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Editorial - Reserva Naval

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atribuída onde, o Oficial Imediato, explicou<br />

aos diferentes grupos como funcionava<br />

este dispositivo de emergência.<br />

Depois de dadas estas explicações, os<br />

grupos compareceram junto dos mastros<br />

que lhes estavam determinados em caso<br />

de tocar “à faina de mastros”. Todos confirmaram<br />

no cartão que lhes foi distribuído,<br />

o nº de detalhe, o nº da balsa a que se<br />

teriam de dirigir em caso de emergência e<br />

o nome do mastro atribuído. Nesse cartão<br />

constava também o nº da coberta e da cama<br />

respectiva.<br />

Os elementos da tripulação, também eles<br />

com tarefas definidas a bordo, estavam<br />

junto dos mastros e, com a sua elevada<br />

experiência, explicaram detalhadamente<br />

os nomes técnicos e a forma de manusear<br />

os diversos cabos que ali se encontravam.<br />

Cerca das 14:00 foi servido o almoço;<br />

poucos aderiram pois o mar “mostrava” a<br />

sua presença de forma pouca amistosa.<br />

Lisboa e Cascais diminuíam no horizonte,<br />

o mar estava com vagas de 3 a 4 metros e<br />

subitamente o motor deixou de se ouvir.<br />

Face a estas pequenas avarias e ao vento<br />

que se fazia sentir, foi necessário içar de<br />

emergência as velas. Os instruendos responderam<br />

rapidamente ao toque, de luvas<br />

calçadas compareceram junto dos mastros<br />

e com destreza puxaram os cabos.<br />

Porque se encontrarem no convés, alguns<br />

já bastante enjoados, foram os primeiros<br />

a avistar os golfinhos. Ouviram-se gritos<br />

– “golfinhos a bombordo” – e todos compareceram<br />

nesse bordo de máquina em<br />

punho. Os golfinhos, durante alguns minutos<br />

acompanharam o navio, mergulhando,<br />

como se de uma dança se tratasse<br />

e demonstrando uma adoração pelas vagas<br />

que contrastava com o sentimento<br />

dos “marinheiros”. Ao final da tarde, “novo<br />

alarme”, para observar golfinhos a estibordo.<br />

O primeiro grupo desempenhava as tarefas<br />

inerentes ao serviço de quartos e os<br />

restantes instruendos contemplavam o<br />

imenso mar. Deixou de se avistar terra. O<br />

pôr-do-sol era de invulgar beleza, com pequenas<br />

nuvens alinhadas no céu e alguns<br />

navios que cruzavam a linha do horizonte.<br />

O mar “não facilitava” e surgiam mais alguns<br />

marujos enjoados, vagueando pelo<br />

navio, na expectativa de encontrar um local<br />

de menor balanço. À noite, muitos optaram<br />

por dormir no convés, aproveitando<br />

a brisa para amenizar o enjoo.<br />

NTM CREOULA - 30 de Agosto de 2003<br />

(2º dia de viagem)<br />

Às 07:00 ouviu-se o toque da alvorada e<br />

as palavras “alvorada, alvorada” no ETO<br />

do navio. O nascer-do-sol em pleno mar<br />

revelou-se também um fenómeno de<br />

grande beleza..<br />

Um sol magnífico e um mar mais calmo,<br />

depois de uma noite de balanço nos beliches,<br />

ajudou a que o estômago dos mais<br />

indispostos retornasse à posição de origem.<br />

Ultrapassados os “normais” enjoos<br />

do primeiro dia, a boa disposição reinava<br />

entre os instruendos e restante guarnição.<br />

Os quartos de serviço rendiam às<br />

determinadas, passavam o serviço e con-<br />

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