A Breve Segunda Vida de Bree Tanner - Meninas Vampiras
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— Se ele não continuasse por perto. Talvez.<br />
— É incrível! — Diego comentou.<br />
Com um <strong>de</strong>do, ele traçou uma linha na palma da minha mão<br />
cintilante. Depois levantou-se e entrou inteiro no raio <strong>de</strong> luz, e todo<br />
o espaço à nossa volta virou uma explosão <strong>de</strong> brilho e luminosida<strong>de</strong>.<br />
— Venha, vamos sair daqui. — Ele ergueu os braços e içou o<br />
corpo pela abertura que abrira na superfície.<br />
Era <strong>de</strong> se esperar que eu já tivesse superado o choque inicial,<br />
mas ainda estava nervosa <strong>de</strong>mais para segui-lo. Sem querer dar a<br />
impressão <strong>de</strong> que era uma gran<strong>de</strong> covar<strong>de</strong>, fui junto, mas por <strong>de</strong>ntro<br />
estava apavorada. Riley tinha mesmo nos convencido sobre<br />
queimarmos ao sol e, na minha cabeça, isso se remetia diretamente<br />
ao terrível período <strong>de</strong> ardor e queimação <strong>de</strong> quando me tornei uma<br />
vampira. E não conseguia evitar o pânico que instintivamente me<br />
dominava cada vez que pensava naquilo.<br />
Diego saiu da abertura, e eu surgi cerca <strong>de</strong> meio segundo<br />
<strong>de</strong>pois. Ficamos parados em uma trilha <strong>de</strong> grama e mato, poucos<br />
passos distante das árvores que cobriam a ilha. Atrás <strong>de</strong> nós havia<br />
apenas alguns metros até a beirada do penhasco, e <strong>de</strong>pois a água.<br />
Tudo à nossa volta cintilava com a cor e a luz que refletíamos.<br />
— Uau... — murmurei.<br />
Diego sorriu para mim, seu rosto bonito sob a luz do sol, e, <strong>de</strong><br />
repente, com um forte calafrio na barriga, percebi que toda aquela<br />
coisa <strong>de</strong> melhor amigo para sempre já era. Para mim, pelo menos.<br />
Foi rápido assim.<br />
O sorriso <strong>de</strong>le ficou então mais suave. Seus olhos refletiam os<br />
meus, alertas. Tudo em nós era encanto e luz. Ele tocou meu rosto,<br />
como havia tocado minha mão, como se estivesse tentando<br />
enten<strong>de</strong>r o brilho.<br />
— Tão linda — disse, e <strong>de</strong>ixou a mão <strong>de</strong>scansar em minha<br />
face.<br />
Não sei por quanto tempo ficamos ali, sorrindo como<br />
completos idiotas, brilhando como tochas. Não havia barcos na baía,<br />
o que era bom, provavelmente. Nem mesmo a visão turva dos<br />
humanos <strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> nos perceber. Não que pu<strong>de</strong>ssem fazer alguma<br />
coisa contra nós, mas eu não estava com se<strong>de</strong>, e toda a possível<br />
gritaria teria arruinado o clima.<br />
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