publicou uma revista, <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s<br />
pe<strong>da</strong>gógicos, que foi muito importante, esse homem foi um militante anarquista, foi um homem<br />
que <strong>de</strong>u ao movimento anarquista um certo apoio, e além <strong>de</strong> outros professores, mesmo o César<br />
<strong>Porto</strong>,também e a Deolin<strong>da</strong> Lopes Vieira que ain<strong>da</strong> é viva, esposa <strong>do</strong> Pinto Quartim, um<br />
militante anarquista que publicou um jornal ,"A Terra Livre" etc.<br />
A escola tinha também esta particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
Havia oficinas! E foi a primeira escola em regime <strong>de</strong> coeducação. Para as oficinas iam<br />
rapazes e raparigas assim como os rapazes iam também para a costura . E as raparigas iam para<br />
a carpintaria, para a latoaria, para a estofaria, etc.É claro que não era um trabalho...era uma<br />
maneira <strong>de</strong> nos familiarizarmos com...(interrupção)...Como eu dizia, os rapazes e as raparigas<br />
partilhavam igualmente as oficinas. Claro que não eram oficinas para produzir na<strong>da</strong>, mas eram<br />
para a prática e <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> matéria, exercer as facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s criativas.Por exemplo tínhamos<br />
também uma aula <strong>de</strong> talha em ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação, tínhamos música, <strong>da</strong>nça,tinhamos tu<strong>do</strong><br />
isso.<br />
Isto foi fun<strong>da</strong><strong>do</strong> em 1908 e eu entrei para essa escola em 1912.<br />
40
A.C.- Esteve lá até quan<strong>do</strong>?<br />
E.S.- Estive lá <strong>do</strong>s seis aos treze anos.<br />
A.C.- Havia diplomas nessa escola? Não teve problemas <strong>de</strong>pois em seguir estu<strong>do</strong>s?<br />
E.S.- Eles passavam certifica<strong>do</strong>s que nos <strong>da</strong>vam habilitação para entrar para o liceu, por exemplo.<br />
Muitos <strong>do</strong>s meus companheiros seguiram estu<strong>do</strong>s superiores.Por exemplo, recor<strong>do</strong> o Manuel<br />
Men<strong>de</strong>s que foi elemento activo <strong>da</strong> oposição e que esteve <strong>de</strong>pois liga<strong>do</strong> à Acção Socialista; O<br />
Leopol<strong>do</strong> <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> que foi um escultor; o Tagarro.que morreu muito novo mas que foi um<br />
encena<strong>do</strong>r <strong>de</strong> categoria e artista plástico, a Fernan<strong>da</strong> <strong>de</strong> Sousa, actriz, que já morreu. Esses<br />
sairam e tiveram possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seguir para os cursos superiores.<br />
A.C.- Qual era a origem social <strong>da</strong> maior parte <strong>do</strong>s alunos?<br />
E.S.- Ah! Isso é muito interessante . No começo a República teve um gran<strong>de</strong> acolhimento nas classes<br />
trabalha<strong>do</strong>ras , como uma esperança, mas teve essencialmente, um gran<strong>de</strong> apoio nas classes<br />
médias e especialmente na classe mercantil. A gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> comércio <strong>de</strong> Lisboa era<br />
republicano na ocasião. Mas aqui na escola, apareciam tanto filhos <strong>de</strong> operários, como eu, como<br />
filhos <strong>de</strong> comerciantes , como o Manuel Men<strong>de</strong>s, como filhos <strong>de</strong> um pequenino industrial como<br />
o Leopol<strong>do</strong> <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>. Era um estrato diverso entre as classes trabalha<strong>do</strong>ras e as classes médias.<br />
A.C.- Mas notava alguma pre<strong>do</strong>minância?<br />
E.S.- Sim... talvez pre<strong>do</strong>minassem mais os <strong>da</strong> classe média.<br />
A.C.- Podia-me <strong>de</strong>screver um dia passa<strong>do</strong> na Escola Oficina n°l?<br />
E.S- Sim! Entrava-se <strong>de</strong> manhã e ca<strong>da</strong> um ia para o vestiário e vestia a sua bata. Não havia sinetas,não<br />
havia na<strong>da</strong> disso! havia relógios e ca<strong>da</strong> um tinha que saber que a aula tal era ás tantas horas, qual<br />
a sala etc.,e nós circulávamos pela escola, ca<strong>da</strong> um a caminho <strong>da</strong> sua aula. As aulas eram <strong>de</strong> uma<br />
hora.Ou por <strong>outra</strong>, 50 minutos porque <strong>de</strong>z minutos antes acabava a aula e ca<strong>da</strong> um ia, e ia trocar<br />
<strong>de</strong> material, se por exemplo se precisavam <strong>de</strong> canetas borrachas, etc., iam buscá-las à sua<br />
gaveta e ao seu armário e <strong>de</strong>pois aparecia na aula e sentava-se. Os professores não faziam esperar<br />
e to<strong>do</strong>s nós podíamos dizer uma graça ao professor, podíamos perguntar uma coisa.Áh! coisa<br />
curiosa: os alunos tinham uma associação, que era " A Solidária". E to<strong>do</strong>s os anos nomeava- se<br />
uma comissão entre os alunos e que <strong>da</strong>va a refeição to<strong>do</strong>s os dias.Pagavam-se umas cotas e<br />
tínhamos o almoço!<br />
41
A.C.- Mas essa associação era geri<strong>da</strong> pelas crianças?<br />
E.S.- Pelos alunoslClaro que os professores nos aju<strong>da</strong>vam, mas nós é que tínhamos a<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Por exemplo, à segun<strong>da</strong>-feira <strong>de</strong> manhã, quan<strong>do</strong> iamos para a escola, havia<br />
a quotização, ca<strong>da</strong> um pagava a cota <strong>da</strong> semana , e então este e aquele tinha que lá estar para<br />
receber as quotas,e para fazer as contas e conferir os pagamentos. O professor estava ao pé, mas<br />
nós é que fazíamos tu<strong>do</strong> isso.Isto <strong>de</strong> 1912 até 1919, que foi quan<strong>do</strong> eu <strong>de</strong> lá saí.<br />
Mas isto continuou. Ain<strong>da</strong> existe essa escola. Não sei como está hoje mas ain<strong>da</strong> existe.<br />
Essa associação tinha um hino, hino que a Republica <strong>de</strong>pois tornou no hino oficial <strong>da</strong>s escolas<br />
<strong>de</strong>pois:era "A Sementeira". Começa assim: "... escolas semeai! O amor, a vi<strong>da</strong>, a luz, a límpi<strong>da</strong><br />
ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, ó escolas semeai!..."<br />
Portanto tínhamos a refeição lá na associação. Esta é que fazia as festas escolares. Depois<br />
<strong>do</strong> almoço tínhamos uma hora e meia <strong>de</strong> recreio.íamos para o pátio, os professores iam para ali,<br />
a gente brincava, ca<strong>da</strong> um procurava as suas brinca<strong>de</strong>iras, e os professores, podiam, por exemplo<br />
<strong>de</strong>saconselhar... Por exemplo recor<strong>do</strong>, que a primeira guerra surgiu quan<strong>do</strong> eu an<strong>da</strong>va na escola<br />
e a excitação tocou em nós, e nós, garotos <strong>de</strong> estratos sociais que estavam mais ou menos<br />
contagia<strong>do</strong>s por i<strong>de</strong>ias politicas,que apanhávamos no seio <strong>da</strong> família,e éramos to<strong>do</strong>s contra a<br />
Alemanha que eram os "boches" e começávamos a fazer as brinca<strong>de</strong>iras à volta <strong>da</strong>s lutas entre<br />
franceses alemães e búlgaros, etc, e os professores mo<strong>de</strong>ravam isso, não proibiam, mo<strong>de</strong>ravam!<br />
e procuravam sugerir coisas e brinca<strong>de</strong>iras diferentes para não se cair no militarismo! não<br />
gostavam, e procuravam <strong>de</strong>sviar-nos para <strong>outra</strong>s brinca<strong>de</strong>iras.Não proibiam!<br />
Outra coisa que a escola tinha:não havia nenhuma espécie <strong>de</strong> castigos corporais e nem<br />
eram admiti<strong>da</strong>s queixas. Se a gente se fosse queixar <strong>de</strong> um colega o professor dizia :-olha isto<br />
olha aquilo,fala com ele,procura pôr-te <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> não se faz queixa-, não aceitava como<br />
queixa.Podiam ir ver se havia uma coisa mais grave, mas queixas não!<br />
O único castigo que havia se houvesse uma falta grave, o Conselho Escolar <strong>de</strong>terminava<br />
uma suspensaão, um dia <strong>do</strong>is dias,etc.,e éramos suspensos e man<strong>da</strong>vam dizer para casa o porquê<br />
etc.<br />
A.C.- E Isso era frequente?<br />
E.S.- Não, não era frequente. Era muito raro.<br />
A.C.- E porque razões, porque tipo <strong>de</strong> comportamentos é que se podia <strong>da</strong>r uma suspensão?<br />
E.S.- Por exemplo se havia uma agressão, <strong>de</strong> um mais velho a um mais novo, ou se se estragava <strong>de</strong><br />
propósito as coisas <strong>do</strong>s outros...só em casos <strong>de</strong>sses.<br />
42
Havia algum méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> conhecimentos, exames, provas,etc.?<br />
Não havia exames. Os professores tinham as suas notas, e iam analisan<strong>do</strong> os alunos durante o ano<br />
e chegava ao fim <strong>do</strong> ano e tinha uma avaliação <strong>do</strong> que é que o aluno tinha progredi<strong>do</strong>. E no fim<br />
<strong>do</strong> ano reunia o conselho escolar, ca<strong>da</strong> professor <strong>da</strong>va os seus pareceres, e <strong>de</strong>pois saíam os<br />
resulta<strong>do</strong>s, os que tinham passa<strong>do</strong>, e os que não tinham passa<strong>do</strong>.<br />
Não havia o 0, 1, 2, 3, 4 ...?<br />
Ou passava ou não passava.<br />
Era muito frequente haver pessoas que não passavam?<br />
Não, não era muito frequente, mas sempre havia alguns casos, mas não era muito frequente os<br />
que não passavam.Mas não havia notas <strong>de</strong> maneira alguma! Uma coisa curiosa, havia teatro feito<br />
por nós. E no geral era teatro a corrigir hábitos adquiri<strong>do</strong>s, ou coisas que se generalizassem. Por<br />
exemplo, a uma certa altura havia a mania <strong>de</strong> nos zangarmos uns com os outros. E Era:-"Tou<br />
mal contigo"- e <strong>de</strong>pois cruzávamos os <strong>de</strong><strong>do</strong>s e <strong>de</strong>scruzávamo-los <strong>de</strong> segui<strong>da</strong>, e não nos<br />
falávamos.Depois quan<strong>do</strong> era para fazermos as pazes, era o "estou bem contigo" e cruzávamos<br />
<strong>outra</strong> vez os <strong>de</strong><strong>do</strong>s! O A<strong>do</strong>lfo Lima apanhou aquilo e fez uma comédia com o "estou mal<br />
contigo", que era uma série <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes que se <strong>da</strong>vam em cena e que punha em choque...! e até<br />
me recor<strong>do</strong> uma coisa que ficou na memória <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós.Havia uma cena em que estávamos a<br />
jogar ás cinco pedrinhas, e a certa altura há uma questão por causa <strong>da</strong>s pedras e há uma rapariga,<br />
e ela, quan<strong>do</strong> chegou a altura levantou-se e disse "estou mal contigo".E diz-lhe o César <strong>Porto</strong> que<br />
era quem estava a ensaiar:-01ha, isso assim é muito seco! Não, tens que dizer isso quase a<br />
chorar-. E chegou altura e ela levanta-se e disse: " estou malcontigo quase a chorar".<br />
E aquilo pegou <strong>de</strong> tal maneira que <strong>de</strong>pois nós na brinca<strong>de</strong>ira, passámos a dizer,"Estou<br />
mal contigo quase a chorar"!<br />
Que disciplinas havia?<br />
Tínhamos nas primeiras letras , a gramática a escrita, dita<strong>do</strong>s, aritmética, matemática e tínhamos<br />
uma aula que ain<strong>da</strong> hoje é uma rari<strong>da</strong><strong>de</strong>! Tínhamos sociologia. Começávamos a sociologia aí na<br />
quarta classe... quan<strong>do</strong> começávamos a ter aquilo que se chama a instrução primária.<br />
De que é que se falava em Sociologia?<br />
43
E.S.- Era assim, por exemplo, costumes <strong>de</strong> povos <strong>de</strong> raças, i<strong>de</strong>ias sobre a evolução <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
etc.E isso era acompanha<strong>do</strong> por visitas.Era frequente fazermos visitas a Museus,ao Museu <strong>de</strong><br />
Arte Antiga, ao Museu <strong>de</strong> arte Mo<strong>de</strong>rna, ao Museu <strong>de</strong> Arqueologia, etc.De vêz em quan<strong>do</strong> havia<br />
essas visitas escolares .<br />
Agora, esta escola teve um perío<strong>do</strong> brilhante até 1920, talvez até 1926, não mais, pois nessa<br />
altura foi Director o José Carlos <strong>de</strong> Sousa, um homem muito activo no movimento Anarquista,<br />
mas <strong>de</strong>pois que veio o golpe militar <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Maio, a escola tinha um subsídio oficial, porque<br />
tinha si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública pelo governo provisório <strong>da</strong> república, portanto tinha<br />
um subsidio, e <strong>de</strong>pois começaram a rarear os auxílios e começaram a impor limitações à escola.<br />
Por exemplo, <strong>de</strong>pois já no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> fascismo, proibiram a coeducação <strong>do</strong>s sexos.Proibiram a<br />
mistura <strong>de</strong> sexos. A escola teve que optar e optou pelo sexo feminino, não sei a razão mas creio<br />
que foi por ter si<strong>do</strong> mais fácil, para não atrair tanto as atenções. E aquilo foi-se fechan<strong>do</strong> , e<br />
foram-se impon<strong>do</strong> regras muito severas, <strong>de</strong> maneira que a escola <strong>de</strong>caiu muito.Ela hoje ain<strong>da</strong><br />
existe hoje...<strong>de</strong> maneira que a escola sofreu muito, muito, no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> fascismo.<br />
Notas à 2" Entrevista<br />
1) Emidio Santana refere-se aqui ao atenta<strong>do</strong> que teve como alvo Oliveira Salazar, em 1937, e que<br />
é ampalmente <strong>de</strong>scrito numa sua obra cujas referencias são as seguintes:<br />
"História <strong>de</strong> um atenta<strong>do</strong>-o atenta<strong>do</strong> a Salazar", 1976, Publicações Forum, Sintra<br />
2) Emidio Santana refere-se qui à Escola Oficina n°l<br />
3 a Entrevista<br />
e 1929.<br />
Entrevista a Deolin<strong>da</strong> Lopes Vieira Quartim, professora <strong>da</strong> Escola Oficina n°l entre 1911<br />
Esposa <strong>de</strong> Pinto Quartim, jornalista anarquista fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r <strong>do</strong> jornal Libertário "Terra<br />
Livre" no inicio <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>z <strong>do</strong> nosso século e primeiro chefe <strong>de</strong> re<strong>da</strong>cção <strong>de</strong> "A Batalha" em 1919,<br />
Deolin<strong>da</strong> Quartim foi uma <strong>da</strong>s figuras principais <strong>da</strong> Escola Oficina n°l, e alguém que percorreu <strong>de</strong> uma<br />
<strong>forma</strong> muito activa o movimento social português <strong>do</strong> primeiro quarto <strong>do</strong> nosso século, estan<strong>do</strong> também<br />
liga<strong>da</strong> aos primeiros movimentos feministas portugueses <strong>da</strong> altura.<br />
Foi também Maçon com o pseudónimo <strong>de</strong> "Maria Amália Vaz <strong>de</strong> Carvalho "(Marques <strong>da</strong><br />
Costa, 1980), facto que ignorávamos quan<strong>do</strong> esta entrevista teve lugar, e é mãe <strong>da</strong> actriz Glicínia<br />
Quartim, que à semelhança <strong>da</strong>s suas irmãs e irmão, frequentou a Escola Oficina n°l nos finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> vinte, princípios <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> trinta.<br />
44
Quan<strong>do</strong> a entrevistámos, em Fevereiro <strong>de</strong> 1985, Deolin<strong>da</strong> Quartim cuja i<strong>da</strong><strong>de</strong> ron<strong>da</strong>ria<br />
os noventa anos, mantinha-se <strong>de</strong> uma luci<strong>de</strong>z e vivaci<strong>da</strong><strong>de</strong> surpreen<strong>de</strong>ntes, apesar <strong>de</strong> algumas <strong>da</strong>s <strong>da</strong>tas<br />
por ela referi<strong>da</strong>s não coincidirem exactamente com as que conseguimos <strong>de</strong>terminar basean<strong>do</strong>-nos na<br />
leitura <strong>da</strong>s fontes sobre esta escola, o que se nos afigura natural numa entrevista que cobre acontecimentos<br />
<strong>da</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> há mais <strong>de</strong> meio século.<br />
António Can<strong>de</strong>ias- Po<strong>de</strong>-me fornecer <strong>da</strong><strong>do</strong>s biográficos seus, e <strong>da</strong> sua relação com a<br />
Escola Oficina n°l ?<br />
Deolin<strong>da</strong> Quartim-Entrei para a escola a trabalhar, por volta <strong>de</strong> 1912, e <strong>de</strong>pois interrompi<br />
porque fui para o Brasil com o meu mari<strong>do</strong> , o Pinto Quartim que foi expulso, porque foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
ci<strong>da</strong>dão brasileiro, ten<strong>do</strong> intervin<strong>do</strong> na politica portuguesa.Naquele tempo, a lei não o permitia, e ele era<br />
para to<strong>do</strong>s os efeitos um ci<strong>da</strong>dão estrangeiro, nasci<strong>do</strong> no Brasil, filho <strong>de</strong> pai português e <strong>de</strong> mãe<br />
brasileira, mas filha <strong>de</strong> portugueses.<br />
Só mais tar<strong>de</strong> é que as leis mu<strong>da</strong>ram a esse respeito.<br />
Ele tinha um jornal, "A Terra Livre", com uma orientação <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e com uma feição<br />
que não agra<strong>da</strong>va ao Governo Republicano.<br />
A.C.- A senhora <strong>de</strong>pois voltou <strong>do</strong> Brasil...<br />
D.Q.- Voltei <strong>do</strong> Brasil em 1915, e nessa altura chamaram-me <strong>outra</strong> vez, e eu voltei para a Escola<br />
Oficina n°l.<br />
A.C.- Nessa altura ain<strong>da</strong> estava na Escola Oficina N°l o Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima?<br />
D.Q.- Foi a alma <strong>da</strong> orientação pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong>quela escola.<br />
A.C.- Qual era a influência <strong>do</strong>s anarquistas naquela escola?<br />
D.Q.- Não sei... os anarquistas...Bem... ele era o orienta<strong>do</strong>r pe<strong>da</strong>gógico mas era uma pessoa<br />
suficientemente ... com uma digni<strong>da</strong><strong>de</strong> mental muito apura<strong>da</strong> e tinha um programa <strong>de</strong> educação<br />
em que respeitava profun<strong>da</strong>mente a individuali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> criança, não "<strong>de</strong>spejava" na<strong>da</strong> , e criava<br />
um ambiente <strong>de</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>, e basta dizer que a criança estava na aula e se tinha<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ir lá fora levantava-se e não pedia licença...o chama<strong>do</strong> "pedir licença" ao<br />
professor, não fazia, e não abusava ! Posso-lhe dizer... trabalhei nessas condições, e não abusava!<br />
A.C.- Mas o Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima estava liga<strong>do</strong> aos anarquistas portugueses..<br />
45
D.Q.- Não sei se oficialmente havia qualquer coisa a que ele estivesse liga<strong>do</strong>, isto é, não posso<br />
garantir.Agora, que era uma pessoa com uma mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> anarquista no alto senti<strong>do</strong> <strong>da</strong> palavra,<br />
era!...Não era o anarquista "Ravachol" e essas coisas...e foi ele o autor <strong>do</strong>s programas.<br />
Aquilo tinha um programa que equivalia mais ou menos naquele tempo, ao segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> liceu<br />
<strong>da</strong>quele tempo.<br />
A.C.- Ou seja, à Escola Primária Superior...<br />
D.Q.- Não, não era bem o <strong>da</strong> Escola primária superior, nem a i<strong>da</strong><strong>de</strong> em que as crianças acabavam seria<br />
a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Escola Primária Superior.Já não me lembro bem <strong>da</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> em que as crianças<br />
acabavam.... Era uma coisa <strong>de</strong>sliga<strong>da</strong> <strong>do</strong> Ensino Oficial, porque <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> proclamação <strong>da</strong><br />
Republica, o curso <strong>da</strong> Escola Oficina foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> equivalente ao Primário... vinham cá para<br />
fora e não precisavam <strong>de</strong> fazer exame <strong>de</strong> instruçãoo primária oficial, tinham equivalência...no<br />
entanto, o seu programa ia mais além.<br />
Como digo, mais ou menos ao 2 o ano <strong>do</strong> Liceu <strong>da</strong>quele tempo, estou- me a reportar àquele<br />
tempo...<br />
A.C.- Na Escola não havia exames <strong>de</strong> passagem <strong>de</strong> classe?<br />
D.Q.- Não havia exames nem provas que justificassem chamar-se-lhes um exame.<br />
A.C.- Como é que um aluno transitava <strong>de</strong> classe ?<br />
D.Q.- Nós tínhamos frequentes reuniões <strong>do</strong> Conselho Escolar, trocávamos impressões sobre a conduta<br />
<strong>do</strong> aluno, o seu tipo mental, as suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, a sua assidui<strong>da</strong><strong>de</strong> ou o seu interesse pelo<br />
ensino, e assim o consi<strong>de</strong>rávamos capaz ou não <strong>de</strong> transitar para o ano seguinte.<br />
A.C.- Segun<strong>do</strong> sei, aquela escola era uma escola em que se aplicavam os princípios <strong>da</strong> Educação<br />
Integral...<br />
D.Q.- Sim porque tentava-se que na escola houvesse as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s mais diversas, e que a criança se<br />
manifestasse em to<strong>da</strong>s essas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a mo<strong>de</strong>lação ao trabalho <strong>de</strong> marcenaria...os mais<br />
crescidinhos já faziam coisas, mesmo! coisas úteis! Para os outros mais pequenos eram uns<br />
trabalhinhos em ma<strong>de</strong>ira, enfim...,tinham mo<strong>de</strong>lação, <strong>de</strong>senho já se sabe, que é a base <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>,<br />
e procurava-se que a criança exercitasse to<strong>da</strong>s as suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para <strong>de</strong>senvolver o seu sêr<br />
integralmente.<br />
À o que eu compreen<strong>do</strong> por ensino integral... <strong>educar</strong>, não é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, exercitar to<strong>da</strong>s aquelas<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que o sêr humano possa manifestar.<br />
46
A.C.- Portanto havia ensino <strong>de</strong> música, <strong>da</strong>nça..., mo<strong>de</strong>lação, <strong>de</strong>senho...<br />
D.Q.- Sim claro, havia tu<strong>do</strong> isso... não se compreen<strong>de</strong> a Educação Integral sem música... tínhamos<br />
professor <strong>de</strong> <strong>da</strong>nça e uma aula <strong>de</strong> Educação Social que era <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo A<strong>do</strong>lfo Lima, para além <strong>da</strong>s<br />
<strong>outra</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que mencionou.<br />
A.C.- Que è que se ensinava na Educação Social?<br />
D.Q.- Ele procurava sobretu<strong>do</strong> mostrar a evolução humana ...e tu<strong>do</strong> quanto existia, meios <strong>de</strong> transporte<br />
e to<strong>da</strong>s as diferentes activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> tem manifesta<strong>do</strong> através <strong>do</strong>s tempos.<br />
Procurava, já se sabe, <strong>de</strong>spertar-lhes sobretu<strong>do</strong> o interesse para a colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O aluno ia prepara<strong>do</strong> para se integrar no meio social. Uma educação social que não tenha<br />
por fim conduzir o individuo para se integrar no meio social não se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar uma<br />
educação social. Não acha?<br />
A.C.- Sim, sim..., mas...aquele meio social que existia na altura, era visto como sen<strong>do</strong> "um bom meio<br />
social"?<br />
D.Q.- Qual, o meio social que existia naquele tempo? Não! Era ... <strong>de</strong>spertar por exemplo sentimentos<br />
<strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> convivência, <strong>de</strong> tolerância, sobretu<strong>do</strong>... o respeito pelos seus colegas, tu<strong>do</strong><br />
isso que faz parte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana. Isso é que era uma preparação social.<br />
A.C.- Sim mas era também uma preparação para o aluno mu<strong>da</strong>r o meio social..não?<br />
D.Q.- Propriamente dito... não, isso já é uma condução politica não é?... nesse senti<strong>do</strong>, o que se chama<br />
vulgarmente conduzir politicamente num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> senti<strong>do</strong>, não! Absolutamente não!<br />
A.C.- Mas um aluno que saisse <strong>da</strong> Escola Oficina n°l ele não iria ter uma parte mais activa na<br />
socie<strong>da</strong><strong>de</strong> para a trans<strong>forma</strong>r...<br />
D.Q.- Talvez, talvez<br />
A.C.- Não era isso que se procurava?<br />
D.Q.- Sim... transformá-la sobretu<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>da</strong> sua prática, na sua conduta não é?... <strong>de</strong>senvolver<br />
o sentimento <strong>do</strong> trabalho, a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> com os seus colegas... Não sei como direi mais.<br />
É claro que o homem não se lança para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> como um sêr amorfo. Nós na<br />
educação, quer queiramos quer não, a neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma palavra mentirosa na educação. NÓS<br />
47
to<strong>do</strong>s temos um fito, conduzir a criança naquilo que supomos ser a nossa ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas não é<br />
por exemplo ensinar à criança que seja revolucionária, no ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro lugar <strong>da</strong> palavra...<br />
Revolucionário é to<strong>do</strong> aquele que preten<strong>de</strong> modificar para bem...aquilo que nós<br />
consi<strong>de</strong>ramos o bem, não é?<br />
Mas enfim...tornar a criança interessa<strong>da</strong>, interessa<strong>da</strong> por qualquer coisa, porque não há<br />
na<strong>da</strong> pior que o indiferentismo, e era isso que se pretendia transmitir e por isso procurávamos<br />
estu<strong>da</strong>r no aluno as suas tendências naturais.<br />
Tivemos alunos que sairam <strong>de</strong> lá, e que marcaram, <strong>de</strong> novitos...<br />
Olhe aquele Leopol<strong>do</strong> <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> foi aluno <strong>de</strong> lá. Muito novinho manifestou a tendência<br />
para a escultura, na mo<strong>de</strong>lação. Era um bom aluno. O <strong>de</strong>senho e a mo<strong>de</strong>lação, manifestou-se nele<br />
<strong>de</strong> pequeno. E seguiu a sua carreira.<br />
Também tinha um bom professor que era aquele escultor, José Neto o homem que fez<br />
os leões <strong>da</strong> "Lisboa e Açores" e também tivemos lá outros como o José Pereira e tal...<br />
procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>spertar o interesse, o amor pela execução <strong>da</strong>s coisas artísticas, quer no <strong>de</strong>senho,<br />
quer na mo<strong>de</strong>lação etc..<br />
Quem eram os professores <strong>da</strong> Escola Oficina N°l ?<br />
Éramos bastantes porque tínhamos aquilo organiza<strong>do</strong> por disciplinas (...).<br />
Nós procurávamos que o corpo <strong>do</strong>cente <strong>da</strong> escola tivesse afini<strong>da</strong><strong>de</strong>s quanto à finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> educação, à compreensão <strong>do</strong> que era a educação integral, enfim tu<strong>do</strong>... tínhamos to<strong>do</strong>s os<br />
meses uma reunião <strong>do</strong> Conselho (Escolar), em que trocávamos impressões sobre os alunos...<br />
alguns alunos que se manifestassem um pouco difíceis, saber a impressão <strong>de</strong> A, B ou C sobre<br />
esses alunos, enfim, procurarmos com o nosso trabalho conduzir essa criança...<br />
E como é que se entrava para professor <strong>da</strong> Escola Oficina n°l? Era por concurso...?<br />
Isso agora é que eu não sei.<br />
Eu entrei assim: Eu era normalista <strong>de</strong> Alcântara e já naquele tempo procurava 1er coisas,<br />
enfim aquelas coisas <strong>da</strong>quele tempo... já se sabe que éramos to<strong>do</strong>s assim muito i<strong>de</strong>alistas. A<br />
Escola Oficina n° 1 não tinha férias, mas era para quem queria, porque como era frequenta<strong>da</strong> por<br />
crianças muito pobres e to<strong>do</strong>s os dias se fornecia uma refeição, tanto quanto possível boa, e para<br />
aqueles pobres ali <strong>de</strong> Alfama e <strong>da</strong>queles sitios não ficarem sem essa refeição, a escola estava<br />
aberta e eu ia lá.<br />
Os professores iam. Os que quisessem ficar na escola, esses tinham aulas, os que queriam<br />
têr férias tinham férias, mas iam to<strong>do</strong>s para a escola. Se quisessem, tirar uns dias tiravam,<br />
combinan<strong>do</strong> com os outros para os substituírem. A escola não fechava. Tinha assistência escolar<br />
48
e tinha a assistência <strong>da</strong> cantina, que se chamava "A Solidária" e era geri<strong>da</strong> pelos alunos ,enfim,<br />
pelos mais velhinhos mas orienta<strong>do</strong>s mais ou menos pelo professor <strong>de</strong> Educação Social, o que<br />
já era em si uma Educação Social.A própria soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>... e para não terem a impressão que<br />
era uma esmola, eles pagavam não sei se era um vintém, se uma coisa assim.<br />
A.C.- Para as quotas <strong>de</strong> "A Solidária"...<br />
D.Q.- To<strong>do</strong>s nós éramos sócios,<br />
A.C.- Os professores também...<br />
D.Q.- Éramos sócios...to<strong>do</strong>s nós comíamos lá com eles...<br />
A.C.- Eram os professores que se ofereciam para a escola, ou era por exemplo a escola que punha<br />
anúncios, que contactava os professores...?<br />
D.Q.- Não, não...não, aquilo era mais ou menos porque conheciam...Eu, como digo, foi assim, fui-me<br />
integran<strong>do</strong> lá.<br />
A.C.- Era portanto um corpo <strong>de</strong> pessoas que tinham uma i<strong>de</strong>ia sobre a educação.<br />
D.Q.- Olhe isso agora não sei muito bem... não se faziam concursos não se punham anúncios...mais<br />
ou menos conheci<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s directores...olhe tivemos lá uma rapariga(...) que foi aluna <strong>do</strong> Asilo<br />
<strong>de</strong> S.João...não tínhamos diploma<strong>do</strong>s. A única diploma<strong>da</strong> era eu. Diploma<strong>da</strong> para o ensino<br />
primário.<br />
A.C.- Não era preciso ser-se diploma<strong>do</strong> para o Ensino Primário...?<br />
D.Q.- Não, não era preciso ser-se diploma<strong>do</strong>.<br />
A.C.- E podia ter-se habilitações consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s inferiores ao diploma <strong>da</strong> Escola Normal?<br />
D.Q.- Sim, havia professores que não tinham diploma... Era mais pelos méritos, pelo conhecimento,<br />
mais ou menos pela orientação <strong>da</strong> pessoa, que não fosse <strong>de</strong>smanchar o conjunto...mais ou<br />
menos...<br />
A.C.- Podia-se viver com o or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> que a Escola Oficina n°l pagava?<br />
49
D.Q.- Podia! Eu quan<strong>do</strong> fui para lá fui ganhar mais que as professoras oficiais. Tínhamos melhores<br />
or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s. Naquele tempo as professoras oficiais ganhavam 18 escu<strong>do</strong>s e eu fui ganhar 24. Não<br />
pedi na<strong>da</strong>, foi o que eles me <strong>de</strong>ram.<br />
A.C.- Podia-se portanto viver sò <strong>de</strong> <strong>da</strong>r aulas na Escola Oficina...?<br />
D.Q.- Isso é que eu não posso respon<strong>de</strong>r com precisão. Em to<strong>do</strong> o caso as pessoas que ali<br />
trabalhavam...por exemplo...o A<strong>do</strong>lfo Lima não digo porque esse era professor no Liceu...mas<br />
o irmão, o António Lima não tinha outro emprego... e as <strong>outra</strong>s pessoas...as <strong>do</strong> sexo feminino,<br />
também não tinham outro emprego.Não posso agora prescisar se tinham a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> família, se<br />
contavam com <strong>outra</strong> pessoa na família, isso não sei.Eu também como era casa<strong>da</strong>, tinha o<br />
or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>...não posso precisar se aquilo me bastaria a mim própria, mas penso que<br />
naquele tempo talvez me bastasse...estou a dizer "talvez"! (...)<br />
A.C.- O Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima há uma altura em que sai <strong>da</strong> escola, em 1914, 1915. Porquê...? houve algum<br />
<strong>de</strong>sentendimento.?<br />
D.Q.- Bom...é possível, é possível que houvesse um <strong>de</strong>sentendimento qualquer com o Luís <strong>da</strong><br />
Matta...mas ele...Olhe eu não sei muito bem... não sei, talvez uma incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> horário,<br />
uma coisa assim...<br />
A.C.- Po<strong>de</strong>ria tratar-se <strong>de</strong> incompatibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s politicas?<br />
D.Q.- Não, não...<br />
A.C.- A Escola Oficina n°l teve e ain<strong>da</strong> tem hoje uma gran<strong>de</strong> influência <strong>da</strong> Maçonaria...<br />
D.Q.- É<strong>de</strong>la...<br />
A.C.- Foi mesmo cria<strong>da</strong> pela Maçonaria... Isso não trazia problemas aos professores?...<br />
D.Q.- Não...não.Eu nunca senti.<br />
A.C.- O facto <strong>de</strong> alguns professores serem, pelo menos, ti<strong>do</strong>s como anarquistas, ...<br />
D.Q.- Sim... não agra<strong>da</strong>va muito. Ostensivamente não vi manifestarem-se, mas sei que não agra<strong>da</strong>va.<br />
Sobretu<strong>do</strong>, não eram amigos...Não gostavam muito <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima.<br />
A.C.- Na escola, não gostavam muito <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima?<br />
50
D.Q.- Na escola não! Os orienta<strong>do</strong>res, naturalmente não gostariam ,pois se eles estavam a perseguir as<br />
pessoas mais ou menos com essa orientação!... Mas como o A<strong>do</strong>lfo Lima era uma pessoa que<br />
sabia manter um equilíbrio e <strong>de</strong> uma isenção extraordinária, eles não tinham na<strong>da</strong> por on<strong>de</strong> lhe<br />
pegar.<br />
A.C.- Mas eu sei que por exemplo, pessoas como o José Carlos <strong>de</strong> Souza...ele chegou a ser o Director<br />
Técnico <strong>da</strong> Escola.<br />
D.Q.- Foi...Por pouco tempo...Já foi <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> trinta!<br />
A.C.- E o José Carlos <strong>de</strong> Souza era anarquista!...<br />
D.Q.- Pois, também era...<br />
A.C.- E não houve problemas...<br />
D.Q.- Eu não estava na escola nesse tempo, quer dizer estive um tempo ain<strong>da</strong> com o José Carlos <strong>de</strong><br />
Sousa, mas <strong>de</strong>pois fui para as escolas oficiais, abriram as secções infantis, e eu tinha também o<br />
diploma <strong>de</strong> ensino infantil que tirei em Benfica, no tempo em que se tirava lá o Curso <strong>de</strong><br />
professor <strong>de</strong> ensino infantil...para mim foi uma espécie <strong>de</strong> reciclagem mas em to<strong>do</strong> o caso, foi<br />
um bom tempo <strong>de</strong> escola.<br />
Aquela escola quan<strong>do</strong> abriu era qualquer coisa <strong>de</strong> interessante. Depois foi fecha<strong>da</strong> e escangalha<strong>da</strong><br />
e pren<strong>de</strong>ram os professores e etc, etc. Isso também era uma coisa que era interessante historiar.<br />
A.C.- Há um Congresso <strong>da</strong> CG.T., Confe<strong>de</strong>ração Geral <strong>do</strong> Trabalho em 1925 em que se <strong>de</strong>fine a<br />
escola i<strong>de</strong>al para as crianças, para o futuro. E a <strong>de</strong>finição que eles dão <strong>de</strong> escola i<strong>de</strong>al, é uma<br />
escola integral e eu diria que no fun<strong>do</strong> é a Escola Oficina N° 1...<br />
D.Q.- Sim, a Escola Oficina n°l foi a primeira tentativa e talvez a única.<br />
A.C.- Os anarquistas <strong>da</strong> CGT <strong>de</strong>finiam aquela escola...<br />
D.Q.- Ai isso eu não sei... não sei o que a C.G.T. pensava nesse tempo <strong>da</strong> Escola Oficina n°l. No<br />
entanto tivemos lá filhos <strong>de</strong> membros <strong>da</strong> CGT. (...)<br />
A.C.- E difícil estabelecer uma ligação entre os anarquistas e a Escola Oficina n° 1?<br />
D.Q.- Os anarquistas o mais que po<strong>de</strong>riam sêr era simpatizantes...profun<strong>da</strong>mente simpatizantes <strong>da</strong><br />
Escola Oficina....<br />
51
A.C.- Como é que era o ambiente <strong>de</strong> uma sala <strong>de</strong> aula na Escola Oficina n°l?<br />
D.Q.- Nós não tínhamos carteiras. Estávamos numa mesa senta<strong>do</strong>s e os alunos à volta <strong>da</strong><br />
mesa.Compreen<strong>de</strong>, não havia...não havia cátedra, não havia estra<strong>do</strong>, não havia professor mais<br />
alto que os alunos. Estávamos to<strong>do</strong>s no mesmo plano.<br />
A.C.- Os alunos podiam sair e entrar na sala?<br />
D.Q.- Podiam sair e entrar na sala sem pedir licença.<br />
A.C.- E havia horários?<br />
D.Q.- Havia horários ! Não...Orientação havia! e havia bastante, porque ser anarquista não quer dizer<br />
que se seja <strong>de</strong>sorienta<strong>do</strong>.<br />
A.C.- Como é que os alunos tratavam os adultos...? Não era por Dr...?<br />
D.Q.- Não senhor!!!, era por sr. fulano...por exemplo ao A<strong>do</strong>lfo Lima, chamavam Se<strong>do</strong>lfo (Sr.<br />
A<strong>do</strong>lfo), ao António Chamavam Setónio (Sr. Antonio), ás professoras é que chamavam D.<br />
Fulana.<br />
A.C.- E o ambiente entre professores e alunos era bom?<br />
D.Q.- Bom! Bom ambiente.Eles falavam muito <strong>de</strong> cabeça levanta<strong>da</strong> para nós, quan<strong>do</strong> ás vezes havia<br />
qualquer crise, qualquer coisa, porque é claro, a criança é a criança, o sêr humano é o sêr<br />
humano...e havia qualquer coisa, nós tínhamos que lhe chamar a atenção não é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>? Lá por<br />
se ter orientação anarquista não quer dizer que se sancionassem to<strong>do</strong>s os disparates... e havia<br />
troca <strong>de</strong> impressões, discussão entre o professor, o aluno, o interveniente na situação, etc.<br />
A.C.- E havia castigos?<br />
D.Q.- Só a suspensão.<br />
A.C.- Quem é que <strong>de</strong>cidia a suspensão?<br />
D.Q.- Era o professor. Quan<strong>do</strong> o aluno praticava qualquer coisa que fosse inconveniente, ou para nós<br />
ou para os colegas...enfim que perturbasse a possível harmonia que nós procurávamos;quan<strong>do</strong><br />
esse individuo...aluno perturbasse essa boa harmonia, o aluno não era...não podia estar integra<strong>do</strong><br />
naquilo, e então o castigo era a suspensão, ou seja não ia ás aulas.<br />
52
A.C.- Durante quanto tempo?<br />
D.Q.- O tempo <strong>de</strong>pendia <strong>do</strong> professor. Ele é que <strong>de</strong>cidia sozinho.<br />
Não havia lá interferências <strong>de</strong> directores nem na<strong>da</strong>...A nossa resolução era perfeitamente livre.<br />
A.C.- Os professores marcavam faltas aos alunos, to<strong>do</strong>s os dias, ou...?<br />
D.Q.- Ah sim, marcavam-se as faltas, marcavam-se as faltas, mesmo porque o marcarem-se as faltas<br />
não era para marcar penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, mas para contribuir para avaliar <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino,<br />
não é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>...<br />
A.C.- E como é que se fazia... fazia-se uma chama<strong>da</strong>?<br />
D.Q.- Não, era um trabalho <strong>de</strong> secretaria, via-se quem faltava... e marcava-se.<br />
A.C.- E as turmas quantos alunos tinham?.<br />
D.Q.- Pequenas, eram pequenas.Chegávamos a têr uns sete, oito alunos ... Não, não isso também é um<br />
caso! Não se po<strong>de</strong> fazer educação como <strong>de</strong>ve sêr com turmas gran<strong>de</strong>s...a própria turma gran<strong>de</strong>,<br />
o próprio aglomera<strong>do</strong> excessivo <strong>de</strong> seres, até <strong>do</strong>s seres humanos cá fora, perturba. Não <strong>de</strong>ixa<br />
raciocinar: po<strong>de</strong> sêr conduzi<strong>do</strong> emocionalmente mas não racionalmente... perturba muito!<br />
Eu que <strong>de</strong>pois trabalhei no ensino oficial, estabeleci a relação, e é muito difícil, é um gran<strong>de</strong><br />
prejuízo...os gran<strong>de</strong>s aglomera<strong>do</strong>s são um gran<strong>de</strong> prejuízo.Aquilo ou há que trabalhar com<br />
disciplina militar... tanto que nós, quan<strong>do</strong> os nossos alunos saíam e iamos a qualquer parte, nós<br />
não formávamos os nossos alunos, como naquele tempo era costume, ia tu<strong>do</strong> ali a <strong>do</strong>is e <strong>do</strong>is,<br />
<strong>forma</strong><strong>do</strong>s a critério e mesmo com passo <strong>de</strong> sol<strong>da</strong><strong>do</strong> etc.etc. Nós não!<br />
Nós iamos para o Coliseu, ás vezes havia umas mâtinés, e os nossos alunos<br />
espantavam-se <strong>da</strong> indisciplina, <strong>do</strong> barulho que os outros alunos <strong>da</strong>s <strong>outra</strong>s escolas faziam...e que<br />
eles não faziam ! Eles não precisavam, não estavam constrangi<strong>do</strong>s em parte nenhuma, e como<br />
não estavam constrangi<strong>do</strong>s não precisavam <strong>de</strong> abrir a válvula <strong>de</strong> escape...que é os outros que<br />
abrem, quan<strong>do</strong> se vêm assim num aglomera<strong>do</strong>, é aos berros aos assobios...os nossos não faziam<br />
isso...não faziam e não tinham recomen<strong>da</strong>ção nenhuma...!<br />
A.C.- E porque é que isso acontecia?<br />
D.Q.- Porque estavam cria<strong>do</strong>s em liber<strong>da</strong><strong>de</strong>!Porque não estavam naquele aglomera<strong>do</strong> muito gran<strong>de</strong>, não<br />
se perturbavam uns aos outros...as crianças perturbam-se uma ás <strong>outra</strong>s...e então ficavam muito<br />
admira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que os outros faziam.Quer dizer, não sentiam necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer aquilo: bater<br />
com os pés, <strong>da</strong>r gritos, aquelas manifestações to<strong>da</strong>s que nós sabemos que as crianças to<strong>da</strong>s fazem.<br />
53
A.C.- Acha que essas diferenças se <strong>de</strong>viam ao tacto <strong>de</strong> eles serem mais livres <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> escola?<br />
acha que eles se sentiam mais livres que os outros... ?<br />
Eles manifestavam-se assim, e nós interpretávamos assim: como os nossos alunos não estavam<br />
num meio que os coagisse, eles não sentiam necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>quelas manifestações rui<strong>do</strong>sas.<br />
Brincavam no quintal é claro e havia um ou outro que nós tínhamos que chamar a<br />
atenção:01ha filho, não queres estar aqui, mas não tens o direito <strong>de</strong> perturbar o nosso trabalho,<br />
não temos o direito <strong>de</strong> perturbar o trabalho uns <strong>do</strong>s outros.<br />
Explicava-se tu<strong>do</strong>: qualquer penali<strong>da</strong><strong>de</strong>, qualquer admoestação, qualquer observação,<br />
explicava-se a razão porquê! na altura! E em termos que a sua mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> pu<strong>de</strong>sse<br />
compreen<strong>de</strong>rmos expremiamos- lhe que ele era uma criatura que estava a perturbar os outros e<br />
a não <strong>de</strong>ixá-los trabalhar .<br />
Tenho muitas sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Escola Oficina. Foi o tempo mais feliz <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong><br />
profissional. Já porque era nova, sentia muito entusiasmo por aquilo, e enfim, tinha...um boca<strong>do</strong>,<br />
por inconsciência claro, tinha a sensação que estava a fazer qualquer coisa...eu tinha a sensação,<br />
o prazer, este prazer que nós <strong>de</strong>vemos têr no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> estarmos integra<strong>do</strong>s numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong> nela fazermos qualquer coisa, para bem...para bem segun<strong>do</strong> as nossas ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s...<br />
O ambiente <strong>do</strong>s professores <strong>da</strong> escola era assim?<br />
To<strong>do</strong>s éramos uma família.<br />
Como é que era o A<strong>do</strong>lfo Lima como pessoa?<br />
Muito correcto. Muito simples, <strong>de</strong> muito bom trato. Um bom colega, um excelente camara<strong>da</strong>,<br />
camara<strong>da</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> convivência social.Agora era uma pessoa à primeira vista muito cala<strong>do</strong>,<br />
um boca<strong>do</strong> assim ...<br />
Parecia muito <strong>forma</strong>l...parecia uma pessoa muito <strong>forma</strong>l...<br />
Parecia, mas <strong>de</strong>pois na convivência não o era.Até tinha coisas que...o rir, eu avalio muito as<br />
pessoas pelo rir;aquele homem ria como uma criança:Mas ria, ria, ria com prazer.<br />
54
A.C.- Posso fazer-lhe só uma pergunta... Mas diga-me, a senhora consi<strong>de</strong>rava-se na altura como sen<strong>do</strong><br />
Libertária?<br />
D.Q.- Sim...consi<strong>de</strong>rava-me... e tenho uma certa simpatia, porque não?...não tenho vergonha <strong>de</strong> o<br />
4 a Entrevista<br />
dizer. Quan<strong>do</strong> eu digo isto não é pensar que <strong>de</strong> um momento para o outro cai o pano, acaba a<br />
feira e é substituí<strong>da</strong> por <strong>outra</strong>! Isso é uma falsa noção <strong>da</strong> evolução humana, não é? Eu lia coisas:<br />
naquele tempo li muito Tolstoi, Kropotkin, Àlisée Reclus, alguns franceses, o Sebastien Faure,<br />
o Jean Grave, etc., o que se lia naquele tempo.E foi assim que fui simpatizan<strong>do</strong> não é, sempre<br />
com alguma ingenui<strong>da</strong><strong>de</strong>, que os novos têm.<br />
O meu mari<strong>do</strong> também era...mas não foi só por sêr meu mari<strong>do</strong>. O meu mari<strong>do</strong> foi grevista <strong>da</strong><br />
greve <strong>de</strong> 1907.Foi um <strong>do</strong>s expulsos.Mas eu não o conhecia.Eu estava na Escola Normal e<br />
também fui grevista...Não foi por influência <strong>do</strong> meu mari<strong>do</strong> nem na<strong>da</strong> disso:É que eu já era! eu<br />
já era! Olhe, já no tempo <strong>da</strong> Republica eu era uma entusiasta <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Republicano, que era<br />
o que naquele tempo agitava...<br />
Entrevista a Lucin<strong>da</strong> Lopes, professora na Escola Oficina n°l entre 1937 e 1987.<br />
Como antes, no corpo <strong>da</strong> Tese tínhamos dito, a professora Lucin<strong>da</strong> Lopes, e apesar <strong>da</strong><br />
sua estadia nesta escola se têr <strong>de</strong>senrola<strong>do</strong> numa época já não coberta pela nossa pesquisa, foi fun<strong>da</strong>mental<br />
para a <strong>de</strong>scrição e catalogação <strong>do</strong> Espaço interior <strong>da</strong> Escola Oficina n°l, que em 1937, tu<strong>do</strong> indica que<br />
continuaria muito similar aos primeiros anos <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>z.<br />
Mais <strong>do</strong> que entrevistá-la, foram as constantes e agradáveis conversas com uma senhora<br />
que sofria por vêr a sua escola <strong>de</strong>saparecer, que ao mesmo tempo que nos iam fazen<strong>do</strong> recuar no tempo,<br />
nos iam também espevitan<strong>do</strong> a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e nos faziam pensar que ao menos estaríamos a prestar um<br />
serviço a alguém que queria que o seu testemunho servisse para fixar uma parte importante <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>.<br />
De qualquer <strong>da</strong>s <strong>forma</strong>s, foram duas as entrevistas que fizemos a Lucin<strong>da</strong> Lopes:uma para<br />
que ela fixasse na fita magnética, a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s espaços que íamos percorren<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta Escola,<br />
e que optámos por não transcrever; a <strong>outra</strong> sobre a sua experiência nesta escola, <strong>da</strong> qual e tal como<br />
fizemos em relação a to<strong>da</strong>s as <strong>outra</strong>s entrevistas, seleccionámos os aspectos mais interessantes.<br />
Na altura, e por incubência <strong>da</strong>s Direcções a partir <strong>de</strong> 1985, Lucin<strong>da</strong> Lopes estava a tentar<br />
escrever uma memória sobre a Escola Oficina n°l a partir <strong>do</strong>s anos 40, projecto cujo <strong>de</strong>senlace<br />
ignoramos.<br />
Esta entrevista foi feita em Março <strong>de</strong> 1989.<br />
António Can<strong>de</strong>ias - Sr'.D a . Lucin<strong>da</strong>, quan<strong>do</strong> é que entrou para a Escola Oficina n°l?<br />
55
Lucin<strong>da</strong> Lopes - Em 1937. Encontrei o professor António Lima, como professor e<br />
director pe<strong>da</strong>gógico, ain<strong>da</strong> encontrei rapazes e raparigas, ain<strong>da</strong> havia eoeducação, encontrei mais<br />
professores entre eles, Aurora Mace<strong>do</strong>, Irene Costa, Juliana Cainpanela, Anémona Basto, Anémona<br />
Xavier <strong>de</strong> Basto...<br />
A.C.- Tinha alguma coisa a ver com o Lima Basto?<br />
L.L.- Não.<br />
A.C.- E quem é que lhe falou na Escola Oficina n°l ?<br />
L.L.- O Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima ! O Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima porque a minha irmã tinha si<strong>do</strong> aluna <strong>de</strong>le, era muito<br />
amiga <strong>de</strong>le, o Dr.A<strong>do</strong>lfo Lima fazia o favor <strong>de</strong> sêr amigo <strong>de</strong>la, ele e a esposa, a sr a .d a . Maria<br />
Luisa, e eu queria ficar em Lisboa, a minha mãe tinha ti<strong>do</strong> um <strong>de</strong>rrame cerebral por causa <strong>da</strong><br />
per<strong>da</strong> <strong>da</strong> minha irmã, com 26 anos: tinha acaba<strong>do</strong> o curso <strong>do</strong> Magistério Primário <strong>do</strong>is anos<br />
antes, e estava coloca<strong>da</strong> já efectiva em Ansião, quan<strong>do</strong> morreu.<br />
E então eu tive que ficar em Lisboa para acompanhar a minha mãe, e o Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima é que<br />
tratou <strong>de</strong> me colocar aqui. Ain<strong>da</strong> falei com ele aqui, algumas vezes, mas eu conhecia-o <strong>da</strong> Escola<br />
Normal, quan<strong>do</strong> lá ia...ele era já o Director <strong>do</strong> Museu.<br />
A.C.- A Sr a D a Lucin<strong>da</strong>, tirou então a Escola Normal...?<br />
L.L.- Não, não, não frequentei totalmente; não acabei. Mas... eu fiquei aqui para ficar em<br />
Lisboa...Não podia... estive um ano fora com a minha mãe, e então coloquei-me! e fiquei aqui,<br />
e fiquei aqui e nunca mais saí.Gostei não só <strong>do</strong>...espere, eu não estou a contar bem:<br />
Eu primeiro trabalhei com o Dr. Agostinho <strong>da</strong> Silva, numa Escola Nova que foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
em Benfica, em S. Domingos <strong>de</strong> Benfica e que era uma escola particular.Era uma viven<strong>da</strong>. Era<br />
então ele o director pe<strong>da</strong>gógico e trabalhávamos nessa escola, a cunha<strong>da</strong> <strong>de</strong>le e eu. E <strong>de</strong>pois fui<br />
para a infantil. A professora Lucin<strong>da</strong> Martins, que era professora <strong>da</strong>s anexas <strong>da</strong> Escola Normal<br />
que <strong>de</strong>via têr i<strong>do</strong> para a infantil, não pô<strong>de</strong>, porque a escola era na mesma área <strong>da</strong>s escolas<br />
anexas, e então fiquei eu ... Então quan<strong>do</strong> o Agostinho <strong>da</strong> Silva foi para o Brasil aquilo acabou.<br />
A.C.- Essa escola era <strong>do</strong> género <strong>da</strong> Escola Oficina?<br />
L.L.- Era mais ou menos <strong>de</strong>sse género, mais ou menos...mas não se po<strong>de</strong> dizer que tivesse ti<strong>do</strong> o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> Escola Oficina porque não durou quase tempo nenhum. Depois a escola não<br />
estava com gran<strong>de</strong> frequência porque durou muito pouco tempo. Tínhamos os filhos <strong>do</strong> Dr.<br />
56
Palma Carlos que foram alunos lá. o Antero <strong>da</strong> Palma Carlos e o Guilherme <strong>da</strong> Palma Carlos.<br />
A mãe <strong>de</strong>les a Dr a Elina Guimarães ia buscá-los muitas vezes e conversávamos.<br />
De mo<strong>do</strong> que, quan<strong>do</strong> fui para a Escola Oficina n°l já tinha uma prática...mas<br />
chocou-me muito, não a maneira <strong>de</strong> trabalho...fiquei encanta<strong>da</strong> com a maneira <strong>de</strong> trabalho, mas<br />
chocou-me muito a pobreza.<br />
As crianças eram extremamente pobres, <strong>da</strong>s barracas <strong>da</strong>qui,e nós muitas vezes tínhamos<br />
que lhes <strong>de</strong>spir os fatos com que vinham <strong>de</strong> casa, e enquanto as emprega<strong>da</strong>s lavavam a roupa,<br />
nós vestiamo-Ios com os fatinhos <strong>da</strong> ginástica, e lavávamos-lhes a cabeça, e era realmente uma<br />
falta <strong>de</strong> limpeza total.Tu<strong>do</strong> isso me chocou!<br />
Mas precisamente por isso, é que eu me conservei, pela maneira <strong>de</strong> trabalhar, pela<br />
frequência, pela necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> que havia <strong>de</strong> alguém se <strong>de</strong>dicar é que continuei... Eu tive uma<br />
colocação para o Colégio Militar mas não fui porque me agarrei aqui, não consegui sair.<br />
Gostava imenso <strong>da</strong> maneira como se trabalhava, <strong>do</strong> à vonta<strong>de</strong>, <strong>da</strong> camara<strong>da</strong>gem que<br />
havia entre as crianças, a maneira <strong>de</strong> ensinar méto<strong>do</strong>s que foram ousa<strong>do</strong>s para a época, já se<br />
sabe...eram muito ousa<strong>do</strong>s, principalmente antes <strong>de</strong> eu vir, porque <strong>de</strong>pois eu apanhei... logo a<br />
seguir veio, em 1941 a proibição <strong>da</strong> coeducação, <strong>de</strong> maneira que ficámos só com raparigas. Mais<br />
tar<strong>de</strong> veio novamente a coeducação e então ficámos novamente com rapazes e raparigas e<br />
continuámos a trabalhar sempre assim.<br />
À claro que a partir <strong>de</strong> 1941, o trabalho foi obriga<strong>do</strong> já a ser como no ensino oficial.Não<br />
podíamos <strong>da</strong>r largas ao nosso trabalho porque não podia sêr, porque tínhamos aquele programa<br />
para cumprir...<br />
Mas mesmo em 1937 quan<strong>do</strong> entrou...<br />
Não isso não, ain<strong>da</strong> não. Mas já era uma sombra <strong>do</strong> que tinha si<strong>do</strong>. Trabalhava-se muito ain<strong>da</strong><br />
na mo<strong>de</strong>lação, e lá fora não se trabalhava...o Professor António Lima trabalhava imenso com a<br />
mo<strong>de</strong>lação na aula <strong>de</strong> Geografia, eram os Mun<strong>do</strong>s eram as Terras, era tu<strong>do</strong> feito com o barro,<br />
uma criança concretizava aquilo tu<strong>do</strong>, não era? E não só o <strong>de</strong>senho como também a mo<strong>de</strong>lação.A<br />
mo<strong>de</strong>lação é um rico meio <strong>de</strong> uma criança se <strong>de</strong>senvolver, <strong>de</strong> criar, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver o espirito <strong>de</strong><br />
observação, e nós sempre utilizámos a mo<strong>de</strong>lação, enquanto a escola durou, enquanto foi<br />
possível...<br />
Disse que as crianças eram, ou pelo menos a maioria, extremamente pobres mas havia também<br />
crianças....<br />
Mais tar<strong>de</strong>, mais tar<strong>de</strong>, mas dávamos sempre a priori<strong>da</strong><strong>de</strong> a to<strong>da</strong> a criança necessita<strong>da</strong>. Deu-se<br />
sempre preferência aos pobres porque a escola foi cria<strong>da</strong> para isso.<br />
57
A.C.- A frequência era muito pobre, mas a imagem que temos quan<strong>do</strong> percorremos a escola é a <strong>de</strong> que<br />
a escola...quan<strong>do</strong> vemos o material que havia, é a <strong>de</strong> que a escola era extremamente rica,<br />
comparan<strong>do</strong> com as escolas normais. Estou engana<strong>do</strong>...?<br />
L.L.- Não está engana<strong>do</strong> porque percorreu a escola já <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> áureo em que havia rapazes<br />
e raparigas só até aos 14 anos... naquela altura a frequência <strong>da</strong> primária podia ir até essa i<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
agora já não, têm que ir para a noite... mas os <strong>de</strong> antigamente tinham até 17 anos como sabe,<br />
e então tinham esse material to<strong>do</strong> com que trabalhavam, já não eram bem crianças, não eram<br />
infantis.E a Escola tinha um riquíssimo material, com bons mestres...<br />
A.C.- Muito mais material <strong>do</strong> que qualquer escola primária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>...?<br />
L.L.- Sim Sim, conheço muito bem as escolas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e nelas não há na<strong>da</strong> disto...e isto está muito<br />
reduzi<strong>do</strong> como sabe... estava muito... era realmente uma escola... hoje é mais alegre, era uma<br />
escola bastante triste! Porque os móveis eram escuros, mesas to<strong>da</strong>s compri<strong>da</strong>s, não havia<br />
carteiras, era tu<strong>do</strong> mesas compri<strong>da</strong>s, as crianças sentavam-se à volta <strong>da</strong>s mesas e eram bancos<br />
baixos, a marcenaria é que tinha aqueles bancos maiores nas bancas <strong>de</strong> marceneiros, e <strong>de</strong> resto<br />
as crianças mais velhas acabavam sempre por trabalhar <strong>de</strong> pé.<br />
A.C.- A impressão que tinha é que a escola era triste?...<br />
L.L.- A impressão que tinha!...Pela frequência, porque não eram crianças alegres; pelos móveis que<br />
eram pesa<strong>do</strong>s, eram pesa<strong>do</strong>s, a a parte <strong>de</strong> cima eram como esta secretária, com um olea<strong>do</strong> preto,<br />
tornava-se muito... a minha aula era ali a central... A minha aula não, porque nós rodávamos<br />
to<strong>do</strong>s, e conhecíamos as crianças to<strong>da</strong>s e podíamos <strong>da</strong>r a nossa opinião sobre to<strong>da</strong>s, to<strong>da</strong>s nos<br />
passavam pela mão,... os professores ro<strong>da</strong>vam e isso foi uma coisa que me agra<strong>do</strong>u imenso,<br />
agra<strong>do</strong>u-me imenso essa maneira <strong>de</strong> trabalhar.<br />
E <strong>de</strong>pois foi 1941, acabou, e fiquei com a 3 a e 4 a classes e a Direcção teve que reduzir os<br />
professores e eu fiquei sobrecarrega<strong>da</strong> com a quarta e a com terceira. Ficou a música, ficou a<br />
ginástica durante uma tempora<strong>da</strong>, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sapareceu e não passou disso, e ficámos reduzi<strong>do</strong>s<br />
a isto!<br />
A.C.- O que me interessa mais neste momento é o perío<strong>do</strong> entre 1937, quan<strong>do</strong> para cá entrou, e 1941,<br />
quan<strong>do</strong> a <strong>forma</strong> <strong>de</strong> trabalho que tinha caracteriza<strong>do</strong> esta escola acabou <strong>de</strong> vez. Quanto tempo por<br />
semana é que passava cá na escola?<br />
L.L.- Trabalhávamos até ao sába<strong>do</strong>, to<strong>do</strong> o dia. Mais tar<strong>de</strong> é que o sába<strong>do</strong> era só meio-dia. Entrávamos<br />
ás nove e saíamos ás três e meia, quatro horas.Havia uma hora <strong>de</strong> almoço <strong>do</strong> meio-dia à uma e<br />
<strong>de</strong>pois havia aulas. Claro, escolhíamos sempre as aulas mais leves para o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
almoço.<br />
58
A.C.- Esta escola foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong>, pela Maçonaria, ou por pessoas liga<strong>da</strong>s à Maçonaria !?<br />
L.L.- Bom, eu julgo que sim!<br />
A.C.- Nunca notou na<strong>da</strong> <strong>de</strong>sse tipo... bom era uma escola particular...!?<br />
L.L.- Bem...Era uma escola particular, eu estava no meu papel <strong>de</strong> professora e <strong>de</strong> directora pe<strong>da</strong>gógica<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> António Lima sair... O que aconteceu <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 46 porque em 46 fun<strong>do</strong>u-se a<br />
Biblioteca Infantil, e ele estava cá e ain<strong>da</strong> trabalhei com ele na Biblioteca Infantil...Não, foi muito<br />
<strong>de</strong>pois disso porque ele ain<strong>da</strong> esteve uns anos na Biblioteca...terá si<strong>do</strong> em ciquenta e tal, por<br />
aí...não posso precisar...<br />
A.C.- Dizia-se que as pessoas que aqui estavam, ou pelo menos uma parte <strong>de</strong>las, estavam liga<strong>da</strong>s ao<br />
anarquismo... O A<strong>do</strong>lfo Lima..., o António Lima...<br />
L.L.- Isso o A<strong>do</strong>lfo Lima to<strong>da</strong> a gente sabia, o António Lima...esse talvez não tanto, talvez não<br />
estivesse tão liga<strong>do</strong>...mas não posso dizer...(...) Eram realmente pessoas com i<strong>de</strong>ias...Livres!<br />
Demarcavam-se...Marcavam-se, precisamente pelas suas atitu<strong>de</strong>s...<br />
A.C.- Por exemplo, pessoas como a Aurora <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong> , a ...<br />
L.L.- Nunca notei na<strong>da</strong> nela ! Nunca notei na<strong>da</strong> nela !A Aurora <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong> era a pessoa mais pacata,<br />
mais...mas também vim encontra- laja i<strong>do</strong>sa. A Deolin<strong>da</strong> Quartim sim, mas já não trabalhei com<br />
ela...Já tinha saí<strong>do</strong>, ela saiu antes...<br />
A.C.- Por outro la<strong>do</strong>, algumas <strong>de</strong>ssas pessoas parece que estavam também liga<strong>da</strong>s à Maçonaria não é,<br />
nomea<strong>da</strong>mente o António Lima... disse-me outro dia que...<br />
L.L.- Eu não sei, não tenho a certeza...Porque nunca...ele contou- me muita coisa, mas não lhe posso<br />
dizer que...eu nunca disse que ele era! Mas contava assim coisas sobre a escola, sobre as<br />
reuniões, sobre coisas que havia...liga<strong>da</strong>s à Maçonaria...liga<strong>da</strong>s à escola, mas <strong>de</strong> resto não<br />
sei <strong>de</strong> na<strong>da</strong>.<br />
Pois, uma vez, eu estava aqui, e veio a P.I.D.E. procurar um elemento <strong>da</strong> Direcção, que<br />
eu disse que não conhecia, e <strong>de</strong>pois tive que lhe telefonar, ain<strong>da</strong> era no tempo <strong>do</strong> Salazar...tive<br />
que lhe telefonar a dizer que tinha si<strong>do</strong> procura<strong>do</strong>...era uma bela alma, um belo homem!<br />
Insistiram,eu disse-lhes que não o conhecia, eu só trabalhava aqui, e conhecia poucas pessoas <strong>da</strong><br />
Direcção com quem trabalhava, como o tesoureiro, por exemplo, mas que os outros não<br />
conhecia, ele era presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Direcção nessa altura...e nunca mais cá voltaram e não sei porque<br />
é que an<strong>da</strong>vam atrás <strong>de</strong>le.<br />
59
A.C.- E como é que era o A<strong>do</strong>lfo Lima... como pessoa por exemplo?...<br />
L.L.- Como pessoa era um óptimo homem, uma óptima alma, bon<strong>do</strong>so, muito bom... era muito <strong>do</strong>ente<br />
<strong>do</strong> coração...era muito calmo, muito calmo, era uma pessoa muito calma...Já o professor António<br />
Lima não era assim...ele não, era uma pessoa muitíssimo calma...<br />
A.C.- Dá a impressão, pelas fotografias e retratos, que era uma pessoa muito distante...<br />
L.L.- Pois, sim! Talvez, talvez... reserva<strong>do</strong>, não propriamente distante...reserva<strong>do</strong>! Falava só o<br />
essencial, não se expandia. O António Lima não, falava...á vonta<strong>de</strong>, era muito alegre. O<br />
professor António Lima era muito mais alegre, o Dr. A<strong>do</strong>lfo Lima era, como nós costumamos<br />
dizer, mais meti<strong>do</strong> consigo... eles tinham uma difereça <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s aí <strong>de</strong> uns 6 ou 8 anos.<br />
A.C.- E qual era a <strong>forma</strong>ção académica <strong>do</strong> António Lima?<br />
L.L.- Ele era analista.<br />
(...)<br />
A.C.- Notou uma gran<strong>de</strong> diferença entre a altura em que para cá entrou, em 1937, até à altura em que<br />
saiu, em 1987? No tipo <strong>de</strong> crianças que para cá vinha...<br />
L.L.- Sim, sim, completamente, completamente! A sua maneira <strong>de</strong> sêr, o seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> aprendizagem,<br />
e po<strong>de</strong> ser que pareça erra<strong>do</strong>...Mas antigamente os pobres aprendiam melhor que os ricos, é<br />
ver<strong>da</strong><strong>de</strong>!...Foi uma experiência que eu tive, que crianças...crianças que tinham dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
alimentares, com carências totais, estavam ávi<strong>da</strong>s para apren<strong>de</strong>r, e tinham uma facili<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />
apren<strong>de</strong>r, uma coisa!...porque se <strong>de</strong>dicavam.<br />
Ao passo que mais tar<strong>de</strong>, há <strong>de</strong>z anos mesmo, as crianças já não tinham interesse nenhum pelo<br />
que se estava a passar, era só passear...era só passear, porque os pais iam para aqui e para ali,<br />
«não fiz na<strong>da</strong>, não li»...Porque eu <strong>da</strong>va-lhes livros para levarem para casa... nunca sabiam contar<br />
as histórias, porque não tinham tempo, iam sempre para aqui e para ali com os pais, «porque fui<br />
com o meu pai para o Norte, para aqui, para acolá», <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que a diferença era total! Para<br />
pior, muito pior.<br />
Eu tive uma aluna, uma Suzette... nunca me esqueço <strong>de</strong>stes alunos que marcam... essa<br />
pequena está hoje emprega<strong>da</strong>, tem um bom emprego, conseguiu ir para a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> e tirar o<br />
curso <strong>de</strong> História.<br />
Essa pequena tinha uma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> enorme para estu<strong>da</strong>r, que não queira sabentinha<br />
carência <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>. Vivia numa casinha aqui num beco, que não tinha luz. E ela para fazer os<br />
60
trabalhinhos, para 1er. por que se interessava, para fazer qualquer coisa tinha que ir para a porta<br />
<strong>da</strong> rua, para 1er! Era uma coisa...Eu a<strong>do</strong>ro aquela rapariga porque acho que aquela rapariga tem<br />
um valor enorme, porque à custa <strong>de</strong>la, o valor <strong>de</strong>la, a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong>la, as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>la, ela<br />
ultrapassou aquilo tu<strong>do</strong>, ela empregou-se, para ganhar dinheiro, e tirar o curso e tirou...è<br />
extraordinário, como muitas <strong>outra</strong>s...muitas <strong>outra</strong>s com muitas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s!Mas trabalhava-se<br />
com elas que era um amor!<br />
E com estas não, com estas mais recentes:eram crianças caprichosas, voluntariosas, não<br />
queriam...eram difíceis, nem to<strong>da</strong>s as pessoas se a<strong>da</strong>ptavam a trabalhar com elas(...) A pouco<br />
e pouco sem se <strong>da</strong>r por isso, <strong>de</strong>u-se uma evolução nas crianças <strong>de</strong>sta casa que foi uma coisa<br />
aflitiva.<br />
A.C.- E porquê?...<br />
A.C.- Tínhamos muitos bate-chapas com os filhos cá e eles passaram a ganhar lin<strong>da</strong>mente.<br />
L.L.- Que tipo <strong>de</strong> profissões é que eram mais comuns nos pais <strong>da</strong>s crianças?<br />
A.C.- Eram bate-chapas, pintores, era isso, eram operários, exactamente, mas que já viviam bem.<br />
(...)<br />
Nós tivemos aí um canaliza<strong>do</strong>r, que já tinha automóvel e já tinha...Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> são<br />
profissões muito respeitáveis(...) mas estava-se numa escola para pessoas carencia<strong>da</strong>s e eles não<br />
eram, eles já não eram.Chegámos a a uma altura em que não tínhamos aqui crianças com<br />
carências.<br />
A.C.- No fun<strong>do</strong> no que respeita aos pais <strong>da</strong>s crianças, quan<strong>do</strong> a Sr 11 . D a . Lucin<strong>da</strong> cá entrou, as<br />
profissões eram as mesmas, mas estas evoluíram...<br />
L.L.- Mais ou menos, mas repare que muitos não tinham pai, quan<strong>do</strong> eu entrei, muitos não tinham pai,<br />
era só mães e <strong>de</strong>pois é que começaram então a vir pais, e esses eram operários, e <strong>de</strong>pois esses<br />
operários passaram a ter uma vi<strong>da</strong> favorável...<br />
L.L.- Compara<strong>do</strong> com os dias <strong>de</strong> hoje em 1937 vivia-se pior, muito pior <strong>do</strong> que se vive hoje?...os<br />
operários, o povo...<br />
L.L.- Eu acho que sim, havia cama<strong>da</strong>s ...Sim, em 1937, quan<strong>do</strong> eu entrei havia... hoje vive-se muito<br />
melhor. Eu hoje acho que vivem muito melhor. Noto diferença sim, noto diferença e muita .<br />
Hoje um operário tem uma casa que é uma coisa espantosa... em que não lhe falta na<strong>da</strong> lá<br />
61
<strong>de</strong>ntro.Era uma coisa que não existia, que não havia, viviam em barracas, em casas pobres<br />
pobrissimas(...)<br />
Os tempos mu<strong>da</strong>ram e muito e a classe média <strong>de</strong> antigamente, a antiga classe média, hoje<br />
é a classe pobre.Tenho niti<strong>da</strong>mente essa impressão. A classe rica é sempre a classe rica, mais<br />
coisa menos coisa, a classe média não, ficou...está mal! Agora o pobre subiu.<br />
A.C.- Portanto houve maior nivelamento...?! Havia mais diferenças entre uma classe média e o<br />
operaria<strong>do</strong> na altura?<br />
L.L.- Sim...Exactamente, então não acha?<br />
(...)<br />
A.C.- Uma ultima questão:Pensa que uma escola <strong>do</strong> género <strong>da</strong> Escola Oficina n°l quan<strong>do</strong> para cá<br />
entrou, hoje ain<strong>da</strong> tem senti<strong>do</strong>?<br />
L.L.- Eu acho que sim, que tinha senti<strong>do</strong> e muito senti<strong>do</strong>! Quan<strong>do</strong> cá entrei, já não era o que foi, mas<br />
5 a Entrevista<br />
se fosse como foi, tinha muito senti<strong>do</strong>. A primitiva Escola Oficina internacionalmente conheci<strong>da</strong><br />
e com os seus méto<strong>do</strong>s ousa<strong>do</strong>s, até <strong>de</strong>via existir e tenho muita pena que a Escola esteja como<br />
está.Tenho muita pena.E não haver mais <strong>do</strong> que uma, não era só uma...<br />
Entrevista a Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos<br />
Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos é ain<strong>da</strong> nos nossos dias, uma <strong>da</strong>s figuras conheci<strong>da</strong>s <strong>da</strong> militância<br />
Libertária, constituin<strong>do</strong> um elo <strong>de</strong> ligação entre os antigos militantes, pessoas com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s compreendi<strong>da</strong>s<br />
entre os 80 e os 90 anos, e a actual geração <strong>de</strong> anarquistas, normalmente com i<strong>da</strong><strong>de</strong>s compreendi<strong>da</strong>s entre<br />
os 18 e os 25 anos.<br />
A militância <strong>de</strong>ste engenheiro, começou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito jovem no final <strong>do</strong>s anos 30 em plena<br />
Guerra <strong>de</strong> Espanha, passan<strong>do</strong> pela Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial, na ultima geração <strong>de</strong> anarquistas ain<strong>da</strong><br />
activos, e <strong>de</strong> segui<strong>da</strong> integran<strong>do</strong>-se, mas sempre manten<strong>do</strong> as suas convicções libertárias, na oposição<br />
tradicional ao Esta<strong>do</strong> Novo.<br />
A história que nesta entrevista nos é conta<strong>da</strong> torna-se extremamente interessante, ao<br />
compreen<strong>de</strong>rmos os caminhos <strong>de</strong> iniciação primeiro, e <strong>de</strong> acção <strong>de</strong> segui<strong>da</strong>, <strong>de</strong> um jovem que aos <strong>de</strong>z<br />
anos começa a ouvir falar <strong>do</strong> anarquismo, através <strong>de</strong> um pai que está constantemente ora na<br />
clan<strong>de</strong>stini<strong>da</strong><strong>de</strong> ora na prisât), mas que não <strong>de</strong>scura a educação "Libertária" <strong>do</strong> seu fi!ho:ele fala-Ihe <strong>da</strong><br />
futura socie<strong>da</strong><strong>de</strong> "Libertária", mas também se esforça, e por vezes <strong>da</strong> prisão, para que o filho frequente<br />
62
escolas liberais, como então eram conota<strong>do</strong>s os Jardins Escola João <strong>de</strong> Deus, e mais tar<strong>de</strong> a Escola<br />
Oficina n° 1.<br />
Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos, passou por esta ultima, no principio <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 30, quan<strong>do</strong><br />
ain<strong>da</strong> restavam alguns <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s que fizeram <strong>de</strong>sta escola o que ela foi, e sobretu<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> ela ain<strong>da</strong><br />
era conota<strong>da</strong> pelos anarquistas, ou seja por pessoas como o seu próprio pai, como uma escola libertária,<br />
ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> essa a razão pela qual o então jovem Moisés nela tivesse si<strong>do</strong> inscrito.<br />
Além <strong>do</strong> mais, Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos ain<strong>da</strong> conheceu relativamente bem por intermédio<br />
<strong>do</strong> seu pai, algumas <strong>da</strong>s personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s relevantes <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> Libertário e <strong>da</strong> Escola Oficina n°l, casos<br />
<strong>de</strong> César <strong>Porto</strong>, Alexandre Vieira, José Carlos <strong>de</strong> Sousa , Germinal <strong>de</strong> Sousa, o filho <strong>de</strong> Manuel Joaquim<br />
<strong>de</strong> Sousa o Secretário Geral <strong>da</strong> C.G.T. durante muito tempo.<br />
Algumas <strong>da</strong>s revelações <strong>de</strong> Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos, nomea<strong>da</strong>mente as que dizem respeito<br />
ás relações entre alguns <strong>de</strong>stes libertários e a Maçonaria, não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> sêr surpreen<strong>de</strong>ntes.<br />
Esta entrevista teve lugar em Abril <strong>de</strong> 1989.<br />
António Can<strong>de</strong>ias-Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos, gostava <strong>de</strong> saber qual foi a tua intervenção no<br />
Movimento Anarquista...o teu pai foi anarquista....<br />
muito mau para <strong>da</strong>tas.<br />
Moisés <strong>da</strong> Silva Ramos-0 meu pai foi anarquista <strong>de</strong>s<strong>de</strong>...quan<strong>do</strong> veio para...Espera, sou<br />
Bem, o meu pai nasceu em Lisboa mas <strong>de</strong>pois foi para a ilha <strong>do</strong> Faial em miú<strong>do</strong>, mais<br />
os irmãos, o pai e a mãe; o meu avô foi director <strong>da</strong> Alfân<strong>de</strong>ga <strong>da</strong> ilha <strong>do</strong> Faial, era portanto um<br />
funcionário público que foi transferi<strong>do</strong> para a ilha <strong>do</strong> Faial; ele morreu lá, não me recor<strong>do</strong> <strong>de</strong> que <strong>do</strong>ença,<br />
e a minha avó veio com os filhos para Lisboa. Portanto o meu pai <strong>de</strong>ve ter entra<strong>do</strong> ain<strong>da</strong> muito jovem<br />
naquela movimentação to<strong>da</strong> <strong>da</strong> República. Não entrou na Revolução, mas <strong>de</strong>pois disso, fêz parte <strong>do</strong>s<br />
batalhões <strong>da</strong> República que se constituíram para combater a intentona monárquica <strong>de</strong> Monsanto, em 1919.<br />
O meu pai chamava-se Álvaro <strong>da</strong> Costa Ramos. Deve ter si<strong>do</strong> nessa altura que ele <strong>de</strong>ve<br />
ter começa<strong>do</strong> a actuar nos sindicatos, mas ele era um anarquista, não era um sindicalista. Entrou no<br />
Sindicato <strong>do</strong> Pessoal <strong>de</strong> Câmaras <strong>da</strong> Marinha Mercante: Havia o Sindicato <strong>do</strong>s Maquinistas e o Sindicato<br />
<strong>do</strong> Pessoal <strong>de</strong> Câmaras, que ia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Comissário <strong>de</strong> Bor<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s Pilotos até ao Coman<strong>da</strong>nte e ao pessoal<br />
e ele fez parte <strong>de</strong>sse pessoal, embarcou e foi dirigente <strong>do</strong> pessoal <strong>de</strong> câmaras <strong>da</strong> Marinha Mercante. À<br />
nessa altura que eu suponho que ele começou a actuar com bastante intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> e empenhamento no<br />
movimento libertário.<br />
A.C.- Já <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> 28 <strong>de</strong> Maio?...<br />
M.S.R.- Não antes, antes, isto foi tu<strong>do</strong> muito antes. Quan<strong>do</strong> se dá o 28 <strong>de</strong> Maio, passa<strong>do</strong>s uns tempos<br />
há uma tentativa revolucionária <strong>de</strong> abater o Regime que se havia constituí<strong>do</strong>, que foi o 7 <strong>de</strong><br />
Fevereiro, uma revolução relativamente sangrenta. A recor<strong>da</strong>ção que eu tenho <strong>de</strong>ssa altura, <strong>de</strong><br />
63
miú<strong>do</strong>, é <strong>do</strong> meu pai ter... <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> to<strong>do</strong> aquele tiroteio, nós vivíamos em Campo <strong>de</strong> Ourique,<br />
tentaram atacar o Quartel <strong>de</strong> Sapa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> caminhos-<strong>de</strong>-ferro que era mesmo por trás <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />
nós morávamos... a recor<strong>da</strong>ção que eu tenho <strong>de</strong>le, é <strong>de</strong>pois ele ter consegui<strong>do</strong> voltar para casa,<br />
e lembro-me ain<strong>da</strong> <strong>da</strong> nó<strong>do</strong>a negra que ele tinha no braço, <strong>de</strong> ter dispara<strong>do</strong> com a espingar<strong>da</strong>,<br />
<strong>do</strong> coice <strong>da</strong> espingar<strong>da</strong>. Estás a vêr que isto são recor<strong>da</strong>ções muito vagas <strong>de</strong> um miú<strong>do</strong>. Não<br />
foi preso nessa altura.<br />
Como sabes a C.G.T. teve uma influência muito importante na revolução <strong>do</strong> 7 <strong>de</strong> Fevereiro.<br />
Quase to<strong>do</strong>s os militantes civis, tiran<strong>do</strong> os republicanos, eram <strong>da</strong> Confe<strong>de</strong>ração Geral <strong>do</strong><br />
Trabalho. Na altura, como sabes, os revolucionários distribuíram armas.<br />
Essa é a primeira recor<strong>da</strong>ção que eu tenho <strong>de</strong>le.<br />
Depois, passa<strong>do</strong>s uns tempos, o meu pai é preso a ven<strong>de</strong>r um jornal anarquista, suponho<br />
que no Cais <strong>de</strong> Sodré. E leva<strong>do</strong> para o Governo Civil, está lá uns dias, a minha mãe vai<br />
visitá-lo comigo, chegamos a casa e recebemos a notícia que ele estava a embarcar para África,<br />
<strong>de</strong>porta<strong>do</strong>, juntamente com to<strong>do</strong>s aqueles republicanos, o Agatão Lança, etc. e outros militantes<br />
Anarquistas civis e republicanos militares. Em África esteve suponho que <strong>do</strong>is ou três anos em<br />
Sá <strong>da</strong> Ban<strong>de</strong>ira, em Angola.<br />
A partir <strong>da</strong>í, eleja sofria bastante <strong>do</strong> coração, e ele mais o que morreu no Tarrafal, o<br />
Simões Januário, vêm os <strong>do</strong>is, mais um outro, para a Ma<strong>de</strong>ira on<strong>de</strong> lhes é fixa<strong>da</strong> residência.<br />
Altura em que ele foge. A bor<strong>do</strong> <strong>do</strong>s barcos portugueses que visitavam a Ma<strong>de</strong>ira, havia muitos<br />
militantes anarquistas, e conseguem introduzi-lo a bor<strong>do</strong>, para chegar a Lisboa.<br />
É curioso que to<strong>do</strong>s os dias, os indivíduos que estavam lá <strong>de</strong>porta<strong>do</strong>s, tinham que ir<br />
assinar o nome ao Governo Civil: era a prova em como estavam lá. Um republicano que lá<br />
estava, já não me lembro <strong>do</strong> nome <strong>de</strong>le, começou a imitar a assinatura <strong>do</strong> meu pai durante um<br />
mês ou <strong>do</strong>is, e acontece que quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>scobriram que o Álvaro <strong>da</strong> Costa Ramos já não estava<br />
na Ma<strong>de</strong>ira, foi passa<strong>do</strong> já mais <strong>de</strong> um mês.<br />
Veio para Portugal.Veio para Portugal e entrou na clan<strong>de</strong>stini<strong>da</strong><strong>de</strong>.É quan<strong>do</strong> eu começo<br />
a conhecer melhor o meu pai.<br />
A.C.- Que i<strong>da</strong><strong>de</strong> tinhas tu nessa altura?<br />
M.S.R.- Talvez <strong>de</strong>z ou onze anos não sei. O meu pai estava refugia<strong>do</strong> ali próximo <strong>de</strong>... on<strong>de</strong> é hoje o<br />
Museu <strong>da</strong>s Janelas Ver<strong>de</strong>s, numa casa não sei <strong>de</strong> quem, e to<strong>da</strong>s as noites eu e a minha mãe o<br />
íamos visitar. Depois ele passou a an<strong>da</strong>r um pouco mais na rua, <strong>de</strong>scui<strong>do</strong>u-se, porque já <strong>de</strong>via<br />
estar farto...estava num quarto sem janelas, sem na<strong>da</strong>, há meses e meses...recor<strong>do</strong>-me então<br />
que ele se encontrava com vários republicanos e libertários, na Aveni<strong>da</strong> <strong>da</strong> Liber<strong>da</strong><strong>de</strong> à noite,<br />
on<strong>de</strong> passeavam...com óculos escuros...(risos).<br />
E foi aí que eu comecei a acompanhar o meu pai. E foi aí que o meu pai me foi transmitin<strong>do</strong><br />
as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>le. Sobre o que seria uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> libertária, o anarquismo... Áh! ele tinha aquela<br />
64
(...)<br />
colecção sociológica <strong>da</strong> Guimarães...não sei se conheces... ain<strong>da</strong> tenho alguns <strong>de</strong>sses livros...<br />
e que eram a base <strong>da</strong> cultura <strong>de</strong>le. Não era um homem muito culto, mas era um autodi<strong>da</strong>cta.<br />
Foi a partir <strong>da</strong>í que me comecei a tornar libertário, teria eu <strong>de</strong>z ou onze anos.<br />
Passa<strong>do</strong>s uns tempos, ele vai a passar próximo <strong>do</strong> Teatro Nacional e foi preso...ao fim <strong>da</strong><br />
tar<strong>de</strong>...A polícia an<strong>da</strong>va com a fotografia <strong>de</strong>le.<br />
É preso , está lá não sei se 2 anos e eu ia visitá-lo à prisão, ao Aljube, com a minha mãe.<br />
Ora é nessa altura que ele fala com...não, é antes disso...eu entrei para a escola João <strong>de</strong> Deus<br />
aí aos três ou quatro anos... foi durante a <strong>de</strong>portação... porque ele pediu ao Quintal, que era<br />
também um militante anarquista que morreu aqui há uns quatro ou cinco anos, que por sua vez<br />
pediu ao irmão que era advoga<strong>do</strong>, e eu entrei para a Escola João <strong>de</strong> Deus...é mais ou menos<br />
nessa altura... Isso antes <strong>de</strong> eu <strong>da</strong>r as tais passeatas com ele.<br />
Eu, a viver com o meu pai no seio <strong>da</strong> família só foi mais tar<strong>de</strong>.<br />
Ele é preso creio que por <strong>do</strong>is anos e <strong>de</strong>pois é posto em liber<strong>da</strong><strong>de</strong>, ten<strong>do</strong> entretanto si<strong>do</strong> expulso<br />
<strong>da</strong> marinha.<br />
Começou a exercer uma activi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional e como tinha muito jeito <strong>de</strong> mãos montou uma<br />
pequena oficina <strong>de</strong>...quase tipo <strong>de</strong> artesanato para po<strong>de</strong>r sobreviver, e a minha mãe montou um<br />
pequeno atelier <strong>de</strong> costura, com a irmã, para po<strong>de</strong>rmos sobreviver.<br />
Depois disso entra novamente na clan<strong>de</strong>stini<strong>da</strong><strong>de</strong> e vai viver para os arre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Lisboa, em<br />
Odivelas, para montar a tipografia clan<strong>de</strong>stina <strong>de</strong> "A Batalha".<br />
Mais uma vez, eu e a minha mãe, aos fins-<strong>de</strong>-semana íamos visita- lo. Recor<strong>do</strong> já com uma<br />
certa precisão: naquela altura íamos até ao Lumiar, <strong>de</strong> carro eléctrico, ele vinha a meio <strong>da</strong><br />
estra<strong>da</strong>, assobiava <strong>de</strong> certa maneira, <strong>de</strong>scíamos a calça<strong>da</strong> <strong>de</strong> Carriche, quan<strong>do</strong> começávamos<br />
a ir para o caminho <strong>de</strong> Odivelas, e ele aparecia. Passávamos o fim-<strong>de</strong>-semana, numa azenha<br />
on<strong>de</strong> estava monta<strong>da</strong> a tipografia <strong>de</strong> "A Batalha", com máquinas com tu<strong>do</strong>.<br />
O meu pai ain<strong>da</strong> an<strong>do</strong>u uns meses em liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>pois foi apanha<strong>do</strong>.<br />
Portanto, eu assisti a to<strong>do</strong> esse percurso, com to<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em casa, a minha mãe<br />
com os <strong>do</strong>is filhos, etc.<br />
Tinha i<strong>do</strong> para a tal escola <strong>de</strong> instrução primária uns tempos antes, a tal escola on<strong>de</strong><br />
punham as "orelhas <strong>de</strong> burro"...<br />
A.C.- Portanto, tu primeiro foste para a Escola João <strong>de</strong> Deus...quanto tempo é que lá estiveste?<br />
M.S.R.- Estive o tempo to<strong>do</strong>, creio que uns <strong>do</strong>is anos...<br />
A.C.- E aos seis, sete anos foste para uma escola Oficial...a tal <strong>da</strong>s "orelhas <strong>de</strong> burro"?<br />
M.S.R.- Não, Não.Então o que é que aconteceu? Nessa altura, estava o meu pai ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>porta<strong>do</strong>, e<br />
aquilo era uma escola <strong>de</strong> elite, na rua 4 <strong>de</strong> Infantaria, uma escola priva<strong>da</strong>, uma <strong>da</strong>s escolas mais<br />
65
conheci<strong>da</strong>s naquela zona, tanto que eu ás vezes quan<strong>do</strong> digo que an<strong>de</strong>i no Colégio Figueire<strong>do</strong>,<br />
as pessoas dizem-me que « mas você an<strong>do</strong>u numa escola <strong>de</strong> elite!». Mas não pagava, porque<br />
a professora, tiran<strong>do</strong> os aspectos <strong>de</strong> sêr uma professora autoritária e isso, soube que o meu pai<br />
estava preso e teve pena, con<strong>do</strong>eu-se e eu entrei para essa escola <strong>de</strong> elite, <strong>de</strong> graça.E foi <strong>de</strong> tal<br />
mo<strong>do</strong> que <strong>de</strong>pois as duas famílias ficaram a <strong>da</strong>r-se muito bem, amigas, mesmo...(...)<br />
Depois <strong>do</strong> que te contei, o meu pai é preso e <strong>de</strong>pois é, pela primeira vez leva<strong>do</strong> ao tribunal<br />
especial, militar, e eu creio que ele apanha uma pena, relativamente...Áh! porque eles nunca<br />
conseguiram arrancar na<strong>da</strong> <strong>de</strong>le, não souberam que ele estava lá na tal tipografia,<br />
apanharam-lhe foi umas "Batalhas", portanto consi<strong>de</strong>raram que ele an<strong>da</strong>va a distribuir<br />
"Batalhas", e portanto é con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> a uma pena relativamente pequena, não sei se <strong>do</strong>is anos.<br />
É a partir <strong>da</strong>í que eu começo a têr uma consciência libertária, mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> por<br />
to<strong>da</strong>s essas coisas.<br />
Depois, como ele tinha uma biblioteca, e eu sempre gostei muito <strong>de</strong> 1er, acabei por<br />
<strong>de</strong>vorar to<strong>do</strong>s aqueles livros que ele lá tinha(...)Aos 14 anos li o Victor Hugo, aos 15 li o<br />
Balzac to<strong>do</strong>, o Júlio Verne, enfim li tu<strong>do</strong> o que lá havia.Lembro-me até que o meu pai me<br />
ofereceu to<strong>da</strong> a colecção <strong>do</strong> Júlio Verne, e isso <strong>de</strong>ve ter ti<strong>do</strong> alguma influência na minha vi<strong>da</strong><br />
profissional <strong>de</strong>pois, porque eu sou engenheiro, e portanto...a partir <strong>da</strong>í apaixonei-me pela<br />
técnica...<br />
Bem, o meu pai é posto em liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e continuou com a tal oficinazita que teve um certo<br />
êxito, <strong>de</strong>dicava-se à <strong>de</strong>coração e eu segui o meu caminho. E é partir <strong>de</strong>ssa altura que se fun<strong>da</strong>m<br />
em Portugal as Juventu<strong>de</strong>s Libertárias.Ora aqui já estamos próximos <strong>de</strong>... portanto em 1935<br />
vem a Portugal um representante <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração Ibérica <strong>da</strong>s Juventu<strong>de</strong>s Libertárias, para fun<strong>da</strong>r<br />
em Portugal...hã, na região portuguesa digo, (risos) as Juventu<strong>de</strong>s Libertárias.<br />
Essa reunião a que eu assisti, assistiu o Santana,(...) veio um jovem libertário <strong>de</strong> Espanha, e<br />
ali numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Esperantista que havia em Alcântara é on<strong>de</strong> se <strong>forma</strong> o primeiro núcleo <strong>da</strong>s<br />
Juventu<strong>de</strong>s Libertárias. Depois nós resolvemos <strong>da</strong>r ao nosso jornal, o nome <strong>de</strong> "O Despertar"<br />
para manter a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> com as "Juventu<strong>de</strong>s Sindicalistas" <strong>do</strong> tempo <strong>da</strong> República... tinha<br />
eu 15, 16 anos. Já tinha passa<strong>do</strong> pela Escola Oficina N° 1, nessa altura já an<strong>da</strong>va no Liceu.<br />
Fun<strong>da</strong>-se o primeiro núcleo <strong>da</strong>s Juventu<strong>de</strong>s Libertárias, e passa<strong>do</strong> um ano, um ano e meio,<br />
dá-se a Guerra <strong>de</strong> Espanha. O jovem que veio cá constituir as Juventu<strong>de</strong>s foi fuzila<strong>do</strong>.<br />
Eu aqui entro nas Juventu<strong>de</strong>s Libertárias. Faço parte <strong>do</strong> Comité <strong>da</strong> Região Portuguesa com<br />
outros camara<strong>da</strong>s, o Santana era mais velho <strong>do</strong> que eu, nessa altura eleja pertencia à F.A.I.,<br />
e começamos a trabalhar nas Juventu<strong>de</strong>s Libertárias.<br />
Constituímos grupos em vários pontos <strong>de</strong> Lisboa, Campo <strong>de</strong> Ourique, Aju<strong>da</strong>, Alcântara,<br />
Graça, Madragoa, e grupos ou fe<strong>de</strong>rações locais <strong>da</strong>s Juventu<strong>de</strong>s Libertárias(...) A ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />
que não sen<strong>do</strong> muitos, tivemos no entanto uma influência bastante gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que,<br />
existiam as Juventu<strong>de</strong>s Comunistas, mas que não tinham talvez a influência que nós tínhamos<br />
nos meios locais, nos bairros; e começámos a publicar, clan<strong>de</strong>stinamente claro, o "O<br />
Despertar", que era feito na Travessa <strong>da</strong> Quintinha em casa <strong>de</strong> um camara<strong>da</strong> que ain<strong>da</strong> existe,<br />
66
que vive agora na província, e fazíamos o jornal a duplica<strong>do</strong>r, ain<strong>da</strong> <strong>de</strong> manivela, e tal...<br />
Acumulava isso com o an<strong>da</strong>r a estu<strong>da</strong>r e foi esse o princípio <strong>da</strong>s Juventu<strong>de</strong>s Libertárias, e o seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Acompanhava a Guerra <strong>de</strong> Espanha fazen<strong>do</strong> algumas acções.<br />
Então as Juventu<strong>de</strong>s Libertárias tinham uma activi<strong>da</strong><strong>de</strong> não só no <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>da</strong>s<br />
i<strong>de</strong>ias libertárias, através <strong>do</strong> jornal e <strong>de</strong> folhas que editávamos...Ah! tínhamos núcleos em<br />
Coimbra e núcleos no <strong>Porto</strong>... e tínhamos também activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação sexual, propagan<strong>da</strong>,<br />
fazíamos propagan<strong>da</strong> no Casal Ventoso, distribuin<strong>do</strong> folhas volantes. Nessa altura an<strong>da</strong>va muito<br />
em mo<strong>da</strong> o controle <strong>da</strong> natali<strong>da</strong><strong>de</strong> e fabricámos "pessários" em borracha ou em alumínio, que<br />
as mulheres põem <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> vagina no chama<strong>do</strong> "Focinho <strong>de</strong> Penca" para evitar a gravi<strong>de</strong>z.<br />
Então nós distribuíamos...O que era um crime! Naquela época era um crime, pior que <strong>de</strong>itar<br />
bombas, se calhar... (risos)...Distribuíamos por aquela gente to<strong>da</strong> e fazíamos comícios<br />
relâmpago sobre a educação sexual. Naquela altura!<br />
Uma <strong>forma</strong> <strong>de</strong> intervenção incrível...!<br />
Sim...Mas claro que isso vinha <strong>de</strong> Espanha(...). Portanto a nossa activi<strong>da</strong><strong>de</strong> era a edicção <strong>de</strong><br />
revistas e <strong>de</strong> jornais e disso tu<strong>do</strong> e ain<strong>da</strong> educação sexual!<br />
Com a guerra <strong>de</strong> Espanha, a passagem aqui <strong>de</strong> armamento em camiões italianos, e a própria<br />
influência italiana e alemã, levou-nos a ter que tomar <strong>de</strong>cisões, <strong>de</strong>cisões que passaram por<br />
constituir grupos <strong>de</strong> choque.A Juventu<strong>de</strong> tinha a sua estrutura, e paralelamente a isso<br />
criámos...vamos lá... uma espécie <strong>de</strong> exército...um exército secreto...(risos).<br />
Bem, começámos a fazer treinos na Costa <strong>da</strong> Caparica com grana<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mão, com pistolas<br />
metralha<strong>do</strong>ra, e <strong>de</strong>pois fizemos vários ataques...não interessa agora relatar isso... Fizemos<br />
sabotagens a camiões carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> armamento. Italianos, uma série <strong>de</strong> coisas <strong>de</strong>sse tipo, etc.<br />
Treinávamos na Costa <strong>da</strong> Caparica, e um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s treinos que nós faz íamos... era quase<br />
como os "Coman<strong>do</strong>s"...É que a gente fazia isto:Saíamos <strong>da</strong> Costa <strong>da</strong> Caparica e íamos a pé até<br />
à Lagoa <strong>de</strong> Albufeira, e sem beber uma gota <strong>de</strong> água, e quan<strong>do</strong> chegávamos à Lagoa <strong>de</strong><br />
Albufeira, estávamos ali uma série <strong>de</strong> tempo sem beber água, sem comer...para<br />
endurecimento.E <strong>de</strong>pois fazíamos fogo com a "Parabellum"(...)Era uma pistola leva<strong>da</strong> <strong>da</strong> breca!<br />
Era uma pistola que abria um pinheiro (...) .<br />
Bem esta foi a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> que as Juventu<strong>de</strong>s Libertárias <strong>de</strong>senvolveram durante a guerra <strong>de</strong><br />
Espanha!<br />
Bom já lá iremos <strong>de</strong> novo, mas gostaria que recuássemos um pouco e gostaria <strong>de</strong> saber quan<strong>do</strong><br />
é que se dá a tua entra<strong>da</strong> na Escola Oficina n°l? Com que i<strong>da</strong><strong>de</strong> e como é que se dá a tua<br />
entra<strong>da</strong> na Escola oficina n°l ?<br />
67
M.S.R.- Eu tive a instrução primária na tal escola priva<strong>da</strong> e <strong>de</strong>pois o meu pai achou, que antes <strong>de</strong> eu<br />
ir para o Liceu, seria interessante eu passar pela Escola Oficina.<br />
A.C.- O teu pai conhecia pessoas <strong>da</strong> Escola Oficina?<br />
M.S.R.- Sim, sim, o José Carlos <strong>de</strong> Sousa <strong>de</strong> quem era muito amigo, o Alexandre Vieira, o César<br />
<strong>Porto</strong>... o A<strong>do</strong>lfo Lima creio que já não era <strong>do</strong> meu tempo...o Luís <strong>da</strong> Mata não me diz na<strong>da</strong>...<br />
o António Lima também não,... recor<strong>do</strong>-me <strong>da</strong> Deolin<strong>da</strong> Quartim... e <strong>da</strong> Francine Benoit, que<br />
ia lá, mas não sei se ela me chegou a <strong>da</strong>r aulas... o Emílio Costa , sim até porque era amigo<br />
<strong>do</strong> meu pai...e recor<strong>do</strong>-me <strong>de</strong> um outro militante, que até tinha lá a sobrinha, que era a<br />
Rafael a... agora não me lembro <strong>do</strong> nome <strong>de</strong>le (...)<br />
A.C.- Achas que a imagem que o teu pai tinha <strong>da</strong> Escola Oficina n° 1 era a <strong>de</strong> uma escola anarquista?<br />
M.S.R.- Sim, sim, uma escola libertária. Por isso é que ele me meteu lá na escola.<br />
A.C.- Não chegaste a saber, na altura, que a escola era <strong>da</strong> Maçonaria?<br />
M.S.R.- Não, não! Nem sei se o meu pai chegou a saber. Só mais tar<strong>de</strong> é que vim a relacionar factos.<br />
Mas que era <strong>da</strong> Maçonaria não, pois penso que o meu pai seria profun<strong>da</strong>mente avesso à<br />
Maçonaria e a esse tipo <strong>de</strong> organização. Nem nunca falámos muito sobre a Maçonaria. Só vim<br />
a falar disso mais tar<strong>de</strong>.Se calhar nem lhe passava pela cabeça que a Maçonaria tivesse fun<strong>da</strong><strong>do</strong><br />
essa escola ou, que tivesse lá influência.<br />
E aí estive esses <strong>do</strong>is anos.<br />
A.C.- Tens alguma experiência grata, que gostasses <strong>de</strong> relembrar?<br />
M.S.R.- Particular... não. No global tenho!<br />
A.C.- Se eu te dissesse que a escola funcionava segun<strong>do</strong> uma i<strong>de</strong>ologia libertária, tu estás <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>?<br />
M.S.R.- Sim, sim, estou <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>.Claro, se calhar naquela altura nem teria possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer<br />
comparações. Fazia comparações com a escola anterior, e ali sentia-me bem. Não estou a dizer<br />
que me sentia livre. Não tinha ain<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para dizer « Sou livre!».<br />
Era espontâneo, sentia-me bem. Gostava <strong>da</strong>quele espírito comunitário, <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que lá<br />
havia. Sempre fui um anti- individualista.(...) Aquele espírito <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> que existia entre<br />
professores e alunos, talvez isso tivesse ti<strong>do</strong> mais influência em mim, porque vinha <strong>de</strong> uma<br />
escola autoritária <strong>do</strong> que sobre <strong>outra</strong> pessoa que tivesse vin<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>outra</strong> escola menos autoritária.<br />
Há uma transição brusca <strong>de</strong> uma escola autoritária(...) e vou para ali para um ambiente e para<br />
68
uma escola totalmente diferente em que o professor não estava no púlpito, mas sim to<strong>do</strong>s<br />
naquela comunhão. Isso agra<strong>do</strong>u-me bastante...e <strong>de</strong>pois muitos livros, revistas, e isso também<br />
me agra<strong>do</strong>u bastante .<br />
Havia línguas também, alemão, o inglês e o francês, isso recor<strong>do</strong>- me bem. Sempre fui mau<br />
a línguas mas recor<strong>do</strong>-me(...).<br />
Lembro-me também <strong>do</strong>s bor<strong>da</strong><strong>do</strong>s, e <strong>da</strong>s relações com as raparigas perfeitamente à vonta<strong>de</strong>,<br />
sem nenhuns problemas <strong>de</strong> espécie nenhuma.<br />
Assim estive lá <strong>do</strong>is anos. Factos salientes não sou capaz <strong>de</strong> transmitir mas no global<br />
sim.Sentia-me bem.<br />
A.C.- Gostava <strong>de</strong> fazer perguntas sobre três pessoas duas <strong>da</strong>s quais estiveram liga<strong>da</strong>s a esta escola.<br />
Sobre o César <strong>Porto</strong> primeiro. Sobre o César <strong>Porto</strong> gostaria <strong>de</strong> saber sobretu<strong>do</strong> duas coisas:<br />
Qual é que tu achas que era a <strong>forma</strong>ção original <strong>de</strong>le? e como é que tu o vês como pessoa?Era<br />
uma pessoa autoritária...<br />
M.S.R.- Eu não sei qual era a <strong>forma</strong>ção <strong>do</strong> César <strong>Porto</strong>. Não sei se ele era professor <strong>de</strong> instrução<br />
primária. Eu creio que ele seria professor <strong>de</strong> instrução primária. Se era autoritário ou não...<br />
ele não foi meu professor. Quanto aos seus livros eu tenho um sobre a astrologia outro sobre<br />
a hereditarie<strong>da</strong><strong>de</strong>, e mais uns outros <strong>do</strong>is. Os livros <strong>de</strong>le são intragáveis, uns "calhamaços", em<br />
francês e parecem-me cheios <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m científica.Interferências <strong>de</strong> campos magnéticos<br />
e coisas <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m;0 que eu sei é que tu<strong>do</strong> aquilo me parece estranho e com muito poucas<br />
bases <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m cientifica (...) Não tenho mais referências nenhumas a não ser conversas mas<br />
não me chegou mais nenhuma impressão(...).<br />
A.C.- E sobre o José Carlos <strong>de</strong> Sousa?<br />
M.S.R.- José Carlos <strong>de</strong> Sousa, era para mim o homem , o lí<strong>de</strong>r <strong>da</strong> escola, um homem com muito<br />
dinamismo...<br />
A.C.- Que i<strong>da</strong><strong>de</strong> teria o José Carlos <strong>de</strong> Sousa quan<strong>do</strong> lá estava?<br />
M.S.R.- Aí 50 anos. Que ele tinha cabelos brancos tinha. Cheio <strong>de</strong> dinamismo, talvez um boca<strong>do</strong><br />
nervoso, excitável às vezes...é essa a impressão que eu tenho...excita<strong>do</strong> e tal! Por outro la<strong>do</strong><br />
pareceu-me um homem muito bon<strong>do</strong>so, muito humano, pareceu-me um homem muito humano.<br />
Mas a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é que os anarquistas que eu conhecia nessa altura eram to<strong>do</strong>s assim. O meu pai<br />
nunca me bateu, a minha mãe sim. Eu nunca vi o meus pais a discutir. Eu nunca vi o meu pai<br />
a dizer uma asneirola. Por outro la<strong>do</strong> até no aspecto sexual fui educa<strong>do</strong> com to<strong>da</strong> a liber<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
em que o meu pai me explicava o fenómeno <strong>do</strong> sexo, com os problemas que existiam nessa<br />
altura! A impressão que eu tenho <strong>do</strong> José Carlos <strong>de</strong> Sousa é essa.<br />
69
A.C.- Tens alguma suspeita sobre a pertença cio José Carlos <strong>de</strong> Sousa ou <strong>do</strong> César <strong>Porto</strong> à Maçonaria?<br />
M.S.R.- Não. Já em relação ao Alexandre Vieira o problema já era outro. Vagamente me lembro <strong>de</strong>le.<br />
(...)<br />
Mas ele era muito amigo <strong>do</strong> meu pai pelo que acabei por o conhecer muito mais tar<strong>de</strong>. É ele<br />
que me leva mais tar<strong>de</strong>, já eu era homem, para a Associação <strong>do</strong>s Inquilinos, à qual ele<br />
pertencia. Acompanhei-o quase até à morte <strong>de</strong>le.<br />
E, caso curioso, como é que eu vim a saber que ele era <strong>da</strong> Maçonaria? Através <strong>da</strong> PIDE!<br />
Fui preso pela segun<strong>da</strong> vez, porque <strong>da</strong> primeira vez fui preso quan<strong>do</strong> <strong>da</strong>s Juventu<strong>de</strong>s<br />
Libertárias, mas já <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> Guerra <strong>de</strong> Espanha, mas isso é <strong>outra</strong> conversa...<br />
Portanto eu sou preso, faz agora 28 anos, no principio <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> sessenta, eu fazia parte <strong>da</strong><br />
Frente Nacional Patriótica <strong>de</strong> Libertação, sedia<strong>da</strong> na Argélia.<br />
Eu assumo como anarquista na prisão, e os tipos ficam bestialmente espanta<strong>do</strong>s: há muito tempo<br />
que não aparecia um anarquista na prisão! Não calculas os gajos que vieram falar comigo sobre<br />
o anarquismo, sobre o António Sérgio, etc. Os anarquistas tinham feito coisas noutros tempos,<br />
que os gajos queriam saber(...) Apareciam lá para conversar comigo. Eu só conversava coisas<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m teórica não é, e os gajos discutiam comigo: uns criminosos, bombas etc.; e eu<br />
...procurava esclarece- los (risos).<br />
E foi numa <strong>de</strong>ssas noites, quan<strong>do</strong> estava na tortura <strong>do</strong> sono, que eles me perguntam se eu<br />
conhecia o Alexandre Vieira. Ah! eles queriam saber também, era <strong>do</strong> Santana(...).Mas o<br />
Santana nem estava meti<strong>do</strong> nisto... Um dia eles disseram, « você conhece o Alexandre Vieira»?<br />
Eu disse que muito bem, era amigo <strong>do</strong> meu pai, e <strong>de</strong>sbobinam uma conversa «e você não sabe<br />
que ele é Maçon?»... Ora o Alexandre Vieira é um libertário, não po<strong>de</strong> ser <strong>da</strong> Maçonaria, dizia<br />
eu...« Como é que não po<strong>de</strong> ser?. Ele é Maçon e é por isso que ele se tem safa<strong>do</strong>, porque cá<br />
<strong>de</strong>ntro, cá na situação, também há maçons». E disseram, «o nosso presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República foi<br />
Maçon». O Carmona foi Maçon!<br />
A.C.- Se calhar foi por isso que a Escola Oficina N° 1 não foi fecha<strong>da</strong>?<br />
M.S.R.- Pois, talvez, não sei.<br />
A.C.- O Manuel Joaquim <strong>de</strong> Sousa também era Maçon?<br />
M.S.R.- Também era Maçon. Também não sabia, mais tar<strong>de</strong> é que vim a saber. E até vim a saber pelo<br />
filho, o Germinal <strong>de</strong> Sousa.<br />
A.C.- O Germinal an<strong>do</strong>u na Escola Oficina N 1?<br />
M.S.R.- Olha que eu não sei se não an<strong>do</strong>u... É capaz <strong>de</strong> ter an<strong>da</strong><strong>do</strong> sim. Muito antes <strong>de</strong> mim claro!<br />
70
(...)<br />
A.C.- E o Emilio Costa também era Maçon?<br />
M.S.R.- Desconfio que sim. Como até <strong>de</strong>sconfiei <strong>do</strong> Emidio Santana.Tive assim uns cheiros...a Lígia<br />
<strong>de</strong> Oliveira diz-me que não, que até um dia lhe pôs o problema e ele até se riu e tal...mas...<br />
71
AS DUAS VIDAS DE ADOLFO LIMA: INTRODUÇÃO A UMA BREVE<br />
BIOGRAFIA
Da maneira como construímos esta tese, pouco espaço ficou para nos <strong>de</strong>dicarmos <strong>de</strong> uma <strong>forma</strong><br />
consistente à biografia <strong>da</strong>s personagens principais que atravessam a vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Escola Oficina N°l, durante<br />
o perío<strong>do</strong> que nos interessou, ou seja <strong>de</strong> 1905 a 1930.Se tivéssemos envere<strong>da</strong><strong>do</strong> por tal caminho, haveria<br />
que pesquisar a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> pelo menos quatro personagens:Luis <strong>da</strong> Mata, César <strong>Porto</strong>, António Lima e<br />
sobretu<strong>do</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima.<br />
Não temos <strong>de</strong> momento, a pretensão <strong>de</strong> redigir uma biografia <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima, trabalho que<br />
<strong>de</strong>ixamos para um futuro próximo, mas não queremos acabar este trabalho sem fornecer alguns <strong>da</strong><strong>do</strong>s,<br />
e colocar algumas interrogações sobre a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s personagens que consi<strong>de</strong>ramos mais interessante,<br />
e <strong>de</strong> certa <strong>forma</strong> mais intrigantes <strong>da</strong> sua época.<br />
75
O primeiro factor <strong>de</strong> estranheza na sua vi<strong>da</strong>, é a omissão <strong>de</strong> que foi alvo por parte <strong>da</strong> geração<br />
<strong>de</strong> historia<strong>do</strong>res <strong>da</strong> educação anterior à nossa: falamos <strong>de</strong> pessoas como Rui Grácio, Rogério Fernan<strong>de</strong>s,<br />
Joaquim Ferreira Gomes, Alberto Ferreira, Manuel Patricio e Filipe Rocha, entre outros.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma geração <strong>de</strong> autores cuja vi<strong>da</strong> adulta começou nos finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> quarenta,<br />
princípios <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> cinquenta, quan<strong>do</strong> o anarquismo e as suas propostas sócio educativas tinham si<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>finitivamente esmaga<strong>da</strong>s, pelo que são as figuras <strong>de</strong> António Sérgio e <strong>de</strong> Bento <strong>de</strong> Jesus Caraça que<br />
são enfatiza<strong>da</strong>s por esta geração, numa prova <strong>de</strong> que a história, quan<strong>do</strong> vivi<strong>da</strong>, po<strong>de</strong> ser terrivelmente<br />
cruel :é que a obra educativa e sobretu<strong>do</strong> a prática educativa <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima, é, na nossa opinião<br />
consi<strong>de</strong>ravelmente superior, quer qualitativa, quer quantitativamente, à <strong>da</strong>s duas personagens antes<br />
cita<strong>da</strong>.Acrescente-se a isto, que, e ao contrário <strong>de</strong> Bento <strong>de</strong> Jesus Caraça e <strong>de</strong> António Sérgio, a vi<strong>da</strong><br />
pública <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima, que sempre foi muito discreta, terminou <strong>de</strong> vez com a ascenção <strong>da</strong> Ditadura<br />
Militar e com o que se seguiu, o que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser estranho: em 1926, A<strong>do</strong>lfo Lima teria apenas 52<br />
anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A<strong>do</strong>lfo Lima foi pois ignora<strong>do</strong> por uma geração <strong>de</strong> historia<strong>do</strong>res <strong>da</strong> educação, porque foi uma<br />
personagem discreta, porque era anarquista, e o anarquismo e as bases positivistas que com ele se<br />
cruzaram foram alvo <strong>de</strong> uma critica feroz <strong>de</strong> tal geração, quer se tratassem <strong>de</strong> marxistas, quer <strong>de</strong> pessoas,<br />
que não as antes menciona<strong>da</strong>s, mais liga<strong>da</strong>s ao regime salazarista.Não se tratou <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> consciente<br />
<strong>de</strong> omissão proposita<strong>da</strong>, mas antes o reflexo <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> combate politico <strong>do</strong> presente <strong>de</strong> então, que<br />
legitimava as suas propostas numa critica ao passa<strong>do</strong>, como sempre acontece, seja qual for a época.<br />
Como sempre acontece também, tais combates reduzem os seus inimigos a vultos indistintos<br />
culpa<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s maiores torpezas no geral, e ignora<strong>da</strong>s no particular <strong>da</strong>s propostas que <strong>de</strong> facto<br />
apresentaram: para uns, A<strong>do</strong>lfo Lima faria parte <strong>de</strong> um grupo "esquerdista", para outros <strong>de</strong> um grupo<br />
<strong>de</strong> "anarquistas", e ambos os grupos estariam <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> em caracterizar tais anarquistas como um ban<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> lunáticos e <strong>de</strong> terroristas, estan<strong>do</strong> também <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> em ignorar a sua extensa obra social, politica e<br />
pe<strong>da</strong>gógica. É normal que tal aconteça, mas é também normal que pessoas mais distancia<strong>da</strong>s <strong>do</strong> calor <strong>da</strong>s<br />
lutas <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, se preocupem em reequilibrar as coisas.<br />
É este o caso <strong>de</strong> historia<strong>do</strong>res como António Nóvoa, ou Helena Costa Araújo, ou Moreirinhas<br />
Pinheiro, que no entanto, e excepção feita a Helena Araújo e aos escritos mais recentes <strong>de</strong> António<br />
Nóvoa, o apresentam como um representante <strong>da</strong> Educação Nova <strong>do</strong>s princípios <strong>da</strong> época, e apenas isso,<br />
ignoran<strong>do</strong> o facto <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima ter também si<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma <strong>forma</strong> confessa e frontal, um anarquista.<br />
Isto <strong>de</strong>ve-se a vários factores, o primeiro <strong>do</strong>s quais sen<strong>do</strong> que estes historia<strong>do</strong>res se<br />
preocuparam essencialmente com os problemas educativos, sen<strong>do</strong> as questões sociais e politicas, sobretu<strong>do</strong><br />
as questões politicas extra institucionais, omiti<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s suas preocupações imediatas, como é natural num<br />
campo <strong>de</strong> trabalho como a história <strong>da</strong> educação em Portugal, que é apesar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, e <strong>do</strong>s autores antes<br />
menciona<strong>do</strong>s, um campo <strong>de</strong> trabalho ain<strong>da</strong> recente e algo marginal neste país.<br />
Outro <strong>do</strong>s factores que contribuiu para que houvesse uma certa dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em caracterizar<br />
A<strong>do</strong>lfo Lima como anarquista, <strong>de</strong>veu-se também, cremos nós, ao facto <strong>de</strong> este autor se afastar<br />
vertiginosamente <strong>do</strong> propagandismo com que o anarquismo, bem ou mal foi sen<strong>do</strong> conota<strong>do</strong>, a sua obra<br />
sen<strong>do</strong> extremamente sóbria, precisa, e, herança <strong>do</strong> positivismo que tanto o marcou, ter a preocupação<br />
constante <strong>de</strong> <strong>da</strong>r uma base "cientifica" sóli<strong>da</strong> e credível (na altura) às suas propostas sócio-educativas.<br />
76
Ain<strong>da</strong> e finalmente, outro <strong>do</strong>s factores que obscureceu a pertença anarquista <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Lima,<br />
foi a conjunção entre a falta <strong>de</strong> um trabalho sério sobre o anarquismo, que <strong>de</strong>pois <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> João<br />
Freire, entre outros, já não terá muita razão <strong>de</strong> ser (mas quem é que consegue 1er as Teses <strong>de</strong><br />
Doutoramento que não são publica<strong>da</strong>s?), e os preconceitos que sobre esta <strong>de</strong>signação e sobre as pessoas<br />
que lhe <strong>de</strong>ram corpo foram transmiti<strong>do</strong>s pelas antes cita<strong>da</strong>s gerações.<br />
Ao lerem o que A<strong>do</strong>lfo Lima escreveu, muito <strong>do</strong>s historia<strong>do</strong>res mais jovens, tiveram dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
em i<strong>de</strong>ntificar tais escritos com o que supostamente seria um anarquismo bombástico.<br />
Assim e apesar <strong>de</strong> na obra <strong>de</strong>ste autor, se assistir <strong>de</strong> uma <strong>forma</strong> extremamente coerente a uma<br />
critica lúci<strong>da</strong> <strong>da</strong> educação, e por extensão, <strong>da</strong>s bases sociais, económicas, morais e politicas <strong>do</strong><br />
capitalismo <strong>do</strong> principio <strong>do</strong> século e <strong>da</strong>s suas incidências em Portugal, e <strong>de</strong> nela se <strong>de</strong>linearem <strong>de</strong> uma<br />
<strong>forma</strong> constante as raízes <strong>de</strong> uma educação e <strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> alternativas a tal capitalismo, quer a <strong>forma</strong><br />
que tais escritos tomam, quer o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> tais propostas, se afastam vertiginosamente <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias<br />
pré-concebi<strong>da</strong>s sobre o anarquismo, assentan<strong>do</strong> no entanto, que nem uma luva, naquilo que constituiu o<br />
anarquismo <strong>da</strong> época.<br />
Alguns <strong>de</strong>stes equívocos, estarão assim parcialmente explica<strong>do</strong>s, mas outros subsistem, estes<br />
no que concernem à pessoa e à personali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> A<strong>do</strong>lfo Godfroy <strong>de</strong> Abreu e Lima.<br />
Primeiro, a sua filiação na mais alta aristocracia portuguesa, a par <strong>da</strong> sua participação activa<br />
no movimento anarquista, como realça Alexandre Vieira, que o indica como um <strong>do</strong>s principais re<strong>da</strong>tores<br />
<strong>de</strong> um <strong>do</strong>s mais importantes <strong>do</strong>cumentos programáticos <strong>do</strong> movimento operário <strong>do</strong> principio <strong>do</strong> século,<br />
ou seja a tese sobre a "Organização Social Sindicalista" ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro esboço <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> futuro, na<br />
óptica <strong>do</strong>s anarco-sindicalistas (Vieira, 1974, p. 157).<br />
Depois, a aura <strong>de</strong> respeito que o parecia ro<strong>de</strong>ar, como to<strong>do</strong>s os testemunhos que recolhemos<br />
<strong>de</strong> pessoas que o conheceram em vi<strong>da</strong> nos mostram, mas não só:<strong>da</strong> parte <strong>da</strong> própria Direcção <strong>da</strong> Escola<br />
Oficina n°l, que parecia não apreciar a sua filiação nos i<strong>de</strong>ais anarquistas, o receio <strong>de</strong> ver partir alguém<br />
que lhes era incómo<strong>do</strong>, a par <strong>do</strong> receio <strong>de</strong> per<strong>de</strong>rem alguém cujo perstigio não oferecia duvi<strong>da</strong>s na altura,<br />
parecem marcar muitas <strong>da</strong>s ambigui<strong>da</strong><strong>de</strong>s que ro<strong>de</strong>aram o que chamámos "o caso A<strong>do</strong>lfo Lima", ou seja<br />
a sua saí<strong>da</strong> <strong>de</strong>sta escola em 1914.<br />
De segui<strong>da</strong> o carácter inflexível <strong>de</strong>ste homem, <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez que os seus princípios eram postos<br />
em causa:A<strong>do</strong>lfo Lima " bateu com a porta" <strong>de</strong> uma <strong>forma</strong> muito fria mas implacável, em três <strong>da</strong>s<br />
instituições que se honravam <strong>de</strong> o ter entre si: na Escola Oficina n a 1, na Escola Normal <strong>de</strong> Benfica e em<br />
"A Voz <strong>do</strong> Operário ".Este "bater com a porta" motiva<strong>do</strong> por pretextos por vezes não muito<br />
compreensíveis, contrastavam fortemente com a tradicional capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação às situações, que<br />
to<strong>do</strong>s dizem caracterizar o carácter português, uma capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação que escon<strong>de</strong> sabe-se lá o quê!<br />
Neste aspecto, A<strong>do</strong>lfo Lima foi na plena assepção <strong>da</strong> palavra, um radical.<br />
Finalmente na sua obra resi<strong>de</strong> outro <strong>do</strong>s factores <strong>de</strong> estranheza <strong>de</strong>sta personagem:ela aparece-nos<br />
imbuí<strong>da</strong>, quer no seu estilo <strong>de</strong> prosa, quer na <strong>forma</strong> como os problemas são postos, <strong>de</strong> uma in<strong>de</strong>smentível<br />
influência positivista, cruza<strong>da</strong> <strong>de</strong> preocupações didáticas: mas atente-se ao que se <strong>de</strong>scortina quan<strong>do</strong><br />
conseguimos remover o manto positivista, e sobretu<strong>do</strong> atente-se às soluções apresenta<strong>da</strong>s como respostas<br />
aos problemas, e nele veremos uma mente arguta, extremamente lúci<strong>da</strong>, tão lúci<strong>da</strong> quanto um i<strong>de</strong>alista<br />
o po<strong>de</strong> ser, e sobretu<strong>do</strong> alguém que merece o epíteto <strong>da</strong><strong>do</strong> aos anarquistas <strong>da</strong> sua época, ou seja o <strong>de</strong><br />
"avança<strong>do</strong>".<br />
77
A maneira como Lima vê o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> no futuro, as propostas que ele avança, são<br />
sensivelmente iguais às que avançamos hoje, cerca <strong>de</strong> quase um século <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ele as têr formula<strong>do</strong>,<br />
o que constitui a maior homenagem que po<strong>de</strong>mos prestar a um homem que morreu em 1943, com 69 anos<br />
<strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Muito mais fica por dizer, e as duas biografias que <strong>de</strong> segui<strong>da</strong> apresentamos, completam o<br />
pequeno quadro que quisemos esboçar:numa, escrita por Alexandre Vieira, a<strong>do</strong>lfo Lima aparece como<br />
um intelectual inteiramente <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à causa operária;na <strong>outra</strong>, escrita por Moreirinhas Pinheiro,<br />
aparece-nos o A<strong>do</strong>lfo Lima pe<strong>da</strong>gogo, sen<strong>do</strong> inteiramente ignora<strong>da</strong> a sua pertença ao anarquismo <strong>do</strong><br />
principio <strong>do</strong> século.<br />
78
z<br />
o<br />
<<br />
79<br />
(D<br />
-u<br />
IB ^<br />
■§ £<br />
à 2<br />
0)<br />
S 2<br />
ET 'S<br />
11<br />
!<br />
. - . ■<br />
■<br />
■<br />
co<br />
CSJ
o<br />
<<br />
o<br />
H<br />
D<br />
H<br />
(ti<br />
Z<br />
O<br />
a<br />
O 4<br />
o S<br />
D H<br />
£ , ^<br />
H tf O<br />
A ; ^<br />
O O A<br />
í<br />
ft<br />
<<br />
Q<br />
O<br />
Q<br />
<<br />
Q
^ « S ■<br />
■"■ *Õo ° M<br />
3«-» o _ « "* «■ . *•<br />
fi — -i-i o _T<br />
TO S "** M W > «M S<br />
_. » n" sfc -° o o» "^ ••<br />
•o s* — s •> t; S o<br />
2 —• 2. ° «S<br />
S" nâ « 2 « X." S g "S<br />
2 ■•»«« ^ J o** "■ 2<br />
■ni w<br />
■a» « » «u **<br />
■* «S •» as *^<br />
S .2 «<br />
—
S o 2 -S<br />
•S - —<br />
• s<br />
1 *"<br />
Ml<br />
■M<br />
(U<br />
o»<br />
*o<br />
4J<br />
•e»<br />
eia<br />
ca<br />
a £<br />
S s<br />
Z»<br />
t»» ■<br />
«X»<br />
M ol;<br />
uo eu<br />
OJ (M<br />
«J<br />
S9 t
1— M * 1 ■u<br />
to, Livraria Escola<br />
i. Lisboa, tip. cai<br />
raria Escolar frogr<br />
<strong>de</strong> Franche Benoit <<br />
i<br />
O<br />
*»3 "<br />
«o<br />
er<br />
o<br />
4-1<br />
u<br />
Mj<br />
—J<br />
4-1<br />
IM<br />
O<br />
TO<br />
u<br />
Ml<br />
CJ1<br />
Um<br />
O<br />
*T3<br />
cu<br />
Ut<br />
O»<br />
o t-t<br />
u- a<br />
o<br />
•s.<br />
■*<br />
CO<br />
O<br />
u<br />
M<br />
•H<br />
i<br />
o<br />
M|<br />
O<br />
to<br />
to<br />
«U<br />
km<br />
O»<br />
ca<br />
c-><br />
CJL<br />
—m<br />
■Vcvs<br />
rsi<br />
cn<br />
fc<br />
no<br />
o<br />
■CS<br />
Ml<br />
—N)<br />
-a<br />
»<br />
«n ^^<br />
m<br />
*9<br />
ta<br />
O<br />
-Cl-<br />
CO<br />
—H<br />
~4<br />
«<br />
ta<br />
O<br />
-Q<br />
to<br />
-*-i<br />
*M<br />
1<br />
a<br />
i<br />
O<br />
•a<br />
—•<br />
•M<br />
o<br />
to<br />
a»<br />
1*4<br />
«a<br />
O ^<br />
ca S<br />
m g.<br />
=1<br />
s<br />
-^■1<br />
ca<br />
MM<br />
S3<br />
U»<br />
tt»<br />
CU<br />
1<br />
to<br />
Ml<br />
Ul<br />
■M<br />
O<br />
■M<br />
M<br />
Ml<br />
Si<br />
° s o.<br />
MJ ^ u-<br />
O<br />
•c<br />
o<br />
4_»<br />
O<br />
Mi<br />
«•4<br />
•0<br />
"O<br />
O<br />
4-»<br />
-•-4<br />
«9<br />
■•O<br />
ca*<br />
o<br />
w<br />
o.<br />
MO<br />
1<br />
O<br />
•«a<br />
« »<br />
o ^<br />
-s<br />
1 «<br />
o _=><br />
MM •—•<br />
«_» "M<br />
«o -<br />
U4 ■*-*<br />
«ft "T*<br />
cu "■»<br />
—» o<br />
Me J»<br />
•<br />
«■**<br />
crkm<br />
O<br />
t*4<br />
o<br />
Ml<br />
M*<br />
ai<br />
1-4<br />
Ml<br />
km t_j<br />
km<br />
cu<br />
• a s. «o<br />
O<br />
co<br />
1-*<br />
cu *■■<br />
«M<br />
—.<br />
o<br />
O<br />
to<br />
1«<br />
Lm<br />
9-><br />
—4<br />
—a<br />
»<br />
O<br />
-4-»<br />
o.<br />
i<br />
—.<br />
4~»<br />
ca<br />
o<br />
i<br />
tt><br />
>fM<br />
km<br />
t—»<br />
«J<br />
«O<br />
sa<br />
cu<br />
vw<br />
C3<br />
—4<br />
"O<br />
cu<br />
U-f<br />
O*<br />
O<br />
Ut<br />
MM<br />
Ml<br />
—«<br />
u*<br />
Ml<br />
IM><br />
>•<br />
•<br />
—■•<br />
4-J»<br />
t-i<br />
o<br />
cu.<br />
UT»<br />
«o<br />
—3<br />
o<br />
MO<br />
o<br />
»■»<br />
cu<br />
U9<br />
o*<br />
M<br />
CU<br />
■*»<br />
CO<br />
—<br />
CJ<br />
£3<br />
"••«<br />
t-<br />
o<br />
4-»<br />
1-4<br />
o<br />
ON.<br />
MH<br />
Ml<br />
lM<br />
•M<br />
ca •o<br />
Ml<br />
83»<br />
O<br />
lM<br />
Mi<br />
»—4<br />
Ml<br />
»4<br />
O<br />
t-t<br />
cu<br />
CO<br />
£3<br />
«i<br />
i<br />
H<br />
H<br />
<<br />
H<br />
o<br />
CQ<br />
CQ<br />
S<br />
H (4<br />
M<br />
kx<br />
O<br />
4jJ<br />
**3<br />
—c<br />
OJ<br />
•4-1<br />
i<br />
o<br />
-S3<br />
■s<br />
1-4<br />
o<br />
-D<br />
o<br />
c_»<br />
L-.<br />
4_><br />
sa<br />
o<br />
O<br />
o*<br />
MJ<br />
.«Pi<br />
■ ca<br />
ia»<br />
--> 1—4<br />
*o<br />
o<br />
CU<br />
«SN<br />
cu<br />
O<br />
•O to<br />
O<br />
o Dl<br />
S3<br />
•<<br />
O<br />
CQ<br />
w» O<br />
—N) -4=><br />
■o<br />
Ml<br />
IO •—1<br />
cu 1<br />
O»<br />
4>J «n<br />
cu<br />
O<br />
«O<br />
4—><br />
o to<br />
M ca<br />
O<br />
MM<br />
U<br />
Ml<br />
«O<br />
■<br />
1-4<br />
O<br />
ca*<br />
ta<br />
to<br />
cu.<br />
cu O<br />
■<br />
O* b-i<br />
km<br />
CU<br />
S»<br />
CU tn<br />
CO<br />
O<br />
CO<br />
o<br />
Dl -4-J<br />
tM: - a<br />
SM<br />
t 3<br />
ca<br />
.. M<br />
1—*<br />
CU<br />
tmm.<br />
o<br />
1<br />
CU<br />
ta<br />
•a<br />
IM<br />
CU<br />
MC<br />
■<br />
ta<br />
o<br />
•M<br />
o<br />
3 »<br />
cu<br />
4W»<br />
—X<br />
•a<br />
EM<br />
«O<br />
ta<br />
O<br />
O*<br />
o<br />
o<br />
CO<br />
to<br />
cu<br />
to<br />
1<br />
MM<br />
CU<br />
CU<br />
tM<br />
O<br />
CU<br />
•»3<br />
S 3 -<br />
•># «»«4J<br />
S s<br />
o o<br />
o o<br />
(O CQ<br />
Ml Mi Ml<br />
ca> sa ca<br />
«o «a t=»<br />
O Mi Mi<br />
MM .—4 ^«<br />
<br />
o<br />
•â<br />
«a<br />
Ml<br />
ca<br />
O<br />
«a<br />
k»<br />
1-4)<br />
«V<br />
ca<br />
ac<br />
•= s s<br />
87<br />
•o oa<br />
4-4) «M<br />
—« O<br />
CU<br />
•o<br />
CU<br />
•Mi<br />
t-4<br />
**s<br />
—t<br />
tai<br />
«u<br />
CO<br />
CU<br />
Ma<br />
IM<br />
H<br />
£<br />
Ml<br />
Ml<br />
Ml<br />
ta*<br />
—4<br />
■4-1<br />
ca<br />
-c<br />
Guilhauie<br />
Bertrand, s.d.<br />
P* Dl
«n<br />
in<br />
(5<br />
«n<br />
3<br />
Í<br />
«Ut<br />
Wily* H<br />
MS] L<br />
mail<br />
11V s<br />
fN 1 v<br />
MM<br />
illHj<br />
89
4- O "CASO ADOLFO LIMA": O "REGULAMENTO DO DIRECTOR<br />
TÉCNICO", DA AUTORIA DA DIRECÇÃO DE ESCOLA, E A<br />
RESPOSTA DE ADOLFO LIMA
.. „., flagulaaaatfl <strong>da</strong> QXxaaísa:Jjisaiaa.<br />
» GircsçEo usan<strong>do</strong> <strong>da</strong> facul<strong>da</strong><strong>de</strong> qua lha oonferem oa estatutos no sou art 14» a<br />
ben a a sus <strong>da</strong> qua nalaa aa eneontra estatuí<strong>do</strong> no art£ 9, alinéa b), mimten na F,soola Oficina,<br />
íi. lo «au Director r acnico para o qual aprovou por unanirA<strong>da</strong><strong>de</strong> o aeguinte régulais<br />
anto'<br />
'vrt 1 0 Director Téanleo <strong>da</strong> >c sBo quan<strong>do</strong> isei suce<strong>da</strong>» o oomunican<strong>de</strong> tal fsste n "M recçTo }>ara que esta<br />
provi<strong>de</strong>ncie e renova as cansas que ao fnoVí <strong>de</strong>ram oriçfn.<br />
:{ . S &.P9 os procroms <strong>da</strong>s diversas disciplinai <strong>da</strong>. oPcln £rmi se hnrmcnisam er.tro<br />
ai» na pratica, ou se ha <strong>de</strong>saguai<strong>da</strong><strong>do</strong>s, o bea assin se « sucessSo <strong>da</strong>a matérias <strong>de</strong> r.rau pa j<br />
ra grau é a mais conveniente» abanan<strong>do</strong> a aten<strong>do</strong> <strong>do</strong> profetvor ou profoGcoree reepectivos !<br />
para o .gou mo<strong>do</strong>jlej£ex» o, no caso <strong>de</strong> n~o checareis a acor<strong>do</strong>, levará o as*nmto á discussão j<br />
<strong>do</strong> Conselho scolar e a I~ir>o
•I<br />
! I<br />
M<br />
II<br />
í<br />
Art» lia 8N«U <strong>do</strong>s professoresa. notas <strong>de</strong> suapensRo <strong>do</strong>s alunos, pras© <strong>da</strong> suspense.<br />
« seu «tiro, subaeterá a DireooHo na mia prioeira rauniBe. • suspenses.<br />
di» ^!fw 1 «*?r ni " oir processos d0a alunos que éetejn* « eàndlQ5es <strong>da</strong> sert* elirdnadés<br />
ou que enton<strong>da</strong>a que o <strong>de</strong>ran »r , « apre«ontaos a DirecoHo.<br />
• V 0 •••feCTOr <strong>de</strong>ntro'dn su*, respectiva aula, eonpe<br />
Í ^;;# prOTidttrioiftr <strong>de</strong> »*> * obtarse n^culnri<strong>da</strong><strong>da</strong> e M«'^
JYiti<strong>da</strong>ães<br />
Directo To<strong>do</strong>» o« Directores<br />
Director Táenico<br />
Conselho *V>ool*r To<strong>do</strong>s os profeesores<br />
♦Conselho Penico Resi<strong>de</strong>nts ou vicepresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Dire<br />
c
o) A. mnnutenQfl.o <strong>da</strong> disciplina e oorrelativos meio» <strong>de</strong> efeoti<br />
vala, n<strong>do</strong>ptf4<strong>da</strong>3 no resularaento ealro o <strong>da</strong> oxpulsSo quo «5<br />
cocpefc* rî Dirao^Mo, aob ou sea proposta <strong>do</strong>a Conselhos lêará<br />
co a T^aaolar.<br />
Aos profassorus cabe individAalnonte o diroito <strong>de</strong> utilinar<br />
to<strong>do</strong>s os neios consigna<strong>do</strong>s no roTulsnanto, inlvo o <strong>da</strong> expul<br />
são, para manter a disciplina e o pres*,irt'.o necessário a Taon<br />
ensina.<br />
Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a petaina educa<strong>do</strong> <strong>da</strong> eociedn<strong>de</strong> ictiinl an faca <strong>da</strong><br />
senhora, <strong>da</strong>va havar rigorosa obsorynncin <strong>de</strong>st* *"»ree«lta soVa<br />
tu<strong>do</strong> pala3 » para con t\n praf^nrjaras»<br />
2 Û ) Dar parecer e?a to<strong>do</strong>n 03 assunto a pcdnojícoa <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong><br />
Conselho Técnico.<br />
o— 1 * or on rîxrîcuq?" on er: pratic. "i r■•ol r;õor :'r CÍÍIÍ •'.at""<br />
pe<strong>da</strong>gógico, ayi'oyndrt.TpclCvoTiror''j T/TVÏTEC ^ TT?'7? C"O, '"to ! : r*i'<br />
noniw ore o Oiroc*.t*r ïocuico a "«drd.ni*»l.r'. t"vo«<br />
'uarv'o •* «nriTTîtîî «■ 0¾^c\it••>■ anrrej.ver n;.>>:i 'a «n/» r»:oci.." *,'r;■.!>?<br />
<strong>do</strong> uni** ùisoipllna «tr oie poato m pm'/.o.. po'.o pro Co s .sor HI<br />
profesroron 4>s respectira I'i.eelplin." 1 .*»»<br />
i
5 - OS "PLANOS DE ESTUDO PARA A ESCOLA OFICINA N°l": 1906 E<br />
1912
1906
p.<br />
I<br />
tri<br />
I<br />
i<br />
;**'•<br />
>\ . •* '<br />
K<br />
■<br />
k»<br />
t. * - *.-...<br />
..-.''•-"' .- - • ' .:-, * .^<br />
j ■<br />
; ,.■<br />
I" "- * ~Z ' :<br />
' ' i :<br />
J'«<br />
. ■':•<br />
%<br />
^f '«- ».<br />
-"-"1<br />
■ ^ ><br />
, . * ■ ■ : •-*:• V; *' ,- "-* »:' i**<br />
* " ■•■ •<br />
/ ■ ; * : /;
103
C^KS^C- ,tt2~"2r CJA<br />
.' F'LAIVO J_>E E S T U D O S<br />
paia a<br />
Escola-Oficiiia N.° 1<br />
A enumeração <strong>do</strong>s conhecimentos a <strong>da</strong>r aos alunos duma<br />
escola, não é bastante á eluci<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s que a seu camo tenham<br />
o trabalho educativo; d'ai, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resumi<strong>da</strong>mente<br />
indicar o que se teve em vista, a rim <strong>de</strong> —sem se diminuir<br />
a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino — concorrer ca<strong>da</strong> professor para a<br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e harmonia <strong>do</strong> mesmo.<br />
^A* ã Pt CJU* cc Cc& n=Ã:^cjl<br />
As facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> homem manteem-se relaciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
jB&aQtão íntimo, que raramente um áto é produto <strong>de</strong> uma só;<br />
utn estorço físico correspon<strong>de</strong> a um esforço intelectual e, por<br />
^ e z ^j' , a " necess 'dà<strong>de</strong>_ moral o impe<strong>de</strong> ou incita. Se cjjja<br />
"Xfítta <strong>da</strong>s tacuI'<strong>da</strong><strong>de</strong>Tnaoi for^ përf(^2ari3c1J^uTicionamentora<br />
/resultante <strong>do</strong> concurso <strong>de</strong> "to<strong>da</strong>s será d^eaiquilibra<strong>do</strong>> e ífnberfeito.<br />
' - --.-.__ __<br />
— 0 indivíduo cujas funções fisiológicas se produzem sem regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
cujos órgãos não <strong>de</strong>sempenham com proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
o seu papel, sofre, pelas perturbações <strong>da</strong> sua saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> perturbações<br />
no funcionamento <strong>da</strong>s suas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s intelectivas<br />
— pelo menos, perturbações <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> — e ain<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
suas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s moraes.<br />
105
("V<br />
i'\ír<br />
.j<br />
DMta_çorre açao e simultanei<strong>da</strong><strong>de</strong> dr funç5esjrc3ultij necessária<br />
jTsimultanei<strong>da</strong>grdT educação nggp^toTcargtrg' é<br />
a ^o^sifiãrr^w^<br />
j—■—j 3 , ""■"■ ' iiicmjni ts
t>.v<br />
cão precisa, em vez <strong>de</strong> abstraçóes, apenas no campo especulativo<br />
existentes. A instrução, para ser efetiva, <strong>de</strong>ve excitar e<br />
incitar a inteligência a procurar a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem precipitação,<br />
sem i<strong>de</strong>ias preconcebi<strong>da</strong>s nem <strong>do</strong>gmas, com sinceri<strong>da</strong><strong>de</strong> portanto,<br />
crean<strong>do</strong>, finalmente, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> saber sempre mais<br />
como consequência <strong>de</strong> alguma cousa ser já sabi<strong>da</strong>.<br />
A instrução assim compreendi<strong>da</strong>, e a <strong>forma</strong>ção <strong>do</strong> critério<br />
e <strong>da</strong> iniciativa, são propriamente o trabalho <strong>da</strong> educação intelectual,<br />
a que tão intimamente se liga a educação moral, que<br />
difícil é extremar niti<strong>da</strong>mente os respetivos campos <strong>de</strong> ação.<br />
Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>; sem que a iniciativa e o critério afastem o in-<br />
•.dividuo <strong>do</strong>'autom'atismo. <strong>da</strong> suieiçao as i<strong>de</strong>ias e as acoes <strong>do</strong>s<br />
outros e ate ás i<strong>de</strong>ias <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>1 preconceitos, salvan<strong>do</strong>-o <strong>do</strong><br />
caos íntflefTliiil <strong>da</strong>s maWias»-€enré-4c.várlo a compreen<strong>de</strong>r e lor-<br />
. mar a sua digni<strong>da</strong><strong>de</strong> própria ? Ensiná-UTa procurar a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
' dêspêrtar-lhe o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> saber, é tamBêfri fortifîcar'lhe e Iibertar-lhe<br />
a vonta<strong>de</strong> : ensiná-lo a querer por si próprio, saben<strong>do</strong><br />
o, que <strong>de</strong>ve e po<strong>de</strong> querer, na firme intenção <strong>de</strong> o realizar.<br />
O conhecimento <strong>da</strong>s cousas e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, a in<strong>de</strong>pendência^<br />
e a vbnta<strong>de</strong>,'"conduzem a i<strong>de</strong>ia .<strong>da</strong>~Te^p%nsabilí<strong>da</strong><strong>de</strong>ggs~3Tgs'<br />
pYOp.rlós Juiaaa^Çdfr.vrr, 5 ,roragein_p.ara_ a luta sod^J^áoJ<br />
-mesmo passo',"aproximam os indivíduos, naturalmente sociáveis,<br />
tornan<strong>do</strong>-os solidários.<br />
Desinvolvcr harmonicamente to<strong>da</strong>s as facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, preparan<strong>do</strong><br />
o indivíduo para bem satisfazer suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e fins,<br />
— para viver a vi<strong>da</strong> completa (H. Spencer)—e. <strong>da</strong><strong>do</strong> o caráter<br />
social <strong>do</strong> homem, tornan<strong>do</strong>-o agente c objeto <strong>de</strong> felici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong> progresso — é o que, d'uma maneira geral, enten<strong>de</strong>mos<br />
por <strong>educar</strong>.<br />
etytàUn<br />
^JA ca<strong>da</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> conceber a educação <strong>de</strong>ve correspon<strong>de</strong>r<br />
/um mo<strong>do</strong> especial <strong>de</strong> a praticar, um regime escolar próprio. , .^---<br />
E se, ao sistema <strong>de</strong> num só mol<strong>de</strong> lançar to<strong>do</strong> o barro <strong>da</strong>s in- « ^ /<br />
teligências infantis para nele reproduzir eguaes to<strong>do</strong>s os exem- H W^ e?£í<br />
piares a <strong>da</strong>r á vi<strong>da</strong>. correspon<strong>de</strong>, por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o regime j^ ^<br />
<strong>da</strong> feroz disciplina <strong>de</strong> caserna e <strong>da</strong> palmatória, ao méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> **4>v<br />
interessar o aluno pelo estu<strong>do</strong>, <strong>forma</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um um in- ^-Î_
vos, reproduções <strong>de</strong> obras d'arte, ere 5 " n P'« e matruti<br />
A pontuali<strong>da</strong><strong>de</strong> nos trabalhos escolares <strong>de</strong>ve obterse DOr<br />
habito conscienteilo^Tui^TelelHp^'<strong>do</strong> p r o f e s s " g<br />
HEfõjggsor g alunos <strong>de</strong>vem ter a hberdáadgSker e<br />
gHëlggPreTTue, em ca<strong>da</strong> mo^n.n, mais fiffi<br />
s.eu trabalho ou ao seu bemestar. """"*<br />
• JJâg^e abolirse completamtnte <strong>forma</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> que na<strong>da</strong> si<br />
^ãmeconauzem ao automatisme 1 5 ^ ¾ ¾ ^ ^<br />
sao__<strong>da</strong> vî? ^CTfTRtGZeTtr ^virïtës^eCIe<br />
^vam a impostura. .<br />
"lo<strong>do</strong> o estudg <strong>de</strong>ye ser feito duranrr M licneauejcaiicar<br />
jnSBWjjassar lições é ^ ^ S á S ^ S M S S ^ r<br />
^^fetolcrear o hábito ^ ¾ ¾ ¾ ^<br />
« ,/" / pH' «*> o <br />
Deve o educa<strong>do</strong>r ter sempre em vista que a sua missão<br />
«w consiste em <strong>forma</strong>r indivíduos eguaes a ele, mas auS<br />
a <strong>forma</strong>ção <strong>de</strong> carateres individuaes e firmes, melhores <strong>do</strong> que<br />
108
Mantenha-se a disciplina pelo bem-estar, pelo amor ao estu<strong>do</strong>,<br />
pelo brio, pela noção <strong>do</strong> <strong>de</strong>ver e <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
pela compreensão <strong>do</strong>s prejuízos que a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m causa ao próprio<br />
perturba<strong>do</strong>r e aos outros ; nunca pelo autoritarismo <strong>de</strong>spótico<br />
que algema a espontanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, a iniciativa e a liber<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> àção <strong>da</strong>s creanças.<br />
Em resumo : faça-se <strong>da</strong> escola um logar <strong>de</strong> prazer, pela<br />
alegria, pelo interesse <strong>de</strong> saber, pelo bem-estar afètivo ; <strong>da</strong>s<br />
classes, grupos solidários pela muruali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços que se<br />
restam professor e alunos, centros <strong>de</strong> atração, núcleos <strong>de</strong> traalho<br />
e <strong>de</strong> energia.<br />
Depois <strong>do</strong> que dissemos sobre educação e regime escolar,<br />
em geral, pouco temos a acrescentar sobre o caso especial : o<br />
presente plano <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e a Escola Oficina N." i, como escola<br />
<strong>de</strong> educação primária e <strong>de</strong> educação profissional.<br />
Bastará dizer que a educação profissional <strong>de</strong>ve acrescentar-se<br />
e ligar-se àquela, sem a enfraquecer, restringir ou, d'outro<br />
mo<strong>do</strong>, alterar; que a sua orientação educativa e o seu regime<br />
escolar, <strong>de</strong>vem ser os mesmos aplica<strong>do</strong>s ao ensino técnico.<br />
«<br />
O curso <strong>de</strong> entalha<strong>do</strong>r, na Escola—Oficina N.° i, compõe-se<br />
.<strong>do</strong> seguinte :<br />
Educação geral primaria .<<br />
Ginástica<br />
Português<br />
Francês<br />
S<br />
Aritmética<br />
hisica<br />
rudimentares <strong>de</strong>: j g u t lm,ca<br />
/ Botânica<br />
' Zoologia e higiene<br />
Sociologia<br />
I Desenho<br />
Educação profissional....! Construção <strong>de</strong> mobiliário<br />
( Trabalho <strong>de</strong> talha<br />
— Estes estu<strong>do</strong>s são completa<strong>do</strong>s com' Missões Escolares,<br />
ten<strong>de</strong>ntes a <strong>de</strong>sinvolverem os conhecimentos <strong>do</strong>s alunos e a<br />
sua educação profissional e artística.<br />
— O curso <strong>de</strong>senvolve-se em seis graus (que, em geral, <strong>de</strong>vem<br />
correspon<strong>de</strong>r, na prática, a seis annos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>).<br />
109<br />
7
Ginástica<br />
Educação geral Primaria<br />
/.° grau<br />
Exercícios elementares <strong>de</strong> ginástica sueca.<br />
2." grau<br />
Exercícios <strong>de</strong> ginástica sueca.<br />
3. a grau<br />
Exercícios <strong>de</strong> ginástica sueca — Exercícios <strong>de</strong> ginástica<br />
elementar (<strong>de</strong> agili<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>streza).<br />
4°, 5.° e 6." graus<br />
Exercícios <strong>de</strong> ginástica sueca, sem direção <strong>de</strong> professor,<br />
. i<br />
Português<br />
/.° grau<br />
Escrupulosa corrèção <strong>da</strong> pronúncia e <strong>da</strong> construção<br />
oral—Primeiros ensaios <strong>de</strong> leitura—Significação<br />
<strong>da</strong>s palavras li<strong>da</strong>s (explica<strong>da</strong> pelo professor)<br />
— Interpretação <strong>da</strong>s frases li<strong>da</strong>s —Exercícios <strong>de</strong><br />
caligrafia.<br />
2." grau<br />
Escrupulosa e constante corrèção <strong>da</strong> pronúncia e<br />
<strong>da</strong> construção oral —Leitura <strong>de</strong> autores contemporâneos—Uso<br />
<strong>do</strong> dicionário—Interpretação oral<br />
*<br />
110<br />
-<br />
•><br />
• | * ►<br />
•"
Francês<br />
<strong>do</strong>s trechos e <strong>da</strong>s obras li<strong>da</strong>s—Exercícios <strong>de</strong> caligrafia.<br />
3." grau<br />
Leitura <strong>de</strong> autores contemporâneos e <strong>do</strong> século<br />
XIX — Leitura <strong>de</strong> diálogos ou peças <strong>de</strong> tentro<br />
(len<strong>do</strong> catla aluno a parte <strong>de</strong> uma personagem) —<br />
Interpretação oral e escrita <strong>do</strong> trecho ou <strong>da</strong> obra<br />
li<strong>da</strong> — Observação <strong>de</strong> analogias morfológicas e sintéticas<br />
— Exercícios <strong>de</strong> caligrafia.<br />
4-° grau<br />
Leitura <strong>de</strong> autores <strong>do</strong>s séculos XIV a XIX— Ltitura<br />
<strong>de</strong> peças <strong>de</strong> teatro como no 3.* grau — Interpretação<br />
oral e escrita <strong>da</strong>s leituras feitas — Dedução<br />
<strong>de</strong> regras gramaticaes <strong>do</strong>s muitos exemplos <strong>de</strong> analogias<br />
apresenta<strong>do</strong>s (sem <strong>de</strong>corar as fórmulas).<br />
5." grau<br />
Leitura <strong>da</strong> gramática — Composição (pequenas<br />
<strong>de</strong>scrições, cartas, etc)—História <strong>da</strong> literatura<br />
portuguesa, pela leitura metódica <strong>de</strong> obras típicas<br />
<strong>da</strong>s diversas épocas literárias acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
indicações históricas sobre o meio e os autores.<br />
3." grau<br />
Nomes <strong>de</strong> cousas — Pequenas frases—Conversação.<br />
4-° grau<br />
Conversação — Leitura <strong>de</strong> autores mo<strong>de</strong>rnos —<br />
Tradução e interpretação <strong>do</strong>s trechos ou obras<br />
li<strong>da</strong>s.<br />
5.° zrau<br />
Líitura, tradução e interpretação <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> teatro,<br />
len<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> aluno a parte <strong>de</strong> uma personagem<br />
— Leitura <strong>de</strong> obras primas <strong>da</strong> literatura francesa<br />
— Leitura <strong>da</strong> gramática francesa; observação <strong>da</strong>s<br />
analogias e diferenças entre as línguas portucuesa<br />
e francesa — Composição (pequenas <strong>de</strong>scrições,<br />
cartas, etc.)<br />
Noções práticas rudimentares <strong>de</strong>:<br />
Aritmética<br />
i.° grau<br />
Numeração, leitura <strong>de</strong> números—Operações. Problemas<br />
muito simples e recreativos<br />
Uso <strong>do</strong> metro — Sistema monetário português.<br />
9
Botânica<br />
2." grau<br />
Operações sobre inteiros, <strong>de</strong>cimaes e quebra<strong>do</strong>s.<br />
Problemas.<br />
Prática <strong>de</strong> pesagens— Medições <strong>de</strong> terrenos —<br />
Uso <strong>do</strong> litro.<br />
3.° grau<br />
Números complexos —Regra <strong>de</strong> três, simples e<br />
composta ' '<br />
Base e origem <strong>do</strong>s pesos e medi<strong>da</strong>s —Metros cúbico<br />
e quadra<strong>do</strong> — Equivalências.<br />
4." grau<br />
Exercícios (Recapitulação).<br />
5.° grau<br />
Regras <strong>de</strong> juros, companhia e liga.<br />
Medi<strong>da</strong>s agrárias —Sistema monetário <strong>do</strong>s principles<br />
pauesCambio—Várias medi<strong>da</strong>s usa<strong>da</strong>s<br />
— Medi<strong>da</strong>s inglesas.<br />
/. grau<br />
Palestras recreativas ten<strong>de</strong>ntes a corrigir preconceitos<br />
e a interessar os alunos pela vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s planta',<br />
pela agricultura, etc<br />
Discrição <strong>da</strong>s plantas Varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
A folha c a <strong>do</strong>r, na sua aplicação ao <strong>de</strong>senho.<br />
2." grau.<br />
Experiências e <strong>de</strong>scrições por meio <strong>de</strong> exemplares á vista :<br />
Germinação ; condições necessárias — Dcrinvolvimento<br />
por meio <strong>de</strong> sementes, tubérculos e bol<br />
Partes componentes <strong>da</strong>s plantas;<br />
Raij — Situação — Formas — Posição — Duração<br />
— Punção. ■<br />
Caule — Si tuaçao — Formas — Ramificações — Duração<br />
— Consistência — Função.<br />
Folha — Situação — Formas — Partes componentes<br />
— Nervaçao — Duração Função<br />
Estipulas.<br />
Elor — Partes componentes —Flores masculinas e<br />
femininas— Inrlorescèncias<br />
O ovário —Pólen —Semente e fruto.<br />
Ermo — Panes componentes — Infrutescência<br />
Uavinhas, espinhos e acúlcos.<br />
112
3. n grau<br />
1 I<br />
Célula e teci<strong>do</strong>s vcgeîaes : partes componentes e<br />
i<strong>de</strong>ia geral <strong>da</strong> sua <strong>forma</strong>ção.<br />
Noções elemcman'ssimas sobre a anatomia <strong>da</strong> raiz,<br />
ilo caule e <strong>da</strong> folha.<br />
Estrutura e crescimento <strong>da</strong> raiz, <strong>do</strong> caule, <strong>da</strong> folha<br />
e <strong>do</strong> talo.<br />
4." grau<br />
Funções <strong>de</strong> nutrição—Os alimentos; a acua—Terras.<br />
Adubos naiuraes e químicos — Absorção —<br />
Seiva bruta — Transpiração — Clorofila — Seiva<br />
elabora<strong>da</strong>—Respiração — Assimilação e <strong>de</strong>sassimilação<br />
— Produtos <strong>de</strong> reservas e' <strong>de</strong> secreção.<br />
. Crescimento <strong>da</strong>s plantas—Plantas sem clorofila —<br />
Condições externas <strong>de</strong> vegetação.<br />
5.° grau<br />
Anatomia e fisiologia <strong>do</strong>s órgãos <strong>de</strong> reprodução ;'<br />
multiplicação — Reproduções, naturaes e artinciacs.<br />
Enxertia.<br />
Plantas: industriaes; alimentícias; forraginosns ;<br />
medicinaes; venenosas. Suas aplicações e culturas.<br />
iôncias <strong>de</strong>monstrativas <strong>de</strong> :<br />
2.° grau<br />
Esta<strong>do</strong>s c proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s corpos — Átomos; moléculas<br />
; poros — Forças. Movimento e repouso.<br />
Força centrífuga. Gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>; atràção. Inércia. Peso.<br />
Equilíbrio: alavancas; balanças. '<br />
Líqui<strong>do</strong>s — Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>nri<strong>da</strong><strong>de</strong>, pressão e<br />
transmissão em to<strong>do</strong>s os senti<strong>do</strong>s — Vasos comunicantes:<br />
repuchos; fontes; niveis- Sóli<strong>do</strong>s mergulha<strong>do</strong>s<br />
nos líqui<strong>do</strong>s: flutuação; natação — Capilari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e força <strong>de</strong> coesão.<br />
Ga^cs — Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s; pressão atmosférica —<br />
Aerostaçno — Barómetros — Manómerros — Vácuo<br />
: bombas — Prova-vinhos ; sifões.<br />
3." grau<br />
Calor — Origem — EfTeitos. Temperatura — Termómetro—<br />
Mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s corpos pelo<br />
calor — Calor específico — Propagação <strong>do</strong> calor:<br />
irradiação; condutibili<strong>da</strong><strong>de</strong> — Máquinas <strong>de</strong> vapor.<br />
Som — Produção — Vibrações — Som no vácuo<br />
— On<strong>da</strong>s sonoras: reflexão; eco; intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> —<br />
Sons musicaes ; ruí<strong>do</strong>s ; estron<strong>do</strong>s — Aparelhos<br />
acústicos.<br />
113
4-" grau<br />
Auf — A luz agente <strong>da</strong> visão —O sol e a sua influencia<br />
nos fenómenos vitaes — Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s caloríficas,<br />
luminosas e químicas <strong>da</strong> irradiação solar<br />
— Corpos luminosos e ilumina<strong>do</strong>s — Corpos opacos,<br />
transparentes, translúci<strong>do</strong>s. Raios X. Rádio<br />
Sombra e penumbra; projecões <strong>da</strong>s sombras -<br />
eclipses —Camará escura — Propagações <strong>da</strong> luz'<br />
Reflexão : espelhos. Refràçâo : prismas ; lentes<br />
— Decomposição <strong>da</strong> luz : espetros solar e <strong>de</strong> luzes<br />
artificiaes — Recomposição.<br />
Camará escura <strong>de</strong> gaveta;"máquina fotográfica;<br />
fotografia : animatógrafo—Lunetas; lupas; microscópio;<br />
telescópio; luneta astronómica — Ilusões<br />
<strong>de</strong> ótica.<br />
5.° grau<br />
Elètrici<strong>da</strong><strong>de</strong>— Atràção e repulsão <strong>do</strong>s corpos leves<br />
— Elètrici<strong>da</strong><strong>de</strong> por fricção —Eletroscópio —<br />
Eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong>s positiva, negativa: neutralização —<br />
Condutibili<strong>da</strong><strong>de</strong>: isola<strong>do</strong>res — Elèirização por influência—<br />
Máquinas elétricas; po<strong>de</strong>r <strong>da</strong>s pontas<br />
— Distribuição—Con<strong>de</strong>nsação; garrafas <strong>de</strong> Lev<strong>de</strong><br />
-- Baterias. Descargas — Transmissão <strong>do</strong> choque.<br />
Fenómenos meteorológicos.<br />
Pilhas — Força eletromotriz— Resistência <strong>do</strong> circuito—Associações<br />
<strong>do</strong>s elementos; enfraquecimento<br />
<strong>da</strong>s correntes; efeitos <strong>da</strong>s correntes.<br />
Imans; poios—Magnetização; acão <strong>da</strong> terra. Bússolas.—Eletro-íman.<br />
Bobine <strong>de</strong> Runkorf— Aplicações<br />
industries e terapêuticas.<br />
3." grau<br />
Experiências <strong>de</strong>monstrativas <strong>de</strong> :<br />
Decomposição <strong>de</strong> corpos vulgarmente julga<strong>do</strong>s<br />
simples; proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s adquiri<strong>da</strong>s pelos novos corpos.<br />
Corpos simples e compostos — Combinações e<br />
misturas — Afini<strong>da</strong><strong>de</strong> — Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas e<br />
químicas—Fenómenos físicos e químicos -Fenómenos<br />
observa<strong>do</strong>s nas reàções: efervescência; elevação<br />
e abaixamento <strong>de</strong> temperatura; precipitação;<br />
etc. — Solidificação; cristalização — Filtragem<br />
— Decantação.<br />
Análise e Síntese.<br />
Dissolução a frio e a quente—Evaporizacão—Ebulição<br />
— Sublimação — Con<strong>de</strong>nsação ; liquifacáo —<br />
Fusão — Congelação.<br />
114
Zoologia<br />
Biologia<br />
4-.° grau<br />
Preparações e experiências com :<br />
i3<br />
Hidrogénio. Oxigénio. Água — Azote. Ar. Principaes<br />
tnetaloi<strong>de</strong>s e metaes— Áci<strong>do</strong>s.<br />
Efeitos fisiológicos —Aplicações industriaes e terapêuticas.<br />
. 5." grau<br />
Combinações <strong>do</strong>s áci<strong>do</strong>s. Principaes corpos orgânicos<br />
e os usa<strong>do</strong>s em marcenaria—Química fisiológica<br />
e patológica — Aplicações industriaes e terapêuticas.<br />
6." grau<br />
Fermentações: vinho: vinagre; aguar<strong>de</strong>nte; álcool<br />
— Pão ; pastas alimentares — Culinária — Conservação<br />
<strong>de</strong> matérias orgânicas — Economia <strong>do</strong>mést<br />
' ca ~ Sabão — Branqueamento e tinturaria.<br />
Prática <strong>de</strong> análise química — Breve noticia sobre<br />
notação química.<br />
4" grau<br />
Palestra sobre os animaes, ten<strong>de</strong>nte a mostrar a<br />
seriação <strong>da</strong> escala animal — Gran<strong>de</strong>s animaes extintos;<br />
vesti<strong>do</strong>s; fosseis—Luta pela vi<strong>da</strong>. Selècão<br />
— Hereditarie<strong>da</strong><strong>de</strong> — Transformisme<br />
5." grau<br />
O homem — Esqueleto. Músculos. Aparelho digestivo;<br />
glândulas anexas; digestão; alimentos. Sangue;<br />
circulação. Aparelho linfático. Aparelho respiratório;<br />
respiração; o ar. Sistema nervoso. Órgãos<br />
<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s. Secreções; aparelho urinário.<br />
6. n grau<br />
O homem (recapitulação <strong>de</strong>sinvolvi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s noções<br />
adquiri<strong>da</strong>s).<br />
Higiene e <strong>do</strong>enças <strong>do</strong> homem.<br />
Vertebra<strong>do</strong>s. Invertebra<strong>do</strong>s—Comparação <strong>do</strong>s seus<br />
órfãos e respetivas funções, com os <strong>do</strong> homem<br />
— Locomoção — Correlação <strong>da</strong> <strong>forma</strong> <strong>do</strong> corpo<br />
com o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> — Calor animal — Animaes<br />
úteis e nocivos ao homem — Indústrias animaes —<br />
Selècão artificial.<br />
115<br />
6." grau<br />
Breves noções. *
Sociologia<br />
Breves noções sobre :<br />
Território e população<br />
Preliminares<br />
2." grau<br />
Universo. Posição <strong>da</strong> Terra. Sistema solar. Dia e<br />
noite; estações; eclipses. Origens.E'pocas geológicas.<br />
Humani<strong>da</strong><strong>de</strong>. Origens. Sua distribuição pelo globo<br />
e aspetos etnográficos que assume. Línguas.<br />
O sêr humano e a natureza.<br />
Geografia geral<br />
» ; ■ 2." grau<br />
A Terra: seu aspeto; dimensões; divisões geométricas.<br />
Orientação.<br />
Parte sóli<strong>da</strong> : Continentes, ilhas, penínsulas, etc<br />
Montanhas, planíces, <strong>de</strong>pressões.<br />
Parte liqui<strong>da</strong> : Oceano, mares, golfos, etc. Profundi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
«ias águas, correntes, marés.<br />
3." grau<br />
Parte gasosa: Atmosfera; temperatura; climas;<br />
ventos. ,<br />
Crusta <strong>da</strong> Terra ; suas modificações :<br />
Geleiras; evaporação; correntes; aluviões; infiltração.<br />
Vulcões ; tremores <strong>de</strong> terra ; fontes termaes.<br />
4' g>' a "<br />
Geografia botânica<br />
Geografia zoológica.<br />
Geografia económica :<br />
Produtos alimentícios.<br />
Produtos têxteis.<br />
Produtos mineraes.<br />
Meios <strong>de</strong> comunicação e gran<strong>de</strong>s centros comerciaes<br />
e industriaes.<br />
Geografia política<br />
5." grau<br />
Brevíssima referencia ás artes <strong>do</strong>s diversos países.—<br />
Religiões.<br />
116
. lnTBa<br />
!%"
Princípio fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> natureza social <strong>do</strong> ser<br />
humano, sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. ^ r<br />
— Da simpatia : afetos. Justiça<br />
-Do S a rK a : inimisa<strong>de</strong> ; Versões. Injustiça.<br />
-Dos conflitos e antagonismos sociaes. Interessesguerras<br />
e direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa interesses,<br />
Açóes que afetam alterna<strong>da</strong>mente o bem estar<br />
<strong>do</strong> agente ou <strong>do</strong>s seus simil hantes.<br />
Açoes que afetam simultaneamente o bem estar<br />
<strong>do</strong> agente e <strong>do</strong>s seus similhantes. " Wr<br />
— DOS átOS nocivos a vi<strong>da</strong> d'onfrorr. c -<br />
irracional e racional. ' d outrem " Egoísmo;<br />
""H-°H át K° S qu % favore «m a vi<strong>da</strong> dWrem Bon<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
benevolência. Altruísmo<br />
-Da racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> e conexão <strong>do</strong>s átos recíprocos<br />
<strong>do</strong>s indivíduos e <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
r «iprocos<br />
— Consciência e sanção colétivas<br />
"ALÍ^^^A 1 5 ^ 0 <strong>do</strong> »l»alho. Associação.<br />
3* grau<br />
Usos e costumes (económicos, familiares, artísticos<br />
ps.co-coleuvos, jurídicos e políticos). ^<br />
Sua narração, episódica ou anedótica :<br />
-Dos primitivos; bestiaes, selvagens e bárbaros<br />
Antropofagia, canibalismo. Comunismo patriarcai<br />
e proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Promiscui<strong>da</strong><strong>de</strong>. Regime <strong>de</strong> guerras<br />
8 Í W , i & B M f ° rte ' tal, ' 3 °- D 4otismo^s r e" S i:<br />
~í ) n a c?, ntÍ8U, ' <strong>da</strong>d ^ 0rienfal e dássica; mitigação <strong>do</strong>s<br />
costumes best.aes. Poligamia. O po<strong>de</strong>r paternal<br />
S fdL^" 5 ^' Escravid So- Composição peal<br />
dão r'c med,a e , mo<strong>de</strong> - Vi<strong>da</strong> feu<strong>da</strong>l. Servidão.<br />
Escravatura colonial.<br />
— Da época contemporânea. Burguezia. Salariato.<br />
4-° grau<br />
Manifestações <strong>da</strong> sociabili<strong>da</strong><strong>de</strong> humana.<br />
História sumaria:<br />
— Dos agrega<strong>do</strong>s sociaes primários naturaes •<br />
Hor<strong>da</strong>, tribu, clan, arimànias, guil<strong>da</strong>s.<br />
Família. Comunas, municípios, cantões.<br />
Empresas comerciaes, industriaes. financeiras;<br />
ligas commerciaes; companhias <strong>de</strong> navesacãosindicatos;<br />
aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> Artes e <strong>de</strong> Ciências'
I<br />
i<br />
n<br />
— Dos agrega<strong>do</strong>s sociaes secundários convencionais:<br />
Nações ; principio <strong>da</strong>s nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Fe<strong>de</strong>rações e confe<strong>de</strong>rações.<br />
— Da humani<strong>da</strong><strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como um superorgamsmo.<br />
Síntese <strong>da</strong> sua evolução e caraterísticas<br />
<strong>da</strong>s suas fases.<br />
História interna <strong>da</strong>s nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas e especialmente<br />
<strong>da</strong> portuguesa.<br />
Suas respètivas organizações e evoluções<br />
leias e conexas.<br />
para-<br />
tf.°g; •au<br />
Síntese histórica — Méto<strong>do</strong> histórico.<br />
Escolas sociológicas ; <strong>do</strong>utrinas e instituições.<br />
Sistemas económicos; <strong>do</strong>utrinas e instituições.<br />
Sistemas políticos ; <strong>do</strong>utrinas e instituições.<br />
M* B, — £m lo<strong>do</strong>s ot anos. recapitulaiao<br />
<strong>de</strong>u <strong>de</strong>monstrações exemptijicativas<br />
<strong>do</strong> a.* 'grau, to<strong>da</strong>s as<br />
ve\ei que vierem a propósito<br />
I T mK ^^^W^^tW^^^&^S^S^E^^S^B^^^^^^^ sg^SÉ.Sftrí-;-'.
Desenho<br />
Educação profissional<br />
i. grau<br />
Cópia, em papel estigmográfico, <strong>de</strong> figuras, traça<strong>da</strong>s<br />
na ardósia, <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s linhas réta e<br />
curva — Cópia <strong>de</strong> estampa em papel estigmográfico.<br />
2." grau<br />
Ornato : cópia <strong>de</strong> gesso — Noções eJfcmentares <strong>de</strong><br />
geometria. • I<br />
3." grau<br />
Ornato : cópia <strong>de</strong> gesso (claro-escuro) — Problemas<br />
geométricos — Molduras d'arquitetura.<br />
4* grau<br />
Estilização <strong>da</strong> flora — Noções elementares <strong>de</strong> perspetiva<br />
— Breves noções d'arquitetura.<br />
5.° or au<br />
Desenho artístico — Figura: cópia <strong>de</strong> gesso.<br />
6.° grau<br />
Composição artística- *"<br />
120<br />
H<br />
• «
Construção <strong>de</strong> mobiliário<br />
Trabalho <strong>de</strong> talha<br />
JM?—„<br />
J.° grau<br />
'9<br />
Nomenclatura e aplicação <strong>de</strong> ferramentas—Serrar.<br />
2." grau<br />
Serrar; aparelhar, emalhetar; engra<strong>da</strong>r; cortar;<br />
armar — Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ma<strong>de</strong>iras mais emprega<strong>da</strong>s<br />
no mobiliário.<br />
3." grau<br />
Construir — Perfis; torno.<br />
4" grau<br />
Carpintaria (boiseries) — Composição : primeiros<br />
ensaios — Orçamentos : material (custo) ; tempo<br />
<strong>de</strong> trabalho; valor.industrial.<br />
5." grau<br />
Composição — Orçamentos.<br />
2." grau<br />
Mo<strong>de</strong>lação, em barro, <strong>de</strong> motivos <strong>da</strong> flora.<br />
3." grau<br />
' Mo<strong>de</strong>lação, em barro, <strong>de</strong> motivos <strong>da</strong> flora e <strong>de</strong><br />
ornatos <strong>de</strong> diversos estilos—Trabalho <strong>de</strong> talha:<br />
conhecimento e aplicação <strong>de</strong> ferramentas; primeiros<br />
ensaios d'escultura'em ma<strong>de</strong>ira.<br />
■4. 0 grau<br />
Mo<strong>de</strong>lação, em barro — Cópia, em ma<strong>de</strong>ira, <strong>do</strong>s<br />
motivos mo<strong>de</strong>la<strong>do</strong>s pelo aluno.<br />
5.° grau<br />
Mo<strong>de</strong>lação, em barro, <strong>de</strong> figura — Mo<strong>de</strong>lação em<br />
cera—Aplicação <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> talha ao mobiliário.<br />
6." grau<br />
Composição artística — História <strong>da</strong> arte : em cerai,<br />
compara<strong>da</strong> com a história social e a história<br />
literária; em especial, <strong>do</strong> mobiliário.<br />
121
1912
.>.'.<br />
■ & * ■<br />
Min «in-;-; •■".. ".■': •'•" '. V. ,* .olVi<br />
í.-.íí.---íuv-'é- v :..<br />
' i.vÍ^, "•"',' '. ' S^, C il r.«igail Kií» jâsj>Ia ofa>;<br />
q«.;;.;tJtiïqi3iaf o 6&}AOÍÍIÍ<br />
.w>Ií OibvTÍ ftá *30*»ti •<br />
■3 ,ti:sschis> ci» OÍU*<br />
.F'f ;nrTii[i ritorio.)' •. s ' ^orreccCes'<strong>da</strong>proiiat<strong>de</strong>.geisJAnos,<br />
,T7^o r plana <strong>de</strong>'esta<strong>do</strong>s organiza<strong>do</strong><br />
men tares <strong>de</strong> so< ,HjsforTa(popu" ^B ^segui<strong>do</strong> T; até • agora ■" na .EÍCOÍ3'<br />
. • w5~~»~„„r . etologia ,. lação).<br />
3T f.j^v«/ ..». Oficina n: 1 e que foi publica<strong>do</strong><br />
. C 2Vabalhos. manuaes eãuc J<br />
s g 2Vô^ãZÃòg mãriuaès 'educativos* L 1 Exercicioa<strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> pç^n»*'<br />
ijaoa. trecûoaTíe<strong>de</strong>, diálogosaimfples,<br />
piara ■ aprendizagem •: <strong>da</strong>;Çdi.<br />
versas'entoaçOes <strong>da</strong> linguagem.<br />
^Explicação <strong>de</strong> palavras" pelo alu<br />
no. e <strong>de</strong> frases peliprofessora.'' ',<br />
.«.^Leitara <strong>da</strong><br />
'<br />
'Musieacanto'corai ;■•
fcr>4fô/ i : ~~<br />
W0kï 1 £r r;^<br />
•1 I*<br />
Leitura <strong>de</strong> .autores contemporâ S.* grau<br />
neos, UUUB, ÍÍH àa. p»"^" ;.•: H» HinlnpOH ' tai Historia <strong>da</strong> literatura portuf<br />
»ntia e leitoras <strong>de</strong> manuscritos, ga0sa, pela leitora metódica <strong>de</strong><br />
1<br />
itepiicaçao e interpretação oralj 0braa típicas <strong>da</strong>s diyersas épocas<br />
pelo aluno, <strong>da</strong>s frases li<strong>da</strong>s 00¾ ^tocmja,acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong>anf*plicaçao<br />
,. e . interpretação :_^ *„,,*,. peja.<br />
feasors <strong>do</strong> trecho li<strong>do</strong>.<br />
„„r»^v.iíi<br />
jrç '<br />
cáç^gfJla^riwílsótae O'lttl<br />
TJao <strong>do</strong> dicionário, na ex«_—<br />
<strong>de</strong> pequenas p '<br />
cão <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>da</strong>s palayraa^<strong>da</strong>s..<br />
Exercício <strong>de</strong> dita<strong>do</strong>, am feapelff;<br />
<strong>da</strong> pequenos treoKoa ejcorgaccáo. a ^ ia cc<br />
<strong>do</strong>s erros por pairie <strong>do</strong>talunoîpow *n<br />
ineio OJL constatât <strong>do</strong>i*liciariarip.v^ "veá <strong>de</strong> ,^,1.,^^ ;i ti PBiiJWftrtíSI ir<br />
Primeiros exercícios cie pon nas historias, basea<strong>da</strong>s em pro»<br />
tuação. , , verbioã. J^ografiaa fartas cor<br />
Ekcrita ambi<strong>de</strong>xtra em papel<br />
.««<br />
raerciaea. Corrigir frases inoor<br />
(exercícios <strong>de</strong> caligrafia).<br />
3.' grau v mes <strong>de</strong> objectos e <strong>de</strong> pequenas<br />
íra°es nsuaes.<br />
Explicação em francês por parte<br />
<strong>do</strong>t aluno <strong>de</strong> estampas especiálmMite<br />
<strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a esse fim.<br />
Ur Conversação francesa. Nomes ><br />
<strong>de</strong> objectos e coisas; pequenas<br />
%rasés feitas pelo aluno. m<br />
^'Ënainol<strong>de</strong> ilêi&Srïùî <strong>da</strong> prosa e<br />
dita<strong>do</strong>. 'Ensincft<strong>de</strong> pequenas fra<br />
■SaJtf umêração? ato'roil^<br />
«±.* grau<br />
Conversação francesa. Leitura<br />
<strong>de</strong> prosa e versos <strong>de</strong> autores mo<br />
reotas, oner^grarflatiu».^.^^»».^. <strong>de</strong>rnos. uoi^u». Tradução *«.u,Mv.Y— e interpretação' «■<br />
*<br />
quer <strong>de</strong> senta<strong>do</strong>^aimpliacação <strong>de</strong> <strong>da</strong>s frases e trechos li<strong>do</strong>s. Dita<br />
Escrupulosa e constante corre ra 'frases, ^.^^ procnranao<strong>da</strong>r ^ expressão, , .... <strong>do</strong> <strong>de</strong> pequenos trechos, chaman<br />
ção <strong>da</strong> articulação, entoação e in ao mesmo pensamento com o me<br />
1<br />
flexão <strong>da</strong>s palavras e <strong>da</strong> construção'oral.<br />
• .<br />
Leitura <strong>de</strong> autores contempo age, v • » ff | ,■ $."■ ■ .<br />
raneoa e <strong>do</strong>. século XIX. Leitu Completac'frasea. on<strong>de</strong> hajapa<br />
ra <strong>de</strong> diálogos ou peças <strong>de</strong> tea lavras oroÍ8sas.>^'V^<br />
, tro, em prosa, (len<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> aluno Passagem <strong>de</strong>.poesias para pro<br />
a parte <strong>de</strong> um» personagem). sa. / NT Jfc<br />
' Interpretação oral e escrita <strong>do</strong><br />
trecho ou <strong>da</strong> obra li<strong>da</strong>.<br />
Leitura <strong>de</strong> gramática.<br />
Exerdçjna <strong>de</strong> composição, re O .* gx*UK (topara o amo apteial).<br />
' latorios <strong>de</strong> excursões, <strong>de</strong>scrições Recapitulação <strong>do</strong> grau anterio<br />
'<strong>de</strong> jogares muito conneoi<strong>do</strong>a ao Vistas <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um<br />
aluno, <strong>de</strong> bilhetes postaes uus <strong>da</strong>s épocas literárias e classifica<br />
■rãfi<br />
ção <strong>da</strong>s respectivas obras pela<br />
sua analise e critica.: ,,,„, , s<br />
\A\t vx\t u w■« «M******■• «■■ww^— — 7 — —<br />
<strong>do</strong> a atenção <strong>do</strong> aluno para a tor<br />
1 género e numero em<br />
as palavras e <strong>do</strong>s temverbos<br />
. e sua compamateria<br />
<strong>do</strong> grau<br />
, <strong>de</strong> fraeotas,chaasragras<br />
içãcí Curso<br />
mana).<br />
i<strong>do</strong>g. <strong>da</strong> eatampas. etc. uarEãs<br />
iÇAftj<strong>de</strong>aen<br />
. jtmiljarqs,,e njmnjasy, oÇw,Tfl ;<br />
't)bserváção <strong>de</strong> analogyiamor NoçOes <strong>de</strong> verificação", basea<strong>da</strong><br />
,a,<strong>da</strong>,tr8chqa Bortuf<br />
olûgicas,i srntaticafc, aj .propósito na leitura. Oomposição> <strong>de</strong>riva<br />
<strong>de</strong>Ttirasé» ^expressamente, formução <strong>de</strong> palavras (casos muito sim etntst<br />
la<strong>da</strong>s ou escolbl<strong>da</strong>Kpara esse fim, ples) Estu<strong>do</strong> sobre^Bmoninus^por<br />
Exaroioio8 <strong>de</strong> ditadò/fOm. alu meio tr:_ <strong>de</strong> frases e exemplos."<br />
oCa tiasiM<br />
• nn/noreacall ditar* ao? seus •ootqa.&WFtf*<br />
colegas g mdioara aepqiaos.er X|. grau<br />
'.roa, que eieBcorngiraQ^por'maio /"'fúrnuií 1 *^<br />
.S^ISKSs^gSmSi | t Í31\, _<br />
^ZSl&mií&aii» o mos ,or/ \ Bempre qãe^espéòfivá^profes<br />
. Leitura <strong>de</strong> antoree^oa^ecuIoa\lflol^^Tari<strong>de</strong>i:falar>com o aluno.<br />
ïiteraturV;fi^esa;;por3e«)r<strong>da</strong><br />
leitura dóa>úi^Tinçtf aea >uto<br />
".'•_•!' ±' '±ule**'*mLm*iiÁdÊtifi rival n pfl.<br />
.* Aritmética 1 >f«/'<br />
:XL\t á'3XIXí?Iieitnra\<strong>de</strong>^eçaa^t0ib,;.,;imiiM u SSTTtt "WS<br />
> <strong>de</strong> teatroyíemíverwí Wcomomo ^{ÇtaiPsK^i " —«—«<br />
grau antece<strong>de</strong>nte. • ??,lgpa|fTA9?<br />
eJítt<br />
' tnnfn ' flfT''riTlhntflfl T)flfl^3?fl 'uUS'<br />
jffifflUgif.B.'J.^....! ' viv.
|N<br />
O<br />
i<br />
r<br />
,'S<br />
•£*$£••<br />
X '■■■<br />
t ' «&;*■:* ..1<br />
~il'TT.» *"!: .—••.t.r oi, .^»r.<br />
Educação, r experimental'! <strong>do</strong>s ;<br />
senti<strong>do</strong>s. ,cf MHVI I'/,».: , r^j<br />
Tratamento <strong>de</strong>plantas;cuItTÍra<br />
o sementeira; jardinagem em;<br />
canteiros individuaes.: Uoleccion*<br />
namento. <strong>do</strong>s respectivos i produz<br />
tos. _' .cí . ; ■>,'•;■■: . .i,<br />
;<br />
' Criação <strong>de</strong>.. animaes • <strong>do</strong>mésticos:<br />
galinhas, pombos, • coelhos,<br />
se<strong>da</strong>,<br />
tea s^.^jBpga^yjA^ ay.A »5<br />
^ 5 ¾ ¾ ¾ ¾<br />
4*<br />
1 & UB°â*s'. o©jn ••:<br />
Observação sobro • a., quecnos<br />
To<strong>de</strong>ia: "I .♦■• "••• • J, .j.jfar■«,•<br />
O solo— Relevo <strong>do</strong>terreno—<br />
• Planícies e montanhas. Solo e<br />
: subsolo. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s '. terre :<br />
nOS. • jr.í.\<br />
Produtos tira<strong>do</strong>s <strong>do</strong> solorEm<br />
bruto oui industrializa<strong>do</strong>s. rrKochas<br />
calcareas, silicio8as,i!combuativeis.<br />
cristalinas. Pedras pro,<br />
ciosas e falsas. Agua. Sal. iline<br />
1<br />
raes—proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s ejLueosjligas'<br />
/•e«moe<strong>da</strong>s.:rwz , ;í:. , !'l .*rtriTiasjt*' •*'<br />
•« AtmosferarA. agua na. atnios ><br />
:: fera; nuvens, nevoeiros;, A xgua ;<br />
•• no solo, fontes,: regatos, « riachos<br />
. e rios. Mares; 1 agua soli<strong>da</strong>tgelo *<br />
e geleiras." » •'•• : ' •■•••,'» .c« .í<br />
As pianiasrArvoras, arbustos J<br />
• o subarbustos. Plantas:quBcomestíveis a não comestíveis..'<br />
; Como crescem; as plantas , fgor '<<br />
'. minação);: quaes as:condições no 1<br />
cessarias para o sou <strong>do</strong>senvolvimonto:<br />
agua, ar e luz; como so<br />
'nutrem, respiram o transpiram;"<br />
•como circula a'seiva; como so<br />
i reproduzem—somente, tubérculo'<br />
o bolbo. Partos componentes <strong>do</strong> .<br />
embrião.<br />
A<br />
127<br />
* SS SC3T^C^X .^rw
: &n F"<br />
7^ "<br />
WÍ<br />
'■A-<br />
.'.'St.<br />
Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s plantasplantas .Trabalhos práticos; espônoaiXtriaes,.<br />
alimentícias, condi,. cias. <strong>de</strong>monstxatmisob» hadromentoiaa.'venenosas.medicinaes,<br />
génio, ^««f* ,¾° 6 ° ° u* 01 !?.<br />
etc índigenasl e^oxotic^^Pror/carbomcoEletrolJâe.<br />
aS^SKSaV<strong>da</strong>s; S<strong>da</strong>3'plantas plantas.^ S L r .Montagem MoatagemJeaparemos.Jra<br />
as apalpo. **<br />
' "Oar'ammaas—Oa'animaea 'àmmflMOa'animaea Oa^aiumaea .maia. maia baltes Dainps em Ji^; vidro: <strong>do</strong>brar,, ,^^^0 aíila.r,<br />
ufceiaV ^Produto?'extraí<strong>da</strong>s "~<br />
<strong>do</strong>s, cortar.'etc^ tr . ab ^°*'. 0 ? m J£<br />
»nimaea : TOSH i"*í. " '^""i lhas? finar/a<strong>da</strong>ptar, 1 ve<strong>da</strong>r, etc,<br />
'SaSSft eoft /V:•*»'*J ^ Filtrarr<strong>de</strong>caatar.* *>o*=l «' ". :<br />
"ObslWçao/expucaçaó. è~ini' Eiixertar, alporçar, etc.' ><br />
ciaçâ^os 9 pequenos V faotos <strong>da</strong>. Preparação ao herbario Se<br />
vidvdiariá que sebaseiam nos cagtjm.<strong>de</strong> folhas, fiotwe piau<br />
. se£senti<strong>do</strong>s>mo>or exemplo:, tas.. Preparação ,<strong>de</strong> fidhwt.Ao<br />
■■ Mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> esta<strong>do</strong>r temperar, res para o <strong>de</strong>senho. .^<br />
. tuwTK comparação dás tem' '^^S eat ! mi ^fSSS^<br />
Stux^frioecalbrcondutibos, 3*«î'P«W^2ïïïïft<br />
: bSSrEfeitós <strong>do</strong> «<strong>do</strong>r sobrev ^ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ w £ <br />
oaSowdilataçlo <strong>do</strong>ar sóli<strong>do</strong>s, 1 cool,)'íormol, , ete ^ m t." rQS en .<br />
• ^vlSn^ísoUdirTcaçio; disso,.' Fabrico <strong>de</strong><strong>do</strong>ntaficos pó^agua<br />
• nha tgr^^<br />
verticil, centro <strong>de</strong> gravi<strong>da</strong>i^fõesí provas vuhos^c..7..<br />
dÍí^iia?alinha rohliqasTe ■;■ .®°?^?^'^rooK»* "o<br />
cw'Beso'dtïBXorposHwaQsio.baii vExpenencias.com a ^¾^<br />
• ^SfeSS<strong>de</strong>ffi solidD.it ,Tjit .BtUaçW; montagem dós rcs<br />
SSSSénsichar^maximal P«*TM'*P»^^'^^f :<br />
to. Fanção <strong>da</strong> raiz. Reprodução<br />
<strong>da</strong>s plantas: estaca e alporque.<br />
.Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>3 raizes. Plantas<br />
Bemraizés. ',' '<br />
• <strong>de</strong>usfS<strong>da</strong>, aKÚa7lítro.. Pro^ ^ ¾ ¾ ¾ ntprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>do</strong>s<br />
liqui<strong>do</strong>s.'Leni<strong>do</strong>s,. Regiato dimo, ao ^ °<br />
^S^âi<strong>do</strong>s^arpo^ Conheci^erobs^çto<strong>do</strong>,<br />
utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s ventos. ^ : ( ¾ ¾ ^ ¾ ¾<br />
J ; '** l ' '<br />
Troncos; Folhas e botões. Cresoimènto,<br />
4 ~dirocção('Vrámiflcaçâo. •<br />
Porte; <strong>forma</strong>,' 'situação. Tnberculização;<br />
Tizoma V bolbo. Principal<br />
íunçao '<strong>do</strong> "caule.' Enxerto.,<br />
Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>'Cauleir.^Plantaa'sem<br />
cauio. : *',;'j" :"'*'''' '. > : : ."„ ' ,<br />
"Partos" componentes <strong>da</strong> toma;.<br />
fórinornérvaçao; ' folhas ' simples .<br />
• e compostas; posição. BotCes.Que<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> folhas. Transpiração. Assi, <br />
milaçãocloronlina. Plantas parasitas^Respíração.<br />
^Movimento<br />
i <strong>da</strong>s folhas. Plantas carnívoras.<br />
• Modificação <strong>da</strong>s' folhaa<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>a<br />
aoTneio' ou áfançio.íUtiji<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
> <strong>da</strong>s folhas. Conhecimento <strong>da</strong> lor*^<br />
ma "<strong>da</strong>: folha para asua aplicação<br />
ao <strong>do</strong>senho, talha, etc. Plan .<br />
tassem folhas. : 1 ■!: • '» tr«^i.»V<br />
JBotOes, bracteas:Partos componentes<br />
<strong>da</strong> flor. Origem, ■fulhoarí'<strong>da</strong>flor.'Fifresincompletasrmascalinas<br />
efominínas. Inflorescencia.,<br />
Fançào <strong>da</strong> flor; placentaçSo a»/t<br />
, óvulos. 'Fecun<strong>da</strong>ção. Meioapro■' .<br />
[ pcios 4'flor.' Meiòa.mcongruente3. t<br />
Frutificação.' Movimento, <strong>da</strong> llor. .,<br />
Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ilor. A flor na. sua<br />
aplicaçio ao <strong>de</strong>senhoe.á,talha.'<br />
PJãnWsem flor. ^,^ ." '•<br />
' Partes .componentes i<strong>do</strong> ^íruto..<br />
Espécies. Falsos frutos. Intru?te;;<br />
canoial Dissemmação <strong>do</strong>s.frutose<br />
Utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s frutos; u ^,,.f^Z3j<br />
■" Partés'.componehtes <strong>da</strong> somen'<br />
teP'Espéciesi. 1 Dissîminaçao V.dãai ■<br />
gaZo,r EaM*~V**> atmo^ ahigone ^ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ l<br />
le<br />
v£n«. i ;«i ' • • •»•• YL^caltur.rAga.soUafcVa.<br />
: SomRui<strong>do</strong>o: estron<strong>do</strong>.Ou' 1 ^ ¾ ¾ ^ . .<br />
CorS8.,opacos,r:tran8luci<strong>do</strong>9^I ^ 5 ¾ ¾ ^ ¾ ¾ ¾<br />
transparentes. Reflexão:.lentos tas. '««W 5^ToreVonçanas •<br />
iriccão. Corpos bons e maus oon.' tteacçoes. £ °""|" "", A ^ .<br />
dûtor^IsSlamento.' Corrente <strong>do</strong>art ^ . ^ ¾ ^<br />
Podórdás'.;pontas:.pararaios..'; '£< uomon ? a .Formas <strong>do</strong>s corpos <strong>do</strong>s'ani,.mães;<br />
Yertebraddsie invertebra ><br />
<strong>do</strong>s. >'• Co*rrelaçãoT.<strong>da</strong>soíórmar <strong>do</strong>, i<br />
corpo* com' o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. A<strong>da</strong>4o<br />
ptaçâo ao meio; metamorfoseio t..<br />
mimetismo. Locomoção; : omigra*»<br />
ção. Luta contra ofrio e o canacos<br />
e quiuiu. ^.<br />
Libaó pratica <strong>de</strong> coisas... ; parte3 componentoB <strong>da</strong> raiz.<br />
S." Srau. i *\ : ••*•'■.: Crescimento; ■ direcção, ramihça<br />
Contínaaçao o dusonvolvimon ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾<br />
to <strong>da</strong>smatérias ^ ^ ^ . 1 ¾ ^ . ^ ^<br />
1 ' •<br />
lor.•'Influencia <strong>do</strong>;, meio; Origem<br />
<strong>do</strong> vestuário. Oalanimaesonaia;,<br />
notáveis entre^ .áa^espemeaJ.inu?;,'.<br />
, tois e prejudiciaesV • Í.T .•<br />
. Disposição ;dps.orgSo8 interiores..<br />
• • ' ' .'".i l". '• " _<br />
' Conhecimentos,.e observação<br />
sobre o próprio indivíduos, •• ■.<br />
Conservação <strong>do</strong> individuoOs<br />
alimentos; : alimentação. Os<strong>de</strong>n?<br />
tas;'sua importante função '_na<br />
conservação <strong>do</strong> individuo. Higiene<br />
<strong>de</strong>ntaria; <strong>de</strong>ntriiicos;'.Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
nas sua oscolha. Tubo digestivo;<br />
esofago; estômago; intestinos.<br />
Uso <strong>do</strong>s alimentos; bona e<br />
maus; regime. A agua; bebi<strong>da</strong>s<br />
*á •m«Ktm&smBm^mms0ÊSSSSms^^^ i s<br />
128
;■ ■;. • -• '-• ' ■■: •.•-ijr.r,,.i.-„,<br />
•..il' s<br />
»«;■ >f.'f<br />
Momabza<strong>da</strong>sjnso mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>da</strong>bel<br />
pWftBi íarmenta<strong>da</strong>a;- bebi<strong>da</strong>* <strong>de</strong>s» aoB-sêros. Mineraeç-criatalisaçla<br />
tua<strong>da</strong>a; a-alcooL « Embriáénôtó-sb ^MiaeralogJaîa.TèeetMST^auum<br />
pooliamovAbsorçâo; nutriçïor<strong>da</strong>i *f«—Botânica e Zoologiar.!««<br />
iwscSop A Eaorecoeart BtiarAmanai ^'^^^'^'^••vegetabre^âái.<br />
^ítoalaçaoycoraçiorBartffrieríaxioí<br />
««oi*«ç«HiCcraçãor3M•. '•in: I,-<br />
MU*,/- I-.<br />
.í.rrvO ,<br />
ro<strong>da</strong>s: <strong>de</strong> fncçao,> jo<strong>da</strong>s <strong>de</strong>nta<strong>da</strong>s,<br />
-engrenagens; correiapaem^ám<br />
-Hamborea; parafaaoa-paxafusoà<br />
Bem-fim;flaniho,rcabre8tante,<br />
,- torea>D«mái<strong>da</strong>d«<strong>do</strong>aÍTgazeMAw<br />
rpataçàovePreasâoTtm variosae».<br />
ti<strong>do</strong>iu-Bombai-» <strong>da</strong>r^bombka'dà»<br />
oompnrardTVíeed. Jfaqoiha pnen><br />
mataanBpmbaaliqTii<strong>da</strong>s;a8piránrea,:elaTa<strong>do</strong>TBs,<br />
incendiba;irotat&<br />
vas. etc. StfOes. Atosiaa<br />
yaporizaçaoíííeváporiíao.-TeBalisto8 •apáre:<br />
luoa).Faróès.,<br />
«oUdlgTM^<br />
Jimetíto -<strong>da</strong>s 3 molecnlâs--yíbra-<br />
,rí0i - ,JI . ;^r,f r-t<br />
^pecomposicSo 0 <strong>da</strong> ! -ínz. x R«òs<br />
nltra-yiQÍeta e winfro-verm'eÍhb^<br />
Movimento InmiiíoBo-^iVibracSes<br />
ínminoaaa; On<strong>da</strong>s^laminósaárjEa*<br />
P®S?°.. 80la r. Espectro -'<strong>da</strong>s lnzeã<br />
araûaaesi Analise "espectrãL ><br />
•ít'liecompoBÍcâo l :"<strong>de</strong> r)loz^: Oôrea<br />
acsfcnrpos.opacos dtranaparenr<br />
tOBvPohcromismo.rrí! r-r-M^r-T<br />
p-Vi^ó hnmána-^EàtrntnráM<strong>do</strong><br />
olha humano.-.' Mecanismo i<strong>da</strong>, vir<br />
a^or^idáa-ijmpréasoás, na<br />
ÍÍ^\ er ?*toop«7ntãootropoi<br />
•*W»grafiai inatajrfanaa; animator<br />
grafa-tipreciBçàxr<strong>do</strong> lèlevò. Esf<br />
tertoacopoaJSnfraqnècmerítoxlà<br />
vi8tt-EmocnlòyInnetas,.ocnlos e<br />
monocnJo:v.c'r .rvnial ,craal .,,<br />
•«^«mtór-Eatn<strong>do</strong> fpratico ? <strong>do</strong>s<br />
F""^P*! 8 T óprpoaj-; sua 1 biatoriá,<br />
tW^ 0 Pai'iral? âno<strong>do</strong>s-' <strong>de</strong>: os ■<br />
129<br />
^-.^tsrapatitica, »«;..<br />
c Hidrogemo.-i Oxigen io.~ Oxidá-<br />
«"•^«ÇM <strong>de</strong> oxi<strong>do</strong> e <strong>de</strong> anidri<strong>do</strong>.i<br />
Metaes e meteloiíloa-Ozone.<br />
Agaa; aguas natoraef ; agua po-<br />
/
UUl «LU i *<br />
SSS35S& SãSSK SrSi<br />
f^^«, s ;» Sfesiiaas» SSSFBa»;<br />
'«affiSS «SSSE& arSs%*<br />
s S ^ i&wsffiia s2assíss*âg<br />
■sggsssíssassK SPSSsíEírs ^SSSKS^SSK<br />
-.m - I.ÍT-'i. —-m^ &flí*t» . _ --<br />
130
ff*<br />
K'"'<br />
r
('■'.■' ~ v " ■ : • r ' ■'. "<br />
IH; ;:<br />
• \<br />
tf**fr#Be^:E* "^'^^^ateçe<strong>de</strong>ate^<br />
* ùifrMW»W> #Hfl :—3 uiaoa ^WS'TSu^idiatnbQiçào .'paio, c .?, 8 ^^veítíeacu8feiikaiosl, ><br />
i»«rr pWfl . f . ; » 03'*»»,* 4<br />
.•SaaVînïWïil»i*"« r^.'i ...iiqio.') S.*.fiT>3n3it>«;nÎHn'j'i'i oft ne"<br />
comparação, por meio <strong>de</strong> qC « ptSieS P ^ 8nieB atèri ^^° ra biMÇid.e proporcionaliV<br />
dros, gravuras, bilhetea postais, La gran<strong>de</strong>a centros comer a^i P Œ n P , m , l t 0<br />
&ÏS.<br />
132
%Ç—. ■ . • •■ r ■;*■-■■■ TZ -■ .:-•,■ -.. .• ■ : : — — 7 -<br />
(Sí- ■ • ■ ■ » ■ ■ • ■ • ■ • " ■ ■<br />
rr. ■• ■ • • • : ■ - ' • . ' ' ' - • . • •. . - • '<br />
ei<br />
:■<br />
f>.<br />
U<br />
—Daa aenaações, sentimentoa a seiras <strong>da</strong> ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong> terra e borgaeaia o proletaria<strong>do</strong>, eacra-<br />
paixões; 8ua intelectnalizaçâo. • -cal e artísticas. vatnra colonial.<br />
Da ver<strong>da</strong><strong>de</strong>:.-: fun<strong>da</strong>mento I<strong>do</strong> . .TranBporteSfr-Qaanto a h,<br />
o logar, á Prehistoriarr e , historia. I<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>ver;'digni<strong>da</strong><strong>de</strong>."!--"»(!> rnrj rTiî/vrao^ar<strong>do</strong>e'a.-força.motora. ftnnf.MÎa-'pedra^«-..<strong>do</strong>8 : metaea/.Antiaui-,<br />
j;<br />
>.:.':'.<br />
—Da mentira: covardia;bai3Cfl-uo Eroprieaa<strong>de</strong>r-Comnniamo ípa?:::<strong>da</strong>d8v«aiaiío^^fricaãalflienropeia.»4<br />
za; <strong>do</strong>brêa.^nn. 1 ■'<br />
[;<br />
£'.,...■,',<br />
?'.■■•■<br />
) n oihs-risnO triarrTJ<strong>da</strong>d^<br />
-^Da;j<strong>forma</strong>çâó <strong>do</strong> critério./Ia- oniamo^familinr e-jolidãrio.» erírraporanea. ïactoi típicos quo asjjT<br />
•. <strong>de</strong>pená^gciaJ^<strong>de</strong>y.òpiniQes; ari<strong>do</strong>jt Promi«Tni1rtarieTaprinitiva,afa^a6parani e distinguem. \,<br />
i<strong>de</strong>ias;;iniciativa; espirita<strong>da</strong> con—Emilia matsoiarou-màtiiaxcalHgaryirx • .^.-.1 • í*'s"o*i *■?•<br />
. tinmNia<strong>de</strong>; personali<strong>da</strong><strong>de</strong>; caxacteroaterna ou patriarcal, mo<strong>de</strong>rna,.,. Vr^-V'i""» .W*ff "• ""t^â 1 K .<br />
^'<br />
r A:íoF?u< praticamospara'cOm '? *«**■ temporarias,.poli^à, ^JW^c&o.^ .sooiabiL<strong>da</strong><strong>de</strong>^,<br />
V • dmauos enre- su Demonstração m^B»,SSS » wkjrckW;'"^^»''''«rii^ffiï<br />
excmplijicativa: ■"■"S"- '••' ^ártesensmd^Danaa^miTtsica,''t : .^Dosjagrega<strong>do</strong>ssoçiaeapóraa^<br />
Da'<strong>de</strong>ficiência'«j',4 merciaas:.merca<strong>do</strong>st-lfeiras,lojaH,fr<br />
"fl> ; ' -Dasimpatia afectos. Justiça. lV ^^S^iASip!em'-iiedra'ma/^to^iinaDceirasi^'cambistastban^ 1<br />
e<br />
Accòra a na afectem "alterna<strong>da</strong>-'í M1 ^ e positivai «*MWK*.OM»;»rampwiu» uo iw ..<br />
men^bl^es^<strong>do</strong>a^^ ^ 1 ^ ¾ ¾ ¾ ^ . ^ ^ ^ 0 ^ ¾<br />
<strong>do</strong>á seus similhantès "^4 :;x . Jí / >:,-viata'/dtí sexifd€^nTpl^mento\e^ W«££Vrf« £Í2w2Tw2.T<br />
A__xr_j._.-ci_i .:Í-'1TI. _ -iaDerfaicoamento-tmliiaefiTni. aen-a- Aca<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> artes e <strong>de</strong> sciau.tatuou,<br />
i.óott*3<br />
trem. Egoísmo irracional 9°íéF^ 9 - - 8 - 1<br />
cionál? GE?*"»'?» íi2 .Esoycor.ori<br />
-Dos actos que íavoriwemTaH 8 - Abúito.-miantia^^^<br />
vi<strong>da</strong>' <strong>do</strong>utrem. 3ph<strong>da</strong>^e£.benevo- ft?- »°°«*)<br />
—Da cooperação<br />
trabalho.-'-iAssociaçâo<br />
mútuo. Assistência<br />
<strong>do</strong>. Continui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Histociçtoii.!.;,» ij) a£-ií,io'f3VÍ' í" ,mo8 , eapeciaes; C^^^'P«wV , fià^.áRi' ! ^??^m?í^ , dSS<br />
a,.,^»,,, ;,,.1^ l . ah í d t o<br />
^ g « ^ « ; : •Sistemá^econbniibóít dóntrí^'<br />
'Úaos^costumea^êconomicos.p. 'Justiça régia,'-jaizeaíespeciaes ^:SiïïSi2î22^- -^««^««'^<br />
familiares artiatícos,-j)sico-CQla-^Tribunaesv^dnsura moral #o£mb{«SSlT^Z^ *">tmi«r*»<br />
ctivos, jurídicoaíe políticos)^:,tjciência.. . ■'«^M^ffi^.ííÍ?-.^*!^!^?-<br />
Narraçâoepisódica;a.^ane<strong>do</strong>cti-'' ^AbforitarismO's-FangttiDario-.ra n'?Z^tl~* - 9 %^ 1L<br />
ca naa auas três'fases:'selvagem, BorviHsraò-banind.lCrimo/<strong>de</strong>-lesa-íi Vi í~? '?• 1 • ."»U«Í7* «?"<br />
barbara a contemporanea>upar-»autori<strong>da</strong><strong>de</strong> politica. O po<strong>da</strong>r-aly'ii meC0Q0 ûiawrico. ^ -r^^^Q<br />
tin<strong>da</strong>. <strong>da</strong> . observação <strong>de</strong>stamparão soluto.e heridiUri^TloaMhefei: 'Trabalho» manuaes,,<br />
estu<strong>do</strong> '<strong>da</strong>quelas: ( '.. f ,'.' "rC^Xt-amonarquías, tlôlígàrquiop.-'Po<strong>de</strong>r artísticos o profíasio-<br />
A;.alimen|açãQ-^collieita<strong>de</strong>íru- politico o sacer<strong>do</strong>taíJJVi<strong>da</strong>r-fetnd naes .. •"•"-'' •'tos,<br />
caça^,antropofagia,.'..pesca,r.<strong>da</strong>l:? «a .iuofssm of) o<strong>do</strong>^ed T^ahaih^^aJ.'.'ii^'^.'J<br />
paatoricia,,qultura,',<strong>do</strong>a^terran9S, Castáas-ef^asserJ-guerreiroi*^ l-capainos-man^uae^gflU-0<br />
industrias.,:,".'ir', 1 r ; . : .'.-.,.'„'.'..'J.Vr escravos;bramaneeVcbastriaaivai»'') -Wwo rtCaUVQSTrrr» ofoq •■•<br />
0 vestuário <strong>da</strong>, origem vegetal xas, r : sudrís, ^eupatri<strong>da</strong>al oráculos ■ erra»» - ;M; - Í * "•<br />
e animaL a povo, escravoe; patrícios a ploWí l',t%•' turmas ... ;\ ...,:_..<br />
A habitação, cavernas, al<strong>de</strong>ias, beua; senhoras o vassalos, servos Sem auxilio, <strong>da</strong> inatrumentoa:<br />
laoustres, • ato. HabitaçOesgroa- ><strong>da</strong> gleba;/olero,■ nobreza a povo; - Papel a,cor<strong>de</strong>l.;- -i -, ,..^.,., ?,-■'.<br />
-"' '■ ■■'■' ""•'»»■ ■ xmi - -««fffrwf. c«'.-"rT-.r-«:V-.:í,wj.<br />
pgBBSjasfojCompanhias reuni<strong>da</strong>s } xx^owcscaoucsoc JCacKSoocststscatx<br />
133
caixas paioea.cw^aiauy»*'» >;»».« «wouw^»...»».^.^ .^ ,^^^,.,,^... wU^F».«v.~ e _ <strong>de</strong>monstração<br />
àSp ««o aeoiqd íroíosi .asnasoqRãn hn niripi<strong>de</strong>xtrq VJ <strong>de</strong>pois; .'jjou<strong>da</strong>si <strong>forma</strong>s <strong>do</strong>s.objectos com: tas<br />
MUUtytiitiù.9 maitq»aoomla,.mto^^aer<strong>da</strong>}^racadtt<strong>da</strong> <strong>forma</strong>s geométricas,' acompanha<br />
■ 3.'turma . ' _. . . ,.««*n_. «^«na ionmontii n:4'r*i4*^dji quinafrncAar.<strong>de</strong>'iJùrnïas .e<br />
Entrançar,<br />
nar<br />
covas<br />
finimpomcSo'<strong>de</strong> J cores. "Pnmeir<strong>da</strong> roíy^teTiia<strong>do</strong>irconicaraa: oe oj>;hohianfaa'a dsaenhar.<br />
exercicios<strong>de</strong>colagem, objectosem'Hootogfomplefl a <strong>de</strong>^taBP.commn^ii "■•■>■■ * ' **•• " •»• *• :» ' 1Y !<br />
oor<strong>de</strong>t'se<strong>da</strong>V sacos,: etcnObjectos„ Exercacioa<strong>de</strong>; <strong>de</strong>senhou iMma . *• c*"*» • :v.:.•:..,:««■ •<br />
em verga. . ^:z&&iu:?.n «orij^,^ >8&1òo .f«*t»«nn»*í«8i * í*507 Copia.<strong>do</strong>gesso {ornamental) a<br />
»»"srr*Ma «««"«iflun.» jífcrmí Desenho ambioextro;r.:linhasivclar$e8ouro, faberr"on.esfami<br />
Càm^nxiiîoMe'lisoura é 'concorras, cãnmmíeren<strong>da</strong>a^èfpiraes nho«.ft:negrão^.alterna<strong>da</strong>. com a<br />
laíem H 5 '' J ' 9 t***ruiir, .^"'rd^cTirvaçccontni^cmTKiscUt ,=ó.<strong>de</strong>"obj0ctoa.<strong>de</strong>..nso,..c«mum'<strong>do</strong>1.<br />
TnSalíu»* em"papélï"cartão, ; ! aVJ^J. .coojtílís ÍCT »«j;:s:anrvt?r mowr^bmplexi<strong>da</strong><strong>de</strong>.• ,• '""...'■..<br />
■ ^ ^ Í Y . W l ^ J ^ W f . V í , ) , , H w~r ,f. Bíboço, <strong>do</strong> natnral, <strong>da</strong>.figura,<br />
^i?nVJ^PfiíSríS^simetricas ,a TSÏÏZÉ J^Ffii^S^mWiripM<br />
^eaenhoB livres motxva<strong>do</strong>s^m .^„ma„n T,u.flara.e <strong>da</strong> fauna.Ï_<br />
,a T)eaenhoBlivres motiva<strong>do</strong>s^am .^^^J/rUjft0<br />
B•»« , h Breves,'nòçOes <strong>de</strong> pérspeotiva. .<br />
folha<strong>de</strong>ifflandresv<strong>de</strong>pvadpf <strong>da</strong>s Jkboco,<strong>da</strong>ngnra„humana, <strong>do</strong> r Conhecimento <strong>da</strong>scaracteristi<strong>forma</strong>s<br />
geometacas^!^.^ ^IÍ otrin^tuja^» '»» .^;»;«. A . tcas<strong>do</strong>» diversos estilos^. 1*.7"<br />
4.'sraa >T mri \.I ^Represantacao.<strong>da</strong>s imagens por „ ^:^..,,.,.,^^^^,.<br />
Cons»uxmtf,<strong>de</strong>rdnstrumentqí. manchasia agua<strong>da</strong>s. . ■^.•^'•jwr'^J^ ..;/. : . Vò. :<br />
Trabalhotf^m:^apel.rCartao.f,^& Resenho ^ ¾ ¾ ^ ¾ ^ ¾ Gópi» <strong>de</strong> gessos,.ornato e figu<br />
BstiliMçaotOraameu^aca^^omisiaretem.pape^.<strong>de</strong>.ob^ a claroescuro (carvão, lapis,<br />
estiloatopiaa<strong>de</strong>.obra8.nae arte. 8enhadps4mtenqrmente„r.) £ /esíuminhoóu pena)rr.r f.O <br />
Frisw^c«tisti«str,Ç4noaturas,, ^ 0 ^ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ^ ^ ^ h OoSSSe figW<strong>do</strong>vnatusal,:a •<br />
Paisagens e <strong>de</strong>senhos 1 » RapeLA%,nuaçaefHe ï4"£WJWg*R£! ?O«TJK^M .Wi«««A .nnJÍ •<br />
côr,^omhr.^P;apoW, 0„,Rl;, £ ^ ^ ¾ ¾ ¾ ^ A^P^ao: ornamentais com,<br />
Tríb8lhos"*em arame; lata . ¾ ^ ¾ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ . ; P DiVersi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estilos!'Eatílifolhfcdft<br />
HandrjBee^feri.QflPl* ^fffam hi ' r:m: • ;,0,TEf • ° D * ! . zaçSe <strong>da</strong> flora. ,.., _. ... :<br />
«»• .r»r«îirt»»5ai o ?.an ^. . ,,_;,. nn)to, <strong>da</strong>t cor * Desenvolvimento .<strong>do</strong> <strong>de</strong>senho<br />
Desenho •«'W**'xn nnj...... aû«a..it,.? O jr*tHr«t «haoht.' •íO.»gr«jaí»!tó::^tfl , í»^!> o ..^.:1..:<br />
i:.TwS4 ,rnK1 a a ?J^Í M T , "W^ m '?ííí^/fi'' Composição artística. Copiage '<br />
/SS»iq o»C3iiaiîi3 EBboço,<strong>do</strong>.nataraJ,,aaf;figur8.rfigor» 50 natural.': . ; '".V r . "'"<br />
l/ttirma „ _ humana e/<strong>da</strong> florai.^. n «W' 'lT^H«Sa^ó ctoaffljéâlíb<br />
Desenho. Kvros. sem mo<strong>de</strong>lo. Desenho <strong>de</strong> memoria, na ar<strong>do</strong>,.9ríSS^^S5u&Sn ° : '<br />
to pelo <strong>de</strong>senho apelas cures./ <strong>de</strong>genQo8 <strong>de</strong>^objectosobserva<strong>do</strong>s , K ? S S <br />
: !<br />
' " '<br />
i} turma » TT*. *' íórf,<strong>da</strong> aula em «í 0 ^ 68 art ^ " SfdYs sombrai,'" \ '<br />
TJaBeiihos Tivres.'sem e 'com ticas: » 'orh^iMiv.*" 1 " ,'•."• .* *» •.•*"'.'""<br />
m^ddnflWiMl^^mil^^ iDesenhoambi<strong>de</strong>xtroComph. : KȒaDo 4. granam, <strong>de</strong>snte, inclu<br />
Sgrconmm ^eSos' « d^moría' «nSd»^Ônl^Tlcaçoes»<strong>de</strong>'tsurvas,,.enC= <strong>do</strong>V E AorOes, copia rosíçeas,[■ <strong>de</strong> flora .JUJJ, ti,t;0«IUDOi.p■ ' ■■»■' ' »— *. -- * » * fc ***■<br />
134
Û.<br />
Mo<strong>de</strong>lação<br />
1." grau<br />
J.* turma: '<br />
Primeiros exercícios om barro,<br />
rolos, bolas, rótangulos o <strong>outra</strong>s<br />
<strong>forma</strong>s. ' '<br />
2.* turma:<br />
Mo<strong>de</strong>lação livre e <strong>do</strong> memoria<br />
em volto e objectos <strong>de</strong> uso co*<br />
mom.<br />
5.* turma:<br />
Os mesmos trabalhos <strong>da</strong> 2.*<br />
turma.<br />
S.' grau<br />
Copia <strong>de</strong> frutos e objectos simples.<br />
Apolo á observação <strong>do</strong> aluno<br />
para as <strong>forma</strong>s <strong>da</strong> cerâmica; a<strong>da</strong>ptação<br />
ornamental, ao gosto e<br />
fautazia <strong>do</strong> aluno.<br />
Nota — Estes trabalhos <strong>de</strong>vem<br />
começar pelas <strong>forma</strong>s poliédricas<br />
e re<strong>do</strong>n<strong>da</strong>s.<br />
3.* grau.<br />
Copia <strong>de</strong> objectos <strong>de</strong> uso comum<br />
e <strong>de</strong> objectos <strong>de</strong> <strong>forma</strong>s complica<strong>da</strong>s<br />
e <strong>de</strong> motivos <strong>da</strong> Hora e<br />
fauna. . '<br />
Copia <strong>de</strong> "trechos lornamentaesj<br />
e diverso*.estilo^.<br />
conaéa<strong>da</strong>^BQt)<br />
cerâmicos.<br />
Mo<strong>de</strong>lação livre em vulto e em<br />
relevo, <strong>de</strong> assuntos tira<strong>do</strong>s <strong>da</strong><br />
natureza.<br />
.Jr. -f:<br />
Diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estilos, estilisaçâo<br />
'la flora.<br />
Mo<strong>de</strong>lação em barro, <strong>da</strong> figura<br />
humana. •,'»'■<br />
Fundição, por <strong>forma</strong> pordi<strong>da</strong>,<br />
om «osso, e processos <strong>do</strong> reprodução<br />
em <strong>forma</strong>s <strong>do</strong> cora e gelatina.<br />
*■•'",• • ' "<br />
«3.» grau (ti profittional)<br />
Em barro e cera. Aplicação á<br />
talha e a ferragem, para moveis.<br />
Formaçãoicomo no grau anterior,<br />
e primeiras noções <strong>de</strong> <strong>forma</strong>s<br />
a tacólos.<br />
Especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s só para o curso<br />
<strong>de</strong> escultor—estuca<strong>do</strong>r (aulas<br />
diárias).<br />
Em ma<strong>de</strong>ira — Marcena^<br />
ria<br />
1.* .» gfratx (tó profittional}<br />
3." fpeaxL<br />
Fundição em gesso (<strong>forma</strong> per<br />
Desenvolvimento e aperfeiçoa Trabalhos <strong>de</strong> talha aplicável ao<br />
di<strong>da</strong>). .<br />
mento <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> grau an mobilario. ^<br />
G* gprau (ti profiuional)<br />
terior Construir—Perfis—Torno. O.* grau (tó para o carto <strong>de</strong> entalha<br />
Mo<strong>de</strong>lação em barro e cera <strong>da</strong>s 4.* greLtx (profiuional)<br />
<strong>do</strong>r)<br />
composições previamente <strong>de</strong>senha<strong>da</strong>s<br />
com aplicação á talho e Carpintaria, (Boiseries), Cons Copia <strong>de</strong> trabalhos artísticos.<br />
mobiliário.<br />
trução:, pequenos moveis—Orça Composição artística.<br />
„..—■.::¾. '
6- ALGUNS "RELATÓRIOS DAS GERÊNCIAS ...": 1904-1905; 1906-1907<br />
(Excertos referentes aos exames); 1908-1909; 1909-1910; 1910-1911
1904 - 1905
141
k<br />
;-•<br />
: ; ^ g ' ;;SOGIEDM. PROMOTORA :/í<br />
.»,'<br />
■C<br />
'*-':-V.' - -'.A»'';--!; - 2~ ■!.'■?"• • "' - •-' W ' ■'-■'■ "".'".<br />
■RELÂTORIOÍÊCONTAS.f<br />
,J:*Af*--i<br />
referenies'ao aimo'ecoRonv.co <strong>de</strong>19 0419 05<br />
PARECER DO COHSEUiO FISCAL<br />
_JSSL_<br />
■5Ç5T<br />
'*'•%??!''"•;.• . an—oi^d«<strong>do</strong>c»i
jSSNHORBS !<br />
Mais um anno <strong>de</strong>corri<strong>do</strong>, mais uma vez ha vossa<br />
presença, <strong>da</strong>n<strong>do</strong>vos conta <strong>do</strong>s actos <strong>da</strong> nossa gerência,<br />
que' hoje fin<strong>do</strong>u. O ultimo semestre <strong>de</strong> 1904,<br />
gastámolo em preparativos ten<strong>de</strong>ntes a po<strong>de</strong>rmos<br />
abrir em janeiro seguinte a escolaofficína n.* 1, cujo<br />
■ regulamento se achava já approva<strong>do</strong>, restan<strong>do</strong> apenas<br />
pôlo em pratica. Mas os óbices, que sempre<br />
appurecem, quan<strong>do</strong> se procura realizar uma i<strong>de</strong>ia<br />
nova, a installaçáo <strong>da</strong> nova se<strong>de</strong> com o competente<br />
mobiliário escolar e a difficul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar professor<br />
competente para leccionar as aulas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho,<br />
mo<strong>de</strong>lagem e esculptura em ma<strong>de</strong>ira, tomaramnos<br />
algum tempo mais <strong>do</strong> que suppunhamos, <strong>de</strong> <strong>forma</strong><br />
que, só em 9 <strong>de</strong> fevereiro proximo passa<strong>do</strong> conseguimos<br />
inaugurar, sem solemni<strong>da</strong><strong>de</strong>, a primeira escolaofficina,<br />
na nova se<strong>de</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, rua <strong>de</strong><br />
S. João <strong>da</strong> Praça, n.» 83, 2."<br />
Abrimos n escola com quatro alumnos, apenas, numero<br />
assas diminuto, o que <strong>de</strong> nenhum mo<strong>do</strong> nos <strong>de</strong>sanimou,<br />
porque criamos firmemente, que tal facto<br />
não traduzia menos sympathia pela instituição ; mas<br />
sim, o <strong>de</strong>sconhecimento quasi completo <strong>da</strong> existência<br />
<strong>da</strong> escola, por parte d'aquelles, a quem ella mais interessava.<br />
E não nos enganámos, porque o numero<br />
máximo <strong>de</strong> alumnos, vinte, que as aulas po<strong>de</strong>m comportar,<br />
já foi preenchi<strong>do</strong>, e logo que nos seja possível<br />
esse numero será excedi<strong>do</strong>, porque temos requerimentos<br />
<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>ntes, que esperam vnga<br />
para serem admitti<strong>do</strong>s, ou o alargamento <strong>do</strong> quadro<br />
<strong>do</strong>s alumnos.<br />
A instrucçáo ministra<strong>da</strong> aos nossos educan<strong>do</strong>s,<br />
afastase <strong>do</strong>s mol<strong>de</strong>s segui<strong>do</strong>s nas escolas officiaes<br />
e ain<strong>da</strong> mesmo nas particulares, <strong>de</strong> que temos conhecimento,<br />
porque estas.mais ou menos tem <strong>de</strong><br />
subordinar a sua maneira <strong>de</strong> ser ao programma <strong>do</strong><br />
ensino official. Mas nós, que visamos, apenas, a for '•'<br />
mar artistas, queremos conseguir os fins <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>s ' _<br />
sem nos preocuparmos muito com os metho<strong>do</strong>s ge ><br />
ralmente segui<strong>do</strong>s, que em nosso mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vêrvi
iam prejudicar com superabundância <strong>de</strong> ihcorins os<br />
resulta<strong>do</strong>s essencialmente práticos, que ambiciona*<br />
mos ver colhi<strong>do</strong>s por aq utiles, cuja direcção insiructiva<br />
se acba entregue aos cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Para crear um artista esculptor em ma<strong>de</strong>ira, (vul<br />
. garmcnte chama<strong>do</strong> entalha<strong>do</strong>r) pensámos, quanto á<br />
parte thcoricn, que bastaria ensinarlhe o seguinte:<br />
— a 1er e escrever a sua lingua correntemente,—<br />
i anthmetica elementar, — noções <strong>de</strong> historia pátria e<br />
<strong>de</strong> chorographia,— noções <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho linear;—e na<br />
■ parte pratica:—<strong>de</strong>senho <strong>de</strong> ornato e <strong>de</strong> figura,—<br />
marcenaria, — mo<strong>de</strong>lagem e esculptura em ma<strong>de</strong>ira.<br />
, Não é certamente o bastante para um artista dis<br />
; tincto na especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas é já muito, em relação<br />
ao muito pouco, que actualmente se sabe na arte a<br />
' que <strong>de</strong>dicamos, por agora, os nossos alumnos.<br />
Não é supérfluo, que um bom entalha<strong>do</strong>r conheça<br />
: as línguas franceza, ingleza e allemá, para que possa<br />
j estu<strong>da</strong>r nesses idiomas o que .os mestres estrnngei.<br />
' ros tem escripto sobre a arte, que a<strong>do</strong>ptaram. E <strong>de</strong><br />
'i to<strong>da</strong> a vantagem, qua saibam geographia e historia<br />
| universal, on<strong>de</strong> encontrarão egualmente motivos <strong>de</strong><br />
ensinamento para <strong>de</strong>senvolverem os seus recursos<br />
i artísticos. Não é <strong>de</strong>mais, que tenham completas no<br />
' çóes <strong>de</strong> historia natural para trasla<strong>da</strong>rem para figura<br />
a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> respectiva estruetura. Devem também<br />
conhecer os princípios geraes <strong>da</strong> architectura, afim<br />
<strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptarem esses conhecimentos ás concepções<br />
<strong>do</strong>s seus trabalhos.<br />
Mas não quiz a vossa direcção embrenharse<br />
por emquanto emtão complexo problema, receiosa<br />
<strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r executar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já um tão vasto programma,<br />
arriscan<strong>do</strong>o portanto a spssobrar por falta<br />
<strong>de</strong> recursos pecuniários.r*J<br />
Limitámonos, pois, a pôr em pratica somente a<br />
primeira parte, que <strong>de</strong>ixamos ennunciadn, insistin<strong>do</strong><br />
muito particularmente nalicçãct <strong>da</strong>s coisas; isto é,<br />
í ensinar ao.alumno praticamente»o que é e para que<br />
' serve este, aquelle, aquell'outro objecto, explican<strong>do</strong><br />
egualmente a origem,, e; a razão <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s<br />
phenomenos physicos,. afastan<strong>do</strong> por completo <strong>do</strong><br />
espirito <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s to<strong>da</strong> a superstição e <strong>de</strong>struin<strong>do</strong><br />
ain<strong>da</strong> aquella, que em seus cérebros, tenha<br />
ti<strong>do</strong> já fucil guari<strong>da</strong>. .0 nosso principal fim é, como<br />
fica dito, fazer convergir para o. campo pratico to<strong>da</strong>s<br />
as theorias ensina<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> <strong>forma</strong> que o alumnoao<br />
çntrar na sua carreira conheça sem mais preâmbulos<br />
to<strong>do</strong>s os objectos ou apparelhos vulgarmente<br />
a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s paraauxiliar e encaminhar o homem na,<br />
' sen<strong>da</strong> pratica <strong>da</strong>,vi<strong>da</strong>, e tenha o espirito <strong>de</strong>semba<br />
~" caça<strong>do</strong> e aberto, prompto a raciocinar livremente,<br />
sem estorvos ou aprehensões, que muitas vezes o<br />
inhibam <strong>de</strong> <strong>da</strong>r largas á facul<strong>da</strong><strong>de</strong> imaginativae consequentemente<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver O: cérebro em.to<strong>da</strong>s<br />
as,suas múltiplas funcççes., . •..'...;_. /<br />
146<br />
T<strong>de</strong>s são o* nossos <strong>de</strong>sígnios ; assim os vejamos<br />
coroa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> bom êxito, <strong>forma</strong>n<strong>do</strong> homens bons, e artistas<br />
que honrem o seu paiz e a arte a que os <strong>de</strong>dicamos.<br />
A tentativa é nova em Portugal, mas parecenos<br />
levanta<strong>da</strong> e digna <strong>do</strong> auxilio <strong>do</strong>s espíritos altruístas,<br />
que não limitam a sua acção á esphera individual<br />
<strong>do</strong> seu meio, levan<strong>do</strong>a a aju<strong>da</strong>r o seu semelhante,<br />
toman<strong>do</strong>o util a si próprio, á família e ao paiz. •<br />
Mo<strong>de</strong>sto é, por emquanto, o nosso projecto, mas<br />
to<strong>da</strong>s as cousas tem seu principio. Oxalá a nossa<br />
escolaofficina n." I seja o inicio <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> escola<br />
<strong>de</strong> artes e officios em Portugal;'seria essa a<br />
nossa maior ambição, como humanitários e como por<br />
tuguezes. Para tal conseguirmos, não é preciso muito;<br />
bastaria uma pequeníssima parcella <strong>de</strong> auxilio <strong>de</strong> algumas<br />
centenas <strong>de</strong> individuos. Dessa cohesão <strong>de</strong> esforços,<br />
quanto se po<strong>de</strong>ria obter em vantagens para os<br />
hlhos <strong>da</strong>s classes menos favoreci<strong>da</strong>s e para as artes!<br />
•' Senhores: Atten<strong>de</strong>i o nosso apel!o,~vós que já<br />
nos aju<strong>da</strong>es com o vosso obuloj consegui obter o<br />
<strong>do</strong>s vossos amigos, com o fim <strong>de</strong> levantarmos o nível<br />
"artístico no nosso paiz, educan<strong>do</strong> e instruin<strong>do</strong><br />
os filhos <strong>do</strong>s pobres, que se não forem os nossos<br />
<strong>de</strong>sinteressa<strong>do</strong>s intuitos irão engrossar a leva <strong>do</strong>s<br />
inimigos <strong>da</strong>socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, que as mais <strong>da</strong>s vezes não<br />
são homens úteis, porque a propria socie<strong>da</strong><strong>de</strong> os<br />
engeitou em vez <strong>de</strong> os agasalhar. E inimigos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
são to<strong>do</strong>s aqueites que não trabalham em<br />
proveito d'ella c emseu beneficio próprio.<br />
Passan<strong>do</strong> agora a tratar <strong>de</strong> assumptos propriamente<br />
financeiros e económicos, começaremos por<br />
vos dizer o que ha a respeito <strong>da</strong><br />
Doaçâo<strong>da</strong> D. Anna Roaa Soares <strong>de</strong> Paria<br />
Esta questão attingiu o seu limite; o processo,<br />
que está no Supremo Tribunal <strong>de</strong> Justiça enc.ontrase<br />
em po<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Ex."" Juiz Relator para julgamento<br />
finai. Resta apenas aguar<strong>da</strong>r a sentença <strong>do</strong> <strong>do</strong>uto e<br />
veneran<strong>do</strong> tribunal.<br />
• Nova se<strong>de</strong> <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
No dia 1.*» <strong>de</strong> janeiro <strong>do</strong> corrente anno installâmes<br />
a se<strong>de</strong> <strong>da</strong> nossa Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> no 2.* an<strong>da</strong>r <strong>do</strong> prédio<br />
n.* 83 "<strong>da</strong> rua <strong>de</strong> S. João <strong>da</strong> Praça. A casa não<br />
se presta em absoluto para o fim a que a <strong>de</strong>stinámos;<br />
mas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s limites <strong>de</strong> uma ren<strong>da</strong> módica,<br />
nenhuma <strong>outra</strong> encontramos em melhores condições.<br />
E, como no fim <strong>do</strong> proximo anno <strong>de</strong> 1906 vagará<br />
o prédio <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, no largo <strong>da</strong> Graça, julgamos<br />
preferível conservarmonos na mora<strong>da</strong>actual,até<br />
que <strong>de</strong>finitivamente nos possamos instalíar nanossa<br />
casa propria, em janeiro <strong>de</strong> 1907. v.
.. •" , •■" Offertas à. Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> . . ' ■"'<br />
' Q nosso illustre subscriptpr, Ex."" Sr. Dr. Manuel<br />
_ Gomes <strong>de</strong> Amorim, offereceu graciosamenteos seus<br />
serviços clínicos á Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, os quaes tem si<strong>do</strong> já'<br />
utilisa<strong>do</strong>s pas inspecções medicas, aos indivíduos que<br />
. requerem a sua admissão á escola. ■ ""• '.<br />
O digno socio honorário, o Ex."» Sr. Fre<strong>de</strong>rico<br />
Guilherme Gar<strong>do</strong>so Gonçalves, continuou a dispensar<br />
gratuitamente os seus serviços <strong>de</strong> solicita<strong>do</strong>r,<br />
na questão Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Faria. ■ ; '".■"• .'..'•' '•• ?<br />
.Os Ex."* , iSrs:rrJlino, dignouse <strong>de</strong> otfcreceruma<br />
porção <strong>de</strong> boa ma<strong>de</strong>ira, para trabalhos nas aulas<br />
<strong>de</strong> marcenaria e mo<strong>de</strong>lagem. ■:'. . • r—,v. ,';..<br />
—Manuel Ennes Ramos, gentilmente dispensou o<br />
. gesso necessário para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem.<br />
• — Hermogenes Julio <strong>do</strong>s Reis, nosso socio ordinário»<br />
enviounos mo<strong>de</strong>los em gesso. ■ • * .!••*•• • • ■.<br />
; —Um anonymo, por intermédio <strong>do</strong> Ex."» presi<strong>de</strong>nte"<br />
<strong>da</strong> .direcção, teve a bon<strong>da</strong><strong>de</strong>.<strong>de</strong> offertar mo<br />
. <strong>de</strong>ios em cartão. T ■ ' "p "< Sr . '•'>■ , ■X'.'.. . ._<br />
. ••" .— Carlos Veiga & Ct.*, dispensaramnos os marr<br />
mores necessários para a mo<strong>de</strong>lagem em barro.<br />
■•"' '—Ferreira & Ferreira, Oscar Vasques Ribeiro e<br />
Francisco Affonso Pereira Vianna, diversos utensílios<br />
para <strong>de</strong>senho. •..■! <br />
7José Maior Junior, différentes, mo<strong>de</strong>los em,<br />
gesso. • ■ ■ . . ■ ■'<br />
— A<strong>de</strong>lino Moura Santos, a ambulância. •<br />
—Três subscriptores anonymos, uma meza para<br />
a aula <strong>de</strong> portuguez, um armário para ferramenta! e<br />
o concerto na meza <strong>da</strong> direcção.<br />
A to<strong>do</strong>s estes cavalheiros, a direcção agra<strong>de</strong>ceu<br />
os seus valiosos <strong>do</strong>nativos, certa que lhes não regateareis<br />
também o vosso louvor e agra<strong>de</strong>cimento.<br />
; /.:,...:: Professora<strong>do</strong>. .<br />
Cabe aqui especial referencia aos professores,<br />
que tem si<strong>do</strong> auxiliares na nossa missão. O Sr. An.<br />
tonio .Miguel <strong>da</strong> Silveira Moniz, professor <strong>da</strong> classe'.<br />
<strong>de</strong> portuguez, "é zelozo e <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>, e a sua bon<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
faz que seja estima<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alumnos, alguns <strong>do</strong>s<br />
quaes tem leva<strong>do</strong> a um grau <strong>de</strong> sensível aproveitamento.<br />
O professor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho, mo<strong>de</strong>lagem.e esculptura<br />
;em ma<strong>de</strong>ira, Sr.r José Maior Junior, que<br />
—Ti<strong>do</strong> egualmente—<strong>do</strong>salumnos,. incontestavelmente<br />
artista <strong>de</strong> raça e temperamento, tem opera<strong>do</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros<br />
milagres, attesta<strong>do</strong>s pelas provas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> numero <strong>de</strong> alumnos, que apenas com<br />
'alguns mezes <strong>de</strong> frequência produzem .trabalhos,<br />
que tem si<strong>do</strong> causa <strong>de</strong> admiração <strong>do</strong>s entendi<strong>do</strong>s,<br />
trabalhos, que se encontram expostos á vossa apreciação.<br />
■ ■.■■ ■ ■ • <br />
A experiência levounos ao convencimento, <strong>da</strong><br />
VÍA^Í*<br />
■ v' 1<br />
■■•A<br />
•..*.'. -u<br />
utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento dá aula <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho, rho<br />
'<strong>de</strong>lagem e esculptura em ma<strong>de</strong>ira; é bem assinl <strong>de</strong><br />
"crear uma aula <strong>de</strong> marcenaria; indispensável á arte<br />
,"* correlativa dé éntalhadòr; más <strong>de</strong>ixámos estes as<br />
... súmptospárd resolução dà direcção que rios suece<br />
• ;.<strong>de</strong>r, porque só ao terminar ã nossa gerência se nos<br />
<strong>de</strong>pararam as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s aponta<strong>da</strong>s.<br />
Movimento <strong>de</strong> aooioo<br />
•»■5<br />
' ■■.■..n.'.v.MTasjKfrv.»."'' ^estfmgtsmfBemanm<br />
147<br />
Em. ! <strong>de</strong> Julho dé 1904, existiam : '■.<br />
Ordinários;;..".' 1 . .'.'..V:.'. •* ' '<br />
Honorários..<br />
.V Em 19041905, forapn admitti<strong>do</strong>s : :<br />
. Ordinários..«.'?>•:,; : ;;"•..%!; 98<br />
^. Protectores.. 38<br />
"'••'. Honorários .*;■ 2<br />
127<br />
2<br />
129<br />
138<br />
• 267<br />
■""." Despediramse : ..., ;<br />
Ordinários....:;;'.:. .. .12,<br />
„ Protectores<br />
Falleceram : '<br />
2<br />
Ordinários..... ; 8 20<br />
Esiátem em 30 dê Junho <strong>de</strong> 1905, ■ 247<br />
séridb:<br />
Honorários i<br />
:<br />
1 4<br />
• 247<br />
Do vosso zelo e amor á instituição, esperamos<br />
que o reduzi<strong>do</strong> numero <strong>de</strong> subscriptores, que ain<strong>da</strong><br />
temos, seja augmenta<strong>do</strong> com novas propostas; embora<br />
<strong>de</strong> contribuição não exce<strong>de</strong>nte á 100 réismensaes.<br />
Reoeita é Deapeza<br />
Pelo mappa adiante inserto, vereis, qual é ao<br />
resente a situação económica é financeira dá nossa<br />
Eocie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os números, pela sua eloquente ver<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
dispensamnos <strong>de</strong> mais esclarecimentos ; comtu<strong>do</strong><br />
não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referirnos ao saí<strong>do</strong> <strong>de</strong> réis<br />
2:295*069, que por ser cifra eleva<strong>da</strong> reclama algumas<br />
explicações. Este dinheiro, a maior parte <strong>do</strong><br />
qual, como vereis, se acha <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> na Caixa Económica<br />
Portugueza é no Montepio Geral, é <strong>de</strong>stina<strong>do</strong><br />
especialmente a fazer face á amortisaçáo <strong>da</strong>s<br />
obrigações <strong>do</strong> empréstimo hypothecario, que ain<strong>da</strong><br />
restam em <strong>de</strong>bito, e á acquisição gradual <strong>do</strong> restante<br />
e importante mobiliário escolar, que precisamos adquirir,,<br />
quan<strong>do</strong> transferirmos a nossa escola para o<br />
edifício <strong>do</strong> largo <strong>da</strong> Graça; comtu<strong>do</strong> julgamos boa<br />
. ' ■ ■
medi<strong>da</strong> económica, applicar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já 1:000*000 réis<br />
.em papeis <strong>de</strong> credito a vossa escolha.<br />
■ Terminan<strong>do</strong> esta <strong>de</strong>satavia<strong>da</strong> exposição <strong>do</strong>s factos<br />
mais importantes <strong>da</strong> nossa gerência, na apre<br />
.ciação <strong>do</strong>s quaespedimos a vossa indulgência, temos<br />
a honra <strong>de</strong> propor:.<br />
V<br />
Que vos digneis <strong>da</strong>r. applicação á quantia <strong>de</strong><br />
1:000^000 reis, a que acima nos referimos. .<br />
Um voto <strong>de</strong> sentimento pelos subscriptores»falleci<strong>do</strong>s<br />
durante, a gerência fin<strong>da</strong>. .<br />
Um' voto <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento e louvor aos Ex.""<br />
sócios e não sócios que tem auxilia<strong>do</strong> 1 a instituição<br />
com seus generosos <strong>do</strong>nativos.. . ■;• ■ ::;•' '<br />
Um voto <strong>de</strong> louvor e agra<strong>de</strong>cimento á to<strong>do</strong>s os<br />
sócios que tem aju<strong>da</strong><strong>do</strong> a nossa crusa<strong>da</strong>, e especialmente<br />
àquelles, que nos tem trazi<strong>do</strong> novos elementos,<br />
propon<strong>do</strong> amigos seus para coopera<strong>do</strong>res <strong>da</strong><br />
nossa obra.<br />
'.'■'..'ò.» .'.'..<br />
Um voto <strong>de</strong> louvor e agra<strong>de</strong>cimento á imprensa<br />
<strong>da</strong> capital, pelas suas generosas palavras <strong>de</strong> incitamento<br />
e pela publicação gratuita <strong>do</strong>s annuncios<br />
<strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
..'•< . . . 6.<br />
Um voto <strong>de</strong> louvor ao Conselho fiscal pelo auxilio<br />
e bom conselho, que se dignou dispensarnos.<br />
Lisboa, 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1905.<br />
.'./;:.' o " •■. . ' . . ' ■ : . '<br />
Presi<strong>de</strong>nte<br />
.'"".V Lui, Filippe <strong>da</strong> Malta . .<br />
: Thesoureiro :•:•<br />
.;./. Francisco José Cal<strong>de</strong>ira ' ""_<br />
....*.>!:....;, ..":'.;•.:.)■: . . Vogaes : w;<br />
• :i:L . '': ■ . • '. • . Alfre<strong>do</strong> Cesar <strong>da</strong> Silva • : tiV<br />
• '—" •'•—■.' Alfre<strong>do</strong> Baeta Alves ■...^<br />
,",;.:'...; ,"•.'...'".. ./Secretario .'.'
10<br />
Balanço <strong>do</strong> anno económico <strong>de</strong> 19041905<br />
RECEITA<br />
Sal<strong>do</strong> <strong>do</strong> anno económico <strong>de</strong> 1903<br />
1904..<br />
Juros <strong>de</strong> 3:400*000 rs. nominàes em<br />
inscripçóes, 2.° semestre <strong>de</strong> 1904. e<br />
l.'<strong>de</strong> 1905<br />
Quotas <strong>de</strong> sócios<br />
Aluguer <strong>do</strong> edifício ao Asylo Municipal<br />
—anno <strong>de</strong> 1905<br />
Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> 105 exemplares <strong>do</strong>s estatutos<br />
Juros <strong>do</strong> dinheiro <strong>de</strong>posita<strong>do</strong> no Montepio<br />
Geral e na Caixa Económica Portugueza<br />
(...<br />
71*400<br />
368
PAÊEGER BO CONSELHOFISCAL =<br />
SENHORES ASSOCIADO:;:<br />
Pelo bem elabora<strong>do</strong> relatório que vos apresenta<br />
a Direcção po<strong>de</strong>reis avaliar quanto foi preciso traT<br />
balhar, quanto foi preciso <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação para se conseguir<br />
levar a effeito' o programma que ella havia<br />
concebi<strong>do</strong>. ■■'■■'.■■ ;"•.<br />
No perío<strong>do</strong>, que vamos atravessan<strong>do</strong>, <strong>de</strong> egoísmo;<br />
commodi<strong>da</strong><strong>de</strong>s «conveniências, são tão raros já os<br />
homens que se i<strong>de</strong>ntifiquem com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s'<br />
<strong>do</strong>s que precisam trabalhar, d'aquelles que no futuro<br />
<strong>de</strong>yam <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser párias para tomar o lógar <strong>de</strong><br />
ci<strong>da</strong>dãos prestimosos para a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e para a Pátria,<br />
que não pô<strong>de</strong> o conselho fiscal <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consignar<br />
no seu parecer, o contentamento com que<br />
vem assistin<strong>do</strong> ao resurgimento pura novos i<strong>de</strong>aes,<br />
<strong>de</strong> tão util instituição, que vimos prestes a dcsapparecer.<br />
...,.<br />
Se fora mister viver <strong>de</strong> glorias passa<strong>da</strong>s, quem<br />
melhor <strong>de</strong> que nós se <strong>de</strong>svaneceria na contemplação<br />
d'essas figuras épicas,marcos miliarios na historia<br />
Lusitana? '<br />
Mas a época impõese, o triumpho <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong><br />
espaço e <strong>do</strong> tempo pelo telegrapho e telephone e to<strong>do</strong>s<br />
os mais progressos technicos <strong>da</strong> physica, o vapor,<br />
a electrici<strong>da</strong><strong>de</strong>, as conquistas <strong>da</strong> chimica applica<strong>da</strong>,<br />
to<strong>do</strong>s esses extraordinários progressos, lega<strong>do</strong>s pelo<br />
final <strong>do</strong> século XIX, exigem novos elementos <strong>de</strong><br />
lucta, sem esquecermos a nossa origem nem os feitos<br />
<strong>do</strong>s nossos maiores.<br />
Temos <strong>de</strong> evitar os <strong>de</strong>sfalecimentos e preparar<br />
a futura geração com uma instruccão integral e uma<br />
educação cívica bem orienta<strong>da</strong>, <strong>de</strong>stituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> preconceitos<br />
ridículos.<br />
Estamos em face <strong>de</strong> uma tentativa promettedpra,<br />
<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> liberaes que se disposeram a contribuir<br />
para tornar artistas por metho<strong>do</strong>s racionaes e<br />
simples alguns indivíduos que talvez nunca tivessem a
14<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> attiiigir esse feliz resulta<strong>do</strong>, se a iniciativa<br />
particular não envere<strong>da</strong>sse por caminho tão<br />
ívioralisa<strong>do</strong>r.<br />
Começámos a 9 <strong>de</strong> Fevereiro a ensinar o <strong>de</strong>senho,<br />
mo<strong>de</strong>lagem e esculptura em ma<strong>de</strong>ira na nossa<br />
primeira escola profissional e já tivemos a satisfação<br />
<strong>de</strong> admirar, ha pouco, os resulta<strong>do</strong>s práticos <strong>do</strong> nosso<br />
mo<strong>de</strong>sto emprehendimento.<br />
As salas <strong>da</strong> nossa escola estão.repletas <strong>de</strong> trabalhos<br />
executa<strong>do</strong>s pelos nossos álumnos que há poucos<br />
mézes hão traçavam urriá linha recta com seeuranca.<br />
Que maior compensação po<strong>de</strong>ríamos anhelar,<br />
como premio <strong>do</strong>s nossos esforços ?<br />
Porque não <strong>de</strong>vemos insistir na tarefa e solicitar<br />
o auxilio <strong>da</strong>s pessoas dispostas sempre a abraçar com<br />
generosi<strong>da</strong><strong>de</strong> quem assim emprega as horas livres <strong>do</strong><br />
seu labutar quotidiano ? *<br />
O vosso conselho fiscal secun<strong>da</strong>, pois, o pedi<strong>do</strong><br />
<strong>da</strong> Direcção e súbmètie á võssà <strong>de</strong>liberação as seguintes<br />
conclusões : '"• - ' V. : . •<br />
. . :1." Que approveis um voto.dé jouvor á Direcção<br />
pelo zelo, intèlligencia e <strong>de</strong>dicação com que tem dirigi<strong>do</strong><br />
os <strong>de</strong>stinos <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.'<br />
2.» Que approveis to<strong>da</strong>s as conclusões <strong>do</strong> relatório<br />
que ella apresenta, excepto, a que se refere ao<br />
conselho fiscal, visto que, elle não fez mais <strong>do</strong> que<br />
assistir maravilha<strong>do</strong> aos seus judiciosos trabalhos.<br />
.3.» Que approveis.as contas apresenta<strong>da</strong>s, porque<br />
bem claras e explicitas ellas se acham.<br />
Lisboa, 10 d'Agostb <strong>de</strong> 1905. . .. "<br />
Dr. Manuel Gomes <strong>de</strong> Amorim.<br />
. Joaquim Ramos Simões<br />
Apollinario Pereira<br />
-t.<br />
?<br />
151<br />
LISTA<br />
oos<br />
Sócios ordinários e sócios protectores<br />
i<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
1G<br />
18<br />
19<br />
20<br />
21<br />
22<br />
24<br />
2õ<br />
26<br />
27<br />
28<br />
30<br />
31<br />
32<br />
33<br />
34<br />
35<br />
3G<br />
37<br />
39<br />
40<br />
41<br />
42<br />
43<br />
44<br />
45<br />
4G<br />
Francisco Ferreira Lima 100<br />
Eduar<strong>do</strong> A. Costa .... 200<br />
Luiz Pinto Moitinho 200<br />
Antonio Joaquim Alves Diniz 100<br />
Manuel Joaquim Alves Diniz 500<br />
Victoriano Peixoto Braga 500<br />
Victor José Verol 100<br />
Alberto Antonio Moraes Carvalho Sobrinho 100<br />
Joaquim Dias Ferreira 120<br />
Antonio Augusto Pereira Miran<strong>da</strong> 200<br />
José Antonio Barrai -. .. 200<br />
João Antonio Luz Robim Borges 200<br />
José Augusto Martins d'Almei<strong>da</strong> 100<br />
Her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> José Gregório Fernan<strong>de</strong>s 800<br />
Augusto Francisco Vieira 100<br />
Francisco Carvalho Daun e Lorena 200<br />
Carlos Joaquim Sequeira Lopes. G00<br />
Estevão Ribeiro <strong>da</strong> Silva. 100<br />
Antonio Hygino Salga<strong>do</strong> Araújo 100<br />
Julio Augusto Nunes 100<br />
Augusto Radich : 100<br />
Luiz Almei<strong>da</strong> Albuquerque . 100<br />
Francisco José Cal<strong>de</strong>ira*. 200<br />
Joáo Bernar<strong>do</strong> d'Almei<strong>da</strong> 300<br />
Manuel Macário <strong>de</strong> Figueire<strong>do</strong> 100<br />
Adriano Ribeiro Car<strong>do</strong>so 200<br />
Luiz Tiburcio Ferreira 200<br />
Luiz <strong>de</strong> Sampaio 050<br />
Eduar<strong>do</strong> Augusto Rodrigues Villarinho... 100<br />
Alfre<strong>do</strong> Malaquias Corrêa Lage 100<br />
Lucas Gomes Silva Reis.. 100<br />
Augusto Cesar Brito .. 100<br />
Alberto Antonio Moraes Carvalho Junior. 200<br />
José Joaquim Pinto 200<br />
Maria Conceição Gue<strong>de</strong>s 100<br />
M. Herrmann , 200<br />
Balthazar Rodrigues Castanheira 100<br />
Jacintho Nunes Corrêa 500<br />
José Antonio <strong>do</strong>s Reis r. 500
■17<br />
49<br />
50<br />
51<br />
52<br />
53<br />
54<br />
55<br />
56<br />
57<br />
58<br />
59<br />
60<br />
61<br />
62<br />
63<br />
. 64<br />
. 65<br />
66<br />
69<br />
70<br />
71<br />
72<br />
73<br />
75<br />
76<br />
78<br />
79<br />
80<br />
81<br />
84<br />
85<br />
86<br />
87<br />
83<br />
89<br />
90<br />
91<br />
92<br />
93<br />
94<br />
95<br />
96<br />
97<br />
98<br />
99<br />
101<br />
102<br />
104<br />
1G<br />
Domingos Lacer<strong>da</strong> Pinto Barreiros<br />
Joaquim Manuel Crespo<br />
Domingos Gomes Ortiz '....'." [<br />
Francisco Vieira Cal <strong>da</strong>s<br />
Amália Monteiro Fortes ..".!'!'!<br />
Manuel Custodio Gomes Costa .........<br />
Joaquim José Marques ' \ * \<br />
José Thomaz Araújo Couto !.!!!.!<br />
Elisa A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Murta Pereira ....„<br />
José <strong>da</strong> Cruz<br />
Francisco Antonio Jorge Belio.."....'.!<br />
Francisco Souza Cruz ,,<br />
Antonio José Pereira Mello<br />
Antonio Augusto Carvalho Monteiro ... !<br />
Joaquim Ferreira <strong>da</strong>s Neves ' '.<br />
Henrique Jorge Figaniere. .'•'.'.....'. '..'. ;\ '.<br />
rL Jauncey............ ; ,* ■, ;.... i..... „<br />
Antonio José Pedro Rodrigues...' '..... '. '.<br />
Antonio JoaquimSimões d'Almei<strong>da</strong> '.<br />
Francisco Fonseca Benevi<strong>de</strong>s<br />
Eduar<strong>do</strong> Veiga Araújo . ; ...........<br />
Alfre<strong>do</strong> d'Oli veira Sousa Leal...........<br />
Emilia Leonor Barreiros Azeve<strong>do</strong> ...<br />
João Augusto Leitão Figueire<strong>do</strong> '.<br />
Joaquim Augusto <strong>do</strong>s Santos<br />
Manuel Gonçalves Vivas<br />
Eduar<strong>do</strong> Jesus Freire.<br />
FranciscoLibório <strong>da</strong> Silva . ..r...<br />
Charles G. Creswell ........... \,<br />
Henrique Lopes Men<strong>do</strong>nça (hour.)<br />
José Rodrigues Simões..'<br />
Carlos Augusto Pedro Cal<strong>de</strong>ira .'... {<br />
Dr.Augusto Con<strong>de</strong> Marques Car<strong>do</strong>so (k«w.,<br />
João Antonio Santos Monteiro Lacer<strong>da</strong>...<br />
Joaquim Fernan<strong>de</strong>s Men<strong>de</strong>s<br />
Dr. João Carlos Pessoa Amorim........<br />
Maurício Luz Alves<br />
Carlos Ernesto Augusto Ribeiro. . .<br />
Carolina Elisa Romeiro Menna<br />
Isabel Maria Romeiro<br />
Antonio Luiz Ribeiro Junior...'.<br />
José Augusto Ribeiro ............ 1... '_<br />
João Anastácio Gomes.<br />
Domingos Rodrigues Pablo.,<br />
Alfre<strong>do</strong> Cesar <strong>da</strong> Silva... ".........<br />
António Coelho ......... .'..'..!..i<br />
Fre<strong>de</strong>rico G. Car<strong>do</strong>so Gonçalves (kMw.j. ."<br />
Manuel Augusto <strong>da</strong> Silva..'....".....<br />
Luiz Godinho ... ;<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
I<br />
152<br />
105<br />
106<br />
107<br />
108<br />
109<br />
110<br />
111<br />
113<br />
114<br />
115<br />
116<br />
117<br />
118<br />
119<br />
120<br />
121<br />
122<br />
123"<br />
124<br />
125<br />
126<br />
127<br />
128<br />
129<br />
130<br />
131<br />
132<br />
133<br />
134<br />
135<br />
136<br />
137<br />
138<br />
139<br />
140<br />
142<br />
143<br />
144<br />
145<br />
146<br />
147<br />
148<br />
149<br />
150<br />
151<br />
152<br />
153<br />
154<br />
155<br />
José Dias ' .<br />
Vicente Carlos Dias<br />
Joaquim Ramos Simões ..... .<br />
Florin<strong>do</strong> Cesar <strong>de</strong> Jesus<br />
Januário A. Almei<strong>da</strong> Junior....... .<br />
José Maria Pereira ..'<br />
Joaquim José Silveira Con<strong>de</strong>ixa...<br />
Sebastião Neves Pires .'.'.<br />
Alfre.dQ.ilae.ta Alves<br />
JoseLRau. ..„ ...i....<br />
"7õsé~Mafia Ferreira • .<br />
Antonio Lopes ;<br />
Apollinario Pereira<br />
Domingos Marques Car<strong>do</strong>so ,<br />
Maria Constança <strong>da</strong> Silva<br />
José Pinheiro <strong>de</strong> Meilo..'.'. :..<br />
Luiz.Filippe <strong>da</strong> Malta..,<br />
Luiz Filiòpe <strong>da</strong> Malta Sobrinho ...<br />
Luiz <strong>da</strong> Matta<br />
João Eduar<strong>do</strong> <strong>da</strong> Matta Junior/...<br />
Carlos Gomes '.<br />
João Pereira Roldão<br />
José Martins Ferreira. ,<br />
José Ferreira Abel<br />
José Eduar<strong>do</strong> <strong>da</strong> Silva<br />
José Vicente Corrêa Serrano......<br />
Manuel Francisco Marques..."......<br />
Sebastião Mestre <strong>do</strong>s Santos<br />
Jacintho A. SiJva<br />
Manuel Fernan<strong>de</strong>s d'Abreu<br />
João Carlos Alberto Costa Gomes<br />
A<strong>de</strong>lino <strong>de</strong> Aloura Santos.<br />
Eduar<strong>do</strong> Castanheira Freire.......<br />
José Joaquim Enncs Conçalvcs ...<br />
Francisco N. Car<strong>do</strong>so (k«nr.]<br />
Dr. Manuel Gomes <strong>de</strong> Amorim<br />
José Raphael <strong>da</strong> Silva Men<strong>do</strong>nça..<br />
Dr. José <strong>de</strong> Castro .<br />
Zacharins Gomes. Lima...........<br />
Agostinho José Fortes<br />
Francisco Soares <strong>da</strong> Silva ... :<br />
Joaquim Maria <strong>da</strong> Cunha .... '<br />
José Coelho Oliveira Figueire<strong>do</strong> ..<br />
José Bernar<strong>do</strong> Ferreira........ ...<br />
Caetano Pereira <strong>da</strong> Costa .........<br />
Domingos <strong>da</strong> Silva Ayres..........<br />
Lu<strong>do</strong>vina Gomes Barros... .'—'..<br />
Antonio Bastos<br />
Fre<strong>de</strong>rico. Gonçalves.Men<strong>do</strong>nça;.».<br />
17<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
200<br />
500<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
120<br />
10o<br />
200<br />
200<br />
10O
15G<br />
157<br />
158<br />
159<br />
160<br />
161<br />
162<br />
163<br />
164<br />
165<br />
166<br />
167<br />
1Ó8<br />
169<br />
170<br />
171<br />
172<br />
173<br />
174<br />
175<br />
176<br />
177<br />
178<br />
179<br />
180<br />
181<br />
182<br />
183<br />
184<br />
185<br />
186<br />
187<br />
188<br />
189<br />
190<br />
191<br />
192<br />
193<br />
194<br />
195<br />
196<br />
197<br />
19«<br />
199<br />
201<br />
202<br />
203<br />
204<br />
205<br />
18<br />
Manuel Antonio Castro<br />
Roberto José Rodrigues .<br />
João Joaquim Antunes Rebello<br />
João Sebastião Marnas<br />
Saul Simões Serio<br />
Jayme Ferreira d'Almeiila ....<br />
F. H. <strong>da</strong> Silva Pinto :.. ;<br />
Ignacio Moreira......"....;..'. ;.<br />
José <strong>da</strong> Conceição.. ;.' ." '......<br />
Luiz Baptista Silva Diniz...... ;<br />
Manuel Martins Car<strong>do</strong>so.<br />
Constâncio d'Oliveira ;<br />
Alfre<strong>do</strong> Julio Carvalho<br />
Alfre<strong>do</strong> Lopes Carvalho. .<br />
Alexandre Corrêa :. '.<br />
Custodio Figueira Silva Seabra.<br />
José Julio Ferreira Bastos.. '.. ;.". j.".'.. .,<br />
Jayme Nunes Costa Pires... '.<br />
José Alves Nunes .• ,<br />
Jayme H. Corrêa Martins Mangas ,<br />
Manuel Men<strong>de</strong>s. J .'. : . ; ;<br />
Antonio José Pinheiro ;...<br />
Julio Par<strong>da</strong>l .. ;... ; ,<br />
Jeronymo Francisco <strong>da</strong> Silva .<br />
Jeronymo Netto d'Oliveira<br />
José Braz d'Almei<strong>da</strong> .......<br />
Antonio Emygdio Ferreira <strong>de</strong> Mesquita..<br />
Affonso <strong>de</strong> Pinho<br />
A. Comes <strong>do</strong> Souto... ;<br />
Carlos Car<strong>do</strong>so Teixeira<br />
José Alves LoretQ .....<br />
João Ramos d'Oliveira ...,<br />
José Joaquim Ribeiro<br />
Oscar Vnsco Ribeiro<br />
Manuel Joaquim <strong>da</strong> Costa<br />
Joaquim Annibal Jorge<br />
Antonio Pereira Cacho...<br />
Affonso Henriques CabraL.<br />
Virgílio Ribeiro<br />
Antonio Gonçalves Azeve<strong>do</strong><br />
Julio Cezar Ferreira<br />
Joaquim d'Assumpçao Santos Artino<br />
Mariano José Ribeiro<br />
Jorge Belmiro d'Araújo Regallo... „<br />
José Maria Vicente Falcão....:.<br />
Eugénio Augusto... :<br />
José Carlos Ferrão.....'.. .'."„■..'<br />
José Nascimento e Silva : .;:*'.;.'.<br />
Albertino Rodrigues Car<strong>do</strong>so . i. ; «.. '....<br />
100<br />
200<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100.<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
..<br />
H ■<br />
1<br />
153<br />
J<br />
206<br />
207<br />
208<br />
209<br />
210<br />
211<br />
212<br />
213<br />
214<br />
215<br />
217<br />
218<br />
219<br />
220<br />
221<br />
222<br />
223<br />
224<br />
225<br />
226<br />
227<br />
223<br />
229<br />
230<br />
.231<br />
232<br />
233<br />
234<br />
235<br />
230<br />
238<br />
239<br />
240<br />
241<br />
242<br />
243<br />
244<br />
245<br />
247<br />
248<br />
249<br />
251<br />
252<br />
253<br />
254<br />
255<br />
256<br />
257<br />
258<br />
MlliEi<br />
Antonio Paulo <strong>da</strong> Silva<br />
Francisco Gonçalves Cal<strong>de</strong>ira<br />
José Augusto d'Alincourt Guimarães<br />
Leopol<strong>do</strong> Augusto Pinto Soares<br />
Rodrigo <strong>da</strong> Silva Ramos '<br />
Helio<strong>do</strong>ro Roberto Macha<strong>do</strong> Moniz..<br />
Joaquim Pereira Violante.<br />
Francisco Affonso Magalhães<br />
José Faustino Rodrigues .. .<br />
Antonio Victorino Bello<br />
Josué Narciso <strong>do</strong>s Santos<br />
João Carlos Pedrosa<br />
Francisco Lopes Marques<br />
Antonio Sequeira Lopes d'And ra<strong>de</strong>..<br />
José Lourenço d'Almei<strong>da</strong><br />
Julio Maria Lima Sousa Lurcher<br />
Dr. Lomelino <strong>de</strong> Freitas<br />
Ignacio Bellard<br />
José Simões<br />
Francisco Antonio Alegre<br />
Taurino Lopes Mega<br />
José Castanheira Nunes<br />
Thomaz <strong>da</strong> Silva Jorge<br />
José Agostinho d'Oliveira<br />
August Mauser<br />
Wilhem Johannes <strong>de</strong> Vries<br />
Guilherme Telles Menezes<br />
Ricar<strong>do</strong> Castanheira Nunes<br />
Simão José <strong>da</strong> Fonseca<br />
Joaquim Lopes Ferreira<br />
João Pereira <strong>da</strong> Fonseca<br />
João Carlos <strong>da</strong> Costa<br />
Antonio <strong>da</strong> Silva Martins<br />
Mariano J. Fernan<strong>de</strong>s Sant'Anna...<br />
Antonio Augusto Vasconcellos<br />
José Manuei Pereira<br />
Joaquim Ferreira Pacheco<br />
A<strong>de</strong>lino Simões <strong>da</strong> Guia<br />
Alfre<strong>do</strong> Vaz<br />
Antonio Ribeiro Car<strong>do</strong>so<br />
Suzette Sabi<strong>do</strong> Silva<br />
Antonio <strong>do</strong>s Santos e Silva........<br />
Alfre<strong>do</strong> Thomaz <strong>do</strong>s Santos<br />
Luiz Gomes <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong><br />
João Pedro <strong>da</strong> Costa Junior.<br />
João Antunes Baptista<br />
José <strong>de</strong> Carvalho Azeve<strong>do</strong><br />
Albano Garcez<br />
Januário Joaquim Nunes<br />
•19<br />
100<br />
200<br />
100<br />
159<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
300<br />
100<br />
100<br />
100<br />
2C0<br />
10»<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
10l><br />
200<br />
200<br />
100<br />
200<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
150<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100<br />
100
2õí)<br />
260<br />
261<br />
•262<br />
263<br />
264<br />
265<br />
•266<br />
267<br />
263<br />
269<br />
270<br />
271<br />
20<br />
Pedro Maurício d'Almei<strong>da</strong><br />
José Vaz Ribeiro •<br />
Antonio Affonso Rodrigues Pitta.<br />
Luiz Frazão '....' ............'....<br />
Álvaro Augusto Coimbra.. '•'■<br />
José Pereira Dias... ......... : J2:<br />
Miguel Carlos <strong>da</strong> Cruz ....'.'.'.<br />
Antonio G. Costa ............. ~.<br />
Guilherme Passos Costa.... ..'..<br />
Hermogenes Julio <strong>do</strong>s Reis..<br />
Bernardino <strong>do</strong>s Santos Carneiro..<br />
Eduar<strong>do</strong> Nunes <strong>de</strong> Carvalho....<br />
Valentim Nunes <strong>de</strong> Carvalho<br />
"■sssnsaíK<br />
•.. ; '; •,%'í^>/"'^;>vfA. , J:/7 í v\vr>'\.~1» , .Vv;u".cí~ •. • ' ■•• ■* ■■<br />
^•r/v'v."i","''' •• ..,:^.tf ;.'•'•>. ;'■ ■■' ■'iJ.v'c.v••■'..■ '■■': ;.' r ■',.•' ■■ ■:■■<br />
j;1^'^í ; 'Y^^ : :u''Vr'*. "' :: ::..''<br />
■» rCr-'*-"' > • • "■-•■- .J ■—; ''<br />
«v"4r, ; .'CÍ...V:fT.^r ;';'./.'.!''fv''*> r \"^c^v»'/ .^ í■ '.'' V* •
1906 - 1907 (Excertos referentes aos exames)<br />
■ ■ - * ■ - -
è-<br />
oo<br />
m<br />
0<br />
,3<br />
O<br />
-o CO<br />
u ><br />
<<br />
«i<br />
<br />
03<br />
-a<br />
e<br />
o<br />
"s<br />
o<br />
a<br />
a<br />
eS<br />
O<br />
OS<br />
«1<br />
as<br />
157<br />
Cd<br />
c/a<br />
as<br />
ca<br />
8<br />
te ir<br />
z<br />
3 s<br />
2 VS<br />
O 1<br />
0 -<br />
(D a<br />
> 2<br />
(D O<br />
— H<br />
i K<br />
o<br />
s<br />
i o"<br />
< s<br />
a. as<br />
< i<br />
O I<br />
5¾ O '<br />
a.<br />
^ )<br />
0^
Ci<br />
CO<br />
i> a<br />
s e<br />
«.= s<br />
8¾ 5<br />
ce r- _<br />
vt<br />
T fc B C es<br />
t S<br />
M ES<br />
L. U<br />
"§2<br />
V<br />
o o<br />
E2<br />
— ws<br />
3 —<br />
iïi<br />
c ■ S<br />
—> C V<br />
o £<br />
3<br />
eu<br />
Cl<br />
3 _<br />
J o E,g<br />
C ci» es<br />
5 « « 3<br />
O j c = P = o C<br />
ice o v a E C '5 •<br />
°z=Sc
1908 - 1909
161
'*•:•-, .-JT.. iSV'j<br />
•••••••••••••••••••a*r«*«••••••••<br />
Em cot<br />
(Testa socie<strong>da</strong>,<br />
Nome ..„..;.......;<br />
Mora<strong>da</strong>.......:..:<br />
Nome...........:..:<br />
Mora<strong>da</strong>... ;J<br />
Nome .......„:....:<br />
Mora<strong>da</strong> ..:.....1<br />
Nome._.'. .„;;<br />
Mora<strong>da</strong><br />
Approv<br />
(i)—Minima: 100 rel<br />
(3|—Mental, trimeMi<br />
2 "»<br />
V «<br />
a •<br />
a.<br />
=4. »<br />
'i 3<br />
§3 a<br />
i' f<br />
S" ■<br />
O<br />
a.<br />
a.<br />
Õ<br />
163<br />
3 n<br />
Ti—<br />
O 3*<br />
■2 3<br />
> » ~ n M» o ^,<br />
o<br />
3<br />
c<br />
r><br />
O<br />
■ — w _. o 2<br />
, en<br />
n n n n<br />
3 S<br />
O O 3" »<br />
H O » C<br />
» 3 <<br />
_. < O 33<br />
3 O -> 3<br />
O r» C<br />
93\ 7<br />
O w<br />
° S<br />
SI<br />
2.ÎLS<br />
o « 5"<br />
5' §" O<br />
O<br />
cni<br />
O B><br />
3 n~T3<br />
~ CL, s<br />
* » 3 » 5"2<br />
era ». » o_ nj<br />
2 £.8 Qi»<br />
n<br />
r3<br />
3 "73 Q_<br />
5Î » O C? 93<br />
-O<br />
S3 o i> •<br />
- ^ai Û» O<br />
» > ' §' B3<br />
01 — w o "...<br />
r»<br />
2.23 «5?ã<br />
s» 2;<br />
— n<br />
c o<br />
O Q.<br />
ti *o<br />
n<br />
3 « 3 b cn<br />
r» ■* o<br />
2 sós.<br />
■-•-■■■ - in- •- f—<br />
:i i i » ■! li '— ii, , i . i ""•** nrrnsaa ■'l)>r.OT^ 1 ^ , . ¾ ^ ¾ ¾ ¾<br />
t 1<br />
►<br />
S»"<br />
O<br />
o<br />
i<br />
o<br />
><br />
CD<br />
m<br />
o<br />
0¾<br />
CS<br />
•-CÍ<br />
<br />
m<br />
"Proposta. n.°,.;.v<br />
i e Ëscoltt<br />
a socio pró<br />
le igt.<br />
«uaTA<br />
MENSAL<br />
' dl;
165
■ ^ í<br />
p;Socle^a<strong>da</strong>í Anonyma. <strong>de</strong> Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> : Limita<strong>da</strong>.<br />
especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>. ^£«»"5;^: ggr sa: v* r.*ve ?> ss,.* ^<br />
JjM J" P or*a ^à'dii^S^di^^^'o^énmSu^^<br />
■ ■» . — ■ :rven<strong>da</strong> exomsivá^aoa acon« g! ^...v s.<br />
subslituin<strong>do</strong> com vantagem o fungão<br />
«J^gDE:vSANTA:jCSTA,í ; 42<br />
wSsteiSSkw<br />
*^
LU<br />
û<br />
<<br />
ce<br />
o<br />
í-<br />
tf!<br />
<<br />
O<br />
U<br />
tf)<br />
W<br />
LU<br />
CO<br />
LU<br />
■ • X<br />
s o U<br />
LU<br />
•. ce<br />
■ ■■ C3<br />
o<br />
Œ<br />
L LOS<br />
■ • • ■ • > •<br />
• co<br />
LU <<br />
O<br />
<<br />
a<br />
UJ<br />
■Mil-<br />
O<br />
o<br />
5<br />
0<br />
u.<br />
le-<br />
0<br />
t<br />
■u<br />
0<br />
(0<br />
LU<br />
t<br />
Q<br />
? • 0<br />
ra<br />
«_><br />
¢/3<br />
0)<br />
1<br />
: QD<br />
■ .tW ' O<br />
a<br />
o *»<br />
'■ : J3 ':; u.<br />
Ci> Q<br />
V3 ■:<br />
■ Go<br />
,. 0<br />
• ._ 5=<br />
0<br />
; ^3_ ■<br />
, o<br />
5<br />
' 0<br />
0<br />
. O<br />
CJ lu<br />
.'. ta ■■■ 0<br />
. '■: ^ "
é<br />
JVT<br />
r,<br />
*.<br />
*: •<br />
?..<br />
* . ■<br />
ft-;;<br />
„TX- •«•<br />
V.V.<br />
Relatório <strong>do</strong> .¾^ ...;•_ '<br />
f•'•VSt^ •:••.. Conselho Escolar'<br />
<strong>da</strong> EscolaOfficina N.° 1<br />
' .' ■<br />
'>!r'.<br />
; ■ " " .'*. ■;.>""..' •■" p"v raoi C...<br />
"fr— ; . "•■" •■'■' ' " ••'V.^ •:•.grama e o<br />
' '{^^«Ç^iVíai^teSviíSS^? 1 ». conquis socWalguns<br />
. • ■ voivimento intelectual selhe^r^ ' ? ' p<strong>do</strong> exer *P* p.producto <strong>de</strong> um meio emnnf «uootem o seu temperamento '<br />
,/malmente carece <strong>de</strong> umràum m n?/ e Cre _° u e se <strong>de</strong>sinvolveuTnam '<br />
;^ vem paraiaEscoIa SStodl'ï^ p r °P n '°' "P«ial Quan<strong>do</strong>" .1<br />
•aquenes. «m <strong>de</strong> sêr <strong>de</strong>stSs etes ^ ^ "« virtud * s ^ ! A/onentação QueDrM.Vi» J~ caucac ao " •....'"<br />
ww*!»wesr:,5«<br />
171<br />
,v,v..«..<br />
-:¾<br />
-d<br />
1 rv.
£ So o = ï ^<br />
o « t: o o c<br />
.2 «> P >~ 2 r.<br />
,ïfcg •«•=><br />
o 2 S t» *• u o S *•§ J-? S g<br />
rr re S re «ti ce £0<br />
S ,:2 c re<br />
a. = c<br />
r*<br />
3 ra<br />
U to S '§ « g S a<br />
l jfj>.%^'" "W MpM<br />
o ■•■u.È.ïï.iuSiïi'i<br />
° „« Sb».S S «SP T<br />
3 2 Í3 u «o<br />
» r «
^..-. o O-g es es ,4i ^ b •*"<br />
O e* ■' :3-¾ S *» eo<br />
w __ jy *^ cS ■*■ "- ■<br />
S<br />
g s o"Sz"Ho<br />
ti es<br />
y J J 3 . S ce<br />
o p^ — c = i="3 C =_= ? -3<br />
CC""■ O C es ?<br />
us* v »• 3 S<br />
o 5"Ul3 C «3 =<br />
O<br />
10 e 1<br />
■ 'S 3-S'C- , « — es > . ■ >_'~--«-a S— « — 5 ^ e. ." n cv,2 S .-T'es §S.| o<br />
82 = ° w ey<br />
"s "0<br />
U U T<br />
TW >t ÇS<br />
es O O<br />
>JH S.SI2 « S..S _• 3 2^" 2<br />
ï.ë 2<br />
: " « 2 o 13 S 257« 3 g2 o! 82 =<br />
•"o 3 =..8,= 2.CJ.2. s _ « c-o o ; c t. ^s; c o<br />
- - - ,- es W.»<br />
3" w<br />
-2 S «5 S«^r 3_ „4J «4J «i ?. c 'i »,<br />
ra '«<br />
«s = 2 - c- y<br />
r- 0 — 3 C— es<br />
" " U „ « » 5 S U<br />
es<br />
r; O-a '<br />
•3 S 5<br />
u C ~ "g .5<br />
o — —<br />
í 5<br />
n<br />
Cuic: 2 r « uc<br />
"U t>. 3.2 es 3 S<br />
w es es _2 — , «J —<br />
~ ~<br />
3 o ••<br />
— > o<br />
., O S<br />
L u<br />
o °<br />
« 2 5,3 •« C 5.2 _<br />
6.1* y ■ ' « £-2<br />
c « s ^ï ° 2"p4j<br />
re<br />
2c^<br />
— l .— — i "O Ç 3 _es 'j= s g ij. 'es 1 •— —<br />
'- n O y = ej 3<br />
=S 2^<br />
o ° iC/O<br />
r. ej il X u<br />
—. ^— Vî<br />
u<br />
ç<br />
W C X n Ç _ u! .es<br />
«o Ï;3 ^<br />
S3 d õ _ rj<br />
C — « h es^O<br />
y u y CiTpCj<br />
•- C"3.2<br />
u O<br />
m 2£<br />
es rp g O 3 C e<br />
C u S'O -<br />
3 o C<br />
CJ 5<br />
- O u 3 - ■ 3 ~ 3 - O -<br />
, C « . S : Ï O<br />
0-3 2<br />
es<br />
^- v; c<br />
O E O 1rs<br />
"O «<br />
C<br />
-— — ej — ey 3 e c<br />
E O C es -a<br />
in re (j u- C- • —<br />
es es<br />
O -* '~r es es R§1 c 2^ 2§a^Í =y «81 g<br />
.3 es 2 - c - o : c£-J= 5 _ C O c es CJ.3-T-,T3 3 W3<br />
3 o =£» c o _,<br />
= ^ y<br />
,, - u > o ï .<br />
O i_ es O \rz 2 O ej _.<br />
J .: r c O C les *><br />
r- 0.3 es e^<br />
*i S *" "<br />
«rs S es £ ^ ^ cl<br />
g J. 2 5 o 'u g o g <br />
« ^ , - .hcjcj-<br />
•- ,T3 u C - », y et s a «<br />
C2.-CS UJ<br />
re<br />
c re<br />
O = g g<br />
E rt £ C ï= 3 S<br />
_ ' cy w ^ 3 • <br />
St.,ï 2 15 ^<br />
, e= g" s ><br />
>« g<br />
"5 a c<br />
es ><br />
C O Í3 . g «<br />
£ v<br />
o '3 '-> es i_ O<br />
e, P ^ .= C-C rf<br />
SJ 3 "> ej O es -3<br />
- 0 0 c C Ï T Ô<br />
es e- es<br />
es (g .S<br />
cj "C H<br />
~* es<br />
a cy<br />
p a<br />
w o e'5<br />
iî "O<br />
3 3<br />
; cy^<br />
cy "d<br />
On»» y> "" 3 — y)<br />
^*r2 o 0 £-2 es §4J<br />
3<br />
-U es<br />
C O -<br />
£ Í 'U y O 'iî y.<br />
174
"O<br />
5 — esc.— */: cos es —<br />
2 ~ r n — °<br />
r K S<br />
u ti<br />
73 C • — .2<br />
f 3 'J «<br />
r ^ 3 Í<br />
•_ O S<br />
= 512 *»'5>2 «<br />
5 2 « c~~ 2,'û £<br />
.2 " O "O O<br />
— C F- o —<br />
to O o cr<br />
, 5 : « 3<br />
« a c o<br />
O S 2"~ %.'£ ' C3 g ^<br />
2 ~. — 2 _ "<br />
S3<br />
= n O<br />
^L"? =<br />
3 *»<br />
~ t— -^ 2 tl w w M ?C< ci E d 5<br />
-<br />
• — ci r* ■— C 2 rt ^<br />
- = 2 « a ^, *. ^ . *» «í £ PT S * ^ »cs<br />
~ _2 2 O O —* ~ ra v —\ co<br />
g c = _-õ<br />
o S, °"-S o £ 5 1 g o ._<br />
O. S S 2 «a 0<br />
° •= ° 2 s 2 §.•= g>o§ S.°<br />
~ ;" ,~ — = ;■• ^ u~ 2 ~" e* £ c<br />
ti — CO ,-. ■* W '.3 «. — « w<br />
« J2 , s ?. 5JU ,. • o 2 2 _ o es<br />
"73 . s -j B « C K C" -J ~'2\2.£ «<br />
« J ~ u ° 2 = « o h: .u<br />
w i' ? — S II C^i-í'— ^<br />
1-2-i « S ï § ■"% 2 J<br />
n S'So<br />
n > S 5 — CO n"> 1 ï Ï<br />
uoE<br />
C C 2.— T °<br />
> S 5 — co o " ï ; 5 "Ta «i u<br />
2 es H S « « |!3 (TI 2 2u u<br />
i K (*Í s .2 S c c^s<br />
CO r- 73 2 -2 W *— o *-<br />
•»,2 _?~ « 2 es<br />
5.2 «> « ^'r<br />
— m<br />
p u — CO c 1<br />
cr 7 j2 ° .2<br />
S u > w »1 '■<br />
15 CS CJ CS ti<br />
8 í? « s a<br />
« y*i »22<br />
^ 2 - C<br />
2 Û ~ 22 °<br />
r O S>, O" 2 TJ<br />
c u<br />
C/3<br />
CS t/i .. O<br />
CS o ti<br />
cs'o<br />
CU -<br />
G<br />
A • V O ^- 1<br />
;<br />
— «<br />
o<br />
U5 73<br />
J -3 _tl u<br />
O ÕbTítí<br />
O.J3 t/5 .<br />
E « E re "><br />
— CS tO •« •es O ^~ ra -•<br />
c 3<br />
U V!<br />
O J f<br />
Se<br />
£S<br />
cs « CO<br />
■ O 73 .í o 73<br />
« CS<br />
o<br />
o"<br />
c s ^ 7 3 - -c - s<br />
ics 73<br />
u<br />
3<br />
ej ,2 ":<br />
•ï Î5S<br />
l/l u<br />
1/3 ti V3 Ot)<br />
O .2 ~ ti<br />
C^ 3<br />
. > .2 *■ * "3 í/ X *.<br />
~ £ es « s «1<br />
« « J c 32 ^"§W<br />
- .5 N ><br />
es<br />
~<br />
73<br />
:2 o 12 ir>.<br />
C3 :> v3 2<br />
.» o"S S,ï S Ê' !><br />
O ti<br />
es "O es<br />
CC<br />
""<br />
= co<br />
O<br />
ti •— es 2 «T'CS<br />
Vj ti<br />
3<br />
.2 :— cs^<br />
'— 1- CJ v. r-<br />
çs ti j> o - 7 3<br />
U ttJ —, fc—■ í" Õ ^* C "T"1<br />
«3 O o Ce<br />
es SO<br />
'<br />
CO —<br />
M =~<br />
3<br />
2-2 y^ £ « § 2 =><br />
2 c<br />
o<br />
— ti<br />
t>.<br />
« = i^r cs ^2<br />
3"~<br />
u :<br />
V S es<br />
~ CO - 2 es 73<br />
O [=2.2 CL<br />
les (j > u<br />
l > 5 O C<br />
2 5^.3 3 —<br />
'--£ ..~ « > 2- =<br />
o J^ w y cr 2<br />
s".ã 1 § g i « 11<br />
2 U.2 _2 O 75 ti —<br />
^ 7 3 3 e s > 0 r. 0 2 y. r j_l 0<br />
1— ~ V es ' - » 73 a;<br />
~ £<br />
O<br />
3 ti<br />
273<br />
in<br />
CO r-<br />
ÇS —<br />
50<br />
cc<br />
o 1 =<br />
~ 2 2 i. t) s:<br />
~5 c 2 =.2 2 ,.js i;^3^2<br />
.2 -S c s ~ tas<br />
S g 3 •'■ „ " O 73<br />
73<br />
tr. O<br />
te<br />
es ~J C<br />
IO<br />
es c<br />
2 ti ti c o _*. — . = >'2<br />
to .2 to<br />
«73 73 es " ""*• £ •<br />
« i_ o to 3 o<br />
«J S 10 c -<br />
"« o 2.« « «" c<br />
«73 c. crJ2 -es Q0 c<br />
w „. c '<br />
S; ,2.2-6 « 5 = u»= rS.S><br />
c-2-^Jí" - « O u2 r.y Jy p M<br />
•J,.o ^ = c a 'J ■/. w _ £ _D<br />
ft . A / )<br />
.2- 2/cj<br />
3a 373 2 2<br />
— .<br />
L C í<br />
ÎJ<br />
E2 õ~tl<br />
w Li •—<br />
« es CC; S 1- 2 S E<br />
t — 73 2 '> C • —<br />
o : a 3s «s z<br />
_— •_) "O 1»
"3<br />
u<br />
O<br />
es V'<br />
il —<br />
■ il 3<br />
O ej<br />
3 a<br />
■C<br />
1«<br />
C3 'A<br />
r- cs "G<br />
U. l_ IO es "J> CS<br />
— = *» O<br />
rs C-C O /—<br />
O<br />
es<br />
tO a es c ti<br />
a —<br />
« _J es<br />
tO<br />
es x i—<br />
o<br />
o<br />
C5<br />
CX «^<br />
f<br />
il O C3<br />
■a C o-<br />
c<br />
G r; Zj<br />
£<br />
o<br />
o i_ eu E<br />
<br />
'J»<br />
CS CS<br />
il r—<br />
ii es<br />
C<br />
3 (— CS a<br />
C 3 3<br />
O<br />
o<br />
u ti fc- !/)<br />
; ^1<br />
o<br />
ÍI<br />
S<br />
ii<br />
(—<br />
O<br />
ti L_<br />
,_ .<br />
X _ o<br />
t/i<br />
s-s '"V<br />
ii<br />
ICS<br />
ti-<br />
C es o c<br />
O ;cs<br />
u<br />
U c .Sé C ii<br />
U<br />
^ï 1 "2 cj 3 o :o cr<br />
o ,¾ a<br />
'O ii<br />
—'<br />
'_: r ' ) 3<br />
1~<br />
X o u<br />
O , iJ<br />
Q CS<br />
C<br />
D<br />
O i_ 6C •^<br />
r i><br />
B = o •J<br />
> to<br />
to -- es ■4 o il<br />
"T3 eu<br />
es<br />
es CS<br />
CS<br />
a CS<br />
3<br />
ii c<br />
i)<br />
■n v:<br />
11 -x . tO<br />
a<br />
to w<br />
"3 •— Cl, cx •O<br />
ÍI<br />
^: 1) 3 S to<br />
= -3<br />
p o<br />
O ti<br />
"0 cr iC-3 3 3 T « t/3 -3<br />
C<br />
'o<br />
o<br />
LU<br />
0<br />
w<br />
c<br />
o<br />
, — » i 0 3<br />
C .<br />
— to S2<br />
w « , « W a -34/<br />
c O<br />
3 « ^es3 3 « Z _2<br />
C3 "3<br />
3<br />
03"2'« £:3: "»j 11 1—<br />
—<br />
3 C ^ -^3 3<br />
il<br />
o<br />
S wes v : v. — —Co rt-o Q í) - "S "S<br />
■£c> c 2 r; ■£ = "«^ ». ri « o 0 3C<br />
p 3 3" S S C n H y « Si3<br />
s^cisc 6 . . . C C . s g s .0 g 2as « i— §<br />
, o<br />
c. gT3<br />
ty y c<br />
es<br />
t><br />
: 3 '—•ti to —<br />
Ctr.<br />
E S<br />
• g 5fiC ^_0 D S 2<br />
' °-= - 3 »"S' C3.=i<br />
; : E S/ 5 — 5 3 3<br />
~ i c r ç . y " r r : : — Il ej *3 =^ y » ^ L*<br />
ii , ;<br />
~ •£ 5 '> .' "3 3 3_3 SÍ. O _<br />
"3 ■- (— — .<br />
- ""■ 3<br />
C .3 ,<br />
w 'J<br />
il<br />
y.<br />
.3 y. "J _<br />
-es to es T3 .2<br />
3-3 'J<br />
to il V C<br />
3 _ y 3 -J<br />
• - CJ — i; j;<br />
3 ' ex « 3 £ Ji<br />
C cj — x 3 — ï 3<br />
CJ e CJ -Q 15! ■" "3<br />
— -y. • — — _ «<br />
O i/ ~ •_ 3 3 °<br />
ii >3 x es<br />
■3T3-3 ■r. u. ÍI --j -3<br />
c \j<br />
re v U S b<br />
0<br />
0 '*<br />
•V<br />
3 0 z_ ;<br />
■3<br />
r — 0 LM £■<br />
7 'J<br />
0<br />
X 0<br />
■3 ce X<br />
0<br />
tj<br />
Zi X V<br />
'.j C3 ■ —<br />
—> CL —— JJ V ^J5<br />
M u i» u- tj y 0<br />
CD<br />
U — O tj<br />
co<br />
f— C<br />
0<br />
"C "TJ<br />
s= M<br />
—<br />
ÍO ^ri M X<br />
,* sr<br />
CO est<br />
U 0<br />
0 0 "C<br />
"j X<br />
3<br />
u_ to X<br />
3 Z 0<br />
^ ' r ^> 0<br />
ZJ<br />
X u a<br />
5<br />
n i—<br />
cr<br />
"* ex tr ej ^<br />
2 2<br />
3 3<br />
II<br />
to ÎO<br />
3 3 r<br />
• es<br />
•J —<br />
2 r- ■•« « - 3 r '£ c<br />
w — es JO ..<br />
i,» 'J rz c rs<br />
1 o 2 2^2<br />
'5<br />
o<br />
c c «"12<br />
ty H ies 3 . ej s<br />
- t_ co ^ — - ■ ^<br />
es — es<br />
C"!-<br />
=<br />
y c 37. 4/ J<br />
3 <br />
n «" '/ ~ '<br />
3 CS^<br />
'5 " S es<br />
to es N.<br />
.2 § Í 2 | I |<br />
u-w -j SS cj cf, -j<br />
176<br />
3 c
o<br />
m<br />
u<br />
5<br />
■o<br />
■*»ir=' L 7v»—' ! . ■.<br />
O<br />
J2<br />
ter<br />
O<br />
c<br />
t/:<br />
o<br />
CA!<br />
S °<br />
"3 C<br />
c<br />
03 0<br />
O ii<br />
c 3<br />
cr. 2 \í<br />
■si ~ rj<br />
o r a<br />
S2 3<br />
u u ^<br />
u. i a<br />
o o n<br />
,„ «<br />
3 s<br />
o<br />
3.1 O"<br />
u<br />
o<br />
s 3: <br />
Hi<br />
"*o.2<br />
... i,<br />
g ci i_<br />
o c c<br />
rL2 '5<br />
s'il<br />
o « ■-><br />
r si s.<br />
s —0 ti<br />
* — Ï—<br />
o ; o<br />
^¾¾<br />
y y. <br />
3 O ""<br />
°"= £<br />
ii « r:<br />
O3.=<br />
o £^<br />
• c<br />
C3 O 3<br />
._■ C3 " il<br />
f c •<br />
KJ ti Ç Ç<br />
u. _£2 Í» » J o<br />
O n^ u £ 3 2<br />
g S o "C o j<br />
5 u '" v: ~Z<br />
J « J .<br />
o îi = -<br />
ii<br />
— il i,<br />
C3 ^ c<br />
.. w '■A ■J> V il r-,<br />
O V> - " ti o<br />
c «<br />
n 5 C'2 o 50 si <br />
ti<br />
■r- -'«.3<br />
ii rt<br />
* t3 o 4 _,<br />
i> S O « 'J ? "<br />
i- > x ~ f- 1 Ó 1 2 "* '"r<br />
*2.s 5<br />
5: ~<br />
H %! «S «» _. S = 5 3 3<br />
w &■<br />
2 : o u c<br />
2 c 2 S «<br />
T3 O •ca<br />
rí<br />
S v> o s<br />
!_ •- O<br />
S 2<br />
c i<br />
es U<br />
•J il<br />
- c<br />
3 2<br />
3 3<br />
il 3 'J ,~ il<br />
y; es '-> 'A CO<br />
v. — s- —<br />
O J « - J Í<br />
f ji « j2 2<br />
2 c.<br />
o ç.!L s I<br />
i avid<br />
O 3<br />
o _ .? û.2."2 §<br />
C •-<br />
3 i_ y - •-<br />
73 M 7Z " — 3 VÎ — 3<br />
il U — S<br />
O<br />
3 js<br />
a ii<br />
•«J J u<br />
— es<br />
i><br />
>
~ I<br />
re OJ3 g «<br />
> £ O °=<br />
Íc5^ re g<br />
:/:^1<br />
í o "3 CD re<br />
~ « v 5 '"•<br />
O<br />
J<br />
■speed's<br />
= £ S<br />
•" c<br />
s o^sg 2 I<br />
3 re ^ _: — O -S<br />
o = „; = £o<br />
£ S « « 2.<br />
O •* C o ** .j,<br />
y O « es "O « g<br />
t = o5 rj [•re<br />
** c •— — ~ H<br />
re<br />
c<br />
O<br />
re<br />
P re o<br />
oa<br />
o 2 o<br />
"= o t_><br />
=='» S<br />
= 3 =<br />
,15 u w<br />
•— re<br />
•S 9=0<br />
cr o<br />
re -n 'Z.<br />
S<br />
rt 5<br />
il CJ<br />
es — T3 C<br />
~ « ^ U ■ Z es g<br />
U aro « o<br />
" lí o<br />
O^T3 u<br />
8 = H c<br />
Ú o • >re ^<br />
« S 5 2*7<br />
S» C ej O t» .<br />
o SÇ = re .2<br />
T3 "3 re C<br />
2 « —.H<br />
re .2 . C *' u<br />
•r '> u 're „ v<br />
t C_S « t C<br />
rf «*"§ i O X<br />
« «S i<br />
P.y «"O<br />
S re °<br />
-3 — — re<br />
S .2 S c •<br />
u E 3.2<br />
s, w £=o 5b<br />
3 «; ^.^.o ^<br />
« = £! d^ o<br />
.„ w "TJ^IÏ<br />
sSfeoug<br />
^ 3 2 S.S 3T'e<br />
_ .3 f C_- =<br />
.2 o re p u<br />
exn<br />
O re<br />
«<br />
S<br />
^2<br />
w ,"°<br />
re<br />
a "> —<br />
' J 3 g^çC<br />
ya S .2 «<br />
e- - •= 3<br />
179<br />
■ 1« «Unmrlti *il<br />
.......
vi<br />
3<br />
~<br />
— lj , 3 *~\<br />
o<br />
—<br />
r.<br />
T3 u •-*<br />
—, .—<br />
Z u<br />
J<br />
— y. 7Î<br />
>1 - '<br />
c o<br />
."*<br />
D •-><br />
3 2 2 3 £<br />
3 C J ; "J<br />
C O =C S<br />
-■---> 3 ■■/;<br />
■; ^ ■. u D<br />
-j ÍI ■- ii -<br />
:*s """j r~ "Tj<br />
O a 1j 5^2 p<br />
*s3<br />
íw<br />
■a y ° S 3<br />
— V., — i) ..<br />
"3<br />
O £ T3 cs O w -<br />
• *N U 7) """ r- " 5<br />
<<br />
o<br />
•/• 5« —<br />
ij j; ^ o —<br />
PriK<br />
pleto<br />
s, CO<br />
lielec<br />
mble<br />
^ £ 3 . 2<br />
ii<br />
•/:<br />
3<br />
/:<br />
3<br />
Çj<br />
p s s "J _<br />
3 3/:/: xr<br />
'J 'J U <br />
ON r*< H<br />
: W<br />
CJ ; ffl<br />
T3 <br />
H<br />
0<br />
2 S £53<br />
2 5 ci S<br />
.5 3 . 3<br />
•_l * ' c ~*<br />
W ti 'A *• X<br />
g«J S = i<br />
I<br />
ï '" ■(. ï H Î fl í •; ; Ï 7 Ï «<br />
*
SSS?35?P555Í!<br />
SiAffOEH'Q<br />
l'»Jí?5ôi'l<br />
OR'JfOÔ<br />
(MX)? KC<br />
OOSíOOC<br />
p OipCAOjddc 3 SOIU3Ujn|0UJ"^<br />
soiâBJinç<br />
jopciqoa OB UI38EJU3O"JO([<br />
'." ojnSss sp OIUI3JJ<br />
[Ujpsjd oyoïnquiuo^<br />
onuiiuoo « ' n<br />
: • • ouuJmduDsa os «<br />
S3J0SS3J3jd SOC 0yÓLM3UnUJ3y<br />
Hiifoç^ç<br />
OKXÍfG*<br />
ooa? u<br />
(XX)?çi<br />
059?S8<br />
OOOfOOG<br />
080?Sil<br />
0tÇ?GG5:i<br />
OOOfÇOS<br />
W19P90<br />
(KWfffgl<br />
SVÇ? C8C : l<br />
•SOSS33X3 JOd JCJ1U33J BpcpUBUl Bqj3^<br />
B [° 3S 3 B P [ciuinb ou 3SS3O1J0VJ<br />
• • BI|3UJY xi OJicáujL ou opysusy<br />
•■yoóiioói sp oijpiepj ou soibunuuy<br />
OU[BS op"[3n3n|v<br />
sepuSA<br />
outs-y op<br />
oiJ3isiu|i\; o|3d BÍiBd 'sBjqo cjcd BqJ3/\<br />
SO.UIEUOQ<br />
OOÕf^t SOlniBJSS a «<br />
OfS? L?S : l SBionb* sp BJucjqo^<br />
BSBO 3p Sbpu3y<br />
SOllSOdsQ n a<br />
" ' S300d|J3SU[ sp sojrif<br />
goõiío6i sp O3JUIOUO03 ouuc op opjcs<br />
^rzcacaisaicc ^TCLXSIOŒ.'U:<br />
NiHUl ma sp, a »pq 'so|i!sj gp ejopoid apepapoj ep Bzaísap a pan<br />
o "a ? C O <br />
ri S 4» •— C /5<br />
u « TJ « a<br />
* ^ « ** « »^ 2 es ^<br />
J — .. '> S es<br />
^ —. * W / « « e c<br />
o
3<br />
T3<br />
S 1 e 2<br />
ers* 5 ".<br />
O ii - x<br />
r* 'J — ' . i<br />
a a s _<br />
g 3 — *r\<br />
Z tri ;_* 3 '><br />
•_ CS .i ^ 3<br />
S"o.à 2<br />
Ses?" ^<br />
Si 4 *<br />
S 3 "3<br />
v) s».h <br />
u i ; 2<br />
o "> = "3<br />
ci<br />
=3<br />
O es o<br />
'■" O CS<br />
C 3 es<br />
O C T3<br />
'-> C<br />
II?<br />
'— X<br />
la <br />
11<br />
es "J C.C<br />
vi G<br />
T3<br />
^ il C<br />
•- .3 ■'<br />
S.'ô<br />
go 5 Srai!^<br />
,2 «"St U.2.<br />
= TJr; . O u a es<br />
es g i_ a
5=° Tá" 2 Û<br />
»i ' " O y s '■><br />
■Jl ~ . —<br />
v:<br />
ii<br />
il<br />
o o "2<br />
"2<br />
il<br />
Û<br />
73 v.<br />
T- 3 "5-2 S -5 -3<br />
"3 v; .= 1 T ~_ Sfi.2 73<br />
; j<br />
3<br />
S '— C. •■« •/: .G 1<br />
:J l_<br />
t/j »■}<br />
ZJ<br />
O<br />
o<br />
3 —<br />
C p<br />
C3<br />
g; '— ÍJ<br />
■NJ<br />
^ j<br />
■a U<br />
:; C3<br />
c—<br />
IÍ<br />
OJ<br />
^<br />
C T3<br />
es trt<br />
i) ~ .2<br />
S '2^ 2 " 3 2<br />
-<br />
3 c3<br />
y G<br />
cr,<br />
u<br />
31 O<br />
O"<br />
73 -a<br />
o ■ r* T3<br />
G 73<br />
«3<br />
u y 2 s 3<br />
o o 2 * S 5 Ë<br />
v) T3 = 3 . s -j „<br />
2 st 2 s * 2 °<br />
Si 5 > T3"s 2<br />
SÍ _ . =<br />
.„ « > f» Si - êj<br />
u 2 — -~• "■" •— m<br />
— ><br />
=<br />
CS îi — Û<br />
S3<br />
"es ié"'"' CO<br />
ca<br />
^ « 3 n « 9<br />
«-Sc? -25<br />
^ = 1,2 5 13<br />
es •-— '— vi '2 73 .„<br />
— a o s a<br />
—<br />
u L "2<br />
■ÍI O<br />
O<br />
'-i O ■T. *J<br />
o O c 3<br />
ni O<br />
2 — 0 il Sr;*o<br />
3 ...<br />
£ j; o "2 ~° y o<br />
— ^ "M G _G "n<br />
il O C_ o C y<br />
T3 '5 '73 3 73 M<br />
"Í; s 2 y ° u'—<br />
~ G .— 3 G<br />
U--i j_ _ .2 4J<br />
1 E "f -o "2 £ 'i<br />
i, 3 JJ C ■ — D l_<br />
-- '-> ^3 es 73 •_ -j<br />
2 y. ■<br />
1 -TT^<br />
ii<br />
r. ~, G J£ se <br />
u s: u i» v:<br />
■j<br />
il 3 -I r. :J<br />
ÍI<br />
■ - rs<br />
v;<br />
• L^ js -Q V.<br />
. ZJ<br />
•_<br />
^<br />
G<br />
y: 2 . u c_<br />
'J<br />
il r.<br />
w« c —1<br />
V.<br />
'■J j : u<br />
■ ~ r.<br />
il<br />
'J se 'J<br />
73 V. il<br />
s.<br />
il<br />
"ii, G n<br />
0<br />
il<br />
ii<br />
-r.<br />
il ZJ<br />
* ~ h:<br />
5. il<br />
Si<br />
U<br />
C3<br />
s.<br />
e— V3<br />
"5 Cl<br />
~* •J C3 j<br />
ÍJ<br />
û<br />
■G ^ U \) U il -r<br />
"3<br />
vi<br />
il ii O 73<br />
0 o 3 s/:<br />
"T3 ^<br />
ii<br />
.0 ■s.<br />
^ ■yi<br />
■5<br />
il<br />
"S<br />
to<br />
a<br />
r3 u<br />
•A ^j<br />
■y;<br />
il<br />
Cl<br />
.■% c il o<br />
73<br />
ci 72 -a<br />
Cl u<br />
C<br />
ir.<br />
r-<br />
o<br />
^1<br />
Cl,<br />
3<br />
><br />
il<br />
il<br />
ri<br />
ii<br />
il il<br />
il<br />
u ^<br />
~rs<br />
■5<br />
O<br />
^5 C3<br />
2 <br />
OT<br />
'
- 1<br />
• -a<br />
c<br />
n<br />
r<br />
■5<br />
_o<br />
3<br />
J3<br />
3<br />
Zr<br />
=£<br />
71 Tl<br />
ÎI 1 X I<br />
y o y<br />
T. -n -r.<br />
** vï f*<br />
E = ~<br />
C3<br />
:£ — J, 'J<br />
: x 5 x<br />
^>l "M<br />
■J<br />
" ~~ J 3 •- '-<br />
* S.S 5<br />
<br />
* *<br />
movimento, <strong>de</strong><br />
01<br />
O<br />
t.<br />
a<br />
"3 X<br />
B» —<br />
O<br />
Oo<br />
CD<br />
• —" i" îi i> i^ s z :.t x r:<br />
# ; • CS £ VI<br />
■ cfl •—• iJS r"*<br />
■<br />
O * • •<br />
• y « 5 . . . 3 cr •<br />
. .<br />
■)<br />
t->*<br />
■<br />
* • d > * • ^<br />
C CO O y) " * * î3 C<br />
to y ^- í> * • ' C£ *<br />
A. y S =<br />
5 co ~ ;c<br />
vï<br />
— O<br />
V2CJ<br />
y r:<br />
• J -î 'j • T3<br />
• c "*■ ^^ ' —<br />
"• S^.a :^<br />
y 5 « 3 '■" -<br />
lU °j2 =rr ~<br />
CO<br />
eo<br />
CO<br />
a<br />
o 3<br />
z ! c<br />
O rs u C-~ y- y J3 "<br />
r" c — w '/ ^<br />
cz ■ •—><br />
£1 II s - S<br />
*— 3 . J u<br />
o ta<br />
S5 2<br />
■J O<br />
C3 y<br />
■— ? a»<br />
'•" i.<br />
co ^ c y •s y<br />
#» —• 3<br />
o = c *—<br />
c: v.<br />
y<br />
=: 1 "S3,c<br />
V) °>5<br />
•s í o<br />
=*" vT .„<br />
o<br />
y ^~<br />
ZE<br />
eo<br />
O<br />
'o<br />
c u<br />
ta<br />
■—<br />
í o z; ^ ex<br />
o<br />
y =:<br />
o . a<br />
o<br />
ti<br />
C<br />
y 3OS c ^ V<br />
ZE "> «r<br />
C a =«8 o c<br />
c • "° 2<br />
• C_-C 'C y ■"» ""* _<br />
eo c<br />
o o S c'<br />
ec o ^ * •« V) -3<br />
c<br />
5<br />
a» y «1 ~ ■»ag'8a<br />
w a <br />
y—y «s sfsgSlss.<br />
ra<br />
J2 y £-3 2— -,<br />
cSS ° a F<br />
= 3<br />
3<br />
■3 £<br />
■ : = S ï « c ? .. •;<br />
= — ■3 2 s i = = .=: s<br />
« a yj=,- - -<br />
c I I Jl o<br />
c.ii<br />
a<br />
2 8^ oJi<br />
a "y<br />
— o<br />
2 3 =<br />
s 5<br />
2""TS,S., 8 8 3 ^-^<br />
iíScLõ?<br />
■3 O<br />
2 SO C3"3 a eo e o<br />
a y<br />
— u. y33_C.'5; •*<br />
a cv2<br />
«Ba<br />
, y , , 3?*e <br />
— ' '.• * = — — ''«^^a<br />
S M O o^:<br />
."2 ft á<br />
'J O 'Õ<br />
2 o<br />
.y J V2<br />
S -J<br />
''■3<br />
o Ç a<br />
o 2 2 ';<br />
.. ^" —. f ï ;— > A —<br />
, y 3 = ftsi:û<br />
^■3<br />
eu _ : o<br />
•"3 a<br />
eu a<br />
S S 3 : = 0 ^ =<br />
5 S" ' o o u o<br />
CJCJ C»'<br />
■ ° <<br />
Í3 — 9<br />
' r ■■■ J» ■* 3<br />
o .• i O S •».<br />
•«- "3 ^--^<br />
i) il o<br />
. s/y .<br />
, • ii s c rr -_, is<br />
es<br />
ii —.2 .3 S"t S * -J<br />
— i>ut-_J O ^ -j u<br />
= o rï rn _T i «-»■ —<br />
il V2<br />
f~<br />
o O<br />
^ il<br />
r"1<br />
C3<br />
; —' :/:<br />
.* J3<br />
> *«?<br />
3 = 2<br />
O .2 <br />
Cfi rei . ^ ^s o Q.5.==<br />
> gG ò . Jiã.s<br />
O ~ O U •o — '5 5 o « « .3<br />
•- _. C/j I _ 0 C - 3 0<br />
rs "O O<br />
'U O C<br />
T3<br />
il il<br />
O ^* o<br />
—M<br />
0 O<br />
2 "° 2 o ~ -a « « «o- S •§ g g- I 2 c<br />
J ' 3 c 2 2 rv 3 5 •"<br />
s S.73<br />
„ o £~'5^ S.2u<br />
'.0<br />
O<br />
= „.~<br />
,±:§« S 25 S i^sg 5"°<br />
"o.^2'3 c.3 o cZ<br />
35c c its ' c/2<br />
p.»<br />
^o<br />
d. si C £■ o « • 2^<br />
c*; Ls. 3 :¾ 22 Q C i»<br />
T"***" 1 -*-"*""' " ' '- Wmi<br />
«o«*rîOo<br />
o<br />
^i. y) ■T3<br />
J<br />
T3<br />
rï —<br />
il<br />
O<br />
ç<br />
zz<br />
7* ^ O<br />
' ~~<br />
—<br />
f<br />
o<br />
»-s<br />
u<br />
■n '"r<br />
y.<br />
■ —<br />
—' ■J<br />
o<br />
-3<br />
•J<br />
•• il<br />
C =<br />
"2-2<br />
O •/)<br />
CO<br />
2'5<br />
c d,<br />
' "~ U<br />
V. TZ li WM<br />
•<br />
■^r ^ u 'T.<br />
'J —3<br />
r^ —<br />
SI<br />
N<br />
<br />
y;<br />
o •^ ■ >*<br />
yi<br />
3 O<br />
a><br />
O a<br />
y;<br />
ii a: 3<br />
m<br />
'J r<br />
.2 o<br />
relator<br />
nio pel<br />
ii<br />
H<br />
CO<br />
'A<br />
•J". v:<br />
■y;<br />
v;<br />
5 0 C— Û<br />
■y;<br />
LM<br />
0<br />
5 5h u<br />
yj<br />
_2<br />
N'<br />
o X es _i<br />
r~ rs<br />
■si ^ c o » ■y; M wm d<br />
—' o<br />
3<br />
vï<br />
3<br />
~* il '-J ^i O<br />
Η<br />
o «<br />
'<br />
2 r^<br />
"H £ CI<br />
5<br />
tfl-ï 1 il -n ii<br />
^ "^ u<br />
o °<br />
c o o a ^* a O<br />
iT<br />
i)<br />
o<br />
T3<br />
2 ? 3 —<br />
-J<br />
~3 y* ><br />
c **<br />
's<br />
: - > ' ^ s C ' j<br />
" 1<br />
ii<br />
6<br />
JJ i^<br />
'J<br />
3 p ■j —<br />
ï3- O 3 Si<br />
'I<br />
| 7. t~<br />
'i U c/5 5<br />
o O<br />
= il<br />
■"■ T I c ; -o<br />
0<br />
KO<br />
O<br />
0<br />
c<br />
s<br />
« 51 31 -M -ïl -îl 31 7! —• — — —.—._._____ _<br />
185<br />
3 C<br />
"^2 S^ ^$<br />
;J^ » a ï"S," 5<br />
I I C?.^,Î S<br />
ta i = 7 "^ • ^<br />
5 S = o<br />
o .<br />
"531<br />
-* (~ C«<br />
« ii<br />
— " "~" ^ .—<br />
'_ p<br />
ii ^><br />
—_! r" ' J u<br />
c<br />
^<br />
il<br />
r*<br />
■"* ii ?-<br />
il i) ,X N; O<br />
Q
oc<br />
0)<br />
a 0)<br />
• <br />
0<br />
•a<br />
0<br />
JS<br />
CO s<br />
o<br />
2<br />
1<br />
a Ull— 0)<br />
r ■s<br />
h-<br />
2<br />
o<br />
CO<br />
a (0<br />
<br />
^<br />
£<br />
w<br />
O<br />
3<br />
.5<br />
t/1 S 0 •«<br />
•si<br />
._<br />
. _z j;<br />
o ^í a<br />
Lu<br />
o 5 _C<br />
Cl<br />
-J<br />
O<br />
~ ^-»<br />
3<br />
*J<br />
p<br />
5<br />
'O 0<br />
5<br />
5<br />
cí < < es <<br />
71 r? mmt u* o I- T -* _ , , -?l —. M -,<br />
T» -M íi 71 71 71 r"2 ro r-i -*-i -o -1<br />
'2<br />
c/3<br />
r i T— r-« r—<br />
r-t n<br />
—*<br />
O f» «-><br />
c y 3 rï<br />
■71 _ C 4J n O<br />
iO './» 'TJ VI i—<br />
o o _Í<br />
""■'<br />
?z<br />
Z c CO<br />
m E > O 0<br />
c ■/1<br />
o F O i. t/1 —I T3<br />
C/J<br />
•Si<br />
O<br />
3<br />
'c<br />
o<br />
o<br />
0 i/í<br />
C/J<br />
IM<br />
3 c es O<br />
CO<br />
■A<br />
O :o<br />
a<br />
CO<br />
'c<br />
3<br />
e<br />
O, CO 'j<br />
ri -I v»<br />
o ai E u<br />
O<br />
a<br />
< ÏJ ai O o r* « -a -o < eu <br />
-3 <<br />
f3<br />
5 0 a g o c<br />
O<br />
u o -J<br />
o<br />
o o<br />
o<br />
C 0 u.<br />
•o<br />
< .« > "3 > ir;<br />
O c<br />
< -7<br />
c<br />
•o '-> o<br />
—ï<br />
—1 < ^<br />
<<br />
S t ï 2 3 rt Jl ^ " '" N Ï " <br />
3<br />
<<br />
ce<br />
O<br />
a<br />
S<br />
<<br />
O<br />
.<br />
Z<br />
f- <<br />
0<br />
0<br />
< a .<br />
■£) CO<br />
a. :<br />
Ê -. 0<br />
<<br />
U UJ <<br />
O M -J<br />
>- 0 LU<br />
ar 3 ae<br />
ce a<br />
"1 O ^ 0 a<br />
UJ S<br />
0 ".<br />
(N<br />
a<br />
<<br />
u<br />
H<br />
CO<br />
<<br />
Z<br />
><br />
0<br />
186<br />
25<br />
O en<br />
ítai o o ■<br />
ra U4<br />
Q<br />
o to<br />
W<br />
ra<br />
V5<br />
O<br />
z<br />
<<br />
0<br />
< ' 0<br />
0 0<br />
1-<br />
Ul<br />
3<br />
X<br />
K<br />
<<br />
1U 2<br />
V3<br />
0<br />
II)<br />
■ <<br />
0<br />
O<br />
3<br />
3'^<br />
« y ,<br />
= so " a o :<br />
'«:<br />
0"5 g"3 — tsJ •/, •/..£ ».<br />
2 2 -j.ï<br />
Cl *j o "<br />
■^ 3<br />
rj<br />
N >* . I<br />
Ul «--; «•<br />
u<br />
1 O<br />
3 0 (0 u<br />
K<br />
><br />
2<br />
O<br />
"5<br />
X « 2 -j<br />
a.<br />
a.<br />
V) ^ N r~ ít ? "5 ri 13<br />
Vfl <<br />
u<br />
0 C^ s» co 5 £<br />
0<br />
z ? ? . . 'S z<br />
<<br />
<<br />
0:<br />
sa 5 u.<br />
O -*— .2:= ° a<br />
1<br />
3 O 2 C i^<br />
1<br />
-J 4^ < "»• "*. ~N -^ -». -1<br />
<<br />
cr<br />
LU<br />
=<br />
z<br />
<<br />
O<br />
O<br />
1<br />
-1<br />
-. -N < S -K -r<br />
c<br />
cr<br />
UJ<br />
O<br />
O<br />
LU<br />
a. .<br />
at<br />
LU<br />
0<br />
0<br />
0 Í2<br />
O >—<br />
0<br />
t; co<br />
«t<br />
0<br />
a. •<br />
a<br />
0<br />
'<<br />
0<br />
a. •<br />
0. ;<br />
11. <<br />
5 • 0<br />
E i<br />
0<br />
0 *. <<br />
0 .<br />
U M<br />
ce<br />
3<br />
>. •*<<br />
u<br />
>-<br />
as<br />
W<br />
-¾ Q<br />
-¾ =3<br />
a ce<br />
UJ<br />
UJ<br />
*•« «I O « u » 5 <br />
'J<br />
5 o Í: O C cioco— 13<br />
C<br />
— -D<br />
r»<br />
cr<br />
<<br />
z<br />
LU<br />
O<br />
LT<br />
<<br />
S<br />
tfiliViírf JrfíiTniiT ifati<br />
a 2<br />
Sis
c<br />
CO<br />
ÉM «mm<br />
0)<br />
o<br />
0)<br />
I ^ rt rt ^ ,H ri rt Tl IO r. Cl ?1 51 i<br />
a<br />
«S<br />
yi _;<br />
C<br />
i- ri<br />
. u<br />
■y a<br />
a :¾ <br />
" 3 2<br />
: î S<br />
n~3<br />
«8<br />
C • a<br />
:JÎ :1<br />
;~ H— • — — — ^"^.iii.iii.iJ.Si.í^J; í?^T3 í = ~ a .2 -H .i ~ djj 3 '-> d<br />
3'0'<br />
. 'A tZ<br />
5 3 8 S,<br />
G —<br />
= ^ a s<br />
- J . 2 =B<br />
~ a 2<br />
7 |.S 2 =,>"<br />
- = = - = - 3<br />
_2<br />
• 2 °<br />
: ? ^<br />
• - a<br />
•'0<br />
- m 3.=<br />
C C s 3<br />
IX. C 5Ç-0 _ -a, £,,<br />
: u h 2 < ^ í i i<br />
-3 C<br />
C y<br />
o ><br />
— ■ .<br />
c =<br />
•» ?1 ÎJ il Cl îl •<br />
• o<br />
• -y»<br />
• O<br />
-.a<br />
■ o<br />
z<br />
-3<br />
O<br />
U M i ittaftád<br />
c ; ;_; -s<br />
■ U<br />
3 -S<br />
a S-a 's<br />
• S _-3<br />
: 3<br />
^"-»303<br />
;.'2'?'S 8 a f ■<br />
'^Zao"^ 3 5<br />
S— —
Wx<br />
a.<br />
3 -c<br />
a o ■/><br />
■3 3 2<br />
— c_:<br />
1¾ ^ _<br />
•s y c<br />
'*"• •* yt r.<br />
:5¾¾¾.^^¾.¾<br />
o<br />
-3<br />
v. —<br />
9 *-•<br />
— c<br />
= = c -i ><br />
s a <br />
3 £<br />
3<br />
E<br />
--3 S .=
0<br />
SI<br />
01<br />
g<br />
u<br />
3)<br />
es<br />
e_<br />
ra<br />
ao<br />
-a<br />
CT<br />
CO<br />
£<br />
CO<br />
ce<br />
-a<br />
-^ ■r.<br />
o 'J 3 c 'J<br />
■ <br />
_■ — îï 'j 13<br />
,ra o<br />
CC m *■* —■<br />
** —<br />
eu r* î a S 3<br />
■ '<br />
ex:<br />
î_ o ■-* C c ^ y. 03<br />
.O<br />
EH 'V ■- 5 5 ^ . — .- U.<br />
CO<br />
«3<br />
en<br />
;<br />
O<br />
0)<br />
*-><br />
.1)<br />
C<br />
V?<br />
v ■/»<br />
■î ? S<br />
ci<br />
-a<br />
C/î -_ •r-l<br />
OJ "" - C "**■<br />
—J<br />
n<br />
"J ^ u<br />
s<br />
r=ï<br />
:f.<br />
-5<br />
ra<br />
ra<br />
e=<br />
o<br />
c<br />
"35<br />
C3<br />
CD<br />
O<br />
-a<br />
o<br />
ira<br />
o<br />
: » i » t . « * » i t J * t • . »1 l . 1 > U 1» . » i U . i r\<br />
O<br />
33<br />
&<br />
CD<br />
ri<br />
ri<br />
ci<br />
r, z.'<br />
~ r . • * y ri.<br />
O<br />
o<br />
O<br />
EH<br />
189<br />
„ O <br />
cr O<br />
'3 'C U5<br />
' 2 5 ,<br />
C3<br />
«<br />
es<br />
a<br />
co<br />
CO<br />
CS<br />
ca<br />
CO<br />
o<br />
ICS<br />
o-<br />
_ra<br />
o<br />
cc<br />
o<br />
ÍI — — -j<br />
-* ^ CÍ -^<br />
— '-J - —<br />
— /1 —<br />
-- ~z *J 2<br />
vi ~ 2 c;<br />
2 ,? B 3<br />
r. — — ;j o<br />
U<br />
•A<br />
o<br />
o<br />
J £ li. o **<br />
1 -f I i 1<br />
"3 ji «» 3 .'J<br />
S — o o .£ 2 o" .2 S<br />
v a u t<br />
u - S £ J -<br />
,2 ,2 y t l ã i CS CS JJ<br />
.ií « "^ 5 .— ° 5 TJ 73 .Si<br />
u o 'J y c<br />
< v; < < w o<br />
laadtoMajg^pMpttMBãl MÉ US«MÉaaagaiíÍMfla*^^
ir,<br />
en<br />
~ '■> ■ - ■-.<br />
•=»s-=<br />
2 « «í<br />
« «S j» —<br />
■—<br />
:0iZ£5:<br />
'J<br />
*J •— _ ■ ■r<br />
*%<br />
1<br />
0 'S 2*<br />
•> o 3<br />
-3 ■•»<br />
■D 0) *<br />
■vi<br />
O<br />
O 0<br />
5 0 V> VÏ Vi<br />
O 3 O<br />
ï.fB<br />
311<br />
fi£<br />
"3<br />
iro<br />
*c<br />
•A<br />
í —- C* '<br />
0<br />
:_<br />
'/1 s; \~Z O<br />
— _^<br />
ïf<br />
OU "", — VI — ><br />
/* '—<br />
— n<br />
1»<br />
3 XJ —: O ' 1 3<br />
-r<br />
"p. vi<br />
— ;<br />
J O l/l<br />
3<br />
s* es<br />
0 1*<br />
2 ~J<br />
•A<br />
li<br />
—| ^<br />
c<br />
'J<br />
il w<br />
es<br />
S/3<br />
o<br />
2 o o"S<br />
•J. « Ú se-.-<br />
— fï c3-=0 O<br />
o<br />
rt J3<br />
.2 o<br />
>T3<br />
. y»<br />
N'<br />
—>^*c/j?LiLjcicicc °'"c: °<br />
5 « s<br />
ta w '* u ?<br />
— tt ?,<br />
'j*i c S N<br />
/; —•<br />
—'J'<br />
<<br />
o<br />
en<br />
o<br />
U<br />
,X c o<br />
a<br />
~ 3 " S"0 ~<br />
SU<br />
3<br />
G<br />
ii<br />
te<br />
o —<br />
S3i!â.5ã*<<br />
c: 3 c 5';2 t'ï «'îô^'' 1 ^.;.; oi' >. s<br />
ia¥,; ~ ^^> .5 3 g<br />
i> =C :/1 - c_-a c<br />
"* u S *> '— '£ —<br />
i ,2 = ■>, «1 P<br />
* '3 5 ; = õ<br />
^J O 'J • = ^ ^ c<br />
3 3 IJ G ~ f i —<br />
.2 c<br />
^;Î33.2.3 =<br />
■o g..a y s .„ «a<br />
,2 Sc.' J G rs 'J G y<br />
2 ~ H o<br />
C3<br />
; ï. o « "^ •« ii.—<br />
"î C O SO<br />
g ° o 2 2.= E«2<br />
= s g<br />
<br />
«<br />
^<br />
o<br />
=<br />
s c<br />
2,.^3<br />
— 5. o o ,2 s<br />
□ . 1 • — S S - — •/!<br />
J r: 5 'J P'r<br />
C2 2 G° g s p
3 O<br />
cr r<br />
cs il<br />
v —<br />
o °,â<br />
■3<br />
il<br />
HT<br />
- « ^<br />
j<br />
g u = i o<br />
y ," O « O<br />
3 u S « o <br />
o ^<br />
u •— CS ' i •/? rs O<br />
. 5 r" o 'J 2 « s<br />
3 £ u =1?<br />
5 » iSJM '« SES.<br />
5 g.2 g<br />
O es £.2<br />
a - 3<br />
= 2 Hcs 3<br />
u i •><br />
" ÕS<br />
O — O<br />
3 d G í <br />
u a Û<br />
'/) 3 cs<br />
J2 ti<br />
cj — o<br />
Sb<br />
> _3 o<br />
75 3<br />
5~ o<br />
3 es G<br />
CS 3 V<br />
CO<br />
. «I a s o S<br />
X h<br />
S o<br />
3 ' 3 'es i, o <br />
Í3 —<br />
— — r— s ^ o<br />
o 5 S es _ri<br />
. o<br />
5 2°<br />
e =<br />
CS i~ ? 3<br />
il<br />
5^ o 3 0 3 T3<br />
O es<br />
CJ'5 'J \C3 TTJ 3<br />
O O 3 '— '-»'<br />
i_ 3<br />
cs -a<br />
Cii<br />
o 3^3<br />
i-.3 O<br />
— "J .<br />
CS ^« tn<br />
•j<br />
•j G i><br />
CS 3 3<br />
*T3 •<br />
,w C r? './5 •£ * .M<br />
, J vi .3<br />
0 3 i_ — 3<br />
Q73 L «<br />
M — ~ 2 ii c; > —<br />
». ^ S e 3 T3 cs<br />
J ' S Û ; G S J S Ï O<br />
c o S 4» S '•" '•"<br />
S J* »" U X 'A V* :3<br />
•" b c o °" «* o<br />
^ «i'O S 2 a s S<br />
• j cg r0 g^c<br />
3oH«2S*»e<br />
>C3 5 . = O ^ il CS<br />
B y<br />
S £SS3"'S<br />
-3 3 '•><br />
CS ' J '-= 32 g nSS"g§<br />
C.22JS222 3<br />
E «° u 52 °<br />
3 « h o S a<br />
o 5 o<br />
- 3 M m , «<br />
^ I<br />
3 O Õ"0 3<br />
C~T3<br />
^ o<br />
il O cs<br />
l fs P ■— o ii ,sj<br />
i i 3 o ~ J L. —<br />
O o<br />
3 '<br />
y 3 ^ p<br />
7. »n 5 «y g «rs.fe<br />
J<br />
.2 i<br />
3<br />
G. es<br />
T3 <br />
_ "O<br />
5 2<br />
o<br />
T3<br />
.'• 3 y<br />
•i» ii L<br />
1<br />
a<br />
3 .^<br />
> c<br />
'G 3<br />
v; —<br />
G u i O<br />
o |<br />
G O 8.2 ^<br />
U»<br />
= 5<br />
C<br />
VI u<br />
O v: — 3 333<br />
i» cs y<br />
to "3<br />
O es 2§ I.<br />
TJ G<br />
es tJ<br />
o 3 ici
c/5<br />
O<br />
F<br />
Õ<br />
õ<br />
o<br />
t/3<br />
5-N<br />
o<br />
O-<br />
*»<br />
O<br />
5/3<br />
'ítJ<br />
.£"<br />
»<br />
o<br />
t/3<br />
o<br />
5/3<br />
o "3 —<br />
"3<br />
•=<br />
3<br />
« 5<br />
Iffluuc<br />
eiotif)<br />
Ifituut<br />
ftonO<br />
S<br />
o<br />
•- O.i<br />
.'J — — "S i-<br />
.=31=11 J 55 22 5 ^ S S 2 S S 5 2 5 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 21 * « ?1 1 = *«<br />
L- i- i- i- -JC OC -J. ce ce ce H CÎ c: ci es si = es -, ~. S S — — 5 — — — — — — £. M S = 5 ?. r; £! — ~ >- '* 9 *> ■"<br />
=4=4 81 ^ *■=■£■=■= g ^ I si "■ g i 5 g 22 2 2 g 12 2 2 = g 2 2 2 S g 2 g; 2<br />
. si :<br />
L J O<br />
s £ h<br />
— "2 -<br />
õ s - . c . « . - . .<br />
, : J ■< :-J : :<br />
<br />
~ ^ ri<br />
: S.⣠S 5 g : 2 S Ifï s I = a E'gai^a § a'J"» )== 2 s ? « s cTáJ = = § í 2" = í 2 2<br />
CS<br />
.VI<br />
O<br />
M*<br />
U.<br />
. o<br />
3<br />
i=<br />
.c<br />
3<br />
O.<br />
,2<br />
v J3 ■= 5 ~<br />
« á «fi. 0 c -<br />
ST C r "<br />
•C.S S c aS W 3 8 O'." „ 3 5 .<br />
S w> u« t- — r —<br />
S5 g a « gfm<br />
•♦O CO O o 5 2_ 3S.S 2<br />
o<br />
o -a © 5<br />
ha d<br />
mos<br />
3 S 5 2_ 3S.S 2<br />
S 5,^ 00^2<br />
TS C<br />
_» iH —<br />
CS<br />
-yí<br />
3<br />
—<br />
CJ _L; — c<br />
CJ -^ >_j -j *cs c-,<br />
cS<br />
•o. 2<br />
— -> 1 5C - Vi -S<br />
«.as;<br />
: s s x x x<br />
71 Tl 7! ■'<br />
5 3 2 2 2 2 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 3 3 2 2 3<br />
^ v.<br />
■/i -n _ ~<br />
'" cj - C o<br />
'C > P zr. A _<br />
|l|^||p|.j|| i |ï|*1i«|||3| jllll<br />
2 2 2 2 3 3<br />
■ J. J. —<br />
I 71 Tl CI 71 Tl Tl TI 71 71.71 71 71 71<br />
2 2 2 3<br />
•j J.'A<br />
?3 /■<br />
2 O — — —<br />
" '•£ JH ; -i : Î ^ Û - ^ - Ï<br />
y. c — : v3<br />
~ ** "*** /i "* — "Õ —<br />
j; ^5 -~ .^ SNI'SS 2.1.3«<br />
- s.2 áj! - a;.<br />
-=;.ï-=,î<br />
o ;„•-_■<br />
i n -:i -i ■<br />
:rii ..c -o •/■ — .<br />
j-£ 3<br />
•y,<br />
y s - o<br />
= •/:> t<br />
, 5 «5ï<br />
— IT -» *J<br />
rs » x = « : •=í 3C ?ft se 5= :<br />
5Í c"l — — — — ci ci C*l ci s — ~1 — — CÍ — — Cl CI «r Cl ?» Tl CI TI Cl CI ci ci CI CI ^ 71 Cl. "Tl *" ci T -ri 7*1 CÍ 71 — ^- ci Cl CI Cl CI Cl CI -T ci CI w --<br />
• «' a *.* a a a '/»* a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a » * a a a a a a a a a a a a a » a<br />
194<br />
_„ '^-•"'^•'•"^Î-rîcifTclcÎclcî
ir. ;<br />
-ri<br />
Jg; — X X X ^ S X X X — X — X 2^ 2T" — X X X X X. 31 X 5Í — 3C JS! ;K 31 3E 31 31 31 3í 3£ 3C 3£ ?C 31 31 31 31 3C 3C 2C '* 5C 3£ 3C 31 3C "X 5C ^C 3C 3^<br />
— 31 cí Ti Ti Ti ■ri Ti ci Ti Ti Ti Ti Ti Ti Ti Ti Ti — Ti -- Ti Ti c; Ti Ti Ti Ti Tí Ti Ti Ti Ti Ti — Ti Ti — 2 Ti Ti — Ti Ti Ti — Ti — cí — Ti — — í Ti — Ti<br />
^.r.Trr. •—.—.— —_—.—_~ J T* 0 ':—r. 7 '.— —_J—1_—_— — — — — o — — TI re — — rr — — — o — M — TI — ?i — 3 —_ci —<br />
' = : ' : : : : « : , ; : : : : : : : : : : : : : : : ; : , : : 5 : : . : : : ; : : :'; : : í =oi ":;!;:::;:<br />
S • j • • ■. ■ £ 5 • ■ • • : • ; ^ : • • ■ s ; "2? ■ • ? • • ■ —. « •;; •.=,£ • ^ — r= — s '2 ■ ' í 1 ■ " ■ 2<br />
r. » ■ o 3 '5 E .5 « ., £ «2 a g s ^ =5 '" 5 ^ .=?,; S « S £ .= ~ £ 2 S • 5 = ■ g. : j w a :^= =<br />
S 3 s "5 2 « r.O rn^2— I* =2 = 5 =P ■— = ~ = J = o J M. 2 J d S W •' ^ cUi S !/î S ~ 5 ^ 5 — ■= ¾ "S « a.,2 2 _<br />
* l| S^T g.s o< I2 SK^I^I^I^JI^ÍSf «^'Itâ^Jlefsa s s I*: C : ^ g S s I lîïl<br />
11": Ifs J II? I iî 1¾ lisa'S | |.gî llll §|.s| i | EJ | ll| I Nl'l 1 Hï S'a lis I a<br />
L,",fT ?? g i 1 g £» = ? r f> ?i — x 5§ ?, ?, ? e 5 g<br />
. _ a a 3 a z n ! •—■ — — — .^ —
si « ÍÍ y« ?*i 5 £ r £ 5 £ 5 £ r, £ 5 £ 5 s ? 2 S 5 £555557^^55522522^71^7<br />
2JIJII^3||JIIl|||l fri j li li|l|ï fill il<br />
SsBIíMMÍifi||K||fffffg||||||í|?<br />
■' ^^^xxxxxxxxxXî X X :ox x x x x<br />
"7 T X T T V x3? 2: S,<br />
X X 3i S S é XX X X :<br />
pllí4llll?|iIMMíMltí111 líliilPPIPííí<br />
:_4< y ;»2J
3É9&<br />
i» •■'■■<br />
$w z^$$&&j£&£
■<br />
c/)<br />
<<br />
LU<br />
CO<br />
Lú<br />
Lli<br />
Q<br />
o<br />
c<br />
O<br />
cj<br />
CJ<br />
r-- -/><br />
H 2 £<br />
oc<br />
CJ<br />
,--H n> _ c/s Î/3<br />
3 "~ 2 c o<br />
8 a<br />
Ci ^E<br />
CJ.<br />
ji 2 > « « "^ G cj g .h 4<br />
— -r: o •ST" F* G c_ ^ fî ^.^1<br />
g<br />
O<br />
- ^ 'j ; «î r-. « on 2 v; ï O Q f -2
■"'■ ;" ;:?:^Ò.QIKD^DB? : ^í<br />
[OflPflïï<br />
'E DE C OR AD OHE S<br />
'■': ..i<br />
; .25, Calça<strong>da</strong> i<strong>da</strong> Estrella, 27<br />
"•:«<br />
7^¾<br />
..^^:.::Secção mo<strong>de</strong>pna .''l^'.';,j.<br />
t'C'. '■• ■.**; •. :• ■.•.•^■srV'*.«5" .*•■•;' .'':'■■*''<br />
£/i Mibilias completas paraiasa Je ianury?<br />
; ,."'*.■i'.. quartos otOÉM ;'.*/*' .."•■•«''•'■<br />
'•»,.* : V 'V'eKoilelte.'escriptorios.'csalas, . *%"r'\ : nogueira. carvalho, pitchpiuc, cie.,,.,..'. ;.<br />
tC,~ z ;:.^t^Secçâo:antíga:.; ';<br />
.JJS? .Conta<strong>do</strong>res diverso»esrylos. bufetes.<br />
■.:y.V: ,,■;;armários Renascença.<br />
U" liollan<strong>de</strong>zese outros, commo<strong>da</strong>s I.uiz XIV,<br />
', '*■ XV, XVI. arca*, bronzes.Saxes,<br />
.:..;•;>.■'btsaiit». Sévresj louças.■••■<br />
; /• Carptttey,plano»;ajyá'y^¾¾ Í!>,■'■•■"<strong>da</strong> Qiina.e Japão, tapeçarias, mobílias<br />
^,,,.^ •/• .Jarpene»^.piano».. ;ivt ^i *i •••«i. ~ ■ .
1909-1910; 1910-1911
l><br />
*ri'909ii.9i0".* E '"* 1^101911 *■<br />
d? H<br />
OCIEDADE f ROMOTORA<br />
• * ■ ■ * . <br />
U i'<br />
'DE ASILOS CRECHES E<br />
SCDIZIS<br />
E Relatório <strong>do</strong>; Conselho Escolar<br />
(" .... V "• JSK52e£!:DA ESCOLA OFICINA N. 4 I ïiwvjf.X<br />
t . ' /T— .<br />
}:}:■■ Relatórios, e Contas <strong>da</strong>s Direcções<br />
í^ Pareceres <strong>do</strong> Conselho Fiscal<br />
205<br />
!?1
g<br />
o<br />
b- 8<br />
< û<br />
_J<br />
UJ<br />
©<br />
c<br />
©<br />
<br />
E<br />
< U<br />
Û cz<br />
0 ■<br />
o<br />
u<br />
u<br />
G "^<br />
*3 u =; l^lillll | ïU'f:<br />
8.2 ío<br />
fá = 5<br />
IA ÍS W ,<br />
'J 1! ■/ J<br />
— "■• 5<br />
" 5 L. h<br />
£ 6*"<br />
w. « f<br />
~ o ^" « ^*<br />
S 55,2 ^ f V S EV^Ií<br />
• = n ;T_S — ^-3 -a - « « -<br />
»> • — :-T: S U y re 0 c <br />
«StS^sPili = = ^^^=<br />
3 £ e ■ > " s j. s5 õ~ = £§<br />
^sS'f^ï'sSS» 5 X S £ S<br />
** £-¾ ' = = tî - = 5 u s *. S «<br />
H s « a i r > ~ -, = v "3 ii *J _<br />
í. ~ ~ ** "3 ^ 5 T5 "" ■- "* ? S,S<br />
v K g « « w "2 Sr 5 C ô "^ * 2 o i,<br />
u > Wî U (3 ;T3 = c c C i . i _ '<br />
2 a W Z > .= ~ F f * = S ~ y = c",H<br />
c o S 55,2 ^ f V S EV^Ií<br />
a ,~ — • = n ;T_S — ^-3 -a - « « -<br />
> '5 (• »> • — :-T: S U y<br />
rs — 3<br />
? 2 w<br />
õ -<br />
s T "°<br />
— *> <br />
ïl 3<br />
u"0 = =<br />
■«s2í;8 5JSst.á:isi:|<br />
re 0 c <br />
«StS^sPili = = ^^^=<br />
3 £ e ■ > " s j. s5 õ~ = £§<br />
^sS'f^ï'sSS» 5 X S £ S<br />
** £-¾ ' = = tî - = 5 u s *. S «<br />
H s « a i r > ~ -, = v "3 ii *J _<br />
í. ~ ~ ** "3 ^ 5 T5 "" ■- "* ? S,S<br />
v K g « « w "2 Sr 5 C ô "^ * 2 o i,<br />
u > Wî U (3 ;T3 = c c C i . i _ '<br />
2 a W Z > .= ~ F f * = B.5 c<br />
« 6'à<br />
c<br />
~ 3<br />
5 _ "3<br />
c<br />
£ï ■•> ., *.<br />
fS >i —<br />
— S w<br />
-rr 5 "O<br />
" 5 3 s 1 ~ — 2<br />
3 C-2 *u — Jr<br />
u"0 = = 1ÍI<br />
v ■ j<br />
■«s2í;8 5JSst.á:isi:|<br />
c - i 0~<br />
Sv'SIssSSai^iisI<br />
^i F<br />
— 'J 3 *J * S g." =.T~5 ÇsOSo<br />
—' •V ^ •*<br />
"S c 3 „ <br />
i <br />
0 <br />
* U.5 | " S " = «. s S £ .S<br />
> i S 5 , . ï ! S 5 1 u 5<br />
-^ ? ri « 2 3<br />
_2 y, H ?■<br />
ÎL° £•• ~ y ■! — • ill<br />
" 3 'C S S fl - S-'-» J- -jt «5 S ° — *» ^ t" 1—<br />
« o ■>•- í.^n=i.c- ; ^ , « ; •i" v u S *J "~<br />
— 5<br />
« W =<br />
■a «<br />
i|lij11§1i!iiip<br />
207<br />
si :§.?£<br />
w -j s 7 c o<br />
££2 ' « t i c<br />
3 ._ u<br />
« ce<br />
< «J<br />
c -
Sf g<br />
•g o «s<br />
= o g<br />
'si<br />
O « "U<br />
Ss a<br />
•p «<br />
w i_ ^ — i— ti — ■— O ~ ~ v, ~ „ 5 3 u. .2 —É uf_G TÍ n w J<br />
— O — . « u u U . C C / . « I B S u ^, u u G C ir, u3"3 ea ><br />
.5 £..<br />
C 5 o .» 2 S S»<br />
s * 2 M c . ,[ B<br />
a ï = c «> 5.S w<br />
«iilsjii<br />
O 5 "D o — S i<br />
»«• • " « w<br />
O» O »3 (• S<br />
C.UK! U O.*? «<br />
= s E£<br />
a3<br />
u t* D<br />
208<br />
W u<br />
a — .<br />
S = = n 3 C<br />
£ = =x —' ~ .S ^:<br />
*. 3 = t o c<br />
,S5Ï ?ïi <br />
•n ■?,§ o — w 1 " o<br />
u<br />
S^ 2½ £ S ».<br />
ÎJ<br />
«■4*Ç y M o (î<br />
u ° ^ w "5 "H<br />
£ u 3 2 C3 £ o<br />
OUI<br />
!os<br />
ino<br />
<strong>do</strong><br />
sa<br />
tes<br />
o^252 3S.a<br />
Ci<br />
W O it s —<br />
_-3 ai w<br />
L.--*^<br />
6g "<br />
^ —<br />
c « 0<br />
c<br />
«S<br />
- o-S<br />
«"2 =<br />
o<br />
■i-s<br />
ill<br />
V i<br />
—,<br />
C gs<br />
r.<br />
=t 3<br />
"^<br />
- :J<br />
>ri «J<br />
c O<br />
3<br />
C ra c<br />
u<br />
r<br />
- -<br />
V '■J<br />
E<br />
E E 3<br />
X 3 ?..<br />
o ot—
■ — C*5 « _ <br />
( Í O — — ~ C<br />
O<br />
— « <br />
O<br />
u n<br />
—<br />
_£ --3<br />
a s o" ?<br />
? =^ g5 o - • ; Ï S t-J<br />
8¾ t ; < « 0 'G C « « <br />
U -S<br />
O c c s<br />
S3<br />
et<br />
&<br />
ï = °<br />
.2 2 «*ë ô c<br />
S i E'S/S's<br />
r.. x *»■ — . ^ V « . Î r f U S * '<br />
O'C<br />
C E<br />
ïï ° «<br />
t tor > — g » S O c<br />
_ o<br />
S.îï ï = ° " '= : 3 = 5^2.=<br />
e £ . S S" L, 3.= g « S g I "I 8<br />
: 1 1 1 ¾<br />
ci,!: w pr ï<br />
5 = ? . .2 «<br />
i_ ra — c<br />
« O O f + v> .Si ^<br />
* = 5 '2 .§ S t £<br />
^ 15 " ^^ S<br />
•S g o o o 5 E<br />
S § •■ 2 «"g £ §<br />
^. î Û (* (ft<br />
re — — r u CS^*<br />
= ot- « c 2 « ° c «Ji--c_== '<br />
î" 0 2 'Ta » °2J g "<br />
J B » X c Ç.w S ^ ° S ç<br />
«ï re<br />
p"5<br />
" S " J2 «> E— ■«•" 2<br />
» *t W 2 » S -<br />
oD ce °~ =<br />
- = 3 - / 1 2 ^ 3 ^ ^<br />
-3 -n -a S c. -0 '" -<br />
tt'CT! S-- -<br />
e « .s "<br />
■ S e } » ' o - " "<br />
;<br />
= t: 2 " 2 3.S 2.t:.2-o -<br />
5 S<br />
C 5<br />
» 5 « S t : ^= = = 23<br />
E °'li p"3 m « 3 t»c= —<br />
• in -= j* 5Î; w ■<br />
C t. o ^ o<br />
— c." 1 O «I A<br />
1 S -<br />
E|"lr.<br />
itM°Z § S °" =^2 s<br />
2 " §<br />
U rt<br />
O C<br />
IA J;<br />
i: 1-<br />
£ | 1:<br />
ri N:<br />
•S * ifl ra<br />
wî S3 '<br />
u, "<br />
-5 ^ *= = o «•* S - O i-<br />
S a<br />
— rt<br />
d. .= —;<br />
« o í<br />
■ „ e<br />
^ o rt « .S<br />
r'~ "3<br />
C «<br />
£ 'S C «<br />
— w « v w — _ _ — ,<br />
wi ? ws — w h r ó c *5 a í —<br />
PÏ'sS<br />
'C u 3 «<br />
a ^ = ^<br />
P tn M<br />
. L. ». —<br />
4 i- u a >t<br />
2 C* 3 ifl V<br />
■_ v — *><br />
S S 2 g<br />
= •. ~ S c<br />
:'i7siï:s<br />
"o r<br />
a "3<br />
« —<br />
3 g t><br />
as S.<br />
X c_ - t n g — a<br />
rt 3 ■J<br />
C N " J S c V<br />
C<br />
D<br />
■l><br />
e<br />
(A 1 O w «« S5 n<br />
"rt<br />
c o r "ri<br />
■S S 3 w! 0 0 u<br />
=ra n t> E<br />
u<br />
■—<br />
"5 "p<br />
•J<br />
u<br />
rt rt<br />
M C C C<br />
Ï12 I<br />
I 5 "f § ÍSÍ2<br />
u 3<br />
Jt o O " " g S £ S « ,'» B.<br />
.b '— y *rt<br />
JS c oS<br />
tt3 S<br />
— V<br />
»"5<br />
I s'5 f/! «i 2 ë S •' " :cSr."3£j<br />
— w r e w r a r c C " ) — « c<br />
S u — g g n - u c _ S B ^ S S C ^ ^<br />
u«i"tpC _ * i w r . £ u u c — - r ° o<br />
.5*6<br />
u g «t o -• *■ ~ « — n-3w)Oj2<br />
' P. S S.S "n^Moio.,<br />
; ; < i > o<br />
3 « *j — 3<br />
S « g f ..SU<br />
6C-D ^ J3 n ^<br />
«Jgs<br />
rt 3<br />
«1 3 " 1 i * u « w C S<br />
'hHlpilííHJiW'<br />
s Hii"8 s3.2 i<br />
210
il r><br />
3 O a<br />
Sx <br />
o;2<br />
"3 i_ =<br />
« c * c ; K * ' _" w c* /.<br />
S o c g ,, o t. —'■ ^<br />
1= = C ri g 3 = S t ti.<br />
jtï.u" 'S H >3,»; H<br />
,3 S i c _î ~ . " i 2 — •»<br />
■oie „5«ot çiï«5<br />
a ''r l Ó ||.i,ï g2 g<br />
"= Si = = =.." 2.2 £.;;<br />
o 2S 5 ; é "" S « o 5<br />
v .fe ^ £ "0 u g w * w o s = ;sS<br />
5 „3 J2 J'I s; « 3 W I2 S S'5 *•* s"fi<br />
u : S 8.« °-«i £ c<br />
_ ■ =, fi " S E"2.8 .a o«i S'e^'Ss S<br />
o — a "?<br />
-"c g u VJS<br />
? S E.a í "<br />
£"5 S 5"<br />
£ S 2 if5— c c<br />
s.g2 .s.ïfll.g'H s 2'î 2 o"3îa S « o n 2 ï* „, •> "* •» ** "t<br />
5 r 56<br />
. 3 n la g " 3 ^<br />
ii"tîS
i5ë C - c,2 ii 15 ffl<br />
2 c<br />
" fi o S 2 Ç.ÏÏ 3<br />
w! re •—■<br />
IA £r_0<br />
c : ^<br />
c w<br />
r £ 0 C"" Z — i<br />
0 u JH « ï c Tí<br />
«<br />
5 If.S " B «T £ 5— te<br />
2 jxSigS 1 3 «1 s *■_ =<br />
K S w Ç "■ £ u ■ —<br />
E y 3 V c s u<br />
S *g i ;<br />
^£ 3 *5 ~<br />
— Tï W v. S<br />
i ?c "5<br />
2 Çes IV t8<br />
« ... .zr » „;<br />
i s"° °2<br />
— ■* u "S V<br />
« t 2 ;<br />
f rt 2 «<br />
3 c. «"o °<br />
Sa « _çnu 2<br />
-a % « s S<br />
w *w S<br />
s S = = .5 i i I<br />
•a 7 S/8 . = 5" l<br />
c'1= c . í _H « 3<br />
e u u JS"S<br />
ft* ? «o c<br />
0<br />
. 3<br />
Kf, f 3<br />
0 i £<br />
S = 3<br />
^ y= ■ <br />
5? S es<br />
■8<br />
I ?s S «.S fc * S<br />
u C o S L Cit<br />
n _ = ff o ■— u.<br />
■5 ; ï<br />
e o re<br />
; ï S S Í «.: g e<br />
<br />
re ~<br />
" s t i §•* «' 1 « ='~ il 5<br />
c £ 5 « * .s S.<br />
— re t»"— î"5 » c "3 'û<br />
-. * C G 'Sî<br />
^'C ^ « u *J « c<br />
= ^ = ^<br />
r: _*^ u _ — ES<br />
£ 5 " = 5<br />
« 3 c c<br />
0<br />
t." ^ E. ^. .S<br />
•= CL £ *" o S 5tt C U C re Z *" " •• '51 ^ c<br />
E ' • ' j ' , ; nj — ■— p t* u. *^; re — O<br />
!5<br />
S !£<br />
o<br />
u<br />
ï<br />
1n<br />
SUIt 5<br />
W * 1 j<br />
>c ., "° .^ c C —<br />
■ S « rt . o T<br />
« 3 ^ Ou T J S S » * Ï.3 2 W<br />
u rt<br />
S S i " u 5 " S et'O" t "S3 •= 2r>i i S î c 2 ^ — c:<br />
J ! ' 5<br />
:'2£a £ 5 x w »■. Ç ^ jf I Ï S s î Í * 1 •.<br />
s : ses n c~ :^ t.fi K"2 "•. « U 2 li ■= _<br />
sTs £ O H o"= £<br />
^ c ? 2 s E £ o<br />
û K.SsSOSâs'»"*!».';^<br />
C gilt • u —<br />
3 O — «ï . 5<br />
.S3«<br />
3 u =ï" c t» c^<br />
'!»« ,«11 = ^: 3 £<br />
; ^ = E aS||g3 2 f<br />
A geograofi<br />
les poslaes iluslr<br />
diversas escalas,<br />
If K '<br />
§ S .§<br />
cou<br />
9 S<br />
c *5 o<br />
o 2 af 2 S<br />
ce<br />
■8.9 *<br />
n, g<br />
— ta<br />
.es > r<br />
. Sg<br />
E S<br />
re n<br />
O. g 3<br />
Ui5 ■50 o » "> " —<br />
0 9 S " . n"S S O S T «<br />
S. i. w §2.a s S.gSg i 5<br />
M " n —«SE C4.Tr o<br />
O .. 3'<br />
o"2= f<br />
i 2 «S<br />
3 « 5 .5 w re<br />
T3 C z « d.<br />
O (j *3 »1 flj W<br />
3 « •> u S S y<br />
S'£iP>5 îi^'S<br />
o «■< o ^~ = 5<br />
, toy<br />
"J's1*«<br />
;E:Ei.»<br />
g«J<br />
x 2 S S " a ■<br />
CC=<br />
"sS<br />
§■"1 M u is"<br />
w» ~ . it o —<br />
csi.S.1I<br />
g 5~ "o £.£<br />
S > o tl * e JJ<br />
c ° ï o Ç ï<br />
§J g «• 5 u i<br />
• "S •<br />
5 c ^ .j 2 o<br />
J3 c 1 t;<br />
'tr o = s o<br />
« I « >S SI<br />
> a2 9 e— o •"<br />
5d E J"!3 «2«<br />
0 5 ">.2 c "<br />
2 E'I^ 5 EJ2<br />
n O<br />
. o<br />
°s<br />
Il L S<br />
„ = " = « .IS*<br />
o E2.ii<br />
I o Í > v<br />
u Ï E '<br />
„ o u S « «<br />
o<br />
E"2<br />
lïe<br />
_ « re<br />
u 8<br />
3 6* ■■* Il w §'§2 S S|<br />
£•_<br />
5 °a E g o<br />
L 03(/::3000 iz O w ,<br />
o^3 c<br />
«•54 » £"rt"3<br />
S v s s Jt 8 "<br />
■n S H «J<br />
o<br />
c 3 3 ^E S5 ct: ° . * ^ ¾ « w re"2 Ç !r<br />
E o 3 èi" 2 o<br />
550 r U ex y. wu_2.b= tf)J3ycC 5 ^ 3 S g o g « eo<br />
• = S c°<br />
T3<br />
S'a .<br />
*.2? o rs<br />
: «> 5 2 E "5 o '
5" 2<br />
ci 5<br />
O rt<br />
liJ Cl<br />
1/)<br />
«5 <br />
£ 2<br />
o Œ C =<br />
S5<br />
E 5<br />
rt<br />
3 ..5<br />
,2 ~ •" .2 *o "O 3 =<br />
T„ «T Ç 2 !! _"2<br />
'■gS'aSSiiS "<br />
5.~Ji<br />
u " — u<br />
s vi (8 o aï*<br />
ijj 5 ' w H Jz y <br />
•532<br />
««= =i-<br />
O «^ t»<br />
ï 3 y -Í<br />
■a ° = i g « . S<br />
« 3<br />
S = a. £^'û S ?<br />
C25 u<br />
" S V^<br />
s s I g •<br />
5 s'«<br />
"*• ej « rc<br />
C-, rt 0 " " ct =<br />
. g S S...S5 =.i<br />
S 3 : s o <br />
. o<br />
í £ .9<br />
X »0 V<br />
Sir, S<br />
J s JtL§ * 53<br />
CTJ C Z "C n<br />
,- "2 ^ £ CC3= «: 3<br />
o 'S — «.H g c Õ o<br />
M T. — O «a e <br />
C r. „ o<br />
— "> i— rt<br />
R<br />
—<br />
w<br />
^ £ CC3= «: 3<br />
o 'S — «.H g <br />
3 S -î5 1> ci<br />
- — CÛ w<br />
v) C ,<br />
3 C ci —.« -, - -<br />
O 3 u<br />
v . S w<br />
• , w ti « W) C 2 S ** U. U M<br />
a* ■ ~^ãb<br />
o<br />
= 2 O o o Si u ç<br />
§o<br />
J<br />
-Ô - 3 =-<br />
S^ = s w i; 2 5<br />
1(¾ 3 c « c S ^<br />
w £ w fc ^ 'S 2<br />
■ r. D 3 S""3<br />
« OT s: ^-<br />
^ rt *3<br />
c 3 : p<br />
X « ".g<br />
*o — — —<br />
o<br />
^: o 3<br />
£<br />
^ o<br />
e «s —<br />
îf all's Ë.0 5 2=6»s I<br />
?° Z4i P^ 3.1 «2E.<br />
«9e« «"S<br />
"a p=§S c .S.!f*2 a î! t<br />
vi O B £ r^ " rt t» «<br />
s s<br />
0 3<br />
et*<br />
?:g<br />
O n S i.<br />
«J _ V<br />
a : . S" O<br />
o " 3 > « ■ 3<br />
■.s =<br />
g 3 r. " 3 2 _ " ~. c t i,<br />
„'«>S o ? i ; = 2 ^ fr<br />
ce u o J ? y 0 L.<br />
« J ». •; H J ; ; ; j<br />
- 3<br />
« 3<br />
Sco§2^°<br />
o|li §|i"J<br />
C C_ S C W' < C-<br />
i; wJ C n s. S 0 = c_ rt<br />
i V o<br />
—<br />
p n V £<br />
f v-<br />
V<br />
3Í3<br />
U<br />
o<br />
rt — o ~. Ci o<br />
Ci C<br />
s*<br />
■» c Cl<br />
c X rt rt JÛ<br />
C<br />
X<br />
s p "O r^ —i _ fi<br />
— " ,<br />
L.<br />
~" L.<br />
u.<br />
Ci<br />
— o V<br />
c<br />
o" E c_<br />
= H4loiS3.io=^|<br />
>S o o 1 S « 2 B<br />
a ^* s. — g w w<br />
Í g s = ' * 5 " 2« T2 J 2<br />
3 IA<br />
•i H c IJiii S<br />
^2« «^_u S g E i ? "<br />
3„ « S E^s 2 g ï<br />
= g =2,2. g J;ç t. _<br />
o .3<br />
u « »<br />
rt C<br />
3 C3 " CI o §<br />
p = « =_ jr<br />
•C ".S j! 52,2 „ c h<br />
S*. S « B O * D " " O ,<br />
3 8 fi<br />
a ts ce!<br />
M •• « —,¾ w ,¾ * V «<br />
2 = 0«^ rtj H E= g<br />
S ^ c r t i r f ^ r t ^<br />
" : : ; c í 5 « — s<br />
3 cr= c Si<br />
T S<br />
0 £<br />
=<br />
.2<br />
C<br />
Ï S T 3 u<br />
5 > 3= .3 ïï<br />
S 2 S • o"2.„ "■ s<br />
W —.3 U .3<br />
« c i: er re m<br />
WÎ<br />
"_2ï<br />
O 3T3J2<br />
•='=■=?<br />
u —<br />
S<br />
~ v<br />
J3S<br />
■S « c<br />
C 3<br />
t> S 2 3 <br />
" 3 o<br />
^ <br />
1 3<br />
o w »*<br />
|«M , 3«s K 3 3 0<br />
Vi. "> "Õ »<br />
B3 „ 3<br />
J J U i;G 35 ^ 3 ° '35 T^îiCi<br />
u ' ; . . ; V O 3^_ rt C<br />
--.--,3<br />
w rtre-»w<br />
« o . J c " « 3 at—<br />
"3 3 .'3.» « - — 3* n « ."3.<br />
— 2 J 5 « ^^ w — n<br />
2 5g^ë £ I5JJ ; | g<br />
;<br />
e rtgg^f g » Us 5 •"2..S 3 « j s 0 | S<br />
. E « " = 5 ".23= _ „:<br />
T.. « « " " O n " » g g<br />
J =„<br />
s Ç ' S . t i c î r . ? = '= 2<br />
_.2,<br />
■3 'ii^— ïOo,
i ià<br />
E<br />
o<br />
«.2<br />
u . »<br />
tf o »-<br />
(D T3<br />
T3 c « O<br />
."2 o g> o S<br />
«,S «/.i ><br />
V tj !*• o _<br />
t^= C c o<br />
.. o o£<br />
E." ° 2<br />
*; O «c •> - - * E<br />
"O •" *• S . IS 8 S S <br />
N .<br />
5<br />
3 C<br />
"S ïï'~<br />
C<br />
'-a<br />
r2 s 5 •»<br />
« ta<br />
.1 5<br />
E-=« E<br />
,.1,.=<br />
it— •« J5<br />
"D U<br />
^í S<br />
X v<br />
c =<br />
— ,, _ fe i c<br />
o c ú „ mx g.o<br />
,1:2.2.1 le s 3<br />
5*5 B u Ê 2<br />
5— 3 ««TJ i' < cr c «<br />
« 3 'S t» S.<br />
: u O<br />
rt<br />
î 0-= ■<br />
- ' i : -
iBEfrfr»'»*»*'*»^<br />
?.rívr^Kii.,.*>jf5v. •' ■<br />
O C O C Z 5 C c c o c ■ c o o c c c<br />
O<br />
û<br />
O<br />
O<br />
O<br />
O<br />
O<br />
O<br />
o<br />
o.<br />
oj<br />
o|<br />
O;<br />
c;<br />
oj<br />
oj<br />
cr. *<br />
•4 O<br />
<<br />
_ r £_ , • ^ r.r i/i ., ^ - *J<br />
=, J 1 * « K: î < '"«.<br />
2 w ;/. « 2 5 IL,<br />
Swa ° õ ■*■■?; S~C 5 S " 2 = < <<br />
v .2 «. p.wsí ;•■< C ~ 2<br />
^ S * ?í. 3 ^:0 0 « O'S 3<br />
— = K fi '1S c u 5 <<br />
00 <br />
^" -SAS/ -V 5<br />
c S • •
? S S<br />
■- s. '~i<br />
t; 2<br />
"^ u .5 U<br />
» 5 C A i y<br />
T c & &<br />
. Z)<br />
i fc «<br />
s/: ^<br />
u " 5 «<br />
MS U —<br />
, o * g<br />
-3 o = ..<br />
a<br />
ffl<br />
o<br />
.3<br />
'Õ<br />
o<br />
a<br />
m<br />
13<br />
te<br />
■a<br />
o<br />
K5<br />
O<br />
"S<br />
o<br />
a<br />
E<br />
o<br />
o<br />
s<br />
Q<br />
"2 P ~'^ °<br />
y — A í* «<br />
o — o —<br />
— — —
c : r<br />
= = «*.<br />
w «< w<br />
2J3<br />
Soi<br />
a o I<br />
Sic<br />
* — u<br />
*• ~.S<br />
les 1<br />
soei<br />
8<br />
"S<br />
E<br />
o<br />
U)<br />
«I<br />
0<br />
(5<br />
D<br />
. C ej<br />
ï « =<br />
■Se ^<br />
:o|<br />
£ * s<br />
r c u<br />
Zi c CJ<br />
■= »■: «<br />
-J'o<br />
j ; ii i/: _;<br />
e X b •?<br />
_ V.<br />
■y. Í: _; ■— f. í r;<br />
2 r . J C •" .C<br />
CC _<br />
/: r. ^î i C ~ r.<br />
■s.<br />
y ..i<br />
~* — —<br />
_ r; s/: ^<br />
^:<br />
—<br />
* ~<br />
^<br />
—<br />
,r<br />
ce «' t"s<br />
v. s u<br />
— "Si M<br />
C 'H g '<br />
C J! L .!?2 — 5 *• 'm<br />
COI<br />
a<strong>de</strong>rc<br />
s <strong>da</strong> (<br />
liiinrio<br />
.2 * S<br />
se<br />
o<br />
V,<br />
ac 5<br />
c fc cr<br />
o ~ s<br />
u<br />
0<br />
s s a<br />
o<br />
"Û<br />
y:<br />
C 'S<br />
C 12 —<br />
U".<br />
u:<br />
s =<br />
o<br />
§£§<br />
« c =<br />
« s * c*í<br />
§£§<br />
« c =<br />
« s *<br />
G u «<br />
S M<br />
V)<br />
S £ §s<br />
C •:<br />
CS ** v:<br />
O G o 5<br />
w r; ÎJ<br />
* ■Í<br />
— ^ 8 —<br />
■S<br />
~ — '—<br />
= 0 e CJ<br />
M £<br />
b<br />
~ C c<br />
O ir.<br />
_i c<br />
~ , —' •S<br />
_ "* _ic<br />
; «M r:.— wt :<br />
h<br />
— C — ^<br />
< í| r;§ í ".<br />
« c
X ^ "~ 'S. -A<br />
f S'SS'ïû<br />
s; O > — ZJ<br />
« 2<br />
\t Q'<br />
s<br />
g y:<br />
« c<br />
7* <br />
v<br />
— V.<br />
n<br />
m<br />
ai<br />
><br />
5<br />
O a!<br />
= — .^<br />
— ?<br />
<br />
3<br />
u<br />
v. y<br />
2 ?<br />
y<br />
1/5<br />
O<br />
«N*<br />
*> b<br />
0<br />
3<br />
ai<br />
Cl<br />
.5<br />
X<br />
— U<br />
v;<br />
Cl<br />
■y.<br />
ut <br />
5 S3 o I<br />
•M c<br />
õ<br />
o<br />
O)<br />
kl<br />
Cl<br />
0<br />
m < .£ 5<br />
n w<br />
M*| Vi<br />
M M ^ zc ^C t£<br />
'fj y JÎ «g g ifl £ £<br />
~ S / / H ■/ / i/,<br />
5 *J ~ = •.*.•.•.'<br />
220<br />
_ o =<br />
z • S<br />
O ° =<br />
u = •=
c z : « r B cS ° — X • * * Í/Í '^!<br />
C5 « «J<br />
CJ — V<br />
« * >t r<br />
«^ y: — —<br />
Si « k*r . « a . s- r Í: 5 c —<br />
"s-=~ « 'S* — Ï *C :* «:<br />
« 2 = -rr«" =C _ «■ -_ "Z" se 7^ £ à<br />
—'" f -cr-i = c --=<br />
<<br />
U<br />
o<br />
a.<br />
o<br />
u<br />
o<br />
a.<br />
H<br />
O<br />
<<br />
o:<br />
<<br />
U<br />
o<br />
I<br />
<<br />
<<br />
K<br />
O<br />
s<br />
J, "0 -¾ £<br />
Co ^<br />
r« S<br />
I £ <<br />
o a *s<br />
r s s<br />
e i, ^. i< **<br />
— — — ^<br />
^ r —<br />
. V '» T<br />
-.3 — — *_—""«'-. » * ST i<br />
1 = C - £ S = '11 !Í %<br />
-+-^-<br />
221<br />
»8 SC<br />
:_' y:<br />
—<br />
=C<br />
« re<br />
u<br />
= «<br />
SO-'<br />
s. - u: c
—.£ 7 e S"<br />
£ -J: .Z '•£<br />
' Z \B ï I<br />
N ? £ C .<br />
£ c<br />
.— ~ as<br />
S, 4í *Í<br />
&> ^ 5 S. <br />
;/; '<br />
— — « c<br />
C. M SJ<br />
■s. . — ^ at<br />
^ S îi ;<br />
j « —• o — ~ K ^ L C i* V. .. tí ■■ i *<br />
: S *• S • ■— * Z S c _£: = « '" '<br />
; Si > s .s — £. = c — c si*: u
!•= §■<br />
s — s : ,, s > í ï ! « s e « a<br />
P5"5"3 ï£ i~ <br />
S = c^= ~ = = = =-=?"-<br />
H a 'i" ~ î c i: 'K •=< c '= « * = •<br />
C £ c ^ ^ _r — ; J; ; =<br />
C U ^ * ,1 CJ<br />
^ * w =<br />
_ ZJ<br />
223<br />
^ "T « =<br />
~ !- D =_— " ■* T _* — — JÍ "° "<br />
—<br />
£ "S — c<<br />
— . w C<br />
* | u '.£' J=<br />
S a S<br />
"-)
i<br />
o<br />
S<br />
O<br />
A y 2<br />
o =<br />
in<br />
H<br />
O<br />
Û<br />
Œ<br />
C<br />
s « a.» «T: « ' = S N i Ï « 5 :<br />
i.^'as^s'g.? g; .JP5.<br />
LU<br />
Q<br />
m ^8<br />
<<br />
(L<br />
CO<br />
LU<br />
<<br />
<<br />
u<br />
s;<br />
LU.<br />
Û<br />
2<br />
LU O<br />
> Z<br />
LU' ,-,<br />
z;<br />
O<br />
zr<br />
\T\ LU<br />
Z N<br />
P<<br />
LU OJ<br />
< û<br />
LU ><br />
O i/i<br />
u O<br />
SSS<br />
I «<br />
í i I<br />
ca<br />
■3<br />
= tv<br />
C/5<br />
ra<br />
t.<br />
c<br />
£<br />
o<br />
u<br />
vi<br />
ra<br />
s<br />
c<br />
l/l<br />
15<br />
ra w<br />
fa tir & =<br />
l/l<br />
CO ra<br />
_u<br />
GO<br />
CS<br />
CO<br />
13<br />
te<br />
u<br />
i/><br />
C<br />
■a<br />
O<br />
- J3<br />
u<br />
■o<br />
"3<br />
c<br />
ra<br />
c<br />
T3<br />
•o<br />
Kl<br />
IO<br />
eira<br />
u<br />
a<br />
c<br />
o<br />
í.<br />
6»<br />
3<br />
cr<br />
S cá<br />
Ï 1 Ti<br />
a 1 Ifi<br />
! H<br />
ti î JIíJíSI!íî SïîiSiîîiS^<br />
" —. ri ~ ?» o<br />
X. * • * ■ ■ ■<br />
224
«SS-n-ÍS^w 5:3 > -H ^ £<br />
'A -A<br />
225<br />
: _~ ,2 .2 I £ - i Jz u ~
I Jf « £ * — "^ ^ «S<br />
î5 V,<br />
0 T — S — «<br />
5C <br />
* g .2,5 £ | t f « „ ?<br />
- A -Ji O<br />
_ ^-<br />
— — " — — ~<br />
CJ<br />
= ^ -5 ï = ~ -z<br />
r 1<br />
1/; v: if U<br />
"3 t» C<br />
= S _ s & — ■r. - £<br />
w — O<br />
"= U<br />
O<br />
= = S | ■A<br />
- S o r: r: i;. i; i^;<br />
— -<br />
■<br />
99 K "w<br />
— ". — n "c . 3 "c<br />
-^ "p3 C Í C 2 X<br />
K<br />
A s • ' — ". J.<br />
iff » ££<br />
S * "» 2 £ S* M ;<br />
i#î ^^ ^ _ÍÍ — £ 1 *0 M c* fi í O '3; « =i>, — Cï< w w<br />
_; 5 ï £ ^ z: «<br />
.= i O<br />
T ~ C =<br />
i lílíJ. 8<br />
- s g g fc 2 =<br />
« =.1= -§ 2 ~ w . =<br />
If.lf * ! * «<br />
S r a * o ï if<br />
w O y X * *~ —<br />
c .<br />
s X g S '<br />
_ S w i» ,2<br />
S3 AJ. , •;; 2 « £• :<br />
=.'= •=.-= = ! LE<br />
~_o = 5 § Z " ."'••■<br />
5as t<br />
Kl 3 ^ ,• , « ~ i, /" i><br />
226<br />
s '* Hs
0<br />
u<br />
<<br />
o<br />
■3<br />
c — 5 V ~<br />
u ,s :<br />
' '*■ > s<br />
c * «■" íc" : .. .T =«<br />
— s *.<br />
_= c --<br />
bK*wSuwOM s c s o — y n "T r*—<br />
o<br />
K = 2 ^ z.í <br />
~ f. *■ — 2<br />
i:= ■= J=<br />
** — J. w —<br />
— ~_ x ^ ~ 5<br />
227<br />
£ £ ^ c — - =<br />
w - - ^* 3 - ~<br />
"3 "? J § o<br />
3J2 2*1
a<br />
o<br />
1/1<br />
ta<br />
t<br />
■soc •*■£ — " ■/ . 1 8 i i b ? *• ,/!<br />
5 K U VÎ i-<br />
r.<br />
» —<br />
■j} -<br />
! i S I £ P E1 S 2 I î •£ C .2 .<br />
s'S: 5: 3: « K ^ c i > "<br />
!J 5" C '""" i* C — 'C- £ '" _, rz î ^ 1<br />
f ; 9 j : j.r : í .<br />
iïïJJïlîiîîïfs<br />
■5 -□ £^1=11.7 = 5 s.a 11^<br />
.ta •§ "=• * g § ° 15 p iJ~ "1 § s<br />
* 3£ = •?<br />
228
09<br />
3* R<br />
« H<br />
_; O J2 _r u _z — <br />
0 r. XJ<br />
=<br />
■ ■rj V,<br />
= o<br />
^ ~ X. ~ = 5 i_ s<br />
•J, CJ<br />
ZJ 3 (A ,'" x<br />
_ ZJ ■ r. qj v:<br />
"— («<br />
— :_ c ■.:<br />
mm V r rr H<br />
" —■<br />
_ —<br />
•— '7j ;/; — ■- ? 5 c 2<br />
1 ; i<br />
^¾ S a If<br />
i s 0<br />
= w C 2 ã •S § * ="| s<br />
y,<br />
u<br />
CJ<br />
y;<br />
l£lfi.i::.|<br />
(¾<br />
5 — v. s ? 8 £.2.=<br />
.r £ v = o<br />
C y 1 •À<br />
4iils=<br />
■*• — — ■j<br />
f.5 2~-i<<br />
S — 2 ~ " -> s r a .2<br />
o<br />
u -<br />
c-§<br />
î Z. g S. c<br />
Jz "^ s ^" ~ H — "<br />
C_fj 3<br />
u (■<br />
(KSftjnn'C ^V6l-0t6t- ajBd oppjg !<br />
i i CJ O g îJ<br />
nmins: !<br />
(»«>?IIK oiir.icjS omiiwjJur.i ...<br />
lhHl«»w:<br />
Itmf liïn<br />
i?urpi|f,y : i<br />
''„„' '""«' SI ir..v.nr!<br />
T wasfoV, ','<br />
,B P n . ttu 1 «»w»S iB.»!»,, , ,,:<br />
«••«i ■ ■ ■,..,>,.,mmit ^ ¾ 1<br />
^ ¾ ' r.i<br />
£;ê, ...^.•.r.!'?—•« '•
i, 5 * a. > ■* N:<br />
■*. - :. -- 1 Z '■ ■ -<br />
<br />
ç î - ■: ? : ,i õ »<br />
s s r ? s "•* ~ =<br />
« si!!": Ï :<br />
o<br />
ce<br />
LU<br />
X<br />
a<br />
52.2 «ti?sá"£*£ 2' ^¾¾ «%<br />
IfJjJlJÎjlU<br />
ï »! ï 5 S í 5 'E J£ ." — •*;<br />
•^£^
"•/:-' -s.<br />
y; « ^ r<br />
n — o<br />
£ ri _ v. z<br />
~ il r. j; ~ £<br />
il "2S = .= £ í^Í'i í °.§ °<br />
K ï » s z'S*3 s « ï 5 5 Ï<br />
î iN<br />
Í =c r<br />
!■"= ' Î T ! .¾<br />
1/1<br />
0<br />
yl<br />
u<br />
il<br />
><br />
Í * i/i<br />
i í ".|;<br />
— —<br />
0<br />
— .Í ■■" é '* ur.<br />
~<br />
C = ><br />
— " c — —*<br />
.r "r 2 ï '«» s j fa Ù<br />
::i 4 £ «3 3 5 1/5<br />
■■r. C — *î — "<br />
*r E c ^ X •= =<br />
« •— = i = : ii<br />
— v 2 =— ï s<br />
■6 /<br />
i"2 £ S<br />
V. £ = 2 S<br />
C y.
3<br />
a:<br />
n<br />
3<br />
_5 b :<br />
JS a e S rfs . ;ï :,;/"/':?" :=:^<br />
£^: 2 ■ - = ? S .' ■ *.~% - £ £ -<br />
— = M c = _<br />
— u<br />
. v;<br />
x • -g<br />
to<br />
o<br />
u<br />
«<br />
o<br />
O<br />
"^ir|"i5<br />
'■r.<br />
v.<br />
M<br />
O<br />
i~<br />
©<br />
o _2<br />
*— H 2 .£ = = a 8> .= =<br />
£ .Í ~ (5<br />
c "5 -<br />
C ii<br />
■X C<br />
r_ g C si =<br />
c c ir.<br />
r. C<br />
2 C '<br />
— X<br />
O<br />
œ<br />
: *f*W *v<br />
í<br />
s<br />
o"><br />
D; ^<br />
OC5<br />
s*.<br />
"■3<br />
o<br />
s V,<br />
■r<br />
«33<br />
05<br />
«=33<br />
H5<br />
o<br />
. c<br />
(O o<br />
t a.<br />
E<br />
o<br />
u<br />
CO<br />
<<br />
Q_ I 8<br />
o.«<br />
tt£ g,<br />
o<br />
c.<br />
CL<br />
CO<br />
<<br />
O<br />
'■ ÍÃ .¾ s s<br />
> v; r<br />
- ; - ^ _> x ; 2<br />
« Jl .r ? .S! « !§ .£ = o = g ~ f c ,.<br />
3"1 £ " ï s •' C 2 S<br />
• =5 M— v:<br />
Ils<br />
3 "H .2<br />
— ."^ r<br />
o .2 = .5<br />
ll|í?<br />
" c: s, •— ■—<br />
a .. = * _<br />
2-=-=-1 2<br />
"Í 3<br />
s S<br />
S *?*'•=<br />
J<br />
K<br />
H<br />
C<br />
U<br />
><br />
0<br />
5<br />
o<br />
K<br />
J<br />
U<br />
C<br />
»■ Tl -M -M -;, -, -,, T1 ,,„,,,,<br />
235<br />
*< 5 —" — X<br />
S> - §5<br />
o — ■-<br />
Ni?<br />
s =^=
(fl<br />
o<br />
Z o z P<br />
1Z O i« o<br />
"* "! "Z ""*<br />
LO „ ~ tj —<br />
S 1, """ O<br />
(N S í* r £<br />
t> ° « 2<br />
E = S s "Jsií<br />
CE O —<br />
■3<br />
C<br />
E<br />
X<br />
iJ -3 =<br />
c<br />
0<br />
-•: v:<br />
C<br />
< _^ 0 O « C w<br />
; » ~ O<br />
t/í<br />
~~" ~<br />
=£<br />
£<br />
ir.<br />
O<br />
.2<br />
-<br />
= 3<br />
0.<br />
c õ<br />
■ 2<br />
■_<br />
—<br />
« « ■s. -<br />
a 5 Õ et<br />
Õ<br />
— - U ~<br />
X 2<br />
05 £ =<br />
A3 = £<br />
ft TS3S<br />
B í ~<br />
t- — "3<br />
u. N 1 a<br />
5 = ol<br />
= 5 ta 2<br />
1 .4<br />
.2-2 ~<br />
--?■<br />
01 ~ ~<br />
e ï ~<br />
o >-=<br />
S t. 1<br />
Ï o<br />
> c.<br />
O<br />
E<br />
BI<br />
ca<br />
E<br />
•a<br />
o<br />
ira<br />
v;<br />
£ ~ "Õ í ç « 12 ri I<br />
s £ S 2 =<br />
~ zc - s c<<br />
0<br />
7-,<br />
'C —<br />
w ií —<br />
"v —<br />
-<br />
' ■■J<br />
^:<br />
_ -<br />
-i • ' «e<br />
— ï Ç.S 2 ojs "<br />
J"= = i — = ïr "<br />
6j<br />
2 S s .=■ H; S.ï.<br />
0<br />
(d<br />
E<br />
D<br />
0'<br />
si-:<br />
fii<br />
3 "o — < (li ffl<br />
«St.<br />
Q rí°a *<br />
a ~\<br />
o<br />
2<br />
O)<br />
o<br />
«<br />
o<br />
■o<br />
(j »<br />
UJ e<br />
H o<br />
O =<br />
ca -S<br />
Cg e<br />
s<br />
n<br />
L<br />
S<br />
O<br />
«<br />
O<br />
t<br />
><br />
t/í z<br />
•3 |.f S g<br />
- • > 3 := ■<br />
•S =<br />
=.£ 5 o —<br />
si"" "5 *<br />
■r ~ • w ■ o _<br />
s -««-=*i<br />
•J s<br />
J « « r<br />
« ti .2 1 _<br />
a 5 5'3 :<br />
gU. £ £ = :<br />
w t* U o ; i<br />
O — T»í5 <br />
S N :J :i : TÍ ?i T« *<br />
o<br />
•
i I<br />
' — — "3 "^ " 5 O <br />
. ..536 ,<br />
S 4 H S £ g i 's «<br />
£ ,<br />
Z c «J iS î*<br />
: i ■■> e • 5 o<br />
: » u e ■<br />
:5 S " ~<br />
: S c =<br />
á>T6.siJCf.asj<br />
•■ „'3 C £ S." !<br />
*C■ 5 ..WE V S i ' ./.<br />
£2<br />
, 3<br />
riíSSSígSiiií^iièssftS fiSftsix<br />
•
: S1<br />
O<br />
O<br />
í c Î i = * ^ * I ;<br />
. O " . F; .<br />
c ■ 1 •<br />
z à ? ?<br />
: o : ;<br />
9 "• = ;<br />
E ■ n *<br />
; a j . =i s; n s .<br />
f af at JC ar 3<br />
/■jjoJ : " = : c ■ "2 .= " c ■■■ : : c 3 I<br />
ï 3 ■'- x. « 'Í Ï 'i :<br />
'0 Î 3 V y Û "<br />
71 Ci Tl Tl Tt 1 TI ri TI T» TI TI TI TI TI<br />
?í r, o ~ ?> | Ï £ ? = ï * * ;<br />
c » « .Í 2 ¾,. ,j yt_ (í rv ? x Z r í » =f<br />
239<br />
0
'■.■f.'t :x"0. \£ -V. - ; t<br />
; I • n S '• 8<br />
ãSislSSeâ ?: 3 '3 '«13 S S S S .¾ S 8 E 8 8 o 8 .4 'r. o S .* S * o . s.. Si « 3 5 2 3 S 5 « « r a * •= • » <br />
.= ; • : ?<br />
« "* c î F : * 5 ~ .' S<br />
ï :.; ;\s Ï£ 3:¥ ; : ;T<br />
240<br />
j t : •'. r. '— z i ^ ;<br />
H Till T. ri ?i r, ^ ;j a<br />
T^ 1 — — — -f-i-i<br />
I •<br />
il
.
•■ 'O O o O O O 12) IÛ) IÛ) |f*<br />
^1<br />
^1<br />
tzJ<br />
3<br />
S .* s . s* gj § i s 1<br />
s • S S • S.î § a"" 'S <br />
"'S *■» slsl.1 fi 1<br />
a» 0 ,2 _~ u o *C a ta S. « -s<br />
"* c* : !; í Oi -5 X »<br />
(/5 Sa L'r u;ï':5 5 2 s<br />
B^ u ' S0 " «"T. s* 6 = .,o « g S<br />
O:<br />
i<br />
O<br />
0<br />
^ ra .gjg '"§§§■> g c 7 il<br />
0<br />
si F"> S s S « 5 „» X & « : : « g<br />
•tzj<br />
{/5<br />
«>"■ £5" 2 2 ~ = ÍÍÍ!<br />
o «i IM H il<br />
H 5 e r î Si i? =■•<br />
et4' 5 ^5=:= « i? SU 2J if = :<br />
î = »5.; , . < -.-½ ; 5 ^s^'5 o s X-i ■ l- f. -.~ S • =■= ?j;> ; *4 ï ; g* " =~ ï5 | ï g „ i ; ; : ''<br />
5 S5^|á ftjjj»*. 8 S s |f sï r> I i ;.: sS£u
'■ c 2<br />
: — s. * •". i<br />
i -î r i *.'i t'i ?i fi fi fi fi ri fi fi fi fi f i Vi Ví V» « ri ri ri N í ?i 5<br />
243
' '~2 :'..' '.<br />
i ÎÎ ?i ï g ~i rt ri *; 5 ri ?! *i<br />
; w ■ s. o <br />
'J M O *J jj .. R *»<br />
ï-'S «"S .s w —.5<br />
:^i /. o<br />
>5£*»;£fi25 55E5<br />
="t S ar, r. :<br />
O ■/• S<br />
■ .2 c<br />
! o 5.S . 'J ~ r ; z z Jc , r '** ■ <br />
•7<br />
: - ^ « s s<br />
= r.<br />
e o . . r<br />
"o ><br />
'•. . 0 is*<br />
— "9 > 42« =5=2<br />
■3 S fî ï "<br />
" " * Si — — = ïj«.ï.yj'|.j í;! t ?,_;,?= 5.~|| | r|<br />
. 3 . c * "j i ''• ^ 5 2 ï .^ j (j .5 », £ í o ? 4 z
'" ir.<br />
es c<br />
S /. 3 s s c — —. r<br />
*ESâ ? li S « S<br />
— ft* ~ u<br />
v: a —<br />
K £ = ~<br />
»> » ° s •= .— Í c — = ^ -<br />
? ã 2 =<br />
ï " £ o ; r*,.<br />
CJC y . 'õ £ ^ "H ~<br />
> =X B 5 £* = Sí^íg g £ 5=... SVg ë«. o gv
Ill<br />
a<br />
«s<br />
ce<br />
o<br />
o<br />
ce<br />
a;<br />
a:<br />
UJi<br />
o<br />
o;<br />
(ft<br />
73<br />
<<br />
<br />
O<br />
u<br />
73<br />
h<br />
C_><br />
GO<br />
U-<br />
O<br />
^—<br />
-J<br />
UJ<br />
oo<br />
z<br />
„<br />
0)<br />
r*<br />
0)<br />
Ul<br />
0<br />
O o |<br />
O 0<br />
a<br />
0<br />
o Q . 0<br />
III<br />
0<br />
i<br />
1<br />
UJ<br />
X<br />
=£>••<br />
£^<br />
247<br />
k ■o<br />
Uj *<br />
•J S<br />
« 'i <<br />
i ~ ■« ï S<br />
U '<br />
0 =<br />
L<br />
j?<br />
::' : ..
o<br />
<<br />
u<br />
LU<br />
Q [<br />
<<br />
Q<br />
í,<br />
y<br />
O<br />
k<br />
O<br />
1 - jl<br />
< i:<br />
_J<br />
UJ<br />
ou<br />
I r§ § = ^ j ^<br />
C v' _ S {* :-.- —<br />
> V) ~ « y. r ÍÍ<br />
^ >±~ 't è'= <br />
s 2 £■<br />
= S W « — ^ —<br />
~ ./: " s. ' ¢^ O tt i : s c ■J. s.<br />
S O<br />
~ _^ — — ^ '.,. ■<br />
~ — ZJ<br />
c<br />
_r = ;/: li<br />
= r D 2 c ' = ■r O s =.<br />
~ „<br />
~ ■* z S s,<br />
li<br />
— V ~ z <br />
— _ —: y u:<br />
s,<br />
V V 7<br />
u E s —<br />
uj. v í ï".i "•: z ^r<br />
* — .i ï *<br />
J^ Z. V<br />
_ ~<br />
u ■? Si<br />
'— *» — •<br />
~ K ■2 ~ ^ "= c<br />
u*<br />
■5 sr C £ w; " 3<br />
— '\L ~ = u<br />
«£•=«:<br />
V. ~<br />
O —<br />
■5 u e"S 5« 5 =<br />
a".<br />
« z R G —<br />
S<br />
O<br />
- o z ç «j ç _ c es<br />
— zr c r — —<br />
i X 1. = o c<br />
^ c & ■£■ .<br />
c - c 2<br />
w<br />
^<br />
.2 a s ? = S.ÎSS<br />
C w _■ v o<br />
I e<br />
= = •_« Ï —<br />
249
£ô'/î<br />
s Ú ? . 5<br />
i s.iiie 1<br />
« _ " — —<br />
■J1 .<br />
— . ,£ ~ .<br />
c "3 W Í s. 0 *" ~ — s /. t i:<br />
/;<br />
/: =<br />
:Z = z s r • > — ~ <br />
.". _ ■g = 4 s •A f A<br />
" y.<br />
A '<br />
j :<br />
■<br />
1 _ — ~ _ _ ~ ", — <br />
— "C —<br />
r A<br />
Í; U<br />
— — <br />
— ° ■M _ — _ 7. 5 ,'í s. i .<br />
U — i; _ — g<br />
c * 2i5 * =<br />
5=.5^22.^52<br />
s = _i £ = * ! î ; "jjio:iij,j i_i<br />
5, = = y i « =<br />
« J» * .2 "<br />
= c o —i<br />
Õ ~ S. S =<br />
«s - '£ - ~<br />
— *. ~ — c? '<br />
_ — CU<br />
* " * —<br />
■• — * =<br />
o — i -<br />
_ CI<br />
■Z e<br />
S "Õ<br />
^ . ■<br />
* J K'
5 | ^ S<br />
w E 3 E<br />
S "SO""<br />
o r<br />
o 1$. g a| ^.|1<br />
■- S « í ; c í<br />
— ^ Í "" — C<br />
C tr. z -a<br />
« u r:<br />
z "> « r ^<br />
s H r - _ - .<br />
5 o e *2 ' =i'5 = =j— "<br />
¾ — 2 K >: .2 £ i P . .;"=.<br />
S: JÏ ~ ,JÎ — - —~ P — -<br />
£ P * <br />
."' '5T e * S S =<br />
O<br />
o<br />
■o<br />
í.<br />
o<br />
><br />
-x *:<br />
2 ■/■. .Hf<br />
U .- r 2 2 Ç<br />
— c - í* _i í, - i .j. * c •<br />
2 -- 2 «; .2 2.2 2_ c £ - —<br />
« :-. S<br />
'Z c S S E. c 2 r <br />
o<br />
~ — 9<br />
3 î5 H_<br />
■5 c = c<br />
« - ~ =<br />
•C3 - .5 v<br />
c<br />
■D<br />
■5 s s -, s -=« = - — " ""<br />
2 .= =.-fj s -=.2.-: , ~-H -2<br />
c<br />
■=1 ;l *2 lï^^ = *<br />
- « ' Í B Í ^ S Í C :<br />
251<br />
= 2 2 -<br />
S IO<br />
c o<br />
2*~ " *<br />
2 e<br />
= •—: =<br />
p = ; p s<br />
ri
C7^<br />
ë îû<br />
< 3 .î3:I<br />
:. , S !f S =1=.3 1 g<br />
t* .^ rû^rzo^o =<br />
— /^ oj â 2 = ~i ~ 9 S i_ l=ï5l 0 5^i,S8i!« "= a. s S<br />
(V _eg ^ ■— z~ j z'Z 'f ~'Z S 5 *"K §."1 E1 r = .2 î. J 5 ».« _ =<br />
¢: «ï i>s22| ^<br />
e £ | « >• ; 5 = 5 = J c Z £ J £ ? 3 = s<br />
" *. "H E = g *<br />
.I C 'H. C í !^~ ï2 < : _H ~S"r.H "e li<br />
^ ^<br />
c<br />
~ ~ *<br />
;; g s .- -3 c<br />
■a<br />
~ S "-" ~<br />
y; v;<br />
c> . c --= ^ = =<br />
tj r > s. i — ^ C •— ~<br />
Z " ii w c * _^ 5i<br />
c £ « — = u s u s, * .s<br />
< e'^E^Jif" = i ;; £ = f.ï = L £ :Ï = | _ Î «.= '£•<br />
o<br />
w i 6 "l"! » =S ? = "i 7s I « = = i5 s 5 1 ? 5 5 "S<br />
c ^<br />
io S |^ = n«2<br />
.i _£ .2 ,'; .= * * s S "S H<br />
253<br />
v: i^<br />
i
DC<br />
2<br />
0<br />
- •**"■£-•. 1 -S<br />
«^ • î S Jr vj 1 <br />
■.A **: *c « —<br />
s C'jr os ' î î'~<br />
"i - s C'jr os ' î î'~<br />
"i r- «ï a. s r* «j .a<br />
- s C'jr os ' î î'~<br />
"i r- «ï a. s r* «j .a<br />
- s C'jr os ' î î'~<br />
"i r- «ï a. s r* «j .a<br />
- s C'jr os ' î î'~<br />
"i r- «ï a. s r* «j .a<br />
- r- «ï a. s r* «j .a<br />
a Î •: s s a Î •: s *'î * 5 s o<br />
s a Î •: s *'î * 5 s o<br />
s a Î •: s *'î * 5 s o<br />
s a Î •: s *'î * 5 s o<br />
s *'î * 5 s o<br />
c ? c " ° .Ei "s ^ ~ "* r<br />
«F<br />
M S-o w c ? c " ° .Ei "s ^ ~ "* r<br />
«F<br />
-i*«i>-<br />
M S-o w c ? c " ° .Ei "s ^ ~ "* r Ir'<br />
tli<br />
«F<br />
-i*«i>- 0<br />
M S-o w c ? c " ° .Ei "s ^ ~ "* r Ir'<br />
tli<br />
«F<br />
-i*«i>- 0<br />
M S-o w c ? c " ° .Ei "s ^ ~ "* r Ir'<br />
tli<br />
«F<br />
-i*«i>- 0<br />
M S-o w -i*«i>-<br />
'? ^ f.s S.* eëVs"* §<br />
v ** • 3 • ft» *■ * *•» S *2<br />
S = L^ã*°S ^"^ " . £<br />
'S5 i ? lOH =<br />
— I „u Eu;ayo-e|03S3 ep<br />
souniv sop jE|oas3 oBocpossy wièiwanns<br />
1 » ~<br />
■s. ï u<br />
^ — £J<br />
S = °<br />
"! ï — ?<br />
■■r. •, ~ ;—<br />
C — *w U<br />
.- .^ ~=<br />
Õ<br />
DÍ<br />
• 1<br />
: y<br />
H c<br />
1<br />
3 5 iS^ ^j§ iS.S<br />
!<br />
c<br />
c<br />
j<br />
t<br />
s<br />
c<br />
| i<br />
Í 1 î i<br />
4 S f<br />
i.* s i<br />
î O Í<br />
: * !<br />
: » i<br />
;<br />
1 M<br />
w<br />
•>• 2 ïrfgg • = !&><br />
K o'^ . § 5 ■ S ï * "<br />
- : »i „ y - j. c; *«-<br />
.2"* ? I. » 1 I 7^ ■— .£<br />
i = ^r="s ".1.2§5 s<br />
fi si--T.!?: «S.<br />
J» J, ¥ r-<br />
^ 1. .i<br />
= e: O r<br />
V. S u £ Z 'Jï = .z ; = C r S<br />
) t; '~r ■À "• . — (! _ — s y. ■i H "G Z<br />
r r<br />
' V<br />
■J s y. :J<br />
1 = £ — ~ s. r u<br />
■s.<br />
■s. ' f s. i< s. \r —<br />
ri<br />
I = ~ c y.<br />
v;<br />
s. —<br />
l'Iciflsl"!<br />
.g •» se s i:<br />
u — £ s s I H »! *" " 5 s' E S .2<br />
g i 311 e 0~l « 2 I î| I*<br />
254<br />
=.. »
Íiií5«.5<br />
SSSgg|Eí2s É í".| |H =<br />
; : c:r "<br />
i_^.S " « * —<br />
ÍJ c n H 'n. .; ,2 S u *<br />
N: S '
^ —<br />
■ i "> _■ o g •«<br />
C; O O IT. — O —<br />
w. — : « r '•<br />
o =<br />
tr 9<br />
E. ~ ~ s u i" ? ~<br />
— ~í Í< — -i - o ~ 0<br />
\l. 5¾¾ C<br />
'<br />
/-. c*5L2 _~; ^ V.<br />
~<br />
r 'S — S "3 Mã ■=j ^í<br />
=? S § .5 S S5 -22= ">^"ScS5-|3-:<br />
.Ç =.-:122=.7 = = ^ , . - - 3 ^ . :<br />
í "í*:?»!! E.= 2 « 5 « .=■ I 5 «.E j<br />
■s s s ,2 « ? J '£ 5 g »■ £ 5 » S s w f :<br />
£ s í ^ « ; 5" S = S g =.5 „ c ~ = „ e<br />
■z._ ÎJ<br />
,;C a;<br />
V) ■— -<br />
O w ce 5 « c/ u c<br />
■ — at 'z<br />
il *:<br />
— =£ ;<br />
í vi> ='c":<br />
• _ * 5 ï<br />
» X '<br />
- ^ C / « 'Í<br />
_3 =C-T 2 •*» 5 = '- ^3 V Í<br />
~ f ;s S| ï,:f ■ <br />
^ = . = f î. = 5«. SI. 6ii s ï.£i £ á<br />
= 21^ *.ís.2~.s .< i^.H.Hri .H" J<br />
=• V? <br />
a c w *" >• ■<br />
£ ^"TS^"?<br />
yf 5: =<br />
;. = <br />
■= ?"* s e_ n a c_3 2 S s Ë ~'<br />
1 g ~I -S Ë | Í -| 5 | | e 1 * I a<br />
S 7~. =3 s J "" g r = = "f 5<br />
= u ? IL cl^ii^lislp^<br />
257<br />
_2 s<br />
= e<br />
5"E<br />
o<br />
■to<br />
c —<br />
"1 Si<br />
2 =
l/l<br />
O<br />
.= »<br />
■Q 0<br />
t- a<br />
O Kl<br />
c<br />
l/l s<br />
.2 H<br />
o S<br />
Sá<br />
■u<br />
na<br />
i/i<br />
3 5 . M<br />
ïr. : î :<br />
;-,o ■ : c :-<br />
: 3 i ? s % ; «<br />
ia M *> *r. «fl 0¾ irt »s »« iïs J5 « « «ï rt<br />
^ - Z * C<br />
-~ 2-5 ^-íi-r'''<br />
; r Js ' 5 i - .2<br />
= - 8 ,J V '<br />
-. .-=:S ~ ==~ = 1 S*- -<br />
v-£.s = £ £ 5.:=,= 2=-^ = :<br />
£-5 *.=.ï-ÏÏÎ1Zï'-î--:<br />
i sx **» ^ftï<br />
Í :«é E-; !-•= 14.1 s s**- Sl=2 2-^ â.5 5-?<br />
^; 5 = '^ ?, V = = £.°. c - "5 ÎJJ  •JITJ.IÛ^.Î<br />
l/l<br />
<br />
'"= ; :<br />
c £-¾¾ - : ' : ; -J >. : .<br />
i "5 "- w 5 * ~ •£ J 5 5 - c: T.<br />
S ■.- - 3 = r.r = r€
o L:_2<br />
Í = r ' Í<br />
\
fils<br />
e£<br />
F<br />
'c? - 0<br />
S S<br />
c<br />
0<br />
0 Si 01<br />
= c 0<br />
= " V. c<br />
a i£ ra<br />
v *z 0<br />
1.1.<br />
.1(1<br />
•IS<br />
c 01<br />
o~ c<br />
KJ<br />
=3<br />
1<br />
0<br />
— 'TZ C ■a Ol<br />
5 > ? 1/1<br />
■a<br />
■; /,ií ta<br />
«í « — N<br />
s * 2<br />
? ^2<br />
ca<br />
tw<br />
C J 0 (fl CJ<br />
'O<br />
•i & <br />
g s ^ 3<br />
—-Z y X<br />
«:« 0 ~ =<br />
0 1 ¾<br />
UJ<br />
■AWiSJ<br />
5 V ~ 5 i ri = " V s S ! _J<br />
"Õ '• ** I ~<br />
û 4<br />
VSjB ï<br />
03 —<br />
, 3 <<br />
£ I I<br />
« l.váTi&S =4 .s »Î<br />
— — u îi*~" "*■. I fi JJ 2 « e a<br />
i s «f 'S* i *■ w x ^ 9 = :3=<br />
•0<br />
m<br />
0 "2-3 r ^ S .S u<br />
5 y<br />
* T fit<br />
O<br />
l'i lîi s '.4v^í«á i firs'<br />
0. •—■<br />
.' ■ o ' ;<br />
5 c fe.SL] g 3 . Q.3Ï iS<br />
ïa^Jy<br />
< ÍÍ u;«5<br />
£.;"s E 6 : ; £<br />
f «•* ** á 8Ï.3 C£ s.<br />
" ■'■ = -^^- a « e<br />
S •* ~<br />
ï t: :<br />
S- '= .ïi.<br />
; s-s s =■-<br />
■ - ' — o<br />
: w « e E s<br />
CXC = C-<br />
Ml:;<br />
. .H n i "<br />
a - ?SJ «J;.n-LiJ3_--V33£'''ftJ~';;n--n.-r:S<br />
c<br />
:.2<br />
S.«l<br />
£ if.!<br />
- C-3<br />
S.» «<br />
o .2 —<br />
MU.<br />
2 o g<br />
3<br />
£6<br />
:5 c<br />
O ^ -J et<br />
"^ a s ~ — T<br />
ï: — • = o v<br />
:Ô. < ^,A-<br />
»£ : . S" •<br />
se : :.s- :<br />
ii^S := : :<br />
:— - 2 S"2. :<br />
>.f 5 2 JS 6 s : ■<br />
; — í w.= c ; _<br />
i ssu u ><br />
_ _ w » — w tfl a. ;<br />
« £ ï<br />
•.5. c<br />
i o o<br />
: ;j r- :<br />
— ** 'j<br />
.1JIÍ<br />
Il IU4.S3<br />
=5r-= .<br />
5ï» ï-SJ<br />
" —i? I O-S-<br />
261<br />
(0<br />
o<br />
(J<br />
U<br />
03<br />
O<br />
p<br />
e vs<br />
E 1<br />
§■-=<br />
c ^ £ r - o o<br />
;■= ; í í | e<br />
. ^ gi : J 41 £<br />
3--^-.3 - ^ — ■■<br />
- ? 3 n » 3 « r^ïW<br />
û s ï « ^^é: ■ 3— "»<br />
ÍT- "- S " « '5-Ï-2 ,
»,223<br />
: o<br />
0 ; '<br />
;í : ; 5 ■ = o<br />
Is.; lirlHo<br />
"s* : S.3.S1 * 3<br />
j . „ : « « x » j . a .<br />
J : s ■ S■— ,, '"* 8*3'5<br />
-.Tj ; ^^ : ; ? : " : ;<br />
u /Î JVC 3 '. — ^ 3 j — = .3 C<br />
S««îf .gy si|ï SUS<br />
á8 ! 3 J 81 f 5* ipf I<br />
S 'J 3.4. C<<br />
m 1* M 7t M » rs<br />
■y* 0¾ J^ "" 0¾<br />
■ / :<br />
; 77 = . = a<br />
: "3 I 3 3<br />
yi<br />
■ —<br />
O<br />
tfï<br />
■a<br />
j<br />
v;<br />
C<br />
s .',:<br />
o<br />
■JT<br />
^<br />
* z<br />
S §•£ r<br />
ti = r^"?<br />
^ y. s y 2 2<br />
« tíi 2<br />
C í « ■ ■ <br />
23 li ;r jh^i: 5 §<br />
f ~<br />
o o<br />
■a<br />
"3<br />
3 5s .;.2 ; •=<br />
262<br />
y ■ i;
p = •— — o —<br />
4~ -3.<br />
O ir. õ 9 = H<br />
"S u = £ <br />
~Z ^<br />
£ c « . S<br />
« faa — Jj<br />
„ yîl S =<br />
« 'S B « u S Í<br />
= 0<br />
•S s<br />
«« S 10 la «<br />
■= ÏZ C3 *■ M<br />
= S2-= =<br />
^ — C . «)<br />
£ —« S c<br />
o - S ■ •• S T<br />
w ."<br />
-z g ggg<br />
o 5<br />
«A ' ■^ e - S c -<br />
O u<br />
o g<br />
n o C ~ =.U"= =<br />
-s "<br />
a C 0 « — —<br />
5Í PS<br />
Z C*<br />
r~» = »< .= vi o<br />
KI5ÍW!:<br />
9ÍHÇCI<br />
DM.Í0C5!:<br />
IIOOÇOÍI<br />
•;!.??? 11<br />
DOirîiiF<br />
mov'Hi<br />
HOliVIili<br />
!.'SYS'i<br />
IIKhhl<br />
!:svvr.i<br />
!:ii: 4><br />
î s : a<br />
O<br />
•a<br />
u â".5 I = "£ ^ a<br />
h "*• § *< "S "5 "î<br />
« sailli<br />
Z.w'r><br />
opcilsodjp OJ|Sl|UIQ<br />
:opieS<br />
* ' ' ' BIOS CSSOU BIJBpi|OÇ<br />
■ • soipsuaif] a ouBi|iqoi\j<br />
E33io;[qig<br />
»ajO|03sy sapssiW<br />
• scupun su UJB'J jeuaiew<br />
sepiu ejrd |Buaici\;<br />
i>U|mi\| ;p |B)J31BJ\;<br />
• ' • " SC1U3UIBJJS.J<br />
aiuaDug odjoQ<br />
sKjqO<br />
cpuc3B<strong>do</strong>jc] ap SBsadsaq<br />
use laii SBsadsaQ<br />
aiuaipadxy<br />
sopBÍiajdiuíj<br />
" ' ' sacjinqiJiuoQ<br />
' BDUBjqoa B UJ03 BsadssQ<br />
vzaas3a<br />
!II?ÍMIRC<br />
OBWM:<br />
ii(i«iKip<br />
OCiiïHUt<br />
0()!IJ<br />
opBijsodjp ojiaqinp a saospjsu; ap sojnf<br />
J0U31UB oue op Op|BÇ<br />
vuaoas<br />
'«2^: ^ ^5.3^53¾^ as»j|a *2«3^>tf<br />
263
u S —<br />
re il s. c u<br />
u<br />
Î/J<br />
i.<br />
»<br />
y.<br />
c/: 11 =<br />
d o s"»<br />
O<br />
to r* S5 " c<br />
o s i: w<br />
O C t* c<br />
o<br />
o S -<br />
l«£cg.<br />
S3 S o ; =.= 0 ë " SSSï<br />
c " ? y<br />
« u ■£ « m I 3 .Ï i :t :<br />
• T -rt -.<br />
.'Ce—'<br />
2 * : s c<br />
;£::«<br />
o %, 'T. - '<br />
Or. _ *<br />
: Cl : r. î* «î»C £! = J5 s 2 J — ;£<br />
SF<br />
*L<br />
CO S<br />
ce<br />
C_3<br />
S= g 2¾<br />
60<br />
£/)<br />
0 < :<br />
C<br />
* z<br />
Q 14<br />
«<br />
14<br />
B<br />
S<br />
><<br />
Il "^<br />
ifl "• =^2Lv « ■ = S = a "<br />
- es 1--3 er_<br />
1 »:| °-|<br />
S§<br />
i> 5 ïï.2 SX *<br />
« 5 = S<br />
T. = e 5c<br />
r « « e î " ' s e .<br />
re<br />
C I<br />
I<br />
■ o .Î :•£=
7 - ALGUNS RELATÓRIOS DE "A SOLIDÁRIA": 1910 e 1916
1910
jf;:j A&? * * V;. •„* v <br />
írsi. E£ £. A.T ORBO<br />
DA<br />
0^/Wfi».. cVr*» Í/Í£.C^V^ÍXC*A.<<br />
.twei^ci'vtf"? •<br />
Gerência <strong>da</strong> Associação <strong>do</strong>s alunos <strong>da</strong> ESCOLA OFICINA N.° 1<br />
A /50 LI DARIA<br />
T^HO IDE 1910 —1.° Pírto<br />
A Soli<strong>da</strong>ria foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong> como vós o sabeis pe :<br />
los alunos <strong>da</strong> /ùcola0/iciita 11." 1, numa sua assembleia<br />
geral, realiza<strong>da</strong> em 13 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1910. Tem<br />
pois apenas 13 mezes e meio <strong>de</strong> existência, e <strong>de</strong>ntro .<br />
<strong>de</strong>ste espaço <strong>de</strong> tempo, relativamente curto, já alguns :<br />
<strong>do</strong>s fins formula<strong>do</strong>s nos nossos estatutos se puseram em<br />
pratica. A sua primeira festa realizouse em 3 <strong>de</strong> abril<br />
<strong>de</strong> 1910.. Fui em honra, <strong>de</strong> Alexandre Herculano. Fui ,<br />
mo<strong>de</strong>sta; mas julgamos terlhe <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> to<strong>da</strong> a nossa<br />
boa vonta<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>smerecer o vulto <strong>da</strong> historia portuguesa<br />
cujo caracter quizemos celebrar.<br />
Em 18 <strong>de</strong> maio, celebran<strong>do</strong> o dia <strong>da</strong> festa <strong>da</strong> Paz,<br />
e queren<strong>do</strong> contribuir mo<strong>de</strong>stamente, <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s nossas<br />
forças contra as i<strong>de</strong>ias terroristas a respeito <strong>da</strong> natura<br />
« lissima passagem <strong>do</strong> cometa Halley, promovemos uma<br />
festa <strong>de</strong> fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar, que se realizou no bello<br />
parque <strong>do</strong> Campo Gran<strong>de</strong>.<br />
Consistiu a nossa festa em as escolas irem, nesse<br />
dia, comer os seus respectivos lanches a esse parque e<br />
fraternizaremse to<strong>do</strong>s os nossos camarad is <strong>da</strong>s <strong>outra</strong>s<br />
escolas, jogan<strong>do</strong>, brincan<strong>do</strong>, corren<strong>do</strong> na alegria <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
e <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A nossa iniciativa, nao foi, porém, compreendi<strong>da</strong><br />
pelos nossos colegas <strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s escolas, nem pelos<br />
seus respectivos directores, aos quaes, paiece, incumbia<br />
a educ.içïo délies.<br />
Por isso a nossa festa não teve o resulta<strong>do</strong> que tinlvimos<br />
i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>.<br />
Cumprenos, to<strong>da</strong>via <strong>de</strong>stacar aqui as únicas escolas'que<br />
compareceram.<br />
Escola <strong>do</strong> grupo republicano <strong>de</strong> Instrucção e Beneficência<br />
Thomaz Cabreira, Escola <strong>do</strong> Centro Republicano<br />
<strong>da</strong> Pena, Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Instrucção Popular.<br />
A estas escolas os nossos sinceros agra<strong>de</strong>cimentos,<br />
assim como ao Centro Alferes Malheiros, d Campo<br />
Gran<strong>de</strong> que, no final, á retira<strong>da</strong>, nos convi<strong>do</strong>u a visitar<br />
a sua se<strong>de</strong> e ofereceu a to<strong>da</strong>s as escolas um <strong>de</strong>lica<strong>do</strong><br />
copo <strong>de</strong> agua.<br />
Em 1 <strong>de</strong> iunhi lc íyio, isto t, após ; meses e<br />
meio <strong>de</strong> existência, conseguiu a Soli<strong>da</strong>ria realizar<br />
PRESADOS CONSÓCIOS:<br />
um <strong>do</strong>s seus tins mais úteis: inaugurou o seu tanche<br />
escalar, a sua cantina.<br />
Não tem si<strong>do</strong> o que <strong>de</strong>sejaríamos que fosse. O i<strong>de</strong>al<br />
seria que ella fornecesse almoço, lanche e janta: a to<strong>do</strong>s<br />
os seus sócios, mas tal <strong>de</strong>sejo é por emquanto impossível<br />
e <strong>de</strong>vemos felicitarnos pelo que já ha e se<br />
tem feito. Muito tem si<strong>do</strong> ella, e po<strong>de</strong>mos <strong>da</strong>rnos por<br />
satisfeitos já, com a missão que tem <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong>.<br />
Assim a secção <strong>da</strong> nossa Soli<strong>da</strong>ria, o lanclfescolar<br />
tem forneci<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> junho até á <strong>da</strong>ta<br />
<strong>de</strong>stj relatório, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 10 meses 13:480 lanches<br />
ou refeições, numa media <strong>de</strong> 1:300 refeições por<br />
mês ou <strong>de</strong> 4, por dia.<br />
Para estes resulta<strong>do</strong>s, tão lisonjeiros, concorrereu<br />
po<strong>de</strong>rosamente o auxilio moral e material <strong>de</strong> pessoas<br />
nossas amigas, <strong>do</strong>s nossos sócios, <strong>de</strong>ntre os quaes é <strong>de</strong><br />
direito distinguira Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> promotora <strong>de</strong> Asilos, Creches<br />
e Escolas que subscreveu coin a quota mensal <strong>de</strong><br />
v>000 réis, A Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Lisboa,<br />
com a quota <strong>de</strong> iO:k>oo réis e a Camará Municipal<br />
<strong>de</strong> Lisboa com 6>oco réis.<br />
A ex.'"* Direcção, em geral, e nomea<strong>da</strong>mente "S<br />
nossos bons amigos Luis Ja Malta e Lima Basto removeram<br />
com a melhor toa vonta<strong>de</strong> todis os obstáculos<br />
que se levantaram, e que po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>sanimar<br />
e enfraquecer a nossa iniciativa. Com a sua coadjuvação,<br />
facilitaram e incitaram a nossa tarefa e proporcionaram<br />
a realização <strong>do</strong>s nossos empreendimentos. E,<br />
finalmente, o nosso bom amigo Luiz Hilippe <strong>da</strong> Matta<br />
com o amor que consagra a tu<strong>do</strong> que respeita a sua<br />
e nossa EscoiaOlkina, obteve para a Soli<strong>da</strong>ria<br />
a inscrição como seus sócios, <strong>da</strong> Cun:ir;i Municipal ti<strong>da</strong><br />
Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Lisboa.<br />
A' ex.'"* Direcção <strong>de</strong>vemos ain<strong>da</strong> o oferecimento <strong>da</strong>s<br />
mezas para o nosso lanche, <strong>do</strong> armário e respectiva<br />
dispensa, assim como <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o gaz necessário para a<br />
confecção <strong>da</strong> comi<strong>da</strong>.<br />
A to<strong>do</strong>s os nossos professores <strong>de</strong>vo A Soli<strong>da</strong>ria<br />
incitamentos e conselhos. M.is permitamivs c\:e <strong>de</strong>s<br />
2t7Íjuemos <strong>de</strong>ntre elles, M."' < ieorgelte .1'fvant. M.''
Georgette tem si<strong>do</strong> incansável e <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação,<br />
Auxilian<strong>do</strong>-nos com os seus conselhos e trabalho<br />
valoroso, na parte económica e administrativa <strong>do</strong><br />
lanche. Devemos dizê-lo porque é justo: a ella é <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />
a prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> nossa associação. Ao seu fino<br />
tacto administrativo, ao seu tino económico, ao seu interesse<br />
que tomou pela nossa causa, <strong>de</strong>vemos um sem<br />
numero <strong>de</strong> economias, Evitou muito erro, muito <strong>de</strong>sperdício<br />
e especulação, em que, por certo, teria cai<strong>do</strong> a<br />
nossa inexperiência. Se não fosse a sua aturadi e utilíssima<br />
vigilância nffo feriamos um sal<strong>do</strong> tão eleva<strong>do</strong>,<br />
e talvez, até, teríamos <strong>de</strong>ficit.<br />
A' nossa boa amiga e professora, portanto, um caloroso<br />
e justíssimo agra<strong>de</strong>cimento.<br />
Ao nosso professor Antonio Lima cumpre-nus agra<strong>de</strong>cer<br />
o seu auxilio na parte administrativa <strong>do</strong> recebimento<br />
<strong>de</strong> quotas e senhas <strong>da</strong> lanche e os seus conselhos<br />
na montagem e arrumação <strong>da</strong> nossa escrita.<br />
Dentre o numero <strong>de</strong> pessoas que teem presta<strong>do</strong> a<br />
sua valiosa coadjuvação <strong>de</strong>vemos, pôr em realce a commissi<br />
<strong>de</strong> senhoras que se constituiu junto <strong>do</strong> lanche<br />
escolar, com o fim <strong>de</strong> auxiliar a nossa'professora i\\.*""<br />
Georgette, e ain<strong>da</strong> para organizar e fiscalizar junto <strong>da</strong><br />
cosinheira a respectiva confecção <strong>de</strong> menus.<br />
A essa comissão composta <strong>da</strong>s ex." sr." D. Angelina<br />
Araújo, D. Antónia Matta, D. Aurora Elvira <strong>de</strong><br />
Mace<strong>do</strong>, nossa queri<strong>da</strong> professora. D. Deolin<strong>da</strong> Lopes<br />
Vieira Quartin, D. Julia Guerreiro Silva, D. Luisa<br />
Lima, D. Maria Angelica Lima Basto e D. Maria<br />
Lima, <strong>de</strong>vemos expressar aqui a nossa sincera gratidão<br />
e reconhecimento.<br />
A' ex.'"* sr. a D. Antónia Matta, e srs. Luis <strong>da</strong> Matta<br />
e José Simões Coelho e ao nosso professor A<strong>do</strong>lphn<br />
Lima agra<strong>de</strong>cemos o auxilio' que nos prestaram na festa<br />
em homenagem a Alexandre Herculano.<br />
Além <strong>de</strong>stes auxílios que tão penhora<strong>do</strong>s nos tor- .<br />
nam, cumpre consignar ain<strong>da</strong> os benefícios materiaes<br />
que outros nossos amigos nos prestaram:<br />
Ex."" Sr. Antonio Pereira <strong>de</strong> Miran<strong>da</strong> prove<strong>do</strong>r <strong>da</strong><br />
Santa Casa <strong>da</strong> ' Misericórdia <strong>de</strong> Lisboa, inscreven<strong>do</strong><br />
esta como sócia.<br />
Ex."'" Sr. Antonio Ferreira <strong>da</strong> Canha, oferecen<strong>do</strong><br />
17,5 leg. <strong>de</strong> toucinho.<br />
Ex. Sr. Governa<strong>do</strong>r Civil, Dr. Eusébio Leão, oferecen<strong>do</strong><br />
27 litros <strong>de</strong> feijão fra<strong>de</strong>; iS litros <strong>de</strong> feijão<br />
encarna<strong>do</strong>; 20 kg. <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> trigo; 130 kg. <strong>de</strong><br />
arroz: 4 kg. <strong>de</strong> bacalhau; 23 kg/<strong>de</strong> massas diferentes;<br />
i;o litros <strong>de</strong> grão; 30 litros <strong>de</strong> feijão manteiga; 62<br />
litros <strong>de</strong> ervilhas; 1 abóbora; 3 kg. <strong>de</strong> semola; 2 leg.<br />
<strong>de</strong> chá; 1 leg. <strong>de</strong> herva <strong>do</strong>ce; 2 kg. <strong>de</strong> cevadinha;<br />
24 kg. <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> milho; 3 leg. <strong>de</strong> tapioca; 900 g".<br />
<strong>de</strong> canela; 3 pacotes <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> batata; 97 kg. <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> assucar; 2 kg. <strong>de</strong> cebolas; 30 litros <strong>de</strong> feijão branco;<br />
5 leg. <strong>de</strong> café : 1 lata <strong>de</strong> amen<strong>do</strong>im.<br />
Ex.'"" Sr. Henrique Augusto-<strong>da</strong> Silva, oferecen<strong>do</strong><br />
24 guar<strong>da</strong>napos.<br />
Ex.'"" Sr. J. J. Marques, uma obrigação Jo valor<br />
nominal <strong>de</strong> óo:>ooo réis <strong>do</strong> Instituto Liberal Agostinho<br />
José Fortes; o lanche <strong>do</strong> dia <strong>da</strong> inauguração <strong>do</strong><br />
Lanche-escolar; varias frutas, amên<strong>do</strong>as, duces e bulo<br />
yio rei para sobremeza <strong>do</strong> lanche-escolar.<br />
Ex."" Sr.* U. Luisa Lima, varias frutas para sobremeza<br />
<strong>do</strong> lanche escolar.<br />
Ex.""* Sr. a D. Maria Lima, varias frutas para sobremeza<br />
<strong>do</strong>. lanche-escolar.<br />
A Aaf>olihiua, 40 kg. <strong>de</strong> massas.<br />
Ex. 1 "" Sr, Antonio Soeiro, So leg. <strong>de</strong> batatas e 70<br />
leg. <strong>de</strong> sal.<br />
Ex.'" Sr. Leiria Carvalho Se O Ï impres-ão gratuita<br />
<strong>de</strong> quotas.<br />
Ex."" Sr. Jorge 'Fernan<strong>de</strong>s, a impressão gratuita <strong>do</strong>s<br />
Estatutos.<br />
A Companhia União Fabril, 12 caixas <strong>de</strong> Aivdna.<br />
A Ex.'"" Sr. Freire, gravaior, 2 carimbos <strong>de</strong> borracha.<br />
A to<strong>do</strong>s estes nossos amigos a expressão <strong>do</strong> nosso<br />
penhor <strong>de</strong> gratidão.<br />
* *<br />
Tinha a comissão administrativa <strong>de</strong> <strong>da</strong>r nesta altura<br />
o seu parecer sobre o mo<strong>do</strong> como tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenha<strong>da</strong><br />
a gerência <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, por parte <strong>do</strong>s<br />
nossos anteriores colegas. Não queren<strong>do</strong>, porém, <strong>de</strong>stacar<br />
nomes <strong>da</strong>lguns délies que não lhe <strong>de</strong>ram a <strong>de</strong>seja<strong>da</strong><br />
e necessária atenção, nem os <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>s cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s,<br />
e sobretu<strong>do</strong>, o indispensável esforço e trabalho,<br />
limita-se agora, a consignar o seu voto para que <strong>de</strong><br />
futuro as gerências sejam mais solicitas e <strong>de</strong>dica<strong>da</strong>s.<br />
Aquelles, porém, <strong>do</strong>s nossos colegas que foram <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s,<br />
diligentes e que levaram o seu amor pela nossa<br />
instituição a ponto <strong>de</strong> gastarem com ella to<strong>do</strong> o seu<br />
tempo disponível ; ou que trabalharam com vonta<strong>de</strong> e<br />
afinco; e aos quaes, portanto, se <strong>de</strong>ve a prosperi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> nossa associação, diremos que<br />
cumpriram o seu <strong>de</strong>ver e que assim <strong>de</strong>vem continuar.<br />
Cumprin<strong>do</strong>, como cumpriram, o seu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
não merecem agra<strong>de</strong>cimentos, mas apenas a<br />
consignação Ja pratica <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>ver em contraposição<br />
<strong>da</strong>quelles que não o souberam praticar.<br />
O que tencionamos fazer? Quaes os projectos futuros<br />
?<br />
Posto que prospera, a Soli<strong>da</strong>ria está bem longe<br />
<strong>de</strong> uma situação financeira <strong>de</strong>safoga<strong>da</strong>, que lhe permita<br />
gran<strong>de</strong>s cometimentos.<br />
Sem a criação e aumento <strong>de</strong> receitas não realizará<br />
alguns <strong>do</strong>s seus melhores intuitos.<br />
Os seus fins não po<strong>de</strong>m, nem po<strong>de</strong>rão ser completamente<br />
satisfeitos sem que os nossos consócios e os<br />
nossos amigos promovam o aumento <strong>de</strong> sócios a<strong>de</strong>rentes.<br />
Para elles apelamos. Ao seu amor por esta nossa<br />
instituição impõe-se a necessária propagan<strong>da</strong> e a angariação<br />
<strong>de</strong> sócios.<br />
Bastaria um pequeno aumento <strong>de</strong> quotas para que<br />
pudéssemos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já aumentar as refeições <strong>do</strong> IMVchc-cscoliir,<br />
melhuran<strong>do</strong>-o com mais pratos e varie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> comi<strong>da</strong>s.<br />
Pela nossa parte envi<strong>da</strong>remos to<strong>do</strong>s os esforços que<br />
pu<strong>de</strong>rmos para engran<strong>de</strong>cimento <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>ria: e<br />
assim organizámos já, nos termos <strong>do</strong>s estatutos, <strong>do</strong>is<br />
grupos, um <strong>de</strong> foot ball e outro dramático. O primeiro<br />
tem por fim a educação fisica <strong>do</strong>s nossos sócios, o<br />
segun<strong>do</strong> a sua educação artística e intelectual e po<strong>de</strong>rá<br />
converter-se numa fonte <strong>de</strong> receita para a nossa associação.<br />
Que to<strong>do</strong>s. pois. contribuam <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s suas forças<br />
para o <strong>de</strong>senvolvimento e tins <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>ria. Que<br />
to<strong>do</strong>s se Compenetrem <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
E' pouco com que po<strong>de</strong>is contribuir? Que importa!<br />
Se muitos poucos fazem muitos!<br />
Lisboa. 31 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 191 1.<br />
A comissão .idniinistritíva,<br />
l'ruih'ià'o l'ùlro Correia.<br />
Lù'pvkh "Seves Je ^-llmàdii.<br />
Litis .liilcniii Dillon.
Mapa comparativo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a receita e.<strong>de</strong>speza <strong>da</strong> SOLIDARIA durante o ano <strong>de</strong> 1910<br />
e <strong>do</strong> 1.° trimestre : <strong>de</strong> 1911<br />
Quota <strong>da</strong> ('.amara Municipal<br />
■ » Misericórdia<br />
Senhas <strong>do</strong> lanche .<br />
Quotas . . . . .<br />
Donativos e Cofre.<br />
Sal<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1910 .<br />
Quota <strong>da</strong> ("amara Municipal.<br />
N » Misericórdia.. .<br />
Senhas <strong>do</strong> lanche. .<br />
Quotas .<br />
RECEITA<br />
101O<br />
48:000 | Instalação<br />
120:000 ; expediente<br />
70 0 ! Cozinheira .. . .<br />
6:755 Lavagem <strong>de</strong> roupa'.<br />
— — j Diversos<br />
527:005 |<br />
527:0e;<br />
1
Palavras proferi<strong>da</strong>s pelo secretario geral <strong>da</strong> SOLIDARIA na sessão<br />
solene <strong>do</strong> dia 1 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1910.<br />
Minhas senhoras, meus senhores e meus colegas:<br />
Numa testa <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> aos alunos <strong>de</strong>sta Escola e promovi<strong>da</strong> peia Ex.'"' Direcção, não podia<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> associarse A SOLIDARIA, a nossa associação escolar.<br />
Nasci<strong>da</strong> este ano, mal começan<strong>do</strong> a realizar alguns <strong>do</strong>s fins que tem em vista, e esta a primeira<br />
festa a que tem o prazer <strong>de</strong> assistir.<br />
Porisso, julgase'no <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> se manifestar neste acto, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> o seu voto <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento<br />
á Ex "' Direcção em nome <strong>do</strong>s alunos, e ao, mesmo tempo o <strong>de</strong> congratulação e sau<strong>da</strong>ção aos novos<br />
coman<strong>da</strong>s que entraram este ano para a nossa família escolar, <strong>de</strong>sejan<strong>do</strong>lhes que consigam ser vitoriosos<br />
na agradável luta pelo saber e que a Escola lhes sirva para se tazerem uns trabalha<strong>do</strong>res<br />
conscientes e úteis não só a si e aos seus, mas também a to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
£ v<br />
Minhas senhoras e meus senhores:<br />
A nossa associação como o seu nome indica é um agrupamento em que to<strong>do</strong>s os sócios se<br />
encontram uni<strong>do</strong>s num gran<strong>de</strong> abraço fraternal, é um to<strong>do</strong> homogéneo nos seus fins e intuitos.<br />
Procura realizar um i<strong>de</strong>al em que o mal <strong>de</strong> um socio seja um mal para to<strong>do</strong>s, o bem <strong>de</strong> um socio<br />
seia uni bem para to<strong>do</strong>s.<br />
A censura ou o louvor feito individualmente a certo e <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> indiv,duo, seu socio,<br />
rnmao consi<strong>de</strong>rao A SOLIDARIA como sen<strong>do</strong> feito a si propria, ao corpo social que representa. Com<br />
í censura justa sentirseá vexa<strong>da</strong> e procurará <strong>de</strong>struir a causa <strong>de</strong>ssa censura, porquanto esta sera<br />
valentemente o sintoma, o sinal <strong>de</strong> umf acto menos digno para alguém e portanto para s. Com<br />
o louvoHus o, congratularseá, porquanto ele traduzirá, manifestará, será o eteito <strong>de</strong> um facto que<br />
'ft, dfcno para quem o praticou e para aqueles, que como esse alguém, fazem parte <strong>do</strong> nosso agrupâmento<br />
soTai q A' censura e ao louvor injusto, consi<strong>de</strong>ralosá igualmente uma otensa, um ataque<br />
á sua integri<strong>da</strong><strong>de</strong> moral^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ e a passaRem an, ou<br />
.rau imediato <strong>do</strong>s alunos que teem frequenta<strong>do</strong> esta Escola, ftetejan<strong>do</strong>se, portanto, o rabalho, a<br />
futa elo Pão <strong>de</strong> amanhã? A SOL.DARU frisan<strong>do</strong> a coincidência <strong>do</strong>s factos, que hoje celebram<br />
uri e! Pelo mun<strong>da</strong> fora, saú<strong>da</strong>/, to<strong>do</strong>s que trabalham e diz aqueles <strong>do</strong>s seus socos que hoje são<br />
í m individualmente premia<strong>do</strong>s, que não tenham a vae<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se julgarem superiores aos que não<br />
• nU<strong>da</strong> "''SSdSãevos antes como sen<strong>do</strong> apenas símbolos e representantes <strong>do</strong>s esforços <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a<br />
crente uue sosinhos na<strong>da</strong> po<strong>de</strong>reis fazer! *..,„,
offrcirrhs<br />
m <strong>de</strong>man<strong>de</strong>s $ <strong>de</strong>man<strong>de</strong>s C±<br />
DE<br />
>•<br />
r:<br />
.•.7* SUGGESSORES DE J. À. RODRIGUES ..FERNANDES<br />
Î^|CA5A TU h DADA EPI 1877 ►H=&<br />
MEDÂLHA D'QURO HA EXPOSIÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUEZA DEM888 ÚNICA A QUE CONCORRERAM<br />
Owospara Gsctipturacão. Commercial ».€si«ciaiiitaa« n'«
Manuel Joaqujnt <strong>de</strong> Oliveira<br />
joão C. Rapo/o .<br />
Leopol<strong>do</strong> X. <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong><br />
Antonio R. <strong>da</strong> S. Franco .<br />
Carlos Graça<br />
Américo Pinto<br />
Francisco Correia. . . .<br />
Luis Amónio Diogo . .<br />
Joaquim Ernesto <strong>de</strong> liarros<br />
Jul'io Patricio Rapo/o ..<br />
João Constant<br />
Alberto Jorge<br />
Victor Gonçalves . . . •<br />
jayme <strong>do</strong>s Santos .<br />
F.milio <strong>do</strong>s Santos Pedro/a<br />
Ama<strong>de</strong>u /.. Ferreira.<br />
Joaquim /.. Ferreira<br />
Dionísio Graça<br />
João Feres<br />
Arthur Rodrigues Men<strong>de</strong>s .<br />
Alberto Damião Gonçalves<br />
Alexandre Mata<br />
Manuel Rosa Ferreira ..<br />
Gabriel (Esteves • .. .<br />
José Augusto <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> ,<br />
Raul Claro .<br />
Arthur Bento Ferreira..<br />
Vergilio <strong>de</strong> Oliveira Kodrig<br />
LISTA DOS SÓCIOS ORDINÁRIOS<br />
QUOTAS MENSAES<br />
;o r<br />
5°<br />
40.<br />
.10<br />
I"<br />
30<br />
>o<br />
;<br />
20<br />
20<br />
10<br />
><br />
10<br />
><br />
10<br />
><br />
><br />
it)<br />
5<br />
5<br />
10<br />
m<br />
10<br />
to<br />
Henrique Miran<strong>da</strong>. . ■<br />
Antonio <strong>de</strong> Couto.<br />
Carlos Rodrigues<br />
A<strong>de</strong>lino <strong>do</strong>s Santos.<br />
José Neto<br />
Francisco Cri:/.<br />
Javnie Pereira<br />
F.lov Viegas<br />
Francisco Mcn<strong>de</strong>*<br />
|osé Maria <strong>de</strong> Oliveira..<br />
Mario Moreira.<br />
Lui/. Teixeira.<br />
Antonio Fernan<strong>de</strong>s.<br />
Antonio Telles.<br />
Manuel Jos Santo* .<br />
Augusto Pinto.<br />
Antonio J.x Costa.<br />
Julio Maria Borges.<br />
João Henriques <strong>da</strong> Costa<br />
Arthur <strong>do</strong>s Reis<br />
Thoma/. <strong>do</strong>s Santo.<br />
|c»0 /secarias Ferreira.<br />
Francisco Lopes .<br />
Martiniano <strong>da</strong>s Neves P<br />
Américo Ro.a.<br />
Fdr.ar<strong>do</strong> Pires<br />
José Augusto.<br />
LISTA DE SÓCIOS ADERENTES<br />
QUOTAS EM DINHEIRO<br />
Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Promotora <strong>de</strong> Asilos s Creches e Si Fmilio Gram<br />
Kscoias.<br />
5 ■ Misericórdia <strong>de</strong> Lisboa..<br />
11 • ■ Camará Municipal <strong>de</strong> Lisboa<br />
)3 ' Lui/ Filippe <strong>da</strong> Matta .<br />
>4 Luis <strong>da</strong> Matta.<br />
.3) • Henrique Constant.<br />
60 • Nicolau Antonio . .<br />
r>2 ■ Arthur J. H. Barros<br />
• D. Aurora lilvira <strong>de</strong> Mace<strong>do</strong><br />
06 • • Ma<strong>de</strong>moiselle Georgette Royant t .<br />
67 Vicente <strong>de</strong> Sousa.<br />
(5,H ■ • Jorge Car<strong>do</strong>so<br />
69- • Arthur Baptista<br />
7' • • Augusto Hen to Ferreira.<br />
73 ' • [osé Rodrigues Prio<br />
7 > " • julio Rodrigues Pinto .<br />
74<br />
• Hduar<strong>do</strong> Alberto Lima Bastos<br />
75<br />
• |osé Simões Coelho .<br />
77- ■ Carlos A. C. Gonçalves ..<br />
7K Carlos M. Carvalho ..<br />
79 Francisco P. Correia . .<br />
So • Kdtnun<strong>do</strong> Pereira (lixaluno)<br />
Si lulio < lar<strong>do</strong>na.<br />
..<br />
.<br />
;:ooo reis »5 Joé Martin».. .<br />
] 0:000 »4 Amelia |. K. Gonçalves<br />
0:000 n «5 Ramiro A. ('.. Gonçalves .<br />
100 N 88 Antonio A. <strong>da</strong> Silva<br />
100 ■ HA Manuel Sousa <strong>da</strong> Camará<br />
too » José Zacarias Ferreira .<br />
no » "7 Alberto <strong>do</strong>s Santos<br />
:oo m 11S • Francisco Nunes Guerra<br />
100 4 1 119 I). Deolin<strong>da</strong> Vieira (jjuartin<br />
too * lit • D. Alice Pinto<br />
100 • 122 • A. A. Freire<br />
100 • '2> ■ J. <strong>do</strong> Carmo. .<br />
200 11 ■ IÎ1 IL Pereira <strong>da</strong> Silva ....<br />
?o • 1) • Cario Silva<br />
;o • 120 • V. Augusto i\.t Silva Maia<br />
!00 > '7 ■ k>é Pereira<br />
;ft — Antonio I .ima.<br />
52 — A<strong>do</strong>lfo lama.<br />
;X — D. I.uisi Lima.<br />
QUOTAS EM GÉNEROS<br />
278<br />
D. M..ri.i 1 iiu.<br />
— Tipografia Le ir: Can alho \ C<br />
1'inv.tníe».<br />
:o :e:.s<br />
30 >•<br />
10 1»<br />
»■<br />
> ..<br />
> •<br />
to »<br />
to »<br />
j a<br />
> >i<br />
Sn rc.<br />
100<br />
10(1<br />
Î0O •<br />
iOO<br />
ICO »<br />
100 ■><br />
ICO »<br />
100 »<br />
50 »<br />
] O ) u<br />
:5o .»<br />
: ; 00 »<br />
too >■<br />
2CO «<br />
! ,0 »<br />
too<br />
too »<br />
i 00 >■<br />
;nO M<br />
100 11<br />
too ••<br />
o
Lisboa. 16 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1910.<br />
DOCUMENTOS<br />
Presa<strong>do</strong>s amigos e sr. Secretario Geral <strong>de</strong> A SOLIDARIA.<br />
Arirmo-vos a profun<strong>da</strong> satisfação com que a Direcção <strong>de</strong>sta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> recebeu a vossa caria<br />
participan<strong>do</strong>-lhe a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> vossa e a constituição <strong>de</strong> sua commissão executiva. Esta satisfação<br />
<strong>de</strong>certo se. prolongará ven<strong>do</strong>-vos praticar, effectivar, a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> entre vós e ven<strong>do</strong> os membres<br />
<strong>da</strong> vossa comissão executiva <strong>de</strong>monstrarem pelo seu trabalho, assidui<strong>da</strong><strong>de</strong> e inteligência que foi<br />
justa a sua eleição. Ao cumprimento <strong>da</strong> vossa missão <strong>de</strong>certo ha-<strong>de</strong> sempre correspon<strong>de</strong>r a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> Direcção <strong>de</strong>sta escola, para a qual vós apelaes.<br />
Po<strong>de</strong>is afixar na pare<strong>de</strong> fronteira áquelle em que está o nosso mealheiro, o vosso quadro<br />
para avisos.<br />
Finalmente peço-vos a tineza, sr. secretario, <strong>de</strong> inscrever<strong>de</strong>s a SOCIEDADE PROMOTORA<br />
DE ASILOS CRECHES E ESCOLAS, como socio a<strong>de</strong>rente <strong>de</strong> A SOLIDARIA com a mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cinto mil réis 150000 réis). Esta mensali<strong>da</strong><strong>de</strong> diz respeito aos 4 meses que faltam para a nossa gerência,<br />
fican<strong>do</strong> ao cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Direcção estabelecer a quota mensal com que concorrerá durante a<br />
respectiva gerência.<br />
Com a expressão <strong>de</strong> nossa estima, me subscrevo<br />
Lisboa, 5 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1910.<br />
Amigo afectuoso,<br />
ÍUMÍ 2ct ïDîCal'l'a<br />
SECRETARIO DA DIRKCÇÃO.<br />
111.'-' Sr. Secretario Geral <strong>de</strong> A SOLIDARIA.<br />
Em reunião <strong>de</strong> hoje, a Direcção <strong>de</strong>sta Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> encarregou-me <strong>de</strong> vos transmitir a mu::/.satisfação<br />
que lhe causou a vossa primeira festa literária, a propósito <strong>do</strong> centenário <strong>de</strong> Alexandre<br />
Herculano. Muito bem orienta<strong>da</strong> e executa<strong>da</strong> com honesti<strong>da</strong><strong>de</strong> e com o brilho que lhe podia <strong>da</strong>r M<br />
grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>antamento e a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s sócios ordinários <strong>de</strong> A SOLIDARIA, ella foi, apesar <strong>da</strong> sua<br />
modéstia, digna <strong>do</strong> homem <strong>de</strong> caracter que celebrava e que, se não po<strong>de</strong> já hoje ser segui<strong>do</strong> em to<strong>da</strong>sas<br />
suas opiniões, pô<strong>de</strong> por certo ser imita<strong>do</strong> na conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> que sempre mostrou entre ellas e •'..<<br />
seus actos.<br />
A SOLIDARIA <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar-se feliz <strong>de</strong> ter começa<strong>do</strong> assim. K se algum <strong>do</strong>s seus SocK.-s,<br />
algum dia, na sua vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> homem, sentir hesitações no seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>certo, se pensar na<br />
festa <strong>de</strong> <strong>do</strong>mingo passa<strong>do</strong>, como homem <strong>de</strong> caracter ha-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r e resolver a hesitação, pois se<br />
lembrará <strong>de</strong> que nesse dia, acima <strong>do</strong> escritor, <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> polemista, <strong>do</strong> critico, <strong>do</strong> politic-:<br />
<strong>do</strong> economista ella celebrou e sau<strong>do</strong>u um caracter.<br />
Esperan<strong>do</strong> que communicareis a to<strong>do</strong>s os vossos consócios e em especial aos que tiverarr.<br />
parte mais activa na realização <strong>da</strong> vossa festa, as felicitações que v"S envio, subscrevo-mc cv~:<br />
muita estima<br />
Vosso amigo,<br />
279 Cuií cet ílCctlTci
fc-.\."" Sr.<br />
Com o maior prazer comunico aos nossos amigas, qu«í o Conselho Escolar, reuni<strong>do</strong> na 5.* feira,<br />
7, resolveu expressar quanto lhe foi agradável assistir á vossa festa literária em comemoração <strong>do</strong><br />
centenário <strong>do</strong> nascimento <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> escritor Alexandre Herculano, e com que rigor a SOLIDARIA<br />
cumpre os seus estatutos.<br />
A maneira entusiasta e afadigosa com que os alunos promoveram a comemoração ; a<br />
activi<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>de</strong>senvolveram ; a boa vonta<strong>de</strong> que empregaram para conseguirem fazer uma festa<br />
digna e honesta; e o mo<strong>do</strong> como se houveram nas leituras e interpretações <strong>do</strong>s textos que lhes estavam<br />
confia<strong>do</strong>s, e ain<strong>da</strong> como os <strong>de</strong>mais alunos contribuíram, por vários mo<strong>do</strong>s para o bom êxito <strong>do</strong><br />
empreendimento, impressionaram agra<strong>da</strong>velmente o corpo <strong>do</strong>cente <strong>de</strong>sta escola.<br />
A SOLIDARIA ten<strong>do</strong> por fim principal <strong>educar</strong> os seus associa<strong>do</strong>s, foi bastante feliz na escolha<br />
d
1916
A SOLIDARIA<br />
ASSOCIAÇÃO DOS ALUNOS DA<br />
ESCOLA OFICINA NQ 1<br />
RELATÓRIO E CONTAS<br />
GERÊNCIA DE 1916<br />
IMPRENSA NACIONAL LISBOA<br />
1920<br />
283
H SOLIDARIR<br />
Associação <strong>do</strong>s alanos <strong>da</strong><br />
Escola-Oficina n.° 1<br />
RELATÓRIO E CONTAS<br />
-.ujf^.jj; gggBSBffiSSgîgSngg^g<br />
DA<br />
GERÊNCIA DE 191(5<br />
-
DIG/' 05 CONSÓCIOS:<br />
Pelos algarismos c indicações adjuntas, muito melhor <strong>do</strong> que por<br />
quaisquer consi<strong>de</strong>rações fatigantes ou <strong>de</strong>senvolvimentos literários, é <strong>da</strong><strong>do</strong><br />
fazer i<strong>de</strong>a, sob to<strong>do</strong>s us respeitos, <strong>do</strong> movimento <strong>da</strong> nossa associação, <strong>do</strong>s<br />
seus acentua<strong>do</strong>s progressos em 1916, e <strong>da</strong> sua situação financeira. Aos<br />
esforços realiza<strong>do</strong>s pelos seus sócios efectivos e corpo <strong>do</strong>cente <strong>da</strong> Es „<br />
colaOficina não tem falta<strong>do</strong> o apoio <strong>de</strong> numerosos amigos, como particularmente<br />
se notará na resenha, apresenta<strong>da</strong> adiante, <strong>de</strong> oferecimentos<br />
e serviços durante o ano acima referi<strong>do</strong>. Para to<strong>do</strong>s esses beneméritos<br />
vão os nossos agra<strong>de</strong>cimentos profun<strong>do</strong>s, frisan<strong>do</strong> bem que, sem cies,<br />
sem. o concurso inestimável <strong>de</strong> tantas boas vonta<strong>de</strong>s quantas nos tem<br />
ro<strong>de</strong>a<strong>do</strong>, seria impossívelefectuar os úteis empreendimentos (ousa<strong>do</strong>s<br />
para uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> menores) <strong>da</strong> nossa insubstituível Solidária.'<br />
E na esperança <strong>de</strong> que tais auxílios nos não aban<strong>do</strong>narão nos anos<br />
subsequentes, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> que o zelo <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os nossos consócios,<br />
que nos atrevemos a encarar com segurança o futuro e a contar que levaremos<br />
a bom termo a alta missão empreendi<strong>da</strong>.<br />
Em 3i <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 190<br />
Janeiro<br />
Fevereiro<br />
Março<br />
Abril<br />
Maio<br />
Junho<br />
Julho<br />
Agosto<br />
Setembro<br />
Outubro<br />
Novembro. . .<br />
Dezembro<br />
ovimento <strong>de</strong> sócios<br />
287<br />
I<br />
A COMISSÁU ADMINISTRATIVA.<br />
AJniitUi* irii niinu Jus Kxtston<br />
- - •v 195<br />
2 ( 4 2-12<br />
-<br />
1J<br />
■y<br />
S<br />
->7<br />
242<br />
- 7 Í35<br />
- - 242<br />
J 5 241»<br />
- b 2^4<br />
21 - 255<br />
i3 - 2'3S<br />
S t 2''0<br />
0 - Z-3<br />
- M 261<br />
132 5ô
CJ<br />
es"<br />
O<br />
c<br />
ca<br />
Q<br />
o<br />
n<br />
cu<br />
cu<br />
h<br />
»2!<br />
N í. d ; ■; w . A .<br />
o A /> í> A ft o ft<br />
Vã<br />
S ■»". !f f r» r> i , 5v îï.'/i ^ 'J C<br />
« Ã £ Q i> ftb ft A ft Q ft £ /><br />
¾ ■ — il J > — rt »#x '._^ t*l T i ^ ?4<br />
'î. i T S f2 ¥ 1 ^ rt J ! ! I !<br />
« ftl>>ft<br />
o<br />
S<br />
- 2 ^2 „<br />
-3 4 < J! 3 ii á<br />
1 3 J<br />
ta<br />
M<br />
"S<br />
o<br />
cu<br />
a:<br />
n\ ft<br />
.... ..<br />
00 3C<br />
nft 5 iî 'ft ft ó i Ô<br />
1-3<br />
i 7 s u<br />
w ^ 3 "3 <br />
j 3 ■« i i<br />
o o J<br />
CU<br />
o<br />
O<br />
a.<br />
en<br />
tu<br />
Û<br />
288<br />
ï i ». ' •f;<br />
f.i (; i r<br />
o J s<br />
£.:2<br />
n r, ft I<br />
a.'8 8<br />
is * i<br />
5 o o o o i» o<br />
, ao > O "í O<br />
X<br />
eu<br />
en<br />
4 *, .? .r, •*<br />
A, .'.J<br />
£K<br />
O<br />
O<br />
O<br />
J=<br />
o<br />
c<br />
ri<br />
BSiv'?» •:•:<br />
■a "a<br />
l/l 3 « T3<br />
w » I *<br />
a. ■ « a «<br />
£/1 ^ •<br />
W<br />
U<br />
M " 3<br />
n M ¾<br />
"^ "3 «<br />
•5 |.S<br />
2?<br />
li 1<br />
g i 1<br />
^ 0 "« r. O<br />
tj ft ** ft ft •ftft^ Ã ft<br />
=.,-'<br />
.— s 3<br />
0.8S<br />
2.1111.<br />
: 2 !<br />
t « < 2 4 ■?
id<br />
x<br />
'5<br />
o<br />
(1<br />
"3<br />
O<br />
--><br />
C<br />
><br />
o<br />
2<br />
WW^Î^^^V^ 1 ^<br />
■o o ft' (J n ft ft ft I G<br />
■ '/1<br />
; ■ 3<br />
— ■■ 3 .2<br />
i:5 ■ ■<br />
1 w<br />
3» a.<br />
I M t M ft ft ft | ft<br />
5 3 J*S<br />
5. * ~ . ■<br />
■ ^•"l***»'.* 1 ."<br />
f•< Î 1,,3 ■1 **r X ■3<br />
3<br />
t/1 <br />
£<br />
1)<br />
•A ."H<br />
< ^ * O<br />
0<br />
■a<br />
3<br />
£<br />
0<br />
■a Ai 3 S 1 ] | ? d-.l s 1 0 r:<br />
0 3 3<br />
;. 7î *. v f- â â ; -J < ~<br />
3<br />
en<br />
ai<br />
*<br />
tr<br />
290<br />
/1
CO<br />
0)<br />
it<br />
-i<br />
tt 13<br />
m<br />
■ <<br />
n<br />
u> 0<br />
a '<<br />
Û <<br />
CD<br />
0)<br />
■a<br />
Xi<br />
£<br />
ca<br />
N<br />
03<br />
Q<br />
■o<br />
£<br />
eu<br />
oc<br />
JS<br />
es<br />
o<br />
u<br />
Í <br />
\<br />
1 -i<br />
5*<br />
5 ;? 1<br />
i ! 5<br />
o o 0<br />
ao "i<br />
'jÕ "^ «"i<br />
i; % f> h<br />
—• — 30<br />
° si<br />
3<br />
1 * ÎJ <br />
1 '<br />
1<br />
1<br />
!<br />
t<br />
í<br />
Í<br />
i 1 •<br />
1<br />
3 ? S<br />
CO<br />
ill<br />
.2 .2 3<br />
■o o 3<br />
»J5 '-A J<br />
= 3 ] 2<br />
A<br />
Ci r** O •«"» f*^ ) O*<br />
CO<br />
. w, ... V,<br />
iX r» - -¾ -<<br />
á |s><br />
0 0 0 og ? fi ? I<br />
( P o l i<br />
30<br />
If 9 5 % ?<br />
a ft Q r, h<br />
ft ift $ o 'S à &<br />
c . .<br />
■3<br />
3<br />
2. -r "(3<br />
* — •;<br />
o o 2<br />
i i ?<br />
« 'ã c<br />
■u j u<br />
ara<br />
3 «<br />
8 «<br />
— 2<br />
f. r <br />
2 « ' o '5<br />
.il yî:»<br />
■J J 3 y u<br />
ï 1 a • «<br />
lis g a<br />
2 SA » ^ >.<br />
•j £ ~ ** 3<br />
CD '•= ■r.<br />
0)<br />
_2<br />
~*<br />
£<br />
cL<br />
01 3<br />
0<br />
0<br />
3<br />
e<br />
> u<br />
•<br />
| a S<br />
|<br />
:2 s o<br />
-s a C<br />
2 « ï<br />
.?" 1 ,|3.,J|<br />
Í rt rt 1<br />
291<br />
S =5<br />
' J > .> '§<br />
n<br />
**; Û<br />
t —*<br />
3 35 '-Í 3 3 t —*<br />
■ §n<br />
V m<br />
=<br />
5<br />
•n<br />
■J<br />
5 o ■-i 3<br />
0<br />
'JJ 3 35<br />
^ 73 "3<br />
*£ '- '/)<br />
** s\ .;< J= "5 —^ : < V<br />
f3<br />
S<br />
■j s — 3 3<br />
3 -a<br />
O — u<br />
3 M y<br />
-3 i o<br />
£.2^<br />
| .23<br />
Õ 3 a<br />
a y -rt<br />
:?■ *rt^ = Si<br />
's a 2<br />
' ^ — o S 5<br />
S •< ï 2 S ! 3 J |<br />
0<br />
'J<br />
M<br />
i < a. < •A<br />
0<br />
^ — —<br />
~ e
Pagamento <strong>de</strong> lanchei, pelos alunos .<br />
. Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> lanches a diversos<br />
In<strong>de</strong>mnizações por objectos inutiliza<strong>do</strong>s<br />
Deficit coberto por:<br />
A Prove<strong>do</strong>ria <strong>da</strong> Assistência Pública . .<br />
0 Fun<strong>do</strong> Social . ,<br />
RECEITA<br />
"v<br />
57 : oco<br />
ictoo5 caixotes 3,6,,<br />
Arranjo <strong>de</strong> uma carvoeira ... ; —0=<br />
1 ca<strong>de</strong>a<strong>do</strong>, 1 torneira, 1 machadinha, parafusos, etc. ,oii<br />
Conserto <strong>de</strong> algui<strong>da</strong>res e, panelas ,,,,;<br />
Limpeza : .<br />
1 panos para o chão, 1 pis, 3 escaras e 1 piaçaba ^.<br />
5 quilos <strong>de</strong> areia, 8 quilos <strong>de</strong> pointa, 1 1^ quilos <strong>de</strong> sabão, 3o folhas <strong>de</strong> lixa,<br />
solaríae 406a<br />
Papel e tinta _«<br />
Lavagem Je panos, guar<strong>da</strong>napos, respectivas carteiras, toalhas, etc 71SOI<br />
Diversos:<br />
Impressos para requisições '.<br />
Cozinheira: '<br />
161 dias .'<br />
Combustível:<br />
i:3ao quilos <strong>de</strong> carvão 41016<br />
70 00'at j.,8<br />
84 caixas <strong>de</strong> fósforos ^4<br />
Géneros:<br />
24 quilos <strong>de</strong> açúcar 8o58<br />
133 litros <strong>de</strong> leite 15004<br />
14 quilos <strong>de</strong> chocolate (ofertai _o<br />
• 121 14»"<br />
■ 4Í quilos <strong>de</strong> massas .■ i-oi5<br />
1:496 quilos <strong>de</strong> batatas 81040<br />
46a quilos <strong>de</strong> arroz 81041<br />
— 191007<br />
1 abóboras ^3+<br />
117 molhos <strong>de</strong> couves e 3õo couves i3o5i<br />
436 alfaces 5,3,<br />
_ 39018<br />
48 quilos <strong>de</strong> ervilhas io3o<br />
5o quilos <strong>de</strong> favas . . 10S0<br />
4010<br />
141 quilos <strong>de</strong> cebolas 4o3i<br />
Cenouras : 20$a<br />
5i quilos <strong>de</strong> tomates . 2011<br />
9 dúzias <strong>de</strong> pimentos o o<br />
. 70OJ<br />
534 litros <strong>de</strong> feijão (vermeiho 520Í4<br />
428 litros <strong>de</strong> feijão branco 33oo2(5)<br />
160 litros <strong>de</strong> feijão fra<strong>de</strong> 10046<br />
297 litros <strong>de</strong> grão 34PÓ5 l35o<br />
46^ dúzias <strong>de</strong> ovos .2304<br />
16 quilos <strong>de</strong> carne <strong>de</strong> porco ?£*JS<br />
100 quilos <strong>de</strong> carneiro 27310 '<br />
n3 quilos <strong>de</strong> bacalhau 4002b<br />
Peixe fresco .»60<br />
32374<br />
359 litros <strong>de</strong> azeite . . . ."."', ■'. . . . . . . . . . . 11.36a<br />
8,3 quilos banha ^58<br />
3 quilos <strong>de</strong> toucinho 1.756<br />
730 gramas <strong>de</strong> manteiga ^QO O^AT<br />
i6,5 quilos <strong>de</strong> farinha . . . . .. 3326<br />
i3»5 quilos <strong>de</strong> pão rala<strong>do</strong> 333a<br />
85 litros <strong>de</strong> sal ¢35<br />
1.5 quilo <strong>de</strong> alhos 365<br />
2 quilos <strong>de</strong> azeitonas 320<br />
117 limões 2936<br />
8,5 quilos <strong>de</strong> massa <strong>de</strong> tomate 2004<br />
10 garrafas <strong>de</strong> vinagre 309<br />
1 garrafa <strong>de</strong> vinho branco 310 • .<br />
Z .3337<br />
120 pudins ■ 3340<br />
Ananases &$n<br />
3:59> quilos <strong>de</strong> pão 341**027<br />
Dfjiat na festa <strong>da</strong> aniversino <strong>da</strong> secção
8 - LISTA DO MATERIAL PEDAGÓGICO EXISTENTE NESTA ESCOLA<br />
NO ANO DE 1917, COM O VALOR CALCULADO EM ESCUDOS
294
is<br />
» 4 I<br />
■C^^V/V<br />
^ y Q J . £<br />
_£_ Cv .*^i >**■J_. Aex__><br />
//6"+° o [<br />
[<br />
: •<br />
*•'..«" ■•' ■■■• ; V ■ AJtîe^.— .to^V^v<br />
•'e<br />
iL/_J& I<br />
. » ■* tf fc »W 7AÍ> |<br />
!<br />
r • / ■/'<br />
V<br />
... £ .JK^,^ A.<br />
.j? :-^ ?•<br />
..^.. r<br />
. a^i~a<br />
.« _ (itfLJ _*.//*/ ^*{<br />
«MS*<br />
««eg»»<br />
295<br />
L OVi/VVv^'w^flv..<br />
G/V, ÍV\ CrvÃ, CM, 3_^ "C^vV'Vw^ /y^<br />
to<br />
tJÛ><br />
* /t4* ' 4 * ï o<br />
/ x/*<br />
. A /L. 4,9 ' / «ixi.o<br />
■xf gj<br />
3/ ZM}6<br />
}frn<br />
i Z>^ /^£ *<br />
'■/1 (ot°{><br />
T
T<br />
•T"<br />
i<br />
.f<br />
F<br />
, it ~i^^Ls-^^ — ^-—~z~ s-v<br />
-/_. £o-.'/-i- :i<br />
(^,^/LKUOV 4-^ t^<br />
^-£ a. w<br />
— ■■ ■ .— I -*73—
• 7<br />
Hl<br />
/ r<br />
i,<br />
ri<br />
u<br />
( Mr—*~~)<br />
( L~l*S--*lf*Lr
!J-<br />
.« —<br />
j<br />
-<br />
lu.<br />
r<br />
i-<br />
_/ "2^-^-C^L-û, i-e^w«-*-ít-A ^ J^~c%^%^^ f—^<br />
_/ ^ _ - ^<br />
.- /.. . . c2-*- t-^o~&\<br />
/<br />
_ / ÍZLU^IÍ^ ( c<br />
«J /T-nti^u-w-r-Xv-o' -is*^2i<br />
7 &T>-y l>£>
• h<br />
' I<br />
Ï<br />
5"<br />
&ZL ■A4 zù- Vtl^l/ ^K<br />
/ ■^Ù-*^ù.fi>-l. J2-C A-lr-ir? ( i*^î_*v-*~w« //<br />
f^-r^<br />
*-C^l/T,i?<br />
Lt<br />
^ +Jo\ 'Ui\ /■<br />
4 0 ?A * T<br />
' /,. a a<br />
■íí-r/%. ^irC/^ // i. a v<br />
300<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
IJO r^fs<br />
;<br />
tfi?<br />
Ftr<br />
I
7_J2*Z>« ju<br />
nmsmsssB^m<br />
0-^O-c-^^-Yvn.-^ ^-4-<br />
301<br />
/<br />
/<br />
,/<br />
/<br />
,/<br />
/<br />
/<br />
4./*<<br />
A^<br />
/tão<br />
'■i<br />
/•3'?fi2/<br />
V'*'7*s/<br />
f-<br />
l_/<br />
1!<br />
L<br />
H<br />
^MPlipMi
û<br />
I .
1 "<br />
■-'il<br />
/<br />
*Ctsy~+. £+" A^^^Ut^i^»<br />
».<br />
|/\ / K O O<br />
\j y / ». & &<br />
v/ f £
I<br />
*iiv±ï<br />
;: h<br />
ÏU—^—<br />
!<br />
M<br />
l !<br />
b.4j» MÍ —<br />
jL—^ eM*a-y**> '•<br />
IL' ^ A./ .à. m, tm
M<br />
1ï<br />
•H:<br />
•a j —<br />
§ y<br />
4 (fl.aJui'iïyU^ Jo 7^b&-*<br />
\ ^ " V<br />
!
\\<br />
s<br />
,:.L<br />
■ M<br />
• : ■<br />
I!<br />
li*<br />
û<br />
.1,1<br />
/<br />
(yi^AtX^oXju<br />
e^a^ía^Cyà «^Jj<br />
(~A.<br />
/ * « * M.<br />
/<br />
BJÍH2 £*^**<br />
J^-^--víCtj<br />
■tf<br />
/<br />
y<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
y<br />
308<br />
*/•<br />
**•<br />
O o •» #<br />
i Of.OO<br />
it*»<br />
/ 3 «00<br />
' to» *.»•<br />
• Te<br />
«/•<br />
}■&+**<br />
: o «<br />
1-<br />
! >"■<br />
.••î -'<br />
î';<br />
11<br />
.-3 i.<br />
3r-<br />
t<br />
^<br />
S-'. '<br />
i/<br />
i.<br />
u .JL-.<br />
fi '" /<br />
1/<br />
b /CL, ci*. . » -w^^»<br />
X<br />
N ;<br />
/<br />
y<br />
/<br />
/<br />
,/<br />
./<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/.<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
./<br />
, /<br />
,/r<br />
A"<br />
JJ;«?« *.2i/» ?;
il<br />
ri<br />
fj<br />
í í f ' IMF<br />
ft<br />
U<br />
f *<br />
/<br />
l/<br />
7<br />
/ 0 ft » «.*«*£«*, '•£ «<br />
„ ,. c^-ww*. .<br />
yL t,6£A^fe£c?.. JU. .cM
y<br />
/ '-^WW^l-TJÏ _-*-£- ^-^ i,UU*-M> ^l.«-*-t--w --Z' S"<br />
! |i : / ^
Cl A' ^ ^<br />
I '<br />
) t^<br />
i ir To<br />
l//í' V t O O<br />
I I<br />
' ; r >• r<br />
" ^ / / ' ■ " " •<br />
ó Z á t2° iuU.Í}<br />
iw>. tl4So<br />
\<br />
/.'Ar*<br />
r.r» ! /^^13./7^/^<br />
■■ij^.^.j<br />
ai..*. • iMa.* —<br />
3Ï3 zr^rr S^<br />
r.<br />
, : r -.1<br />
il<br />
!.;<br />
I<br />
i l<br />
n<br />
i :<br />
\l<br />
ni<br />
, T<br />
' '~*i<br />
! ti<br />
à<br />
■I<br />
Í -1<br />
l'A.<br />
I:
, \_J—J'}e>Zo+~*<br />
ii>:.<br />
e*oy<br />
T<br />
''j—jb*£*&**~ —— —<br />
ÍL^_(2V^VV»<br />
,£
& ■A-*-f-e.<br />
S<br />
*»:<br />
315<br />
3.ir/í./}<br />
ISl+Zo<br />
11<br />
Ï<br />
i-<br />
s 1<br />
1<br />
1<br />
< : !<br />
i<br />
■ j<br />
-« '<br />
/ .'<br />
•1<br />
'8
V<br />
y<br />
! _ / '<br />
. \ /<br />
!• * V /<br />
Ziyfa-<br />
Vv'»'u V'-'»l<br />
i/. ■.* « ,^^^^^-^2^-^ //**#.<br />
if I /, * 2/2 A; ^y ^C^*»_c^o ' i i/ L i r * °<br />
H<br />
:/<br />
/ «£^£7 > ///fiefirZZZ** K J If too<br />
'r- '<br />
1.1.<br />
V.J'.<br />
< ■ \ . /<br />
fiK, CUtU^âc*. J<br />
I
i. l/ í> . 3 £<br />
23
IF/ £<br />
I// /^__<br />
jr—"*■**—
;:<br />
i" "<br />
J i.; ■-<br />
.3<br />
'•'•<br />
" Û'<br />
z<br />
2<br />
3<br />
J<br />
é,<br />
á<br />
/<br />
• ^ r j ^ i ^ Õ <br />
^V<br />
/<br />
319<br />
. / Aí.<br />
/ .T.. * o<br />
< ' /tf KO o<br />
/ 3. Ta<br />
" S»<br />
/ «<br />
V<br />
V!<br />
i* e*<br />
TA)<br />
ïFrjth<br />
0<<br />
■*.
U/ *~<br />
. / -<br />
'. fj ' ■* *<br />
I<br />
hi 7<br />
/ j<br />
■s<br />
it<br />
><br />
V<br />
• '<br />
!<br />
v<br />
; i-<br />
è<br />
:<br />
. "<br />
'-' i<br />
î ?<br />
i<br />
■Í<br />
/<br />
/<br />
-2,<br />
/<br />
y<br />
/<br />
/<br />
V<br />
/<br />
/<br />
/<br />
/<br />
Q'Vn "v^vw «^Lc» ce JíáXa.<br />
U>. k
PF<br />
A<br />
j~ iislc^ JU jázjr fee*'*""*<br />
/ f~ - J " ^ « 0*31<br />
9<br />
u<br />
!•/<br />
—- * .-<br />
u<br />
ii<br />
u<br />
Il •<br />
II<br />
u<br />
'^-^<br />
tt<br />
... "í Çtó-0<br />
Oj, jVl * . On. to<br />
fin $L
■ \<br />
..ÂÂ<br />
%<br />
I<br />
1<br />
i<br />
/<br />
/<br />
y<br />
/<br />
/<br />
{<br />
•5"<br />
n<br />
; ■<br />
> s<br />
i/<br />
/<br />
/<br />
i<br />
t<br />
Í<br />
K<br />
W<br />
/<br />
X<br />
; /<br />
■<br />
; /<br />
s<br />
y<br />
ï y<br />
•i<br />
;V<br />
K<br />
17<br />
/<br />
i/<br />
y<br />
li<br />
li<br />
u<br />
//<br />
u<br />
/<br />
/<br />
wf*r*££ ('lit*<br />
f'3/lÁ<br />
fl/l
îl<br />
17<br />
■tu^stJ^cx*<br />
ij T^Z^r» #^v ivtU*-<br />
,«•<br />
* l*C Hit *ff**w4*0 /'<br />
V,<br />
iPra o<br />
J»<br />
fis/tpte<br />
s<br />
a o<br />
\ê«i*tf*<br />
\<br />
r<br />
!
i/<br />
•Ï »♦<br />
tôt/ 1 "<br />
1 / £ It " Ln>v~í4-<br />
,Hli»i1 1* < < ^w' "*-<br />
, ,yy MUZ*.**. ?«^vu/*•'"•"<br />
1,1 j^wv» *• &Jrr+uM**s9<br />
i
2/ ftUw*&e f fit ». i>t<br />
2 Uv^e—Ï^L.<br />
/v<br />
/<<br />
'Î<br />
»»*■« 'Zr v*^c<<br />
^ ? ***<br />
^U^<br />
9 0<br />
.*«!_<br />
«Z?>|<br />
áífV^i<br />
ft<br />
\
Ml.<br />
ft<br />
5 \s~<br />
V ' " * * " c "'<br />
.4W*Ar+0<br />
*z^<br />
v y<br />
> A.4.»^-^*'*<br />
A t<br />
' fjV LtU** AÍ- ~~vfr** **n~~y AW^Z*^<br />
-■iff ê4C+~£<strong>de</strong>.**<br />
328
m<br />
7 .*" . J VP><br />
QjA^v ^U^Û^W guvy^r"?<br />
•*A<br />
\V*À<br />
. ^<br />
>'*<br />
329<br />
33<br />
£.f%>'lt> *i'<br />
.90 WMÎJ-<br />
4/.?**** 1<br />
—ww^bg^g»"Wfgy
9 - A DESCRIÇÃO DA ESCOLA FEITA POR UMA DIRECÇÃO ACTUAL,<br />
SEGUIDA DA PLANTA DO EDIFÍCIO
INTRODUÇÃO HISTÓRICA<br />
Edifieio Escola Oficina n2 1<br />
Aos 29 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1876, um grupo <strong>de</strong> prestigiosos homens<br />
<strong>da</strong> época, imbui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> beneficência, resolvera fun<strong>da</strong>r<br />
a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Promotora <strong>de</strong> Creches. A i<strong>de</strong>ia que não sen<strong>do</strong> nova<br />
para a época surgiu como consequência <strong>do</strong> surto industrial e <strong>do</strong><br />
aparecimento <strong>de</strong> fábricas, <strong>do</strong>n<strong>de</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escolas/creches<br />
para os filhos que os oprerários eram força<strong>do</strong>s a <strong>de</strong>ixar ao<br />
aban<strong>do</strong>no.<br />
É assim, que no ano <strong>de</strong> 1877, a referi<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> inicia<br />
a construção <strong>de</strong> edifício próprio, no Largo <strong>da</strong> Graça em Lisboa,<br />
em terreno cedi<strong>do</strong> pela Câmara Municipal, com base em projecto<br />
elabora<strong>do</strong> e ofereci<strong>do</strong> pelo Arq.° Domingos Parente <strong>da</strong> Silva,<br />
ten<strong>do</strong> o mesmo fica<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> no ano <strong>de</strong> 1878.<br />
0 EDIFÍCIO<br />
Embora <strong>de</strong> aparência mo<strong>de</strong>sta, o edifício <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong>-se<br />
ao longo <strong>de</strong> <strong>do</strong>is pisos fèi concebi<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> como objectivo minis<br />
trar um ensino pratico e racional.<br />
0 primeiro piso, por on<strong>de</strong> é feita a entra<strong>da</strong>, è compartimenta<strong>do</strong><br />
em cinco zonas distintas <strong>de</strong> funcionamento:<br />
-Serviços administrativos/direcção<br />
-Salas <strong>de</strong> aula<br />
-Ginásio/Salão <strong>de</strong> festas<br />
-Cozinha/refeitório<br />
-Zona <strong>de</strong> espera<br />
É a partir <strong>da</strong> zona <strong>de</strong> espera que se faz o acesso ao pateo<br />
interior coberto, <strong>do</strong> piso , que funciona como zona <strong>de</strong> distribui<br />
ção e acesso a:<br />
-Salas <strong>de</strong> aula<br />
-Sala/Museu<br />
-Posto médico e instalações balneáreas e sanitárias<br />
-Jardim exterior e anexos.<br />
Não obstante, a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> edifício, po<strong>de</strong>mos observar que o<br />
seu esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação é bastante razoável, no seu aspecto<br />
geral tanto interior como exterior.<br />
333
SB „1 11 1.-.1 am -1......——.ri Brassas<br />
V3VH9 va 09tívn<br />
CO<br />
m<br />
<<br />
<<br />
ce<br />
<<br />
O<br />
O<br />
o<br />
ce<br />
<<br />
-J<br />
1<br />
<<br />
Q<br />
<<br />
ce<br />
Z<br />
u<br />
Q<br />
to<br />
Si<br />
Ol.<br />
^.<br />
C3<br />
CL
i<br />
r.<br />
. *<br />
■r-<br />
¢1<br />
ï<br />
I<br />
1*<br />
V<br />
Sfîf<br />
_Jáíi_<br />
gl'^jjj"*"^ i^^^M^m,^<br />
335<br />
I _X<br />
*<br />
N<br />
rmi<br />
"i-Mrun<br />
fX'<br />
336<br />
: V<br />
< m.<br />
2