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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Literário, sem frescuras!<br />
Ano 4 - Janeiro/Fevereiro de <strong>2013</strong>—Edição no. <strong>19</strong><br />
www.varaldobrasil.com 1<br />
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ISSN 1664-5243
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
LITERÁRIO, SEM FRESCURAS<br />
Genebra, inverno de <strong>2013</strong><br />
No. <strong>19</strong><br />
www.varaldobrasil.com 3<br />
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ISSN 1664-5243<br />
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EXPEDIENTE<br />
Revista Literária <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong><br />
NO. <strong>19</strong> - Genebra - CH - ISSN 1664-5243<br />
Copyright Vários Autores<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
O Varal do Brasil é promovido, organizado e realizado<br />
por Jacqueline Aisenman<br />
Site do <strong>VARAL</strong>: www.varaldobrasil.com<br />
Blog do Varal: www.varaldobrasil.blogspot.com<br />
Textos: Vários Autores<br />
Colunas:<br />
Fabiane Ribeiro<br />
Sarah Venturim Lasso<br />
Sheila Ferreira Kuno<br />
Ilustrações: Vários Autores<br />
Foto capa: © rudisetiawan - Fotolia.com<br />
Foto contracapa: © Jacqueline Aisenman<br />
Muitas imagens encontramos na internet sem ter<br />
o nome do autor citado. Se for uma foto ou um<br />
desenho seu, envie um e-mail aqui para a gente<br />
e teremos o maior prazer em divulgar o seu talento.<br />
Revisão parcial de cada autor<br />
Revisão geral <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong><br />
Composição e diagramação:<br />
Jacqueline Aisenman<br />
A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita. A<br />
revista está gratuitamente para download em<br />
seus site e blog.<br />
Se você deseja participar do <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong><br />
NO. 20 envie seus textos até 10 de fevereiro de<br />
<strong>2013</strong> para: varaldobrasil@gmail.com<br />
O tema da edição no. 20 será MULHER: UM<br />
UNIVERSO (Envie seu texto em prosa ou em<br />
verso acompanhado de nosso formulário até o<br />
dia dez de fevereiro de <strong>2013</strong>).<br />
O tema da edição no 21 (maio <strong>2013</strong>) será livre.<br />
NATUREZA<br />
Por Antonio Cabral<br />
Falar em Rio + 20<br />
não é coisa com que me anime,<br />
mas façamos o seguinte:<br />
Destruição sempre é crime.<br />
Macacos de opinião<br />
esses do nosso zoológico,<br />
pois mostraram algo lógico:<br />
Ninguém topa "banguzão!"<br />
Quem conhece natureza<br />
pelo "Globo Ecologia",<br />
é um pobre de certeza,<br />
come sapo em vez de gia.<br />
"Minha terra tem palmeiras",<br />
disse o poeta a cantá-las;<br />
mas pra cantar as palmeiras,<br />
precisamos replantá-las.<br />
www.varaldobrasil.com 4
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Há muito tempo o ser humano vem praticando o mal contra si mesmo, contra o Planeta no qual<br />
vive e contra os seres que com ele dividem o Planeta.<br />
O uso indiscriminado das riquezas naturais, o tratamento inadequado do lixo produzido. A falta<br />
de humanidade na relação com os animais. O descaso diante das matas que se reduzem dia<br />
após dia.<br />
O ser humano faz tanta questão de destacar dos demais seres como sendo racional e o que ele<br />
mais faz em sua vida é dar provas de irracionalidade.<br />
Neste nosso mundo que busca na poesia das palavras um recurso para suavizar tamanhos<br />
maus-tratos e descasos, convidamos autores de todos os cantos a escrever sobre o Planeta<br />
Terra e a Vida.<br />
O resultado, vocês verão, é uma declaração de amor provando que sim, ainda existem pessoas<br />
que se importam com o futuro deste maravilhoso lugar em que vivemos.<br />
O carinho destas pessoas que escreveram se traduz em palavras em defesa do Planeta. Poemas,<br />
contos, crônicas. A prosa e o verso se unindo contra a desgraça que atinge a vida.<br />
O mundo não se acabou em 2012, como alguns poderiam pensar! Mesmo que tanto de ruim tenha<br />
e continue sendo feito, o Planeta Terra ainda nos acolhe e a todas as formas de vida!<br />
Iniciamos assim o ano de <strong>2013</strong> com a força do amor, esperando que o ser humano possa compreender<br />
o valor da proteção ambiental, da proteção dos animais e de si mesmo.<br />
Tenhamos todos um Feliz <strong>2013</strong>!<br />
Que a vida seja plena, que nos traga o melhor e a ela possamos dar o nosso melhor!<br />
Jacqueline Aisenman<br />
Editora-Chefe da Revista Varal do Brasil<br />
Imagem: hp://assisaraujo.wordpress.com/<br />
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ALBERTO ARAUJO<br />
ANA ROSENROT<br />
ANGELA GUERRA<br />
ANTONIO CABRAL<br />
ANTONIO VENDRAMINI NETO<br />
BETO ACIOLI<br />
CARLOS ALBERTO OMENA<br />
CAROLINE AXELSSON<br />
CESAR SOARES FARIAS<br />
CINTIA MEDEIROS<br />
CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO<br />
CLÉO REIS<br />
CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES<br />
CRISTINA CACOSSI<br />
DHIOGO JOSÉ CAETANO<br />
<strong>DO</strong>MINGOS A. R. NUVOLARI<br />
EDNAL<strong>DO</strong> MUNIZ<br />
ELIANE ACCIOLY<br />
EVELYN CIESZYNSKI<br />
FABIANE RIBEIRO<br />
FLÁVIA ASSAIFE<br />
GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA<br />
HELENA AKIKO KUNO<br />
ISABEL C. S. VARGAS<br />
IVANE LAURETE PEROTTI<br />
JACQUELINE AISENMAN<br />
<strong>JAN</strong>DYRA ABRANCHES<br />
JOSÉ CAMBINDA DALA<br />
JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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JOSÉ HILTON ROSA<br />
JOSÉ LUIZ PIRES<br />
JOSSELENE MARQUES<br />
LENIVAL NUNES DE ANDRADE<br />
LUIZ CARLOS AMORIM<br />
MAGNO OLIVEIRA<br />
MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA<br />
MARIA EMILIA ALGEBAILE<br />
MARIO OSNY ROSA<br />
MARIO REZENDE<br />
MARLUCE ALVES F. PORTUGAELS<br />
MARLY RONDAN<br />
MARTA CARVALHO<br />
MARIA NILZA DE CAMPOS LEPRE<br />
NORÁLIA DE MELLO CASTRO<br />
ODETE BIN<br />
OLIVEIRA CARUSO<br />
OSIEL FERREIRA VIEIRA<br />
RENATA IACOVINO<br />
RO FURKIM<br />
ROBINSON SILVA ALVES<br />
ROBSON LUIS S. COSTA<br />
SANDRA BERG<br />
SANDRA COUTO<br />
SANDRA M. FERRARI RADICH<br />
SARAH VENTURIM LASSO<br />
SHEILA FERREIRA KUNO<br />
SILVANA BRUGNI<br />
VALQUIRIA GESQUI MALAGOLI<br />
VALQUIRIA IMPERIANO<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
VARENKA DE FÁTIMA<br />
VERA SALBEGO<br />
VO FIA<br />
WILTON PORTO<br />
YARA DARIN<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
De olhos abertos<br />
Sempre ouvi dizer ao decorrer de minha existência, que ratos são<br />
animais desprezíveis, odiados pelos seres humanos, restando-lhes<br />
apenas o direito de serem cobaias e alimento dos animais vorazes. Ao ler<br />
um artigo publicado na internet, fiquei surpreso ao saber que estes<br />
roedores são usados desde 2004 no combate às minas terrestres na<br />
África, além disso, são capazes de detectar a bactéria da tuberculose.<br />
Então, podemos afirmar que se estes animais nos causam transtornos ou<br />
transmitem doenças, não o fazem de forma consciente, em detrimento de<br />
alguns homens que destroem o meio ambiente, ceifam a vida alheia,<br />
ceifando a si próprios. Foi pensando nisso que escrevi os seguintes<br />
versos:<br />
BRUTALIDADE<br />
Por Cláudio de Almeida Hermínio<br />
Homens e mulheres atravessam o mundo<br />
Insinuam poses cadavéricas<br />
Relutam com seus próprios desejos<br />
Não sabem se vão ou se ficam.<br />
Na espreita de um sorriso qualquer<br />
As mesmas bocas que mostram os dentes<br />
Trituram migalhas que caem ao chão<br />
Igualam-se ao esterco e folhas apodrecidas.<br />
Não se contentam com a realidade iminente<br />
Exalam o odor que a todos devoram<br />
Arrastando-os ao esquecimento da própria vida.<br />
De nada adiantam às lágrimas<br />
Que jorram na face<br />
Desaguam em vão.<br />
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O universo caminha em uma escuridão<br />
sem fim<br />
Na trajetória das galáxias giram cometas<br />
e planetas.<br />
Nasceu à via Láctea com um sistema<br />
solar espetacular<br />
Deu origem à vida na terra, transformando-a<br />
em um planeta azul.<br />
Vivemos aqui com os encantos e sobressaltos<br />
da natureza, que são frutos<br />
gerados por seu útero, transformando<br />
tudo em sementes, que dão frutos da<br />
vida, do amor e da contemplação, tudo<br />
com eterna beleza.<br />
Por Antonio Vendramini Neto<br />
É fria a madrugada<br />
Sorrateira e silenciosa<br />
Quietude que se impõe na calada da noite<br />
Vozes roucas lamentam infortúnios<br />
É mórbido o momento<br />
Súplicas e suspiros dobrados<br />
Ecoam ao vento em forma de açoite<br />
Explosão no céu<br />
Um cometa mergulha na escuridão<br />
A visão fica turva<br />
É o caminho do medo<br />
Coração disparado<br />
Com um frenesi de emoções<br />
É o sol da meia noite<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A noite virou dia<br />
Passo trôpego na calçada<br />
Ritmo desenfreado<br />
Marcha alucinante<br />
Rufar de tambores<br />
O mundo quase acabou<br />
O ontem já se foi<br />
O amanhã ainda não chegou<br />
É o ultimo capitulo de uma era<br />
Que foi escrito por mim<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Dente-de-Leão<br />
Por Ana Rosenrot<br />
Eu estava com muita pressa, tinha centenas de coisas para fazer, inúmeros clientes para<br />
visitar e pouquíssimo tempo, andava pelas ruas quase correndo, lutando para me movimentar<br />
rápido em meio ao enorme fluxo de pessoas, o coração acelerado e a cabeça doendo devido ao<br />
estresse – o grande mal da vida moderna −; quando o vento, que espelhava poeira por todos os<br />
lados, fez pousar em meus óculos algo muito interessante: sementes de dente-de-leão.<br />
Peguei uma delas e ao ver aquela sementinha tão linda e aerodinâmica, a penugem<br />
branquinha e incrivelmente leve, recordei imediatamente de minha infância, quando colhia uma<br />
daquelas bolas brancas e um simples assopro desfazia-se em dezenas de paraquedas imaginários,<br />
prontos para viverem incríveis aventuras pelos quatro cantos da Terra.<br />
Pensando bem, somos como as sementes de dente-de-leão, nascemos protegidos por<br />
nossa “planta” mãe e pouco a pouco vamos nos desenvolvendo, tentando sair do invólucro natural<br />
que nos mantém afastados das intempéries da vida, loucos para expor-se completamente à<br />
luz do sol e todos vão se preparando da melhor forma possível, até o grande momento de alçar<br />
voo e dar o máximo de si para pegar os melhores ventos e buscar um local adequado para germinar<br />
e crescer; muitas caem no asfalto duro, na terra infértil, sobre os arranha-céus, ficam grudados<br />
nas roupas – ou óculos – de alguém, podendo ser novamente levadas pelo vento se forem<br />
persistentes, ou simplesmente ficam presas nos desvãos da rua até secarem; poucas encontram<br />
o lugar e as condições ideais para desenvolver-se com plenitude.<br />
Nós seres humanos, também somos assim, uns se esforçam e vencem na vida, outros<br />
não. O problema é que, ao contrário da semente de dente-de-leão, quando finalmente atingimos<br />
nossos objetivos, ao invés de florescermos, parece fazer parte da natureza humana o oposto:<br />
vamos murchando, perdendo o interesse, ficando estagnados. Eu mesmo, que lutei tanto para<br />
alcançar o sucesso e agora vivo estressado por ter tantos clientes e não saber administrar bem<br />
meu tempo; estou sempre irritado, nervoso, vazio, sem coragem para tomar novas iniciativas.<br />
Mas estranhamente, as sementes que grudaram em meus óculos, reacenderam a chama, o desejo<br />
de ir mais longe, de recomeçar, de procurar novos caminhos.<br />
Não é à toa que no Nordeste Brasileiro essa planta é chamada de “esperança” e deu origem<br />
a um sábio dito popular:<br />
“Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde”.<br />
Devemos deixar que essa semente germine em nossos corações e reinicie seu ciclo natural,<br />
para podermos alcançar voos cada vez mais longos, mais altos, infinitos, cheios de<br />
“esperança”.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Grito Existencial<br />
Por Beto Acioli<br />
Grita um silêncio em meu grão deserto<br />
Faz-me arder áridos sentimentos<br />
Passo, deveras, longos maus momentos<br />
O sofrimento faz meu mundo inquieto<br />
O meu tormento passa-se em secreto<br />
Expilo prantos coração adentro<br />
Navalho cortes sanguinolentos<br />
Retalho a alma em perverso decreto<br />
A fundo peno com meus desatinos<br />
Sinto o profundo gosto do veneno<br />
Morrendo aos poucos a cada segundo<br />
Decerto seja o maldito mundo<br />
Impondo a vida pelo que devemos<br />
Ou nos expondo à sorte do destino<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Sangue derramado<br />
Angela Guerra<br />
A cor dos mares, oceanos, lagos e rios é o azul,<br />
puxando, às vezes, pro verde; invariavelmente cinza,<br />
ao cair do crepúsculo... Cinza escuro, quase negro,<br />
quando nuvens carregadas prenunciam tempestades...<br />
Até o Mar, dito "Vermelho", se submete a essas regras imemoriais.<br />
Agora, a Mãe Natureza (em represália?!...) nos prega peças!...<br />
Triste, degradada, ferida em sua integridade,<br />
começa a sangrar...<br />
Águas tingem-se de vermelho, no Senegal e na Austrália!...<br />
Lá se vai a harmonia relaxante, o verde-azul que nos cerca,<br />
acalma a vista e o espírito, tornando-nos a alma menos inquieta...<br />
A culpa é do sal, das algas, dizem os ecocientistas de plantão...<br />
E se for contagioso?!... Que perigo!... Adeus tranquilidade...<br />
Já se pensaram encurralados pelo sangue de nossa Mãe Maior?...<br />
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GRITO DE SOCORRO<br />
Por Carlos Alberto Omena<br />
Ouvi choros, gritos,<br />
Apelos e lamentos.<br />
Era o nosso planeta,<br />
Agonizando em sofrimentos.<br />
Ganância, descaso,<br />
descomprometimento,<br />
Tudo, em nome do desenvolvimento,<br />
E o nosso planeta agonizando grita:<br />
Socorro! Eu estou morrendo.<br />
As árvores lágrimas vertiam.<br />
Eram lágrimas de dor e sofrimento<br />
Pois mercenários madeireiros,<br />
As derrubavam em grande<br />
desmatamento.<br />
Sem árvores, as aves sumiram<br />
Causando enorme destruição.<br />
Estão diminuindo uma a uma<br />
E ameaçadas de extinção.<br />
Os rios, já quase sem vida,<br />
Por causa da poluição,<br />
Lutam pela sobrevivência.<br />
Isso sim é degradação.<br />
Com os rios imundos e poluídos,<br />
Os peixes morrerão.<br />
E num futuro bem próximo,<br />
Ficaremos sem alimentação.<br />
Nosso ar , já quase rarefeito,<br />
Quase não podemos respirar.<br />
Graças a ação do homem,<br />
Estamos por nos matar.<br />
O sol por demais esquentando,<br />
O frio já congelando,<br />
O planeta agonizando,<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
E a vida se acabando.<br />
Mas, se o homem quiser<br />
Essa realidade pode mudar<br />
Com muita luta, consciência e união,<br />
Nosso planeta podemos salvar.<br />
Vamos agir de imediato<br />
E do nosso planeta cuidar.<br />
Ainda podemos salvá-lo,<br />
E uma bela herança deixar.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
SUFLÊ DE LEGUMES<br />
Enviada por Christianne Meirelles<br />
Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br/<br />
INGREDIENTES<br />
2 colheres de sopa de farinha de trigo<br />
300 ml de leite<br />
2 colheres de sopa de manteiga ou margarina<br />
1 pitada de sal<br />
50 g de queijo ralado<br />
4 ovos<br />
Legumes cozidos e cortados em cubos<br />
MO<strong>DO</strong> DE PREPARO<br />
Derreta a manteiga, sem deixar esquentar muito<br />
Junte a farinha, depois o sal e o leite, mexa sempre até engrossar<br />
Retire do fogo e deixe esfriar<br />
Misture as gemas bem batidas, o queijo, e os legumes<br />
Por im as claras em neve<br />
Leve imediatamente ao forno a 180°C, em um pirex untado com manteiga, por 15 minutos<br />
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Exorcista<br />
Por Caroline Baptista Axelsson<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Visto de longe até Drácula é decorativo. Existem realmente coisas no mundo que devem<br />
ser observadas à distancia. Existem outras porém que devem ser consideradas com paixão,<br />
e a vida é uma delas. Porque vivemos? É uma pergunta intelectual mas a resposta é<br />
sentimental. Falar e discutir é mágica de boca. Viver é sentir. A vida é emotiva, é um exercício<br />
pulsante e eternamente apaixonado. Seu significado reside nos sentimentos e prazeres<br />
de momento a momento. O sentido da vida é viver. Não sabemos de tudo e nunca saberemos,<br />
mas quando ignoramos a beleza da natureza e nos apegamos somente à selva<br />
urbana terminamos como pedras, observando a destruição ambiental da mesma maneira<br />
como observamos Drácula, só de longe...Já que não queremos enfrentar e resolver os problemas,<br />
escrevemos poemas sobre a desgraça embelezando ou lamentando a deformação.<br />
E de que serve toda esta literatura? Vidros carbonizados, lixo na grama, vazamentos<br />
na rua, árvores mortas, inseticidas na comida, oceanos afogados em petróleo morrendo<br />
aos poucos, quem se responsabiliza? Se poluir é tudo que sabemos fazer, aproveite a noite,<br />
aproveite o dia, em um ano ou dois não existe mais nada!<br />
Agir funciona. Em todo o mundo há jardins diferentes. Num jardim japonês cada árvore está<br />
perfeitamente podada, sem nenhuma folha fora do lugar. Os jardins ingleses são famosos<br />
por suas rosas e linhas perfeitas de arbustos. O número de jardins é enorme mas uma coisa<br />
é verdadeira para todos. Os jardins são a criação comum entre a intenção do homem e<br />
a capacidade da natureza de cumprir! A Terra ama quando é amada. Infelizmente muita<br />
gente está possuída pela ganância e o único exorcista que pode nos salvar é a consciência.<br />
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Por César Soares Farias<br />
CASEIROS PARA TAMBO DE LEITE<br />
EM VIAMÃO<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Meu querido tambo<br />
* Ordenha automática/ resfriador canalizado, 200 litros/dia – 15 vacas.<br />
ELA: Ordenhar manhã (05:30/07:30h) e tarde(16:30/18:30h), limpeza sala leite/<br />
ordenha, comida aos cachorros e limpeza casa principal. Sal: R$ 400,00<br />
ELE: Trato, pastagens, trator e limpeza estábulo. Sal: R$ 600,00<br />
Obs: Boa casa com horta/galinhas, semi-mobiliada, água, luz e cesta básica.<br />
Interessados contatar com Sr. Enilson 436-2432 ou<br />
8248-5104<br />
Ele relutou bastante antes de ligar. Foram necessárias varias conversas entre os dois<br />
para que, enfim, vencido pelo cansaço e sem mais argumentos para se agarrar, Arthur tomasse<br />
a iniciativa.<br />
Arthur tinha qualidades e talentos incontestáveis, granjeando através deles muitas amizades.<br />
A sua conversação era agradável, com bom senso de humor. Apesar dos quase quarenta<br />
anos, era um mulato com dentes bem polidos, olhar vivaz e pele saudável. Combinava simpatia<br />
com beleza, e isso naturalmente abria-lhe algumas portas. Havia algo nele, contudo, que<br />
andava esgotando a paciência da sua mulher. Kleiva custara a perceber uma triste mas estampada<br />
realidade: O rapaz não gostava de trabalhar.<br />
O gelo, todos sabem, não foi feito para o contato com o fogo, pois derrete-se e perde a<br />
sua forma característica. A água, por sua vez, não nasceu para o óleo, pois se colocarmos ambos<br />
num copo eles sequer se misturam. Se deixarmos de lado os estados físicos da matéria e o<br />
mundo dos elementos químicos para adentrarmos no reino animal, veremos que da mesma forma,<br />
algumas espécies repelem ou incompatibilizam-se com outros seres e/ou ambientes. É o<br />
caso do peixe, que não nasceu para a grama ou para o chão de saibro. Por outro lado, o bom<br />
ditado já diz: “Gato escaldado tem medo de água fria” e dificilmente veremos o felino jogando-se<br />
por vontade própria num banho de rio.<br />
Arthur, conforme constatado e comprovado de fato, não nascera para o trabalho. Fugia dele como<br />
o diabo da cruz. Duas semanas antes de Kleiva colocá-lo contra a parede, insistindo com<br />
aquela página dos classificados aberta diante dele, escutou ela um intrigante diálogo. Naquele<br />
dia, ao final da tarde, receberam em casa a visita de Diogo, o vizinho e cumpadre que batizara<br />
Úrsula, a nenê do casal. Tomaram chimarrão, falaram sobre a última rodada do Gauchão e já<br />
no portão, quando a sós ficaram os dois varões, houve uma proposta do visitante, pedreiro “de<br />
mão cheia” e sempre bem requisitado para obras.<br />
-- Ólha, to precisando di servente pra erguê umas parede lá na Dona Eloá. Ela qué qui faça um<br />
quarto nos fundo pru guri dela. Fiquei di passá lá amanhã cedo pra dá um orçamento pra velha.<br />
Di tarde, si fizé tempo bom, já começo o serviço... Tá a fim di encará essa? -- Bah cara... É qui<br />
eu ajudo a Kleiva a cuidá da guriazinha aqui em casa... agora fica ruim pra mim...<br />
www.varaldobrasil.com 17
Ela ouviu tudo em silêncio, imóvel, atrás<br />
da cortina na janela e guardou pra si a revelação.<br />
Na gíria, diria-se que naquele exato instante,<br />
após tão forte sacudida, a ficha finalmente<br />
caiu.<br />
A situação financeira deles era preocupante<br />
e muito pouco promissora. Viviam de ranchos<br />
ofertados pela sogra de Kleiva e ás vezes<br />
por sua própria mãe, que trazia compras ás escondidas<br />
do marido, homem duro, que não admitia<br />
“sustentar vagabundo”. Pra piorar, Arthur<br />
andava jurado de morte por traficantes e alertado<br />
pra si o olhar da polícia.<br />
As ofertas de trabalho, isso ela não ignorava,<br />
estavam escassas. Haviam vagas, mas<br />
só para pessoas qualificadas com cursos e,<br />
principalmente, com experiência na função.<br />
Trabalhar num tambo, porém, parecia ser a<br />
chance de ouro para os dois, que não tinham<br />
assim tanto estudo. Além disso sairiam daquela<br />
vila onde o clima começava a ficar nebuloso. A<br />
luz no fim do túnel havia brilhado de fato naquele<br />
anúncio.<br />
Acabaram caindo nas graças do tal<br />
Enilson, proprietário daquele rebanho leiteiro,<br />
residente na zona rural do município de Viamão,<br />
à 10 km de Porto Alegre. Deixaram a pequena<br />
Úrsula com a mãe de Arthur e partiram<br />
para aquela guinada em suas vidas.<br />
O tambo abastecia armazéns e casas<br />
das redondezas, dispondo de vasta freguesia e<br />
credibilidade. O rapaz em sua primeira semana<br />
no emprego até que demonstrou algum empenho.<br />
Contudo, como de costume, começou a<br />
achar desgastante aquela rotina de acordar cedo<br />
em pleno inverno gaúcho. Seu Enilson, que<br />
simpatizara bastante com ele, ofereceu-lhe um<br />
remanejamento de função. Foi transferido para<br />
um abatedouro do fazendeiro, distante 2 km<br />
dali, onde lavaria sangue do chão e recolheria<br />
tripas, chifres, pêlos e tudo que não era aproveitado<br />
pelo açougue. O novo horário da pegada,<br />
às 10:00 h da manhã, de imediato lhe<br />
agradou. Dava para descansar um pouco mais<br />
na cama.<br />
Observando, certa vez, a linha de produção<br />
e abate da firma, deparou-se com um<br />
fato curioso que fez-lhe pensar com seriedade.<br />
O abatedouro executava o chamado “abate humanitário”,<br />
onde os animais são respeitados e<br />
vivem com dignidade todos os seus dias. Certa<br />
ocasião, resolveu o rapaz assistir passo a passo,<br />
como os bois e vacas eram tratados nos<br />
momentos finais de vida. Sentou-se confortavelmente<br />
num banquinho, bem perto do corredor<br />
final ou mangueira, por onde dois bois aca-<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
bavam de passar, espetados pela lança do carneador.<br />
O da frente, marrom de patas brancas,<br />
pêlo lustroso e ralo, foi golpeado na cabeça por<br />
uma barra de ferro. Emitiu um longo mugido de<br />
dor. Apanhou ainda outras vezes, sempre na<br />
região do crânio, e por fim dobrou os joelhos,<br />
tombando pesadamente ao chão. O de trás,<br />
branco da raça zebu, brecou à 10m da linha de<br />
abate com um olhar assombrado. Parecia nitidamente<br />
perceber o que lhe aguardava logo à<br />
frente, sendo necessários vários gritos e algumas<br />
leves espetadas humanitárias dos peões<br />
para fazê-lo prosseguir.<br />
Arthur é hoje um convicto trabalhador<br />
do tambo, parece resignado à sorte que teve ao<br />
lado da companheira e não come mais carne<br />
de gado. Kleiva, por sua vez, pôde enfim agradecer<br />
e pagar as promessas à sua Nossa Senhora<br />
das Causas Impossíveis. Seu homem<br />
finalmente enveredou pela trilha do esforço e<br />
do suor para ganhar o pão. Úrsula mora com<br />
eles no chalé de madeira cedido pelo Sr. Enilson,<br />
adaptando-se com bastante rapidez à vida<br />
no campo.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Por Cintia Maria de Medeiros<br />
Ele era um menino igual a cem mil outros meninos do mundo, tinha o ar curioso e<br />
vontade de explorar planetas. Via o pequeno príncipe viajando por entre cometas, e queria<br />
fazer o mesmo...bem, mas ele não tinha um cometa...como chegar ao céu?<br />
Começou a namorar a lua, olhava pra ela...e se perguntava, como chegar até ela?<br />
Estava tão distante, não havia como chegar até ela...!!<br />
Começou então a observar o céu, estudava seus detalhes...queria viajar o universo,<br />
fazer morada num planeta bem distante de tudo que encontrou aqui na Terra. Decidiu-se por<br />
Plutão, nem grande nem pequeno...mas distante o bastante de um prato de cuscuz!!<br />
Correu pro laboratório e pôs-se então a planejar...passava horas observando o céu, e<br />
todos os seus planetas...aprendeu a se guiar pelas estrelas, e sabia exatamente cada ciclo de<br />
cada um passava...!! Mas como chegar ao céu? Queria viajar entre os planetas, o mundo era<br />
pequeno demais pros seus pensamentos...!!<br />
O MENINO E O ESPAÇO<br />
Resolveu inventar uma máquina de tele transporte...que pudesse viajar no tempo e no<br />
espaço. Foram meses juntando peças, projetando minúcias que não permitissem a menor<br />
sombra de falhas...e muitas falhas, problemas e dificuldades...ora ela pegava, ora ela<br />
quebrava...!! E novas peças vinham, novas formas iam se adaptando e novas dificuldades<br />
chegavam...!!<br />
Ele olhava pro céu, via os planetas tão distantes e tudo que queria era chegar ao céu,<br />
viajar entre os planetas e fazer morada em Plutão, mas como chegar?! A máquina não<br />
pegava...<br />
Foi então que teve uma ideia, voltou pro laboratório e começou a observar sua<br />
invenção. Lembrou-se de uma peça antiga que havia comprado já algum tempo em de suas<br />
viagens, lá na França...era uma chave elétrica, que ele nem sabia se funcionava...não<br />
custava tentar...!!<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Fez alguns testes, e nada...!! Como viajar entre os planetas?!<br />
Tenta daqui, tenta dali...e haja graxa!! Mas não é que a danada pegou?! Só faltava descobrir<br />
se funcionava...<br />
O fim eu não sei, o menino, como num passe de mágica sumiu...desconfio que esteja morando<br />
em Plutão, viajando entre os Planetas...mas com a Terra ele não quis mais conversa, e<br />
jurou que se um dia fosse nunca mais comeria cuscuz...o que ele não sabe é que na sua bolsa<br />
eu coloquei um pacote de fubá!!<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Sarah Venturim Lasso<br />
.........O guia do mochileiro das galáxias?<br />
Em clima de “fim de mundo” este livro dá certo tom de humor ao<br />
fim do nosso querido planeta. Em meio a toalhas e aliens que recitam<br />
poemas, tudo pode acontecer quando um terráqueo fica sem<br />
lar.<br />
O filme não deixa por menos, mas confesso que o livro dá mais assas<br />
a imaginação, como sempre!<br />
E pelo menos ficamos gratos de não viver em um planeta, como<br />
os personagens visitaram, onde quando se tem uma ideia ou quando<br />
pensa, ganha-se uma pá na cara!<br />
Diversão na certa pro dia do fim do mundo!<br />
Venha participar conosco da<br />
edição de março da revista<br />
<strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong>!<br />
O tema:<br />
MULHER, UM UNIVERSO.<br />
Peça o formulário de inscrição<br />
através de nosso e-mail<br />
varaldobrasil@gmail.com<br />
Inscrições abertas até 10 de<br />
fevereiro.<br />
Imagem: http://www.freegreatpicture.com/f<br />
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Reciclagem de Pilhas e Baterias<br />
Argo: Reprodução<br />
Fonte: hp://www.infoescola.com/<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos<br />
à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, como<br />
o mercúrio, chumbo, cobre, zinco,<br />
cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais<br />
de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias<br />
de celular produzidas e comercializadas todos os anos.<br />
Grande parte das pilhas e baterias descartadas são jogadas<br />
no lixo comum sem nenhum tratamento técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há<br />
uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades mínimas<br />
ou nulas de metais poluidores como os citados anteriormente.<br />
Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />
(Conama) de <strong>19</strong>99. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de diversas empresas<br />
que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo naturalmente<br />
aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente.<br />
Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável<br />
nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Muitas<br />
pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora<br />
do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama.<br />
Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda possuem a cultura<br />
de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por<br />
exemplo, nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1% das pilhas<br />
descartadas são recicladas.<br />
Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resíduos,<br />
segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescentes,<br />
latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.<br />
Se a reciclagem de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfatório<br />
pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas, fiscalização<br />
nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e educação<br />
que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o impacto ambiental<br />
causado pelas pilhas e baterias é substituir, na produção, os metais pesados por novos<br />
insumos não nocivos .<br />
Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas recarregáveis<br />
na tentativa de diminuir o descarte e o uso de metais pesados.<br />
Fontes:<br />
http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-pilhas-baterias.htm<br />
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/pilhas_e_baterias/pilhas_e_baterias.html<br />
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Leis Ambientais Brasileiras<br />
As principais leis brasileiras sobre a defesa do<br />
meio ambiente, legislação ambiental brasileira<br />
Argo: Reprodução<br />
Fonte: hp://www.suapesquisa.com/<br />
Principais leis de proteção ambiental<br />
no Brasil<br />
- Novo Código Florestal Brasileiro<br />
- Lei nº 4771/65 (ano <strong>19</strong>65)<br />
- promulgada durante o segundo<br />
ano do governo militar, estabeleceu<br />
que as florestas existentes no território<br />
nacional e as demais formas<br />
de vegetação, ...são bens de interesse<br />
comum a todos os habitantes do<br />
País.<br />
- Política Nacional do Meio Ambiente<br />
- Lei nº 6938/81 (ano <strong>19</strong>81)<br />
- tornou obrigatório o licenciamento<br />
ambiental para atividades ou empreendimentos<br />
que possam degradar<br />
o meio ambiente. Aumentou a<br />
fiscalização e criou regras mais rígidas<br />
para atividades de mineração,<br />
construção de rodovias, exploração<br />
de madeira e construção de hidrelétricas.<br />
- Lei de Crimes Ambientais - Decreto<br />
nº 3179/99 (ano <strong>19</strong>99)<br />
- instituiu punições administrativas<br />
e penais para pessoas ou empresas<br />
que agem de forma a degradar a<br />
natureza. Atos como poluição da<br />
água, corte ilegal de árvores, morte<br />
de animais silvestres tornaram-se<br />
crimes ambientais.<br />
- Sistema Nacional de Unidades<br />
de Conservação da Natureza<br />
(SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano<br />
2000)<br />
- definiu critérios e normas para a<br />
criação e funcionamento das Unidades<br />
de Conservação Ambiental.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
- Medida Provisória nº 2186-16<br />
(ano 2001)<br />
- deliberou sobre o acesso ao patrimônio<br />
genético, acesso e proteção<br />
ao conhecimento genético e ambiental,<br />
assim como a repartição dos<br />
benefícios provenientes.<br />
- Lei de Biossegurança - Lei nº<br />
11105 (ano 2005)<br />
- estabeleceu sistemas de fiscalização<br />
sobre as diversas atividades<br />
que envolvem organismos modificados<br />
geneticamente.<br />
- Lei de Gestão de Florestas Públicas<br />
- Lei nº 11284/2006 (ano<br />
2006)<br />
- normatizou o sistema de gestão<br />
florestal em áreas públicas e criou<br />
um órgão regulador (Serviço Florestal<br />
Brasileiro). Esta lei criou<br />
também o Fundo de Desenvolvimento<br />
Florestal.<br />
- Medida Provisória nº 458/2009<br />
(ano 2009)<br />
- estabeleceu novas normas para a regularização de<br />
terras públicas na região da Amazônia.<br />
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ORAÇA O <strong>DO</strong> AMOR<br />
GRATIDÃO<br />
Por Cléo Reis<br />
O que posso fazer para agradecer ao Criador?...<br />
Pelos meus olhos que enxergam tanta Beleza !<br />
A minha inteligência que me liga à Natureza<br />
Meus ouvidos ouvem Poesia<br />
Minha alma abraça amigos<br />
Quanto mais posso orar ?<br />
ao som das cascatas<br />
entre flores perfumadas<br />
sob o céu como altar!<br />
Amar a Vida e todas as pessoas<br />
parece pouco<br />
O que mais posso fazer ?<br />
além do silêncio e comunhão,<br />
êxtase do Evangelho em meu coração...<br />
Posso fomentar a esperança<br />
de como Trigo florescer<br />
e entre homens em descaminhos,<br />
a tudo o Amor sobreviver.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Oração de<br />
São Francisco de Assis<br />
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.<br />
Onde houver ódio, que eu leve o amor;<br />
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;<br />
Onde houver discórdia, que eu leve a união;<br />
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;<br />
Onde houver erro, que eu leve a verdade;<br />
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;<br />
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;<br />
Onde houver trevas, que eu leve a luz.<br />
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais<br />
Consolar, que ser consolado;<br />
compreender, que ser compreendido;<br />
amar, que ser amado.<br />
Pois, é dando que se recebe,<br />
é perdoando que se é perdoado,<br />
e é morrendo que se vive para a vida eterna.<br />
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Evoluindo<br />
Por<br />
Domingos Alberto Richieri Nuvolari<br />
Vem o sol nascente,<br />
Arrasando o orvalho,<br />
O resto que sobrou,<br />
Da noite enluarada.<br />
O sol iluminando,<br />
Desbravando os<br />
Vastos campos, as<br />
Vastas florestas.<br />
Já um pouco ardente,<br />
Os pássaros cantam,<br />
As aves gorjeiam,<br />
O belo mundo vivo começa.<br />
O vento assoviando,<br />
entre os belos picos,<br />
O mundo flagelado de<br />
Um passado, um passado<br />
Marcante.<br />
hoje o sol também nasce,<br />
E ilumina o resto de<br />
Fumaça que sobrou<br />
Do dia anterior.<br />
E ele ilumina<br />
Os belos andares da<br />
Vida moderna.<br />
Da fumaça que faz parte,<br />
Deste mundo de hoje.<br />
O homem evoluiu, e como<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Consegue hoje fazer<br />
de tudo.<br />
E ele conseguiu até,<br />
Encurtar a vida<br />
Já restrita do homem.<br />
O homem conseguiu<br />
Destruir o único objeto<br />
da Vida. O encanto de viver!<br />
Foto: Malyfred<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Sou baiana<br />
Por Ednaldo Muniz<br />
Sou baiana guerreira<br />
De sangue africano,<br />
Sou baiana guerreira africana.<br />
Sou baiana<br />
Da gema do ovo<br />
De São Salvador.<br />
Sou negra do Abaeté<br />
De pernas pra vê,<br />
Sambar pra você.<br />
Sou negra baiana<br />
De muito sabor.<br />
Mistério, lenda,<br />
Tradição, religião,<br />
Candomblé,<br />
Capoeira.<br />
Quem vai tirar do meu<br />
Coração?<br />
Sou da Bahia guerreira<br />
Da gema do ovo<br />
De São Salvador.<br />
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O CERRA<strong>DO</strong>, FAZENDEIROS E<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
uma área de 2 milhões de Km², abrangendo dez estados<br />
do Brasil Central. Nas décadas de 40 e 50, havia<br />
ONÇAS PINTADAS<br />
no Brasil muito maior extensão de cerrado, assim<br />
Por Eliane Accioly<br />
como de outros biossistemas.<br />
http://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm).<br />
A arte é feita do lugar natal, aquele de nossa língua<br />
Volto ao Triângulo Mineiro e não vejo mais cerrado,<br />
materna. Para mim, o cerrado é matéria prima, a fon-<br />
apenas poucas reservas, quase todas em fazendas ou<br />
te na qual bebo. Lembro-me de nós, crianças, no ma-<br />
condomínios de luxo, particulares. Imagino que posto,<br />
como chamávamos o cerrado. Arbustos retorcisa<br />
haver reservas maiores do governo, mas preciso<br />
dos, rios de fluxo rápido, ribeirões transparências<br />
pesquisar para afirmar.<br />
macias e brilhantes, e poços ribeirinhos onde se po-<br />
Em uma ida ao Triângulo escutei reclamações de<br />
dia nadar. E as matas, pois no cerrado também as há.<br />
fazendeiros, revoltados com as onças-pintadas. Elas<br />
Emas correndo soltas, seriemas e nuvens barulhentas<br />
comem bezerros em profusão, afirmavam. Perguntei:<br />
de periquitos, maritacas, tucanos. Tatus e tamanduás<br />
- Como assim? Onças no meu tempo nunca apareci-<br />
-bandeira quando havia sorte, porque são medrosos<br />
am. Onça comendo bezerro?<br />
do humano. Aliás, como todos os bichos selvagens.<br />
O que ocorre, no meu entender, é que as fazendas<br />
Do cerrado me ficaram os amplos horizontes, o si-<br />
invadiram as matas, enormemente desbastadas. As<br />
lêncio quebrado por gritos de pássaros e rajadas de<br />
reservas ecológicas obedecem ao chamado limite<br />
vento. Bicho e vento, feitos de silêncio, como o ruí-<br />
legal. Os fazendeiros dizem: - Não posso derrubar<br />
do do mar, que conheci bem mais tarde. Não tenho<br />
toda a mata, mas o que puder vou desmatar para<br />
medo de onça pintada, lobo guará, cobra. De calan-<br />
plantar eucalipto, ou criar gado, ou plantar soja... O<br />
go, muito menos. Fico horas olhando para um deles<br />
lucro.<br />
parado, quentando sol.<br />
Vivi no cerrado nas décadas de 40 e 50. Talvez, ain-<br />
(Segue)<br />
da exista em mim a ilusão da liberdade, gerada pela<br />
imensidão do olhar, que no cerrado nunca chegava<br />
ao fim. O olhar resvalava no horizonte e seguia<br />
além. Havia, sim, o dia que se findava, quando a noite<br />
caía sobre nós. E ninguém se machucava. Era hora<br />
de ouvir as histórias dos peões, do meu avô Moisés,<br />
do Mario, o administrador da fazenda... Contavam<br />
das casas mal-assombradas, do poço preferido do<br />
Velho do Rio, muito perigoso para as crianças, da<br />
pedra onde as iaras se espraiavam, saindo do fundo<br />
do rio, de manhãzinha ou ao pôr sol. Casas, poços e<br />
pedras, pontos mapeados.<br />
Pesquisas na Internet mostram que o cerrado foi a<br />
segunda maior formação vegetal brasileira, habitat<br />
riquíssimo em sua diversidade de fauna, flora, minerais,<br />
água. Originalmente, o cerrado estendia-se por<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Por que onças-pintadas comem bezerros? Os fazendeiros dizem que é mais fácil comer bezerro desvalido,<br />
dá menos trabalho. Seriam as onças preguiçosas? Não acredito em onça preguiçosa, em onça acuada, sim.<br />
As matas foram invadidas e descaracterizadas, não invadiram as fazendas. E os animais das matas? Não<br />
reconhecem mais seu território neste habitat estraçalhado. Onça é natureza. Nós, animais-humanos, também<br />
somos natureza. Sem acreditar nisto, nos dissociamos.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Flutuar da pétala<br />
Por Evelyn Cieszynski<br />
flor que<br />
lentamente cai<br />
no abismo<br />
aos poucos<br />
suas pé ta las<br />
se despedaçam<br />
e quando<br />
encontra o chão<br />
só resta<br />
pólen.<br />
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BERINGELAS RECHEADAS<br />
Fonte: hp://www.receitasvegetarianas.net/<br />
NGREDIENTES PARA 6 PESSOAS<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
225 g de lentilhas<br />
850 ml de água<br />
2 dentes de alho, esmagados<br />
3 beringelas<br />
200 ml de óleo vegetal<br />
2 cebolas, picadas<br />
4 tomates, picados<br />
2 colheres de chá de sementes de cominho<br />
1 colher de chá de canela em pó<br />
2 colheres de sopa de pasta de caril pouco picante<br />
1 colher de chá de malagueta, picada<br />
2 colheres de sopa de hortelã, picada<br />
Sal<br />
Pimenta<br />
Iogurte natural e raminhos de hortelã, para servir<br />
PREPARAÇÃO DAS BERINGELAS RECHEADAS<br />
- Enxague as lentilhas em água fria corrente. Escorra e coloque numa panela com água e alho.<br />
Tape e coza durante cerca de 30 minutos.<br />
- Coza as beringelas numa panela com água a ferver durante 5 minutos. Escorra e mergulhe-as<br />
depois em água fria durante 5 minutos. Escorra de novo, corte as beringelas ao meio longitudinalmente<br />
e retire-lhes a maior parte da polpa e reserve, deixando uma margem de 1 cm de espessura<br />
para formar uma concha.<br />
- Coloque as conchas de beringela numa assadeira untada pouco funda, pincele com um pouco de<br />
óleo e polvilhe com sal e pimenta. Coza no forno previamente aquecido, a <strong>19</strong>0° C, durante cerca<br />
de 10 minutos. Entretanto, aqueça metade do restante óleo numa frigideira, junte as cebolas e os<br />
tomates e cozinhe, em lume brando, durante 5 minutos. Corte a polpa da beringela reservada,<br />
acrescente à frigideira com as especiarias e cozinhe lentamente durante 5 minutos. Tempere com<br />
sal.<br />
- Adicione as lentilhas, a maior parte do restante óleo, reservando um pouco para mais tarde, e a<br />
hortelã. Deite a mistura nas conchas de beringela. Regue com o restante óleo e coza durante 15<br />
minutos no forno. Sirva as beringelas recheadas quentes ou frias, com uma colherada de iogurte<br />
natural e raminhos de hortelã por cima.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Planeta Terra<br />
Por Flávia Assaife<br />
Formado pela agregação de poeiras cósmicas<br />
Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais<br />
Planeta que compõem o sistema solar<br />
Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água...<br />
Este é o Planta Terra: a nossa morada!<br />
Nele vivemos há milhões de anos<br />
protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas<br />
pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera.<br />
E o que NÓS fazemos para proteger a Terra?<br />
Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em<br />
constante movimento lento e contínuo...<br />
Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida<br />
pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera!<br />
E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?<br />
Com um ecossistema equilibrado e perfeito,<br />
Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se...<br />
Tornando rica a biodiversidade,<br />
Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar.<br />
E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar?<br />
As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se deteriorar...<br />
A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat.<br />
Consome sem pudor, destrói em nome do progresso,<br />
E o pior, tem consciência dos reflexos...<br />
Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chamamos de lar?<br />
Aquecimento global?<br />
Planeta sustentável?<br />
Alguns acreditam que são ações sem igual...<br />
Outros percebem o quão a luta é desigual.<br />
Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal...<br />
O lar de nossos ancestrais,<br />
O lar de nossos pais!<br />
E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos?<br />
Pelos netos, dos nossos netos?<br />
O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo?<br />
Basta de esperar que outros façam<br />
Basta de reclamar e nada fazer<br />
Basta de somente assistir aos jornais na TV<br />
É preciso agir<br />
É preciso fazer acontecer<br />
O Planeta TERRA pede socorro para você!<br />
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Por Helena Akiko Kuno<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Tico, o cão gato<br />
Era uma vez um gatinho muito levado chamado Tico.<br />
Em um belo dia Tico inventou a modinha de dar apelidos de mal gosto às pessoas.<br />
Ele chamou o cachorrinho Tigor de bobalhão, o passarinho Noé de cagão, o hamster<br />
Elepant de gorducho e provocou outros colegas também.<br />
Até o dia em que ele chamou uma pobre e velha gatinha de “velha coroca” e para sua<br />
surpresa, essa velhinha era uma fada jovem que não gostou nada do que Tico falou e lhe deu<br />
um castigo:<br />
- Você se transformará em cachorro toda lua cheia, para aprender a ser bom.<br />
Na primeira lua cheia, Tico gostou muito em se transformar em cachorro, mas depois a<br />
situação foi se complicando... até demais...<br />
Primeiro, ele quase foi pego pela carrocinha umas quatro vezes, depois conheceu cachorros<br />
durões que batiam nele e além de outras coisas ruins.<br />
Mas ele continuou com seu mau comportamento...<br />
Depois da 10ª lua cheia, Tico não voltou a ser gato e ficou muito preocupado.<br />
Ele então pediu perdão a Deus e para a fada por ter sido mau com todos. Nesse momento<br />
a fada saiu do céu e disse:<br />
-Prometa que nunca mais vai mentir?<br />
-Prometo.<br />
-Promete que nunca mais vai tirar sarro dos outros?<br />
-Prometo.<br />
-Então agora será de novo gato e terás a melhor vida do mundo! Mas lembre-se se tornar<br />
a fazer maldade, o castigo voltará.<br />
E nesse momento uma menina rica, que passava na rua, viu Tico sozinho e ficou encantada,<br />
pegou o gatinho no colo e cuidou dele para sempre.<br />
Foto Francine Ferreira<br />
FIM<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
CRIATURAS<br />
Por Isabel C S Vargas<br />
São Francisco de Assis é o autor de Cântico das Criaturas. Ao tomarmos contato com<br />
seu poema somos levados a pensar que o santo já se preocupava com o planeta, além de todo<br />
seu amor pelos animais. Quem são as criaturas louvadas por ele em sua oração? Podemos afirmar<br />
que Criatura é todo universo. Extrapola o Planeta Terra. Pois se ele cantava as Criaturas e<br />
por elas demonstrava amor e estas criaturas abrangem o universo e até os seres menores, então<br />
ele amava o universo, E quem ama cuida. Logo o universo deve ser cuidado e respeitado,<br />
Ele falava no sol que clareia o dia e nos ilumina, o Irmão Sol, na lua que com as estrelas são<br />
preciosas e belas e o céu enfeita. É belo seu dizer. Louva o ar, o vento, as nuvens. E não só,<br />
exalta a água, humilde, simples, casta e limpa. Vejam que modo terno de referir-se à natureza.<br />
Como alguém conhecedor e familiarizado. Com carinho, com respeito e sem distância.<br />
Exalta o irmão o fogo, alegre, forte, vigoroso e belo que às noites clareia. E, também enfeita.<br />
Todos estes elementos são obras magnânimas de Deus, Senhor Criador do Universo e neste<br />
universo ele cita a Irmã Terra. Nosso Planeta. A Mãe Terra - na qual vivemos, e nem sempre<br />
temos o cuidado devido em preservar- que nos sustenta e governa, produz flores, frutos e ervas.<br />
São Francisco não deixa escapar nada em sua oração de amor às criaturas. Devemos cuidar<br />
da terra, do solo que é fértil e nos sustenta, das águas, do céu, das nuvens, do ar, porque tudo<br />
é parte de um mesmo sistema que deve permanecer em equilíbrio para a preservação de todos.<br />
Aquilo que for jogado no universo será o que ele nos devolverá. Não existe ação sem reação,<br />
mesmo que essa não se produza de imediato. Catástrofes ocorrem após dezenas de anos em<br />
virtude de agressões absurdas ao meio ambiente. E quando se fala em meio ambiente é de modo<br />
amplo. O que fazemos aqui pode repercutir do outro lado do planeta e vice e versa.<br />
Logo, somos todos responsáveis- ou, pelo menos, deveríamos ser.<br />
Salvemos a Mãe Terra, Salvemos o Planeta, Salvemos o Universo. Principalmente de nossas<br />
ações impensadas. Não podemos só exigir dos demais. Façamos a nossa parte, mesmo que<br />
seja cuidando do riacho no fundo de nossa casa. Compromisso, respeito e amor pelo Planeta.<br />
E isso se faz evitando desmatamento, cuidando do lixo , não poluindo, cuidando da água, do<br />
solo, da atmosfera, evitando a destruição das camadas protetoras da terra, evitando o descongelamento<br />
das geleiras, evitando destruições de continentes, preservando a flora e a fauna, evitando<br />
derramamentos de petróleo que comprometem a vida marinha, evitando a pesca e a caça<br />
predatória. Enfim, é um conjunto de ações, com envolvimento de muitos, pois nada se faz sozinho.<br />
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Reciclagem<br />
Artigo reprodução. Fonte: http://<br />
www.suapesquisa.com/<br />
Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de<br />
alumínio, reciclagem de papel,<br />
respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva<br />
de lixo, reciclagem de plástico<br />
Introdução<br />
Reciclar significa transformar<br />
objetos materiais usados em novos<br />
produtos para o consumo.<br />
Esta necessidade foi despertada<br />
pelos seres humanos, a partir do<br />
momento em que se verificou<br />
os benefícios que este procedimento<br />
trás para o planeta Terra.<br />
Importância e vantangens da<br />
reciclagem<br />
A partir da década de <strong>19</strong>80, a produção de<br />
embalagens e produtos descartáveis aumentou<br />
significativamente, assim como a produção<br />
de lixo, principalmente nos países desenvolvidos.<br />
Muitos governos e ONGs estão cobrando<br />
de empresas posturas responsáveis: o<br />
crescimento econômico deve estar aliado à<br />
preservação do meio ambiente. Atividades<br />
como campanhas de coleta seletiva de lixo e<br />
reciclagem de alumínio e papel, já são comuns<br />
em várias partes do mundo.<br />
No processo de reciclagem, que além de preservar<br />
o meio ambiente também gera riquezas,<br />
os materiais mais reciclados são o vidro,<br />
o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem<br />
contribui para a diminuição significativa<br />
da poluição do solo, da água e do ar. Muitas<br />
indústrias estão reciclando materiais como<br />
uma forma de reduzir os custos de produção.<br />
Um outro benefício da reciclagem é a quantidade<br />
de empregos que ela tem gerado nas<br />
grandes cidades. Muitos desempregados estão<br />
buscando trabalho neste setor e conseguindo<br />
renda para manterem suas famílias.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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Cooperativas de catadores de papel e alumínio<br />
já são uma boa realidade nos centros urbanos<br />
do Brasil.<br />
Muitos materiais como, por exemplo,<br />
o alumínio pode ser reciclado com um<br />
nível de reaproveitamento de quase<br />
100%. Derretido, ele retorna para as<br />
linhas de produção das indústrias de<br />
embalagens, reduzindo os custos para<br />
as empresas.<br />
Muitas campanhas educativas têm<br />
despertado a atenção para o problema<br />
do lixo nas grandes cidades. Cada vez<br />
mais, os centros urbanos, com grande<br />
crescimento populacional, tem encontrado<br />
dificuldades em conseguir locais<br />
para instalarem depósitos de lixo. Portanto,<br />
a reciclagem apresenta-se como<br />
uma solução viável economicamente,<br />
além de ser ambientalmente correta.<br />
Nas escolas, muitos alunos são orientados<br />
pelos professores a separarem o<br />
lixo em suas residências. Outro dado<br />
interessante é que já é comum nos<br />
grandes condomínios a reciclagem do<br />
lixo.<br />
Assim como nas cidades, na zona<br />
rural a reciclagem também acontece.<br />
O lixo orgânico é utilizado na fabricação<br />
de adubo orgânico para ser utilizado<br />
na agricultura.
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter ,<br />
muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar<br />
o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.<br />
Exemplos de Produtos Recicláveis<br />
- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de<br />
medicamentos, cacos de vidro.<br />
- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.<br />
- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre,<br />
alumínio.<br />
- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de<br />
supermercado.<br />
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Por Ivane Laurete Perotti<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A TEIA <strong>DO</strong> INFNITO<br />
Grossas lágrimas cristalizadas pela dor ponteavam a superfície dos oceanos. Uma a uma misturavam-se<br />
ao líquido salgado das águas volumosas.<br />
Montanhas desvestidas dos verdes mantos encrespavam-se diante dos olhos perdidos. Um<br />
homem caminhava pelo deserto particular de sua desesperança. Só, desde o berço da alma<br />
vazia, buscava a razão para tamanho descrédito.<br />
Salve a Terra, gritava a memória!<br />
Salve a Terra, respondia o coração!<br />
Nem um eco no horizonte das possibilidades.<br />
As estrelas penduravam-se na dança das lágrimas tristes. O mar recebia o peso sem brilho<br />
abrindo espaço para o mergulho dolorido. Mistura insalubre golpeava os peixes, as baleias e<br />
os golfinhos. Caracóis de algas deslizavam sem vida pela corrente desvairada.<br />
Lágrimas desciam das estrelas coxas, mancas estrelas que perderam a cor. Pontas estranguladas<br />
de luz esgueiravam-se por entre as nuvens<br />
Salve a Terra, pediam os astros!<br />
Salve a Terra, clamavam!<br />
Um homem caminhava só.<br />
Montanhas desnudas cobriam o horizonte fosco rastreando perdidas linhas de trilhas antigas.<br />
A saudade do antes planeta azul caminhava só.<br />
Um homem triste carregava pesado fardo.<br />
O horizonte vazio aguardava expelindo mais um suspiro.<br />
Mais um... mais um...<br />
A teia do infinito tinha pressa em refazer-se nas poucas brumas que pairavam sobre o cume do<br />
tempo. Em tom de urgência, ouviam-se lamentos tragados pelo véu do inconformismo.<br />
Salve a Terra!<br />
Salve a Terra!<br />
Dos olhos do homem que caminhava só brotou um lampejo de entendimento:<br />
Salvo a Terra!<br />
Salva a Terra!<br />
Salvo-me!<br />
Pintura de Ivane Laurete Pero<br />
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ORAÇÃO A TERRA<br />
Jandyra Abranches<br />
Ave! Bendita,<br />
Cheia de graça!<br />
Que ofereces generosa<br />
O fruto do teu ventre<br />
À colheita farta,<br />
Quando, atendendo<br />
Aos desejos das tuas entranhas,<br />
Lançam-te sementes de vida.<br />
Glorificada és,<br />
Por todas as criaturas,<br />
Que de ti recebem<br />
O pão e o agasalho,<br />
Filhos abençoados<br />
De tua concepção.<br />
Santa protetora!<br />
Mãe de todas as messes,<br />
Que concebes<br />
Pelo santo espírito<br />
Do trabalho,<br />
Lança sobre nós,<br />
Que de ti procedemos,<br />
O dom abençoado<br />
Do crescimento<br />
E da multiplicação,<br />
Para que sejamos dignos<br />
De viver e herdar-te<br />
As benesses da vida.<br />
Para sempre glorificada,<br />
Bendita do altíssimo!!<br />
Amém.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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Meu pau de manga<br />
Por José Cambinda Dala<br />
Mangueira linda!<br />
Quanto tempo espero?<br />
Para saborear seus frutos,<br />
Chupar o compacto sumo,<br />
Mastigar suas bostelas<br />
Sejam elas<br />
Verdes, vermelhas ou amarelas<br />
Com certeza serão açucaradas e vitaminadas<br />
Pois, recordo-me<br />
Da manga que comi<br />
Há três anos atrás<br />
Cujo caroço não deitei fora<br />
Estendi por cima da casa<br />
E que depois de seco<br />
Com ajuda duma enxada<br />
Enterrei…<br />
Aí onde estás hoje<br />
Ele havia rebentado<br />
E transformou-se em seu sustentáculo<br />
Que com bastante água fortifica-te.<br />
Minha planta!<br />
Espero você crescer<br />
Poder florescer<br />
Dar frutos e deixar amadurecer,<br />
Para trepar-te e cedo não descer<br />
E a vida conhecer<br />
Como um Macaco de fome a falecer,<br />
Agarrado em seus galhos<br />
Comer mangas maduras<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Linda árvore!<br />
Aguardo ainda<br />
Com bastante afinco<br />
Poder repousar em sua sombra<br />
Que com certeza<br />
Irá cobrir o meu acanhado quintal<br />
Nos dias de sol ardente<br />
Por fim…<br />
Imagino!<br />
O benefício que há de nos dar<br />
A começar com a pureza do ar que respiramos<br />
O oxigénio produzido<br />
E o controle da poeira pelas folhas<br />
Meu pau de manga!<br />
Não vejo a hora<br />
De seres autónomo,<br />
De nossas águas não mais precisares<br />
Porque suas raízes<br />
E a mãe Natureza farão de tudo<br />
Para que possas continuar<br />
Viver sempre em benefício de outros seres.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Três verdades de Belo Monte...<br />
Por José Carlos Paiva Bruno<br />
Acabo de assistir no YouTube um sensacional vídeo (os inspiradores devem ser o procurador<br />
Pontes e a jornalista Rebecca Sommer) sobre a polêmica de Belo Monte... Impressionante como<br />
nossos atores & atrizes – da espetacular Maitê ao filho do Chico/Alcione (que aparenta<br />
quando crescer o genial Jô) – em fetiche ecológico, brilham sempre, é lógico! Mas como diz o<br />
sensato Fagner (que não está no vídeo): deixemos de coisa cuidemos da vida, pois se não chega<br />
à morte ou coisa parecida, e nos arrasta moço sem ter visto a vida...<br />
Então digo; preciso do que não seja indutivo... Usina famosa antes de fazer desenvolvimento<br />
daquela esquecida região será a terceira maior do mundo... Respeito os índios e mesmo sabendo<br />
de suas peripécias em contrabando de mogno, mutilações macabras Paiakan, extração de<br />
ouro com mercúrio (que não é permitida aos demais brasileiros), desejo o fim da balela; trela de<br />
serem sempre tutelados pela FUNAI. Devem escolher o SUS ou o PAJÉ, não dá pra acender a<br />
vela pra dois, incoerente pois... Temos um Projeto sério, que vem sendo desenvolvido – para<br />
acabar com a geração de energia via poluente diesel em Altamira e adjacências – desde <strong>19</strong>75,<br />
e finalmente agora o IBAMA teve a coragem de conceder a licença. Sem energia não temos<br />
AMANHÃ gente... Agora pasmem com WE ARE THE WORLD adaptado para nosso sofisma<br />
REALY DREAM TEAM XINGU... Senhoras e senhores, espetaculares clamores, quase internacionais<br />
amores, de olho em nossa ribalta de fauna e flores!<br />
Penso sinceramente pela consagrada Lei da Física: assim como dois corpos não ocupam o<br />
mesmo lugar no espaço, o mesmo vazio será ocupado... Então recomendo que <strong>BRASIL</strong>EIROS,<br />
conservemos nossa soberania com sabedoria, quero além de Belo Monte com energia abundante<br />
ocupando nossa Amazônia, quero um corredor de usinas que permitam a pavimentação<br />
da sonhada TRANSAMAZÔNICA, desenvolvida até abrirmos passagem por terra ao Pacífico...<br />
O que, além de propiciar desenvolvimento doméstico com efetiva fiscalização de nossa cobiçada<br />
floresta, nos tornará extremamente competitivos em exportações com fretes marítimos substancialmente<br />
mais baratos para os tigres... Temos tecnologia e capacidade empreendedora para<br />
tanto; sejamos o país do futuro além do PRÉ-SAL... Ou também podemos ficar assistindo vídeos<br />
e novelas vendo o tempo passar e a China avançar... Como diz de forma coerente o mesmo<br />
time de gente: DEPENDE DE NÓS...<br />
Se nosso Major Archer plantou a Floresta da Tijuca, nossa terceira maior área verde urbana...<br />
Quanto fazer hoje? Com a tecnologia disponível? Evidente que se tivermos energia além de primitivas<br />
pilhas... Então cuidado com as ilhas, de interesses diversos... Anversos avessos ao interesse<br />
<strong>BRASIL</strong>! Bem disse o físico Luiz Pinguelli Rosa em 2003: A persistência governamental<br />
em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e<br />
vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas<br />
têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O<br />
desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de<br />
80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encontro<br />
dos povos indígenas do Xingu, para 400 km2.<br />
Já que estou catando meus recortes de bons Jornais, desejando sempre mais e melhor desenvolvimento,<br />
também pensando na Dona Beija sem blusa (Uau...), finalizo com O Estado de SP:<br />
ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Escola<br />
de Economia da Fundação Getúlio Vargas, disse que o Brasil tem potencial para produzir energia<br />
elétrica com bagaço e palha de cana-de-açúcar. Isso equivale a três usinas Belo Monte dormindo<br />
no campo da cana brasileira. O fato ocorre porque não temos estratégia, ironiza e lamenta<br />
o ex-ministro...<br />
ANIMAIS EM CIRCO SA O<br />
MALTRATA<strong>DO</strong>S COM A<br />
DESCULPA DE RECEBER<br />
TREINAMENTO. TREINA-<br />
MENTO PARA O SEU<br />
ENTRETENIMENTO!<br />
ACABE COM ISTO, NA O VA A<br />
CIRCO COM ANIMAIS!<br />
PRESTIGIE OS CIRCOS<br />
QUE TE M ARTISTAS,<br />
MAS NA O TE M<br />
ANIMAIS<br />
ESCRAVIZA<strong>DO</strong>S!<br />
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Planeta terra<br />
Por José Hilton Rosa<br />
Deitado na lama seca,<br />
De um rio que fora assassinado<br />
Com as mãos insanas do homem moderno<br />
Não cansa de ter sede do querer.<br />
Bebo da água formada pelas lágrimas,<br />
Da mãe santa natureza.<br />
Respirando sonhos dentro deste planeta<br />
Quero o sol, a chuva, os animais, ofertando<br />
paz!<br />
Adeus, Adeus terra nossa<br />
Vou, quero que outros, um dia venham te visitar<br />
Terra onde me criei<br />
Tenho saudade de tudo que aqui encontrei<br />
Adeus, Adeus água do rio<br />
Onde um dia naveguei<br />
Olhar de longe<br />
A beleza que Deus criou<br />
Adeus, Adeus jatobá.<br />
Onde descansei meu suor<br />
Quero no futuro outros venham te visitar<br />
Relembrar sua sombra<br />
Onde nela me deitei<br />
Adeus, Adeus terra boa.<br />
Onde plantei tudo que dá<br />
Quero que outros de teu fruto venham alimentar<br />
Curou-me bebendo na tua fonte<br />
Adeus, Adeus terra de meu pai,<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Adeus terra de meu pai!<br />
Estou partindo, mas outros,<br />
Dela querem alimentar<br />
Chorarei a morte dos animais<br />
O homem querendo mais<br />
Não vejo o protetor das florestas<br />
Não vejo mais o Curupira<br />
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RIDÍCULO, MAS VERDADE<br />
Por Jacqueline Aisenman<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Estou numa sala de espera. Numa tela passa um documentário sobre os animais. Como preservá-los,<br />
como salvá-los, como fazer para não contribuir com a exterminação geral.<br />
Ligo o computador e pela internet vou observando o ser humano tornar-se cada vez mais uma<br />
ilha: uma ilha de homossexuais, uma ilha de afro-algumaoutracoisa, uma ilha de mulheres, uma<br />
ilha de amarelos, uma ilha de homens, uma ilha de brancos... Ilhas de pessoas...! E são tantos<br />
os termos para definir as enormes quantidades de minorias que nem me reconheço mais em alguma<br />
delas. Qualquer hora morro afogada por não ter uma ilha específica para o meu caso...<br />
Abro meus e-mails e ao invés de encontrar somente mensagens amigas, encontro dezenas de<br />
mensagens invasivas que me vendem tudo: de remédios para uma dor que não tenho a remédios<br />
para me aliviar de qualquer peso; de viagens ao redor do planeta até viagens ao paraíso,<br />
com a espada de várias religiões cravada em minha tela.<br />
Ligo a televisão é só se fala de gripe. Vacina para gripe, máscara para gripe, remédio para gripe,<br />
despesas enormes para prevenção e tratamento de gripe. Todos os outros assuntos são relegados<br />
aos segundos e terceiros e quartos planos. Inclusive todas as outras doenças (gravíssimas!).<br />
Neste planeta nosso que um dia, lá no alto, um homem admirado disse ser azul, estamos sobrevivendo<br />
à mingua.<br />
Todos se criticam, se maltratam, se matam, disputam sem piedade espaços no chão, no céu e<br />
no mar. Colocaram uma cortina de guetos entre as pessoas e ninguém mais se vê como antes.<br />
Ser natural passou a ser incomum. Animais soltos na selva são a exceção e a alegria são os enjaulados<br />
em zoológicos e circos.<br />
Hoje, se gritar, chamam a polícia antes de perguntar se você está bem e porque gritou. Hoje, se<br />
você se dirigir a alguém e não falar o "termo" correto, pode ser imediatamente processado. Hoje,<br />
se você crê em algo ou um ser superior, é um cretino; se não crê, é assediado porque deve ter<br />
um belzebu no corpo. Hoje, nem decidir sem mais nem menos pode: se não refletir antes, uma<br />
de suas ações pode provocar a ira de uma minoria... nem que seja uma de moradores do seu<br />
condomínio.<br />
E nem quero falar aqui de política, dinheiro e poder. Porque nestes assuntos a história é velha,<br />
velha como o ser humano e, por consequência, está apodrecendo junto...<br />
Indignações à parte, estamos caminhando, rápida e certeiramente, para a extinção da raça pela<br />
própria raça. Sem sutilidade. Com muitos absurdos, preconceitos, ódios e inveja disfarçados.<br />
Ridículo, mas verdade.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
LASANHA DE ESPINAFRE COM REQUEIJÃO<br />
Fonte: http://sabores.sapo.pt/<br />
Ingredientes<br />
Massa de lasanha fresca: 1 embalagem<br />
Espinafres frescos: 500 g<br />
Cebola: 1<br />
Alho: 2 dentes<br />
Requeijão: 1<br />
Molho de tomate: 1 pacote<br />
Azeite: 2 colheres de sopa<br />
Sal: q.b.<br />
Pimenta: q.b.<br />
Coentros: q.b.<br />
Queijo ralado: q.b.<br />
Preparação<br />
Prepare a massa de lasanha conforme as indicações na embalagem. Coza os espinafres durante<br />
dez minutos com um pouco de sal e azeite. Escorra-os e pique grosseiramente. Pique<br />
inamente a cebola e o alho e salteie em azeite, juntamente com os coentros. Quando estiverem<br />
transparentes, junte os espinafres já cozidos. Esmague o requeijão e tempere com<br />
sal e pimenta. Prepare um tabuleiro de ir ao forno, alternando uma camada de massa cozida<br />
com uma de recheio de espinafre e outra de requeijão. A ú ltima camada deve ser de<br />
massa. Regue abundantemente com molho de tomate e polvilhe com o queijo ralado.<br />
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<strong>BRASIL</strong><br />
Por José Luiz Pires<br />
Teus recantos, tuas artes,<br />
tua sensualidade, meu destino !<br />
Imagino teus contornos, tuas fronteiras<br />
sensualmente recobertas e guarnecidas.<br />
Programo passeios e incursões,<br />
embarco em sonho por tuas belezas naturais.<br />
Meus olhos não cansam de contemplar<br />
beleza sem par.<br />
De norte a sul<br />
viajo por todas as tuas regiões,<br />
derrapando em tuas curvas perigosas.<br />
Embrenho-me em tuas matas,<br />
exploro terras férteis no teu interior.<br />
Bebo das tuas águas cristalinas<br />
saciando minha sede.<br />
Escalo teus relevos, picos e montanhas.<br />
Aqueço-me com o teu calor,<br />
quero provar do teu mel,<br />
ver estrelas imaginando um diferente céu.<br />
Cavalgo por teus estreitos caminhos<br />
colhendo e deixando carinhos.<br />
É o poeta brasileiro<br />
redescobrindo o seu Brasil.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Mãe Natureza<br />
Por Josselene Marques<br />
A Mãe Natureza sofre...<br />
Não entende a ingratidão de seus filhos.<br />
A Mãe Natureza reage...<br />
Não consegue suportar a dor em silêncio.<br />
A Mãe Natureza alerta...<br />
Não sobreviveremos sem mudança de hábitos.<br />
A Mãe Natureza quase agoniza...<br />
Não percebem que estamos caminhando para o fim?<br />
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TU<strong>DO</strong> ESTÁ MUDAN<strong>DO</strong><br />
Autor: Lenival Nunes de Andrade<br />
Vivemos num tempo estranho e louco<br />
Onde muitas pessoas más e desonestas<br />
Matam, roubam, derrubam matas e lorestas<br />
E ainda acham pouco<br />
Estamos nesse mundo de passagem<br />
Porém devemos aproveitá-la<br />
Só a palavra de DEUS nunca passará<br />
Há muito tempo falsos profetas<br />
Preveem o im do mundo<br />
Que só se acabará quando DEUS quiser<br />
E todos humanos julgar vier<br />
A grande mentira é a verdade desse mundo<br />
Antigamente as meninas brincavam de boneca<br />
E os meninos jogavam time de botão<br />
Ou Futebol de Mesa<br />
Como queiram os senhores<br />
Os casais não se entendem mais<br />
Dialogar e dizer a verdade como é preciso não<br />
dizem jamais<br />
Acabam se separando<br />
As pessoas comentando<br />
E as vezes até julgando<br />
Só não vê quem não quer<br />
O pior cego é aquele que não quer ver<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Algumas pessoas ridıćulas até sorriem para<br />
ironizar<br />
Se seus familiares não lhe ensinam<br />
O mundo lá fora ensina<br />
E triste essa sina<br />
E ao que se destina<br />
E por im determina<br />
DEUS já mandou vários alertas<br />
Terrı́veis assombros e doenças<br />
A AIDS, o Câncer, o aquecimento global<br />
E esse calor terrı́vel e insuportável<br />
O verdadeiro amor é o divino<br />
Quantos caminhos ainda andaremos?<br />
Será que alguém ainda nos tornaremos?<br />
Vá logo estudando e meditando<br />
Porque apesar de tudo e do nosso estudo<br />
Tudo está mudando<br />
Caros humanos terráqueos, se não perdoarmos os<br />
erros dos outros seres humanos cometidos contra<br />
nós, será impossível viver, pois lembras o que JE-<br />
SUS falou na cruz antes de morrer? "Pai, perdoaivos<br />
pois não sabem o que fazem".<br />
Lenival Nunes de Andrade<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Amazônia<br />
Por Magno Oliveira<br />
As aves não mais voam<br />
Os peixes não mais nadam<br />
Os pássaros não mais cantam<br />
As pessoas não mais se amam.<br />
Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade<br />
Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade.<br />
As nossas matas desmatadas<br />
As nossas florestas devastadas<br />
Nossos animais em extinção<br />
Nosso medo da poluição.<br />
A Amazônia é nossa devemos protege lá<br />
A Amazônia é nossa devemos ama lá.<br />
Viva o verde, viva a Amazônia,<br />
Viva os índios, viva a alegria.<br />
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Sou Guarani-Kaiowá, Sou<br />
Humano, Sou Brasileiro<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Sou brasileiro e diante dos fatos não consigo<br />
Por Dhiogo José Caetano<br />
permanecer calado, preciso levar a mensagem<br />
dos “bestializados”, daqueles esquecidos por<br />
Quando analisamos o processo histórico do<br />
uma sociedade “injusta e profundamente cor-<br />
Brasil, notamos os graves problemas com relarupta”.ção<br />
à própria estruturação deste belo país que<br />
é marcado por momentos de dor, tortura, exílio,<br />
Onde está aquele povo que luta a mais de 500<br />
medo, mortes.<br />
anos, pelo seu espaço, pela sua vida como in-<br />
Na identidade nacional podemos encontrar o dividuo dentro do processo social. Onde estão<br />
ranço negativo que contribuiu para a formação eles? Eles são considerados cidadãos?<br />
e estruturação do Brasil de hoje. (A identidade<br />
Quando analisamos o processo histórico nota-<br />
nacional dentro do contexto histórico com afirmos<br />
que o índio é esquecido; permanecendo<br />
ma Hobsbawn é algo que vem depois do senti-<br />
nas bases subterrâneas do mundo contempomento<br />
de nacionalismo que existe em cada um<br />
râneo, uma concepção trabalhada por José<br />
de nós, é algo indefinido, mutável, ambíguo e<br />
Murilo de Carvalho em sua obra “Os Bestializa-<br />
de definição coletiva ou individual).<br />
dos”. Ao falar de índio nós estamos falando de<br />
Até quando viveremos atormentados por estas seres humanos, não de “animais irracionais”.<br />
mazelas que de forma complexa tortura este Eles pensam, buscam, falam e tem uma histó-<br />
“povo brasileiro”?<br />
ria para contar.<br />
Em pleno século XXI a situação da tribo Guarani-Kaiwoá,<br />
residente na Terra Indígena Pyelito<br />
Kue, no município de Iguatemi, no Mato Grosso<br />
do Sul, mobilizou a opinião pública depois que<br />
uma carta foi divulgada, tomando proporção,<br />
passando a ser interpretada como um anúncio<br />
de um suposto “suicídio coletivo” por parte da<br />
tribo. A mesma vem sendo compartilhada nas<br />
redes sociais. Nela, os Kaiwoá afirmam: que<br />
ficou “evidente que a própria ação da Justiça<br />
Federal gera e aumenta as violências contra as<br />
nossas vidas, ignorando os nossos direitos de<br />
sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de<br />
nosso território tradicional” e pedem para<br />
“decretar a nossa dizimação e extinção total,<br />
além de enviar vários tratores para cavar um<br />
grande buraco para jogar e enterrar os nossos<br />
corpos”.<br />
www.varaldobrasil.com 49
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Devemos ver com outros olhos aqueles que e de minimizar a grave situação que têm viven-<br />
contribuíram com disse Gilberto Freire para a ciado.<br />
formação e estruturação do Brasil de hoje.<br />
Desde 2008, a FUNAI investe no trabalho de<br />
Na aurora desta longa história de processos regularização das terras indígenas, quando ins-<br />
contínuos torna-se visível as características sotituiu seis Grupos de Trabalho (GTs) para a<br />
cioculturais dos diferentes povos formados den- identificação e delimitação de terras Guaranitro<br />
da sociedade brasileira, sob a ótica do relati- Kaiowá no Cone Sul do estado de Mato Grosso<br />
vismo, valorizando a questão da mestiçagem, do Sul. Em julho deste ano, a presidente e as-<br />
que antes era depreciada e que em muitos mosessores da FUNAI estiveram presentes à Aty<br />
mentos negou a contribuição do índio nas rela- Guasu (Grande Assembleia dos Povos Kaiowá<br />
ções sociais de ontem e de hoje.<br />
e Guarani), na aldeia Rancho Jacaré, município<br />
de Laguna Carapã/MS. Na ocasião, ficaram<br />
acordados novos prazos para entrega e aprovação<br />
dos relatórios de identificação e delimitação<br />
feitos pelos antropólogos responsáveis. Esse<br />
acordo foi pactuado pelos antropólogos coordenadores<br />
dos Grupos Técnicos, junto com a<br />
Funai, perante os indígenas.<br />
Os índios além de povos das florestas são setre tantas outras, a Funai reitera que continuará<br />
res humanos que tem por direito a cidadania. prestando assessoria e acompanhamento jurí-<br />
Mas onde estão eles? Eles são considerados dico, a fim de que os processos sejam julgados<br />
cidadão? Eis uma das grandes questões para o mais breve possível.<br />
ser analisada na atualidade.<br />
A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) reconhece<br />
a luta dos povos Guarani e Kaiowá, no<br />
Mato Grosso do Sul, por suas terras tradicionais<br />
e esclarece que a determinação da comunidade<br />
de Pyelito Kue de não sair do local que<br />
considera seu território ancestral é uma decisão<br />
legítima. A FUNAI respeita sua decisão e sua<br />
autodeterminação, manifestando para informar<br />
as ações que vem desenvolvendo na região, a<br />
fim de garantir os direitos dos Guarani-Kaiowá<br />
No caso das comunidades Guarani-Kaiowá que<br />
sofrem com processos de judicialização de suas<br />
terras, como, por exemplo, Pyelito Kue, Passo<br />
Piraju, Arroio Korá, Kurusu Ambá, Ypoi,<br />
Nhanderu Marangatu, Laranjeira Nhanderu, en-<br />
www.varaldobrasil.com 50
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A FUNAI em diversos meios de comunicação irracionais”? Eles pensam, buscam, falam e<br />
ressalta: a gravidade da situação dos Guarani- tem a sua história. (Esta é uma visão classifica-<br />
Kaiowá, cuja população é de 45 mil pessoas da como etnocêntrica, onde colocamos o nosso<br />
distribuídas por pequenas áreas. A situação é eu, como referência e anulamos ou rebaixamos<br />
caracterizada como de confinamento, devido à a opinião do outro. Um bom exemplo de etno-<br />
alta densidade populacional. A qualidade de centrismo é o que fazemos como o índio, os<br />
vida e, especificamente, a segurança alimentar, chamando de preguiçosos, cultura inferior, ul-<br />
estão associadas ao acesso efetivo dos povos trapassada, disseminando inverdades sobre<br />
indígenas ao seu território tradicional.<br />
este povo que simplesmente luta pela sobrevi-<br />
A luta dos Guarani-Kaiowá é constante contra<br />
vência)<br />
as investidas de latifundiários do agronegócio,<br />
quase sem apoio dos governos federal ou estadual.<br />
O Conselho Indigenista Missionário<br />
(Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional<br />
dos Bispos do Brasil (CNBB), publicou uma nota<br />
em seu site retratando o uso do termo. Para<br />
a entidade uma das principais promotoras dos<br />
direitos indígenas no estado: os Kaiowá -<br />
Guarani falam em morte coletiva no contexto da<br />
luta pela terra. Quer dizer, se a Justiça e os pistoleiros<br />
contratados pelos fazendeiros insistirem<br />
em tirar os índios de suas terras tradicionais,<br />
eles estão dispostos a morrer todos nela,<br />
sem jamais abandoná-las. A terra é um lugar<br />
de memória história deste “povo” que vem a<br />
séculos lutando pela sobrevivência da sua história,<br />
da sua identidade, da suas tradições culturais<br />
milenares.<br />
“É preciso desencorajar a reprodução de tais<br />
mentiras, como o que já se espalha por aí com<br />
fotos de índios enforcados e etc. Não precisamos<br />
expor de forma irresponsável um tema que<br />
muito impacta a vida dos Guarani-Kaiowá”.<br />
Em suma, pergunto: um dia o índio será reconhecido<br />
como cidadão, não mais sendo esquecido;<br />
permanecendo nas bases subterrâneas<br />
do mundo contemporâneo. O índio também é<br />
humano, por que os comparar com “animais<br />
www.varaldobrasil.com 51
O contador de historias<br />
Antônio, programador de mainframe, trabalhou<br />
pouco tempo conosco, mas fez história.<br />
Ele era um senhor de aproximadamente<br />
50 anos, estatura média, calvo e os poucos cabelos<br />
que lhe restavam eram brancos. Era magro,<br />
mas um pouco barrigudo e usava óculos.<br />
Antônio era muito simpático e gostava de<br />
conversar, gostava tanto que quando não tinha<br />
assunto, contava casos ocorridos com ele, que<br />
todos desconfiavam da veracidade do que ouviam.<br />
Vou contar dois destes casos que ouvi e<br />
achei engraçados.<br />
Um de nossos amigos, Luiz, estava procurando<br />
um ortopedista nas proximidades da<br />
empresa e encontrou uma doutora, então nos<br />
perguntou:<br />
-Vocês conhecem a Dra. Carla, ortopedista<br />
que atende no prédio do outro lado da rua?<br />
Então, Antonio sempre disposto a conversar<br />
respondeu.<br />
-Não conheço não, mas você deveria conhecer<br />
minha médica cardiologista.<br />
Luiz não entendeu a resposta e disse:<br />
-Mas eu preciso de um ortopedista e não<br />
um cardiologista.<br />
Antonio deu uma risadinha e continuou.<br />
-É que ela é linda. Minha primeira consulta<br />
foi o máximo. Quando entrei no consultório,<br />
ela trancou a porta e eu logo fiquei desconfiado.<br />
Depois conversou um pouco, perguntou sobre<br />
meu estilo de vida e para minha surpresa,<br />
pediu que eu tirasse a roupa. Então tirei, fiquei<br />
apenas de cueca, então ela se aproximou, acariciou<br />
o meu peito e disse:<br />
-Tudo. Aí, vocês já podem imaginar! Rs...<br />
Todos seguraram para não rir. Antônio<br />
não era nada atraente e dada sua fama de<br />
mentiroso, ninguém teve dúvida que fosse mais<br />
uma invenção.<br />
Um dia eu retornei mais cedo do almoço e<br />
fiquei lendo notícias na Internet, quando Antônio<br />
chegou e puxou assunto:<br />
-Não gosto de ler notícias, pois só tem<br />
desgraça.<br />
-Verdade. Eu não tenho muito tempo para<br />
assistir, nem ler notícias, mas quando consigo<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Por Sheila Ferreira Kuno<br />
assistir, acabo me arrependendo, não gosto de<br />
violência. -Respondi.<br />
-E por falar em violência, você não imagina<br />
o que me aconteceu sábado passado.<br />
-O que?<br />
-Eu estava no estacionamento do Shopping<br />
Tatuapé, tinha acabado de sair do carro,<br />
quando vi uma mulher com sua filhinha de<br />
mãos dadas e de repente, vi também um homem<br />
alto, forte e armado se aproximar delas.<br />
Eu imediatamente corri em direção daquele homem<br />
e joguei-o não chão. Começamos uma<br />
luta corporal, onde eu levei a melhor, consegui<br />
pegar a arma e render o bandido. Eu o detive<br />
até que os policiais chegassem.<br />
Eu achando a história muito fantasiosa,<br />
perguntei:<br />
-Nossa Antônio, que perigo! E você não<br />
machucou nada?<br />
-Pois é, dei sorte.<br />
E para não ser mais questionado, saiu da<br />
sala dando uma desculpa qualquer.<br />
Depois que Antônio saiu da empresa, ficamos<br />
apenas uns dois meses sem histórias, pois<br />
em seguida a empresa contratou um rapaz que<br />
se revelou um ótimo contador de historias também.<br />
E sua frase mais marcante era: " e eu então..".<br />
Mas essa história eu contarei na próxima<br />
edição.<br />
www.varaldobrasil.com 52
Flores Urbanas<br />
Por Marcelo de Oliveira Souza<br />
Numa terra ocupada<br />
O ser humano é o maior culpado<br />
A flor não respira...<br />
Ela piora com a poluição,<br />
Folhas sujas de fumaça<br />
Uma cinza que sufoca.<br />
As flores urbanas sofrem.<br />
As pessoas sofrem...<br />
A natureza reluta...<br />
O povo luta.<br />
Mais prédios aparecem,<br />
No amanhecer ninguém conhece.<br />
Ninguém merece...<br />
A floresta empedrou<br />
A pedra dominou,<br />
As flores raras se escondem<br />
As flores de plástico aparecem<br />
E no mundo artificial<br />
A ruína é total<br />
Pobre desse animal<br />
Num desenvolvimento total<br />
Vai sucumbindo, definhando<br />
Até voltar para a natureza.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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SEMENTE<br />
Por Maria Emilia Algebaile<br />
Sinto um verde quente e escuro<br />
Nos abismos da floresta<br />
Úteros que protegem<br />
Novos verdes delirantes<br />
da natureza em festa<br />
O verde se alastra<br />
E rouba a cena<br />
Dando sentido<br />
A uma vida tão pequena<br />
Que seria incapaz de ousar.<br />
Noutros tempos, noutras folhas,<br />
A chuva batia afoita<br />
E o canto que se ouvia<br />
Era cantiga de ninar.<br />
Mas nos tempos de agora<br />
A chuva que bate lá fora<br />
É como criança que chora<br />
Com fome, sede e penar.<br />
Meu olhar vazio e pouco<br />
Se envolve num ballet louco<br />
Perdido nos verdes barulhos<br />
De um leve ressonar.<br />
Então ergo as mãos ao alto<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Tentando evitar um salto<br />
Mas o destino incauto<br />
Me empurra e faz desabar.<br />
Caio emprenhada no solo<br />
E abraçada às folhas mortas<br />
Luto por nossas vidas<br />
Prestes a germinar.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Se você não pode adotar, ajude!<br />
Sua ajuda pode ser dada de diferentes<br />
maneiras: financeiramente,<br />
para que seja comprada ração,<br />
para pagar veterinários, para a<br />
castração, para a limpeza e manutenção<br />
dos abrigos; em pessoa,<br />
ajudando a fazer os trabalhos que<br />
cada abrigo requer; divulgando,<br />
levando adiante a mensagem de<br />
apoio aos abrigos!<br />
Colabore para que os animais sejam<br />
tratados com humanidade!<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Milagre da Natureza<br />
MOR<br />
Olhe só a esperteza<br />
Um belo pé de hibisco.<br />
Branco por natureza<br />
Até o que vê arrisca.<br />
Ver no mesmo galho<br />
Duas cores diferentes.<br />
Uma questão de atalho<br />
Branco e rosa envolvente.<br />
A planta é o laboratório<br />
Com fatores diferentes.<br />
Dos seus genes o inglório<br />
As cores são diferentes.<br />
Da terra busca beleza<br />
Nesse belo florido.<br />
Com toda sua realeza<br />
O lindo colorido.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
PRIMAVERA <strong>DO</strong>S AMORES<br />
Por Mário Rezende<br />
Quando o tempo começa a pintar<br />
com aquarela multicores<br />
a tela triste do inverno<br />
sombrio, frio e melancólico.<br />
Anuncia, uma lufada fresca<br />
assanhando a cortina da janela<br />
para deixar entrar a quentura do sol<br />
e todas as cores que vem com ela.<br />
Preste, então, atenção na conversa<br />
dos passarinhos na alvorada,<br />
da brisa com as folhas e flores,<br />
dos insetinhos espalhando seus amores.<br />
Esplendor reflorescendo a natureza,<br />
assanhando a passarada.<br />
Explosão de pigmentos fazem<br />
festa para os olhos.<br />
Na fresca perfumada da tardinha,<br />
boca da noite, faz o vento cantar uma canção<br />
para embalar a mim e minha amada.<br />
Chiando, no silêncio, a terra sob nosso caminhar,<br />
ao encontro da lua dos namorados,<br />
cheia, altaneira, encantadora,<br />
Iluminando sem pudores<br />
a primavera dos amores.<br />
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Nosso planeta é azul<br />
Por Marluce Alves Ferreira Portugaels<br />
É um mistério que o ser humano ainda não<br />
conseguiu decifrar. Existe vida em outro corpo celeste?<br />
Como somos inventivos por natureza, sonhamos<br />
que existem, sim, em algum espaço do infinito<br />
outros planetas ou equivalentes, onde a vida germina<br />
e, quem sabe, até já atingiu níveis sofisticados de<br />
civilização. O problema é que imaginamos a vida<br />
fora de nosso planeta conforme os padrões que conhecemos.<br />
Isso é natural, pois são as referências que<br />
temos. Por outro lado, muitas vezes achamos que<br />
somos os únicos chamados seres humanos nessa<br />
imensidão do infinito. Seria pretensão nossa? Megalomania?<br />
Somos de fato privilegiados por vivermos<br />
num lugar do espaço sideral que poderia ser chamado<br />
de paraíso terrestre?<br />
Nossa curiosidade pelo que se passa além de<br />
nossa esfera terrestre, e nosso desejo de socialização<br />
com entes extraterrestres fizeram-nos avançar em<br />
pesquisas tecnológicas que nos possibilitaram ir à<br />
lua, nosso poético satélite. Também estamos bem<br />
encaminhados em expedições a Marte. Nos anos<br />
<strong>19</strong>60, uma marchinha de carnaval, Marcianita, levou<br />
os rapazes a sonhar com uma garota “de Marte que<br />
seja sincera”. Spielberg, mais modernamente, nos<br />
brindou com o emocionante filme E.T., cuja personagem<br />
nos comoveu com sua ternura. Isso tudo sem<br />
falar nas versões populares de contatos com objetos<br />
voadores não identificados como é o caso dos discos<br />
voadores, também imortalizados em outra marchinha<br />
de carnaval. Inegavelmente, esse é um domínio<br />
em que nossa imaginação voa.<br />
Nosso lado egocêntrico grita que nosso planeta<br />
é o único que oferece as condições ideais para<br />
que a vida vingue. Talvez sejamos inspirados pelos<br />
livros sagrados que nos contam sobre a gênese de<br />
nosso planeta, de nossa vida, tudo levando a crer que<br />
somos, sim, os únicos seres viventes na imensidão<br />
do infinito. E que nossa terra é única. “No princípio,<br />
Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e<br />
vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de<br />
Deus pairava sobre as águas”. “Tal é a história da<br />
criação dos céus e da terra“ (Gêneses, 1: 1-2; 2: 4).<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
De uma maneira ou de outra, sozinhos no<br />
universo ou não, o certo é que recebemos do criador<br />
um planeta lindo, azul como disse o astronauta russo,<br />
Gagarin, nos anos <strong>19</strong>60, ao vislumbrar a Terra<br />
estando em órbita ao redor dela. Na literatura, Clarice<br />
Lispector monologa, “Visto da terra, o ceu é azul.<br />
Vista do céu, a terra é azul. (...) O inatingível é sempre<br />
azul.“ Enquanto Thiago de Mello declara que<br />
“quem não sonha o azul do voo, perde o seu poder<br />
de pássaro”. Aí vêm algumas perguntas. O que temos<br />
feito para preservar este lindo planeta azul? Como<br />
estamos cuidando desse bem inestimável? O que<br />
precisamos fazer para que a vida na terra continue<br />
existindo, ou para que nossos bens naturais não se<br />
acabem? Quando lemos na imprensa as notícias das<br />
transformações ruins que estão ocorrendo em nosso<br />
meio-ambiente, fazendo sofrer as espécies da fauna<br />
e da flora que ainda nos restam, nosso coração chora<br />
pelas perdas.<br />
No Brasil, podemos dizer que somos privilegiados<br />
porque albergamos a floresta e os rios da<br />
Amazônia em cerca de 60% de nosso território, correspondendo<br />
a mais de 5.000.000 km 2 .<br />
(Segue)<br />
www.varaldobrasil.com 58
Os Estados do Acre, do Amapá, do Amazonas,<br />
do Pará, de Rondônia, de Roraima, e parte dos<br />
Estados de Mato Grosso, de Tocantins e do Maranhão<br />
estão na Amazônia. Mas, o que fazemos com<br />
tanta flora e tanta fauna? O que diz o PAS ou Plano<br />
da Amazônia Sustentável, recriado em 2008 com o<br />
objetivo de definir as diretrizes para o desenvolvimento<br />
sustentável na Amazônia brasileira?<br />
Notícias boas nos dizem que a Amazônia<br />
com sua floresta e seus rios, candidata a uma das<br />
Novas Sete Maravilhas da Natureza, pela Fundação<br />
Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em 2009 foi<br />
classificada em primeiro lugar no Grupo que engloba<br />
as florestas, os parques nacionais e as reservas<br />
naturais. Por outro lado, há notícias alarmantes sobre<br />
a devastação dessa mesma maravilha da natureza.<br />
Segundo dados fornecidos pelo Banco Mundial, o<br />
desmatamento, as mudanças climáticas, as queimadas<br />
poderão destruir 44% da Floresta Amazônica até<br />
2025. A verdade é que a Amazônia, que já foi considerada<br />
o pulmão do mundo, que foi chamada de o<br />
futuro do mundo pelo explorador e naturalista alemão<br />
Alexander von Humboldt, que é a região onde<br />
estão localizados o maior rio e a maior floresta do<br />
mundo, tem sido vítima de agressões terríveis, continuamente,<br />
desde a época da ocupação de seu território<br />
pelos colonizadores europeus.<br />
Como parar esse processo que agora toma<br />
proporções desenfreadas? Essa é a pergunta que fazem<br />
não somente os amazônidas, mas todos os homens<br />
e mulheres de boa vontade do mundo inteiro.<br />
Chegou a hora de encararmos o problema de frente<br />
e, em vez de só cantarmos as glórias e as belezas<br />
verdadeiras dessa bela região de nosso maravilhoso<br />
planeta, também lutarmos com as armas de que dis-<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
pomos para preservar a parte que nos toca no meio<br />
ambiente desse abençoado rincão que, segundo o<br />
Livro de Gêneses foi por Deus criado para nosso<br />
bem-estar e nossa felicidade. E as armas de que alguns<br />
de nós dispomos são a pena e a folha de papel,<br />
ou, em tempos pós-modernos, o teclado e a tela do<br />
computador, essa máquina extraordinária que nos<br />
auxilia, como se diz coloquialmente, a passarmos<br />
para o papel o que pensamos e sentimos. Vamos,<br />
portanto, botar a boca no trombone e denunciar ao<br />
mundo que alguns estão destruindo o nosso belo planeta<br />
azul!!!<br />
www.varaldobrasil.com 59
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A Natureza e a Poesia<br />
Por Marly Rondan<br />
Deus não estava só, quando criou o nosso mundo.<br />
Brincava ao seu redor a tal Sabedoria.<br />
Pintou toda a Natureza com amor profundo;<br />
para cantá-la...criou Deus a linda Poesia.<br />
Cheia de rimas, cantou a Terra e a floresta.<br />
Grata, ela louvou a Deus e a Sabedoria.<br />
Os pássaros e o vento, cantou em serestas,<br />
dramatizou a Natureza com alegria.<br />
Mostra o árido deserto, a planície e a colina.<br />
Poesia...rima e cria belas fantasias!<br />
Histórias revela, canta mortes e vidas.<br />
É a vontade do Criador, é a missão Divina.<br />
Desde o início dos tempos, até nossos dias:<br />
Andam Natureza e Poesia sempre unidas.<br />
www.varaldobrasil.com 60
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A GARÇA CHEIA DE GRAÇA<br />
Por Marta Carvalho<br />
CAMINHAN<strong>DO</strong> TODA ELEGANTE,<br />
ALTANEIRA, BRANCA ALVE<strong>JAN</strong>TE,<br />
VEJO UMA GARÇA, CHEIA DE GRAÇA,<br />
DIFÍCIL DEFINIR TANTA BELEZA,<br />
DESTE SER DE RARA DELICADEZA.<br />
AO PESCAR COM MUITA SUTILEZA,<br />
NUM RÁPI<strong>DO</strong> MERGULHO,<br />
ALCANÇA SUA PRESA,<br />
COM INCOMPARÁVEL DESTREZA.<br />
UM FORTE VENTO ASSOBIANTE,<br />
FAZ SEUS PÉS LIGEIRAMENTE VACILANTES,<br />
NUM VÔO GARBOSO E FLUTUANTE,<br />
AGITA SUAS ASAS FLAME<strong>JAN</strong>TES,<br />
E EU FICO ADMIRAN<strong>DO</strong> NESSE INSTANTE,<br />
A PUREZA E A CHARMOSA LEVEZA<br />
DA BELA AVE RADIANTE!<br />
www.varaldobrasil.com 61
Meu recanto do encanto<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Mas não pudemos pescar, pois as águas es-<br />
(trecho rerado de meu livro “Nilza por Maria”)<br />
tavam muito barrentas, devia ter chovido na ca-<br />
Por Maria (Nilza) de Campos Lepre beceira do rio. Com a água como estava, não<br />
Aquele ano letivo passou rapidamente, e lo- ia dar uma boa pescaria.<br />
go chegaram as férias de final de ano. Papai Então voltamos, montamos nos animais e<br />
veio buscar-me na pensão, pegou tudo o que partimos para casa, com intenção de ir até o<br />
era meu e pediu que me despedisse de todos, cafezal e o canavial. Entretanto, não lembro por<br />
pois, no próximo ano, eu não mais voltaria a quê, desistimos no meio do caminho e levamos<br />
morar ali. Partimos, então, para aquelas que os animais de volta para o estábulo. Enquanto<br />
seriam minhas últimas férias na fazenda, en- ela tirava os arreios, ficamos conversando e<br />
quanto criança...<br />
contando piadas. Ela ria muito, e encantava-me<br />
Um dia, acordei bem cedo, tomei meu café ver a alegria estampada em seu rosto, que, na-<br />
da manhã e saí à procura da Isaura. Tínhamos quele momento, estava de um vermelho bri-<br />
combinado, na véspera, de dar uma cavalgada lhante, pois acabara de sair do sol.<br />
pela fazenda. Dirigi-me ao estábulo e lá a en- Resolvemos, então, dar uma volta a pé até o<br />
contrei toda atarefada, ajudando seu irmão a riozinho que passava nos fundos do engenho.<br />
selar dois cavalos, um para mim, outro para Pegamos a estrada da entrada e fomos até a<br />
ela.<br />
porteira, onde ficava aquele enorme barranco<br />
Partimos trotando em direção à Fazenda dos com o rio correndo lá embaixo. Seguimos pela<br />
Baianos, porém, assim que saímos do alcance margem direita até encontrarmos o lugar onde<br />
da vista de nossos pais, trocamos para o galo- o rio despencava em forma de cascata. Era<br />
pe, com a Isaura gritando:<br />
uma visão muito linda! Ficamos ali por alguns<br />
minutos, apreciando a natureza e, ao mesmo<br />
¬ Vamos ver quem chega primeiro à portei-<br />
tempo, conversando à toa, embasbacadas com<br />
ra?<br />
a beleza do lugar.<br />
Acelerei o passo, mas, mesmo assim, acabei<br />
perdendo, pois parecia que ela tinha nascido<br />
em cima de um cavalo, cavalgava com muita<br />
desenvoltura, ao contrário de mim, que era toda<br />
desengonçada e nunca chegaria a ser uma<br />
grande amazona.<br />
Chegamos à porteira e apeamos. Amarramos<br />
os animais perto do pasto, para que pudessem<br />
comer, e embrenhamo-nos mato adentro.<br />
Pretendíamos pescar um pouco no rio São<br />
Lourenço, e nossos apetrechos de pesca ficavam<br />
escondidos no meio do mato, sempre a<br />
nossa espera.<br />
www.varaldobrasil.com 62
Resolvemos, depois, seguir em frente pelo<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
meio do rio, que era bem rasinho, de águas va, quando queria estar sozinha comigo mes-<br />
muito transparentes e gélidas. Caminhamos ma.<br />
sobre as grandes pedras que serviam de leito<br />
Aquele foi meu paraíso até papai vender a fa-<br />
para as águas que, até chegarem ali, eram<br />
zenda.<br />
tranquilas, mas, ao encontrarem as pedras, tornavam-se<br />
agitadas e formavam uma pequena<br />
corredeira, que produzia um som muito aconchegante.<br />
Ao virar-me para a margem direita da corredeira,<br />
parei, deslumbrada com uma pequena<br />
praia de areias muito brancas, tendo ao fundo<br />
um enorme paredão de pedras na forma de um<br />
anfiteatro. Bem no alto dele, uma árvore crescera<br />
inclinada sobre o rio: estava quase deitada,<br />
só se sustentando porque suas raízes haviam<br />
se embrenhado nas fendas da rocha. De<br />
seu tronco, pendiam cordas de cipó que formavam<br />
uma espécie de cortina bem acima de<br />
nossas cabeças. Um dos cipós crescera de<br />
modo a formar um balanço, no qual me sentei<br />
para admirar a beleza do lugar. Fiquei me embalando<br />
ao som melodioso das águas correndo<br />
por entre as pedras e da cantiga exuberante<br />
delas ao despencarem barranco abaixo em cachoeira.<br />
Estava tão desligada do mundo, que<br />
levei um susto quando Isaura me chamou:<br />
¬ Nilza, venha ver quantos peixinhos tem<br />
aqui!<br />
Fui até ela, e lá estavam muitos peixes subindo<br />
a correnteza, eram filhotes de lambaris.<br />
Talvez fosse ali o criadouro dessa espécie de<br />
peixe, pois eles eram ainda minúsculos.<br />
A partir daquele dia, elegi o lugar meu recanto<br />
do encanto. Foi ali que planejei meu futuro,<br />
sonhei os mais belos contos de fada, idealizei<br />
meu príncipe encantado e até me curei de mágoas<br />
e feridas adquiridas através dos anos, en-<br />
quanto crescia. Era sempre ali que me refugia-<br />
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Almôndega de carne de soja<br />
com aveia<br />
Ingredientes<br />
2 xícaras de carne de soja escura granulada<br />
2 colheres de sopa de Aveia em flocos finos<br />
2 colheres de sopa rasa de farinha de trigo (se<br />
for integral é melhor)<br />
4 colheres de cebola picada miudinho ou ralada<br />
3 colheres de cheiro verde picado miudinho<br />
2 colheres de sopa de molho de soja<br />
Sal e pimenta-do-reino à gosto<br />
Modo de preparo<br />
Primeiramente siga as instruções para o preparo<br />
básico da carne de soja (veja abaixo) . Depois,<br />
misture a carne de soja já hidratada aos<br />
outros ingredientes e molde as almôndegas de<br />
soja. Se desejar fritar, passe as almôndegas na<br />
farinha de rosca e frite em óleo quente. Para<br />
assar ou fazer com molhos não é necessário<br />
empanar. Na imagem acima retratei um zoom<br />
para mostrar o tamanho da cebola e do cheiro<br />
verde, além disso usei molho de tomates no<br />
preparo.<br />
Fonte:<br />
http://oquecomerhoje.blogspot.ch/<br />
Como preparar a carne de soja (proteína soja<br />
texturizada)<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Como preparar a carne de soja (proteína soja<br />
texturizada)<br />
A proteína de soja texturizada (também conhecida<br />
como "carne de soja") deve sofrer um processo<br />
de preparo básico para que tem como<br />
objetivo responder às seguintes perguntas:<br />
"Como preparar a carne de soja", "Como tirar<br />
o gosto ruim da soja" e "Como eliminar<br />
hidratar a soja texturizada".<br />
Eu uso muito a carne de soja em minhas receitas,<br />
uso em substituição à carne moída e às<br />
vezes coloco meio a meio (metade de carne<br />
moída e metade de carne de soja). Essa mistura<br />
torna a receita mais saudável e mais em<br />
conta!<br />
Como tirar o gosto da soja?<br />
Bom, o gosto ruim da soja pode ser eliminado<br />
com água fervente, deixando a proteína texturizada<br />
de soja em água fervendo por 1,5 minutos.<br />
Sairá uma espuma da soja que deverá ser<br />
eliminada. Nessa espuma sairá junto o gosto<br />
amargo. Passe a carne de soja para uma peneira<br />
e lave em água fria.<br />
Como hidratar a carne de soja? (preparar a<br />
carne de soja para uso)<br />
Após realizar o procedimento acima, volte a<br />
proteína texturizada de soja para uma tigela e<br />
coloque água morna na seguinte proporção:<br />
para cada parte de soja adicione duas partes<br />
de água morna. Deixe por 15 minutos. Você<br />
notará que a carne de soja dobrará de volume.<br />
Escorra e esprema a água e utilize a carne em<br />
suas receitas. (segue)<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Rendimento da carne moída de soja<br />
Cada xícara de proteína de soja desidratada (carne moída de soja) renderá duas xícaras da soja<br />
hidratada. Todas as receitas com soja texturizada do site O Quê Comer Hoje? referem-se à proteína<br />
texturizada de soja desidratada (in natura).<br />
Curiosidade/Dicas:<br />
Há no mercado, a proteína texturizada de soja escura e a clara. As quais se prestam a<br />
substituir a carne moída e o frango moído, respectivamente.<br />
Saboreie a carne moída de soja com caldo de carne, frango, peixes ou legumes.<br />
Para a proteína de soja em cubos siga o mesmo procedimento.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Preservação e Conservação Ambiental<br />
Reprodução fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/<br />
Você sabia que, apesar de serem utilizados amplamente como sinônimos, preservação e conservação<br />
são conceitos distintos?<br />
O preservacionismo e o conservacionismo são correntes ideológicas que surgiram no fim do século<br />
XIX, nos Estados Unidos. Com posicionamento contra o desenvolvimentismo - uma concepção<br />
que defende o crescimento econômico a qualquer custo, desconsiderando os impactos ao<br />
ambiente natural e o esgotamento de recursos naturais – estas duas se contrapõem no que se<br />
diz respeito à relação entre o meio ambiente e a nossa espécie.<br />
O primeiro, o preservacionismo, aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor<br />
econômico e/ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra desse “equilíbrio”. De<br />
caráter explicitamente protetor, propõe a criação de santuários, intocáveis, sem sofrer interferências<br />
relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação. Em outras palavras,<br />
“tocar”, “explorar”, “consumir” e, muitas vezes, até “pesquisar”, tornam-se, então, atitudes que<br />
ferem tais princípios. De posição considerada mais radical, esse movimento foi responsável pela<br />
criação de parques nacionais, como o Parque Nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados<br />
Unidos.<br />
Já a segunda corrente, a conservacionista, contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso<br />
racional e manejo criterioso pela nossa espécie, executando um papel de gestor e parte integrante<br />
do processo. Podendo ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o<br />
desenvolvimentismo, o pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas,<br />
e é alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam<br />
um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida hoje, mas que não destrua<br />
os recursos necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso de energias<br />
renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões<br />
de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no<br />
processo de tomada de decisões econômicas são alguns de seus princípios. Inclusive, essa corrente<br />
propõe que se destinem áreas de preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis,<br />
com um grande número de espécies endêmicas e/ou em extinção, dentre outros.<br />
Tais discussões começaram a ter espaço em nosso país apenas em meados da década de setenta,<br />
com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, quase vinte anos depois.<br />
Em razão de a temática ambiental ter sido incorporada em nosso dia a dia apenas nas últimas<br />
décadas, tais termos relativamente novos acabam sendo empregados sem muitos critérios –<br />
mesmo por profissionais como biólogos, pedagogos, jornalistas e políticos. Prova disso é que a<br />
própria legislação brasileira, que nem sempre considera correto o uso desses termos, atribui a<br />
proteção integral e “intocabilidade” à preservação; e conservação dos recursos naturais, com a<br />
utilização racional, garantindo sua sustentabilidade e existência para as futuras gerações, à<br />
conservação.<br />
Por Mariana Araguaia<br />
Graduada em Biologia<br />
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Lembranças do Planeta Terra<br />
Por Norália de Mello Castro<br />
Talvez a lembrança mais nítida de meu<br />
pai seja quando, numa mesa farta com jabuticabas,<br />
ele, sentado à cabeceira, ia devorando essas<br />
frutinhas. Literalmente devorando. Sua expressão<br />
de gula se manifestava no rosto avermelhado,<br />
nos olhos brilhantes, nas mãos sôfregas<br />
buscando as delícias dessa frutinha preta<br />
de brilhante, com um caldo adocicado e delicioso.<br />
Ele ia pegando uma a uma, levando à<br />
boca com um prazer quase infantil.<br />
Ia selecionando as maiores, colocandoas<br />
num copo ou numa vasilha qualquer. Depois<br />
de saciada a sua gula primeira, pegava as selecionadas<br />
e nova seleção fazia. E... ai de quem<br />
tocasse nas selecionadas das selecionadas!<br />
Ele brigava como uma criança. Não deixava<br />
ninguém pegá-las. Talvez cansado de tanto brigar<br />
com a meninada, num rompante mais ameno,<br />
pegava uma ou outra e ia pondo na boca de<br />
cada um.<br />
Gulosa, eu me debatia. Queria mais. Mas<br />
ele não dava.<br />
Só sei que esta gula paterna me fez<br />
amar as jabuticabas. Amo mesmo esta frutinha<br />
e admiro um pé de jabuticaba: majestoso: sua<br />
floração é deslumbrante, com pequenas flores<br />
brancas a esparramar um perfume sem igual:<br />
suave, inebriante, belo. E daí vêm centenas de<br />
milhares de bolinhas pretas em todos os galhos<br />
a estimular os sentidos da gula, do prazer, uma<br />
alegria sentida apenas uma vez ao ano. Ninguém<br />
resiste à atração de um pé de jabuticabas<br />
pronto a ser consumido.<br />
Um pé de jabuticaba é igual ao cosmo<br />
celestial: milhares de dezenas de corpos celestes<br />
esparramados em todas as direções: constelações,<br />
estrelas, planetas vagando no espaço<br />
sideral numa ordenação cronometrada, advinda<br />
de uma única raiz – o Princípio, de uma única<br />
Força – Deus, a emanar vida em grande escala.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A Vida está presente, total. E se manifesta em<br />
cada ser humano, na sua totalidade.<br />
A Força me fez aportar numa bolinha de<br />
jabuticaba, bem especial chamada Terra. Cá<br />
estou no planeta que tenho de estar, acolhida,<br />
amada, determinada, em transição. Um planeta<br />
escola de aprendizagem, para maiores voos.<br />
De onde vim? De Triskle, planeta de origem?<br />
Não me importa saber. Venho do Pai. Para onde<br />
vou: Alcion, planeta futuro? Não importa.<br />
Vou com o Pai. Só sei, hoje, que sou caminhante<br />
no Planeta Terra e nele encontrei respostas à<br />
vida que me foi dada e que mais resposta ainda<br />
me dá. A Face da Força foi delineada com a<br />
Beleza do Planeta Terra, talvez seu lado feminino:<br />
suas águas, seus ventos, suas chamas, e a<br />
Mãe Terra se fez mais mãe: deu-me Lar. Deume<br />
também o maior dos presentes: a consciência<br />
de que tenho vida e que sou vida interligada<br />
a tudo e todos. Amar este Planeta, estar aqui,<br />
só se justifica em espargir o amor entre os seres<br />
iguais a mim, assim como o prazer imenso<br />
de chupar uma frutinha preta, redonda, adocicada<br />
e saborear seu sumo. Celebrar o hoje como<br />
se apresenta, consciente que estou de passagem...<br />
para onde? Para onde o meu mérito me<br />
levar: quero ser selecionada dos selecionados<br />
do Bem.<br />
Brumas 21 de outubro de 2012- domingo, manhã.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
O que eu posso<br />
fazer para evitar o tráfico de<br />
animais silvestres?<br />
Não compre objetos e bijuterias com penas de animais.<br />
Conheça a Lei de Crimes Ambientais.<br />
Não compre animais silvestres.<br />
Denuncie tráfico de animais silvestre à Linha Verde do<br />
Ibama<br />
Passe essa dica adiante.<br />
hp://www.wwf.org.br/<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A cada toninha ou golfinho<br />
Por Oliveira Caruso<br />
A cada toninha ou golfinho<br />
que vislumbro n’água saltar,<br />
lembro-me de ti a brincar<br />
na piscina de modo levinho.<br />
Ficamos a água jogar<br />
um ao outro em carinho,<br />
o nosso mui ledo caminho<br />
de, entre nós, comemorar.<br />
Comum nos foi o sorrir<br />
sob o dia de sol festivo<br />
e a água límpida de fato!<br />
Logo te veio de lá o sair,<br />
após hora de banho vivo,<br />
co’amor em doce trato.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
O Varal do Brasil estará no prestigiado Salão Internacional<br />
do Livro de Genebra de 1º a 5 de maio de <strong>2013</strong> levando<br />
o seu livro, levando você para autografar!<br />
Estão abertas vagas para sessões de autógrafo e vagas<br />
para exposição de livros. Todas as vagas serão preenchidas<br />
mediante pagamento de participação cooperativa.<br />
As pessoas interessadas deverão escrever para o e-mail<br />
varaldobrasil@gmail.com solicitando mais informações.<br />
Adiantamos que as associadas da REBRA e os associados<br />
da LITERARTE, assim como os participantes regulares<br />
da revista <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong>, receberão descontos<br />
especiais para suas participações.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Verde<br />
Por Sarah Venturim Lasso<br />
Verde que não é vermelho<br />
Ou amarelo<br />
Verde que significa vida<br />
Da mãe natureza<br />
Que pulsa dentro de nós<br />
Verde de esperança<br />
Que pede para continuar<br />
Verde<br />
Vivendo livre<br />
Em um planeta azul<br />
Imagem: Brian Chase<br />
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Pluf, O Pequeno Coelhinho<br />
Por Osiel Ferreira Vieira<br />
O Nascimento do pequeno Pluf<br />
Era uma vez, numa pequena fazenda de uma<br />
cidadezinha do interior de Minas Gerais, onde<br />
viviam o Senhor E a Senhora coelho, ansiosos<br />
e felizes aguardando a chegada do mais novo<br />
membro da família e da fazenda, já haviam escolhido<br />
até um nome para o filhote que se chamaria<br />
Pluf.<br />
Nino como era chamado o papai coelho convidou<br />
a todos do terreiro para o dia do nascimento,<br />
e, quando o dia chegou todos se reuniram<br />
em frente à toca onde Nina a mamãe coelho<br />
estava para parir seu primeiro filhotinho.<br />
“-Amigo Nino, como esta este coração”? Perguntou<br />
Bigu o porco;<br />
-É o senhor deve estar muito ansioso para conhecer<br />
o pequeno Pluf, não é? Indagou o galo<br />
índio Teco.<br />
-Não vejo a hora, meus amigos e ainda bem<br />
que vocês estão me fazendo companhia nessa<br />
espera. “Desabafou papai coelho.”<br />
“-Não se preocupe daqui a pouco seu filhotinho<br />
estará em seus braços, Nino”! Afirmou Rex, o<br />
cão pastor.<br />
-Ele já deve estar quase chegando, Senhor Nino!”<br />
Completou Tito o pato cinza.”<br />
Antes que terminassem a conversa, D. Lia,<br />
uma velha cadelinha pequinesa que estava lá<br />
dentro com mamãe coelho veio correndo e gritando:<br />
_ Nasceu! Nasceu! E é um lindo coelhinho! Nino<br />
mal esperou que ela terminasse de falar, foi<br />
logo entrando, e assim que viu pela primeira<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
vez o seu filhote, não se conteve e chorou<br />
emocionado. Tomou Pluf em seus braços, beijou<br />
a mamãe coelho e saiu para mostrar a todos<br />
o seu pequeno filhotinho.<br />
Pluf nasceu cinza de olhinhos azuis e muito<br />
gordinho, encantou a todos no terreiro da fazenda.<br />
Passaram-se algumas semanas e Pluf já corria<br />
por toda a fazenda nas suas travessuras,<br />
Brincava e encantava a todos do terreiro, com<br />
seu jeitinho esperto e carinhoso de ser, era o<br />
orgulho de todos.<br />
Papai coelho era só alegria, cada gesto. Cada<br />
palavra vinda do pequeno Pluf era uma felicidade<br />
para o seu orgulhoso coração, pois ele não<br />
escondia o orgulho e a admiração<br />
Pelo seu pequeno filhote.<br />
Pluf se perde na mata<br />
Um dia, Pluf brincava sozinho próximo de uma<br />
mata que havia nos arredores da fazenda<br />
quando de repente, parou, olhou a mata e pensou:<br />
“-Que legal”! O que deve haver ai dentro será<br />
que mora alguém? Pensou em procurar papai<br />
Nino para saber, mas sua curiosidade era tanta<br />
que ele foi entrando mata adentro.<br />
Correu! Correu! Até chegar a um lago onde parou<br />
para beber um pouco de água, parou ali<br />
alguns instantes e se deu conta de que não sabia<br />
mais onde estava.<br />
_ Meu Deus! Estou perdido! E agora como vou<br />
voltar pra minha toca? Gritou Pluf desesperado.<br />
-Hei coelhinho! Você esta perdido nesta mata?<br />
Perguntou uma voz que vinha de uma moita ali<br />
bem perto.<br />
-Quem esta ai? Perguntou Pluf preocupado.<br />
_ Não precisa ter medo, eu não vou te fazer<br />
mal! Eu sou Dado o tigre filhote, e também me<br />
perdi aqui ontem! Será que agente acha o caminho<br />
pra voltar as nossas casas?<br />
Papai coelho já havia dito a Pluf que tigres<br />
eram ferro esse predadores de coelhos, então<br />
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Pluf decidiu não contrariar o filhote de tigre e<br />
respondeu:<br />
_Acho que juntos nós podemos achar o caminho<br />
de volta, mas precisamos andar depressa,<br />
por que já deve estar quase anoitecendo!<br />
_Então vamos logo! E os dois se puseram a<br />
caminhar na tentativa de encontrar o caminho<br />
para seus lares.<br />
Nino e Rex vão à procura de Pluf.<br />
Já era tardinha quando mamãe Nina preocupada<br />
disse a Nino:<br />
_Nino estou tendo um pressentimento muito<br />
ruim, Pluf esta desde cedo sumido, achei<br />
Que ele tivesse brincando perto da mata, mas<br />
Bigu o porco disse que não o viu por lá,<br />
- Onde será que ele se meteu?<br />
- Não se preocupe minha querida, vou chamar<br />
meu amigo Rex e iremos buscá-lo! Beijou mamãe<br />
coelho e foi até a casinha de Rex.<br />
- Hei amigo Rex! Vamos comigo procurar pelo<br />
pequeno Pluf?<br />
- Mas é claro! Por onde aquele moleque pode<br />
estar metido?<br />
- Não sei! Mas vamos logo antes que anoiteça.<br />
Assim Nino e Rex saíram na esperança de encontrarem<br />
Pluf, mas enquanto isso lá no meio<br />
da mata Pluf e Dado, já cansados de tanto andar<br />
e de nada encontrar, pararam debaixo de<br />
uma grande árvore para descansarem na sombra.<br />
- Pluf! Será que alguém virá nos procurar?<br />
- Dado, vamos esperar mais um pouco, e se<br />
ninguém aparecer procuramos um lugar seguro<br />
pra gente passar a noite! Pluf já sentia que<br />
poderia confiar em Dado, por que há horas estavam<br />
juntos e já eram bons amigos.<br />
A noite começava a mostrar as suas primeiras<br />
estrelas, a lua já surgia devagar, e, os dois filhotes<br />
se esconderam dentro de um tronco velho<br />
que encontraram por ali.<br />
Nino e Rex retornavam tristes para a fazenda,<br />
depois de muito procurarem em vão pelo pequeno<br />
filhote. Assim que entraram no terreiro<br />
Nina já veio preocupada:<br />
- Onde esta o meu pequeno Pluf? Cadê o meu<br />
filhotinho?<br />
- Calma Nina, não conseguimos encontra-lo<br />
hoje, mas amanha iremos bem cedo e vamos<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
trazer o nosso filhote de volta, não é mesmo<br />
amigo Rex?<br />
- Claro que sim! Não se preocupe D. Nina amanha<br />
nós traremos o Pluf de volta para a senhora.com<br />
o coração em prantos, Nina concordou<br />
em esperar até o dia amanhecer,<br />
Enquanto isso do outro lado da mata havia<br />
uma pequena floresta onde moravam os pais<br />
de Dado o Senhor e a senhora valente que estavam<br />
também aflitos com o sumiço de seu filhote.<br />
- Onde esta o nosso filhote? Perguntou D. Valente<br />
a tigresa.<br />
- Querida, ainda não o encontrei, mas, assim<br />
que o dia amanhecer sairei e só voltarei quando<br />
achar nosso filhote, não se preocupe! Vamos<br />
dormir por que amanha será um dia muito<br />
longo! Com lágrimas nos olho, D. Valente concordou<br />
e eles foram dormir.<br />
A Noite na Mata<br />
Pluf e Dado conversavam e contavam histórias<br />
de suas vidas um para o outro, de repente Dado<br />
se calou enquanto Pluf contava sobre sua<br />
vida na fazenda.<br />
- Sabe Dado na fazenda é muito... Dizia Pluf,<br />
ao olhar para o lado e se dar conta de que Dado<br />
já estava dormindo. Um medo tomou conta<br />
de Pluf que pensou em acordar seu amigo,<br />
mas preferiu ficar quieto e não incomodar.<br />
A noite parecia não querer passar, e a cada<br />
barulho Pluf ouvia seu pequeno coração pulsar<br />
dentro do peito, quando de repente de algum<br />
lugar ali pertinho surgiu no ar um barulho:<br />
- Auuuuuuuuuuuu!!!!!<br />
Pluf deu um salto para cima de Dado, que assustado,<br />
acordou e por instinto ia se preparando<br />
para atacar quando notou que se tratava de<br />
seu amiguinho.<br />
- O que houve Pluf? Você ficou maluco?<br />
(Segue)<br />
www.varaldobrasil.com 73
- Pssssiiiiuuu!Não faça barulho, por que tem um<br />
monstro na mata!<br />
- Que monstro o que? Deixa que eu vá até lá.<br />
Disse o corajoso Dado movido pelo seu instinto<br />
selvagem.<br />
Assim que saiu do tronco Dado ouviu o tal barulho<br />
de que Pluf havia lhe falado, mas não se<br />
intimidou e desafiou:<br />
- Quem esta ai? Por que não mostra a tua cara?<br />
- Auuuuuuuuuu!!! Eu sou o terrível lobo selvagem<br />
e me chamo Bravo, eu como pequenas<br />
criaturas como você!<br />
- Eu sou o tigre Dado e não tenho medo de você,<br />
por tanto o que esta esperando vem me comer!<br />
Vem!<br />
Pluf que ouvia tudo calado começou a pensar<br />
num plano para ajudar ao seu amigo, quando<br />
num impulso saltou para fora e engrossou a<br />
voz dizendo:<br />
- Ele não está sozinho, eu sou o rei da floresta,<br />
o mestre leão!!<br />
- Vocês querem me enganar! Exclamou o lobo<br />
desconfiado;<br />
- Por que você não paga para ver? Se for assim<br />
tão valente respondeu Dado empolgado com a<br />
esperteza de seu amigo. O lobo Bravo desconfiado<br />
mais com medo de se deparar com o rei<br />
da floresta respondeu:<br />
- Eu vou embora! Mas isso não vai ficar assim!!!<br />
- Seu covarde! Venha aqui nos enfrentar, para<br />
ver o que te acontece!! Disse Pluf ainda engrossando<br />
sua voz.<br />
Mas o lobo não quis mais saber de conversa e<br />
foi embora sem saber que fugia de dois filhotinhos.<br />
- Pluf! Você foi muito corajoso! Como você conseguiu<br />
engrossar a vós daquele jeito?<br />
- É que nós os coelhos só temos como defesa<br />
a nossa esperteza, não somos forte e grande<br />
como vocês os tigres, mas corajoso mesmo é<br />
você que decidiu enfrentar sozinho aquele lobo.<br />
Os dois conversaram mais um pouco e voltaram<br />
para dentro do tronco onde estavam, queriam<br />
dormir por saber que assim que acordassem<br />
teriam uma longa caminhada para acharem<br />
o caminho de volta para casa.<br />
Pluf ficou ainda acordado por um tempo admirando<br />
a coragem de seu amigo, sabia que ele<br />
iria protegê-lo dos animais maiores e sentia<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
muita gratidão por isto.<br />
Minutos depois já havia pegado no sono enquanto<br />
a noite passava lentamente sob um céu<br />
lindo e estrelado que dava gosto de ver.<br />
Nino e Rex Frente a Frente com Valente<br />
Mal chegou o dia e Nina já foi logo acordando<br />
Nino:<br />
_ Vamos Nino! Acorde e vá logo buscar o<br />
nosso pequeno filhote!<br />
_ Tá certo querida, vou chamar o Rex e vamos<br />
trazer o nosso pequenino de volta! Não<br />
se preocupe. Disse Nino e em seguida saiu<br />
e foi chamar Rex que juntos foram para a<br />
mata.<br />
Do outro lado da mata, na pequena floresta,<br />
Valente que acabara de acordar, cheirou<br />
sua fêmea e disse:<br />
_Estou indo buscar o nosso filhote e pode<br />
ficar tranquila que daqui a pouco eu vou trazê-lo<br />
de volta!<br />
_Por favor! Não vá brigar com ele, pobrezinho!!<br />
_Não querida! Eu não vou brigar tá bom?<br />
Agora já vou indo e se despedindo Valente<br />
se colocou em direção a mata.<br />
www.varaldobrasil.com 74
Algum tempo depois, Nino e Rex já estavam<br />
dentro da mata parados próximo de uma pedra<br />
descansando, quando ouviram que alguma coisa<br />
vinha correndo em sua direção.<br />
_Rex! O que será isso amigo?<br />
_ Não sei! Mas se prepare e se esconda até<br />
que eu saiba o que é! Nino seguiu o conselho<br />
de seu amigo e se escondeu atrás de uma pedra,<br />
quando assustado viu chegar à mata um<br />
grande e forte tigre.<br />
Rex muito corajoso e destemido rosnou para o<br />
tigre e perguntou:<br />
_ O que você quer aqui? Se for briga pode vir<br />
que eu não tenho medo!<br />
_ Agora eu não posso! Preciso encontrar o meu<br />
filhote, mas se quiser depois nós conversamos,<br />
respondeu Valente.<br />
Nino que ouvia tudo em silêncio foi saindo de<br />
traz da pedra e dizendo:<br />
_ Eu também procuro o meu filhote, por que<br />
não deixamos as diferenças de lado e nos unimos<br />
para encontrar nossos filhotes?<br />
_ Por mim tudo bem! Acho que juntos temos<br />
mais chances de encontrá-los, Concordou Valente;<br />
_ Então me desculpe, Sr.Tigre! Eu sou Rex e<br />
esse é o meu amigo o coelho Nino.<br />
_ Muito prazer! Eu sou Valente e agora vamos<br />
logo que eles podem estar correndo perigo.<br />
Terminadas as apresentações seguiram na<br />
busca pelos seus filhotes.<br />
Pais e Filhos Finalmente se Encontram<br />
O dia já havia chegado a sua metade, Pluf e<br />
Dado brincavam, depois de desistirem de encontrar<br />
o caminho de casa. De repente Pluf notou<br />
que não muito longe dali os matos se mexiam<br />
sem que houvesse vento algum;<br />
_ Dado vem vindo alguma coisa! Será aquele<br />
lobo de novo?<br />
_ Pluf se esconda e desta vez não tente me<br />
ajudar por que se for ele, vou resolver isso de<br />
uma vez por todas!<br />
Pluf se escondeu em uma moita debaixo de<br />
uma grande arvore, enquanto o corajoso Dado<br />
se preparava para o que seria o seu primeiro<br />
combate.<br />
Mas de dentro da mata o primeiro que saiu foi o<br />
tigre Valente, seguido por Rex e depois Nino<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
que ao verem Dado foram logo perguntando<br />
em uma só voz:<br />
_ O que aconteceu com o pequeno Pluf? Você<br />
não o viu por aqui? Você não fez nada com ele<br />
não é meu filho completou Valente preocupado.<br />
_ Papai! Papai, eu estou aqui, graças a Deus<br />
que o senhor me encontrou, estava com medo<br />
de nunca mais ver o senhor e a mamãe!!<br />
_ Calma Pluf! Nós estamos aqui e não deixaremos<br />
que você se perca outra vez! Tranquilizou<br />
Nino.<br />
_ Muito bem agora temos que ir e se formos<br />
rápidos, chegaremos antes de escurecer! Disse<br />
Valente.<br />
_ Tem razão Valente, então vamos! Reforçou<br />
Rex, pondo-se e juntos filhote e pais seguiram<br />
a caminho de casa.<br />
Andaram por algum tempo até chegarem a uma<br />
encruzilhada de caminhos, havia um que ia para<br />
a fazenda e outro que ia para a floresta, era<br />
a hora de se despedirem e cada um voltar para<br />
o seu mundo. Pluf e Dado se olhavam com<br />
olhos cheios de lágrimas, Nino, Rex e o tigre<br />
Valente sentiam que jamais esqueceriam aquela<br />
aventura que fez com que presa e predadores<br />
se unissem num só propósito.<br />
_ Obrigado meu amigo Valente! Nós não conseguiríamos<br />
sem você! Agradeceu Nino.<br />
_ Obrigado a você e ao amigo Rex que com<br />
seu faro aguçado nos levou na direção certa!<br />
_Que nada! Eu apenas ajudei! Mas contem<br />
sempre comigo! Disse Rex.<br />
A Despedida dos filhotes<br />
Com olhos cheios de lágrimas Pluf deu um<br />
cheirinho em Dado e disse:<br />
_Adeus! Sei que nos veremos novamente! Procure<br />
ficar bem meu amigo!<br />
_ Adeus! Fique bem você também! Por que espero<br />
encontra-lo novamente para novas aventuras<br />
vivermos! Dado despediu-se sentindo que<br />
seu instinto felino lhe dizia o contrário e que talvez<br />
jamais voltasse a encontrar o pequeno Pluf.<br />
(Segue)<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Olharam-se por alguns minutos quando foram interrompidos pela vós grossa de Valente:<br />
_ Então vamos logo Dado! Sua mãe espera por nós! Até o próximo amigo!!<br />
_ Até um dia! Vamos Pluf que sua mãe nos espera ansiosa! Não é mesmo Rex?<br />
_ É verdade, então vamos logo! Para não deixa-la ainda mais desesperada! Assim partiram para<br />
a fazenda deixando para traz uma incrível aventura vivida entre presa e predadores, que se<br />
uniram num mesmo objetivo e numa nova forma de amizade verdadeira.<br />
O Bom Filho a Casa Torna...<br />
_Mamãe! Eu estou aqui não chore mais! Gritou Pluf entrando em sua toca. Nina de tanta felicidade<br />
ao ver de novo seu filhote soltou um grito emocionado:<br />
_Graças a Deus!!!Graças a Deus!!!Nunca mais faça isso comigo seu moleque!!!<br />
Enquanto do lado de fora Nino e Rex contavam para os bichos da fazenda a aventura inacreditável<br />
que viveu naquela mata. Pluf prometeu à sua mãe que não voltaria a preocupá-la, e que<br />
não sairia mais sem avisar.<br />
Enquanto isso lá do outro lado da mata, na pequena floresta Dado fazia as suas promessas<br />
também pra Dona Valente, dizia que não sairia mais sozinho sem avisar, contou tudo o que havia<br />
acontecido e vivido ao lado de Pluf seu amiginho inesquecível.<br />
Tanto na floresta como lá na fazenda a história teve um final muito feliz.<br />
Assim termina a história de uma amizade diferente e quase impossível entre presa e predadores!<br />
Até a próxima aventura do:<br />
PEQUENO PLUF!!!<br />
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O SEGRE<strong>DO</strong> DAS MONTANHAS<br />
Por Gilberto Nogueira de Oliveira<br />
As montanhas nos contemplam,<br />
Em meio à natureza hostil.<br />
Nos enche de inferioridade,<br />
E com seus rígidos pés<br />
Nos esmaga os pensamentos.<br />
Subimos às montanhas,<br />
Agora nós a contemplamos.<br />
Ela se sente inferior<br />
Porque a pisamos de leve.<br />
Como as flores que ela cultiva,<br />
As borboletas incansáveis<br />
Preenchem o espaço vazio,<br />
Explode em cores a natureza,<br />
Estoura o colorido das borboletas<br />
Numa música infindável.<br />
Os pássaros alegram a natureza,<br />
Suas penas coloridas<br />
Transforma as pedras em jardim.<br />
Seus cantos alegres e sinfônicos<br />
Combinam com as cores do arco-íris.<br />
Cores fortes como se fosse o amor.<br />
De repente chega a noite.<br />
Seus olhos brilhantes e naturais<br />
Perfuram a densa neblina,<br />
E essa se derrete em lágrimas,<br />
Matando a sede da vida,<br />
Ao ser atingida pelo amor.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Imagem: hp://freebigpictures.com<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Iguais e diferentes<br />
Por Renata Iacovino<br />
Se mente é coisa de humano<br />
Quão, quão dementes, pois, somos!<br />
É de palavra em palavra<br />
Que vem cada gesto insano.<br />
Quão despreparados somos!<br />
Debruçamo-nos altivos<br />
Em racional argumento.<br />
Balela, exibicionismo...<br />
Somos, do mundo, nativos<br />
E às vezes seu excremento.<br />
Convence-nos o Animal<br />
Sem nada ter de provar.<br />
Nem que mil anos eu viva,<br />
A tão alto cabedal<br />
Conseguirei me igualar!<br />
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Depois, bom...<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A poesia do imperfeito<br />
Por Ro Furkim<br />
A rosa em botão, logo que brota, é toda enrustidinha, envolta<br />
pelo calículo. Durante um bom tempo só terá de vegetar a serviço da<br />
nutrição para a sobrevivência. Mas a certa altura do tempo as sépalas<br />
do calículo se vão separando, despindo a rosa dessa proteção.<br />
Chegou o momento de atender o destino; para tanto vai se afrouxando<br />
o entrelaçamento das pétalas, estas se espaçando de modo a tornar<br />
acessível o tálamo, onde seu gérmen aguarda.<br />
Então aquelas sépalas, apêndices verdes estéreis, reclamam,<br />
contrariadas por terem sido exoneradas de seu cargo de protetoras,<br />
avessas para baixo, meio encaracoladas, difamam a rosa para o<br />
pedúnculo:<br />
“Agora sim!, estamos inúteis; essa, aí em cima, está dispensando<br />
a nossa proteção, agora deu pra arreganhar aquelas pétalas<br />
desgrenhadas, exibindo pistilo, oferecendo estigma a todo ferrão<br />
que vai passando; veja lá: toda vermelhona, perfume forte!, minando<br />
horrores de néctar, permitindo a qualquer um, qualquer um mesmo,<br />
seja inseto, seja passarinho, chafurdar no seu pólen. Até bicho grande<br />
mete o focinho. Tem mais segredo pra a gente proteger não, perdeu<br />
a vergonha de vez...”.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Planeta Terra<br />
Por Yara Darin<br />
Nossa Terra , tão amada...<br />
Com o seu calor nos envolve<br />
Nos dá imensa fartura<br />
A grandeza e a beleza do mar<br />
As ondas que se agitam<br />
Na claridade do luar<br />
A suavidade dos campos<br />
A singeleza dos pássaros<br />
A abundância dos alimentos<br />
A imponência das montanhas.<br />
Planeta amado, te agradeço<br />
Neste tão nobre gesto<br />
De me trazeres aqui à morar<br />
À viver nesta intensa energia<br />
tão abrangente...<br />
Neste sol que me aquece<br />
As estrelas dos meus sonhos<br />
O luar dos meus encantos<br />
Que em noites claras me banho<br />
Pelas águas que me saciam<br />
As chuvas que lavam a m"alma<br />
Pelos amores que me amaram<br />
Pelos filhos que me fizeram<br />
A mulher mais feliz deste planeta.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
VIDA<br />
Por Robinson Silva Alves (Hiatus)<br />
UMA INSPIRAÇÃO<br />
AR <strong>DO</strong> MEU PULMÃO<br />
DE ONDE NASCEM OS SONHOS<br />
E BATE FORTE O CORAÇÃO<br />
SINTO TUA PRESENÇA<br />
NO SORRISSO DA CRIANÇA<br />
NOS BELOS MOMENTOS<br />
DA VIVA INFÂNCIA<br />
OUÇO TUA MÚSICA<br />
COM OS PASSAROS A CANTAR<br />
VEJO TEU ESPLEN<strong>DO</strong>R<br />
NO MAJESTOSO MAR<br />
NO BRILHO <strong>DO</strong> SOL<br />
NO MÁGICO LUAR<br />
MINHA PRIMAVERA,<br />
INVERNO,<br />
OUTONO,<br />
VERÃO<br />
A ROSA QUE NASCE<br />
NO JARDIM DA EMOÇÃO<br />
ARVORES DE FRUTOS<br />
FRUTOS DA CRIAÇÃO<br />
MAGIA DE VERSOS<br />
BELA SIMETRIA<br />
SIMETRIA DA VIDA<br />
POESIA.<br />
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KIBE<br />
Fonte: http://www.portalnatural.com.br/<br />
INGREDIENTES:<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
2 xícaras de triguilho, deixado de molho e bem escorrido<br />
1 lata de carne vegetal<br />
2 cebolas picadinhas<br />
4 dentes de alho<br />
1 xícara de hortelã picada<br />
5 colheres de azeite de oliva<br />
2 colheres de sopa de cheiro verde<br />
1/2 xícara de farinha de trigo branca<br />
MO<strong>DO</strong> DE PREPARO:<br />
1) Misture bem todos os ingredientes, exceto a farinha de trigo<br />
que deve ser acrescentada aos poucos no final até dar liga<br />
à mistura.<br />
2) Forme os kibes no tamanho que desejar.<br />
3) Coloque em uma assadeira untada com óleo.<br />
4) Cubra a assadeira com papel alumínio e asse em forno<br />
moderado.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
BORBOLETAN<strong>DO</strong> POR AÍ...<br />
Por Robson Luis Silva Costa<br />
Os meus versos<br />
são lindas borboletas<br />
com suas asas multicoloridas<br />
voando sobre e dentro<br />
da minha cabeça<br />
curando as ideias doloridas<br />
estando ou não no centro<br />
da Via Láctea... mas<br />
borboleteando por todo o Universo...<br />
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MÃE TERRA<br />
Por Sandra Berg<br />
Oh! Mãezinha terra<br />
Tens – me ao teu desvelo<br />
Dá - me tudo o que necessito<br />
Em teus saberes meu ser se fortalece<br />
De manhã quero acordar, respirar, estar aqui,<br />
Encontrar o talismã<br />
E sair do pesadelo<br />
De ver - me, um dia, banida do teu materno enleio.<br />
Levantemos a bandeira em defesa do lar comum<br />
Que o nosso astro brilhe acima da ganância<br />
E possamos compreender<br />
Que os seus anelos são a nave dessa viagem<br />
sem fim<br />
Ao cerne do desconhecido<br />
Minha alma funde – se ao fluido azul<br />
Da tua atmosfera<br />
Intrinsecamente percebo – me vida de tua vida<br />
Elo na trama do teu vestido natural<br />
Quando dou – me conta que sou tu que respira<br />
Sou tu que se condói<br />
Sou tu que se ressente pelas agressões sofridas<br />
Sou tu que sabe dar de si<br />
Só assim, sinto – me despida,<br />
Sabedora de que a minha consciência<br />
É parte do que és<br />
Se adoecer, é reflexo das dores que a ti eu<br />
causei,<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Estar saudável tem a prática salutar<br />
Do amor em preservar – te<br />
Imagem: neeha<br />
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COTIDIANO DE PRISCILA<br />
Por Wilton Porto<br />
Em cada coisa que ela usava<br />
E segurava com amor incomum<br />
Nós não sabíamos que ali estava<br />
Um estridente e constante zum-zum<br />
Que mora na alma da saudade<br />
E dos sofrimentos outro igual nenhum.<br />
O pano limpo onde ela se deitava<br />
O lençol lavado que tirava o frio<br />
Os pratos cuidados onde se alimentava<br />
Aconchego da perna na hora do cio.<br />
Gostava de uma peça<br />
Para servir de consolo<br />
Tomava chá de boldo<br />
Com a maior naturalidade<br />
Quanto mais imaginem:<br />
Um recheado bolo!<br />
E se se falava em passear<br />
O ansioso latido era o comunicar-se<br />
De se esquecer dela – nem pensar!<br />
Pois em desespero se punha a chorar.<br />
Quando da hora todo dia noite<br />
Em que pelas ruas caminhávamos felizes<br />
O nó na garganta é inevitável<br />
Lágrimas no rosto o único consolo.<br />
Onde quer que eu estivesse<br />
No interior de nossa casa<br />
Ali ela estava dando sinal de muita graça<br />
E queria que eu imediatamente a tocasse<br />
Como se de um pacto que quisesse que eu<br />
lembrasse.<br />
Balançava o rabo e ia se deitar<br />
Em frente à porta ou lado do sofá<br />
Dormia como se anjo em descanso<br />
Mas despertava serelepe para ninguém nos<br />
perturbar.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Era dócil apesar do tamanho<br />
O latido assustava qualquer ladrão<br />
Não conheço quem tivesse mais carinho<br />
Se fizesse traquinagens logo pedia perdão.<br />
Evitava ficar sozinha<br />
Morta de sono nos convidava para deitar<br />
Se a enganávamos de repente ela chegava<br />
E aos nossos pés ela se aquietava.<br />
Era danada quando de tomar remédios<br />
Ciumenta com as coisas e espaços<br />
Com ela não havia quem tivesse tédio<br />
De nem todos ela aceitava os abraços<br />
No entanto nem entre os humanos<br />
Conheço alguém que prime tanto pelos laços.<br />
O que mais faz subir o fogo da tristeza<br />
É sabermos o quantum de displicência<br />
Os que tratam têm que ter o mínimo de<br />
consciência<br />
De que quanto mais exames muito mais a<br />
certeza<br />
Das doenças naquele ser em permanência.<br />
Quem sabe? – talvez Priscila estivesse viva<br />
Se os cuidados tivessem sido mais primorosos<br />
Porém as condições sempre nos privam<br />
Assim perdemos a quem era imperdível<br />
E seguimos inconsoláveis todos os órgãos<br />
chorosos<br />
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SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA<br />
(para ler ouvindo a Sagração da Primavera,<br />
de Stravinsky)<br />
Por Sandra Couto<br />
Corria nua por entre as árvores,<br />
entregue a uma dança pagã,<br />
como que celebrando<br />
um antigo ritual...<br />
Os cabelos encharcados<br />
açoitavam-lhe as costas,<br />
os pés descalços desapareciam<br />
na relva molhada,<br />
a boca retorcida<br />
num sorriso de prazer...<br />
Rolou pela grama<br />
e de uma flor do campo<br />
sugou a seiva,<br />
de uma árvore ancestral<br />
roubou a energia,<br />
bebeu da água<br />
como se fosse vinho...<br />
Então, sentou-se<br />
sobre um tronco caído,<br />
esfregando-se, pernas abertas,<br />
ritmicamente,<br />
a princípio devagar,<br />
o rosto erguido para a chuva que caía,<br />
pouco a pouco acelerando os movimentos,<br />
convulsivamente,<br />
seguindo a coreografia<br />
ditada por seus instintos,<br />
soltando gemidos<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
roucos e indistintos,<br />
Até que numa explosão de vida,<br />
a chuva a morder-lhe os lábios<br />
e a lamber-lhe os seios,<br />
gritou orgasticamente...<br />
e quedou exaurida...<br />
Imagem: Pluie au Printemps III by *hyneige<br />
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Por Sandra M. Ferrari Radich<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Ainda corre rio em meus veios<br />
As filhas da natureza: Terra, Fauna, Flora, Água e Vida, todas mulheres e mães de homens,<br />
todas fortes, corajosas e guerreiras, porém adoeceram e por ironia do destino os próprios<br />
filhos que as deixaram doentes. As irmãs aflitas e preocupadas foram pedir ajuda para a Floresta<br />
e sua prima Ecologia, grandes amigas, que as receberam e acolheram com muito carinho. Na<br />
casa da floresta era o único lugar que elas ainda conseguiriam sobreviver.<br />
A Terra estava com febre muito alta, o nome do vírus era “Efeito Estufa”, a Fauna ficava<br />
sempre as mínguas, muito triste por causa dos animais em extinção e a Água, encontrava-se<br />
contaminada com tanto lixo e produtos químicos, a Flora, coitada faltava-lhe o ar por causa das<br />
queimadas e desmatamentos constantes. Até a Floresta corria perigo, pois estava ficando sufocada<br />
com a poluição.<br />
Será que seria o fim dessas mulheres maravilhosas? Dessas mulheres guerreiras que<br />
nos protegem, que nos dão carinho, que cuidam e alimentam. Será que um dia só conseguiremos<br />
admirar a beleza natural, a bondade, o amor incondicional dessas queridas mulheres, filhas<br />
da natureza, por meio de filmes, fotos e pinturas? Em algumas dessas imagens raras que uns<br />
de seus amados filhos resolveram um dia registrar? Percebo que num futuro não muito distante<br />
será essa a nossa realidade.<br />
Crianças perdidas e aflitas dirão: Cadê nossas mamães? Fauna, Flora? Cadê a mãe natureza?<br />
A Terra e a Água? O que será de nós? A vida não se conformava com o destino de<br />
seus filhos e de suas grandes amigas, apesar de fraca, ainda corria rio em seus poucos veios. A<br />
Vida mais uma vez procurou educar seus filhos. E disse: “não chorem crianças, ainda estou<br />
aqui, ainda é tempo de trilhar o caminho de volta”. A vida pediu ajuda a Ecologia. Ela não tinha<br />
filhos e viajou mundo afora atendendo ao apelo da vida. Nessa viagem, a procura de remédio<br />
para salvar suas amigas, adotou muitas crianças desamparadas.<br />
A Ecologia conseguiu fazer com que essas crianças a ouvissem e eles passaram a se<br />
preocupar com a salvação de todas as mães. A Ecologia e seus filhos voltaram depressa na<br />
tentativa de salvá-las enquanto havia tempo, antes que ficassem apenas na lembrança de alguns<br />
poucos irmãos sobreviventes. Essa mulher poderosa trouxe três remédios mágicos que se<br />
chamavam animo, conscientização e amor. O animo era para as mães, a conscientização para<br />
os filhos e o amor ejetado no coração de todos. Uma dose na medida certa para cada um.<br />
A Ecologia começou a medicar as mães com doses homeopáticas, uma a uma. “Mãe Natureza<br />
és bela e imponente, autoridade máxima, rege todo nosso planeta com suas maravilhosas<br />
leis, a pena será dura para quem ousar desobedecer. Água minha linda o que será dos homens<br />
sem ti, dos animais e das plantas aquáticas? Tudo secará. Amiga Floresta, maravilha do<br />
mundo, não se deixe abater a Fauna e a Flora precisam muito de você, unidas vocês vencerão.<br />
E o que dizer para você Vida? És poderosa, simplesmente vital!”<br />
Enquanto isso, os filhos da Ecologia diziam “irmãos nos ouçam! Todos, sem distinção alguma,<br />
temos nossa parcela de culpa nas doenças de nossas mães, juntando nossas forças poderemos<br />
salvá-las. Acordem antes que seja tarde demais. Sem elas seria o caos, só tristeza,<br />
miséria, fome e guerra. Violência gerando violência seria o nosso fim, com a ajuda de vocês tudo<br />
voltará a ser como antes, nossa água limpa, animais salvos, floresta recuperada. Nada justifica<br />
a agressão que nossas mães vem sofrendo todos esses anos”.<br />
Os homens pararam para refletir e se conscientizaram. Assim, começou a ser respeitada<br />
a lei da mãe Natureza e unidos conseguiram trilhar o caminho de volta cuidaram com muito<br />
amor e dedicação de suas amadas mães. Dessa forma, com doses homeopáticas, muito amor e<br />
dedicação conseguiram salvar suas amadas mães e seus queridos irmãos homens. Enfim salvas<br />
as filhas da natureza para a salvação da humanidade: Terra, Fauna, Flora, Água e Vida.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
QUERO ESCREVER<br />
Por Vera Salbego<br />
Quero escrever<br />
Ao ser humano<br />
Algo que o faça<br />
Despertar<br />
Para o mundo.<br />
Que o faça parar<br />
De destruir a natureza.<br />
E tomar consciência<br />
Que a natureza é o pulmão<br />
Do mundo.<br />
E de nossa existência.<br />
E dela precisamos<br />
Para nossa sobrevivência<br />
Neste planeta terra.<br />
Vamos unir nossas forças<br />
E tentar salvar<br />
O que resta ainda<br />
Da nossa Floresta Amazônica<br />
De nossa Mata Atlântica.<br />
Vamos plantar mais árvores<br />
E preservar a vida<br />
Do nosso planeta.<br />
Unindo forças no mundo todo<br />
A Natureza será preservada<br />
Para as novas gerações<br />
Conhecer a beleza da Fauna e Flora<br />
De nossa Terra.<br />
Assim, escrevo com a consciência.<br />
De poeta e o coração de ser humano.<br />
Para espalhar aos quatro ventos<br />
A sinfonia do amor a Natureza.<br />
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Rio e Mar<br />
Por Silvana Brugni<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Nasci assim com água de chuva,<br />
Pequenina linha d´água apenas,<br />
Infiltrada em solo no cume da montanha.<br />
Lá fui nascente, e percorri canaletas inicialmente,<br />
despencando de inesperado em singela queda d’água.<br />
Me tornei afluente e fui crescendo,<br />
fazendo um percurso cego, sem saber onde me levaria;<br />
Percorri por toda espécie de caminhos,<br />
planaltos, planícies e relevos íngremes.<br />
assistindo e persistindo a todas as estações.<br />
Ora fiz-me descanso em pequenos riachos<br />
para seguir sinuosa até quedar-me em cachoeira!<br />
E então vencidos os obstáculos, intempéries, pedras do caminho,<br />
e todos os caprichos que a natureza quis me fazer prova,<br />
depois de longo tempo lanço-me e abrigo-me agora, finalmente...<br />
em vasto mar de águas calmas!<br />
Imagem: Kagaya<br />
www.varaldobrasil.com 89
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
www.varaldobrasil.com 90
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Decolagem<br />
Por Valquíria Gesqui Malagoli<br />
Meu verso quer ter pouso,<br />
por isso eu verso; eu ouso...<br />
de um canto a outro da Terra,<br />
versar como quem berra!<br />
Com bússola ou sem norte<br />
minha palavra é forte,<br />
sem papas, nós na língua...<br />
forte é... até que extinga.<br />
E esse planeta é vário –<br />
maior que o dicionário!!!<br />
Então, lá vou, de novo,<br />
sorver do velho o novo...<br />
colher da natureza<br />
o simples e a rareza...<br />
colher a flor e o fruto<br />
qual bandeirante bruto.<br />
Imagem: hp://www.wallpaper‐valley.com/<br />
www.varaldobrasil.com 91
Por Gilson Gilvan Conejo Alves |<br />
Artigo: Reprodução.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Medidas de Proteção ao Meio Ambiente<br />
- Recicle - o lixo que não é reciclado acaba em um aterro , gerando metano e CO2; além disso,<br />
produtos reciclados requerem menos energia para ser produzidos do que produtos feitos<br />
do zero;<br />
- Plante árvores e outras plantas onde puder - as plantas tiram o CO 2 do ar e liberam oxigênio;<br />
- Jamais queime lixo - A queima lança CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera.<br />
- Certifique-se de que seu carro está com o motor regulado - isto permitirá que ele funcione<br />
com maior eficiência e produza menos gases nocivos;<br />
-Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Lâmpadas fluorescentes gastam<br />
60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136kg de gás carbônico<br />
anualmente.<br />
-Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado Um ar condicionado sujo representa 158<br />
quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.<br />
-Prefira eletrodomésticos de baixo consumo energético. Procure por aparelhos com o selo do<br />
Procel ou Energy Star (em importados).<br />
- Não compre o que não for necessário. Prefira produtos ambientalmente corretos;<br />
- Não deixe seus aparelhos em standby. Simplesmente desligue ou tire da tomada quando<br />
não estiver usando um eletrodoméstico. Em standby de um aparelho usa de 15% a 40% da<br />
energia consumida quando ele está em uso.<br />
- Descongele geladeiras e freezers antigos… se é que você ainda tem um! Considere trocar<br />
de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos.<br />
- Troque seu monitor antigo por um de LCD. Além de ficarem mais bonitos e ocuparem menos<br />
espaço em sua casa, são muito mais econômicos.<br />
- Divulgue a idéia . Lembre-se também de sugerir para seus amigos a adoção destas práticas.<br />
Não deixe uma torneira pingando e nem escove os dentes com a torneira aberta;<br />
Fique atento (a) ao tempo dedicado aos banhos;<br />
Não deixe uma torneira pingando e nem escove os dentes com a torneira aberta;<br />
- Fique atento (a) ao tempo dedicado aos banhos;<br />
<br />
EFEITO ESTUFA: O efeito estufa ocorre quando gases da atmosfera - como dióxido de carbono<br />
(CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e CFC's - absorvem parte da radiação solar. Como<br />
resultado, a superfície terrestre fica cerca de 30ºC mais quente ao receber quase o dobro de<br />
energia da atmosfera em relação à energia que recebe do sol.<br />
Fonte: Medidas de Proteção ao Meio Ambiente | Prevenção Online<br />
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Lasanha com tofu e palmito<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Fonte: http://livrodereceitasvegetarianas.blogspot.ch/<br />
Ingredientes:<br />
1 pacote de massa para lasanhas integral (que vai direto ao forno)<br />
Recheio:<br />
2 copos de tofu cortados em quadradinhos<br />
1/2 copo de temperos verdes frescos picadinhos<br />
4 colheres de (sopa) de azeite de oliva<br />
1/2 copo de azeitonas verdes picadas<br />
1 e ½ copo de palmito picadinho<br />
1 pitada de sal<br />
Molho branco:<br />
4 colheres de (sopa) de farinha de trigo integral<br />
1 colher de (café) de noz-moscada moída<br />
4 colheres de (sopa) de óleo de milho<br />
3 copos de água fervendo<br />
Molho vermelho:<br />
4 tomates grandes e maduros picados<br />
1/2 copo de temperos verdes frescos picados<br />
3 abobrinhas cortadas em rodelinhas<br />
2 copos de purê de tomate<br />
1 copo de água quente<br />
2 folhas de louro<br />
Modo de Preparar:<br />
Em uma panela, esquente o óleo e doure a farinha de trigo, mexendo sempre, para se fazer o<br />
molho branco. Adicione aos poucos a água quente, o sal e a noz-moscada assim que começar<br />
a ficar dourada, e mexa vigorosamente, bata esse molho no liquidificador, e reserve.<br />
Para o molho vermelho, frite os temperos frescos e as folhas de louro no azeite de oliva, adicionar<br />
as rodelas de abobrinha verde, o sal e os tomates após 5 minutos em fogo alto e com água<br />
quente. Mantenha a panela tampada até os tomates ficarem bem macios. Bata o molho no liquidificador<br />
(retire os louros). Caso deseje um molho mais fino, passe-o na peneira. Misture todos<br />
os ingredientes do recheio.<br />
Coloque um pouco de molho branco no fundo de um pirex alto e vá colocando de modo intercalado<br />
a massa, recheio e molho branco, massa, recheio e molho vermelho. Cubra o pirex com<br />
papel de alumínio e leve ao forno já quente, por 30 minutos aproximadamente.<br />
Retire do forno assim que estiver com a massa macia.<br />
Sirva em seguida<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Semente nossa<br />
Por Varenka de Fátima Araújo<br />
Semente nossa de cada dia<br />
Terra nossa de cada dia<br />
Toda semente que jogamos<br />
Brota, nasce e sustenta<br />
É uma química perfeita<br />
Semente que semeia a terra<br />
Uma relação de mãe e filho<br />
A semente pode ser produto do homem<br />
Que tudo descobre e inventa<br />
Para o nosso sustento<br />
A semente que não permeia<br />
Uns homens fazem grandes queimadas<br />
Para destruir o mato<br />
A terra fica seca<br />
E o fogo e a fumaça nos prejudicam<br />
Mas, a que a que brota do coração<br />
Está não podem queimar<br />
É a semente do amor<br />
Que espalhadas entre os homens e mulheres<br />
Surgem vidas<br />
Com amor...com amor...com amor<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
A TERRA ERA AZUL...E AGORA?<br />
Por Vó Fia<br />
Desembarquei nesse mundo quando a terra era azul e linda; fui criança brincando em riachos<br />
de águas cristalinas, passeando por campos verdejantes, colhendo as frutas que nasciam naturalmente<br />
como ingá, marmelinho, jatobá, gabiroba, cabacinha, marolo, pitanga e muitas mais, a<br />
vida era toda natural, porque o homem respeitava as leis da natureza e a mãe terra era pródiga<br />
em suas dádivas.<br />
As estações nunca perdiam o rumo e chegavam com data e hora marcada: primavera, verão,<br />
outono, inverno e tudo era feito seguindo suas normas, com a primavera chegavam as flores e o<br />
mundo era fartamente perfumado, no verão era tempo de calor e de alegria, tempo de piquenique<br />
sob arvores frondosas, o outono meio no lusco fusco de tons acinzentados e com ele as frutas<br />
chegavam cheirosas e doces.<br />
O inverno vinha com seu saudável frio e com a fartura da colheita do café, tempo de bons negócios,<br />
de dinheiro farto para os fazendeiros e seus colonos; a vida era boa e a fartura era para<br />
todos, pobres e ricos podiam comer os frutos limpos que a saudável terra produzia generosamente;<br />
depois das colheitas o povo festejava dançando e cantando e ao mesmo tempo orava<br />
agradecido.<br />
Os rios limpos ofertavam seus peixes e os pescadores alimentavam suas famílias sem nenhum<br />
receio, porque de águas limpas só vinha peixes sadios e deliciosos; bovinos, suínos, aves<br />
em geral se fartavam com a fartura do rico capim gordura, do milho, dos legumes e verduras,<br />
ninguém conhecia ração, porque os animais pastavam livres e os humanos criavam seus filhos<br />
sadios pela boa alimentação.<br />
Agora já não se sabe o que se come, seja gente ou bicho, porque tudo está contaminado pelas<br />
cargas gigantescas de agrotóxicos, novas doenças aparecem e algumas não tem cura e as<br />
pessoas morrem sem saber de que, mas a maior enferma é nossa Mãe Terra, maltratada, poluída,<br />
devastada pela ignorância e a ganância dos homens e assim a vingança é o descontrole das<br />
estações, calor, frio, chuva e sol, tudo misturado.<br />
Onde está a terra azul, os rios de águas transparentes e o ar puro e doce? Não existe resposta<br />
para essas indagações, mas quando a ultima arvore for derrubada, o ultimo rio assoreado e<br />
sujo e o ar se tornar venenoso e irrespirável, muitos homens estarão muito ricos e se julgando<br />
poderosos, mas vão descobrir que não se come, não se bebe e não se respira dinheiro.<br />
Se a mentalidade destrutiva de governantes ambiciosos e corruptos não mudar, as gerações<br />
futuras não terão uma infância feliz e saudável como os idosos de hoje tiveram, não colherão<br />
frutas silvestres e não fará alegres piqueniques, isso se as próximas gerações conseguirem sobreviver<br />
a poluição da terra, rios, oceanos e do ar. É muito triste pensar que a terra está perdendo<br />
sua linda cor azul.<br />
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CONTAN<strong>DO</strong> VACAS<br />
Por Valquiria Imperiano<br />
A NATUREZA é uma artista perfeita, utiliza as<br />
algas do mar e a areia branca como pigmentos<br />
necessário para que as cores ganhem contraste,<br />
harmonia e movimento. Variando entre tons<br />
ora claro, ora azul, ora azul profundo sob a influencia<br />
da luz que brilha no céu e que transforma<br />
as aguas em um espelho que nelas mergulha<br />
diariamente e perpetuamente na tentativa<br />
de se refrescar . Aglomera gazes misturandoos<br />
com a umidade sob a influencia do vento e<br />
da pressão atmosférica para adornar os mares<br />
e os rios e envolve a terra com nuvens que<br />
mais parecem chumaços de algodão em forma<br />
de carneirinhos e bichinhos planando sobre<br />
nossas cabeças tranquilos e silenciosos a decorar<br />
o nosso campo visual. São as pinceladas<br />
magicas dadas pelas mãos do artista Criador.<br />
AS GAIVOTAS quebram o silêncio do mar e<br />
brigam com o som das ondas, gritam alto, o grito<br />
da felicidade , a felicidade de se sentirem livres<br />
e poderem mergulhar em busca do seu<br />
peixe de cada dia. Uma competição divertida e<br />
alegre entre animais. Sabia ação da mãe natureza<br />
que realiza o jogo do equilíbrio ecológico.<br />
O MAR, gosto de olhar o mar, fora dele e dentro<br />
dele. O seu silêncio me impregna de felicidade<br />
e de respeito. Essa superfície marítima<br />
me encanta e me fascina. A beleza silenciosa<br />
e magnética do mar me atira e me hipnotiza,<br />
porém falta-me a coragem de mergulhar e descobrir<br />
o mundo encantado e misterioso escondido<br />
entre suas algas e seus subterrâneos profundos.<br />
Quedo, muitas vezes, diante da imensidão<br />
azul observando os peixes a caçar mosquitos<br />
fora d'agua, e os pássaros a pescarem<br />
os peixes e estremeço ao ver no horizonte<br />
grandes navios pescadores que plantam suas<br />
gigantescas redes, limpando o fundo do mar de<br />
todo ser que tenta ultrapassa-la. Atrás da rede<br />
o homem e a ganância vão arrastando vidas e<br />
dando a sua contribuição indecente para a destruição<br />
ecológica. Frente ao mar não precisamos<br />
pensar, nem filosofar, para que questionar<br />
? Nem os peixes, nem os pássaros o fazem,<br />
eles apenas vivem, respeitam o ciclo da<br />
vida e são felizes. Não se adonam do mar nem<br />
do mundo, nem cobram bilhetes de entrada para<br />
serem apreciados em pleno desempenho<br />
artístico.<br />
O HOMEM racional deveria aprender com os<br />
sábios ANIMAIS irracionais a ponderar sobre<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
os valores essenciais da vida. Observar os ratos<br />
não só para descobrir a reação de um determinado<br />
vírus injetado em seu sistema nervoso<br />
central, mas observa-los em comunidade.<br />
Mas não apreciam os animais, caça-os. Consideram-se<br />
seres superiores porque pensam. A<br />
razão ? É a responsável do homem devasso,<br />
do homem insensível. Os bichos não pensam e<br />
nem se matam por sadismo. Quem tem razão.<br />
Qual o valor da razão ? Eis a palavra chave,<br />
valor. É ai que se encontra a confusão entre os<br />
superiores. Eles sabem contar. Aprenderam a<br />
contar até 10, até 1000 000 e para lhes facilitar<br />
os cálculos inventaram a calculadora. Muito inteligentes<br />
os homens!. Compram terras e as<br />
enchem de vacas: 1 vaca, 2 vacas, 3 vacas, 4<br />
vacas ……..1000... vacas. Para as vacas tanto<br />
faz 1 patrão, 2 patrões... 10 patrões sua produção<br />
será sempre a mesma. E os patrões que<br />
se matem para dividir o leite, nada muda a vida<br />
de uma vaca. Comem, dormem, defecam, morrem<br />
no matadouro a maioria das vezes ou de<br />
micróbios, não é seu problema, ela respeita a<br />
vida e não tenta muda-la. De uma maneira ou<br />
de outra, hoje ou amanha o importante é ter.<br />
Uma boiada, para vender a carne, transformar<br />
o couro em sapatos, os chifres em botões. Uma<br />
baleia para vender suas barbatanas como<br />
afrodisíaco. O marfim dos elefantes para transformar<br />
em objetos de decoração. A pele da jiboia<br />
para cobrir os delicados pezinhos de algum<br />
artista, rainha, ou seja la quem porta uma<br />
coroa. Uma coisa é utilizar a carne para alimentar<br />
o bicho homem, outra coisa é incinerar a<br />
carne para aumentar o preço do mercado. Uma<br />
gaivota só pesca o suficiente para si. O urubu<br />
só come o que esta morto e não mata o irmão ,<br />
dividi a sua carniça, comem juntos no mesmo<br />
prato. O leão só caça para alimentar a própria<br />
fome, reina no seu território e assim mesmo<br />
com prudência porque ele sabe que se matar<br />
todos os inferiores, ele mesmo será vitima da<br />
própria imprudência e morrera de fome. Nem a<br />
gaivota se apropria do ar, nem o tubarão se<br />
apropria do mar. Os animais são irracionais,<br />
dizem, mas são os únicos que obedecem as<br />
regras da preservação. Os animais que vivem<br />
no deserto não precisam de floresta, a comida<br />
rara brota da areia quente como por milagre,<br />
repousam no calor e trabalham no frescor e<br />
caçam para sobreviver, porque só pegam o necessário<br />
para si.<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
EU não sou o OUTRO. Todo ser fora de mim é o outro e eu muito egoistamente coloco a responsabilidade<br />
desse ”bordel” nessa palavra excluindo-me da culpa de CONTAR VACAS, mas<br />
no fundo sei que sou indiretamente responsável por essa cadeia infernal de destruição Sou a<br />
consumidora, a devoradora de carne, aquela que alimenta o capitalismo e a indústria que avançam<br />
como um trator destruindo sem triar tudo que esta a sua frente visando o dinheiro. Como<br />
gosto de churrasco evito o olhar singelo de uma vaca no pasto. Vivo com meu pecado e me asseguro<br />
de que estou certa porque o “outro” também gosta de carne e o pior que nem posso confessar<br />
minha “canibalidade vacal” porque comer vaca não é pecado pelo menos no nosso pais.<br />
Esquecemos que somos mortais e que dentro do caixão não precisamos de cartão de credito e o<br />
dinheiro poderá ser útil apenas para comprar um bonito caixão de mogno com garantia da funerária<br />
para não apodrecer durante alguns longos anos dentro da cova. Às vezes me pergunto<br />
qual é o interesse em manter um caixão intacto enquanto a carne apodrece? Independente da<br />
madeira as lavas nos devorarão, certamente, contribuindo silenciosas para o ciclo da vida, nos<br />
transformando em adubo para alimentar a vaca. Me vejo então no começo da cadeia alimentar e<br />
virando músculo de vaca, me vejo picanha espetada e cortada em tirinhas dentro do prato de um<br />
carnívoro.<br />
ESPERANÇA era uma vaca que tínhamos em casa. Essa não pude comer e em sua homenagem<br />
transformo uma sinônimo da outra por isso :VACO que um dia os homens esqueçam a calculadora<br />
e usem a matemática para contar as estrelas sem tentar apaga-las, calcular a distancias<br />
entre os planetas sem o objetivo de domina-los e contem as vacas com a intenção de protege<br />
-las. E eu pare de comer churrasco.<br />
Foto de Valquiria Imperiano<br />
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Tráfico de Animais Silvestres<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior negócio ilegal do mundo, e que só no Brasil movimenta<br />
cerca de 700 milhões de dólares (americanos) por ano. Só das selvas brasileiras são<br />
retirados em média 12 milhões de animais por ano, e por cada animal vendido morrem nove.<br />
O tráfico de animais só perde para o tráfico de drogas e de armas na escala dos mais rentáveis,<br />
sobrevive da miséria humana, explorando pessoas simples que fazem da venda de animais um<br />
meio trágico de obter dinheiro, causando assim enormes e irreparáveis danos na natureza.<br />
A fauna é devastada, e a retirada de animais já causou a extinção de inúmeras espécies e consequentemente<br />
todo um desequilíbrio ecológico. A função dos animais como grandes dispersores<br />
de sementes, um papel importantíssimo para manter o equilíbrio no ciclo da vida, vê-se assim<br />
reduzido.<br />
Aves exóticas, macacos, peixes e até animais ferozes, entre muitos outros, servem o prazer que<br />
algumas pessoas têm em possuir um animal exótico em casa.<br />
Quanto mais raro for o animal maior é o valor a ser pago por ele, fazendo com que os animais<br />
em extinção sejam os mais cobiçados.<br />
O grande problema é que a maioria das pessoas que possuem esses animais não sabem que a<br />
compra, venda, criação ou qualquer outro negócio envolvendo animais silvestres é crime inafiançável,<br />
e acabam levando para casa, junto com os animais, também uma série de problemas. Algumas<br />
acreditam até que a proteger os animais, sem fazer ideia de como eles sofrem com tudo<br />
isso.<br />
A grande maioria dos que compram animais silvestres acabam mais tarde por se desfazerem<br />
deles, ao depararem-se com o trabalho que eles exigem, ou por não terem mais condições de<br />
mantê-los. Uma quantidade desses animais são depois levados aos zoológicos com a intenção<br />
de serem doados, e lá não são aceites pois em muitos casos já existe uma superlotação.<br />
O animal em cativeiro perde a capacidade de caçar o seu alimento, de se defender dos predadores<br />
ou de se proteger de situações adversas. Se forem libertados, mesmo que em locais propícios,<br />
dificilmente conseguem sobreviver.<br />
Muitos possuem os dentes e garras arrancadas, outros são vendidos drogados ou embriagados<br />
e outros ainda (geralmente pequenos macacos) são rodados a todo momento pela cauda até<br />
ficarem completamente desnorteados, tudo isso para passarem a imagem de<br />
animais mansos e domesticados.<br />
Muitos dos animais, ao serem colocados em cativeiro após retirados da vida livre, acabam por<br />
morrer pelo simples facto de se recusarem a comer. Em cativeiro a grande maioria perde até a<br />
capacidade de reprodução, sendo que isso é um dos principais instintos de qualquer animal, tamanho<br />
é o seu sofrimento.<br />
Muitos dos animais são traficados para o exterior e transportados principalmente dentro de fundos<br />
falsos de malas, completamente sufocados por roupas e outros objetos. São esses motivos,<br />
entre outros, que fazem com que o maior número de mortes ocorra durante o transporte.<br />
Se pretendes ter um animal em casa escolhe, de preferência um cão ou gato.<br />
Artigo Reprodução. Fonte: http://www.centrovegetariano.org/<br />
Referências:<br />
hp://www.ibama.gov.br/<br />
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ANTOLÓGICO 3<br />
<strong>VARAL</strong><br />
Apresentamos com carinho nossa terceira coletânea,<br />
o livro <strong>VARAL</strong> ANTOLÓGICO 3!<br />
O livro terá capa do mestre dos grafites, o artista<br />
Thiago Furtado, conhecido como Valdi-<br />
Valdi.<br />
O prefácio será do escritor e jornalista Valdeck<br />
Almeida de Jesus e o poema de abertura<br />
da escritora Rita de Cássia Amorim Andrade.<br />
Fotografias interiores de Maria de Fátima<br />
Barreto Michels.<br />
Os autores que farão parte do livro:<br />
ARLETE TRENTINI <strong>DO</strong>S SANTOS<br />
AUDELINA MACIEIRA<br />
CAROLINE BAPTISTA AXELSSON<br />
CINTIA MARIA DE MEDEIROS<br />
CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO<br />
CLEVANE PESSOA<br />
DIVA MENDES<br />
EDIANE SOUZA<br />
EMANUEL MEDEIROS VIEIRA<br />
FLÁVIA ASSAIFE<br />
FLÁVIO GOULART BARRETO<br />
GERMANO MACHA<strong>DO</strong><br />
GUSTAVO MARTINS BARRETO<br />
HEBE C. BOA-VIAGEM A. COSTA<br />
HERNANDES LEÃO<br />
JACQUELINE AISENMAN<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
JERONYMO ARTHUR<br />
JOANA ROLIM<br />
JOSÉ ALBERTO SOUZA<br />
JOSÉ CAMBINDA DALA<br />
JULIO CESAR BRI<strong>DO</strong>N <strong>DO</strong>S SANTOS<br />
LENIVAL NUNES DE ANDRADE<br />
LEONAR<strong>DO</strong> A. DE FREITAS AFONSO<br />
LUCIA AMÉLIA BRULLHARDT<br />
LUIZ CARLOS AMORIM<br />
MARIA DE FÁTIMA B. MICHELS<br />
MARLY RONDAN<br />
MARIA (NILZA) LEPRE<br />
NORÁLIA DE MELLO CASTRO<br />
RAIMUN<strong>DO</strong> CANDI<strong>DO</strong> TEIXEIRA<br />
RENATA IACOVINO<br />
RITA DE OLIVEIRA MEDEIROS<br />
ROBRTO FERRARI<br />
ROSELIS BATISTA R.<br />
SANDRA NASCIMENTO<br />
VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI<br />
VICÊNCIA JAGUARIBE<br />
VÓ FIA<br />
Estas são as capas<br />
dos dois primeiros<br />
volumes<br />
WALNÉLIA CORRÊA PEDERNEIRAS<br />
O livro contará com os autores Isabel Cristina<br />
Silva Vargas e César Soares Farias na<br />
composição das orelhas.<br />
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Conto 7 – Davi e a tempestade<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Por Fabiane Ribeiro<br />
Pela fria madrugada, o suor banhava-lhe a face,<br />
contrastando ao clima gélido do outono. Era<br />
a insegurança, adentrando cada célula de seu<br />
corpo.<br />
Davi abriu os olhos e pôde... ver?<br />
Que ideia absurda, ele pensou.<br />
Era deficiente visual há mais de uma década.<br />
Como poderia, no meio da noite, abrir os olhos<br />
e, simplesmente... ver...?<br />
Contudo, a visão era de uma beleza singular.<br />
Uma luz pálida, porém, penetrante; forte e vibrante.<br />
Era impossível não se entregar.<br />
Davi estivera na reunião do grupo de deficientes<br />
visuais aquela tarde, entretanto, não se sentira<br />
muito confortável. Os colegas haviam partilhado<br />
sonhos, visões durante sonos renovadores.<br />
Ele, por sua vez, desde que sofrera o acidente,<br />
nunca sonhara. Nem ao menos um pesadelo<br />
para constar.<br />
Sonhos, bons ou ruins, não faziam parte de sua<br />
vida. Portanto, ele não compartilhara nada na<br />
reunião; apenas ouvira relatos que lhe eram estranhos.<br />
Agora não parecia sonhar; a luz fazia com que<br />
se sentisse mais vivo e acordado que nunca.<br />
Era como se aquela luz fosse a vida...<br />
E, de alguma forma, era.<br />
Ele abriu os braços e jogou-se, com força na<br />
luz.<br />
Sentiu gotas pesadas e aterrorizantemente gélidas<br />
pesarem contra seu corpo. Estava chovendo.<br />
Não era uma chuva qualquer. Era uma forte<br />
tempestade.<br />
Estava em um barco em meio a um oceano de<br />
águas sem fim.<br />
Água. Raios. Trovões. Água. Vento. Água. Nuvens<br />
escuras... Tudo cinza. Exceto... a luz.<br />
A luz continuava em sua visão, pálida, encoberta<br />
por algumas nuvens e, ao mesmo tempo,<br />
convidativa.<br />
Então, ele deixou de incomodar-se pela tempestade<br />
e concentrou-se na luz e na paz que<br />
ela lhe transmitia...<br />
O barco continuou seu balanço sobre as fortes<br />
ondas no mar, e a luz continuou a acalmar-lhe,<br />
até que os primeiros raios de sol fossem vistos<br />
e os tons cinzentos da tempestade fossem preenchidos<br />
por cores vibrantes. Tudo se fez luz,<br />
após uma noite de tempestades em alto-mar.<br />
Davi retomou a consciência.<br />
Em seu quarto, calmo e silencioso, os raios do<br />
sol da manhã tingiam tudo com brilho. Ele sorriu.<br />
Voltara a sonhar. Teria um sonho a partilhar<br />
com os colegas na próxima reunião.<br />
Entretanto, não era um sonho qualquer... Era<br />
um anúncio de boas-novas a caminho. De uma<br />
luz capaz de afugentar qualquer tempestade.<br />
Ele havia sonhado com um farol em meio ao<br />
mar.<br />
Se antes, na ausência dos sonhos, tudo era escuridão<br />
em sua vida; agora, após sonhar com o<br />
farol e com a tempestade que se desfez, ele<br />
teve certeza de que bastaria concentrar-se na<br />
luz, presente em qualquer existência, para que<br />
as nuvens escuras fossem carregadas pelos<br />
ventos de mudança...<br />
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BELA UNIÃO<br />
Por Cristina Cacossi<br />
E por falar em beleza<br />
quem se combina com quem?<br />
tudo nessa natureza,<br />
parece se dar tão bem!<br />
Segue um ângulo perfeito<br />
o rio entrosando-se à mata.<br />
Ele transmite o respeito,<br />
que do Criador acata!<br />
Chuva que cai na floresta<br />
desperta pura fragrância.<br />
Torna o ambiente uma festa,<br />
inebria em abundância!<br />
O trio: rio, dunas e mar<br />
desafia toda união.<br />
Emoção de par a par,<br />
privilegiada visão!<br />
Floco de neve, friorento<br />
há de ser mais lindo então,<br />
que algodão levado ao vento,<br />
prenunciando uma estação?<br />
Sopra o vento perspicaz<br />
e folhas secas vão ao chão.<br />
Com essa tarefa audaz,<br />
surge vida em profusão!<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Vem o mar devagarzinho<br />
sobre a vastidão de areia.<br />
Livra-a do seu desalinho,<br />
pois a brisa a despenteia !<br />
Campo cheinho de flor<br />
ao céu se direciona.<br />
Oferece toda cor,<br />
um pelo outro se apaixona!<br />
Sol e lua sorrindo surgem<br />
repletos de pura beleza.<br />
Pedindo licença à nuvem,<br />
oferecem sua riqueza!<br />
E em meio a bela união<br />
quem se combina com quem?<br />
A natureza dá a mão,<br />
por isso que se dá bem!<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
TERRA: PLANETA EM EXTINÇÃO<br />
Por Luiz Carlos Amorim<br />
E existe o dia da Terra, que vem muito a propósito para refletirmos e nos conscientizarmos de<br />
que há uma necessidade urgente, urgentíssima, de cuidarmos do nosso planeta, de pararmos<br />
de agredi-lo, de passarmos a tratá-lo com o devido respeito e carinho para que possamos ter essas<br />
mesmas coisas de retorno. Mas qualquer que seja o Dia da Terra, todo dia é dia de pensarmos<br />
nela com carinho.<br />
O planeta Terra é o nosso mundo e, se continuarmos a maltratá-lo, a destruí-lo, que futuro poderemos<br />
esperar? A natureza é a alma da Terra. E ela está se cansando de tanto descaso, de tanto<br />
desrespeito, fato que pode ser facilmente constatado, se prestarmos atenção nas tragédias<br />
climáticas que vêm acontecendo, como tempestades, furacões, enchentes, terremotos, etc. Mãe<br />
Natureza se rebela diante de tanta irresponsabilidade do ser humano, qual seja no cuidado do<br />
seu meio-ambiente, da sua água, do seu ar, do seu mar, do seu chão.<br />
Então é hora de pararmos para repensar nossas ações e pensar mais no nosso planeta, passar<br />
a respeitar a natureza como ela merece. Fazemos parte dela, então estamos agredindo a nós<br />
mesmos, estamos podando o nosso próprio futuro, estamos apressando o fim do lugar onde vivemos.<br />
Para onde vamos, quando não for mais possível viver no Planeta Terra? Não foi encontrado, ainda,<br />
nenhum outro planeta onde o homem pudesse viver. E mesmo que houvesse, iríamos tomar<br />
posse dele para destruí-lo, também?<br />
Leio a crônica da minha amiga Mary Bastian, na qual ela fala do corte de árvores indiscriminado<br />
em Joinville e do Rio Cachoeira morto, mas não sepultado. Onde está o nosso senso de preservação,<br />
se assassinamos um rio? E um rio morto é um pedaço da natureza que morre com ele,<br />
árvores cortadas são outro pedaço e assim lá se vão vários pedaços, até que não sobre nada. É<br />
isso que queremos, que nosso planeta caia aos pedaços, vá explodindo devagarinho, por nossa<br />
falta de consciência?<br />
A Terra pede socorro. Há que pensemos nisso e há que façamos com que todos os dias, que<br />
cada dia seja um novo dia para salvar nosso planeta Terra. Há que tomemos atitudes, para que<br />
nos próximos anos possamos estar aqui para comemorar o dia da Terra. Esperemos que não<br />
seja tarde demais.<br />
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O Planeta terra pede socorro<br />
Artigo Reprodução<br />
Fonte: http://www.webartigos.com/ maio 2009<br />
A situação do planeta hoje é crítica. Podemos<br />
ver essa realidade em todos os acontecimentos<br />
do nosso dia a dia. Como Por exemplo: Os rios<br />
estão sujos e poluídos; Os dias estão muito<br />
mais quentes; a natureza esta descontrolada,<br />
tai os exemplo como enchentes, ventanias fortíssimas<br />
entre outras coisas que acontecem em<br />
nosso planeta.<br />
Todos sabemos os motivos pelo qual essas reações<br />
da natureza acontecem, e todos sabemos<br />
o que é preciso fazer para mudar essa realidade.<br />
Só que nem todos fazem!<br />
Então já esta na hora de começar a fazer a coisa<br />
certa, para assim ajudar o planeta e a nós<br />
mesmos. Não estou dizendo que se você fizer<br />
uma ou outra coisa vai salvar o planeta da destruição,<br />
mas, você já pensou se todo o mundo<br />
fizer um pouquinho, a sua parte, o resultado<br />
que isso vai ter na situação do meio ambiente?<br />
É Animador, pois se cada um fizer a sua parte,<br />
o planeta será salvo. ENTÃO VAMOS COME-<br />
ÇAR A FAZER AGORA!!!<br />
O mundo todo está engajado nessa campanha,<br />
são jornais, revistas, pessoas famosas e até<br />
políticos entre outros, que visa a mudança de<br />
alguns hábitos de nós seres humanos, por apenas<br />
uma simples causa, nosso planeta, nossa<br />
vida!<br />
Essas são algumas formas de amenizar esse<br />
caos:<br />
* Reciclagem.<br />
*Coleta do lixo e não jogar lixo em rios, ruas e<br />
campos abandonados.<br />
*Economia de ÁGUA.<br />
*Não desmatar ilegalmente as nossas florestas.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
*Não fazer queimadas, pelo menos não de<br />
grandes proporções.<br />
Entre outras atitudes que podem ajudar o planeta.<br />
As autoridades especializadas nessa área estão<br />
em constante estudos e pesquisas, para<br />
tentar encontrar soluções que ajudem o planeta,<br />
uma dessas soluções já mostra resultados,<br />
como por exemplo: Recentemente, revistas,<br />
jornais e propagandas informaram os telespectadores<br />
de uma atitude muito simples que ajudaria<br />
muito o meio ambiente, que é pintar o teto<br />
de suas casas de branco, uma atitude diferente<br />
e bem autentica, que ajuda a diminuir o calor.<br />
Resultado, as casa fica mais fria, e você ainda<br />
ajuda a diminuir o aquecimento global. Claro<br />
que se um ou outro fizer não vai ter muitos resultados<br />
a não ser para si mesmos. Mas se pelo<br />
menos boa parte da população aderir a essa<br />
atitude, com certeza isso nos trará bons resultados.<br />
Não sou uma autoridade preocupada com o<br />
meio ambiente, nem tão pouco uma especialista<br />
da área, ainda, sou apenas uma pessoa comum,<br />
que gosta do meio ambiente e se preocupa<br />
com ele. E estou convidando você a fazer<br />
parte dessa campanha. Pode ser agindo diferente<br />
com o meio ambiente, escrevendo como<br />
eu e divulgando essas soluções que ajudam o<br />
meio ambiente, pode ser de qualquer jeito que<br />
ajude o planeta, só faça!<br />
CAMILA SOARES<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
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COMO PODEMOS PRESERVAR O<br />
MEIO AMBIENTE? AÇÕES COTIDIA-<br />
NAS PRÁTICAS<br />
Artigo Reprodução. Fonte: http://<br />
meioambiente.culturamix.com/<br />
Por Vanderlei em agosto 29, 2012<br />
O ecossistema planetário já sofreu degradações<br />
por conta das ações humanas de um modo<br />
tão profundo, que se torna urgente a adoção<br />
de medidas que procurem preservar o meio<br />
ambiente. Em escala global, nos grandes acordos<br />
e tratados firmados entre países, ou nas<br />
ações de cada indivíduo, que atuando em suas<br />
residências ou em suas comunidades, conseguem<br />
promover ações efetivas em prol da saúde<br />
do meio ambiente.<br />
Em nossas ações cotidianas, muitas medidas<br />
podem ser tomadas de modo que possamos<br />
preservar o meio ambiente. Estas medidas<br />
passaram a ser conhecidas como os três “Rs”,<br />
sendo cada ”R” referente às seguintes ações:<br />
Reduzir o nosso consumo, Reutilizar e Reciclar.<br />
A poluição, um dos maiores problemas ambientais<br />
da atualidade (juntamente com a utilização<br />
dos agrotóxicos, com as pesquisas relacionadas<br />
aos transgênicos, entre outros), está intimamente<br />
relacionada ao consumismo exacerbado<br />
típico de nossa sociedade capitalista.<br />
Deste modo, ao observarmos o nosso consumo,<br />
evitando embalagens desnecessárias,<br />
principalmente, contribuiremos para não produzir<br />
mais material destinado ao lixo.<br />
Aliado a esta ideia de Redução, temos a da<br />
Reutilização. Com isto, evitamos mais uma vez<br />
o descarte de materiais, reutilizando as embalagens,<br />
após higienizá-las e atentando para as<br />
que anteriormente não comportaram produtos<br />
tóxicos. Conscientes da importância e da economia<br />
que a reutilização gera, diversas empresas<br />
e fábricas já apostam na venda de refis,<br />
fazendo com que os consumidores adquiram<br />
produtos em uma embalagem menos elaborada<br />
e mais barata, possibilitando a reutilização<br />
das embalagens mais elaboradas e que con-<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
tém mais material.<br />
Além dos dois “Rs” anteriores, resta ainda a<br />
Reciclagem. A Reciclagem de materiais – que<br />
são divididos entre papéis, plásticos, vidros e<br />
metais – auxiliam a reduzir a extração de matérias<br />
primas, bem como o descarte desnecessário.<br />
Um exemplo deste processo é o papel que,<br />
ao ser reciclado, evita o corte de novas árvores,<br />
bem como evitam que sejam destinados<br />
ao lixo comum.<br />
Estas práticas, em conjunto, evitam a produção<br />
excessiva de lixo e a propagação da poluição,<br />
que atinge a terra, as águas e o ar. Dadas as<br />
destinações corretas aos materiais, seja reutilizando<br />
ou reciclando, reduzimos o consumo e,<br />
consequentemente, a produção de lixo e poluição.<br />
O restante do nosso descarte se resume, basicamente,<br />
ao lixo orgânico (restos de alimentos,<br />
frutas, verduras, legumes), que podem facilmente<br />
retornar à terra, onde serão descompostos<br />
e formarão a parte orgânica da composição<br />
da terra, na forma de adubo vegetal.<br />
Outras pequenas medidas se somam a estas e<br />
que fazem diferença quando pensamos na preservação<br />
do ecossistema de nosso planeta:<br />
Reduzirmos o gasto de energia e de combustíveis,<br />
evitar o desmatamento e replantar as árvores<br />
em áreas já desmatadas, preservar as<br />
matas e os rios, atentar às práticas agrícolas,<br />
preservar a fauna em seus ambientes originários<br />
– uma vez que estes também são importantes<br />
para a flora, dentre inúmeras outras<br />
ações.<br />
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NOSSO <strong>BRASIL</strong> ECOLÓGICO<br />
Por Odete Bin<br />
Qual é a cor do elefante ?<br />
- É verde. Do tom da bandeira?<br />
Não, bem da cor do dejeto.<br />
- Sua resposta é verdadeira.<br />
Por tanto tempo em desuso<br />
ficou um verde desbotado<br />
cor da farda do soldado<br />
da grande nação brasileira!<br />
Que de grande descoloriu,<br />
assim só descolorir não basta<br />
a cordilheira, também a Amazônia<br />
porque o brasileiro a devasta.<br />
Com destruição e incêndios<br />
a selva que de verde era,<br />
vai se transformando e a Amazônia<br />
na mais exposta cratera.<br />
Para viver, é só o presidente,<br />
uma pena que o povo deixe;<br />
as fontes secam e os rios,<br />
paraíso para tantos peixes.<br />
No palácio do governo<br />
entra em cena o plenário,<br />
o presidente sai de órbita<br />
segue um outro planetário.<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
O verde e amarelo da bandeira<br />
que tremula de sul a norte,<br />
o verde está perdendo a cor,<br />
o amarelo, some do cofre-forte.<br />
Nosso querido planeta<br />
onde dormem tantos brasileiros<br />
porém, digo: o sono dos justos<br />
se transforma em pardieiro.<br />
Ex Brasil verde-amarelo<br />
não é mais branco nem azul,<br />
se tremula a paz no norte,<br />
oh, já não tremula no sul!<br />
Nós não somos qualquer coisa<br />
por que qualquer coisa nos basta?<br />
Fazemos parte do planeta terra<br />
por que nosso Brasil assim se encerra?<br />
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
Paisagens verdes<br />
Por Alberto Araújo<br />
Busco paisagens verdes,<br />
E esculpidas cantigas de ninar.<br />
Na ausência das fantasias,<br />
Embalo repentes e cordéis<br />
Para a próxima geração.<br />
Escultores, ceramistas e artesões,<br />
São artistas que com suas línguas eruditas,<br />
Esculpem possíveis cavalgaduras.<br />
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Como proteger os animais?<br />
Artigo: Reprodução<br />
Fonte: http://www.logisticareversa.net.br/<br />
1) Se você não tem tempo ou vontade de nada,<br />
não tenha animais em casa se não puder<br />
cuidar deles e oferecer-lhes condições salubres.<br />
Muito faz quem não atrapalha.<br />
2) Se você tem algum tempo E alguma vontade,<br />
adote um animal ao invés de comprar. Para<br />
cada animal comprado em pet shops, 3<br />
morrem nas ruas. Lembre-se que é uma vida<br />
e que ele tem necessidade de alimento, conforto<br />
e carinho. Um dia ficará velho e precisará<br />
ainda mais da sua atenção.<br />
3) Se você tem espaço, condições e atende<br />
os requisitos do item 2, adote mais de um. O<br />
problema é realmente grande!<br />
4) Se você não tem espaço ou condições, colabore<br />
com quem ajuda. Doe alimentos, material<br />
de limpeza, divulgue campanhas. Voluntarie.<br />
5) Seu guarda-roupa anda cheio? Abra espaço!<br />
Lã? couro? Você realmente precisa disto<br />
num mundo com opções que não matam e<br />
são mais baratas?<br />
6) Há espaço em seu banheiro para a vida?<br />
Então não compre produtos testados em animais.<br />
Eles são submetidos a testes incessantes.<br />
Produtos de limpeza, perfumes, cosméticos,<br />
algumas rações... a lista, infelizmente, é<br />
grande.<br />
7) Se houver espaço em seu coração para<br />
amar os animais que não convivemos diariamente<br />
(vacas, galinhas, peixes, frutos do<br />
mar), deixe de comê-los. Afinal, a dor que a<br />
galinha sente não é menor que a dor de um<br />
cãozinho felpudo. Além de não contribuir com<br />
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />
a morte direta deles, não irá contribuir com a<br />
tortura diária a que eles são submetidos, na<br />
indústria de alimentos.<br />
8) Se você consegue chegar no ponto 8, há<br />
espaço para os animais selvagens? Não compre<br />
animais silvestres. O lugar deles é em liberdade.<br />
Seja menos consumista: para produzir,<br />
é preciso destruir habitats, parar tirar madeira,<br />
minérios.... Muitos animais morrem para<br />
se produzir um produto que você não precisa.<br />
O que você descarta vai parar em habitats e<br />
provocam a morte de vários animais em rios,<br />
no mar... Gerar menos lixo é provocar menos<br />
mortes.<br />
9) Ok. Agora.... e os animais humanos?<br />
Quantas crianças dormem ao relento, quantos<br />
velhinhos são abandonados em asilos? Os<br />
tolos sempre dizem "Ao invés de adotar um<br />
animal, adote uma criança". os sábios dizem<br />
"eu quero ser parte da solução e não do problema".<br />
Ajudar pessoas não exclui ajudar os<br />
animais e vice-versa. Quem critica normalmente<br />
não ajuda sequer o próximo. Ao invés<br />
de apontar e dizer o que o próximo deveria<br />
fazer, deve sim abrir a mão e oferecer ajuda a<br />
quem precisa.<br />
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