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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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Por esta mesma ocasião houveram mais algumas pequenas escaramuças <strong>de</strong> parte a parte<br />

sen<strong>do</strong> em todas ellas repeli<strong>do</strong> o inimigo, q’em todas per<strong>de</strong>u três mortos e um prisioneiro e 300<br />

cavalos, não nos resultan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta preza alguma <strong>de</strong> nossa parte.<br />

O inimigo não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> obter nada <strong>de</strong> favorável as suas pretensões se retirou para o centro<br />

da Campanha aon<strong>do</strong> os nossos espias já não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scobrilo e os nossos corpos voltarão aos<br />

seus <strong>de</strong>stinos. Por esta ocasião me cumpre participar a V.Exª que me acho <strong>de</strong> volta para a capital<br />

<strong>de</strong> Porto Alegre pa. por em pratica as or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> S. Mage. Comunicadas pela Carta Regia <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong>ste anno e o officio da Secretaria <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Em conseqüência <strong>do</strong>s Officios qe. recebi <strong>do</strong> Capitão General Barão <strong>de</strong> Laguna em que me<br />

comunicava, que a Columna <strong>de</strong> Frente <strong>do</strong> General Cura<strong>do</strong> ainda senão movia, e parece affeito elle<br />

a <strong>de</strong>morava as suas Colunmas auxiliares por não expolas, avisan<strong>do</strong>-me <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> isso pa. minha<br />

inteligência; igualmente <strong>de</strong>morei as minhas pela mesma razão, p preveni<strong>do</strong> o que os faria sahir<br />

logo qe. to<strong>do</strong>s os corvos se achassem em movimento ainda que penso qe. o plano sofrerá alguma<br />

alteração em conseqüência <strong>de</strong> se terem intercepta<strong>do</strong>s alguns officios qe. o Tenente General<br />

Cura<strong>do</strong> fez dirigir ao Coronel José d’Abreu Conmandante <strong>de</strong> huma das Columnas ao qual man<strong>de</strong>i<br />

fazer alto, pois qe. já seguia o seu <strong>de</strong>stino. Ds. G<strong>de</strong>. A V.Exª.<br />

Qtel. Gen. Em Rio Par<strong>do</strong> 4 d’Agosto <strong>de</strong> 1819.<br />

Ilmo. E Exmo. Sr. Tomaz Antonio Villanova Portugal – Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Figueira.”<br />

*fonte: Arquivo <strong>do</strong> Museu Julio <strong>de</strong> Castilhos.<br />

ARTIGUISTAS: Artigas era ñemoñaré (no senti<strong>do</strong> literal, é a tradução no idioma guarani), ou<br />

seja, “os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Artigas”. Interpreta-se como “artigueños em espanhol ou artiguista<br />

em português”. De acor<strong>do</strong> com o escritor uruguaio Nelson Caula, qualquer história com Artigas<br />

como centro é incompleta sem seus gaúchos, seus bravos índios pampas, tupis e negros.<br />

Intransferível mun<strong>do</strong> que também provém à maioria das mulheres que amou e obviamente<br />

seus filhos, <strong>do</strong>s quais, quase to<strong>do</strong>s ignora<strong>do</strong>s como <strong>de</strong> linhagem artiguista guarani. Ele foi na<br />

sua ancestralida<strong>de</strong>, no universo guarani, um Prócer que passou seus últimos anos <strong>de</strong> vida num<br />

perío<strong>do</strong> enigmático e difícil <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, numa imponente trajetória como Protetor <strong>do</strong>s Povos<br />

Livres.<br />

THOMAZ ANTONIO DE VILLANOVA PORTUGAL - Lisboa/Portugal-1755 / Lisboa/Portugal-<br />

16.05.1839. Forma<strong>do</strong> em Leis pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. Pertenceu ao Conselho <strong>do</strong> Rei<br />

D. João VI; <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> exercer diversos lugares na magistratura, chegou ao <strong>de</strong><br />

Desembarga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Paço, no Rio <strong>de</strong> Janeiro e foi nomea<strong>do</strong> Ministro e Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s Negócios <strong>do</strong> Reino (1818). Como Ministro da Fazenda expediu <strong>de</strong>cretos para <strong>de</strong>terminar<br />

que os emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Real Erário, antes <strong>de</strong> começar o trabalho assistissem à missa na Capela da<br />

Repartição; man<strong>do</strong>u observar o privilégio da Fazenda Real na cobrança das dívidas <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil;<br />

criou na Capitania <strong>de</strong> Mato Grosso uma Alfân<strong>de</strong>ga <strong>do</strong> Rio; criou uma Alfân<strong>de</strong>ga no porto <strong>de</strong> Vila Vitória e<br />

uma na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Natal. Criou no Rio <strong>de</strong> Janeiro a Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Artes (1820).<br />

<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 18 -

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