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VARAL DO BRASIL 19 JAN 2013

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Literário, sem frescuras!<br />

Ano 4 - Janeiro/Fevereiro de <strong>2013</strong>—Edição no. <strong>19</strong><br />

www.varaldobrasil.com 1<br />

®<br />

®<br />

ISSN 1664-5243


Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

LITERÁRIO, SEM FRESCURAS<br />

Genebra, inverno de <strong>2013</strong><br />

No. <strong>19</strong><br />

www.varaldobrasil.com 3<br />

®<br />

ISSN 1664-5243<br />

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EXPEDIENTE<br />

Revista Literária <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong><br />

NO. <strong>19</strong> - Genebra - CH - ISSN 1664-5243<br />

Copyright Vários Autores<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

O Varal do Brasil é promovido, organizado e realizado<br />

por Jacqueline Aisenman<br />

Site do <strong>VARAL</strong>: www.varaldobrasil.com<br />

Blog do Varal: www.varaldobrasil.blogspot.com<br />

Textos: Vários Autores<br />

Colunas:<br />

Fabiane Ribeiro<br />

Sarah Venturim Lasso<br />

Sheila Ferreira Kuno<br />

Ilustrações: Vários Autores<br />

Foto capa: © rudisetiawan - Fotolia.com<br />

Foto contracapa: © Jacqueline Aisenman<br />

Muitas imagens encontramos na internet sem ter<br />

o nome do autor citado. Se for uma foto ou um<br />

desenho seu, envie um e-mail aqui para a gente<br />

e teremos o maior prazer em divulgar o seu talento.<br />

Revisão parcial de cada autor<br />

Revisão geral <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong><br />

Composição e diagramação:<br />

Jacqueline Aisenman<br />

A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita. A<br />

revista está gratuitamente para download em<br />

seus site e blog.<br />

Se você deseja participar do <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong><br />

NO. 20 envie seus textos até 10 de fevereiro de<br />

<strong>2013</strong> para: varaldobrasil@gmail.com<br />

O tema da edição no. 20 será MULHER: UM<br />

UNIVERSO (Envie seu texto em prosa ou em<br />

verso acompanhado de nosso formulário até o<br />

dia dez de fevereiro de <strong>2013</strong>).<br />

O tema da edição no 21 (maio <strong>2013</strong>) será livre.<br />

NATUREZA<br />

Por Antonio Cabral<br />

Falar em Rio + 20<br />

não é coisa com que me anime,<br />

mas façamos o seguinte:<br />

Destruição sempre é crime.<br />

Macacos de opinião<br />

esses do nosso zoológico,<br />

pois mostraram algo lógico:<br />

Ninguém topa "banguzão!"<br />

Quem conhece natureza<br />

pelo "Globo Ecologia",<br />

é um pobre de certeza,<br />

come sapo em vez de gia.<br />

"Minha terra tem palmeiras",<br />

disse o poeta a cantá-las;<br />

mas pra cantar as palmeiras,<br />

precisamos replantá-las.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Há muito tempo o ser humano vem praticando o mal contra si mesmo, contra o Planeta no qual<br />

vive e contra os seres que com ele dividem o Planeta.<br />

O uso indiscriminado das riquezas naturais, o tratamento inadequado do lixo produzido. A falta<br />

de humanidade na relação com os animais. O descaso diante das matas que se reduzem dia<br />

após dia.<br />

O ser humano faz tanta questão de destacar dos demais seres como sendo racional e o que ele<br />

mais faz em sua vida é dar provas de irracionalidade.<br />

Neste nosso mundo que busca na poesia das palavras um recurso para suavizar tamanhos<br />

maus-tratos e descasos, convidamos autores de todos os cantos a escrever sobre o Planeta<br />

Terra e a Vida.<br />

O resultado, vocês verão, é uma declaração de amor provando que sim, ainda existem pessoas<br />

que se importam com o futuro deste maravilhoso lugar em que vivemos.<br />

O carinho destas pessoas que escreveram se traduz em palavras em defesa do Planeta. Poemas,<br />

contos, crônicas. A prosa e o verso se unindo contra a desgraça que atinge a vida.<br />

O mundo não se acabou em 2012, como alguns poderiam pensar! Mesmo que tanto de ruim tenha<br />

e continue sendo feito, o Planeta Terra ainda nos acolhe e a todas as formas de vida!<br />

Iniciamos assim o ano de <strong>2013</strong> com a força do amor, esperando que o ser humano possa compreender<br />

o valor da proteção ambiental, da proteção dos animais e de si mesmo.<br />

Tenhamos todos um Feliz <strong>2013</strong>!<br />

Que a vida seja plena, que nos traga o melhor e a ela possamos dar o nosso melhor!<br />

Jacqueline Aisenman<br />

Editora-Chefe da Revista Varal do Brasil<br />

Imagem: hp://assisaraujo.wordpress.com/<br />

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ALBERTO ARAUJO<br />

ANA ROSENROT<br />

ANGELA GUERRA<br />

ANTONIO CABRAL<br />

ANTONIO VENDRAMINI NETO<br />

BETO ACIOLI<br />

CARLOS ALBERTO OMENA<br />

CAROLINE AXELSSON<br />

CESAR SOARES FARIAS<br />

CINTIA MEDEIROS<br />

CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO<br />

CLÉO REIS<br />

CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES<br />

CRISTINA CACOSSI<br />

DHIOGO JOSÉ CAETANO<br />

<strong>DO</strong>MINGOS A. R. NUVOLARI<br />

EDNAL<strong>DO</strong> MUNIZ<br />

ELIANE ACCIOLY<br />

EVELYN CIESZYNSKI<br />

FABIANE RIBEIRO<br />

FLÁVIA ASSAIFE<br />

GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA<br />

HELENA AKIKO KUNO<br />

ISABEL C. S. VARGAS<br />

IVANE LAURETE PEROTTI<br />

JACQUELINE AISENMAN<br />

<strong>JAN</strong>DYRA ABRANCHES<br />

JOSÉ CAMBINDA DALA<br />

JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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JOSÉ HILTON ROSA<br />

JOSÉ LUIZ PIRES<br />

JOSSELENE MARQUES<br />

LENIVAL NUNES DE ANDRADE<br />

LUIZ CARLOS AMORIM<br />

MAGNO OLIVEIRA<br />

MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA<br />

MARIA EMILIA ALGEBAILE<br />

MARIO OSNY ROSA<br />

MARIO REZENDE<br />

MARLUCE ALVES F. PORTUGAELS<br />

MARLY RONDAN<br />

MARTA CARVALHO<br />

MARIA NILZA DE CAMPOS LEPRE<br />

NORÁLIA DE MELLO CASTRO<br />

ODETE BIN<br />

OLIVEIRA CARUSO<br />

OSIEL FERREIRA VIEIRA<br />

RENATA IACOVINO<br />

RO FURKIM<br />

ROBINSON SILVA ALVES<br />

ROBSON LUIS S. COSTA<br />

SANDRA BERG<br />

SANDRA COUTO<br />

SANDRA M. FERRARI RADICH<br />

SARAH VENTURIM LASSO<br />

SHEILA FERREIRA KUNO<br />

SILVANA BRUGNI<br />

VALQUIRIA GESQUI MALAGOLI<br />

VALQUIRIA IMPERIANO<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

VARENKA DE FÁTIMA<br />

VERA SALBEGO<br />

VO FIA<br />

WILTON PORTO<br />

YARA DARIN<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

De olhos abertos<br />

Sempre ouvi dizer ao decorrer de minha existência, que ratos são<br />

animais desprezíveis, odiados pelos seres humanos, restando-lhes<br />

apenas o direito de serem cobaias e alimento dos animais vorazes. Ao ler<br />

um artigo publicado na internet, fiquei surpreso ao saber que estes<br />

roedores são usados desde 2004 no combate às minas terrestres na<br />

África, além disso, são capazes de detectar a bactéria da tuberculose.<br />

Então, podemos afirmar que se estes animais nos causam transtornos ou<br />

transmitem doenças, não o fazem de forma consciente, em detrimento de<br />

alguns homens que destroem o meio ambiente, ceifam a vida alheia,<br />

ceifando a si próprios. Foi pensando nisso que escrevi os seguintes<br />

versos:<br />

BRUTALIDADE<br />

Por Cláudio de Almeida Hermínio<br />

Homens e mulheres atravessam o mundo<br />

Insinuam poses cadavéricas<br />

Relutam com seus próprios desejos<br />

Não sabem se vão ou se ficam.<br />

Na espreita de um sorriso qualquer<br />

As mesmas bocas que mostram os dentes<br />

Trituram migalhas que caem ao chão<br />

Igualam-se ao esterco e folhas apodrecidas.<br />

Não se contentam com a realidade iminente<br />

Exalam o odor que a todos devoram<br />

Arrastando-os ao esquecimento da própria vida.<br />

De nada adiantam às lágrimas<br />

Que jorram na face<br />

Desaguam em vão.<br />

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O universo caminha em uma escuridão<br />

sem fim<br />

Na trajetória das galáxias giram cometas<br />

e planetas.<br />

Nasceu à via Láctea com um sistema<br />

solar espetacular<br />

Deu origem à vida na terra, transformando-a<br />

em um planeta azul.<br />

Vivemos aqui com os encantos e sobressaltos<br />

da natureza, que são frutos<br />

gerados por seu útero, transformando<br />

tudo em sementes, que dão frutos da<br />

vida, do amor e da contemplação, tudo<br />

com eterna beleza.<br />

Por Antonio Vendramini Neto<br />

É fria a madrugada<br />

Sorrateira e silenciosa<br />

Quietude que se impõe na calada da noite<br />

Vozes roucas lamentam infortúnios<br />

É mórbido o momento<br />

Súplicas e suspiros dobrados<br />

Ecoam ao vento em forma de açoite<br />

Explosão no céu<br />

Um cometa mergulha na escuridão<br />

A visão fica turva<br />

É o caminho do medo<br />

Coração disparado<br />

Com um frenesi de emoções<br />

É o sol da meia noite<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A noite virou dia<br />

Passo trôpego na calçada<br />

Ritmo desenfreado<br />

Marcha alucinante<br />

Rufar de tambores<br />

O mundo quase acabou<br />

O ontem já se foi<br />

O amanhã ainda não chegou<br />

É o ultimo capitulo de uma era<br />

Que foi escrito por mim<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Dente-de-Leão<br />

Por Ana Rosenrot<br />

Eu estava com muita pressa, tinha centenas de coisas para fazer, inúmeros clientes para<br />

visitar e pouquíssimo tempo, andava pelas ruas quase correndo, lutando para me movimentar<br />

rápido em meio ao enorme fluxo de pessoas, o coração acelerado e a cabeça doendo devido ao<br />

estresse – o grande mal da vida moderna −; quando o vento, que espelhava poeira por todos os<br />

lados, fez pousar em meus óculos algo muito interessante: sementes de dente-de-leão.<br />

Peguei uma delas e ao ver aquela sementinha tão linda e aerodinâmica, a penugem<br />

branquinha e incrivelmente leve, recordei imediatamente de minha infância, quando colhia uma<br />

daquelas bolas brancas e um simples assopro desfazia-se em dezenas de paraquedas imaginários,<br />

prontos para viverem incríveis aventuras pelos quatro cantos da Terra.<br />

Pensando bem, somos como as sementes de dente-de-leão, nascemos protegidos por<br />

nossa “planta” mãe e pouco a pouco vamos nos desenvolvendo, tentando sair do invólucro natural<br />

que nos mantém afastados das intempéries da vida, loucos para expor-se completamente à<br />

luz do sol e todos vão se preparando da melhor forma possível, até o grande momento de alçar<br />

voo e dar o máximo de si para pegar os melhores ventos e buscar um local adequado para germinar<br />

e crescer; muitas caem no asfalto duro, na terra infértil, sobre os arranha-céus, ficam grudados<br />

nas roupas – ou óculos – de alguém, podendo ser novamente levadas pelo vento se forem<br />

persistentes, ou simplesmente ficam presas nos desvãos da rua até secarem; poucas encontram<br />

o lugar e as condições ideais para desenvolver-se com plenitude.<br />

Nós seres humanos, também somos assim, uns se esforçam e vencem na vida, outros<br />

não. O problema é que, ao contrário da semente de dente-de-leão, quando finalmente atingimos<br />

nossos objetivos, ao invés de florescermos, parece fazer parte da natureza humana o oposto:<br />

vamos murchando, perdendo o interesse, ficando estagnados. Eu mesmo, que lutei tanto para<br />

alcançar o sucesso e agora vivo estressado por ter tantos clientes e não saber administrar bem<br />

meu tempo; estou sempre irritado, nervoso, vazio, sem coragem para tomar novas iniciativas.<br />

Mas estranhamente, as sementes que grudaram em meus óculos, reacenderam a chama, o desejo<br />

de ir mais longe, de recomeçar, de procurar novos caminhos.<br />

Não é à toa que no Nordeste Brasileiro essa planta é chamada de “esperança” e deu origem<br />

a um sábio dito popular:<br />

“Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde”.<br />

Devemos deixar que essa semente germine em nossos corações e reinicie seu ciclo natural,<br />

para podermos alcançar voos cada vez mais longos, mais altos, infinitos, cheios de<br />

“esperança”.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Grito Existencial<br />

Por Beto Acioli<br />

Grita um silêncio em meu grão deserto<br />

Faz-me arder áridos sentimentos<br />

Passo, deveras, longos maus momentos<br />

O sofrimento faz meu mundo inquieto<br />

O meu tormento passa-se em secreto<br />

Expilo prantos coração adentro<br />

Navalho cortes sanguinolentos<br />

Retalho a alma em perverso decreto<br />

A fundo peno com meus desatinos<br />

Sinto o profundo gosto do veneno<br />

Morrendo aos poucos a cada segundo<br />

Decerto seja o maldito mundo<br />

Impondo a vida pelo que devemos<br />

Ou nos expondo à sorte do destino<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Sangue derramado<br />

Angela Guerra<br />

A cor dos mares, oceanos, lagos e rios é o azul,<br />

puxando, às vezes, pro verde; invariavelmente cinza,<br />

ao cair do crepúsculo... Cinza escuro, quase negro,<br />

quando nuvens carregadas prenunciam tempestades...<br />

Até o Mar, dito "Vermelho", se submete a essas regras imemoriais.<br />

Agora, a Mãe Natureza (em represália?!...) nos prega peças!...<br />

Triste, degradada, ferida em sua integridade,<br />

começa a sangrar...<br />

Águas tingem-se de vermelho, no Senegal e na Austrália!...<br />

Lá se vai a harmonia relaxante, o verde-azul que nos cerca,<br />

acalma a vista e o espírito, tornando-nos a alma menos inquieta...<br />

A culpa é do sal, das algas, dizem os ecocientistas de plantão...<br />

E se for contagioso?!... Que perigo!... Adeus tranquilidade...<br />

Já se pensaram encurralados pelo sangue de nossa Mãe Maior?...<br />

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GRITO DE SOCORRO<br />

Por Carlos Alberto Omena<br />

Ouvi choros, gritos,<br />

Apelos e lamentos.<br />

Era o nosso planeta,<br />

Agonizando em sofrimentos.<br />

Ganância, descaso,<br />

descomprometimento,<br />

Tudo, em nome do desenvolvimento,<br />

E o nosso planeta agonizando grita:<br />

Socorro! Eu estou morrendo.<br />

As árvores lágrimas vertiam.<br />

Eram lágrimas de dor e sofrimento<br />

Pois mercenários madeireiros,<br />

As derrubavam em grande<br />

desmatamento.<br />

Sem árvores, as aves sumiram<br />

Causando enorme destruição.<br />

Estão diminuindo uma a uma<br />

E ameaçadas de extinção.<br />

Os rios, já quase sem vida,<br />

Por causa da poluição,<br />

Lutam pela sobrevivência.<br />

Isso sim é degradação.<br />

Com os rios imundos e poluídos,<br />

Os peixes morrerão.<br />

E num futuro bem próximo,<br />

Ficaremos sem alimentação.<br />

Nosso ar , já quase rarefeito,<br />

Quase não podemos respirar.<br />

Graças a ação do homem,<br />

Estamos por nos matar.<br />

O sol por demais esquentando,<br />

O frio já congelando,<br />

O planeta agonizando,<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

E a vida se acabando.<br />

Mas, se o homem quiser<br />

Essa realidade pode mudar<br />

Com muita luta, consciência e união,<br />

Nosso planeta podemos salvar.<br />

Vamos agir de imediato<br />

E do nosso planeta cuidar.<br />

Ainda podemos salvá-lo,<br />

E uma bela herança deixar.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

SUFLÊ DE LEGUMES<br />

Enviada por Christianne Meirelles<br />

Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br/<br />

INGREDIENTES<br />

2 colheres de sopa de farinha de trigo<br />

300 ml de leite<br />

2 colheres de sopa de manteiga ou margarina<br />

1 pitada de sal<br />

50 g de queijo ralado<br />

4 ovos<br />

Legumes cozidos e cortados em cubos<br />

MO<strong>DO</strong> DE PREPARO<br />

Derreta a manteiga, sem deixar esquentar muito<br />

Junte a farinha, depois o sal e o leite, mexa sempre até engrossar<br />

Retire do fogo e deixe esfriar<br />

Misture as gemas bem batidas, o queijo, e os legumes<br />

Por im as claras em neve<br />

Leve imediatamente ao forno a 180°C, em um pirex untado com manteiga, por 15 minutos<br />

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Exorcista<br />

Por Caroline Baptista Axelsson<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Visto de longe até Drácula é decorativo. Existem realmente coisas no mundo que devem<br />

ser observadas à distancia. Existem outras porém que devem ser consideradas com paixão,<br />

e a vida é uma delas. Porque vivemos? É uma pergunta intelectual mas a resposta é<br />

sentimental. Falar e discutir é mágica de boca. Viver é sentir. A vida é emotiva, é um exercício<br />

pulsante e eternamente apaixonado. Seu significado reside nos sentimentos e prazeres<br />

de momento a momento. O sentido da vida é viver. Não sabemos de tudo e nunca saberemos,<br />

mas quando ignoramos a beleza da natureza e nos apegamos somente à selva<br />

urbana terminamos como pedras, observando a destruição ambiental da mesma maneira<br />

como observamos Drácula, só de longe...Já que não queremos enfrentar e resolver os problemas,<br />

escrevemos poemas sobre a desgraça embelezando ou lamentando a deformação.<br />

E de que serve toda esta literatura? Vidros carbonizados, lixo na grama, vazamentos<br />

na rua, árvores mortas, inseticidas na comida, oceanos afogados em petróleo morrendo<br />

aos poucos, quem se responsabiliza? Se poluir é tudo que sabemos fazer, aproveite a noite,<br />

aproveite o dia, em um ano ou dois não existe mais nada!<br />

Agir funciona. Em todo o mundo há jardins diferentes. Num jardim japonês cada árvore está<br />

perfeitamente podada, sem nenhuma folha fora do lugar. Os jardins ingleses são famosos<br />

por suas rosas e linhas perfeitas de arbustos. O número de jardins é enorme mas uma coisa<br />

é verdadeira para todos. Os jardins são a criação comum entre a intenção do homem e<br />

a capacidade da natureza de cumprir! A Terra ama quando é amada. Infelizmente muita<br />

gente está possuída pela ganância e o único exorcista que pode nos salvar é a consciência.<br />

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Por César Soares Farias<br />

CASEIROS PARA TAMBO DE LEITE<br />

EM VIAMÃO<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Meu querido tambo<br />

* Ordenha automática/ resfriador canalizado, 200 litros/dia – 15 vacas.<br />

ELA: Ordenhar manhã (05:30/07:30h) e tarde(16:30/18:30h), limpeza sala leite/<br />

ordenha, comida aos cachorros e limpeza casa principal. Sal: R$ 400,00<br />

ELE: Trato, pastagens, trator e limpeza estábulo. Sal: R$ 600,00<br />

Obs: Boa casa com horta/galinhas, semi-mobiliada, água, luz e cesta básica.<br />

Interessados contatar com Sr. Enilson 436-2432 ou<br />

8248-5104<br />

Ele relutou bastante antes de ligar. Foram necessárias varias conversas entre os dois<br />

para que, enfim, vencido pelo cansaço e sem mais argumentos para se agarrar, Arthur tomasse<br />

a iniciativa.<br />

Arthur tinha qualidades e talentos incontestáveis, granjeando através deles muitas amizades.<br />

A sua conversação era agradável, com bom senso de humor. Apesar dos quase quarenta<br />

anos, era um mulato com dentes bem polidos, olhar vivaz e pele saudável. Combinava simpatia<br />

com beleza, e isso naturalmente abria-lhe algumas portas. Havia algo nele, contudo, que<br />

andava esgotando a paciência da sua mulher. Kleiva custara a perceber uma triste mas estampada<br />

realidade: O rapaz não gostava de trabalhar.<br />

O gelo, todos sabem, não foi feito para o contato com o fogo, pois derrete-se e perde a<br />

sua forma característica. A água, por sua vez, não nasceu para o óleo, pois se colocarmos ambos<br />

num copo eles sequer se misturam. Se deixarmos de lado os estados físicos da matéria e o<br />

mundo dos elementos químicos para adentrarmos no reino animal, veremos que da mesma forma,<br />

algumas espécies repelem ou incompatibilizam-se com outros seres e/ou ambientes. É o<br />

caso do peixe, que não nasceu para a grama ou para o chão de saibro. Por outro lado, o bom<br />

ditado já diz: “Gato escaldado tem medo de água fria” e dificilmente veremos o felino jogando-se<br />

por vontade própria num banho de rio.<br />

Arthur, conforme constatado e comprovado de fato, não nascera para o trabalho. Fugia dele como<br />

o diabo da cruz. Duas semanas antes de Kleiva colocá-lo contra a parede, insistindo com<br />

aquela página dos classificados aberta diante dele, escutou ela um intrigante diálogo. Naquele<br />

dia, ao final da tarde, receberam em casa a visita de Diogo, o vizinho e cumpadre que batizara<br />

Úrsula, a nenê do casal. Tomaram chimarrão, falaram sobre a última rodada do Gauchão e já<br />

no portão, quando a sós ficaram os dois varões, houve uma proposta do visitante, pedreiro “de<br />

mão cheia” e sempre bem requisitado para obras.<br />

-- Ólha, to precisando di servente pra erguê umas parede lá na Dona Eloá. Ela qué qui faça um<br />

quarto nos fundo pru guri dela. Fiquei di passá lá amanhã cedo pra dá um orçamento pra velha.<br />

Di tarde, si fizé tempo bom, já começo o serviço... Tá a fim di encará essa? -- Bah cara... É qui<br />

eu ajudo a Kleiva a cuidá da guriazinha aqui em casa... agora fica ruim pra mim...<br />

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Ela ouviu tudo em silêncio, imóvel, atrás<br />

da cortina na janela e guardou pra si a revelação.<br />

Na gíria, diria-se que naquele exato instante,<br />

após tão forte sacudida, a ficha finalmente<br />

caiu.<br />

A situação financeira deles era preocupante<br />

e muito pouco promissora. Viviam de ranchos<br />

ofertados pela sogra de Kleiva e ás vezes<br />

por sua própria mãe, que trazia compras ás escondidas<br />

do marido, homem duro, que não admitia<br />

“sustentar vagabundo”. Pra piorar, Arthur<br />

andava jurado de morte por traficantes e alertado<br />

pra si o olhar da polícia.<br />

As ofertas de trabalho, isso ela não ignorava,<br />

estavam escassas. Haviam vagas, mas<br />

só para pessoas qualificadas com cursos e,<br />

principalmente, com experiência na função.<br />

Trabalhar num tambo, porém, parecia ser a<br />

chance de ouro para os dois, que não tinham<br />

assim tanto estudo. Além disso sairiam daquela<br />

vila onde o clima começava a ficar nebuloso. A<br />

luz no fim do túnel havia brilhado de fato naquele<br />

anúncio.<br />

Acabaram caindo nas graças do tal<br />

Enilson, proprietário daquele rebanho leiteiro,<br />

residente na zona rural do município de Viamão,<br />

à 10 km de Porto Alegre. Deixaram a pequena<br />

Úrsula com a mãe de Arthur e partiram<br />

para aquela guinada em suas vidas.<br />

O tambo abastecia armazéns e casas<br />

das redondezas, dispondo de vasta freguesia e<br />

credibilidade. O rapaz em sua primeira semana<br />

no emprego até que demonstrou algum empenho.<br />

Contudo, como de costume, começou a<br />

achar desgastante aquela rotina de acordar cedo<br />

em pleno inverno gaúcho. Seu Enilson, que<br />

simpatizara bastante com ele, ofereceu-lhe um<br />

remanejamento de função. Foi transferido para<br />

um abatedouro do fazendeiro, distante 2 km<br />

dali, onde lavaria sangue do chão e recolheria<br />

tripas, chifres, pêlos e tudo que não era aproveitado<br />

pelo açougue. O novo horário da pegada,<br />

às 10:00 h da manhã, de imediato lhe<br />

agradou. Dava para descansar um pouco mais<br />

na cama.<br />

Observando, certa vez, a linha de produção<br />

e abate da firma, deparou-se com um<br />

fato curioso que fez-lhe pensar com seriedade.<br />

O abatedouro executava o chamado “abate humanitário”,<br />

onde os animais são respeitados e<br />

vivem com dignidade todos os seus dias. Certa<br />

ocasião, resolveu o rapaz assistir passo a passo,<br />

como os bois e vacas eram tratados nos<br />

momentos finais de vida. Sentou-se confortavelmente<br />

num banquinho, bem perto do corredor<br />

final ou mangueira, por onde dois bois aca-<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

bavam de passar, espetados pela lança do carneador.<br />

O da frente, marrom de patas brancas,<br />

pêlo lustroso e ralo, foi golpeado na cabeça por<br />

uma barra de ferro. Emitiu um longo mugido de<br />

dor. Apanhou ainda outras vezes, sempre na<br />

região do crânio, e por fim dobrou os joelhos,<br />

tombando pesadamente ao chão. O de trás,<br />

branco da raça zebu, brecou à 10m da linha de<br />

abate com um olhar assombrado. Parecia nitidamente<br />

perceber o que lhe aguardava logo à<br />

frente, sendo necessários vários gritos e algumas<br />

leves espetadas humanitárias dos peões<br />

para fazê-lo prosseguir.<br />

Arthur é hoje um convicto trabalhador<br />

do tambo, parece resignado à sorte que teve ao<br />

lado da companheira e não come mais carne<br />

de gado. Kleiva, por sua vez, pôde enfim agradecer<br />

e pagar as promessas à sua Nossa Senhora<br />

das Causas Impossíveis. Seu homem<br />

finalmente enveredou pela trilha do esforço e<br />

do suor para ganhar o pão. Úrsula mora com<br />

eles no chalé de madeira cedido pelo Sr. Enilson,<br />

adaptando-se com bastante rapidez à vida<br />

no campo.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Por Cintia Maria de Medeiros<br />

Ele era um menino igual a cem mil outros meninos do mundo, tinha o ar curioso e<br />

vontade de explorar planetas. Via o pequeno príncipe viajando por entre cometas, e queria<br />

fazer o mesmo...bem, mas ele não tinha um cometa...como chegar ao céu?<br />

Começou a namorar a lua, olhava pra ela...e se perguntava, como chegar até ela?<br />

Estava tão distante, não havia como chegar até ela...!!<br />

Começou então a observar o céu, estudava seus detalhes...queria viajar o universo,<br />

fazer morada num planeta bem distante de tudo que encontrou aqui na Terra. Decidiu-se por<br />

Plutão, nem grande nem pequeno...mas distante o bastante de um prato de cuscuz!!<br />

Correu pro laboratório e pôs-se então a planejar...passava horas observando o céu, e<br />

todos os seus planetas...aprendeu a se guiar pelas estrelas, e sabia exatamente cada ciclo de<br />

cada um passava...!! Mas como chegar ao céu? Queria viajar entre os planetas, o mundo era<br />

pequeno demais pros seus pensamentos...!!<br />

O MENINO E O ESPAÇO<br />

Resolveu inventar uma máquina de tele transporte...que pudesse viajar no tempo e no<br />

espaço. Foram meses juntando peças, projetando minúcias que não permitissem a menor<br />

sombra de falhas...e muitas falhas, problemas e dificuldades...ora ela pegava, ora ela<br />

quebrava...!! E novas peças vinham, novas formas iam se adaptando e novas dificuldades<br />

chegavam...!!<br />

Ele olhava pro céu, via os planetas tão distantes e tudo que queria era chegar ao céu,<br />

viajar entre os planetas e fazer morada em Plutão, mas como chegar?! A máquina não<br />

pegava...<br />

Foi então que teve uma ideia, voltou pro laboratório e começou a observar sua<br />

invenção. Lembrou-se de uma peça antiga que havia comprado já algum tempo em de suas<br />

viagens, lá na França...era uma chave elétrica, que ele nem sabia se funcionava...não<br />

custava tentar...!!<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Fez alguns testes, e nada...!! Como viajar entre os planetas?!<br />

Tenta daqui, tenta dali...e haja graxa!! Mas não é que a danada pegou?! Só faltava descobrir<br />

se funcionava...<br />

O fim eu não sei, o menino, como num passe de mágica sumiu...desconfio que esteja morando<br />

em Plutão, viajando entre os Planetas...mas com a Terra ele não quis mais conversa, e<br />

jurou que se um dia fosse nunca mais comeria cuscuz...o que ele não sabe é que na sua bolsa<br />

eu coloquei um pacote de fubá!!<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Sarah Venturim Lasso<br />

.........O guia do mochileiro das galáxias?<br />

Em clima de “fim de mundo” este livro dá certo tom de humor ao<br />

fim do nosso querido planeta. Em meio a toalhas e aliens que recitam<br />

poemas, tudo pode acontecer quando um terráqueo fica sem<br />

lar.<br />

O filme não deixa por menos, mas confesso que o livro dá mais assas<br />

a imaginação, como sempre!<br />

E pelo menos ficamos gratos de não viver em um planeta, como<br />

os personagens visitaram, onde quando se tem uma ideia ou quando<br />

pensa, ganha-se uma pá na cara!<br />

Diversão na certa pro dia do fim do mundo!<br />

Venha participar conosco da<br />

edição de março da revista<br />

<strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong>!<br />

O tema:<br />

MULHER, UM UNIVERSO.<br />

Peça o formulário de inscrição<br />

através de nosso e-mail<br />

varaldobrasil@gmail.com<br />

Inscrições abertas até 10 de<br />

fevereiro.<br />

Imagem: http://www.freegreatpicture.com/f<br />

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Reciclagem de Pilhas e Baterias<br />

Argo: Reprodução<br />

Fonte: hp://www.infoescola.com/<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos<br />

à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, como<br />

o mercúrio, chumbo, cobre, zinco,<br />

cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais<br />

de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias<br />

de celular produzidas e comercializadas todos os anos.<br />

Grande parte das pilhas e baterias descartadas são jogadas<br />

no lixo comum sem nenhum tratamento técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há<br />

uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades mínimas<br />

ou nulas de metais poluidores como os citados anteriormente.<br />

Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente<br />

(Conama) de <strong>19</strong>99. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de diversas empresas<br />

que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo naturalmente<br />

aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente.<br />

Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável<br />

nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Muitas<br />

pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora<br />

do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama.<br />

Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda possuem a cultura<br />

de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por<br />

exemplo, nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1% das pilhas<br />

descartadas são recicladas.<br />

Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resíduos,<br />

segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescentes,<br />

latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.<br />

Se a reciclagem de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfatório<br />

pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas, fiscalização<br />

nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e educação<br />

que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o impacto ambiental<br />

causado pelas pilhas e baterias é substituir, na produção, os metais pesados por novos<br />

insumos não nocivos .<br />

Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas recarregáveis<br />

na tentativa de diminuir o descarte e o uso de metais pesados.<br />

Fontes:<br />

http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-pilhas-baterias.htm<br />

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/pilhas_e_baterias/pilhas_e_baterias.html<br />

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Leis Ambientais Brasileiras<br />

As principais leis brasileiras sobre a defesa do<br />

meio ambiente, legislação ambiental brasileira<br />

Argo: Reprodução<br />

Fonte: hp://www.suapesquisa.com/<br />

Principais leis de proteção ambiental<br />

no Brasil<br />

- Novo Código Florestal Brasileiro<br />

- Lei nº 4771/65 (ano <strong>19</strong>65)<br />

- promulgada durante o segundo<br />

ano do governo militar, estabeleceu<br />

que as florestas existentes no território<br />

nacional e as demais formas<br />

de vegetação, ...são bens de interesse<br />

comum a todos os habitantes do<br />

País.<br />

- Política Nacional do Meio Ambiente<br />

- Lei nº 6938/81 (ano <strong>19</strong>81)<br />

- tornou obrigatório o licenciamento<br />

ambiental para atividades ou empreendimentos<br />

que possam degradar<br />

o meio ambiente. Aumentou a<br />

fiscalização e criou regras mais rígidas<br />

para atividades de mineração,<br />

construção de rodovias, exploração<br />

de madeira e construção de hidrelétricas.<br />

- Lei de Crimes Ambientais - Decreto<br />

nº 3179/99 (ano <strong>19</strong>99)<br />

- instituiu punições administrativas<br />

e penais para pessoas ou empresas<br />

que agem de forma a degradar a<br />

natureza. Atos como poluição da<br />

água, corte ilegal de árvores, morte<br />

de animais silvestres tornaram-se<br />

crimes ambientais.<br />

- Sistema Nacional de Unidades<br />

de Conservação da Natureza<br />

(SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano<br />

2000)<br />

- definiu critérios e normas para a<br />

criação e funcionamento das Unidades<br />

de Conservação Ambiental.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

- Medida Provisória nº 2186-16<br />

(ano 2001)<br />

- deliberou sobre o acesso ao patrimônio<br />

genético, acesso e proteção<br />

ao conhecimento genético e ambiental,<br />

assim como a repartição dos<br />

benefícios provenientes.<br />

- Lei de Biossegurança - Lei nº<br />

11105 (ano 2005)<br />

- estabeleceu sistemas de fiscalização<br />

sobre as diversas atividades<br />

que envolvem organismos modificados<br />

geneticamente.<br />

- Lei de Gestão de Florestas Públicas<br />

- Lei nº 11284/2006 (ano<br />

2006)<br />

- normatizou o sistema de gestão<br />

florestal em áreas públicas e criou<br />

um órgão regulador (Serviço Florestal<br />

Brasileiro). Esta lei criou<br />

também o Fundo de Desenvolvimento<br />

Florestal.<br />

- Medida Provisória nº 458/2009<br />

(ano 2009)<br />

- estabeleceu novas normas para a regularização de<br />

terras públicas na região da Amazônia.<br />

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ORAÇA O <strong>DO</strong> AMOR<br />

GRATIDÃO<br />

Por Cléo Reis<br />

O que posso fazer para agradecer ao Criador?...<br />

Pelos meus olhos que enxergam tanta Beleza !<br />

A minha inteligência que me liga à Natureza<br />

Meus ouvidos ouvem Poesia<br />

Minha alma abraça amigos<br />

Quanto mais posso orar ?<br />

ao som das cascatas<br />

entre flores perfumadas<br />

sob o céu como altar!<br />

Amar a Vida e todas as pessoas<br />

parece pouco<br />

O que mais posso fazer ?<br />

além do silêncio e comunhão,<br />

êxtase do Evangelho em meu coração...<br />

Posso fomentar a esperança<br />

de como Trigo florescer<br />

e entre homens em descaminhos,<br />

a tudo o Amor sobreviver.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Oração de<br />

São Francisco de Assis<br />

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.<br />

Onde houver ódio, que eu leve o amor;<br />

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;<br />

Onde houver discórdia, que eu leve a união;<br />

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;<br />

Onde houver erro, que eu leve a verdade;<br />

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;<br />

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;<br />

Onde houver trevas, que eu leve a luz.<br />

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais<br />

Consolar, que ser consolado;<br />

compreender, que ser compreendido;<br />

amar, que ser amado.<br />

Pois, é dando que se recebe,<br />

é perdoando que se é perdoado,<br />

e é morrendo que se vive para a vida eterna.<br />

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Evoluindo<br />

Por<br />

Domingos Alberto Richieri Nuvolari<br />

Vem o sol nascente,<br />

Arrasando o orvalho,<br />

O resto que sobrou,<br />

Da noite enluarada.<br />

O sol iluminando,<br />

Desbravando os<br />

Vastos campos, as<br />

Vastas florestas.<br />

Já um pouco ardente,<br />

Os pássaros cantam,<br />

As aves gorjeiam,<br />

O belo mundo vivo começa.<br />

O vento assoviando,<br />

entre os belos picos,<br />

O mundo flagelado de<br />

Um passado, um passado<br />

Marcante.<br />

hoje o sol também nasce,<br />

E ilumina o resto de<br />

Fumaça que sobrou<br />

Do dia anterior.<br />

E ele ilumina<br />

Os belos andares da<br />

Vida moderna.<br />

Da fumaça que faz parte,<br />

Deste mundo de hoje.<br />

O homem evoluiu, e como<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Consegue hoje fazer<br />

de tudo.<br />

E ele conseguiu até,<br />

Encurtar a vida<br />

Já restrita do homem.<br />

O homem conseguiu<br />

Destruir o único objeto<br />

da Vida. O encanto de viver!<br />

Foto: Malyfred<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Sou baiana<br />

Por Ednaldo Muniz<br />

Sou baiana guerreira<br />

De sangue africano,<br />

Sou baiana guerreira africana.<br />

Sou baiana<br />

Da gema do ovo<br />

De São Salvador.<br />

Sou negra do Abaeté<br />

De pernas pra vê,<br />

Sambar pra você.<br />

Sou negra baiana<br />

De muito sabor.<br />

Mistério, lenda,<br />

Tradição, religião,<br />

Candomblé,<br />

Capoeira.<br />

Quem vai tirar do meu<br />

Coração?<br />

Sou da Bahia guerreira<br />

Da gema do ovo<br />

De São Salvador.<br />

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O CERRA<strong>DO</strong>, FAZENDEIROS E<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

uma área de 2 milhões de Km², abrangendo dez estados<br />

do Brasil Central. Nas décadas de 40 e 50, havia<br />

ONÇAS PINTADAS<br />

no Brasil muito maior extensão de cerrado, assim<br />

Por Eliane Accioly<br />

como de outros biossistemas.<br />

http://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm).<br />

A arte é feita do lugar natal, aquele de nossa língua<br />

Volto ao Triângulo Mineiro e não vejo mais cerrado,<br />

materna. Para mim, o cerrado é matéria prima, a fon-<br />

apenas poucas reservas, quase todas em fazendas ou<br />

te na qual bebo. Lembro-me de nós, crianças, no ma-<br />

condomínios de luxo, particulares. Imagino que posto,<br />

como chamávamos o cerrado. Arbustos retorcisa<br />

haver reservas maiores do governo, mas preciso<br />

dos, rios de fluxo rápido, ribeirões transparências<br />

pesquisar para afirmar.<br />

macias e brilhantes, e poços ribeirinhos onde se po-<br />

Em uma ida ao Triângulo escutei reclamações de<br />

dia nadar. E as matas, pois no cerrado também as há.<br />

fazendeiros, revoltados com as onças-pintadas. Elas<br />

Emas correndo soltas, seriemas e nuvens barulhentas<br />

comem bezerros em profusão, afirmavam. Perguntei:<br />

de periquitos, maritacas, tucanos. Tatus e tamanduás<br />

- Como assim? Onças no meu tempo nunca apareci-<br />

-bandeira quando havia sorte, porque são medrosos<br />

am. Onça comendo bezerro?<br />

do humano. Aliás, como todos os bichos selvagens.<br />

O que ocorre, no meu entender, é que as fazendas<br />

Do cerrado me ficaram os amplos horizontes, o si-<br />

invadiram as matas, enormemente desbastadas. As<br />

lêncio quebrado por gritos de pássaros e rajadas de<br />

reservas ecológicas obedecem ao chamado limite<br />

vento. Bicho e vento, feitos de silêncio, como o ruí-<br />

legal. Os fazendeiros dizem: - Não posso derrubar<br />

do do mar, que conheci bem mais tarde. Não tenho<br />

toda a mata, mas o que puder vou desmatar para<br />

medo de onça pintada, lobo guará, cobra. De calan-<br />

plantar eucalipto, ou criar gado, ou plantar soja... O<br />

go, muito menos. Fico horas olhando para um deles<br />

lucro.<br />

parado, quentando sol.<br />

Vivi no cerrado nas décadas de 40 e 50. Talvez, ain-<br />

(Segue)<br />

da exista em mim a ilusão da liberdade, gerada pela<br />

imensidão do olhar, que no cerrado nunca chegava<br />

ao fim. O olhar resvalava no horizonte e seguia<br />

além. Havia, sim, o dia que se findava, quando a noite<br />

caía sobre nós. E ninguém se machucava. Era hora<br />

de ouvir as histórias dos peões, do meu avô Moisés,<br />

do Mario, o administrador da fazenda... Contavam<br />

das casas mal-assombradas, do poço preferido do<br />

Velho do Rio, muito perigoso para as crianças, da<br />

pedra onde as iaras se espraiavam, saindo do fundo<br />

do rio, de manhãzinha ou ao pôr sol. Casas, poços e<br />

pedras, pontos mapeados.<br />

Pesquisas na Internet mostram que o cerrado foi a<br />

segunda maior formação vegetal brasileira, habitat<br />

riquíssimo em sua diversidade de fauna, flora, minerais,<br />

água. Originalmente, o cerrado estendia-se por<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Por que onças-pintadas comem bezerros? Os fazendeiros dizem que é mais fácil comer bezerro desvalido,<br />

dá menos trabalho. Seriam as onças preguiçosas? Não acredito em onça preguiçosa, em onça acuada, sim.<br />

As matas foram invadidas e descaracterizadas, não invadiram as fazendas. E os animais das matas? Não<br />

reconhecem mais seu território neste habitat estraçalhado. Onça é natureza. Nós, animais-humanos, também<br />

somos natureza. Sem acreditar nisto, nos dissociamos.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Flutuar da pétala<br />

Por Evelyn Cieszynski<br />

flor que<br />

lentamente cai<br />

no abismo<br />

aos poucos<br />

suas pé ta las<br />

se despedaçam<br />

e quando<br />

encontra o chão<br />

só resta<br />

pólen.<br />

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BERINGELAS RECHEADAS<br />

Fonte: hp://www.receitasvegetarianas.net/<br />

NGREDIENTES PARA 6 PESSOAS<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

225 g de lentilhas<br />

850 ml de água<br />

2 dentes de alho, esmagados<br />

3 beringelas<br />

200 ml de óleo vegetal<br />

2 cebolas, picadas<br />

4 tomates, picados<br />

2 colheres de chá de sementes de cominho<br />

1 colher de chá de canela em pó<br />

2 colheres de sopa de pasta de caril pouco picante<br />

1 colher de chá de malagueta, picada<br />

2 colheres de sopa de hortelã, picada<br />

Sal<br />

Pimenta<br />

Iogurte natural e raminhos de hortelã, para servir<br />

PREPARAÇÃO DAS BERINGELAS RECHEADAS<br />

- Enxague as lentilhas em água fria corrente. Escorra e coloque numa panela com água e alho.<br />

Tape e coza durante cerca de 30 minutos.<br />

- Coza as beringelas numa panela com água a ferver durante 5 minutos. Escorra e mergulhe-as<br />

depois em água fria durante 5 minutos. Escorra de novo, corte as beringelas ao meio longitudinalmente<br />

e retire-lhes a maior parte da polpa e reserve, deixando uma margem de 1 cm de espessura<br />

para formar uma concha.<br />

- Coloque as conchas de beringela numa assadeira untada pouco funda, pincele com um pouco de<br />

óleo e polvilhe com sal e pimenta. Coza no forno previamente aquecido, a <strong>19</strong>0° C, durante cerca<br />

de 10 minutos. Entretanto, aqueça metade do restante óleo numa frigideira, junte as cebolas e os<br />

tomates e cozinhe, em lume brando, durante 5 minutos. Corte a polpa da beringela reservada,<br />

acrescente à frigideira com as especiarias e cozinhe lentamente durante 5 minutos. Tempere com<br />

sal.<br />

- Adicione as lentilhas, a maior parte do restante óleo, reservando um pouco para mais tarde, e a<br />

hortelã. Deite a mistura nas conchas de beringela. Regue com o restante óleo e coza durante 15<br />

minutos no forno. Sirva as beringelas recheadas quentes ou frias, com uma colherada de iogurte<br />

natural e raminhos de hortelã por cima.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Planeta Terra<br />

Por Flávia Assaife<br />

Formado pela agregação de poeiras cósmicas<br />

Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais<br />

Planeta que compõem o sistema solar<br />

Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água...<br />

Este é o Planta Terra: a nossa morada!<br />

Nele vivemos há milhões de anos<br />

protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas<br />

pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera.<br />

E o que NÓS fazemos para proteger a Terra?<br />

Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em<br />

constante movimento lento e contínuo...<br />

Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida<br />

pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera!<br />

E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?<br />

Com um ecossistema equilibrado e perfeito,<br />

Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se...<br />

Tornando rica a biodiversidade,<br />

Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar.<br />

E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar?<br />

As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se deteriorar...<br />

A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat.<br />

Consome sem pudor, destrói em nome do progresso,<br />

E o pior, tem consciência dos reflexos...<br />

Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chamamos de lar?<br />

Aquecimento global?<br />

Planeta sustentável?<br />

Alguns acreditam que são ações sem igual...<br />

Outros percebem o quão a luta é desigual.<br />

Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal...<br />

O lar de nossos ancestrais,<br />

O lar de nossos pais!<br />

E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos?<br />

Pelos netos, dos nossos netos?<br />

O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo?<br />

Basta de esperar que outros façam<br />

Basta de reclamar e nada fazer<br />

Basta de somente assistir aos jornais na TV<br />

É preciso agir<br />

É preciso fazer acontecer<br />

O Planeta TERRA pede socorro para você!<br />

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Por Helena Akiko Kuno<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Tico, o cão gato<br />

Era uma vez um gatinho muito levado chamado Tico.<br />

Em um belo dia Tico inventou a modinha de dar apelidos de mal gosto às pessoas.<br />

Ele chamou o cachorrinho Tigor de bobalhão, o passarinho Noé de cagão, o hamster<br />

Elepant de gorducho e provocou outros colegas também.<br />

Até o dia em que ele chamou uma pobre e velha gatinha de “velha coroca” e para sua<br />

surpresa, essa velhinha era uma fada jovem que não gostou nada do que Tico falou e lhe deu<br />

um castigo:<br />

- Você se transformará em cachorro toda lua cheia, para aprender a ser bom.<br />

Na primeira lua cheia, Tico gostou muito em se transformar em cachorro, mas depois a<br />

situação foi se complicando... até demais...<br />

Primeiro, ele quase foi pego pela carrocinha umas quatro vezes, depois conheceu cachorros<br />

durões que batiam nele e além de outras coisas ruins.<br />

Mas ele continuou com seu mau comportamento...<br />

Depois da 10ª lua cheia, Tico não voltou a ser gato e ficou muito preocupado.<br />

Ele então pediu perdão a Deus e para a fada por ter sido mau com todos. Nesse momento<br />

a fada saiu do céu e disse:<br />

-Prometa que nunca mais vai mentir?<br />

-Prometo.<br />

-Promete que nunca mais vai tirar sarro dos outros?<br />

-Prometo.<br />

-Então agora será de novo gato e terás a melhor vida do mundo! Mas lembre-se se tornar<br />

a fazer maldade, o castigo voltará.<br />

E nesse momento uma menina rica, que passava na rua, viu Tico sozinho e ficou encantada,<br />

pegou o gatinho no colo e cuidou dele para sempre.<br />

Foto Francine Ferreira<br />

FIM<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

CRIATURAS<br />

Por Isabel C S Vargas<br />

São Francisco de Assis é o autor de Cântico das Criaturas. Ao tomarmos contato com<br />

seu poema somos levados a pensar que o santo já se preocupava com o planeta, além de todo<br />

seu amor pelos animais. Quem são as criaturas louvadas por ele em sua oração? Podemos afirmar<br />

que Criatura é todo universo. Extrapola o Planeta Terra. Pois se ele cantava as Criaturas e<br />

por elas demonstrava amor e estas criaturas abrangem o universo e até os seres menores, então<br />

ele amava o universo, E quem ama cuida. Logo o universo deve ser cuidado e respeitado,<br />

Ele falava no sol que clareia o dia e nos ilumina, o Irmão Sol, na lua que com as estrelas são<br />

preciosas e belas e o céu enfeita. É belo seu dizer. Louva o ar, o vento, as nuvens. E não só,<br />

exalta a água, humilde, simples, casta e limpa. Vejam que modo terno de referir-se à natureza.<br />

Como alguém conhecedor e familiarizado. Com carinho, com respeito e sem distância.<br />

Exalta o irmão o fogo, alegre, forte, vigoroso e belo que às noites clareia. E, também enfeita.<br />

Todos estes elementos são obras magnânimas de Deus, Senhor Criador do Universo e neste<br />

universo ele cita a Irmã Terra. Nosso Planeta. A Mãe Terra - na qual vivemos, e nem sempre<br />

temos o cuidado devido em preservar- que nos sustenta e governa, produz flores, frutos e ervas.<br />

São Francisco não deixa escapar nada em sua oração de amor às criaturas. Devemos cuidar<br />

da terra, do solo que é fértil e nos sustenta, das águas, do céu, das nuvens, do ar, porque tudo<br />

é parte de um mesmo sistema que deve permanecer em equilíbrio para a preservação de todos.<br />

Aquilo que for jogado no universo será o que ele nos devolverá. Não existe ação sem reação,<br />

mesmo que essa não se produza de imediato. Catástrofes ocorrem após dezenas de anos em<br />

virtude de agressões absurdas ao meio ambiente. E quando se fala em meio ambiente é de modo<br />

amplo. O que fazemos aqui pode repercutir do outro lado do planeta e vice e versa.<br />

Logo, somos todos responsáveis- ou, pelo menos, deveríamos ser.<br />

Salvemos a Mãe Terra, Salvemos o Planeta, Salvemos o Universo. Principalmente de nossas<br />

ações impensadas. Não podemos só exigir dos demais. Façamos a nossa parte, mesmo que<br />

seja cuidando do riacho no fundo de nossa casa. Compromisso, respeito e amor pelo Planeta.<br />

E isso se faz evitando desmatamento, cuidando do lixo , não poluindo, cuidando da água, do<br />

solo, da atmosfera, evitando a destruição das camadas protetoras da terra, evitando o descongelamento<br />

das geleiras, evitando destruições de continentes, preservando a flora e a fauna, evitando<br />

derramamentos de petróleo que comprometem a vida marinha, evitando a pesca e a caça<br />

predatória. Enfim, é um conjunto de ações, com envolvimento de muitos, pois nada se faz sozinho.<br />

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Reciclagem<br />

Artigo reprodução. Fonte: http://<br />

www.suapesquisa.com/<br />

Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de<br />

alumínio, reciclagem de papel,<br />

respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva<br />

de lixo, reciclagem de plástico<br />

Introdução<br />

Reciclar significa transformar<br />

objetos materiais usados em novos<br />

produtos para o consumo.<br />

Esta necessidade foi despertada<br />

pelos seres humanos, a partir do<br />

momento em que se verificou<br />

os benefícios que este procedimento<br />

trás para o planeta Terra.<br />

Importância e vantangens da<br />

reciclagem<br />

A partir da década de <strong>19</strong>80, a produção de<br />

embalagens e produtos descartáveis aumentou<br />

significativamente, assim como a produção<br />

de lixo, principalmente nos países desenvolvidos.<br />

Muitos governos e ONGs estão cobrando<br />

de empresas posturas responsáveis: o<br />

crescimento econômico deve estar aliado à<br />

preservação do meio ambiente. Atividades<br />

como campanhas de coleta seletiva de lixo e<br />

reciclagem de alumínio e papel, já são comuns<br />

em várias partes do mundo.<br />

No processo de reciclagem, que além de preservar<br />

o meio ambiente também gera riquezas,<br />

os materiais mais reciclados são o vidro,<br />

o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem<br />

contribui para a diminuição significativa<br />

da poluição do solo, da água e do ar. Muitas<br />

indústrias estão reciclando materiais como<br />

uma forma de reduzir os custos de produção.<br />

Um outro benefício da reciclagem é a quantidade<br />

de empregos que ela tem gerado nas<br />

grandes cidades. Muitos desempregados estão<br />

buscando trabalho neste setor e conseguindo<br />

renda para manterem suas famílias.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

www.varaldobrasil.com 35<br />

Cooperativas de catadores de papel e alumínio<br />

já são uma boa realidade nos centros urbanos<br />

do Brasil.<br />

Muitos materiais como, por exemplo,<br />

o alumínio pode ser reciclado com um<br />

nível de reaproveitamento de quase<br />

100%. Derretido, ele retorna para as<br />

linhas de produção das indústrias de<br />

embalagens, reduzindo os custos para<br />

as empresas.<br />

Muitas campanhas educativas têm<br />

despertado a atenção para o problema<br />

do lixo nas grandes cidades. Cada vez<br />

mais, os centros urbanos, com grande<br />

crescimento populacional, tem encontrado<br />

dificuldades em conseguir locais<br />

para instalarem depósitos de lixo. Portanto,<br />

a reciclagem apresenta-se como<br />

uma solução viável economicamente,<br />

além de ser ambientalmente correta.<br />

Nas escolas, muitos alunos são orientados<br />

pelos professores a separarem o<br />

lixo em suas residências. Outro dado<br />

interessante é que já é comum nos<br />

grandes condomínios a reciclagem do<br />

lixo.<br />

Assim como nas cidades, na zona<br />

rural a reciclagem também acontece.<br />

O lixo orgânico é utilizado na fabricação<br />

de adubo orgânico para ser utilizado<br />

na agricultura.


Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter ,<br />

muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquistar<br />

o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.<br />

Exemplos de Produtos Recicláveis<br />

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de<br />

medicamentos, cacos de vidro.<br />

- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.<br />

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre,<br />

alumínio.<br />

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de<br />

supermercado.<br />

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Por Ivane Laurete Perotti<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A TEIA <strong>DO</strong> INFNITO<br />

Grossas lágrimas cristalizadas pela dor ponteavam a superfície dos oceanos. Uma a uma misturavam-se<br />

ao líquido salgado das águas volumosas.<br />

Montanhas desvestidas dos verdes mantos encrespavam-se diante dos olhos perdidos. Um<br />

homem caminhava pelo deserto particular de sua desesperança. Só, desde o berço da alma<br />

vazia, buscava a razão para tamanho descrédito.<br />

Salve a Terra, gritava a memória!<br />

Salve a Terra, respondia o coração!<br />

Nem um eco no horizonte das possibilidades.<br />

As estrelas penduravam-se na dança das lágrimas tristes. O mar recebia o peso sem brilho<br />

abrindo espaço para o mergulho dolorido. Mistura insalubre golpeava os peixes, as baleias e<br />

os golfinhos. Caracóis de algas deslizavam sem vida pela corrente desvairada.<br />

Lágrimas desciam das estrelas coxas, mancas estrelas que perderam a cor. Pontas estranguladas<br />

de luz esgueiravam-se por entre as nuvens<br />

Salve a Terra, pediam os astros!<br />

Salve a Terra, clamavam!<br />

Um homem caminhava só.<br />

Montanhas desnudas cobriam o horizonte fosco rastreando perdidas linhas de trilhas antigas.<br />

A saudade do antes planeta azul caminhava só.<br />

Um homem triste carregava pesado fardo.<br />

O horizonte vazio aguardava expelindo mais um suspiro.<br />

Mais um... mais um...<br />

A teia do infinito tinha pressa em refazer-se nas poucas brumas que pairavam sobre o cume do<br />

tempo. Em tom de urgência, ouviam-se lamentos tragados pelo véu do inconformismo.<br />

Salve a Terra!<br />

Salve a Terra!<br />

Dos olhos do homem que caminhava só brotou um lampejo de entendimento:<br />

Salvo a Terra!<br />

Salva a Terra!<br />

Salvo-me!<br />

Pintura de Ivane Laurete Pero<br />

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ORAÇÃO A TERRA<br />

Jandyra Abranches<br />

Ave! Bendita,<br />

Cheia de graça!<br />

Que ofereces generosa<br />

O fruto do teu ventre<br />

À colheita farta,<br />

Quando, atendendo<br />

Aos desejos das tuas entranhas,<br />

Lançam-te sementes de vida.<br />

Glorificada és,<br />

Por todas as criaturas,<br />

Que de ti recebem<br />

O pão e o agasalho,<br />

Filhos abençoados<br />

De tua concepção.<br />

Santa protetora!<br />

Mãe de todas as messes,<br />

Que concebes<br />

Pelo santo espírito<br />

Do trabalho,<br />

Lança sobre nós,<br />

Que de ti procedemos,<br />

O dom abençoado<br />

Do crescimento<br />

E da multiplicação,<br />

Para que sejamos dignos<br />

De viver e herdar-te<br />

As benesses da vida.<br />

Para sempre glorificada,<br />

Bendita do altíssimo!!<br />

Amém.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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Meu pau de manga<br />

Por José Cambinda Dala<br />

Mangueira linda!<br />

Quanto tempo espero?<br />

Para saborear seus frutos,<br />

Chupar o compacto sumo,<br />

Mastigar suas bostelas<br />

Sejam elas<br />

Verdes, vermelhas ou amarelas<br />

Com certeza serão açucaradas e vitaminadas<br />

Pois, recordo-me<br />

Da manga que comi<br />

Há três anos atrás<br />

Cujo caroço não deitei fora<br />

Estendi por cima da casa<br />

E que depois de seco<br />

Com ajuda duma enxada<br />

Enterrei…<br />

Aí onde estás hoje<br />

Ele havia rebentado<br />

E transformou-se em seu sustentáculo<br />

Que com bastante água fortifica-te.<br />

Minha planta!<br />

Espero você crescer<br />

Poder florescer<br />

Dar frutos e deixar amadurecer,<br />

Para trepar-te e cedo não descer<br />

E a vida conhecer<br />

Como um Macaco de fome a falecer,<br />

Agarrado em seus galhos<br />

Comer mangas maduras<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Linda árvore!<br />

Aguardo ainda<br />

Com bastante afinco<br />

Poder repousar em sua sombra<br />

Que com certeza<br />

Irá cobrir o meu acanhado quintal<br />

Nos dias de sol ardente<br />

Por fim…<br />

Imagino!<br />

O benefício que há de nos dar<br />

A começar com a pureza do ar que respiramos<br />

O oxigénio produzido<br />

E o controle da poeira pelas folhas<br />

Meu pau de manga!<br />

Não vejo a hora<br />

De seres autónomo,<br />

De nossas águas não mais precisares<br />

Porque suas raízes<br />

E a mãe Natureza farão de tudo<br />

Para que possas continuar<br />

Viver sempre em benefício de outros seres.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Três verdades de Belo Monte...<br />

Por José Carlos Paiva Bruno<br />

Acabo de assistir no YouTube um sensacional vídeo (os inspiradores devem ser o procurador<br />

Pontes e a jornalista Rebecca Sommer) sobre a polêmica de Belo Monte... Impressionante como<br />

nossos atores & atrizes – da espetacular Maitê ao filho do Chico/Alcione (que aparenta<br />

quando crescer o genial Jô) – em fetiche ecológico, brilham sempre, é lógico! Mas como diz o<br />

sensato Fagner (que não está no vídeo): deixemos de coisa cuidemos da vida, pois se não chega<br />

à morte ou coisa parecida, e nos arrasta moço sem ter visto a vida...<br />

Então digo; preciso do que não seja indutivo... Usina famosa antes de fazer desenvolvimento<br />

daquela esquecida região será a terceira maior do mundo... Respeito os índios e mesmo sabendo<br />

de suas peripécias em contrabando de mogno, mutilações macabras Paiakan, extração de<br />

ouro com mercúrio (que não é permitida aos demais brasileiros), desejo o fim da balela; trela de<br />

serem sempre tutelados pela FUNAI. Devem escolher o SUS ou o PAJÉ, não dá pra acender a<br />

vela pra dois, incoerente pois... Temos um Projeto sério, que vem sendo desenvolvido – para<br />

acabar com a geração de energia via poluente diesel em Altamira e adjacências – desde <strong>19</strong>75,<br />

e finalmente agora o IBAMA teve a coragem de conceder a licença. Sem energia não temos<br />

AMANHÃ gente... Agora pasmem com WE ARE THE WORLD adaptado para nosso sofisma<br />

REALY DREAM TEAM XINGU... Senhoras e senhores, espetaculares clamores, quase internacionais<br />

amores, de olho em nossa ribalta de fauna e flores!<br />

Penso sinceramente pela consagrada Lei da Física: assim como dois corpos não ocupam o<br />

mesmo lugar no espaço, o mesmo vazio será ocupado... Então recomendo que <strong>BRASIL</strong>EIROS,<br />

conservemos nossa soberania com sabedoria, quero além de Belo Monte com energia abundante<br />

ocupando nossa Amazônia, quero um corredor de usinas que permitam a pavimentação<br />

da sonhada TRANSAMAZÔNICA, desenvolvida até abrirmos passagem por terra ao Pacífico...<br />

O que, além de propiciar desenvolvimento doméstico com efetiva fiscalização de nossa cobiçada<br />

floresta, nos tornará extremamente competitivos em exportações com fretes marítimos substancialmente<br />

mais baratos para os tigres... Temos tecnologia e capacidade empreendedora para<br />

tanto; sejamos o país do futuro além do PRÉ-SAL... Ou também podemos ficar assistindo vídeos<br />

e novelas vendo o tempo passar e a China avançar... Como diz de forma coerente o mesmo<br />

time de gente: DEPENDE DE NÓS...<br />

Se nosso Major Archer plantou a Floresta da Tijuca, nossa terceira maior área verde urbana...<br />

Quanto fazer hoje? Com a tecnologia disponível? Evidente que se tivermos energia além de primitivas<br />

pilhas... Então cuidado com as ilhas, de interesses diversos... Anversos avessos ao interesse<br />

<strong>BRASIL</strong>! Bem disse o físico Luiz Pinguelli Rosa em 2003: A persistência governamental<br />

em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e<br />

vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas<br />

têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O<br />

desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de<br />

80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encontro<br />

dos povos indígenas do Xingu, para 400 km2.<br />

Já que estou catando meus recortes de bons Jornais, desejando sempre mais e melhor desenvolvimento,<br />

também pensando na Dona Beija sem blusa (Uau...), finalizo com O Estado de SP:<br />

ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Escola<br />

de Economia da Fundação Getúlio Vargas, disse que o Brasil tem potencial para produzir energia<br />

elétrica com bagaço e palha de cana-de-açúcar. Isso equivale a três usinas Belo Monte dormindo<br />

no campo da cana brasileira. O fato ocorre porque não temos estratégia, ironiza e lamenta<br />

o ex-ministro...<br />

ANIMAIS EM CIRCO SA O<br />

MALTRATA<strong>DO</strong>S COM A<br />

DESCULPA DE RECEBER<br />

TREINAMENTO. TREINA-<br />

MENTO PARA O SEU<br />

ENTRETENIMENTO!<br />

ACABE COM ISTO, NA O VA A<br />

CIRCO COM ANIMAIS!<br />

PRESTIGIE OS CIRCOS<br />

QUE TE M ARTISTAS,<br />

MAS NA O TE M<br />

ANIMAIS<br />

ESCRAVIZA<strong>DO</strong>S!<br />

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Planeta terra<br />

Por José Hilton Rosa<br />

Deitado na lama seca,<br />

De um rio que fora assassinado<br />

Com as mãos insanas do homem moderno<br />

Não cansa de ter sede do querer.<br />

Bebo da água formada pelas lágrimas,<br />

Da mãe santa natureza.<br />

Respirando sonhos dentro deste planeta<br />

Quero o sol, a chuva, os animais, ofertando<br />

paz!<br />

Adeus, Adeus terra nossa<br />

Vou, quero que outros, um dia venham te visitar<br />

Terra onde me criei<br />

Tenho saudade de tudo que aqui encontrei<br />

Adeus, Adeus água do rio<br />

Onde um dia naveguei<br />

Olhar de longe<br />

A beleza que Deus criou<br />

Adeus, Adeus jatobá.<br />

Onde descansei meu suor<br />

Quero no futuro outros venham te visitar<br />

Relembrar sua sombra<br />

Onde nela me deitei<br />

Adeus, Adeus terra boa.<br />

Onde plantei tudo que dá<br />

Quero que outros de teu fruto venham alimentar<br />

Curou-me bebendo na tua fonte<br />

Adeus, Adeus terra de meu pai,<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Adeus terra de meu pai!<br />

Estou partindo, mas outros,<br />

Dela querem alimentar<br />

Chorarei a morte dos animais<br />

O homem querendo mais<br />

Não vejo o protetor das florestas<br />

Não vejo mais o Curupira<br />

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RIDÍCULO, MAS VERDADE<br />

Por Jacqueline Aisenman<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Estou numa sala de espera. Numa tela passa um documentário sobre os animais. Como preservá-los,<br />

como salvá-los, como fazer para não contribuir com a exterminação geral.<br />

Ligo o computador e pela internet vou observando o ser humano tornar-se cada vez mais uma<br />

ilha: uma ilha de homossexuais, uma ilha de afro-algumaoutracoisa, uma ilha de mulheres, uma<br />

ilha de amarelos, uma ilha de homens, uma ilha de brancos... Ilhas de pessoas...! E são tantos<br />

os termos para definir as enormes quantidades de minorias que nem me reconheço mais em alguma<br />

delas. Qualquer hora morro afogada por não ter uma ilha específica para o meu caso...<br />

Abro meus e-mails e ao invés de encontrar somente mensagens amigas, encontro dezenas de<br />

mensagens invasivas que me vendem tudo: de remédios para uma dor que não tenho a remédios<br />

para me aliviar de qualquer peso; de viagens ao redor do planeta até viagens ao paraíso,<br />

com a espada de várias religiões cravada em minha tela.<br />

Ligo a televisão é só se fala de gripe. Vacina para gripe, máscara para gripe, remédio para gripe,<br />

despesas enormes para prevenção e tratamento de gripe. Todos os outros assuntos são relegados<br />

aos segundos e terceiros e quartos planos. Inclusive todas as outras doenças (gravíssimas!).<br />

Neste planeta nosso que um dia, lá no alto, um homem admirado disse ser azul, estamos sobrevivendo<br />

à mingua.<br />

Todos se criticam, se maltratam, se matam, disputam sem piedade espaços no chão, no céu e<br />

no mar. Colocaram uma cortina de guetos entre as pessoas e ninguém mais se vê como antes.<br />

Ser natural passou a ser incomum. Animais soltos na selva são a exceção e a alegria são os enjaulados<br />

em zoológicos e circos.<br />

Hoje, se gritar, chamam a polícia antes de perguntar se você está bem e porque gritou. Hoje, se<br />

você se dirigir a alguém e não falar o "termo" correto, pode ser imediatamente processado. Hoje,<br />

se você crê em algo ou um ser superior, é um cretino; se não crê, é assediado porque deve ter<br />

um belzebu no corpo. Hoje, nem decidir sem mais nem menos pode: se não refletir antes, uma<br />

de suas ações pode provocar a ira de uma minoria... nem que seja uma de moradores do seu<br />

condomínio.<br />

E nem quero falar aqui de política, dinheiro e poder. Porque nestes assuntos a história é velha,<br />

velha como o ser humano e, por consequência, está apodrecendo junto...<br />

Indignações à parte, estamos caminhando, rápida e certeiramente, para a extinção da raça pela<br />

própria raça. Sem sutilidade. Com muitos absurdos, preconceitos, ódios e inveja disfarçados.<br />

Ridículo, mas verdade.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

LASANHA DE ESPINAFRE COM REQUEIJÃO<br />

Fonte: http://sabores.sapo.pt/<br />

Ingredientes<br />

Massa de lasanha fresca: 1 embalagem<br />

Espinafres frescos: 500 g<br />

Cebola: 1<br />

Alho: 2 dentes<br />

Requeijão: 1<br />

Molho de tomate: 1 pacote<br />

Azeite: 2 colheres de sopa<br />

Sal: q.b.<br />

Pimenta: q.b.<br />

Coentros: q.b.<br />

Queijo ralado: q.b.<br />

Preparação<br />

Prepare a massa de lasanha conforme as indicações na embalagem. Coza os espinafres durante<br />

dez minutos com um pouco de sal e azeite. Escorra-os e pique grosseiramente. Pique<br />

inamente a cebola e o alho e salteie em azeite, juntamente com os coentros. Quando estiverem<br />

transparentes, junte os espinafres já cozidos. Esmague o requeijão e tempere com<br />

sal e pimenta. Prepare um tabuleiro de ir ao forno, alternando uma camada de massa cozida<br />

com uma de recheio de espinafre e outra de requeijão. A ú ltima camada deve ser de<br />

massa. Regue abundantemente com molho de tomate e polvilhe com o queijo ralado.<br />

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<strong>BRASIL</strong><br />

Por José Luiz Pires<br />

Teus recantos, tuas artes,<br />

tua sensualidade, meu destino !<br />

Imagino teus contornos, tuas fronteiras<br />

sensualmente recobertas e guarnecidas.<br />

Programo passeios e incursões,<br />

embarco em sonho por tuas belezas naturais.<br />

Meus olhos não cansam de contemplar<br />

beleza sem par.<br />

De norte a sul<br />

viajo por todas as tuas regiões,<br />

derrapando em tuas curvas perigosas.<br />

Embrenho-me em tuas matas,<br />

exploro terras férteis no teu interior.<br />

Bebo das tuas águas cristalinas<br />

saciando minha sede.<br />

Escalo teus relevos, picos e montanhas.<br />

Aqueço-me com o teu calor,<br />

quero provar do teu mel,<br />

ver estrelas imaginando um diferente céu.<br />

Cavalgo por teus estreitos caminhos<br />

colhendo e deixando carinhos.<br />

É o poeta brasileiro<br />

redescobrindo o seu Brasil.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Mãe Natureza<br />

Por Josselene Marques<br />

A Mãe Natureza sofre...<br />

Não entende a ingratidão de seus filhos.<br />

A Mãe Natureza reage...<br />

Não consegue suportar a dor em silêncio.<br />

A Mãe Natureza alerta...<br />

Não sobreviveremos sem mudança de hábitos.<br />

A Mãe Natureza quase agoniza...<br />

Não percebem que estamos caminhando para o fim?<br />

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TU<strong>DO</strong> ESTÁ MUDAN<strong>DO</strong><br />

Autor: Lenival Nunes de Andrade<br />

Vivemos num tempo estranho e louco<br />

Onde muitas pessoas más e desonestas<br />

Matam, roubam, derrubam matas e lorestas<br />

E ainda acham pouco<br />

Estamos nesse mundo de passagem<br />

Porém devemos aproveitá-la<br />

Só a palavra de DEUS nunca passará<br />

Há muito tempo falsos profetas<br />

Preveem o im do mundo<br />

Que só se acabará quando DEUS quiser<br />

E todos humanos julgar vier<br />

A grande mentira é a verdade desse mundo<br />

Antigamente as meninas brincavam de boneca<br />

E os meninos jogavam time de botão<br />

Ou Futebol de Mesa<br />

Como queiram os senhores<br />

Os casais não se entendem mais<br />

Dialogar e dizer a verdade como é preciso não<br />

dizem jamais<br />

Acabam se separando<br />

As pessoas comentando<br />

E as vezes até julgando<br />

Só não vê quem não quer<br />

O pior cego é aquele que não quer ver<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Algumas pessoas ridıćulas até sorriem para<br />

ironizar<br />

Se seus familiares não lhe ensinam<br />

O mundo lá fora ensina<br />

E triste essa sina<br />

E ao que se destina<br />

E por im determina<br />

DEUS já mandou vários alertas<br />

Terrı́veis assombros e doenças<br />

A AIDS, o Câncer, o aquecimento global<br />

E esse calor terrı́vel e insuportável<br />

O verdadeiro amor é o divino<br />

Quantos caminhos ainda andaremos?<br />

Será que alguém ainda nos tornaremos?<br />

Vá logo estudando e meditando<br />

Porque apesar de tudo e do nosso estudo<br />

Tudo está mudando<br />

Caros humanos terráqueos, se não perdoarmos os<br />

erros dos outros seres humanos cometidos contra<br />

nós, será impossível viver, pois lembras o que JE-<br />

SUS falou na cruz antes de morrer? "Pai, perdoaivos<br />

pois não sabem o que fazem".<br />

Lenival Nunes de Andrade<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Amazônia<br />

Por Magno Oliveira<br />

As aves não mais voam<br />

Os peixes não mais nadam<br />

Os pássaros não mais cantam<br />

As pessoas não mais se amam.<br />

Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade<br />

Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade.<br />

As nossas matas desmatadas<br />

As nossas florestas devastadas<br />

Nossos animais em extinção<br />

Nosso medo da poluição.<br />

A Amazônia é nossa devemos protege lá<br />

A Amazônia é nossa devemos ama lá.<br />

Viva o verde, viva a Amazônia,<br />

Viva os índios, viva a alegria.<br />

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Sou Guarani-Kaiowá, Sou<br />

Humano, Sou Brasileiro<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Sou brasileiro e diante dos fatos não consigo<br />

Por Dhiogo José Caetano<br />

permanecer calado, preciso levar a mensagem<br />

dos “bestializados”, daqueles esquecidos por<br />

Quando analisamos o processo histórico do<br />

uma sociedade “injusta e profundamente cor-<br />

Brasil, notamos os graves problemas com relarupta”.ção<br />

à própria estruturação deste belo país que<br />

é marcado por momentos de dor, tortura, exílio,<br />

Onde está aquele povo que luta a mais de 500<br />

medo, mortes.<br />

anos, pelo seu espaço, pela sua vida como in-<br />

Na identidade nacional podemos encontrar o dividuo dentro do processo social. Onde estão<br />

ranço negativo que contribuiu para a formação eles? Eles são considerados cidadãos?<br />

e estruturação do Brasil de hoje. (A identidade<br />

Quando analisamos o processo histórico nota-<br />

nacional dentro do contexto histórico com afirmos<br />

que o índio é esquecido; permanecendo<br />

ma Hobsbawn é algo que vem depois do senti-<br />

nas bases subterrâneas do mundo contempomento<br />

de nacionalismo que existe em cada um<br />

râneo, uma concepção trabalhada por José<br />

de nós, é algo indefinido, mutável, ambíguo e<br />

Murilo de Carvalho em sua obra “Os Bestializa-<br />

de definição coletiva ou individual).<br />

dos”. Ao falar de índio nós estamos falando de<br />

Até quando viveremos atormentados por estas seres humanos, não de “animais irracionais”.<br />

mazelas que de forma complexa tortura este Eles pensam, buscam, falam e tem uma histó-<br />

“povo brasileiro”?<br />

ria para contar.<br />

Em pleno século XXI a situação da tribo Guarani-Kaiwoá,<br />

residente na Terra Indígena Pyelito<br />

Kue, no município de Iguatemi, no Mato Grosso<br />

do Sul, mobilizou a opinião pública depois que<br />

uma carta foi divulgada, tomando proporção,<br />

passando a ser interpretada como um anúncio<br />

de um suposto “suicídio coletivo” por parte da<br />

tribo. A mesma vem sendo compartilhada nas<br />

redes sociais. Nela, os Kaiwoá afirmam: que<br />

ficou “evidente que a própria ação da Justiça<br />

Federal gera e aumenta as violências contra as<br />

nossas vidas, ignorando os nossos direitos de<br />

sobreviver à margem do rio Hovy e próximo de<br />

nosso território tradicional” e pedem para<br />

“decretar a nossa dizimação e extinção total,<br />

além de enviar vários tratores para cavar um<br />

grande buraco para jogar e enterrar os nossos<br />

corpos”.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Devemos ver com outros olhos aqueles que e de minimizar a grave situação que têm viven-<br />

contribuíram com disse Gilberto Freire para a ciado.<br />

formação e estruturação do Brasil de hoje.<br />

Desde 2008, a FUNAI investe no trabalho de<br />

Na aurora desta longa história de processos regularização das terras indígenas, quando ins-<br />

contínuos torna-se visível as características sotituiu seis Grupos de Trabalho (GTs) para a<br />

cioculturais dos diferentes povos formados den- identificação e delimitação de terras Guaranitro<br />

da sociedade brasileira, sob a ótica do relati- Kaiowá no Cone Sul do estado de Mato Grosso<br />

vismo, valorizando a questão da mestiçagem, do Sul. Em julho deste ano, a presidente e as-<br />

que antes era depreciada e que em muitos mosessores da FUNAI estiveram presentes à Aty<br />

mentos negou a contribuição do índio nas rela- Guasu (Grande Assembleia dos Povos Kaiowá<br />

ções sociais de ontem e de hoje.<br />

e Guarani), na aldeia Rancho Jacaré, município<br />

de Laguna Carapã/MS. Na ocasião, ficaram<br />

acordados novos prazos para entrega e aprovação<br />

dos relatórios de identificação e delimitação<br />

feitos pelos antropólogos responsáveis. Esse<br />

acordo foi pactuado pelos antropólogos coordenadores<br />

dos Grupos Técnicos, junto com a<br />

Funai, perante os indígenas.<br />

Os índios além de povos das florestas são setre tantas outras, a Funai reitera que continuará<br />

res humanos que tem por direito a cidadania. prestando assessoria e acompanhamento jurí-<br />

Mas onde estão eles? Eles são considerados dico, a fim de que os processos sejam julgados<br />

cidadão? Eis uma das grandes questões para o mais breve possível.<br />

ser analisada na atualidade.<br />

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) reconhece<br />

a luta dos povos Guarani e Kaiowá, no<br />

Mato Grosso do Sul, por suas terras tradicionais<br />

e esclarece que a determinação da comunidade<br />

de Pyelito Kue de não sair do local que<br />

considera seu território ancestral é uma decisão<br />

legítima. A FUNAI respeita sua decisão e sua<br />

autodeterminação, manifestando para informar<br />

as ações que vem desenvolvendo na região, a<br />

fim de garantir os direitos dos Guarani-Kaiowá<br />

No caso das comunidades Guarani-Kaiowá que<br />

sofrem com processos de judicialização de suas<br />

terras, como, por exemplo, Pyelito Kue, Passo<br />

Piraju, Arroio Korá, Kurusu Ambá, Ypoi,<br />

Nhanderu Marangatu, Laranjeira Nhanderu, en-<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A FUNAI em diversos meios de comunicação irracionais”? Eles pensam, buscam, falam e<br />

ressalta: a gravidade da situação dos Guarani- tem a sua história. (Esta é uma visão classifica-<br />

Kaiowá, cuja população é de 45 mil pessoas da como etnocêntrica, onde colocamos o nosso<br />

distribuídas por pequenas áreas. A situação é eu, como referência e anulamos ou rebaixamos<br />

caracterizada como de confinamento, devido à a opinião do outro. Um bom exemplo de etno-<br />

alta densidade populacional. A qualidade de centrismo é o que fazemos como o índio, os<br />

vida e, especificamente, a segurança alimentar, chamando de preguiçosos, cultura inferior, ul-<br />

estão associadas ao acesso efetivo dos povos trapassada, disseminando inverdades sobre<br />

indígenas ao seu território tradicional.<br />

este povo que simplesmente luta pela sobrevi-<br />

A luta dos Guarani-Kaiowá é constante contra<br />

vência)<br />

as investidas de latifundiários do agronegócio,<br />

quase sem apoio dos governos federal ou estadual.<br />

O Conselho Indigenista Missionário<br />

(Cimi), órgão vinculado à Conferência Nacional<br />

dos Bispos do Brasil (CNBB), publicou uma nota<br />

em seu site retratando o uso do termo. Para<br />

a entidade uma das principais promotoras dos<br />

direitos indígenas no estado: os Kaiowá -<br />

Guarani falam em morte coletiva no contexto da<br />

luta pela terra. Quer dizer, se a Justiça e os pistoleiros<br />

contratados pelos fazendeiros insistirem<br />

em tirar os índios de suas terras tradicionais,<br />

eles estão dispostos a morrer todos nela,<br />

sem jamais abandoná-las. A terra é um lugar<br />

de memória história deste “povo” que vem a<br />

séculos lutando pela sobrevivência da sua história,<br />

da sua identidade, da suas tradições culturais<br />

milenares.<br />

“É preciso desencorajar a reprodução de tais<br />

mentiras, como o que já se espalha por aí com<br />

fotos de índios enforcados e etc. Não precisamos<br />

expor de forma irresponsável um tema que<br />

muito impacta a vida dos Guarani-Kaiowá”.<br />

Em suma, pergunto: um dia o índio será reconhecido<br />

como cidadão, não mais sendo esquecido;<br />

permanecendo nas bases subterrâneas<br />

do mundo contemporâneo. O índio também é<br />

humano, por que os comparar com “animais<br />

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O contador de historias<br />

Antônio, programador de mainframe, trabalhou<br />

pouco tempo conosco, mas fez história.<br />

Ele era um senhor de aproximadamente<br />

50 anos, estatura média, calvo e os poucos cabelos<br />

que lhe restavam eram brancos. Era magro,<br />

mas um pouco barrigudo e usava óculos.<br />

Antônio era muito simpático e gostava de<br />

conversar, gostava tanto que quando não tinha<br />

assunto, contava casos ocorridos com ele, que<br />

todos desconfiavam da veracidade do que ouviam.<br />

Vou contar dois destes casos que ouvi e<br />

achei engraçados.<br />

Um de nossos amigos, Luiz, estava procurando<br />

um ortopedista nas proximidades da<br />

empresa e encontrou uma doutora, então nos<br />

perguntou:<br />

-Vocês conhecem a Dra. Carla, ortopedista<br />

que atende no prédio do outro lado da rua?<br />

Então, Antonio sempre disposto a conversar<br />

respondeu.<br />

-Não conheço não, mas você deveria conhecer<br />

minha médica cardiologista.<br />

Luiz não entendeu a resposta e disse:<br />

-Mas eu preciso de um ortopedista e não<br />

um cardiologista.<br />

Antonio deu uma risadinha e continuou.<br />

-É que ela é linda. Minha primeira consulta<br />

foi o máximo. Quando entrei no consultório,<br />

ela trancou a porta e eu logo fiquei desconfiado.<br />

Depois conversou um pouco, perguntou sobre<br />

meu estilo de vida e para minha surpresa,<br />

pediu que eu tirasse a roupa. Então tirei, fiquei<br />

apenas de cueca, então ela se aproximou, acariciou<br />

o meu peito e disse:<br />

-Tudo. Aí, vocês já podem imaginar! Rs...<br />

Todos seguraram para não rir. Antônio<br />

não era nada atraente e dada sua fama de<br />

mentiroso, ninguém teve dúvida que fosse mais<br />

uma invenção.<br />

Um dia eu retornei mais cedo do almoço e<br />

fiquei lendo notícias na Internet, quando Antônio<br />

chegou e puxou assunto:<br />

-Não gosto de ler notícias, pois só tem<br />

desgraça.<br />

-Verdade. Eu não tenho muito tempo para<br />

assistir, nem ler notícias, mas quando consigo<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Por Sheila Ferreira Kuno<br />

assistir, acabo me arrependendo, não gosto de<br />

violência. -Respondi.<br />

-E por falar em violência, você não imagina<br />

o que me aconteceu sábado passado.<br />

-O que?<br />

-Eu estava no estacionamento do Shopping<br />

Tatuapé, tinha acabado de sair do carro,<br />

quando vi uma mulher com sua filhinha de<br />

mãos dadas e de repente, vi também um homem<br />

alto, forte e armado se aproximar delas.<br />

Eu imediatamente corri em direção daquele homem<br />

e joguei-o não chão. Começamos uma<br />

luta corporal, onde eu levei a melhor, consegui<br />

pegar a arma e render o bandido. Eu o detive<br />

até que os policiais chegassem.<br />

Eu achando a história muito fantasiosa,<br />

perguntei:<br />

-Nossa Antônio, que perigo! E você não<br />

machucou nada?<br />

-Pois é, dei sorte.<br />

E para não ser mais questionado, saiu da<br />

sala dando uma desculpa qualquer.<br />

Depois que Antônio saiu da empresa, ficamos<br />

apenas uns dois meses sem histórias, pois<br />

em seguida a empresa contratou um rapaz que<br />

se revelou um ótimo contador de historias também.<br />

E sua frase mais marcante era: " e eu então..".<br />

Mas essa história eu contarei na próxima<br />

edição.<br />

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Flores Urbanas<br />

Por Marcelo de Oliveira Souza<br />

Numa terra ocupada<br />

O ser humano é o maior culpado<br />

A flor não respira...<br />

Ela piora com a poluição,<br />

Folhas sujas de fumaça<br />

Uma cinza que sufoca.<br />

As flores urbanas sofrem.<br />

As pessoas sofrem...<br />

A natureza reluta...<br />

O povo luta.<br />

Mais prédios aparecem,<br />

No amanhecer ninguém conhece.<br />

Ninguém merece...<br />

A floresta empedrou<br />

A pedra dominou,<br />

As flores raras se escondem<br />

As flores de plástico aparecem<br />

E no mundo artificial<br />

A ruína é total<br />

Pobre desse animal<br />

Num desenvolvimento total<br />

Vai sucumbindo, definhando<br />

Até voltar para a natureza.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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SEMENTE<br />

Por Maria Emilia Algebaile<br />

Sinto um verde quente e escuro<br />

Nos abismos da floresta<br />

Úteros que protegem<br />

Novos verdes delirantes<br />

da natureza em festa<br />

O verde se alastra<br />

E rouba a cena<br />

Dando sentido<br />

A uma vida tão pequena<br />

Que seria incapaz de ousar.<br />

Noutros tempos, noutras folhas,<br />

A chuva batia afoita<br />

E o canto que se ouvia<br />

Era cantiga de ninar.<br />

Mas nos tempos de agora<br />

A chuva que bate lá fora<br />

É como criança que chora<br />

Com fome, sede e penar.<br />

Meu olhar vazio e pouco<br />

Se envolve num ballet louco<br />

Perdido nos verdes barulhos<br />

De um leve ressonar.<br />

Então ergo as mãos ao alto<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Tentando evitar um salto<br />

Mas o destino incauto<br />

Me empurra e faz desabar.<br />

Caio emprenhada no solo<br />

E abraçada às folhas mortas<br />

Luto por nossas vidas<br />

Prestes a germinar.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Se você não pode adotar, ajude!<br />

Sua ajuda pode ser dada de diferentes<br />

maneiras: financeiramente,<br />

para que seja comprada ração,<br />

para pagar veterinários, para a<br />

castração, para a limpeza e manutenção<br />

dos abrigos; em pessoa,<br />

ajudando a fazer os trabalhos que<br />

cada abrigo requer; divulgando,<br />

levando adiante a mensagem de<br />

apoio aos abrigos!<br />

Colabore para que os animais sejam<br />

tratados com humanidade!<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Milagre da Natureza<br />

MOR<br />

Olhe só a esperteza<br />

Um belo pé de hibisco.<br />

Branco por natureza<br />

Até o que vê arrisca.<br />

Ver no mesmo galho<br />

Duas cores diferentes.<br />

Uma questão de atalho<br />

Branco e rosa envolvente.<br />

A planta é o laboratório<br />

Com fatores diferentes.<br />

Dos seus genes o inglório<br />

As cores são diferentes.<br />

Da terra busca beleza<br />

Nesse belo florido.<br />

Com toda sua realeza<br />

O lindo colorido.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

PRIMAVERA <strong>DO</strong>S AMORES<br />

Por Mário Rezende<br />

Quando o tempo começa a pintar<br />

com aquarela multicores<br />

a tela triste do inverno<br />

sombrio, frio e melancólico.<br />

Anuncia, uma lufada fresca<br />

assanhando a cortina da janela<br />

para deixar entrar a quentura do sol<br />

e todas as cores que vem com ela.<br />

Preste, então, atenção na conversa<br />

dos passarinhos na alvorada,<br />

da brisa com as folhas e flores,<br />

dos insetinhos espalhando seus amores.<br />

Esplendor reflorescendo a natureza,<br />

assanhando a passarada.<br />

Explosão de pigmentos fazem<br />

festa para os olhos.<br />

Na fresca perfumada da tardinha,<br />

boca da noite, faz o vento cantar uma canção<br />

para embalar a mim e minha amada.<br />

Chiando, no silêncio, a terra sob nosso caminhar,<br />

ao encontro da lua dos namorados,<br />

cheia, altaneira, encantadora,<br />

Iluminando sem pudores<br />

a primavera dos amores.<br />

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Nosso planeta é azul<br />

Por Marluce Alves Ferreira Portugaels<br />

É um mistério que o ser humano ainda não<br />

conseguiu decifrar. Existe vida em outro corpo celeste?<br />

Como somos inventivos por natureza, sonhamos<br />

que existem, sim, em algum espaço do infinito<br />

outros planetas ou equivalentes, onde a vida germina<br />

e, quem sabe, até já atingiu níveis sofisticados de<br />

civilização. O problema é que imaginamos a vida<br />

fora de nosso planeta conforme os padrões que conhecemos.<br />

Isso é natural, pois são as referências que<br />

temos. Por outro lado, muitas vezes achamos que<br />

somos os únicos chamados seres humanos nessa<br />

imensidão do infinito. Seria pretensão nossa? Megalomania?<br />

Somos de fato privilegiados por vivermos<br />

num lugar do espaço sideral que poderia ser chamado<br />

de paraíso terrestre?<br />

Nossa curiosidade pelo que se passa além de<br />

nossa esfera terrestre, e nosso desejo de socialização<br />

com entes extraterrestres fizeram-nos avançar em<br />

pesquisas tecnológicas que nos possibilitaram ir à<br />

lua, nosso poético satélite. Também estamos bem<br />

encaminhados em expedições a Marte. Nos anos<br />

<strong>19</strong>60, uma marchinha de carnaval, Marcianita, levou<br />

os rapazes a sonhar com uma garota “de Marte que<br />

seja sincera”. Spielberg, mais modernamente, nos<br />

brindou com o emocionante filme E.T., cuja personagem<br />

nos comoveu com sua ternura. Isso tudo sem<br />

falar nas versões populares de contatos com objetos<br />

voadores não identificados como é o caso dos discos<br />

voadores, também imortalizados em outra marchinha<br />

de carnaval. Inegavelmente, esse é um domínio<br />

em que nossa imaginação voa.<br />

Nosso lado egocêntrico grita que nosso planeta<br />

é o único que oferece as condições ideais para<br />

que a vida vingue. Talvez sejamos inspirados pelos<br />

livros sagrados que nos contam sobre a gênese de<br />

nosso planeta, de nossa vida, tudo levando a crer que<br />

somos, sim, os únicos seres viventes na imensidão<br />

do infinito. E que nossa terra é única. “No princípio,<br />

Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e<br />

vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de<br />

Deus pairava sobre as águas”. “Tal é a história da<br />

criação dos céus e da terra“ (Gêneses, 1: 1-2; 2: 4).<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

De uma maneira ou de outra, sozinhos no<br />

universo ou não, o certo é que recebemos do criador<br />

um planeta lindo, azul como disse o astronauta russo,<br />

Gagarin, nos anos <strong>19</strong>60, ao vislumbrar a Terra<br />

estando em órbita ao redor dela. Na literatura, Clarice<br />

Lispector monologa, “Visto da terra, o ceu é azul.<br />

Vista do céu, a terra é azul. (...) O inatingível é sempre<br />

azul.“ Enquanto Thiago de Mello declara que<br />

“quem não sonha o azul do voo, perde o seu poder<br />

de pássaro”. Aí vêm algumas perguntas. O que temos<br />

feito para preservar este lindo planeta azul? Como<br />

estamos cuidando desse bem inestimável? O que<br />

precisamos fazer para que a vida na terra continue<br />

existindo, ou para que nossos bens naturais não se<br />

acabem? Quando lemos na imprensa as notícias das<br />

transformações ruins que estão ocorrendo em nosso<br />

meio-ambiente, fazendo sofrer as espécies da fauna<br />

e da flora que ainda nos restam, nosso coração chora<br />

pelas perdas.<br />

No Brasil, podemos dizer que somos privilegiados<br />

porque albergamos a floresta e os rios da<br />

Amazônia em cerca de 60% de nosso território, correspondendo<br />

a mais de 5.000.000 km 2 .<br />

(Segue)<br />

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Os Estados do Acre, do Amapá, do Amazonas,<br />

do Pará, de Rondônia, de Roraima, e parte dos<br />

Estados de Mato Grosso, de Tocantins e do Maranhão<br />

estão na Amazônia. Mas, o que fazemos com<br />

tanta flora e tanta fauna? O que diz o PAS ou Plano<br />

da Amazônia Sustentável, recriado em 2008 com o<br />

objetivo de definir as diretrizes para o desenvolvimento<br />

sustentável na Amazônia brasileira?<br />

Notícias boas nos dizem que a Amazônia<br />

com sua floresta e seus rios, candidata a uma das<br />

Novas Sete Maravilhas da Natureza, pela Fundação<br />

Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em 2009 foi<br />

classificada em primeiro lugar no Grupo que engloba<br />

as florestas, os parques nacionais e as reservas<br />

naturais. Por outro lado, há notícias alarmantes sobre<br />

a devastação dessa mesma maravilha da natureza.<br />

Segundo dados fornecidos pelo Banco Mundial, o<br />

desmatamento, as mudanças climáticas, as queimadas<br />

poderão destruir 44% da Floresta Amazônica até<br />

2025. A verdade é que a Amazônia, que já foi considerada<br />

o pulmão do mundo, que foi chamada de o<br />

futuro do mundo pelo explorador e naturalista alemão<br />

Alexander von Humboldt, que é a região onde<br />

estão localizados o maior rio e a maior floresta do<br />

mundo, tem sido vítima de agressões terríveis, continuamente,<br />

desde a época da ocupação de seu território<br />

pelos colonizadores europeus.<br />

Como parar esse processo que agora toma<br />

proporções desenfreadas? Essa é a pergunta que fazem<br />

não somente os amazônidas, mas todos os homens<br />

e mulheres de boa vontade do mundo inteiro.<br />

Chegou a hora de encararmos o problema de frente<br />

e, em vez de só cantarmos as glórias e as belezas<br />

verdadeiras dessa bela região de nosso maravilhoso<br />

planeta, também lutarmos com as armas de que dis-<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

pomos para preservar a parte que nos toca no meio<br />

ambiente desse abençoado rincão que, segundo o<br />

Livro de Gêneses foi por Deus criado para nosso<br />

bem-estar e nossa felicidade. E as armas de que alguns<br />

de nós dispomos são a pena e a folha de papel,<br />

ou, em tempos pós-modernos, o teclado e a tela do<br />

computador, essa máquina extraordinária que nos<br />

auxilia, como se diz coloquialmente, a passarmos<br />

para o papel o que pensamos e sentimos. Vamos,<br />

portanto, botar a boca no trombone e denunciar ao<br />

mundo que alguns estão destruindo o nosso belo planeta<br />

azul!!!<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A Natureza e a Poesia<br />

Por Marly Rondan<br />

Deus não estava só, quando criou o nosso mundo.<br />

Brincava ao seu redor a tal Sabedoria.<br />

Pintou toda a Natureza com amor profundo;<br />

para cantá-la...criou Deus a linda Poesia.<br />

Cheia de rimas, cantou a Terra e a floresta.<br />

Grata, ela louvou a Deus e a Sabedoria.<br />

Os pássaros e o vento, cantou em serestas,<br />

dramatizou a Natureza com alegria.<br />

Mostra o árido deserto, a planície e a colina.<br />

Poesia...rima e cria belas fantasias!<br />

Histórias revela, canta mortes e vidas.<br />

É a vontade do Criador, é a missão Divina.<br />

Desde o início dos tempos, até nossos dias:<br />

Andam Natureza e Poesia sempre unidas.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A GARÇA CHEIA DE GRAÇA<br />

Por Marta Carvalho<br />

CAMINHAN<strong>DO</strong> TODA ELEGANTE,<br />

ALTANEIRA, BRANCA ALVE<strong>JAN</strong>TE,<br />

VEJO UMA GARÇA, CHEIA DE GRAÇA,<br />

DIFÍCIL DEFINIR TANTA BELEZA,<br />

DESTE SER DE RARA DELICADEZA.<br />

AO PESCAR COM MUITA SUTILEZA,<br />

NUM RÁPI<strong>DO</strong> MERGULHO,<br />

ALCANÇA SUA PRESA,<br />

COM INCOMPARÁVEL DESTREZA.<br />

UM FORTE VENTO ASSOBIANTE,<br />

FAZ SEUS PÉS LIGEIRAMENTE VACILANTES,<br />

NUM VÔO GARBOSO E FLUTUANTE,<br />

AGITA SUAS ASAS FLAME<strong>JAN</strong>TES,<br />

E EU FICO ADMIRAN<strong>DO</strong> NESSE INSTANTE,<br />

A PUREZA E A CHARMOSA LEVEZA<br />

DA BELA AVE RADIANTE!<br />

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Meu recanto do encanto<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Mas não pudemos pescar, pois as águas es-<br />

(trecho rerado de meu livro “Nilza por Maria”)<br />

tavam muito barrentas, devia ter chovido na ca-<br />

Por Maria (Nilza) de Campos Lepre beceira do rio. Com a água como estava, não<br />

Aquele ano letivo passou rapidamente, e lo- ia dar uma boa pescaria.<br />

go chegaram as férias de final de ano. Papai Então voltamos, montamos nos animais e<br />

veio buscar-me na pensão, pegou tudo o que partimos para casa, com intenção de ir até o<br />

era meu e pediu que me despedisse de todos, cafezal e o canavial. Entretanto, não lembro por<br />

pois, no próximo ano, eu não mais voltaria a quê, desistimos no meio do caminho e levamos<br />

morar ali. Partimos, então, para aquelas que os animais de volta para o estábulo. Enquanto<br />

seriam minhas últimas férias na fazenda, en- ela tirava os arreios, ficamos conversando e<br />

quanto criança...<br />

contando piadas. Ela ria muito, e encantava-me<br />

Um dia, acordei bem cedo, tomei meu café ver a alegria estampada em seu rosto, que, na-<br />

da manhã e saí à procura da Isaura. Tínhamos quele momento, estava de um vermelho bri-<br />

combinado, na véspera, de dar uma cavalgada lhante, pois acabara de sair do sol.<br />

pela fazenda. Dirigi-me ao estábulo e lá a en- Resolvemos, então, dar uma volta a pé até o<br />

contrei toda atarefada, ajudando seu irmão a riozinho que passava nos fundos do engenho.<br />

selar dois cavalos, um para mim, outro para Pegamos a estrada da entrada e fomos até a<br />

ela.<br />

porteira, onde ficava aquele enorme barranco<br />

Partimos trotando em direção à Fazenda dos com o rio correndo lá embaixo. Seguimos pela<br />

Baianos, porém, assim que saímos do alcance margem direita até encontrarmos o lugar onde<br />

da vista de nossos pais, trocamos para o galo- o rio despencava em forma de cascata. Era<br />

pe, com a Isaura gritando:<br />

uma visão muito linda! Ficamos ali por alguns<br />

minutos, apreciando a natureza e, ao mesmo<br />

¬ Vamos ver quem chega primeiro à portei-<br />

tempo, conversando à toa, embasbacadas com<br />

ra?<br />

a beleza do lugar.<br />

Acelerei o passo, mas, mesmo assim, acabei<br />

perdendo, pois parecia que ela tinha nascido<br />

em cima de um cavalo, cavalgava com muita<br />

desenvoltura, ao contrário de mim, que era toda<br />

desengonçada e nunca chegaria a ser uma<br />

grande amazona.<br />

Chegamos à porteira e apeamos. Amarramos<br />

os animais perto do pasto, para que pudessem<br />

comer, e embrenhamo-nos mato adentro.<br />

Pretendíamos pescar um pouco no rio São<br />

Lourenço, e nossos apetrechos de pesca ficavam<br />

escondidos no meio do mato, sempre a<br />

nossa espera.<br />

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Resolvemos, depois, seguir em frente pelo<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

meio do rio, que era bem rasinho, de águas va, quando queria estar sozinha comigo mes-<br />

muito transparentes e gélidas. Caminhamos ma.<br />

sobre as grandes pedras que serviam de leito<br />

Aquele foi meu paraíso até papai vender a fa-<br />

para as águas que, até chegarem ali, eram<br />

zenda.<br />

tranquilas, mas, ao encontrarem as pedras, tornavam-se<br />

agitadas e formavam uma pequena<br />

corredeira, que produzia um som muito aconchegante.<br />

Ao virar-me para a margem direita da corredeira,<br />

parei, deslumbrada com uma pequena<br />

praia de areias muito brancas, tendo ao fundo<br />

um enorme paredão de pedras na forma de um<br />

anfiteatro. Bem no alto dele, uma árvore crescera<br />

inclinada sobre o rio: estava quase deitada,<br />

só se sustentando porque suas raízes haviam<br />

se embrenhado nas fendas da rocha. De<br />

seu tronco, pendiam cordas de cipó que formavam<br />

uma espécie de cortina bem acima de<br />

nossas cabeças. Um dos cipós crescera de<br />

modo a formar um balanço, no qual me sentei<br />

para admirar a beleza do lugar. Fiquei me embalando<br />

ao som melodioso das águas correndo<br />

por entre as pedras e da cantiga exuberante<br />

delas ao despencarem barranco abaixo em cachoeira.<br />

Estava tão desligada do mundo, que<br />

levei um susto quando Isaura me chamou:<br />

¬ Nilza, venha ver quantos peixinhos tem<br />

aqui!<br />

Fui até ela, e lá estavam muitos peixes subindo<br />

a correnteza, eram filhotes de lambaris.<br />

Talvez fosse ali o criadouro dessa espécie de<br />

peixe, pois eles eram ainda minúsculos.<br />

A partir daquele dia, elegi o lugar meu recanto<br />

do encanto. Foi ali que planejei meu futuro,<br />

sonhei os mais belos contos de fada, idealizei<br />

meu príncipe encantado e até me curei de mágoas<br />

e feridas adquiridas através dos anos, en-<br />

quanto crescia. Era sempre ali que me refugia-<br />

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Almôndega de carne de soja<br />

com aveia<br />

Ingredientes<br />

2 xícaras de carne de soja escura granulada<br />

2 colheres de sopa de Aveia em flocos finos<br />

2 colheres de sopa rasa de farinha de trigo (se<br />

for integral é melhor)<br />

4 colheres de cebola picada miudinho ou ralada<br />

3 colheres de cheiro verde picado miudinho<br />

2 colheres de sopa de molho de soja<br />

Sal e pimenta-do-reino à gosto<br />

Modo de preparo<br />

Primeiramente siga as instruções para o preparo<br />

básico da carne de soja (veja abaixo) . Depois,<br />

misture a carne de soja já hidratada aos<br />

outros ingredientes e molde as almôndegas de<br />

soja. Se desejar fritar, passe as almôndegas na<br />

farinha de rosca e frite em óleo quente. Para<br />

assar ou fazer com molhos não é necessário<br />

empanar. Na imagem acima retratei um zoom<br />

para mostrar o tamanho da cebola e do cheiro<br />

verde, além disso usei molho de tomates no<br />

preparo.<br />

Fonte:<br />

http://oquecomerhoje.blogspot.ch/<br />

Como preparar a carne de soja (proteína soja<br />

texturizada)<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Como preparar a carne de soja (proteína soja<br />

texturizada)<br />

A proteína de soja texturizada (também conhecida<br />

como "carne de soja") deve sofrer um processo<br />

de preparo básico para que tem como<br />

objetivo responder às seguintes perguntas:<br />

"Como preparar a carne de soja", "Como tirar<br />

o gosto ruim da soja" e "Como eliminar<br />

hidratar a soja texturizada".<br />

Eu uso muito a carne de soja em minhas receitas,<br />

uso em substituição à carne moída e às<br />

vezes coloco meio a meio (metade de carne<br />

moída e metade de carne de soja). Essa mistura<br />

torna a receita mais saudável e mais em<br />

conta!<br />

Como tirar o gosto da soja?<br />

Bom, o gosto ruim da soja pode ser eliminado<br />

com água fervente, deixando a proteína texturizada<br />

de soja em água fervendo por 1,5 minutos.<br />

Sairá uma espuma da soja que deverá ser<br />

eliminada. Nessa espuma sairá junto o gosto<br />

amargo. Passe a carne de soja para uma peneira<br />

e lave em água fria.<br />

Como hidratar a carne de soja? (preparar a<br />

carne de soja para uso)<br />

Após realizar o procedimento acima, volte a<br />

proteína texturizada de soja para uma tigela e<br />

coloque água morna na seguinte proporção:<br />

para cada parte de soja adicione duas partes<br />

de água morna. Deixe por 15 minutos. Você<br />

notará que a carne de soja dobrará de volume.<br />

Escorra e esprema a água e utilize a carne em<br />

suas receitas. (segue)<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Rendimento da carne moída de soja<br />

Cada xícara de proteína de soja desidratada (carne moída de soja) renderá duas xícaras da soja<br />

hidratada. Todas as receitas com soja texturizada do site O Quê Comer Hoje? referem-se à proteína<br />

texturizada de soja desidratada (in natura).<br />

Curiosidade/Dicas:<br />

Há no mercado, a proteína texturizada de soja escura e a clara. As quais se prestam a<br />

substituir a carne moída e o frango moído, respectivamente.<br />

Saboreie a carne moída de soja com caldo de carne, frango, peixes ou legumes.<br />

Para a proteína de soja em cubos siga o mesmo procedimento.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Preservação e Conservação Ambiental<br />

Reprodução fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/<br />

Você sabia que, apesar de serem utilizados amplamente como sinônimos, preservação e conservação<br />

são conceitos distintos?<br />

O preservacionismo e o conservacionismo são correntes ideológicas que surgiram no fim do século<br />

XIX, nos Estados Unidos. Com posicionamento contra o desenvolvimentismo - uma concepção<br />

que defende o crescimento econômico a qualquer custo, desconsiderando os impactos ao<br />

ambiente natural e o esgotamento de recursos naturais – estas duas se contrapõem no que se<br />

diz respeito à relação entre o meio ambiente e a nossa espécie.<br />

O primeiro, o preservacionismo, aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor<br />

econômico e/ou utilitário, apontando o homem como o causador da quebra desse “equilíbrio”. De<br />

caráter explicitamente protetor, propõe a criação de santuários, intocáveis, sem sofrer interferências<br />

relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação. Em outras palavras,<br />

“tocar”, “explorar”, “consumir” e, muitas vezes, até “pesquisar”, tornam-se, então, atitudes que<br />

ferem tais princípios. De posição considerada mais radical, esse movimento foi responsável pela<br />

criação de parques nacionais, como o Parque Nacional de Yellowstone, em 1872, nos Estados<br />

Unidos.<br />

Já a segunda corrente, a conservacionista, contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso<br />

racional e manejo criterioso pela nossa espécie, executando um papel de gestor e parte integrante<br />

do processo. Podendo ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o<br />

desenvolvimentismo, o pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas,<br />

e é alicerce de políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam<br />

um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida hoje, mas que não destrua<br />

os recursos necessários às gerações futuras. Redução do uso de matérias-primas, uso de energias<br />

renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões<br />

de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no<br />

processo de tomada de decisões econômicas são alguns de seus princípios. Inclusive, essa corrente<br />

propõe que se destinem áreas de preservação, por exemplo, em ecossistemas frágeis,<br />

com um grande número de espécies endêmicas e/ou em extinção, dentre outros.<br />

Tais discussões começaram a ter espaço em nosso país apenas em meados da década de setenta,<br />

com a criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, quase vinte anos depois.<br />

Em razão de a temática ambiental ter sido incorporada em nosso dia a dia apenas nas últimas<br />

décadas, tais termos relativamente novos acabam sendo empregados sem muitos critérios –<br />

mesmo por profissionais como biólogos, pedagogos, jornalistas e políticos. Prova disso é que a<br />

própria legislação brasileira, que nem sempre considera correto o uso desses termos, atribui a<br />

proteção integral e “intocabilidade” à preservação; e conservação dos recursos naturais, com a<br />

utilização racional, garantindo sua sustentabilidade e existência para as futuras gerações, à<br />

conservação.<br />

Por Mariana Araguaia<br />

Graduada em Biologia<br />

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Lembranças do Planeta Terra<br />

Por Norália de Mello Castro<br />

Talvez a lembrança mais nítida de meu<br />

pai seja quando, numa mesa farta com jabuticabas,<br />

ele, sentado à cabeceira, ia devorando essas<br />

frutinhas. Literalmente devorando. Sua expressão<br />

de gula se manifestava no rosto avermelhado,<br />

nos olhos brilhantes, nas mãos sôfregas<br />

buscando as delícias dessa frutinha preta<br />

de brilhante, com um caldo adocicado e delicioso.<br />

Ele ia pegando uma a uma, levando à<br />

boca com um prazer quase infantil.<br />

Ia selecionando as maiores, colocandoas<br />

num copo ou numa vasilha qualquer. Depois<br />

de saciada a sua gula primeira, pegava as selecionadas<br />

e nova seleção fazia. E... ai de quem<br />

tocasse nas selecionadas das selecionadas!<br />

Ele brigava como uma criança. Não deixava<br />

ninguém pegá-las. Talvez cansado de tanto brigar<br />

com a meninada, num rompante mais ameno,<br />

pegava uma ou outra e ia pondo na boca de<br />

cada um.<br />

Gulosa, eu me debatia. Queria mais. Mas<br />

ele não dava.<br />

Só sei que esta gula paterna me fez<br />

amar as jabuticabas. Amo mesmo esta frutinha<br />

e admiro um pé de jabuticaba: majestoso: sua<br />

floração é deslumbrante, com pequenas flores<br />

brancas a esparramar um perfume sem igual:<br />

suave, inebriante, belo. E daí vêm centenas de<br />

milhares de bolinhas pretas em todos os galhos<br />

a estimular os sentidos da gula, do prazer, uma<br />

alegria sentida apenas uma vez ao ano. Ninguém<br />

resiste à atração de um pé de jabuticabas<br />

pronto a ser consumido.<br />

Um pé de jabuticaba é igual ao cosmo<br />

celestial: milhares de dezenas de corpos celestes<br />

esparramados em todas as direções: constelações,<br />

estrelas, planetas vagando no espaço<br />

sideral numa ordenação cronometrada, advinda<br />

de uma única raiz – o Princípio, de uma única<br />

Força – Deus, a emanar vida em grande escala.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A Vida está presente, total. E se manifesta em<br />

cada ser humano, na sua totalidade.<br />

A Força me fez aportar numa bolinha de<br />

jabuticaba, bem especial chamada Terra. Cá<br />

estou no planeta que tenho de estar, acolhida,<br />

amada, determinada, em transição. Um planeta<br />

escola de aprendizagem, para maiores voos.<br />

De onde vim? De Triskle, planeta de origem?<br />

Não me importa saber. Venho do Pai. Para onde<br />

vou: Alcion, planeta futuro? Não importa.<br />

Vou com o Pai. Só sei, hoje, que sou caminhante<br />

no Planeta Terra e nele encontrei respostas à<br />

vida que me foi dada e que mais resposta ainda<br />

me dá. A Face da Força foi delineada com a<br />

Beleza do Planeta Terra, talvez seu lado feminino:<br />

suas águas, seus ventos, suas chamas, e a<br />

Mãe Terra se fez mais mãe: deu-me Lar. Deume<br />

também o maior dos presentes: a consciência<br />

de que tenho vida e que sou vida interligada<br />

a tudo e todos. Amar este Planeta, estar aqui,<br />

só se justifica em espargir o amor entre os seres<br />

iguais a mim, assim como o prazer imenso<br />

de chupar uma frutinha preta, redonda, adocicada<br />

e saborear seu sumo. Celebrar o hoje como<br />

se apresenta, consciente que estou de passagem...<br />

para onde? Para onde o meu mérito me<br />

levar: quero ser selecionada dos selecionados<br />

do Bem.<br />

Brumas 21 de outubro de 2012- domingo, manhã.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

O que eu posso<br />

fazer para evitar o tráfico de<br />

animais silvestres?<br />

Não compre objetos e bijuterias com penas de animais.<br />

Conheça a Lei de Crimes Ambientais.<br />

Não compre animais silvestres.<br />

Denuncie tráfico de animais silvestre à Linha Verde do<br />

Ibama<br />

Passe essa dica adiante.<br />

hp://www.wwf.org.br/<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A cada toninha ou golfinho<br />

Por Oliveira Caruso<br />

A cada toninha ou golfinho<br />

que vislumbro n’água saltar,<br />

lembro-me de ti a brincar<br />

na piscina de modo levinho.<br />

Ficamos a água jogar<br />

um ao outro em carinho,<br />

o nosso mui ledo caminho<br />

de, entre nós, comemorar.<br />

Comum nos foi o sorrir<br />

sob o dia de sol festivo<br />

e a água límpida de fato!<br />

Logo te veio de lá o sair,<br />

após hora de banho vivo,<br />

co’amor em doce trato.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

O Varal do Brasil estará no prestigiado Salão Internacional<br />

do Livro de Genebra de 1º a 5 de maio de <strong>2013</strong> levando<br />

o seu livro, levando você para autografar!<br />

Estão abertas vagas para sessões de autógrafo e vagas<br />

para exposição de livros. Todas as vagas serão preenchidas<br />

mediante pagamento de participação cooperativa.<br />

As pessoas interessadas deverão escrever para o e-mail<br />

varaldobrasil@gmail.com solicitando mais informações.<br />

Adiantamos que as associadas da REBRA e os associados<br />

da LITERARTE, assim como os participantes regulares<br />

da revista <strong>VARAL</strong> <strong>DO</strong> <strong>BRASIL</strong>, receberão descontos<br />

especiais para suas participações.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Verde<br />

Por Sarah Venturim Lasso<br />

Verde que não é vermelho<br />

Ou amarelo<br />

Verde que significa vida<br />

Da mãe natureza<br />

Que pulsa dentro de nós<br />

Verde de esperança<br />

Que pede para continuar<br />

Verde<br />

Vivendo livre<br />

Em um planeta azul<br />

Imagem: Brian Chase<br />

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Pluf, O Pequeno Coelhinho<br />

Por Osiel Ferreira Vieira<br />

O Nascimento do pequeno Pluf<br />

Era uma vez, numa pequena fazenda de uma<br />

cidadezinha do interior de Minas Gerais, onde<br />

viviam o Senhor E a Senhora coelho, ansiosos<br />

e felizes aguardando a chegada do mais novo<br />

membro da família e da fazenda, já haviam escolhido<br />

até um nome para o filhote que se chamaria<br />

Pluf.<br />

Nino como era chamado o papai coelho convidou<br />

a todos do terreiro para o dia do nascimento,<br />

e, quando o dia chegou todos se reuniram<br />

em frente à toca onde Nina a mamãe coelho<br />

estava para parir seu primeiro filhotinho.<br />

“-Amigo Nino, como esta este coração”? Perguntou<br />

Bigu o porco;<br />

-É o senhor deve estar muito ansioso para conhecer<br />

o pequeno Pluf, não é? Indagou o galo<br />

índio Teco.<br />

-Não vejo a hora, meus amigos e ainda bem<br />

que vocês estão me fazendo companhia nessa<br />

espera. “Desabafou papai coelho.”<br />

“-Não se preocupe daqui a pouco seu filhotinho<br />

estará em seus braços, Nino”! Afirmou Rex, o<br />

cão pastor.<br />

-Ele já deve estar quase chegando, Senhor Nino!”<br />

Completou Tito o pato cinza.”<br />

Antes que terminassem a conversa, D. Lia,<br />

uma velha cadelinha pequinesa que estava lá<br />

dentro com mamãe coelho veio correndo e gritando:<br />

_ Nasceu! Nasceu! E é um lindo coelhinho! Nino<br />

mal esperou que ela terminasse de falar, foi<br />

logo entrando, e assim que viu pela primeira<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

vez o seu filhote, não se conteve e chorou<br />

emocionado. Tomou Pluf em seus braços, beijou<br />

a mamãe coelho e saiu para mostrar a todos<br />

o seu pequeno filhotinho.<br />

Pluf nasceu cinza de olhinhos azuis e muito<br />

gordinho, encantou a todos no terreiro da fazenda.<br />

Passaram-se algumas semanas e Pluf já corria<br />

por toda a fazenda nas suas travessuras,<br />

Brincava e encantava a todos do terreiro, com<br />

seu jeitinho esperto e carinhoso de ser, era o<br />

orgulho de todos.<br />

Papai coelho era só alegria, cada gesto. Cada<br />

palavra vinda do pequeno Pluf era uma felicidade<br />

para o seu orgulhoso coração, pois ele não<br />

escondia o orgulho e a admiração<br />

Pelo seu pequeno filhote.<br />

Pluf se perde na mata<br />

Um dia, Pluf brincava sozinho próximo de uma<br />

mata que havia nos arredores da fazenda<br />

quando de repente, parou, olhou a mata e pensou:<br />

“-Que legal”! O que deve haver ai dentro será<br />

que mora alguém? Pensou em procurar papai<br />

Nino para saber, mas sua curiosidade era tanta<br />

que ele foi entrando mata adentro.<br />

Correu! Correu! Até chegar a um lago onde parou<br />

para beber um pouco de água, parou ali<br />

alguns instantes e se deu conta de que não sabia<br />

mais onde estava.<br />

_ Meu Deus! Estou perdido! E agora como vou<br />

voltar pra minha toca? Gritou Pluf desesperado.<br />

-Hei coelhinho! Você esta perdido nesta mata?<br />

Perguntou uma voz que vinha de uma moita ali<br />

bem perto.<br />

-Quem esta ai? Perguntou Pluf preocupado.<br />

_ Não precisa ter medo, eu não vou te fazer<br />

mal! Eu sou Dado o tigre filhote, e também me<br />

perdi aqui ontem! Será que agente acha o caminho<br />

pra voltar as nossas casas?<br />

Papai coelho já havia dito a Pluf que tigres<br />

eram ferro esse predadores de coelhos, então<br />

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Pluf decidiu não contrariar o filhote de tigre e<br />

respondeu:<br />

_Acho que juntos nós podemos achar o caminho<br />

de volta, mas precisamos andar depressa,<br />

por que já deve estar quase anoitecendo!<br />

_Então vamos logo! E os dois se puseram a<br />

caminhar na tentativa de encontrar o caminho<br />

para seus lares.<br />

Nino e Rex vão à procura de Pluf.<br />

Já era tardinha quando mamãe Nina preocupada<br />

disse a Nino:<br />

_Nino estou tendo um pressentimento muito<br />

ruim, Pluf esta desde cedo sumido, achei<br />

Que ele tivesse brincando perto da mata, mas<br />

Bigu o porco disse que não o viu por lá,<br />

- Onde será que ele se meteu?<br />

- Não se preocupe minha querida, vou chamar<br />

meu amigo Rex e iremos buscá-lo! Beijou mamãe<br />

coelho e foi até a casinha de Rex.<br />

- Hei amigo Rex! Vamos comigo procurar pelo<br />

pequeno Pluf?<br />

- Mas é claro! Por onde aquele moleque pode<br />

estar metido?<br />

- Não sei! Mas vamos logo antes que anoiteça.<br />

Assim Nino e Rex saíram na esperança de encontrarem<br />

Pluf, mas enquanto isso lá no meio<br />

da mata Pluf e Dado, já cansados de tanto andar<br />

e de nada encontrar, pararam debaixo de<br />

uma grande árvore para descansarem na sombra.<br />

- Pluf! Será que alguém virá nos procurar?<br />

- Dado, vamos esperar mais um pouco, e se<br />

ninguém aparecer procuramos um lugar seguro<br />

pra gente passar a noite! Pluf já sentia que<br />

poderia confiar em Dado, por que há horas estavam<br />

juntos e já eram bons amigos.<br />

A noite começava a mostrar as suas primeiras<br />

estrelas, a lua já surgia devagar, e, os dois filhotes<br />

se esconderam dentro de um tronco velho<br />

que encontraram por ali.<br />

Nino e Rex retornavam tristes para a fazenda,<br />

depois de muito procurarem em vão pelo pequeno<br />

filhote. Assim que entraram no terreiro<br />

Nina já veio preocupada:<br />

- Onde esta o meu pequeno Pluf? Cadê o meu<br />

filhotinho?<br />

- Calma Nina, não conseguimos encontra-lo<br />

hoje, mas amanha iremos bem cedo e vamos<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

trazer o nosso filhote de volta, não é mesmo<br />

amigo Rex?<br />

- Claro que sim! Não se preocupe D. Nina amanha<br />

nós traremos o Pluf de volta para a senhora.com<br />

o coração em prantos, Nina concordou<br />

em esperar até o dia amanhecer,<br />

Enquanto isso do outro lado da mata havia<br />

uma pequena floresta onde moravam os pais<br />

de Dado o Senhor e a senhora valente que estavam<br />

também aflitos com o sumiço de seu filhote.<br />

- Onde esta o nosso filhote? Perguntou D. Valente<br />

a tigresa.<br />

- Querida, ainda não o encontrei, mas, assim<br />

que o dia amanhecer sairei e só voltarei quando<br />

achar nosso filhote, não se preocupe! Vamos<br />

dormir por que amanha será um dia muito<br />

longo! Com lágrimas nos olho, D. Valente concordou<br />

e eles foram dormir.<br />

A Noite na Mata<br />

Pluf e Dado conversavam e contavam histórias<br />

de suas vidas um para o outro, de repente Dado<br />

se calou enquanto Pluf contava sobre sua<br />

vida na fazenda.<br />

- Sabe Dado na fazenda é muito... Dizia Pluf,<br />

ao olhar para o lado e se dar conta de que Dado<br />

já estava dormindo. Um medo tomou conta<br />

de Pluf que pensou em acordar seu amigo,<br />

mas preferiu ficar quieto e não incomodar.<br />

A noite parecia não querer passar, e a cada<br />

barulho Pluf ouvia seu pequeno coração pulsar<br />

dentro do peito, quando de repente de algum<br />

lugar ali pertinho surgiu no ar um barulho:<br />

- Auuuuuuuuuuuu!!!!!<br />

Pluf deu um salto para cima de Dado, que assustado,<br />

acordou e por instinto ia se preparando<br />

para atacar quando notou que se tratava de<br />

seu amiguinho.<br />

- O que houve Pluf? Você ficou maluco?<br />

(Segue)<br />

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- Pssssiiiiuuu!Não faça barulho, por que tem um<br />

monstro na mata!<br />

- Que monstro o que? Deixa que eu vá até lá.<br />

Disse o corajoso Dado movido pelo seu instinto<br />

selvagem.<br />

Assim que saiu do tronco Dado ouviu o tal barulho<br />

de que Pluf havia lhe falado, mas não se<br />

intimidou e desafiou:<br />

- Quem esta ai? Por que não mostra a tua cara?<br />

- Auuuuuuuuuu!!! Eu sou o terrível lobo selvagem<br />

e me chamo Bravo, eu como pequenas<br />

criaturas como você!<br />

- Eu sou o tigre Dado e não tenho medo de você,<br />

por tanto o que esta esperando vem me comer!<br />

Vem!<br />

Pluf que ouvia tudo calado começou a pensar<br />

num plano para ajudar ao seu amigo, quando<br />

num impulso saltou para fora e engrossou a<br />

voz dizendo:<br />

- Ele não está sozinho, eu sou o rei da floresta,<br />

o mestre leão!!<br />

- Vocês querem me enganar! Exclamou o lobo<br />

desconfiado;<br />

- Por que você não paga para ver? Se for assim<br />

tão valente respondeu Dado empolgado com a<br />

esperteza de seu amigo. O lobo Bravo desconfiado<br />

mais com medo de se deparar com o rei<br />

da floresta respondeu:<br />

- Eu vou embora! Mas isso não vai ficar assim!!!<br />

- Seu covarde! Venha aqui nos enfrentar, para<br />

ver o que te acontece!! Disse Pluf ainda engrossando<br />

sua voz.<br />

Mas o lobo não quis mais saber de conversa e<br />

foi embora sem saber que fugia de dois filhotinhos.<br />

- Pluf! Você foi muito corajoso! Como você conseguiu<br />

engrossar a vós daquele jeito?<br />

- É que nós os coelhos só temos como defesa<br />

a nossa esperteza, não somos forte e grande<br />

como vocês os tigres, mas corajoso mesmo é<br />

você que decidiu enfrentar sozinho aquele lobo.<br />

Os dois conversaram mais um pouco e voltaram<br />

para dentro do tronco onde estavam, queriam<br />

dormir por saber que assim que acordassem<br />

teriam uma longa caminhada para acharem<br />

o caminho de volta para casa.<br />

Pluf ficou ainda acordado por um tempo admirando<br />

a coragem de seu amigo, sabia que ele<br />

iria protegê-lo dos animais maiores e sentia<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

muita gratidão por isto.<br />

Minutos depois já havia pegado no sono enquanto<br />

a noite passava lentamente sob um céu<br />

lindo e estrelado que dava gosto de ver.<br />

Nino e Rex Frente a Frente com Valente<br />

Mal chegou o dia e Nina já foi logo acordando<br />

Nino:<br />

_ Vamos Nino! Acorde e vá logo buscar o<br />

nosso pequeno filhote!<br />

_ Tá certo querida, vou chamar o Rex e vamos<br />

trazer o nosso pequenino de volta! Não<br />

se preocupe. Disse Nino e em seguida saiu<br />

e foi chamar Rex que juntos foram para a<br />

mata.<br />

Do outro lado da mata, na pequena floresta,<br />

Valente que acabara de acordar, cheirou<br />

sua fêmea e disse:<br />

_Estou indo buscar o nosso filhote e pode<br />

ficar tranquila que daqui a pouco eu vou trazê-lo<br />

de volta!<br />

_Por favor! Não vá brigar com ele, pobrezinho!!<br />

_Não querida! Eu não vou brigar tá bom?<br />

Agora já vou indo e se despedindo Valente<br />

se colocou em direção a mata.<br />

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Algum tempo depois, Nino e Rex já estavam<br />

dentro da mata parados próximo de uma pedra<br />

descansando, quando ouviram que alguma coisa<br />

vinha correndo em sua direção.<br />

_Rex! O que será isso amigo?<br />

_ Não sei! Mas se prepare e se esconda até<br />

que eu saiba o que é! Nino seguiu o conselho<br />

de seu amigo e se escondeu atrás de uma pedra,<br />

quando assustado viu chegar à mata um<br />

grande e forte tigre.<br />

Rex muito corajoso e destemido rosnou para o<br />

tigre e perguntou:<br />

_ O que você quer aqui? Se for briga pode vir<br />

que eu não tenho medo!<br />

_ Agora eu não posso! Preciso encontrar o meu<br />

filhote, mas se quiser depois nós conversamos,<br />

respondeu Valente.<br />

Nino que ouvia tudo em silêncio foi saindo de<br />

traz da pedra e dizendo:<br />

_ Eu também procuro o meu filhote, por que<br />

não deixamos as diferenças de lado e nos unimos<br />

para encontrar nossos filhotes?<br />

_ Por mim tudo bem! Acho que juntos temos<br />

mais chances de encontrá-los, Concordou Valente;<br />

_ Então me desculpe, Sr.Tigre! Eu sou Rex e<br />

esse é o meu amigo o coelho Nino.<br />

_ Muito prazer! Eu sou Valente e agora vamos<br />

logo que eles podem estar correndo perigo.<br />

Terminadas as apresentações seguiram na<br />

busca pelos seus filhotes.<br />

Pais e Filhos Finalmente se Encontram<br />

O dia já havia chegado a sua metade, Pluf e<br />

Dado brincavam, depois de desistirem de encontrar<br />

o caminho de casa. De repente Pluf notou<br />

que não muito longe dali os matos se mexiam<br />

sem que houvesse vento algum;<br />

_ Dado vem vindo alguma coisa! Será aquele<br />

lobo de novo?<br />

_ Pluf se esconda e desta vez não tente me<br />

ajudar por que se for ele, vou resolver isso de<br />

uma vez por todas!<br />

Pluf se escondeu em uma moita debaixo de<br />

uma grande arvore, enquanto o corajoso Dado<br />

se preparava para o que seria o seu primeiro<br />

combate.<br />

Mas de dentro da mata o primeiro que saiu foi o<br />

tigre Valente, seguido por Rex e depois Nino<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

que ao verem Dado foram logo perguntando<br />

em uma só voz:<br />

_ O que aconteceu com o pequeno Pluf? Você<br />

não o viu por aqui? Você não fez nada com ele<br />

não é meu filho completou Valente preocupado.<br />

_ Papai! Papai, eu estou aqui, graças a Deus<br />

que o senhor me encontrou, estava com medo<br />

de nunca mais ver o senhor e a mamãe!!<br />

_ Calma Pluf! Nós estamos aqui e não deixaremos<br />

que você se perca outra vez! Tranquilizou<br />

Nino.<br />

_ Muito bem agora temos que ir e se formos<br />

rápidos, chegaremos antes de escurecer! Disse<br />

Valente.<br />

_ Tem razão Valente, então vamos! Reforçou<br />

Rex, pondo-se e juntos filhote e pais seguiram<br />

a caminho de casa.<br />

Andaram por algum tempo até chegarem a uma<br />

encruzilhada de caminhos, havia um que ia para<br />

a fazenda e outro que ia para a floresta, era<br />

a hora de se despedirem e cada um voltar para<br />

o seu mundo. Pluf e Dado se olhavam com<br />

olhos cheios de lágrimas, Nino, Rex e o tigre<br />

Valente sentiam que jamais esqueceriam aquela<br />

aventura que fez com que presa e predadores<br />

se unissem num só propósito.<br />

_ Obrigado meu amigo Valente! Nós não conseguiríamos<br />

sem você! Agradeceu Nino.<br />

_ Obrigado a você e ao amigo Rex que com<br />

seu faro aguçado nos levou na direção certa!<br />

_Que nada! Eu apenas ajudei! Mas contem<br />

sempre comigo! Disse Rex.<br />

A Despedida dos filhotes<br />

Com olhos cheios de lágrimas Pluf deu um<br />

cheirinho em Dado e disse:<br />

_Adeus! Sei que nos veremos novamente! Procure<br />

ficar bem meu amigo!<br />

_ Adeus! Fique bem você também! Por que espero<br />

encontra-lo novamente para novas aventuras<br />

vivermos! Dado despediu-se sentindo que<br />

seu instinto felino lhe dizia o contrário e que talvez<br />

jamais voltasse a encontrar o pequeno Pluf.<br />

(Segue)<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Olharam-se por alguns minutos quando foram interrompidos pela vós grossa de Valente:<br />

_ Então vamos logo Dado! Sua mãe espera por nós! Até o próximo amigo!!<br />

_ Até um dia! Vamos Pluf que sua mãe nos espera ansiosa! Não é mesmo Rex?<br />

_ É verdade, então vamos logo! Para não deixa-la ainda mais desesperada! Assim partiram para<br />

a fazenda deixando para traz uma incrível aventura vivida entre presa e predadores, que se<br />

uniram num mesmo objetivo e numa nova forma de amizade verdadeira.<br />

O Bom Filho a Casa Torna...<br />

_Mamãe! Eu estou aqui não chore mais! Gritou Pluf entrando em sua toca. Nina de tanta felicidade<br />

ao ver de novo seu filhote soltou um grito emocionado:<br />

_Graças a Deus!!!Graças a Deus!!!Nunca mais faça isso comigo seu moleque!!!<br />

Enquanto do lado de fora Nino e Rex contavam para os bichos da fazenda a aventura inacreditável<br />

que viveu naquela mata. Pluf prometeu à sua mãe que não voltaria a preocupá-la, e que<br />

não sairia mais sem avisar.<br />

Enquanto isso lá do outro lado da mata, na pequena floresta Dado fazia as suas promessas<br />

também pra Dona Valente, dizia que não sairia mais sozinho sem avisar, contou tudo o que havia<br />

acontecido e vivido ao lado de Pluf seu amiginho inesquecível.<br />

Tanto na floresta como lá na fazenda a história teve um final muito feliz.<br />

Assim termina a história de uma amizade diferente e quase impossível entre presa e predadores!<br />

Até a próxima aventura do:<br />

PEQUENO PLUF!!!<br />

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O SEGRE<strong>DO</strong> DAS MONTANHAS<br />

Por Gilberto Nogueira de Oliveira<br />

As montanhas nos contemplam,<br />

Em meio à natureza hostil.<br />

Nos enche de inferioridade,<br />

E com seus rígidos pés<br />

Nos esmaga os pensamentos.<br />

Subimos às montanhas,<br />

Agora nós a contemplamos.<br />

Ela se sente inferior<br />

Porque a pisamos de leve.<br />

Como as flores que ela cultiva,<br />

As borboletas incansáveis<br />

Preenchem o espaço vazio,<br />

Explode em cores a natureza,<br />

Estoura o colorido das borboletas<br />

Numa música infindável.<br />

Os pássaros alegram a natureza,<br />

Suas penas coloridas<br />

Transforma as pedras em jardim.<br />

Seus cantos alegres e sinfônicos<br />

Combinam com as cores do arco-íris.<br />

Cores fortes como se fosse o amor.<br />

De repente chega a noite.<br />

Seus olhos brilhantes e naturais<br />

Perfuram a densa neblina,<br />

E essa se derrete em lágrimas,<br />

Matando a sede da vida,<br />

Ao ser atingida pelo amor.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Imagem: hp://freebigpictures.com<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Iguais e diferentes<br />

Por Renata Iacovino<br />

Se mente é coisa de humano<br />

Quão, quão dementes, pois, somos!<br />

É de palavra em palavra<br />

Que vem cada gesto insano.<br />

Quão despreparados somos!<br />

Debruçamo-nos altivos<br />

Em racional argumento.<br />

Balela, exibicionismo...<br />

Somos, do mundo, nativos<br />

E às vezes seu excremento.<br />

Convence-nos o Animal<br />

Sem nada ter de provar.<br />

Nem que mil anos eu viva,<br />

A tão alto cabedal<br />

Conseguirei me igualar!<br />

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Depois, bom...<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A poesia do imperfeito<br />

Por Ro Furkim<br />

A rosa em botão, logo que brota, é toda enrustidinha, envolta<br />

pelo calículo. Durante um bom tempo só terá de vegetar a serviço da<br />

nutrição para a sobrevivência. Mas a certa altura do tempo as sépalas<br />

do calículo se vão separando, despindo a rosa dessa proteção.<br />

Chegou o momento de atender o destino; para tanto vai se afrouxando<br />

o entrelaçamento das pétalas, estas se espaçando de modo a tornar<br />

acessível o tálamo, onde seu gérmen aguarda.<br />

Então aquelas sépalas, apêndices verdes estéreis, reclamam,<br />

contrariadas por terem sido exoneradas de seu cargo de protetoras,<br />

avessas para baixo, meio encaracoladas, difamam a rosa para o<br />

pedúnculo:<br />

“Agora sim!, estamos inúteis; essa, aí em cima, está dispensando<br />

a nossa proteção, agora deu pra arreganhar aquelas pétalas<br />

desgrenhadas, exibindo pistilo, oferecendo estigma a todo ferrão<br />

que vai passando; veja lá: toda vermelhona, perfume forte!, minando<br />

horrores de néctar, permitindo a qualquer um, qualquer um mesmo,<br />

seja inseto, seja passarinho, chafurdar no seu pólen. Até bicho grande<br />

mete o focinho. Tem mais segredo pra a gente proteger não, perdeu<br />

a vergonha de vez...”.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Planeta Terra<br />

Por Yara Darin<br />

Nossa Terra , tão amada...<br />

Com o seu calor nos envolve<br />

Nos dá imensa fartura<br />

A grandeza e a beleza do mar<br />

As ondas que se agitam<br />

Na claridade do luar<br />

A suavidade dos campos<br />

A singeleza dos pássaros<br />

A abundância dos alimentos<br />

A imponência das montanhas.<br />

Planeta amado, te agradeço<br />

Neste tão nobre gesto<br />

De me trazeres aqui à morar<br />

À viver nesta intensa energia<br />

tão abrangente...<br />

Neste sol que me aquece<br />

As estrelas dos meus sonhos<br />

O luar dos meus encantos<br />

Que em noites claras me banho<br />

Pelas águas que me saciam<br />

As chuvas que lavam a m"alma<br />

Pelos amores que me amaram<br />

Pelos filhos que me fizeram<br />

A mulher mais feliz deste planeta.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

VIDA<br />

Por Robinson Silva Alves (Hiatus)<br />

UMA INSPIRAÇÃO<br />

AR <strong>DO</strong> MEU PULMÃO<br />

DE ONDE NASCEM OS SONHOS<br />

E BATE FORTE O CORAÇÃO<br />

SINTO TUA PRESENÇA<br />

NO SORRISSO DA CRIANÇA<br />

NOS BELOS MOMENTOS<br />

DA VIVA INFÂNCIA<br />

OUÇO TUA MÚSICA<br />

COM OS PASSAROS A CANTAR<br />

VEJO TEU ESPLEN<strong>DO</strong>R<br />

NO MAJESTOSO MAR<br />

NO BRILHO <strong>DO</strong> SOL<br />

NO MÁGICO LUAR<br />

MINHA PRIMAVERA,<br />

INVERNO,<br />

OUTONO,<br />

VERÃO<br />

A ROSA QUE NASCE<br />

NO JARDIM DA EMOÇÃO<br />

ARVORES DE FRUTOS<br />

FRUTOS DA CRIAÇÃO<br />

MAGIA DE VERSOS<br />

BELA SIMETRIA<br />

SIMETRIA DA VIDA<br />

POESIA.<br />

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KIBE<br />

Fonte: http://www.portalnatural.com.br/<br />

INGREDIENTES:<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

2 xícaras de triguilho, deixado de molho e bem escorrido<br />

1 lata de carne vegetal<br />

2 cebolas picadinhas<br />

4 dentes de alho<br />

1 xícara de hortelã picada<br />

5 colheres de azeite de oliva<br />

2 colheres de sopa de cheiro verde<br />

1/2 xícara de farinha de trigo branca<br />

MO<strong>DO</strong> DE PREPARO:<br />

1) Misture bem todos os ingredientes, exceto a farinha de trigo<br />

que deve ser acrescentada aos poucos no final até dar liga<br />

à mistura.<br />

2) Forme os kibes no tamanho que desejar.<br />

3) Coloque em uma assadeira untada com óleo.<br />

4) Cubra a assadeira com papel alumínio e asse em forno<br />

moderado.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

BORBOLETAN<strong>DO</strong> POR AÍ...<br />

Por Robson Luis Silva Costa<br />

Os meus versos<br />

são lindas borboletas<br />

com suas asas multicoloridas<br />

voando sobre e dentro<br />

da minha cabeça<br />

curando as ideias doloridas<br />

estando ou não no centro<br />

da Via Láctea... mas<br />

borboleteando por todo o Universo...<br />

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MÃE TERRA<br />

Por Sandra Berg<br />

Oh! Mãezinha terra<br />

Tens – me ao teu desvelo<br />

Dá - me tudo o que necessito<br />

Em teus saberes meu ser se fortalece<br />

De manhã quero acordar, respirar, estar aqui,<br />

Encontrar o talismã<br />

E sair do pesadelo<br />

De ver - me, um dia, banida do teu materno enleio.<br />

Levantemos a bandeira em defesa do lar comum<br />

Que o nosso astro brilhe acima da ganância<br />

E possamos compreender<br />

Que os seus anelos são a nave dessa viagem<br />

sem fim<br />

Ao cerne do desconhecido<br />

Minha alma funde – se ao fluido azul<br />

Da tua atmosfera<br />

Intrinsecamente percebo – me vida de tua vida<br />

Elo na trama do teu vestido natural<br />

Quando dou – me conta que sou tu que respira<br />

Sou tu que se condói<br />

Sou tu que se ressente pelas agressões sofridas<br />

Sou tu que sabe dar de si<br />

Só assim, sinto – me despida,<br />

Sabedora de que a minha consciência<br />

É parte do que és<br />

Se adoecer, é reflexo das dores que a ti eu<br />

causei,<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Estar saudável tem a prática salutar<br />

Do amor em preservar – te<br />

Imagem: neeha<br />

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COTIDIANO DE PRISCILA<br />

Por Wilton Porto<br />

Em cada coisa que ela usava<br />

E segurava com amor incomum<br />

Nós não sabíamos que ali estava<br />

Um estridente e constante zum-zum<br />

Que mora na alma da saudade<br />

E dos sofrimentos outro igual nenhum.<br />

O pano limpo onde ela se deitava<br />

O lençol lavado que tirava o frio<br />

Os pratos cuidados onde se alimentava<br />

Aconchego da perna na hora do cio.<br />

Gostava de uma peça<br />

Para servir de consolo<br />

Tomava chá de boldo<br />

Com a maior naturalidade<br />

Quanto mais imaginem:<br />

Um recheado bolo!<br />

E se se falava em passear<br />

O ansioso latido era o comunicar-se<br />

De se esquecer dela – nem pensar!<br />

Pois em desespero se punha a chorar.<br />

Quando da hora todo dia noite<br />

Em que pelas ruas caminhávamos felizes<br />

O nó na garganta é inevitável<br />

Lágrimas no rosto o único consolo.<br />

Onde quer que eu estivesse<br />

No interior de nossa casa<br />

Ali ela estava dando sinal de muita graça<br />

E queria que eu imediatamente a tocasse<br />

Como se de um pacto que quisesse que eu<br />

lembrasse.<br />

Balançava o rabo e ia se deitar<br />

Em frente à porta ou lado do sofá<br />

Dormia como se anjo em descanso<br />

Mas despertava serelepe para ninguém nos<br />

perturbar.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Era dócil apesar do tamanho<br />

O latido assustava qualquer ladrão<br />

Não conheço quem tivesse mais carinho<br />

Se fizesse traquinagens logo pedia perdão.<br />

Evitava ficar sozinha<br />

Morta de sono nos convidava para deitar<br />

Se a enganávamos de repente ela chegava<br />

E aos nossos pés ela se aquietava.<br />

Era danada quando de tomar remédios<br />

Ciumenta com as coisas e espaços<br />

Com ela não havia quem tivesse tédio<br />

De nem todos ela aceitava os abraços<br />

No entanto nem entre os humanos<br />

Conheço alguém que prime tanto pelos laços.<br />

O que mais faz subir o fogo da tristeza<br />

É sabermos o quantum de displicência<br />

Os que tratam têm que ter o mínimo de<br />

consciência<br />

De que quanto mais exames muito mais a<br />

certeza<br />

Das doenças naquele ser em permanência.<br />

Quem sabe? – talvez Priscila estivesse viva<br />

Se os cuidados tivessem sido mais primorosos<br />

Porém as condições sempre nos privam<br />

Assim perdemos a quem era imperdível<br />

E seguimos inconsoláveis todos os órgãos<br />

chorosos<br />

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SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA<br />

(para ler ouvindo a Sagração da Primavera,<br />

de Stravinsky)<br />

Por Sandra Couto<br />

Corria nua por entre as árvores,<br />

entregue a uma dança pagã,<br />

como que celebrando<br />

um antigo ritual...<br />

Os cabelos encharcados<br />

açoitavam-lhe as costas,<br />

os pés descalços desapareciam<br />

na relva molhada,<br />

a boca retorcida<br />

num sorriso de prazer...<br />

Rolou pela grama<br />

e de uma flor do campo<br />

sugou a seiva,<br />

de uma árvore ancestral<br />

roubou a energia,<br />

bebeu da água<br />

como se fosse vinho...<br />

Então, sentou-se<br />

sobre um tronco caído,<br />

esfregando-se, pernas abertas,<br />

ritmicamente,<br />

a princípio devagar,<br />

o rosto erguido para a chuva que caía,<br />

pouco a pouco acelerando os movimentos,<br />

convulsivamente,<br />

seguindo a coreografia<br />

ditada por seus instintos,<br />

soltando gemidos<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

roucos e indistintos,<br />

Até que numa explosão de vida,<br />

a chuva a morder-lhe os lábios<br />

e a lamber-lhe os seios,<br />

gritou orgasticamente...<br />

e quedou exaurida...<br />

Imagem: Pluie au Printemps III by *hyneige<br />

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Por Sandra M. Ferrari Radich<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Ainda corre rio em meus veios<br />

As filhas da natureza: Terra, Fauna, Flora, Água e Vida, todas mulheres e mães de homens,<br />

todas fortes, corajosas e guerreiras, porém adoeceram e por ironia do destino os próprios<br />

filhos que as deixaram doentes. As irmãs aflitas e preocupadas foram pedir ajuda para a Floresta<br />

e sua prima Ecologia, grandes amigas, que as receberam e acolheram com muito carinho. Na<br />

casa da floresta era o único lugar que elas ainda conseguiriam sobreviver.<br />

A Terra estava com febre muito alta, o nome do vírus era “Efeito Estufa”, a Fauna ficava<br />

sempre as mínguas, muito triste por causa dos animais em extinção e a Água, encontrava-se<br />

contaminada com tanto lixo e produtos químicos, a Flora, coitada faltava-lhe o ar por causa das<br />

queimadas e desmatamentos constantes. Até a Floresta corria perigo, pois estava ficando sufocada<br />

com a poluição.<br />

Será que seria o fim dessas mulheres maravilhosas? Dessas mulheres guerreiras que<br />

nos protegem, que nos dão carinho, que cuidam e alimentam. Será que um dia só conseguiremos<br />

admirar a beleza natural, a bondade, o amor incondicional dessas queridas mulheres, filhas<br />

da natureza, por meio de filmes, fotos e pinturas? Em algumas dessas imagens raras que uns<br />

de seus amados filhos resolveram um dia registrar? Percebo que num futuro não muito distante<br />

será essa a nossa realidade.<br />

Crianças perdidas e aflitas dirão: Cadê nossas mamães? Fauna, Flora? Cadê a mãe natureza?<br />

A Terra e a Água? O que será de nós? A vida não se conformava com o destino de<br />

seus filhos e de suas grandes amigas, apesar de fraca, ainda corria rio em seus poucos veios. A<br />

Vida mais uma vez procurou educar seus filhos. E disse: “não chorem crianças, ainda estou<br />

aqui, ainda é tempo de trilhar o caminho de volta”. A vida pediu ajuda a Ecologia. Ela não tinha<br />

filhos e viajou mundo afora atendendo ao apelo da vida. Nessa viagem, a procura de remédio<br />

para salvar suas amigas, adotou muitas crianças desamparadas.<br />

A Ecologia conseguiu fazer com que essas crianças a ouvissem e eles passaram a se<br />

preocupar com a salvação de todas as mães. A Ecologia e seus filhos voltaram depressa na<br />

tentativa de salvá-las enquanto havia tempo, antes que ficassem apenas na lembrança de alguns<br />

poucos irmãos sobreviventes. Essa mulher poderosa trouxe três remédios mágicos que se<br />

chamavam animo, conscientização e amor. O animo era para as mães, a conscientização para<br />

os filhos e o amor ejetado no coração de todos. Uma dose na medida certa para cada um.<br />

A Ecologia começou a medicar as mães com doses homeopáticas, uma a uma. “Mãe Natureza<br />

és bela e imponente, autoridade máxima, rege todo nosso planeta com suas maravilhosas<br />

leis, a pena será dura para quem ousar desobedecer. Água minha linda o que será dos homens<br />

sem ti, dos animais e das plantas aquáticas? Tudo secará. Amiga Floresta, maravilha do<br />

mundo, não se deixe abater a Fauna e a Flora precisam muito de você, unidas vocês vencerão.<br />

E o que dizer para você Vida? És poderosa, simplesmente vital!”<br />

Enquanto isso, os filhos da Ecologia diziam “irmãos nos ouçam! Todos, sem distinção alguma,<br />

temos nossa parcela de culpa nas doenças de nossas mães, juntando nossas forças poderemos<br />

salvá-las. Acordem antes que seja tarde demais. Sem elas seria o caos, só tristeza,<br />

miséria, fome e guerra. Violência gerando violência seria o nosso fim, com a ajuda de vocês tudo<br />

voltará a ser como antes, nossa água limpa, animais salvos, floresta recuperada. Nada justifica<br />

a agressão que nossas mães vem sofrendo todos esses anos”.<br />

Os homens pararam para refletir e se conscientizaram. Assim, começou a ser respeitada<br />

a lei da mãe Natureza e unidos conseguiram trilhar o caminho de volta cuidaram com muito<br />

amor e dedicação de suas amadas mães. Dessa forma, com doses homeopáticas, muito amor e<br />

dedicação conseguiram salvar suas amadas mães e seus queridos irmãos homens. Enfim salvas<br />

as filhas da natureza para a salvação da humanidade: Terra, Fauna, Flora, Água e Vida.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

QUERO ESCREVER<br />

Por Vera Salbego<br />

Quero escrever<br />

Ao ser humano<br />

Algo que o faça<br />

Despertar<br />

Para o mundo.<br />

Que o faça parar<br />

De destruir a natureza.<br />

E tomar consciência<br />

Que a natureza é o pulmão<br />

Do mundo.<br />

E de nossa existência.<br />

E dela precisamos<br />

Para nossa sobrevivência<br />

Neste planeta terra.<br />

Vamos unir nossas forças<br />

E tentar salvar<br />

O que resta ainda<br />

Da nossa Floresta Amazônica<br />

De nossa Mata Atlântica.<br />

Vamos plantar mais árvores<br />

E preservar a vida<br />

Do nosso planeta.<br />

Unindo forças no mundo todo<br />

A Natureza será preservada<br />

Para as novas gerações<br />

Conhecer a beleza da Fauna e Flora<br />

De nossa Terra.<br />

Assim, escrevo com a consciência.<br />

De poeta e o coração de ser humano.<br />

Para espalhar aos quatro ventos<br />

A sinfonia do amor a Natureza.<br />

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Rio e Mar<br />

Por Silvana Brugni<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Nasci assim com água de chuva,<br />

Pequenina linha d´água apenas,<br />

Infiltrada em solo no cume da montanha.<br />

Lá fui nascente, e percorri canaletas inicialmente,<br />

despencando de inesperado em singela queda d’água.<br />

Me tornei afluente e fui crescendo,<br />

fazendo um percurso cego, sem saber onde me levaria;<br />

Percorri por toda espécie de caminhos,<br />

planaltos, planícies e relevos íngremes.<br />

assistindo e persistindo a todas as estações.<br />

Ora fiz-me descanso em pequenos riachos<br />

para seguir sinuosa até quedar-me em cachoeira!<br />

E então vencidos os obstáculos, intempéries, pedras do caminho,<br />

e todos os caprichos que a natureza quis me fazer prova,<br />

depois de longo tempo lanço-me e abrigo-me agora, finalmente...<br />

em vasto mar de águas calmas!<br />

Imagem: Kagaya<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Decolagem<br />

Por Valquíria Gesqui Malagoli<br />

Meu verso quer ter pouso,<br />

por isso eu verso; eu ouso...<br />

de um canto a outro da Terra,<br />

versar como quem berra!<br />

Com bússola ou sem norte<br />

minha palavra é forte,<br />

sem papas, nós na língua...<br />

forte é... até que extinga.<br />

E esse planeta é vário –<br />

maior que o dicionário!!!<br />

Então, lá vou, de novo,<br />

sorver do velho o novo...<br />

colher da natureza<br />

o simples e a rareza...<br />

colher a flor e o fruto<br />

qual bandeirante bruto.<br />

Imagem: hp://www.wallpaper‐valley.com/<br />

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Por Gilson Gilvan Conejo Alves |<br />

Artigo: Reprodução.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Medidas de Proteção ao Meio Ambiente<br />

- Recicle - o lixo que não é reciclado acaba em um aterro , gerando metano e CO2; além disso,<br />

produtos reciclados requerem menos energia para ser produzidos do que produtos feitos<br />

do zero;<br />

- Plante árvores e outras plantas onde puder - as plantas tiram o CO 2 do ar e liberam oxigênio;<br />

- Jamais queime lixo - A queima lança CO2 e hidrocarbonetos para a atmosfera.<br />

- Certifique-se de que seu carro está com o motor regulado - isto permitirá que ele funcione<br />

com maior eficiência e produza menos gases nocivos;<br />

-Troque suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Lâmpadas fluorescentes gastam<br />

60% menos energia que uma incandescente. Assim, você economizará 136kg de gás carbônico<br />

anualmente.<br />

-Limpe ou troque os filtros o seu ar condicionado Um ar condicionado sujo representa 158<br />

quilos de gás carbônico a mais na atmosfera por ano.<br />

-Prefira eletrodomésticos de baixo consumo energético. Procure por aparelhos com o selo do<br />

Procel ou Energy Star (em importados).<br />

- Não compre o que não for necessário. Prefira produtos ambientalmente corretos;<br />

- Não deixe seus aparelhos em standby. Simplesmente desligue ou tire da tomada quando<br />

não estiver usando um eletrodoméstico. Em standby de um aparelho usa de 15% a 40% da<br />

energia consumida quando ele está em uso.<br />

- Descongele geladeiras e freezers antigos… se é que você ainda tem um! Considere trocar<br />

de aparelho. Os novos modelos consomem até metade da energia dos modelos mais antigos.<br />

- Troque seu monitor antigo por um de LCD. Além de ficarem mais bonitos e ocuparem menos<br />

espaço em sua casa, são muito mais econômicos.<br />

- Divulgue a idéia . Lembre-se também de sugerir para seus amigos a adoção destas práticas.<br />

Não deixe uma torneira pingando e nem escove os dentes com a torneira aberta;<br />

Fique atento (a) ao tempo dedicado aos banhos;<br />

Não deixe uma torneira pingando e nem escove os dentes com a torneira aberta;<br />

- Fique atento (a) ao tempo dedicado aos banhos;<br />

<br />

EFEITO ESTUFA: O efeito estufa ocorre quando gases da atmosfera - como dióxido de carbono<br />

(CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e CFC's - absorvem parte da radiação solar. Como<br />

resultado, a superfície terrestre fica cerca de 30ºC mais quente ao receber quase o dobro de<br />

energia da atmosfera em relação à energia que recebe do sol.<br />

Fonte: Medidas de Proteção ao Meio Ambiente | Prevenção Online<br />

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Lasanha com tofu e palmito<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Fonte: http://livrodereceitasvegetarianas.blogspot.ch/<br />

Ingredientes:<br />

1 pacote de massa para lasanhas integral (que vai direto ao forno)<br />

Recheio:<br />

2 copos de tofu cortados em quadradinhos<br />

1/2 copo de temperos verdes frescos picadinhos<br />

4 colheres de (sopa) de azeite de oliva<br />

1/2 copo de azeitonas verdes picadas<br />

1 e ½ copo de palmito picadinho<br />

1 pitada de sal<br />

Molho branco:<br />

4 colheres de (sopa) de farinha de trigo integral<br />

1 colher de (café) de noz-moscada moída<br />

4 colheres de (sopa) de óleo de milho<br />

3 copos de água fervendo<br />

Molho vermelho:<br />

4 tomates grandes e maduros picados<br />

1/2 copo de temperos verdes frescos picados<br />

3 abobrinhas cortadas em rodelinhas<br />

2 copos de purê de tomate<br />

1 copo de água quente<br />

2 folhas de louro<br />

Modo de Preparar:<br />

Em uma panela, esquente o óleo e doure a farinha de trigo, mexendo sempre, para se fazer o<br />

molho branco. Adicione aos poucos a água quente, o sal e a noz-moscada assim que começar<br />

a ficar dourada, e mexa vigorosamente, bata esse molho no liquidificador, e reserve.<br />

Para o molho vermelho, frite os temperos frescos e as folhas de louro no azeite de oliva, adicionar<br />

as rodelas de abobrinha verde, o sal e os tomates após 5 minutos em fogo alto e com água<br />

quente. Mantenha a panela tampada até os tomates ficarem bem macios. Bata o molho no liquidificador<br />

(retire os louros). Caso deseje um molho mais fino, passe-o na peneira. Misture todos<br />

os ingredientes do recheio.<br />

Coloque um pouco de molho branco no fundo de um pirex alto e vá colocando de modo intercalado<br />

a massa, recheio e molho branco, massa, recheio e molho vermelho. Cubra o pirex com<br />

papel de alumínio e leve ao forno já quente, por 30 minutos aproximadamente.<br />

Retire do forno assim que estiver com a massa macia.<br />

Sirva em seguida<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Semente nossa<br />

Por Varenka de Fátima Araújo<br />

Semente nossa de cada dia<br />

Terra nossa de cada dia<br />

Toda semente que jogamos<br />

Brota, nasce e sustenta<br />

É uma química perfeita<br />

Semente que semeia a terra<br />

Uma relação de mãe e filho<br />

A semente pode ser produto do homem<br />

Que tudo descobre e inventa<br />

Para o nosso sustento<br />

A semente que não permeia<br />

Uns homens fazem grandes queimadas<br />

Para destruir o mato<br />

A terra fica seca<br />

E o fogo e a fumaça nos prejudicam<br />

Mas, a que a que brota do coração<br />

Está não podem queimar<br />

É a semente do amor<br />

Que espalhadas entre os homens e mulheres<br />

Surgem vidas<br />

Com amor...com amor...com amor<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

A TERRA ERA AZUL...E AGORA?<br />

Por Vó Fia<br />

Desembarquei nesse mundo quando a terra era azul e linda; fui criança brincando em riachos<br />

de águas cristalinas, passeando por campos verdejantes, colhendo as frutas que nasciam naturalmente<br />

como ingá, marmelinho, jatobá, gabiroba, cabacinha, marolo, pitanga e muitas mais, a<br />

vida era toda natural, porque o homem respeitava as leis da natureza e a mãe terra era pródiga<br />

em suas dádivas.<br />

As estações nunca perdiam o rumo e chegavam com data e hora marcada: primavera, verão,<br />

outono, inverno e tudo era feito seguindo suas normas, com a primavera chegavam as flores e o<br />

mundo era fartamente perfumado, no verão era tempo de calor e de alegria, tempo de piquenique<br />

sob arvores frondosas, o outono meio no lusco fusco de tons acinzentados e com ele as frutas<br />

chegavam cheirosas e doces.<br />

O inverno vinha com seu saudável frio e com a fartura da colheita do café, tempo de bons negócios,<br />

de dinheiro farto para os fazendeiros e seus colonos; a vida era boa e a fartura era para<br />

todos, pobres e ricos podiam comer os frutos limpos que a saudável terra produzia generosamente;<br />

depois das colheitas o povo festejava dançando e cantando e ao mesmo tempo orava<br />

agradecido.<br />

Os rios limpos ofertavam seus peixes e os pescadores alimentavam suas famílias sem nenhum<br />

receio, porque de águas limpas só vinha peixes sadios e deliciosos; bovinos, suínos, aves<br />

em geral se fartavam com a fartura do rico capim gordura, do milho, dos legumes e verduras,<br />

ninguém conhecia ração, porque os animais pastavam livres e os humanos criavam seus filhos<br />

sadios pela boa alimentação.<br />

Agora já não se sabe o que se come, seja gente ou bicho, porque tudo está contaminado pelas<br />

cargas gigantescas de agrotóxicos, novas doenças aparecem e algumas não tem cura e as<br />

pessoas morrem sem saber de que, mas a maior enferma é nossa Mãe Terra, maltratada, poluída,<br />

devastada pela ignorância e a ganância dos homens e assim a vingança é o descontrole das<br />

estações, calor, frio, chuva e sol, tudo misturado.<br />

Onde está a terra azul, os rios de águas transparentes e o ar puro e doce? Não existe resposta<br />

para essas indagações, mas quando a ultima arvore for derrubada, o ultimo rio assoreado e<br />

sujo e o ar se tornar venenoso e irrespirável, muitos homens estarão muito ricos e se julgando<br />

poderosos, mas vão descobrir que não se come, não se bebe e não se respira dinheiro.<br />

Se a mentalidade destrutiva de governantes ambiciosos e corruptos não mudar, as gerações<br />

futuras não terão uma infância feliz e saudável como os idosos de hoje tiveram, não colherão<br />

frutas silvestres e não fará alegres piqueniques, isso se as próximas gerações conseguirem sobreviver<br />

a poluição da terra, rios, oceanos e do ar. É muito triste pensar que a terra está perdendo<br />

sua linda cor azul.<br />

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CONTAN<strong>DO</strong> VACAS<br />

Por Valquiria Imperiano<br />

A NATUREZA é uma artista perfeita, utiliza as<br />

algas do mar e a areia branca como pigmentos<br />

necessário para que as cores ganhem contraste,<br />

harmonia e movimento. Variando entre tons<br />

ora claro, ora azul, ora azul profundo sob a influencia<br />

da luz que brilha no céu e que transforma<br />

as aguas em um espelho que nelas mergulha<br />

diariamente e perpetuamente na tentativa<br />

de se refrescar . Aglomera gazes misturandoos<br />

com a umidade sob a influencia do vento e<br />

da pressão atmosférica para adornar os mares<br />

e os rios e envolve a terra com nuvens que<br />

mais parecem chumaços de algodão em forma<br />

de carneirinhos e bichinhos planando sobre<br />

nossas cabeças tranquilos e silenciosos a decorar<br />

o nosso campo visual. São as pinceladas<br />

magicas dadas pelas mãos do artista Criador.<br />

AS GAIVOTAS quebram o silêncio do mar e<br />

brigam com o som das ondas, gritam alto, o grito<br />

da felicidade , a felicidade de se sentirem livres<br />

e poderem mergulhar em busca do seu<br />

peixe de cada dia. Uma competição divertida e<br />

alegre entre animais. Sabia ação da mãe natureza<br />

que realiza o jogo do equilíbrio ecológico.<br />

O MAR, gosto de olhar o mar, fora dele e dentro<br />

dele. O seu silêncio me impregna de felicidade<br />

e de respeito. Essa superfície marítima<br />

me encanta e me fascina. A beleza silenciosa<br />

e magnética do mar me atira e me hipnotiza,<br />

porém falta-me a coragem de mergulhar e descobrir<br />

o mundo encantado e misterioso escondido<br />

entre suas algas e seus subterrâneos profundos.<br />

Quedo, muitas vezes, diante da imensidão<br />

azul observando os peixes a caçar mosquitos<br />

fora d'agua, e os pássaros a pescarem<br />

os peixes e estremeço ao ver no horizonte<br />

grandes navios pescadores que plantam suas<br />

gigantescas redes, limpando o fundo do mar de<br />

todo ser que tenta ultrapassa-la. Atrás da rede<br />

o homem e a ganância vão arrastando vidas e<br />

dando a sua contribuição indecente para a destruição<br />

ecológica. Frente ao mar não precisamos<br />

pensar, nem filosofar, para que questionar<br />

? Nem os peixes, nem os pássaros o fazem,<br />

eles apenas vivem, respeitam o ciclo da<br />

vida e são felizes. Não se adonam do mar nem<br />

do mundo, nem cobram bilhetes de entrada para<br />

serem apreciados em pleno desempenho<br />

artístico.<br />

O HOMEM racional deveria aprender com os<br />

sábios ANIMAIS irracionais a ponderar sobre<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

os valores essenciais da vida. Observar os ratos<br />

não só para descobrir a reação de um determinado<br />

vírus injetado em seu sistema nervoso<br />

central, mas observa-los em comunidade.<br />

Mas não apreciam os animais, caça-os. Consideram-se<br />

seres superiores porque pensam. A<br />

razão ? É a responsável do homem devasso,<br />

do homem insensível. Os bichos não pensam e<br />

nem se matam por sadismo. Quem tem razão.<br />

Qual o valor da razão ? Eis a palavra chave,<br />

valor. É ai que se encontra a confusão entre os<br />

superiores. Eles sabem contar. Aprenderam a<br />

contar até 10, até 1000 000 e para lhes facilitar<br />

os cálculos inventaram a calculadora. Muito inteligentes<br />

os homens!. Compram terras e as<br />

enchem de vacas: 1 vaca, 2 vacas, 3 vacas, 4<br />

vacas ……..1000... vacas. Para as vacas tanto<br />

faz 1 patrão, 2 patrões... 10 patrões sua produção<br />

será sempre a mesma. E os patrões que<br />

se matem para dividir o leite, nada muda a vida<br />

de uma vaca. Comem, dormem, defecam, morrem<br />

no matadouro a maioria das vezes ou de<br />

micróbios, não é seu problema, ela respeita a<br />

vida e não tenta muda-la. De uma maneira ou<br />

de outra, hoje ou amanha o importante é ter.<br />

Uma boiada, para vender a carne, transformar<br />

o couro em sapatos, os chifres em botões. Uma<br />

baleia para vender suas barbatanas como<br />

afrodisíaco. O marfim dos elefantes para transformar<br />

em objetos de decoração. A pele da jiboia<br />

para cobrir os delicados pezinhos de algum<br />

artista, rainha, ou seja la quem porta uma<br />

coroa. Uma coisa é utilizar a carne para alimentar<br />

o bicho homem, outra coisa é incinerar a<br />

carne para aumentar o preço do mercado. Uma<br />

gaivota só pesca o suficiente para si. O urubu<br />

só come o que esta morto e não mata o irmão ,<br />

dividi a sua carniça, comem juntos no mesmo<br />

prato. O leão só caça para alimentar a própria<br />

fome, reina no seu território e assim mesmo<br />

com prudência porque ele sabe que se matar<br />

todos os inferiores, ele mesmo será vitima da<br />

própria imprudência e morrera de fome. Nem a<br />

gaivota se apropria do ar, nem o tubarão se<br />

apropria do mar. Os animais são irracionais,<br />

dizem, mas são os únicos que obedecem as<br />

regras da preservação. Os animais que vivem<br />

no deserto não precisam de floresta, a comida<br />

rara brota da areia quente como por milagre,<br />

repousam no calor e trabalham no frescor e<br />

caçam para sobreviver, porque só pegam o necessário<br />

para si.<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

EU não sou o OUTRO. Todo ser fora de mim é o outro e eu muito egoistamente coloco a responsabilidade<br />

desse ”bordel” nessa palavra excluindo-me da culpa de CONTAR VACAS, mas<br />

no fundo sei que sou indiretamente responsável por essa cadeia infernal de destruição Sou a<br />

consumidora, a devoradora de carne, aquela que alimenta o capitalismo e a indústria que avançam<br />

como um trator destruindo sem triar tudo que esta a sua frente visando o dinheiro. Como<br />

gosto de churrasco evito o olhar singelo de uma vaca no pasto. Vivo com meu pecado e me asseguro<br />

de que estou certa porque o “outro” também gosta de carne e o pior que nem posso confessar<br />

minha “canibalidade vacal” porque comer vaca não é pecado pelo menos no nosso pais.<br />

Esquecemos que somos mortais e que dentro do caixão não precisamos de cartão de credito e o<br />

dinheiro poderá ser útil apenas para comprar um bonito caixão de mogno com garantia da funerária<br />

para não apodrecer durante alguns longos anos dentro da cova. Às vezes me pergunto<br />

qual é o interesse em manter um caixão intacto enquanto a carne apodrece? Independente da<br />

madeira as lavas nos devorarão, certamente, contribuindo silenciosas para o ciclo da vida, nos<br />

transformando em adubo para alimentar a vaca. Me vejo então no começo da cadeia alimentar e<br />

virando músculo de vaca, me vejo picanha espetada e cortada em tirinhas dentro do prato de um<br />

carnívoro.<br />

ESPERANÇA era uma vaca que tínhamos em casa. Essa não pude comer e em sua homenagem<br />

transformo uma sinônimo da outra por isso :VACO que um dia os homens esqueçam a calculadora<br />

e usem a matemática para contar as estrelas sem tentar apaga-las, calcular a distancias<br />

entre os planetas sem o objetivo de domina-los e contem as vacas com a intenção de protege<br />

-las. E eu pare de comer churrasco.<br />

Foto de Valquiria Imperiano<br />

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Tráfico de Animais Silvestres<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior negócio ilegal do mundo, e que só no Brasil movimenta<br />

cerca de 700 milhões de dólares (americanos) por ano. Só das selvas brasileiras são<br />

retirados em média 12 milhões de animais por ano, e por cada animal vendido morrem nove.<br />

O tráfico de animais só perde para o tráfico de drogas e de armas na escala dos mais rentáveis,<br />

sobrevive da miséria humana, explorando pessoas simples que fazem da venda de animais um<br />

meio trágico de obter dinheiro, causando assim enormes e irreparáveis danos na natureza.<br />

A fauna é devastada, e a retirada de animais já causou a extinção de inúmeras espécies e consequentemente<br />

todo um desequilíbrio ecológico. A função dos animais como grandes dispersores<br />

de sementes, um papel importantíssimo para manter o equilíbrio no ciclo da vida, vê-se assim<br />

reduzido.<br />

Aves exóticas, macacos, peixes e até animais ferozes, entre muitos outros, servem o prazer que<br />

algumas pessoas têm em possuir um animal exótico em casa.<br />

Quanto mais raro for o animal maior é o valor a ser pago por ele, fazendo com que os animais<br />

em extinção sejam os mais cobiçados.<br />

O grande problema é que a maioria das pessoas que possuem esses animais não sabem que a<br />

compra, venda, criação ou qualquer outro negócio envolvendo animais silvestres é crime inafiançável,<br />

e acabam levando para casa, junto com os animais, também uma série de problemas. Algumas<br />

acreditam até que a proteger os animais, sem fazer ideia de como eles sofrem com tudo<br />

isso.<br />

A grande maioria dos que compram animais silvestres acabam mais tarde por se desfazerem<br />

deles, ao depararem-se com o trabalho que eles exigem, ou por não terem mais condições de<br />

mantê-los. Uma quantidade desses animais são depois levados aos zoológicos com a intenção<br />

de serem doados, e lá não são aceites pois em muitos casos já existe uma superlotação.<br />

O animal em cativeiro perde a capacidade de caçar o seu alimento, de se defender dos predadores<br />

ou de se proteger de situações adversas. Se forem libertados, mesmo que em locais propícios,<br />

dificilmente conseguem sobreviver.<br />

Muitos possuem os dentes e garras arrancadas, outros são vendidos drogados ou embriagados<br />

e outros ainda (geralmente pequenos macacos) são rodados a todo momento pela cauda até<br />

ficarem completamente desnorteados, tudo isso para passarem a imagem de<br />

animais mansos e domesticados.<br />

Muitos dos animais, ao serem colocados em cativeiro após retirados da vida livre, acabam por<br />

morrer pelo simples facto de se recusarem a comer. Em cativeiro a grande maioria perde até a<br />

capacidade de reprodução, sendo que isso é um dos principais instintos de qualquer animal, tamanho<br />

é o seu sofrimento.<br />

Muitos dos animais são traficados para o exterior e transportados principalmente dentro de fundos<br />

falsos de malas, completamente sufocados por roupas e outros objetos. São esses motivos,<br />

entre outros, que fazem com que o maior número de mortes ocorra durante o transporte.<br />

Se pretendes ter um animal em casa escolhe, de preferência um cão ou gato.<br />

Artigo Reprodução. Fonte: http://www.centrovegetariano.org/<br />

Referências:<br />

hp://www.ibama.gov.br/<br />

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ANTOLÓGICO 3<br />

<strong>VARAL</strong><br />

Apresentamos com carinho nossa terceira coletânea,<br />

o livro <strong>VARAL</strong> ANTOLÓGICO 3!<br />

O livro terá capa do mestre dos grafites, o artista<br />

Thiago Furtado, conhecido como Valdi-<br />

Valdi.<br />

O prefácio será do escritor e jornalista Valdeck<br />

Almeida de Jesus e o poema de abertura<br />

da escritora Rita de Cássia Amorim Andrade.<br />

Fotografias interiores de Maria de Fátima<br />

Barreto Michels.<br />

Os autores que farão parte do livro:<br />

ARLETE TRENTINI <strong>DO</strong>S SANTOS<br />

AUDELINA MACIEIRA<br />

CAROLINE BAPTISTA AXELSSON<br />

CINTIA MARIA DE MEDEIROS<br />

CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO<br />

CLEVANE PESSOA<br />

DIVA MENDES<br />

EDIANE SOUZA<br />

EMANUEL MEDEIROS VIEIRA<br />

FLÁVIA ASSAIFE<br />

FLÁVIO GOULART BARRETO<br />

GERMANO MACHA<strong>DO</strong><br />

GUSTAVO MARTINS BARRETO<br />

HEBE C. BOA-VIAGEM A. COSTA<br />

HERNANDES LEÃO<br />

JACQUELINE AISENMAN<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

JERONYMO ARTHUR<br />

JOANA ROLIM<br />

JOSÉ ALBERTO SOUZA<br />

JOSÉ CAMBINDA DALA<br />

JULIO CESAR BRI<strong>DO</strong>N <strong>DO</strong>S SANTOS<br />

LENIVAL NUNES DE ANDRADE<br />

LEONAR<strong>DO</strong> A. DE FREITAS AFONSO<br />

LUCIA AMÉLIA BRULLHARDT<br />

LUIZ CARLOS AMORIM<br />

MARIA DE FÁTIMA B. MICHELS<br />

MARLY RONDAN<br />

MARIA (NILZA) LEPRE<br />

NORÁLIA DE MELLO CASTRO<br />

RAIMUN<strong>DO</strong> CANDI<strong>DO</strong> TEIXEIRA<br />

RENATA IACOVINO<br />

RITA DE OLIVEIRA MEDEIROS<br />

ROBRTO FERRARI<br />

ROSELIS BATISTA R.<br />

SANDRA NASCIMENTO<br />

VALQUÍRIA GESQUI MALAGOLI<br />

VICÊNCIA JAGUARIBE<br />

VÓ FIA<br />

Estas são as capas<br />

dos dois primeiros<br />

volumes<br />

WALNÉLIA CORRÊA PEDERNEIRAS<br />

O livro contará com os autores Isabel Cristina<br />

Silva Vargas e César Soares Farias na<br />

composição das orelhas.<br />

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Conto 7 – Davi e a tempestade<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Por Fabiane Ribeiro<br />

Pela fria madrugada, o suor banhava-lhe a face,<br />

contrastando ao clima gélido do outono. Era<br />

a insegurança, adentrando cada célula de seu<br />

corpo.<br />

Davi abriu os olhos e pôde... ver?<br />

Que ideia absurda, ele pensou.<br />

Era deficiente visual há mais de uma década.<br />

Como poderia, no meio da noite, abrir os olhos<br />

e, simplesmente... ver...?<br />

Contudo, a visão era de uma beleza singular.<br />

Uma luz pálida, porém, penetrante; forte e vibrante.<br />

Era impossível não se entregar.<br />

Davi estivera na reunião do grupo de deficientes<br />

visuais aquela tarde, entretanto, não se sentira<br />

muito confortável. Os colegas haviam partilhado<br />

sonhos, visões durante sonos renovadores.<br />

Ele, por sua vez, desde que sofrera o acidente,<br />

nunca sonhara. Nem ao menos um pesadelo<br />

para constar.<br />

Sonhos, bons ou ruins, não faziam parte de sua<br />

vida. Portanto, ele não compartilhara nada na<br />

reunião; apenas ouvira relatos que lhe eram estranhos.<br />

Agora não parecia sonhar; a luz fazia com que<br />

se sentisse mais vivo e acordado que nunca.<br />

Era como se aquela luz fosse a vida...<br />

E, de alguma forma, era.<br />

Ele abriu os braços e jogou-se, com força na<br />

luz.<br />

Sentiu gotas pesadas e aterrorizantemente gélidas<br />

pesarem contra seu corpo. Estava chovendo.<br />

Não era uma chuva qualquer. Era uma forte<br />

tempestade.<br />

Estava em um barco em meio a um oceano de<br />

águas sem fim.<br />

Água. Raios. Trovões. Água. Vento. Água. Nuvens<br />

escuras... Tudo cinza. Exceto... a luz.<br />

A luz continuava em sua visão, pálida, encoberta<br />

por algumas nuvens e, ao mesmo tempo,<br />

convidativa.<br />

Então, ele deixou de incomodar-se pela tempestade<br />

e concentrou-se na luz e na paz que<br />

ela lhe transmitia...<br />

O barco continuou seu balanço sobre as fortes<br />

ondas no mar, e a luz continuou a acalmar-lhe,<br />

até que os primeiros raios de sol fossem vistos<br />

e os tons cinzentos da tempestade fossem preenchidos<br />

por cores vibrantes. Tudo se fez luz,<br />

após uma noite de tempestades em alto-mar.<br />

Davi retomou a consciência.<br />

Em seu quarto, calmo e silencioso, os raios do<br />

sol da manhã tingiam tudo com brilho. Ele sorriu.<br />

Voltara a sonhar. Teria um sonho a partilhar<br />

com os colegas na próxima reunião.<br />

Entretanto, não era um sonho qualquer... Era<br />

um anúncio de boas-novas a caminho. De uma<br />

luz capaz de afugentar qualquer tempestade.<br />

Ele havia sonhado com um farol em meio ao<br />

mar.<br />

Se antes, na ausência dos sonhos, tudo era escuridão<br />

em sua vida; agora, após sonhar com o<br />

farol e com a tempestade que se desfez, ele<br />

teve certeza de que bastaria concentrar-se na<br />

luz, presente em qualquer existência, para que<br />

as nuvens escuras fossem carregadas pelos<br />

ventos de mudança...<br />

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BELA UNIÃO<br />

Por Cristina Cacossi<br />

E por falar em beleza<br />

quem se combina com quem?<br />

tudo nessa natureza,<br />

parece se dar tão bem!<br />

Segue um ângulo perfeito<br />

o rio entrosando-se à mata.<br />

Ele transmite o respeito,<br />

que do Criador acata!<br />

Chuva que cai na floresta<br />

desperta pura fragrância.<br />

Torna o ambiente uma festa,<br />

inebria em abundância!<br />

O trio: rio, dunas e mar<br />

desafia toda união.<br />

Emoção de par a par,<br />

privilegiada visão!<br />

Floco de neve, friorento<br />

há de ser mais lindo então,<br />

que algodão levado ao vento,<br />

prenunciando uma estação?<br />

Sopra o vento perspicaz<br />

e folhas secas vão ao chão.<br />

Com essa tarefa audaz,<br />

surge vida em profusão!<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Vem o mar devagarzinho<br />

sobre a vastidão de areia.<br />

Livra-a do seu desalinho,<br />

pois a brisa a despenteia !<br />

Campo cheinho de flor<br />

ao céu se direciona.<br />

Oferece toda cor,<br />

um pelo outro se apaixona!<br />

Sol e lua sorrindo surgem<br />

repletos de pura beleza.<br />

Pedindo licença à nuvem,<br />

oferecem sua riqueza!<br />

E em meio a bela união<br />

quem se combina com quem?<br />

A natureza dá a mão,<br />

por isso que se dá bem!<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

TERRA: PLANETA EM EXTINÇÃO<br />

Por Luiz Carlos Amorim<br />

E existe o dia da Terra, que vem muito a propósito para refletirmos e nos conscientizarmos de<br />

que há uma necessidade urgente, urgentíssima, de cuidarmos do nosso planeta, de pararmos<br />

de agredi-lo, de passarmos a tratá-lo com o devido respeito e carinho para que possamos ter essas<br />

mesmas coisas de retorno. Mas qualquer que seja o Dia da Terra, todo dia é dia de pensarmos<br />

nela com carinho.<br />

O planeta Terra é o nosso mundo e, se continuarmos a maltratá-lo, a destruí-lo, que futuro poderemos<br />

esperar? A natureza é a alma da Terra. E ela está se cansando de tanto descaso, de tanto<br />

desrespeito, fato que pode ser facilmente constatado, se prestarmos atenção nas tragédias<br />

climáticas que vêm acontecendo, como tempestades, furacões, enchentes, terremotos, etc. Mãe<br />

Natureza se rebela diante de tanta irresponsabilidade do ser humano, qual seja no cuidado do<br />

seu meio-ambiente, da sua água, do seu ar, do seu mar, do seu chão.<br />

Então é hora de pararmos para repensar nossas ações e pensar mais no nosso planeta, passar<br />

a respeitar a natureza como ela merece. Fazemos parte dela, então estamos agredindo a nós<br />

mesmos, estamos podando o nosso próprio futuro, estamos apressando o fim do lugar onde vivemos.<br />

Para onde vamos, quando não for mais possível viver no Planeta Terra? Não foi encontrado, ainda,<br />

nenhum outro planeta onde o homem pudesse viver. E mesmo que houvesse, iríamos tomar<br />

posse dele para destruí-lo, também?<br />

Leio a crônica da minha amiga Mary Bastian, na qual ela fala do corte de árvores indiscriminado<br />

em Joinville e do Rio Cachoeira morto, mas não sepultado. Onde está o nosso senso de preservação,<br />

se assassinamos um rio? E um rio morto é um pedaço da natureza que morre com ele,<br />

árvores cortadas são outro pedaço e assim lá se vão vários pedaços, até que não sobre nada. É<br />

isso que queremos, que nosso planeta caia aos pedaços, vá explodindo devagarinho, por nossa<br />

falta de consciência?<br />

A Terra pede socorro. Há que pensemos nisso e há que façamos com que todos os dias, que<br />

cada dia seja um novo dia para salvar nosso planeta Terra. Há que tomemos atitudes, para que<br />

nos próximos anos possamos estar aqui para comemorar o dia da Terra. Esperemos que não<br />

seja tarde demais.<br />

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O Planeta terra pede socorro<br />

Artigo Reprodução<br />

Fonte: http://www.webartigos.com/ maio 2009<br />

A situação do planeta hoje é crítica. Podemos<br />

ver essa realidade em todos os acontecimentos<br />

do nosso dia a dia. Como Por exemplo: Os rios<br />

estão sujos e poluídos; Os dias estão muito<br />

mais quentes; a natureza esta descontrolada,<br />

tai os exemplo como enchentes, ventanias fortíssimas<br />

entre outras coisas que acontecem em<br />

nosso planeta.<br />

Todos sabemos os motivos pelo qual essas reações<br />

da natureza acontecem, e todos sabemos<br />

o que é preciso fazer para mudar essa realidade.<br />

Só que nem todos fazem!<br />

Então já esta na hora de começar a fazer a coisa<br />

certa, para assim ajudar o planeta e a nós<br />

mesmos. Não estou dizendo que se você fizer<br />

uma ou outra coisa vai salvar o planeta da destruição,<br />

mas, você já pensou se todo o mundo<br />

fizer um pouquinho, a sua parte, o resultado<br />

que isso vai ter na situação do meio ambiente?<br />

É Animador, pois se cada um fizer a sua parte,<br />

o planeta será salvo. ENTÃO VAMOS COME-<br />

ÇAR A FAZER AGORA!!!<br />

O mundo todo está engajado nessa campanha,<br />

são jornais, revistas, pessoas famosas e até<br />

políticos entre outros, que visa a mudança de<br />

alguns hábitos de nós seres humanos, por apenas<br />

uma simples causa, nosso planeta, nossa<br />

vida!<br />

Essas são algumas formas de amenizar esse<br />

caos:<br />

* Reciclagem.<br />

*Coleta do lixo e não jogar lixo em rios, ruas e<br />

campos abandonados.<br />

*Economia de ÁGUA.<br />

*Não desmatar ilegalmente as nossas florestas.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

*Não fazer queimadas, pelo menos não de<br />

grandes proporções.<br />

Entre outras atitudes que podem ajudar o planeta.<br />

As autoridades especializadas nessa área estão<br />

em constante estudos e pesquisas, para<br />

tentar encontrar soluções que ajudem o planeta,<br />

uma dessas soluções já mostra resultados,<br />

como por exemplo: Recentemente, revistas,<br />

jornais e propagandas informaram os telespectadores<br />

de uma atitude muito simples que ajudaria<br />

muito o meio ambiente, que é pintar o teto<br />

de suas casas de branco, uma atitude diferente<br />

e bem autentica, que ajuda a diminuir o calor.<br />

Resultado, as casa fica mais fria, e você ainda<br />

ajuda a diminuir o aquecimento global. Claro<br />

que se um ou outro fizer não vai ter muitos resultados<br />

a não ser para si mesmos. Mas se pelo<br />

menos boa parte da população aderir a essa<br />

atitude, com certeza isso nos trará bons resultados.<br />

Não sou uma autoridade preocupada com o<br />

meio ambiente, nem tão pouco uma especialista<br />

da área, ainda, sou apenas uma pessoa comum,<br />

que gosta do meio ambiente e se preocupa<br />

com ele. E estou convidando você a fazer<br />

parte dessa campanha. Pode ser agindo diferente<br />

com o meio ambiente, escrevendo como<br />

eu e divulgando essas soluções que ajudam o<br />

meio ambiente, pode ser de qualquer jeito que<br />

ajude o planeta, só faça!<br />

CAMILA SOARES<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

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COMO PODEMOS PRESERVAR O<br />

MEIO AMBIENTE? AÇÕES COTIDIA-<br />

NAS PRÁTICAS<br />

Artigo Reprodução. Fonte: http://<br />

meioambiente.culturamix.com/<br />

Por Vanderlei em agosto 29, 2012<br />

O ecossistema planetário já sofreu degradações<br />

por conta das ações humanas de um modo<br />

tão profundo, que se torna urgente a adoção<br />

de medidas que procurem preservar o meio<br />

ambiente. Em escala global, nos grandes acordos<br />

e tratados firmados entre países, ou nas<br />

ações de cada indivíduo, que atuando em suas<br />

residências ou em suas comunidades, conseguem<br />

promover ações efetivas em prol da saúde<br />

do meio ambiente.<br />

Em nossas ações cotidianas, muitas medidas<br />

podem ser tomadas de modo que possamos<br />

preservar o meio ambiente. Estas medidas<br />

passaram a ser conhecidas como os três “Rs”,<br />

sendo cada ”R” referente às seguintes ações:<br />

Reduzir o nosso consumo, Reutilizar e Reciclar.<br />

A poluição, um dos maiores problemas ambientais<br />

da atualidade (juntamente com a utilização<br />

dos agrotóxicos, com as pesquisas relacionadas<br />

aos transgênicos, entre outros), está intimamente<br />

relacionada ao consumismo exacerbado<br />

típico de nossa sociedade capitalista.<br />

Deste modo, ao observarmos o nosso consumo,<br />

evitando embalagens desnecessárias,<br />

principalmente, contribuiremos para não produzir<br />

mais material destinado ao lixo.<br />

Aliado a esta ideia de Redução, temos a da<br />

Reutilização. Com isto, evitamos mais uma vez<br />

o descarte de materiais, reutilizando as embalagens,<br />

após higienizá-las e atentando para as<br />

que anteriormente não comportaram produtos<br />

tóxicos. Conscientes da importância e da economia<br />

que a reutilização gera, diversas empresas<br />

e fábricas já apostam na venda de refis,<br />

fazendo com que os consumidores adquiram<br />

produtos em uma embalagem menos elaborada<br />

e mais barata, possibilitando a reutilização<br />

das embalagens mais elaboradas e que con-<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

tém mais material.<br />

Além dos dois “Rs” anteriores, resta ainda a<br />

Reciclagem. A Reciclagem de materiais – que<br />

são divididos entre papéis, plásticos, vidros e<br />

metais – auxiliam a reduzir a extração de matérias<br />

primas, bem como o descarte desnecessário.<br />

Um exemplo deste processo é o papel que,<br />

ao ser reciclado, evita o corte de novas árvores,<br />

bem como evitam que sejam destinados<br />

ao lixo comum.<br />

Estas práticas, em conjunto, evitam a produção<br />

excessiva de lixo e a propagação da poluição,<br />

que atinge a terra, as águas e o ar. Dadas as<br />

destinações corretas aos materiais, seja reutilizando<br />

ou reciclando, reduzimos o consumo e,<br />

consequentemente, a produção de lixo e poluição.<br />

O restante do nosso descarte se resume, basicamente,<br />

ao lixo orgânico (restos de alimentos,<br />

frutas, verduras, legumes), que podem facilmente<br />

retornar à terra, onde serão descompostos<br />

e formarão a parte orgânica da composição<br />

da terra, na forma de adubo vegetal.<br />

Outras pequenas medidas se somam a estas e<br />

que fazem diferença quando pensamos na preservação<br />

do ecossistema de nosso planeta:<br />

Reduzirmos o gasto de energia e de combustíveis,<br />

evitar o desmatamento e replantar as árvores<br />

em áreas já desmatadas, preservar as<br />

matas e os rios, atentar às práticas agrícolas,<br />

preservar a fauna em seus ambientes originários<br />

– uma vez que estes também são importantes<br />

para a flora, dentre inúmeras outras<br />

ações.<br />

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NOSSO <strong>BRASIL</strong> ECOLÓGICO<br />

Por Odete Bin<br />

Qual é a cor do elefante ?<br />

- É verde. Do tom da bandeira?<br />

Não, bem da cor do dejeto.<br />

- Sua resposta é verdadeira.<br />

Por tanto tempo em desuso<br />

ficou um verde desbotado<br />

cor da farda do soldado<br />

da grande nação brasileira!<br />

Que de grande descoloriu,<br />

assim só descolorir não basta<br />

a cordilheira, também a Amazônia<br />

porque o brasileiro a devasta.<br />

Com destruição e incêndios<br />

a selva que de verde era,<br />

vai se transformando e a Amazônia<br />

na mais exposta cratera.<br />

Para viver, é só o presidente,<br />

uma pena que o povo deixe;<br />

as fontes secam e os rios,<br />

paraíso para tantos peixes.<br />

No palácio do governo<br />

entra em cena o plenário,<br />

o presidente sai de órbita<br />

segue um outro planetário.<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

O verde e amarelo da bandeira<br />

que tremula de sul a norte,<br />

o verde está perdendo a cor,<br />

o amarelo, some do cofre-forte.<br />

Nosso querido planeta<br />

onde dormem tantos brasileiros<br />

porém, digo: o sono dos justos<br />

se transforma em pardieiro.<br />

Ex Brasil verde-amarelo<br />

não é mais branco nem azul,<br />

se tremula a paz no norte,<br />

oh, já não tremula no sul!<br />

Nós não somos qualquer coisa<br />

por que qualquer coisa nos basta?<br />

Fazemos parte do planeta terra<br />

por que nosso Brasil assim se encerra?<br />

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

Paisagens verdes<br />

Por Alberto Araújo<br />

Busco paisagens verdes,<br />

E esculpidas cantigas de ninar.<br />

Na ausência das fantasias,<br />

Embalo repentes e cordéis<br />

Para a próxima geração.<br />

Escultores, ceramistas e artesões,<br />

São artistas que com suas línguas eruditas,<br />

Esculpem possíveis cavalgaduras.<br />

www.varaldobrasil.com 107


Como proteger os animais?<br />

Artigo: Reprodução<br />

Fonte: http://www.logisticareversa.net.br/<br />

1) Se você não tem tempo ou vontade de nada,<br />

não tenha animais em casa se não puder<br />

cuidar deles e oferecer-lhes condições salubres.<br />

Muito faz quem não atrapalha.<br />

2) Se você tem algum tempo E alguma vontade,<br />

adote um animal ao invés de comprar. Para<br />

cada animal comprado em pet shops, 3<br />

morrem nas ruas. Lembre-se que é uma vida<br />

e que ele tem necessidade de alimento, conforto<br />

e carinho. Um dia ficará velho e precisará<br />

ainda mais da sua atenção.<br />

3) Se você tem espaço, condições e atende<br />

os requisitos do item 2, adote mais de um. O<br />

problema é realmente grande!<br />

4) Se você não tem espaço ou condições, colabore<br />

com quem ajuda. Doe alimentos, material<br />

de limpeza, divulgue campanhas. Voluntarie.<br />

5) Seu guarda-roupa anda cheio? Abra espaço!<br />

Lã? couro? Você realmente precisa disto<br />

num mundo com opções que não matam e<br />

são mais baratas?<br />

6) Há espaço em seu banheiro para a vida?<br />

Então não compre produtos testados em animais.<br />

Eles são submetidos a testes incessantes.<br />

Produtos de limpeza, perfumes, cosméticos,<br />

algumas rações... a lista, infelizmente, é<br />

grande.<br />

7) Se houver espaço em seu coração para<br />

amar os animais que não convivemos diariamente<br />

(vacas, galinhas, peixes, frutos do<br />

mar), deixe de comê-los. Afinal, a dor que a<br />

galinha sente não é menor que a dor de um<br />

cãozinho felpudo. Além de não contribuir com<br />

Varal do Brasil janeiro/fevereiro de <strong>2013</strong><br />

a morte direta deles, não irá contribuir com a<br />

tortura diária a que eles são submetidos, na<br />

indústria de alimentos.<br />

8) Se você consegue chegar no ponto 8, há<br />

espaço para os animais selvagens? Não compre<br />

animais silvestres. O lugar deles é em liberdade.<br />

Seja menos consumista: para produzir,<br />

é preciso destruir habitats, parar tirar madeira,<br />

minérios.... Muitos animais morrem para<br />

se produzir um produto que você não precisa.<br />

O que você descarta vai parar em habitats e<br />

provocam a morte de vários animais em rios,<br />

no mar... Gerar menos lixo é provocar menos<br />

mortes.<br />

9) Ok. Agora.... e os animais humanos?<br />

Quantas crianças dormem ao relento, quantos<br />

velhinhos são abandonados em asilos? Os<br />

tolos sempre dizem "Ao invés de adotar um<br />

animal, adote uma criança". os sábios dizem<br />

"eu quero ser parte da solução e não do problema".<br />

Ajudar pessoas não exclui ajudar os<br />

animais e vice-versa. Quem critica normalmente<br />

não ajuda sequer o próximo. Ao invés<br />

de apontar e dizer o que o próximo deveria<br />

fazer, deve sim abrir a mão e oferecer ajuda a<br />

quem precisa.<br />

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Revista Varal do Brasil<br />

A revista Varal do Brasil é uma revista bimensal<br />

independente, realizada por Jacqueline<br />

Aisenman.<br />

Todos os textos publicados no Varal do Brasil<br />

receberam a aprovação dos autores, aos<br />

quais agradecemos a participação.<br />

Se você é o autor de uma das imagens que<br />

encontramos na internet sem créditos, façanos<br />

saber para que divulguemos o seu talento!<br />

Licença Creative Commons. Distribuição eletrônica<br />

e gratuita. Os textos aqui publicados<br />

podem ser reproduzidos em quaisquer mídias,<br />

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seus respectivos autores e não seja para<br />

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A revista está disponível para download no<br />

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das 13h00 às 17h00. Favor ligar para 022 906<br />

94 20.<br />

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