Confluências Nº 7 - Maio/Jun. 2009 - Escola Secundária de Camões
Confluências Nº 7 - Maio/Jun. 2009 - Escola Secundária de Camões
Confluências Nº 7 - Maio/Jun. 2009 - Escola Secundária de Camões
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Uma iniciativa do<br />
<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong><br />
Românicas<br />
≈<br />
Coor<strong>de</strong>nação<br />
<strong>de</strong><br />
António Souto<br />
e<br />
Manuel Gomes<br />
Um dos trabalhos expostos<br />
no Auditório <strong>Camões</strong><br />
(alunos dos 10º e 12º anos<br />
<strong>de</strong> Artes)<br />
Com o apoio do<br />
Grupo<br />
Desportivo<br />
e<br />
Cultural<br />
do<br />
Banco<br />
<strong>de</strong><br />
Portugal<br />
BOLETIM ESCO LAR<br />
<strong>Confluências</strong><br />
Centenário <strong>Camões</strong><br />
1909—<strong>2009</strong><br />
100 anos a apren<strong>de</strong>r<br />
Conheço o Sal<br />
Conheço o sal da tua pele seca<br />
<strong>de</strong>pois que o estio se volveu inverno<br />
da carne repousando em suor nocturno.<br />
Conheço o sal do leite que bebemos<br />
quando das bocas se estreitavam lábios<br />
e o coração no sexo palpitava.<br />
Conheço o sal dos teus cabelos negros<br />
ou louros ou cinzentos que se enrolam<br />
neste dormir <strong>de</strong> brilhos azulados.<br />
Conheço o sal que resta em minha mãos<br />
como nas praias o perfume fica<br />
quando a maré <strong>de</strong>sceu e se retrai.<br />
Conheço o sal da tua boca, o sal<br />
da tua língua, o sal <strong>de</strong> teus<br />
mamilos,<br />
e o da cintura se encurvando<br />
<strong>de</strong> ancas.<br />
A todo o sal conheço que é<br />
só teu,<br />
ou é <strong>de</strong> mim em ti, ou é <strong>de</strong> ti<br />
em mim,<br />
um cristalino pó <strong>de</strong> amantes<br />
enlaçados.<br />
Jorge <strong>de</strong> Sena<br />
<strong>Confluências</strong><br />
Número VII<br />
<strong>Maio</strong> / <strong>Jun</strong>ho<br />
<strong>2009</strong><br />
Nesta edição:<br />
Scriptomanias p. 2<br />
Uma Leitura p. 3<br />
Poesia Visual p. 4<br />
Opinião p. 5<br />
Homenagem a<br />
João Bénard da Costa<br />
Opinião<br />
&<br />
À Descoberta na...<br />
Activida<strong>de</strong>s na <strong>Escola</strong><br />
&<br />
Breves<br />
Por uma<br />
<strong>Escola</strong><br />
Participativa<br />
e <strong>de</strong><br />
Qualida<strong>de</strong>!<br />
<br />
1909-<strong>2009</strong><br />
Lyceu <strong>de</strong> <strong>Camões</strong><br />
100 anos<br />
a<br />
Apren<strong>de</strong>r<br />
VAMOS<br />
TODOS<br />
(CO)MEMORAR<br />
Contigo<br />
Contigo<br />
Connosco<br />
Connosco<br />
No final <strong>de</strong>ste ano lectivo, e com este número, cumprem-se dois anos <strong>de</strong> existência<br />
do <strong>Confluências</strong>. Jovem ainda, mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer, a sua continuida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, contudo, da participação <strong>de</strong> toda a comunida<strong>de</strong> escolar.<br />
Em <strong>2009</strong>-2010, que é já amanhã, estaremos <strong>de</strong> volta. Até lá, o nosso agra<strong>de</strong>cimento<br />
ao Grupo Desportivo e Cultural do Banco <strong>de</strong> Portugal e a quantos aqui têm<br />
colaborado. Boas Férias!<br />
p. 6<br />
p. 7<br />
p. 8
Rosto<br />
Foto André Matos - 11º G<br />
SCRIPTOMANIAS<br />
<strong>Confluências</strong><br />
Heavenbound<br />
I<br />
As Horas Tardias<br />
Na fúnebre estabilida<strong>de</strong> da abóboda celeste<br />
todas as coisas estremecem<br />
e haverá<br />
auroras boreais acesas sobre jardins na penumbra<br />
e prenúncios <strong>de</strong> estrelas que são<br />
constelações inteiras,<br />
e ilhas no meio do vácuo si<strong>de</strong>ral.<br />
Algures na gran<strong>de</strong> sala Azul<br />
dá-se uma insurreição <strong>de</strong> cegueira negra<br />
e subitamente<br />
todas as linhas rectas se corrompem<br />
e a tormenta da luci<strong>de</strong>z é areia fina<br />
levada pela maré baixa.<br />
II<br />
O Emerso<br />
E eu trocava estas grutas a céu aberto<br />
e claustros <strong>de</strong>samparados<br />
por qualquer extensão meramente infinda,<br />
sopro <strong>de</strong>mente da vida lúcida,<br />
e com a luci<strong>de</strong>z agarrada a uma jangada <strong>de</strong>composta,<br />
contra o iminente naufrágio.<br />
(…)<br />
VIII<br />
As Horas Claras<br />
É tar<strong>de</strong> e há estrelas.<br />
E dobrando-se em vénias quando passam<br />
são hologramas <strong>de</strong> incêndios que se extinguem,<br />
as horas que prece<strong>de</strong>m a luz solar.<br />
Horas <strong>de</strong>masiado pequenas,<br />
ao lado <strong>de</strong> gentes que com elas condizem,<br />
e mundos que <strong>de</strong> tão insignificantes po<strong>de</strong>riam ser engolidos,<br />
saboreados pelos refinados carnívoros<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cujos olhos cabem todos os aquários<br />
e estrelas e peixes prateados e pássaros ver<strong>de</strong>s.<br />
É cedo e as estrelas <strong>de</strong>saparecem,<br />
há que <strong>de</strong>ixar crescer<br />
gigantes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nós.<br />
Edward Allaway<br />
(heterónimo)<br />
Lúcia Chambel, 12ºF<br />
Magic princess<br />
Adorable princess<br />
With blond hair!<br />
I cannot guess<br />
If it is fair!<br />
I feel your presence<br />
As big as the space!<br />
It is so intense<br />
Admiring your face!<br />
The problem remains,<br />
Keep the dream alive!<br />
To take away my pains<br />
In less seconds than five!<br />
No, do not send<br />
The key of the mystery!<br />
No, do not put an end<br />
To this magic story!…<br />
Because your grace<br />
And the unknown,<br />
Balance my disgrace,<br />
Because, I do not know!…<br />
Página 2<br />
Carlos Antunes, 12º, 5ª
“Vê que aqueles que <strong>de</strong>vem à pobreza<br />
Amor divino, e ao povo, carida<strong>de</strong>,<br />
Amam somente mandos e riqueza,<br />
Simulando justiça e integrida<strong>de</strong>.<br />
Da feia tirania e <strong>de</strong> aspereza<br />
Fazem direito e vã severida<strong>de</strong>.<br />
Leis em favor do Rei se estabelecem;<br />
As em favor do povo só perecem.”<br />
<strong>Camões</strong> (Os Lusíadas, IX,XXVIII)<br />
<strong>Confluências</strong><br />
UMA LEITURA<br />
A morte <strong>de</strong> Ivan Ilitch, Leon Tolstoi<br />
(tradução <strong>de</strong> Adolfo Casais Monteiro)<br />
Página 3<br />
Neste livro, Tolstoi confronta o leitor com a morte, ao contar a perturbante história <strong>de</strong> um ambicioso e respeitado juiz que, apesar <strong>de</strong> ter<br />
levado uma vida pacífica, praticamente sem problemas e cheia <strong>de</strong> sucessos, se <strong>de</strong>para com uma doença que lhe será fatal. Acompanhamos<br />
assim a agonia <strong>de</strong>ste juiz que, ao mesmo tempo que lida com esta misteriosa doença, tenta arranjar uma justificação para isto lhe acontecer<br />
a ele e não outra pessoa, revendo todo o seu passado e opções que fizera, e vivendo numa agonia, dor e solidão crescente, até ao dia da morte.<br />
O livro começa retratando o dia em que Ivan Ilitch faleceu. Surpreen<strong>de</strong>ntemente, os supostos amigos <strong>de</strong> Ivan Ilicht, que pertenciam também<br />
ao mundo judicial, têm uma atitu<strong>de</strong> muito fria relativamente a este acontecimento. Ao invés <strong>de</strong> lamentarem o triste acontecimento,<br />
tudo o que pensaram foi a influência que tal acontecimento teria nas suas vidas profissionais e carreiras, pensamentos como: “Agora obterei<br />
com certeza o lugar <strong>de</strong> Schtabel ou o <strong>de</strong> Vinnikov”, por Fiodor Vassilievitch, e “Preciso ver se consigo agora a transferência <strong>de</strong> meu cunhado<br />
<strong>de</strong> Kaloga para cá”, por Piotr Ivanovitch (os amigos mais chegados <strong>de</strong> Ivan Ilitch). Além <strong>de</strong> interpretarem a morte <strong>de</strong> Ivan Ilicht como um<br />
factor que ajudaria toda a gente a subir na carreira, os colegas <strong>de</strong> trabalho também mantiveram a triste atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> alegria ao pensarem<br />
“não fui eu, foi ele quem morreu, ao menos ainda estou vivo!”.<br />
Piotr Ivanovicht, sendo dos melhores amigos <strong>de</strong> Ivan Ilitch, sente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, ao tomar conhecimento da morte <strong>de</strong> seu camarada,<br />
visitar a casa a família <strong>de</strong>ste. Em casa da família <strong>de</strong> Ilicht reinava por momentos um clima sombrio, triste, e pesado. Piotr Ivanovicht, ao<br />
observar o corpo do amigo e todo este clima <strong>de</strong> escuridão, sentiu uma ponta <strong>de</strong> tristeza e compaixão para com a família, mas, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> realizar<br />
o seu <strong>de</strong>ver como camarada <strong>de</strong> Ivan Ilicht, partiu ao encontro <strong>de</strong> um jogo <strong>de</strong> cartas com amigos.<br />
De seguida, o autor faz uma analepse na história, <strong>de</strong>screvendo toda a vida <strong>de</strong> Ivan Ilitch com gran<strong>de</strong> pormenor: filho <strong>de</strong> um funcionário<br />
<strong>de</strong> ministério que, a partir <strong>de</strong> certa altura, apenas possuia um lugar fictício, continuando a receber<br />
um or<strong>de</strong>nado apesar <strong>de</strong> ser um inútil – era o segundo <strong>de</strong> três filhos: o primeiro seguiu uma<br />
carreira análoga à do pai, e o terceiro era um completo falhado. Estudou na <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Direito,<br />
on<strong>de</strong> finalizou os seus estudos com notas brilhan- tes e, apesar <strong>de</strong> constantemente mudar <strong>de</strong> lugar<br />
<strong>de</strong> residência e <strong>de</strong> trabalho, foi cada vez progre- dindo mais na sua carreira. Para on<strong>de</strong> quer que<br />
fosse, criava relações e uma reputação <strong>de</strong> homem agradável e alegre. As pessoas respeitavam-no e<br />
gostavam da sua jovialida<strong>de</strong>, alegria e bom humor fora das horas <strong>de</strong> trabalho, pois, quando<br />
exercia as suas funções, era um perfeccionista rigoroso.<br />
Assim, Ivan vivia uma vida muito próxima da perfeita até conhecer e se casar com Prascovia<br />
Fiodorovna. Este casamento não tinha como base o amor, mas sim o facto <strong>de</strong>, ao casar-se, Ivan<br />
Ilitch concretizar o seu <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> constituir famí- lia e, ao mesmo tempo, com este acto agradar às<br />
pessoas colocadas em cargos mais altos.<br />
Depois, com a gravi<strong>de</strong>z, Fiodorovna passou a perturbar a existência correcta e agradável <strong>de</strong><br />
Ivan Ilitch, tornando-se irritadiça, mostrando-se ciumenta sem motivo aparente e procurando<br />
discussões. Sempre que se dava uma discussão entre os dois, Ilitch virava-se para o trabalho e só<br />
se preocupava com sua carreira, coisa que o fazia feliz e o afastava <strong>de</strong> quaisquer problemas.<br />
Até então, Ivan Ilitch conseguira ter uma vida praticamente sem problemas, agradável, correcta<br />
e com êxito.<br />
No entanto, a pouco e pouco, sua doença foi mostrando indícios: tudo começara com um gosto<br />
estranho na boca que sentia esporadicamente, e uma leve impressão do lado esquerdo do ventre.<br />
Após frequentar diversos médicos conceituados, não havia chegado a qualquer conclusão sobre a<br />
natureza <strong>de</strong> sua doença, e esta ia-se agravando cada vez mais.<br />
Acamado, doente, e sabendo que irá morrer, nada resta a Ilitch senão a luci<strong>de</strong>z para se indagar sobre este acontecimento.<br />
O leitor assiste então, a monólogos e pensamentos verda<strong>de</strong>iramente surpreen<strong>de</strong>ntes e assustadores, sobre o sentido da vida e a morte.<br />
Antes <strong>de</strong> mais, <strong>de</strong>vo dizer que o livro me surpreen<strong>de</strong>u <strong>de</strong> uma maneira que nenhum outro o fizera até agora. Não fazia i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que um<br />
livro com apenas 91 páginas po<strong>de</strong>ria carregar consigo tanto conteúdo, abordando temas tão interessantes e ao mesmo tempo assustadores.<br />
Está escrito <strong>de</strong> uma forma muito clara, com linguagem simples e bastante acessível, embora com um pequeno, mas muito importante<br />
pormenor. Tolstoi escreve <strong>de</strong> uma forma tão intensa, tão envolvente que faz o leitor acreditar que se po<strong>de</strong> encontrar nessa situação, sentindo<br />
o que Ivan Ilitch sentia, pensando o que Ivan Ilicht pensava.<br />
Na minha opinião, a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Liev Tolstoi transpor para os olhos e mente do leitor o sofrimento e agonia, quase (senão <strong>de</strong> facto)<br />
impossíveis <strong>de</strong> suportar, vividos pela personagem principal à medida que o livro se aproxima do seu <strong>de</strong>sfecho, é simplesmente avassaladora,<br />
inigualável e única, pois até agora não encontrei nenhum escritor que tão bem <strong>de</strong>screva o sofrimento, a dor, o caos e o drama pessoais.<br />
Quanto aos problemas e temas subjacentes a este livro, o livro foca os dois talvez mais importantes e incertos temas existentes: o sentido<br />
da vida e da morte. Temas e questões para as quais a resposta é, e sempre será, incerta; no entanto, a perspectiva <strong>de</strong> um indivíduo que sempre<br />
levou uma vida aparentemente muito próxima da perfeita e que, <strong>de</strong> repente, se confronta com a doença que o irá matar (só não sabe ele<br />
quando) não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser extremamente interessante e curiosa, porém perturbadora.<br />
Além <strong>de</strong>stas características principais do livro, é no entanto importante salientar que “A morte <strong>de</strong> Ivan Ilitch” adquire também um tom<br />
crítico na apreciação da socieda<strong>de</strong>, ou melhor, da classe social que o livro foca: o facto <strong>de</strong> poucos se preocuparem com a morte <strong>de</strong> Ivan Ilitch,<br />
com excepção da família, e imediatamente pensarem no impacto que isso terá nas suas carreiras, incluindo os amigos mais próximos, e <strong>de</strong><br />
vários indivíduos ocuparem “cargos fantasma” perante a justiça, on<strong>de</strong> não realizam qualquer trabalho, continuando no entanto a ganhar<br />
or<strong>de</strong>nados que po<strong>de</strong>m chegar a gran<strong>de</strong>s quantias, faz com que aquela socieda<strong>de</strong> seja caracterizada como hipócrita, em que a amiza<strong>de</strong> para<br />
pouco serve, a não ser como meio <strong>de</strong> obter cargos e or<strong>de</strong>nados mais elevados.<br />
Concluindo, um livro muito bom que vale a pena ler, <strong>de</strong> fácil leitura e gran<strong>de</strong> reflexão.<br />
Hugo Rocheteau, 11º A
Perspectiva — Maçã<br />
Foto Manuel Gomes<br />
<strong>Confluências</strong><br />
POESIA VISUAL<br />
Página 4
Entre azul ver<strong>de</strong> — Maçã<br />
Foto Manuel Gomes<br />
Apreciação Crítica à peça <strong>de</strong> teatro Os Maias<br />
Sexta-feira, treze <strong>de</strong> Fevereiro, a nossa turma realizou,<br />
em conjunto com outras, uma ida ao teatro, proposta pela<br />
professora <strong>de</strong> Português. Esta peça, Os Maias, foi adaptada<br />
do romance homónimo <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz, por António Torrado,<br />
e <strong>de</strong>senrolou-se no palco do Teatro da Trinda<strong>de</strong>. A peça,<br />
cuja encenação foi realizada por Rui Men<strong>de</strong>s, teve a duração<br />
<strong>de</strong> 120 minutos e iniciou-se às 21 horas e 30 minutos.<br />
Em primeiro lugar, gostaria <strong>de</strong> fazer referência à estrutura<br />
<strong>de</strong>sta adaptação. Uma das características que<br />
mais me surpreen<strong>de</strong>u, pela positiva, foi o facto<br />
<strong>de</strong> a peça se iniciar com o último episódio<br />
romântico da obra, o Sarau no Trinda<strong>de</strong>, e com o<br />
clímax <strong>de</strong> toda a história <strong>de</strong> Os Maias: a <strong>de</strong>scoberta<br />
da relação <strong>de</strong> parentesco entre Carlos e<br />
Maria Eduarda. Esta inversão <strong>de</strong> acontecimentos<br />
<strong>de</strong>u bastante originalida<strong>de</strong> à peça, segundo a<br />
minha opinião, e achei <strong>de</strong> particular interesse o<br />
facto <strong>de</strong> esta primeira cena ter sido também um elemento<br />
aglutinador <strong>de</strong> muitas outras, uma vez que, com a existência<br />
<strong>de</strong> analepses (muitas como no livro), foi preciso ter uma acção<br />
fulcral do presente para que o espectador (que não estivesse<br />
muito familiarizado com a obra) não per<strong>de</strong>sse a continuida<strong>de</strong>.<br />
Devo dizer, portanto, que achei meritória a forma como foi<br />
feita esta adaptação para o texto dramático, tal como a encenação,<br />
na medida em que se mantém a narrativa d’ Os Maias<br />
e ao mesmo tempo se brinca com o espaço físico, visto que a<br />
primeira acção se passa no mesmo local on<strong>de</strong> se dramatiza a<br />
peça.<br />
Quanto ao elenco, verifiquei que se tratava <strong>de</strong> uma maioria<br />
masculina, ironicamente relacionada com a própria obra,<br />
on<strong>de</strong> as poucas mulheres que são referidas são normalmente<br />
fracas e incompletas. Relativamente à sua performance, houve<br />
interpretações louváveis, mas outras que <strong>de</strong>ixaram um<br />
pouco a <strong>de</strong>sejar, tanto a nível <strong>de</strong> caracterização física como a<br />
nível <strong>de</strong> actuação. O protagonista Carlos da Maia <strong>de</strong>ixou-me<br />
um pouco <strong>de</strong>cepcionada, não pela sua caracterização física,<br />
que está extraordinariamente semelhante à <strong>de</strong>scrição na<br />
<strong>Confluências</strong><br />
OPINIÃO<br />
Página 5<br />
obra, mas pela sua actuação e pela força da sua voz. Sendo<br />
um Maia, acho que <strong>de</strong>veria ter tido mais impacto nas acções,<br />
como tem no livro; contudo, na segunda parte da peça marcou<br />
mais a sua presença. Os actores cujas interpretações<br />
foram as melhores, do meu ponto <strong>de</strong> vista, foram o João da<br />
Ega e o Ruffino. João da Ega, apesar da sua prolongada presença<br />
no teatro, conseguiu, sem dúvida, manter uma personagem<br />
fiel à do livro e ter uma muito boa actuação. O gran<strong>de</strong><br />
companheiro <strong>de</strong> Carlos da Maia, esguio e com pernas muito<br />
magras, corajoso e frontal (por vezes), manifestando as suas<br />
opiniões. Ruffino, mesmo tendo pouca relevância,<br />
<strong>de</strong>stacou-se pela sua intervenção. Literalmente,<br />
um bacharel que abria os braços enquanto<br />
falava com intensida<strong>de</strong> e lambia as botas à<br />
família real, agradando ao público ignorante e<br />
aborrecendo os liberais.<br />
Outra excelente surpresa nesta peça foi a existência<br />
<strong>de</strong> música ao vivo, relacionada com a<br />
óptima caracterização física e psicológica do<br />
Cruges. Tal como no livro, uma personagem insegura, com<br />
gestos nervosos e uma “grenha crespa”.<br />
Gostei imenso também da cenografia <strong>de</strong>sta peça; os objectos<br />
e mobílias luxuosos, traduzindo diversos espaços pela<br />
simples troca <strong>de</strong> posição, e o facto <strong>de</strong> existirem vários níveis<br />
do palco e intensida<strong>de</strong>s luminosas consoante a importância<br />
da acção. Adorei o pormenor da abertura, quando passaram<br />
uma sequência <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> Lisboa num painel e fizeram<br />
uma conexão directa com o início da peça.<br />
Gostei especialmente da cena do jantar no Hotel Central,<br />
da altivez <strong>de</strong> Maria Eduarda a passar por entre os gentlemen,<br />
do cenário simples e evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sta cena, do pormenor<br />
dos empregados a abrir as portas, <strong>de</strong> toda a acção que é dramatizada,<br />
no que diz respeito aos temas discutidos e às relações<br />
entre os diversos cavalheiros.<br />
Para finalizar, a peça esteve muito fiel ao romance, relativamente<br />
à narrativa, ao vestuário e caracterização <strong>de</strong> algumas<br />
personagens, e conseguiu manter originalida<strong>de</strong> no que<br />
diz respeito à sequência das cenas e à cenografia.<br />
Júlia Reis, 11º C<br />
Será justificável a utilização <strong>de</strong> animais nas diversões em público, como nas corridas à portuguesa?<br />
Em primeiro lugar, vou esclarecer o que é que eu entendo por corrida à portuguesa – trata-se <strong>de</strong> uma diversão em público em que os mais corajosos enfrentam<br />
os toiros, matando-os, mostrando assim a sua coragem e valentia.<br />
Hoje em dia, em Portugal, é proibida a morte <strong>de</strong> toiros em plena arena. Estes são abatidos só algumas horas <strong>de</strong>pois, no matadouro.<br />
Acho que não é justificável a utilização <strong>de</strong> animais para várias diversões ou experiências científicas, pois os animais têm os mesmos direitos que nós, humanos.<br />
Um filósofo afirmava que os animais não têm direitos, pois eles não conseguem fazer nada, isto é, não conseguem falar, pensar e escrever, ao contrário dos<br />
seres humanos, sendo esse argumento a favor do problema. Então, como seria com os recém-nascidos ou pessoas com <strong>de</strong>ficiência mental? Assim, po<strong>de</strong>-se afirmar<br />
que algumas pessoas também não terão direitos?<br />
Algumas pessoas fazem manifestações contra o uso <strong>de</strong> animais, por exemplo em práticas científicas ou para fins<br />
esteticistas. Para investigações científicas são utilizados diversos animais, como cães, gatos, patos, etc…<br />
Por exemplo, uma <strong>de</strong>stas experiências consiste em picar nos olhos e na pele dos animais com alguns ácidos para<br />
ver a reacção, para que <strong>de</strong>pois sejam preparados medicamentos. Ou ainda, por exemplo, os ratos do laboratório que<br />
são utilizados para experiências. É uma situação injusta para com os animais, pois todos têm direitos.<br />
O problema, actualmente, é que as pessoas pensam que como os animais não conseguem falar, nem escolher a sua<br />
sorte po<strong>de</strong>m ser mal tratados e utilizados em todas as situações.<br />
Não é compreensível que os animais sejam maltratados e utilizados em diversões públicas, como nas corridas à<br />
portuguesa.<br />
Violeta Railean, 10º B<br />
(Aluna <strong>de</strong> Português língua não Materna)
<strong>Confluências</strong><br />
Página 6<br />
João Bénard da Costa faleceu a 21 <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong>. A Área <strong>de</strong> Projecto Linguagens e Cinema<br />
<strong>de</strong>cidiu prestar-lhe uma pequena homenagem, recordando alguns dos filmes da vida<br />
<strong>de</strong>le, daqueles que levaria para a tal ilha <strong>de</strong>serta, mesmo que lá não houvesse electricida<strong>de</strong>,<br />
porque a esses filmes <strong>de</strong> luz, sombra e celulói<strong>de</strong> correspondiam outros, não menos imateriais,<br />
que iam rodando no seu interior.<br />
É conhecida a relevância <strong>de</strong> João Bénard da Costa no panorama cultural e cinéfilo português, dando a ver e<br />
escrevendo sobre a 7ª arte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos dos cineclubes, à revelia da censura, e posteriormente com projecção<br />
nacional, na Fundação Calouste Gulbenkian e na Cinemateca Portuguesa.<br />
Os mais velhos recordam-lhe a aparição e a voz rouca com que abria sessões emocionantes, que fazem agora<br />
parte do filme da nossa memória. A sombra <strong>de</strong> alguma polémica que tingiu os últimos tempos da sua direcção<br />
na Cinemateca não <strong>de</strong>veria <strong>de</strong> forma alguma escurecer o vulto do homem e a dimensão extraordinária do seu<br />
trabalho cultural e militante.<br />
Ao ler os comentários azedos que algumas pessoas escreveram na net, seria fácil acrescentar como a ignorância<br />
é atrevida. Mas talvez fosse interessante e mais proveitoso perceber porque é que o visionamento <strong>de</strong> filmes<br />
antigos (conceito paradoxal, já que a linguagem do cinema existe <strong>de</strong> certo modo fora do tempo, habitando<br />
um mundo <strong>de</strong> ARCHÉtipos e fantasmas...) cria uma espécie <strong>de</strong> rejeição nos cinéfilos menos vetustos. Talvez<br />
os mais novos possam re-equacionar o papel <strong>de</strong> uma Cinemateca e a forma <strong>de</strong> ver o cinema e, em vez <strong>de</strong> criticar<br />
uma vida <strong>de</strong>dicada à arte, continuar o trabalho apaixonado <strong>de</strong> divulgação e <strong>de</strong>bate.<br />
A revolução digital dos anos 90 criou uma nova forma <strong>de</strong> fazer e viver o cinema e a imagem, cada vez mais<br />
presentes na nossa vida, mas nem por isso mais visíveis. Por isso é mais premente a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> textos que<br />
falem com aquela transparência e humilda<strong>de</strong> que caracterizava a escrita <strong>de</strong> João Bénard da Costa. Textos que<br />
aju<strong>de</strong>m a ver, porque ver é mais do que um acto fisiológico. Textos que são tão mais importantes quanto é<br />
menor em gran<strong>de</strong> parte o conhecimento da História e maior o hermetismo da escrita dalguns cinéfilos profissionais.<br />
A experiência do cinema po<strong>de</strong> ser muda, interior, e certamente não é redutível à palavra. Remete para um<br />
lugar anterior a esta. Mas como experiência colectiva, enriquece com o <strong>de</strong>bate.<br />
Toda a gente fala dos filmes da sua vida. Então o lugar está aí – para conversa <strong>de</strong> café e folhas <strong>de</strong> cinemateca<br />
– lugar que agora existe no espaço virtual, para o bem e para o mal.<br />
Profª Nazaré Campos<br />
Em jeito <strong>de</strong> homenagem, foi feita pela professora a seguinte programação:<br />
Sala 2<br />
3ª feira - 26 <strong>de</strong> <strong>Maio</strong><br />
10h00. O Homem que Matou Liberty Valance,<br />
John Ford, 1962<br />
11h55. Carta a uma Desconhecida, Max Ophüls,<br />
1948<br />
4ª feira - 27 <strong>de</strong> <strong>Maio</strong><br />
10h00. Mentira , Alfred Hitchcock, 1943<br />
11h55. The Ghost and Mrs. Muir, Joseph Mankiewicz,<br />
1947 (legendado em inglês)<br />
5ªfeira – 28 <strong>de</strong> <strong>Maio</strong><br />
10h00.Rio Bravo, Howard Hawks, 1959<br />
(legendado em inglês)<br />
11h55. Recordações da Casa Amarela, João<br />
César Monteiro, 1989<br />
4ª feira - 3 <strong>de</strong> <strong>Jun</strong>ho<br />
10h00. The Gost and Mrs. Muir<br />
11h55. Mentira <strong>de</strong> Hitchcock<br />
JOÃO BÉNARD DA COSTA (1935-<strong>2009</strong>)<br />
(Área <strong>de</strong> Projecto Linguagens e Cinema)
<strong>Confluências</strong><br />
Página 7<br />
Le mot euthanasie venant du grec « eu » (bonne) et « thanatos » (mort), c´est une pra-<br />
Pássaro atrevido<br />
tique qui envisage une mort sans souffrance; c’est un procédé qui anticipe la mort<br />
d’un patient incurable afin <strong>de</strong> réduire la souffrance et la douleur.<br />
Effectivement, <strong>de</strong> nos jours, l’euthanasie représente une question éthique et morale compliquée.<br />
En premier lieu, il faut distinguer l’euthanasie du « suici<strong>de</strong> assisté »: avec l’euthanasie, il y a une troisième personne qui<br />
l’exécute ; dans le « suici<strong>de</strong> assisté », c’est le propre mala<strong>de</strong> qui provoque sa mort, même si pour cela il dispose <strong>de</strong> l’ai<strong>de</strong> d’autres<br />
personnes.<br />
Ceux qui défen<strong>de</strong>nt cette pratique, c’est-à-dire qui pensent que l’euthanasie est un doit pour<br />
le mala<strong>de</strong> et croient que c´est une façon d’éviter la douleur et la souffrance <strong>de</strong> personnes en phase<br />
terminale ou sans qualité <strong>de</strong> vie.<br />
Cependant, les personnes contre l’euthanasie utilisent divers types d’arguments qu’ils soient<br />
religieux, éthiques, politiques ou sociaux, entre autres. Pour les religieux, l’euthanasie est vue<br />
comme une usurpation du droit à la vie humaine, car seulement Dieu a le droit exclusif <strong>de</strong> retirer<br />
la vie à quelqu’un. Relativement à l’étique médicale, il y a le serment d’Hypocrate, en effet, la vie<br />
humaine est considérée comme un don sacré, c´est pourquoi le mé<strong>de</strong>cin ne peut pas être juge <strong>de</strong><br />
la vie ou <strong>de</strong> la mort <strong>de</strong> quelqu’un, l’euthanasie étant considérée un homici<strong>de</strong>.<br />
Au Portugal, la pratique <strong>de</strong> l’euthanasie est considéré un crime ; puisque selon l’article 24º n.1<br />
<strong>de</strong> la constitution <strong>de</strong> la république on affirme que « La vie humaine est inviolable »- la vie est<br />
donc un droit inaliénable.<br />
Moi, je ne sais pas si l’euthanasie est un droit ou un <strong>de</strong>voir.<br />
En premier lieu, je suis catholique, et, pour moi, seulement Dieu a le pouvoir <strong>de</strong> retirer la vie à quelqu’un… La vie est un<br />
droit primaire, personne n’a le droit <strong>de</strong> tuer une autre personne.<br />
Mais, d´un côté, je pense que la douleur, la souffrance et l’épuisement du projet <strong>de</strong> vie sont <strong>de</strong>s situations qui conduisent<br />
les personnes à renoncer à vivre… Si nous sommes « attachés » à une couche et nous sommes en état végétal, alors nous ne<br />
vivons plus.<br />
Ainsi, je pense que notre pays <strong>de</strong>vrait adapter la loi pour ces cas, comme en Hollan<strong>de</strong> ou en Suisse. Si la personne mala<strong>de</strong><br />
est en parfaite état <strong>de</strong> conscience et veut mourir, nous <strong>de</strong>vons accepter sa décision, mais seulement s’il est un mala<strong>de</strong><br />
terminal, sans possibilité <strong>de</strong> récupération. Si le patient n’a pas <strong>de</strong> capacités pour déci<strong>de</strong>r, je pense que la famille et les mé<strong>de</strong>cins<br />
<strong>de</strong>vraient délibérer et déci<strong>de</strong>r <strong>de</strong> la vie du mala<strong>de</strong>, en respectant quelques principes moraux.<br />
C’est pourquoi l´euthanasie est un thème délicat et je pense que les hommes politiques <strong>de</strong> notre pays <strong>de</strong>vraient repenser<br />
la loi portugaise sur cette question <strong>de</strong> l’euthanasie et l’adapter aux temps mo<strong>de</strong>rnes.<br />
Rita Pires, 11º J<br />
Uma vespa-metálica<br />
António Souto<br />
À DESCOBERTA na nossa escola<br />
OPINIÃO<br />
Um relampejar <strong>de</strong> cor sobre a minha mochila que veio a<br />
revelar-se um insecto. Fui ver. Era uma vespa-metálica.<br />
Naquilo que não chegava a meio centímetro <strong>de</strong> insecto, um<br />
ver<strong>de</strong> e azul surpreen<strong>de</strong>ntes, iri<strong>de</strong>scentes, uma armadura<br />
picotada, um ferrão pontiagudo, uma ímpar surpresa.<br />
As vespas-metálicas, família Chrysididae, são dos grupos <strong>de</strong><br />
insectos mais elegantes, autênticas maravilhas da evolução,<br />
que certamente po<strong>de</strong>riam ter recebido a atenção <strong>de</strong> Lalique e,<br />
quiçá, terem sido imortalizadas nas suas criações.<br />
João Farminhão, 11º E (resenha e foto)<br />
L’euthanasie:<br />
un droit ou un <strong>de</strong>voir<br />
Nota: Ao entusiasmo e à <strong>de</strong>dicação <strong>de</strong> João Farminhão se <strong>de</strong>ve, em gran<strong>de</strong> parte (com a orientação da Drª Teresa<br />
Carvalhal), a “renovação” do Museu da <strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong> <strong>Camões</strong>, espaço que abriu as suas portas à comunida<strong>de</strong><br />
escolar nos dias 4 e 5 do corrente mês <strong>de</strong> <strong>Jun</strong>ho. A visitar! E, se possível, tendo o João como guia!
B R E V E S<br />
Este Boletim é<br />
teu.<br />
Colabora!<br />
25 <strong>de</strong> Abril, uma simulação<br />
<strong>Confluências</strong><br />
<strong>Confluências</strong><br />
Página 8<br />
27 <strong>de</strong> <strong>Maio</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong> – Conferência sobre Jorge<br />
<strong>de</strong> Sena pela Profª Drª Margarida Braga Neves<br />
(Univ. <strong>de</strong> Lisboa), tendo sido mo<strong>de</strong>radora a professora<br />
<strong>de</strong> Português Drª Olga Silva.<br />
Na mesa, honrando-nos com a sua presença, esteve<br />
o ex-professor <strong>de</strong> Português na <strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Camões</strong> e actual e actor José Manuel Men<strong>de</strong>s, que, durante o encontro, leu<br />
alguns poemas do escritor homenageado Jorge <strong>de</strong> Sena.<br />
Na Conferência sobre Mário Dionísio, no passado dia 29 <strong>de</strong> Abril (pela Profª Drª Cristina A. Ribeiro,<br />
da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa), aceitou o convite para estar presente a filha do homenageado (e, tal como<br />
o pai, igualmente ex-professora da <strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong> <strong>de</strong> <strong>Camões</strong>), a Drª Eduarda Dionísio.<br />
Ana Luz (na foto), professora <strong>de</strong> Inglês, Cândida Neiva,<br />
professora <strong>de</strong> Português<br />
e Etelvina Oliveira,<br />
professora <strong>de</strong><br />
Física e Química,<br />
foram as docentes<br />
que entre Março e<br />
<strong>Maio</strong> se aposentaram.<br />
A <strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong> <strong>de</strong> <strong>Camões</strong> agra<strong>de</strong>ce-lhes<br />
reconhecidamente a <strong>de</strong>dicação<br />
dispensada ao ensino e à <strong>Escola</strong>,<br />
<strong>de</strong>sejando-lhes um futuro igualmente<br />
prenhe <strong>de</strong> projectos.<br />
Activida<strong>de</strong>s Activida<strong>de</strong>s Activida<strong>de</strong>s na<br />
na<br />
<strong>Escola</strong><br />
<strong>Escola</strong><br />
Dança, anos 90<br />
Como noticiámos no <strong>Confluências</strong> anterior, a nossa <strong>Escola</strong> participou, em 13 <strong>de</strong> Março, no<br />
Campeonato Nacional <strong>de</strong> Jogos Matemáticos, na Covilhã (Universida<strong>de</strong> da Beira<br />
Interior). Aqui <strong>de</strong>ixamos, agora a foto dos ganhadores: Raquel Rosa (12º B), Daniel Fernan<strong>de</strong>s<br />
(11º A) e Manuel Reis (12º B).<br />
Um dos trabalhos expostos no Auditório<br />
<strong>Camões</strong> (alunos dos 10º e 12º anos <strong>de</strong> Artes)<br />
Arraial-convívio ao anoitecer<br />
Envia os teus trabalhos para:<br />
com_fluencias@hotmail.com<br />
<br />
<strong>Escola</strong> <strong>Secundária</strong> <strong>de</strong> <strong>Camões</strong><br />
Praça José Fontana<br />
1050-129 Lisboa<br />
Telefs.<br />
21 319 03 80<br />
21 319 03 87/88<br />
Fax<br />
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Com o generoso apoio do<br />
Grupo Desportivo e Cultural do Banco <strong>de</strong> Portugal