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SIC AULA 2 – TIPOLOGIA TEXTUAL EIXO:M6,M7; H18,H19, H21 ...

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<strong>SIC</strong><br />

<strong>AULA</strong> 2 <strong>–</strong> <strong>TIPOLOGIA</strong> <strong>TEXTUAL</strong><br />

<strong>EIXO</strong>:<strong>M6</strong>,<strong>M7</strong>; <strong>H18</strong>,<strong>H19</strong>, <strong>H21</strong>, H23, H24; C2, C3,C4<br />

OBJETIVOS<br />

Qual é a importância das estratégias argumentativas no reconhecimento<br />

e na produção de um texto?<br />

Como a relação entre gêneros textuais, temas e conhecimento contribui<br />

para a produção e interpretação de texto?<br />

Qual é a importância da ideologia do produtor do texto para o impacto<br />

social dos temas abordados?<br />

TÓPICOS <strong>–</strong> PESQUISA<br />

Ideologia<br />

Persuasão<br />

Tipos de discurso<br />

Dialética<br />

Análise do Discurso<br />

Retórica<br />

Tríade da enunciação<br />

Enunciado x enunciação<br />

Escrever bem x Escrever correto = Escrever com propriedade<br />

Estilística<br />

Apreensão x Compreensão<br />

Texto Literário x Texto Informativo<br />

Texto Temático x Texto figurativo<br />

TEXTOS <strong>–</strong> EXEMPLOS<br />

Luísa espreguiçou-se. Que seca ter de se ir vestir! Desejaria estar numa<br />

banheira de mármore cor-de-rosa, em água tépida, perfumada e adormecer! Ou<br />

numa rede de seda, com as janelinhas cerradas, embalar-se, ouvindo música!<br />

(...)<br />

Tornou a espreguiçar-se. E saltando na ponta do pé descalço, foi buscar ao<br />

aparador por detrás de uma compota um livro um pouco enxovalhado, veio<br />

estender-se na “voltaire”, quase deitada, e com o gesto acariciador e amoroso<br />

dos dedos sobre a orelha, começou a ler, toda interessada.<br />

Era a Dama das Camélias. Lia muitos romances; tinha uma assinatura, na<br />

Baixa, ao mês.”<br />

DALLA - PALOTINO<br />

versão de Chico Buarque, 1970<br />

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar<br />

Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar<br />

Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente<br />

E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente<br />

Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde<br />

E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe<br />

Esperando, parada, pregada na pedra do porto<br />

Com seu único velho vestido cada dia mais curto<br />

Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto<br />

Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo<br />

Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher<br />

Me ninava cantando cantigas de cabaré<br />

Minha mãe não tardou a flertar toda a vizinhança<br />

A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança<br />

E não sei bem se por ironia ou se por amor<br />

Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor<br />

Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo<br />

Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo<br />

Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz<br />

Me conhecem só pelo meu nome Menino Jesus<br />

(Textos retirados do sítio(site)<br />

http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/portugues/redacao/dissertacao_e_<br />

narracao/redacao_ex_microtextos_dissertativos<br />

Tem havido muitos debates sobre a eficiência do sistema educacional brasileiro.<br />

Argumentam alguns que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a<br />

1


capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las<br />

com a realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão<br />

dos problemas socioeconômicos e que despertasse no aluno a curiosidade<br />

científica seria por demais desejável.<br />

Embora a economia brasileira demonstre alguns sinais de reativação, fica<br />

difícil fazer qualquer prognóstico quanto à inflação, pela falta de uma visão<br />

mais clara do programa de ajuste a ser implantado pelo governo. O que se pode<br />

afirmar é que o aumento dos atuais índices inflacionários pode significar o<br />

início de um total descontrole dessas taxas. Além disso parece claro que a<br />

recuperação da economia depende basicamente da capacidade do mercado, o<br />

que depende evidentemente de uma significativa recuperação do emprego e do<br />

salário.<br />

Até há cerca de dez anos, ao pesquisar apartamentos de bom nível para<br />

comprar, o brasileiro prestava muita atenção no tamanho da sala de visitas, no<br />

conforto da suíte do casal e na praticidade da cozinha. Às vezes, esses<br />

apartamentos incluíam uma varanda, mas com freqüência era a parte menos<br />

notada da planta. No estilo arquitetônico vigente na época, os prédios eram<br />

caixotões de concreto e vidro com linhas retas e duras, e as varandas, com<br />

raríssimas exceções, não passavam de pequenos recortes na fachada <strong>–</strong> às vezes<br />

menores ainda que os minúsculos quartos de empregada. De uns tempos para<br />

cá, um sopro de ar refrescou a moradia urbana. Embora continue a prestar<br />

atenção na sala e nos quartos ao comprar um imóvel, o brasileiro descobriu uma<br />

paixão arrebatada pelas varandas. Os arquitetos as reinventaram como peças<br />

fundamentais dos apartamentos. Hoje, basta um passeio pelas ruas das grandes<br />

cidades para constatar que as varandas protagonizam a mais persistente<br />

mudança na arquitetura vertical brasileira.<br />

RETRATO PRÓPRIO<br />

Magro, de olhos azuis, carão moreno,<br />

Bem servido de pés, meão na altura,<br />

Triste da facha, o mesmo de figura,<br />

Nariz alto no meio, e não pequeno.<br />

Incapaz de assistir num só terreno,<br />

Mais propenso ao furor do que à ternura;<br />

Bebendo em níveas mãos por taça escura<br />

De zelos infernais letal veneno:<br />

Devoto incensador de mil deidades<br />

(Digo, de moças mil) num só momento,<br />

E somente no altar amando os frades:<br />

Eis Bocage, em quem luz algum talento;<br />

Saíram dele mesmo estas verdades<br />

Num dia em que se achou mais pachorrento.<br />

Bocage<br />

ANÁLISES E DEFINIÇÕES<br />

“O modo de um texto descritivo é, portanto, o de apresentar atributos. Um<br />

atributo pode ser um tamanho, um jeito, um comportamento, uma cor, uma<br />

fisionomia, um gesto… Pelos atributos, somos capazes de desenhar pessoas e<br />

lugares; somos capazes de fazer uma imagem.”<br />

Roland Barthes<br />

“Tem-se um enredo quando ocorre à personagem uma série de acontecimentos,<br />

peripécias… quando se desenvolvem numa série contínua e articulada, num<br />

determinado lapso de tempo...”<br />

Umberto Eco<br />

O exórdio (introdução) deve ser sempre cuidadoso, engenhoso, alimentado de<br />

pensamentos, ornado de expressões justas, sobretudo bem apropriado à causa. É<br />

o exórdio que dá uma ideia do resto do discurso e lhe serve de recomendação.<br />

2


O segundo preceito é dividir e examinar cada uma das parcelas que se tornem<br />

necessárias para melhor resolvê-lo.<br />

Cícero <strong>–</strong> senador romano<br />

EXERCÍCIOS<br />

01. (FUVEST)“Luísa espreguiçou-se. Que seca ter de se ir vestir! Desejaria<br />

estar numa banheira de mármore cor-de-rosa, em água tépida, perfumada e<br />

adormecer! Ou numa rede de seda, com as janelinhas cerradas, embalar-se,<br />

ouvindo música! (...)<br />

Tornou a espreguiçar-se. E saltando na ponta do pé descalço, foi buscar ao<br />

aparador por detrás de uma compota um livro um pouco enxovalhado, veio<br />

estender-se na “voltaire”, quase deitada, e com o gesto acariciador e amoroso<br />

dos dedos sobre a orelha, começou a ler, toda interessada.<br />

Era a Dama das Camélias. Lia muitos romances; tinha uma assinatura, na<br />

Baixa, ao mês.”<br />

Neste excerto, o narrador de O Primo Basílio apresenta duas características<br />

da educação da personagem Luísa que serão objeto de crítica ao longo do<br />

romance.<br />

A. vida ociosa e educação sonhadora<br />

B. romântica e fútil<br />

C. dedicada e culta<br />

D. ingênua e sonhadora<br />

02. Ainda relacionando ao fragmento da questão anterior, de que modo as<br />

características da educação de Luísa contribuem para o destino da<br />

personagem.<br />

A. por ser romântica acredita que poderá viver um intenso romance;<br />

B. a sua falta de caráter faz com que cometa adultério, por pensar somente em<br />

satisfazer seus desejos e carências;<br />

C. a vida de ócio associada a um estilo romântico de ver a vida conduzem<br />

Luísa à traição do marido, que a abandonara em suas viagens de trabalho,<br />

levada muito mais por necessidade de preencher o vazio que sentia do que<br />

por amor a Basílio.<br />

D. por ser ingênua e sonhadora sente-se tentada a viver uma paixão<br />

reprimida no passado.<br />

3.(MACK-SP/2003)<br />

Bonde<br />

O transatlântico mesclado<br />

Dlendlena e esguicha luz<br />

Postretutas e famias sacolejam<br />

Do ponto de vista temático-ideológico, o texto expressa:<br />

a) uma crítica à linguagem inculta das classes urbanas paulistas.<br />

b) uma denúncia à promiscuidade urbana do início do século XX.<br />

c) uma concepção de sociedade sem fronteiras rígidas de classe e de valores.<br />

d) uma crítica ao aspecto provinciano e caótico da cidade de São Paulo.<br />

e) um ideal nacionalista que ironiza a cultura popular.<br />

4. Se você quer construir um navio, não peça às pessoas que consigam<br />

madeira, não dê a elas tarefas e trabalhos. Fale, antes, a elas, longamente,<br />

sobre a grandeza e a imensidão do mar.<br />

No texto apresentado, Saint-Exupéry defende<br />

a) o esclarecimento das tarefas a serem realizadas.<br />

b) a posição de que aquele que manda não precisa saber fazer.<br />

c) a delegação de tarefas, sem demasiadas explicações.<br />

d) a motivação das pessoas para fazer seu trabalho.<br />

e) o planejamento estratégico na elaboração de um trabalho<br />

5.O Zé Pereira chegou de caravela<br />

E perguntou pro guarani de mata virgem<br />

-Sois cristão?<br />

-Não, Sou bravo, sou forte sou filho da morte<br />

Tetetê tetê Quizá Quizá Quecê!<br />

Lá de longe a onça resmungava Uu! Ua! uu!<br />

O negro zonzo saído da fornalha<br />

Tomou a palavra e respondeu<br />

-Sim pela graça de Deus<br />

Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!<br />

E fizeram o carnaval<br />

(Owald de Andrade)<br />

Este texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil,<br />

mostrando-a como uma junção de elementos diferentes. Considerando-se esse<br />

aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada pelo texto é<br />

3


a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional,<br />

quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.<br />

b) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras - portugueses, negros e<br />

índios - pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.<br />

c) moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do<br />

Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.<br />

d) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de<br />

modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.<br />

e) negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa,<br />

resultando em anarquia e falta de seriedade.<br />

6.(UNICAMP/2005) Leia este poema de Cecília Meireles:<br />

Desenho<br />

Traça a reta e a curva,<br />

a quebrada e a sinuosa<br />

Tudo é preciso.<br />

De tudo viverás.<br />

Cuida com exatidão da perpendicular<br />

e das paralelas perfeitas.<br />

Com apurado rigor.<br />

Sem esquadro, sem nível, sem fio de prumo,<br />

Traçarás perspectivas, projetarás estruturas.<br />

Número, ritmo, distância, dimensão.<br />

Tens os teus olhos, o teu pulso, a tua memória.<br />

Construirás os labirintos impermanentes<br />

que sucessivamente habitarás.<br />

Todos os dias estás refazendo o teu desenho.<br />

Não te fatigues logo. Tens trabalho para toda a<br />

[vida.<br />

E nem para o teu sepulcro terás a medida certa.<br />

Somos sempre um pouco menos do que<br />

[pensávamos.<br />

Raramente, um pouco mais.<br />

(Cecília Meireles, "O estudante empírico", em Antonio Carlos Secchin (org.),<br />

Poesia Completa.Tomo lI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001, p, 1455-56).<br />

a) Tanto o título quanto as imagens do poema remetem a um domínio do<br />

conhecimento humano. Que domínio é esse?<br />

b) Em que sentido são empregadas tais imagens no poema?<br />

c) Esse sentido acaba por ser contrariado ao longo do poema? Responda sim<br />

ou não e justifique.<br />

7.(PUC - SP) O trecho abaixo foi extraído da obra Memórias Sentimentais de<br />

João Miramar, de Oswald<br />

de Andrade.<br />

66. BOTAFOGO ETC.<br />

"Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas<br />

marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro bandeiranacionalizavam os verdes<br />

montes interiores. No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava.<br />

Barcos. E o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha<br />

derrapava em<br />

túneis.<br />

Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite varada pelas frestas<br />

da cidade. Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação à sua<br />

organização, os textos podem ser compostos dedescrição, narração e<br />

dissertação; no entanto é difícil encontrar-se um trecho que seja só descritivo,<br />

apenas narrativo, somente dissertativo.<br />

Levando-se em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas abaixo<br />

para classificar o texto de<br />

Oswald de Andrade:<br />

a) Narrativo-descritivo, com predominância do dissertativo.<br />

b) Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo.<br />

c) Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo.<br />

d) Descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo.<br />

e) Narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo.<br />

4

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