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Nº 216 Dezembro 2011 - Clube de Campismo do Concelho de ...

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mbate à Solidão<br />

emas <strong>de</strong> capa para este ano seriam <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao<br />

oença, A SOLIDÃO também dói, esmorece, <strong>de</strong>sanie<br />

falar um pouco sobre esta realida<strong>de</strong> que a muitos<br />

e solidão. Queremos fazer aqui uma chamada <strong>de</strong><br />

e por pouco que seja - às vezes um sorriso ou uma<br />

mizar a <strong>do</strong>r <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>ste mal sofre.<br />

em dia torna-se cada vez mais<br />

difícil para aqueles cujos recursos<br />

são poucos. Muitas pessoas<br />

ainda resi<strong>de</strong>m em prédios velhos<br />

e <strong>de</strong>grada<strong>do</strong>s, com rendas<br />

baixíssimas e cuja manutenção<br />

é pouca ou quase nenhuma. E<br />

nesses prédios, muitos resi<strong>de</strong>m<br />

nas águas-furtadas ou nos andares<br />

mais eleva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> prédio<br />

que, sem ascensor ou meios<br />

mo<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> transporte, preferem<br />

isolar-se no seu <strong>do</strong>micílio e<br />

evitar fazer o sobe-e-<strong>de</strong>sce da<br />

imensa escadaria, para essas pessoas, um verda<strong>de</strong>iro<br />

calvário. O que lhes vale, quan<strong>do</strong> vale, são<br />

os persistentes vizinhos, o telefone ou as instituições<br />

<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social, quan<strong>do</strong> as há e quan<strong>do</strong><br />

funcionam dignamente. A ostracização <strong>do</strong>s familiares<br />

é igualmente notória, ven<strong>do</strong>-se nos meios <strong>de</strong><br />

comunicação social, casos gravosos, <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos a<br />

morrer nas suas casas porque não têm contacto<br />

com familiares.<br />

Os economicamente mais contrastantes igualmente<br />

sofrem <strong>de</strong> solidão, principalmente os mais<br />

ricos. Isto <strong>de</strong>ve-se aos seus hábitos <strong>de</strong> consumismo,<br />

por vezes <strong>de</strong>smedi<strong>do</strong>. Isto leva a que os seus objectivos<br />

a curto prazo sejam prontamente realiza<strong>do</strong>s<br />

quase que com um estalar <strong>do</strong>s <strong>de</strong><strong>do</strong>s. Eles têm<br />

tu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> facto, ao seu alcançe. Eles conseguem<br />

tu<strong>do</strong>. Mas no momento em que querem mais, não<br />

conseguem arranjar. Com os mais pobres a mesma<br />

coisa, mas no plano inverso e, por vezes, com<br />

agravantes. Famílias pobres ten<strong>de</strong>m a ter um eleva<strong>do</strong><br />

número <strong>de</strong> filhos, mais bocas para alimentar<br />

e cuidar. Desconhece<strong>do</strong>ras<br />

<strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> planeamento<br />

familiar e/ou provenientes <strong>de</strong><br />

meios instáveis (quiçá, perigosos),<br />

com a presente situação<br />

social e económica pre<strong>do</strong>minante<br />

e, por vezes, com empréstimos<br />

em mão que não<br />

conseguem pagar, estas famílias<br />

levam um caminho difícil.<br />

Tanto ricos como pobres<br />

caminham para uma solidão,<br />

tema <strong>de</strong> capa<br />

17<br />

não individual, mas colectiva. E por vezes, os resulta<strong>do</strong>s<br />

são os menos agradáveis. Pobreza, miséria e<br />

morte por suicídio.<br />

Igualmente existe um outro grupo, muito sensível a<br />

fenómenos <strong>de</strong> solidão: os jovens. O crescimento é<br />

uma fase da vida que <strong>de</strong>ve ser levada com muito<br />

cuida<strong>do</strong> e atenção por parte <strong>do</strong>s pais, encarrega<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> educação e professores. A mente das<br />

crianças será sempre um mistério. Um sorriso numa<br />

criança po<strong>de</strong> ser engana<strong>do</strong>r e essa criança estar<br />

a “gritar em silêncio”. Só os adultos se apercebem<br />

<strong>de</strong>sse grito quan<strong>do</strong> já é tar<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> a atenção<br />

que lhes <strong>de</strong>via ter si<strong>do</strong> dada não foi. Quan<strong>do</strong> essa<br />

criança, que quis <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> estar só neste mun<strong>do</strong>,<br />

que não pediu para viver sozinha e ro<strong>de</strong>ada<br />

pelo nada, que pediu a seus pais afecto, carinho<br />

e amor paternal, achava que a solidão a estava a<br />

consumir. É <strong>de</strong>veras <strong>do</strong>loroso saber isso.<br />

Trazen<strong>do</strong> esta analogia aqui para o mun<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

C.C.C.A., já <strong>de</strong> há muitos anos até agora se vem<br />

dizen<strong>do</strong> que há pessoas a residir nos parques. De<br />

facto, o panorama sócio-económico propicia e<br />

cada vez mais propiciará a esse tipo <strong>de</strong> fenómeno.<br />

Rendas baixas, serviços sanitários e abastecimento<br />

alimentar mais acessíveis que muitas al<strong>de</strong>ias <strong>de</strong>ste<br />

país. E para dar gosto ao molho aqui as pessoas<br />

NUNCA se sentem sós. Há sempre pessoas to<strong>do</strong> o<br />

ano nos parques que se <strong>de</strong>slocam aos cafés ou ao<br />

Salão <strong>de</strong> Convívio para conversar, ver a novela ou<br />

a bola. Para os menos conhece<strong>do</strong>res, o campismo<br />

é um tipo <strong>de</strong> lazer que se vem per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> em<br />

quantida<strong>de</strong> e em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> há alguns anos<br />

até agora, mas que é um excelente apoio e uma<br />

válvula <strong>de</strong> escape para to<strong>do</strong>s!<br />

Preza<strong>do</strong> Companheiro. Se quiser leia novamente<br />

este artigo. É um apelo que lhe fazemos. Se se encontrar<br />

num esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> solidão, damos-lhe um conselho:<br />

NÃO SE DEIXE INVADIR NEM VENCER!! Pare<br />

por alguns minutos. Vá até à porta da sua U.A. e<br />

observe a paisagem. Vá até à praia, ao jardim e<br />

espaireça por uma hora ou duas. Observe a beleza<br />

que a Vida e a Natureza lhe colocou à sua<br />

frente e dê graças pela sua existência nesta terra.<br />

Respire as energias positivas que nos ro<strong>de</strong>iam to<strong>do</strong>s<br />

os dias. Fale com alguém! Se pensa que estarse<br />

sozinho é matéria <strong>de</strong> infelicida<strong>de</strong>, fique saben<strong>do</strong><br />

que o mun<strong>do</strong> ficaria muito mais infeliz se <strong>de</strong>saparecesse<br />

agora. Solte a sua angústia já! Liberte-se <strong>do</strong><br />

peso que o po<strong>de</strong> estar a atormentar!<br />

Olhe, faça como a Moody’s: PONHA A SOLIDÃO<br />

NO LIXO!!<br />

Redacção: Ricar<strong>do</strong> Jorge Simões<br />

Parcialmente adapta<strong>do</strong> <strong>do</strong> artigo “Solidão (também) mata...<br />

não só i<strong>do</strong>sos como jovens.”, por Manuel Neto, publica<strong>do</strong> no<br />

Diário <strong>de</strong> Notícias electrónico no dia 6 <strong>de</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> 2004.<br />

Página:http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_<br />

id=591870&page=-1

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