1 Revista Ônibus - Fetranspor
1 Revista Ônibus - Fetranspor
1 Revista Ônibus - Fetranspor
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1 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 2
www.neobus.com.br<br />
3 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
sumário<br />
30<br />
32<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 4<br />
18<br />
seções<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> – Ano XII – Número 64 – Abril/Maio de 2011<br />
artigo<br />
Um novo jeito de trabalhar _________________________ 09<br />
entrevista Eduardo Monteiro<br />
Scania aposta na tradição __________________________ 10<br />
produtos e serviços<br />
Marcopolo apresenta os modelos Double Decker<br />
e Low Driver e completa a Geração 7 __________________ 12<br />
veículo versátil<br />
Miniônibus reforçam Segurança Pública no Rio Grande do Sul 16<br />
inovação<br />
BRS de Copacabana chega à Barata Ribeiro e Raul Pompeia _ 18<br />
prêmio internacional<br />
<strong>Fetranspor</strong> e RioCard vencem prêmio<br />
da UITP na América Latina _________________________ 21<br />
cidades da copa<br />
O legado de Belo Horizonte ________________________ 26<br />
investimento consciente<br />
Fórum de Desenvolvimento discute impacto de investimentos na<br />
cidade do Rio de Janeiro __________________________ 30<br />
reconhecendo talentos<br />
A consagração do jornalismo sobre transportes __________ 32<br />
gestão de pessoas<br />
Como atrair e reter profi ssionais _____________________ 34<br />
acessibilidade<br />
Defi cientes visuais poderão identifi car ônibus ____________ 36<br />
Editorial: José Carlos Reis Lavouras ______________________6<br />
Crônica: Tânia Mara _________________________________8<br />
Coluna UCT: Ana Rosa Bonilauri _______________________33<br />
Série Histórica: Setransduc ___________________________38<br />
Terminal ________________________________________42
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5 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
editorial José Carlos Reis Lavouras<br />
Crescimento da frota x<br />
Qualidade de vida<br />
Segundo levantamento divulgado este mês, pelo<br />
Sindicato Nacional da Indústria de Componentes<br />
para Veículos Automotores (Sindipeças), circularam<br />
no Brasil, no ano passado, nada menos que 32,5<br />
milhões de veículos, entre carros de passeio, comerciais<br />
leves, caminhões e ônibus. Com a previsão de<br />
crescimento anual de 7,4%, o país terá, em 2015,<br />
frota circulante de 46,5 milhões desses veículos.<br />
Em outro estudo, o Ipea (Instituto de Pesquisa<br />
Econômica Aplicada) aponta o transporte público<br />
como o principal meio de locomoção para 44,3% da<br />
população brasileira, com média de 50,7% de usuários<br />
no Sudeste e de modestos 37,5% no Nordeste.<br />
Quase 58% dos pesquisados classificaram a qualidade<br />
do transporte coletivo entre regular (31,3%)<br />
e boa (26,1%). Para o diretor superintendente da<br />
NTU, Marcos Bicalho dos Santos, a superlotação<br />
de veículos particulares nas vias compromete a<br />
pontualidade dos ônibus, responsáveis por cerca de<br />
90% dos deslocamentos em transporte público. Os<br />
congestionamentos aumentam o tempo das viagens<br />
e os índices de poluição, enquanto diminuem a<br />
produtividade dos trabalhadores.<br />
O cenário requer o aumento da utilização do<br />
transporte público, o que, entre outras coisas, ampliará<br />
o espaço livre nas ruas. Para que essa opção<br />
se dê, o estudo do Ipea mostra o caminho: maior<br />
conforto, disponibilidade e preços mais acessíveis.<br />
Diretoria:<br />
Presidente:<br />
Lélis Marcos Teixeira<br />
Diretor Administrativo e Financeiro:<br />
Paulo Marcelo Tavares Ferreira<br />
Diretora de Mobilidade Urbana:<br />
Richele Cabral<br />
Diretor de Marketing<br />
e Comunicação:<br />
Edmundo Fornasari<br />
Conselho de Administração:<br />
Titulares:<br />
Presidente:<br />
José Carlos Reis Lavouras<br />
Vice-presidente:<br />
João Augusto Morais Monteiro<br />
Conselheiros:<br />
Narciso Gonçalves dos Santos<br />
Generoso Ferreira das Neves<br />
Florival Alves<br />
José Carlos Cardoso Machado<br />
Marcelo Traça Gonçalves<br />
João dos Anjos Silva Soares<br />
Francisco José Gavinho Geraldo<br />
Alexandre Antunes de Andrade<br />
Amaury de Andrade<br />
Joel Fernandes Rodrigues<br />
Suplentes:<br />
Isidro Ricardo da Rocha<br />
Manuel João Pereira<br />
Manoel Luis Alves Lavouras<br />
Marcos Pochman, presidente do Instituto,<br />
frisa que, para cada ônibus novo<br />
colocado nas ruas na última década, entraram<br />
em circulação 52 automóveis.<br />
A participação de motos no<br />
mercado também preocupa:<br />
o estudo do Sindipeças<br />
prevê uma frota de 15,5<br />
milhões em 2015.<br />
O cenário requer o aumento da<br />
O planejamento de<br />
transporte e trânsito vem utilização do transporte público, o<br />
recebendo maior aten- que, entre outras coisas, ampliará<br />
ção dos governantes, e<br />
alguns reflexos já podem o espaço livre nas ruas. Para que<br />
ser percebidos, como é essa opção se dê, o estudo do<br />
o caso do BRS de Copacabana,<br />
que reduziu Ipea mostra o caminho: maior<br />
o tempo das viagens. conforto, disponibilidade e preços<br />
Mas há de se ampliar o<br />
mais acessíveis<br />
volume dos investimentos<br />
em infraestrutura e<br />
José Carlos Reis Lavouras<br />
é presidente do Conselho de<br />
projetos voltados para a<br />
Administração da <strong>Fetranspor</strong><br />
mobilidade nos espaços<br />
urbanos. Afinal, a qualidade<br />
da vida urbana decresce à medida que sobe o<br />
número de veículos apinhando ruas, emitindo gases<br />
de efeito estufa, aumentando o nível de ruídos e<br />
gerando estresse.<br />
Domenico Emanuelle Siqueira Lorusso<br />
Jacob Barata Filho<br />
Marco Antônio Feres de Freitas<br />
Conselho Fiscal:<br />
Efetivos:<br />
Valmir Fernandes do Amaral<br />
Luiz Ronaldo Caetano<br />
Humberto Valente<br />
Suplentes:<br />
Carlos Alberto Souza Guerreiro<br />
Jorge Luiz Loureiro Queiroz Ferreira<br />
Fábio Teixeira Alves<br />
Delegado representante / CNT<br />
Efetivo: Narciso Gonçalves dos Santos<br />
Suplente: Jacob Barata Filho<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong><br />
Editora chefe:<br />
Tânia Mara Gouveia Leite<br />
Redação:<br />
Roselene Alves<br />
Rua da Assembléia 10, 39º andar – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20011-901 – Tel.: (21) 3221-6300 – Fax: (21) 2531-3711<br />
Renato Siqueira<br />
Andréa Cardoso<br />
Roberta Araujo<br />
Fred Alves<br />
Fotografia:<br />
Jorge dos Santos<br />
Revisão:<br />
Tânia Mara<br />
Patrícia Gonçalves<br />
Luiza Ribeiro<br />
Responsável comercial:<br />
Verônica Abdalla – (21) 3221-6300<br />
Projeto gráfico:<br />
Vladimir Calado<br />
Editoração, impressão e<br />
representação comercial:<br />
www.ArquimedesEdicoes.com.br<br />
(21) 2253-3879<br />
Distribuição:<br />
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Série 4 - Série K<br />
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Séries 3 e 4 - Série K<br />
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MAIS DISPONIBILIDADE<br />
DISPONIBILIDADE<br />
1.960.523<br />
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1.961.333<br />
Série 4<br />
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OTIMIZAÇÃO DE CUSTO<br />
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Série 4 - Série K<br />
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De R$ 8.714,29<br />
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• Mão de obra inclusa, válida apenas para as peças adquiridas em pacote.<br />
• Preços unitários para pagamento em 30 dias, válidos em todo o território nacional<br />
até 30/6/2011 ou enquanto durarem os estoques. 7 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong><br />
• A economia refere-se aos preços dos pacotes em relação aos valores unitários das peças.<br />
• Fotos meramente ilustrativas.
crônica Tânia Mara<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 8<br />
Será que dá pra entender?<br />
Manhã de sábado azul verdejante, com a Serra dos Órgãos<br />
se mostrando inteira, sem qualquer pudor ou disfarce, à<br />
frente do Condomínio Vale do Rio, nas terras ainda matutas<br />
de Guapimirim, onde a gente se sente um pouco mais longe<br />
da vida urbana e bem mais perto das pessoas.<br />
O sol da manhã dá aquela sensação de estar mais viva,<br />
fazendo parte de um mundo alegre, lindo, onde a natureza<br />
está em festa. É bom respirar fundo, sentir o ar puro e tentar<br />
prolongar este estado de espírito durante o restante do<br />
dia. Enquanto me deleitava com este pensamento, outro<br />
me veio à mente, como estraga-prazeres: então, nada de<br />
passar os olhos pelos jornais, ou de se ligar no noticiário<br />
televisivo ou radiofônico.<br />
Pronto. Bastou a lembrança do noticiário para quebrar<br />
o clima bucólico de manhã de sol no pé da serra. A coisa<br />
anda tão feia que até o Willian Bonner, não faz um mês,<br />
comentou com Fátima Bernardes, no ar, que aquela edição<br />
do Jornal Nacional estava “um circo dos horrores”. Notícias<br />
de arrepiar os cabelos deixam chocados até os jornalistas<br />
calejados de reproduzir fatos negativos, tragédias de grandes<br />
proporções, cataclismas.<br />
Não dá para entender como o bicho homem tem um<br />
mundo tão bonito para habitar, com maravilhas à sua volta,<br />
e muitas vezes nem repara, não dá valor, e, pior ainda, sai<br />
destruindo tudo. Ele mesmo um milagre da Natureza, com<br />
todos os sistemas de que é formado – circuitos nervosos,<br />
capacidade de raciocínio, criatividade, sensibilidade, nem dá<br />
para enumerar tanta coisa –, mas capaz de explorar seus<br />
iguais, tornar-se violento, matar crianças em escolas, jogar<br />
bebês no lixo, envenenar animais, torturar, enganar e trair.<br />
O que será que anda errado com os seres que se dizem os<br />
reis da Criação? Dizer que o homem é fundamentalmente mau<br />
seria injusto com tantas pessoas que agem anonimamente<br />
em prol de seus semelhantes. Seria ingrato com aquelas que<br />
criam e mantêm organizações beneficentes,<br />
honestas e de elevado papel social, assim<br />
como com professores que se dedicam à educação,<br />
dando tudo de si, mesmo recebendo<br />
salários irrisórios. Se existem os ditadores, os<br />
loucos e os corruptos, existem os pacificadores,<br />
os cientistas que trabalham pela cura de<br />
doenças e pela preservação do planeta. Está<br />
em nossa memória o trabalho de saudosos<br />
bichos homens que nos deixaram exemplos<br />
de solidariedade e amor: Mahatma Gandhi,<br />
Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Chico<br />
Xavier, Marie Curie e tantos outros.<br />
Ah, meu Deus... por que a gente tenta<br />
entender essas coisas? Como saber o que<br />
leva criaturas feitas do mesmo material,<br />
habitando o mesmo planeta, sob o mesmo<br />
céu, a se dedicarem ao bem ou ao<br />
mal, com a mesma vontade ferrenha?<br />
Na verdade, hoje eu só queria prestar<br />
atenção a esta manhã de sol e festejar a vida.<br />
Correspondências para a coluna Cara <strong>Fetranspor</strong> devem ser encaminhadas para:<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> – Rua da Assembleia10, 39º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20011-901 –,<br />
ou para o fax (21) 2531-3711 ou, ainda, para o e-mail: gecom@fetranspor.com.br
artigo Edmundo Fornasari<br />
Diretor de<br />
Marketing e<br />
Comunicação<br />
da <strong>Fetranspor</strong> e<br />
RioCard<br />
Um novo jeito de trabalhar<br />
A <strong>Fetranspor</strong> vem, dia a dia, ratificando<br />
perante a sociedade uma postura de maior<br />
transparência, participação na vida do Estado,<br />
liderança na busca de soluções inovadoras,<br />
além de diálogo aberto com toda a sua rede<br />
de relacionamento e imprensa.<br />
Consciente da importância de representar<br />
um segmento econômico que presta serviço<br />
de cunho essencial à população, a Federação<br />
vem assumindo posicionamento cada vez<br />
mais proativo, indicando possíveis soluções para seus<br />
representados, apontando caminhos, oferecendo o<br />
apoio necessário para a adoção de medidas conjuntas,<br />
possibilitando redução de custos para sindicatos e<br />
empresas do sistema e, principalmente, propiciando<br />
avanços que, de forma isolada, não seriam alcançados.<br />
A fim de manter a entidade preparada para assumir<br />
este novo papel junto a seus liderados, a própria estrutura<br />
interna mudou de forma significativa. Foram criados<br />
Centros de Serviços que permitem que seus técnicos<br />
aumentem a abrangência dos respectivos projetos,<br />
levando-os, sem ônus, para todo o Sistema. Setores<br />
alteraram sua forma de trabalhar e, agora, Marketing<br />
e Comunicação muda seu foco e organização interna.<br />
Conforme anunciado na primeira reunião da nova<br />
Comissão de Marketing e Comunicação do Sistema<br />
<strong>Fetranspor</strong>, em abril, os profissionais de marketing da<br />
entidade passam a concentrar esforços em torno da<br />
viagem de ônibus. A intenção é levar o setor a sair de uma<br />
atitude reativa – de apenas prestar serviço de acordo<br />
com as normas que o regem, sem criar novas opções e<br />
se comunicando pouco – para, finalmente, trabalhar a<br />
viagem de ônibus como um produto. O objetivo é fazer<br />
com que o cliente perceba as vantagens do modal,<br />
criando diferenciais que o levem a optar por ele de forma<br />
consciente. O empresariado, por sua vez, precisa ter em<br />
mente que não lida com simples passageiros anônimos<br />
e que não expressam suas opiniões, mas com consumidores<br />
cada vez mais cônscios de seus direitos e desejos.<br />
Trata-se de uma mudança de conceito que, apesar<br />
de ser até certo ponto óbvia sob a ótica do marketing,<br />
vai revolucionar toda a forma de se comunicar da Federação<br />
e, possivelmente, de seus sindicatos e empresas.<br />
Transformar vários veículos institucionais em<br />
um e levá-lo às mãos de todos os rodoviários do<br />
sistema no Rio de Janeiro, com linha editorial inovadora;<br />
oferecer apoio e orientação em campanhas,<br />
padronização de sites e outras ações, propiciando<br />
uma comunicação setorial integrada, mas na qual<br />
cada membro manterá suas características; e criar<br />
oportunidades de manter o cliente bem informado,<br />
utilizando novas tecnologias com custos muito re-<br />
O objetivo é fazer com que o cliente perceba as<br />
vantagens do modal, criando diferenciais que<br />
o levem a optar por ele de forma consciente.<br />
O empresariado, por sua vez, precisa ter em<br />
mente que não lida com simples passageiros<br />
anônimos e que não expressam suas opiniões,<br />
mas com consumidores cada vez mais cônscios<br />
de seus direitos e desejos<br />
duzidos pela utilização de economia de escala. Estas<br />
são algumas das mudanças que serão implementadas<br />
e que foram apresentadas durante a primeira<br />
reunião da Comissão.<br />
Dos sindicatos e empresas, espera-se que se<br />
mantenham coesos e fazendo a sua parte, pois, como<br />
diz o já desgastado ditado popular, “a união faz a<br />
força”, e de nada valerão os esforços da Federação<br />
se não encontrarem eco em seus filiados. É preciso<br />
que estejam atentos às suas próprias necessidades<br />
de marketing (que, trocando em miúdos, nada mais<br />
é do que aproveitar toda a energia para trabalhar<br />
em prol do cliente) e de comunicação. Assim, a<br />
Federação estará pronta para apoiar, orientar e<br />
desempenhar seu papel de construir uma imagem<br />
setorial cada vez mais sólida e respeitável.<br />
9 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
entrevista Eduardo Monteiro<br />
Montadora<br />
está pronta<br />
para as<br />
novas<br />
demandas<br />
do setor<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 10<br />
Aposta na tradição<br />
Scania se prepara para as próximas transformações<br />
do setor de transporte de passageiros<br />
Por Renato Siqueira<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> inicia, nesta edição, série<br />
de entrevistas com executivos das principais<br />
empresas que movimentam o setor de transportes<br />
de passageiros do país. Conversamos com<br />
Eduardo Monteiro, responsável pelas vendas<br />
de ônibus urbanos da Scania, que falou sobre<br />
os projetos para 2011 nas áreas de sustentabilidade,<br />
participação de mercado, portfólio de<br />
produtos, além das características que tornam<br />
a marca bastante reconhecida por frotistas que<br />
desejam adquirir produtos específicos para as<br />
mais diversas aplicações.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>: Em 2009 a<br />
Scania retornou ao mercado de<br />
ônibus urbanos com o lançamento<br />
de chassis série F, após<br />
quase uma década. Desde então,<br />
o volume de chassis comercializado<br />
atendeu às expectativas<br />
da empresa? Por que a Scania<br />
resolveu atuar nesse ramo tão<br />
disputado? Que estratégias<br />
a Scania vem adotando para<br />
melhorar a participação em<br />
volume de vendas?<br />
Eduardo Monteiro: A Scania<br />
nunca deixou de manter o chassi Série<br />
F no seu portfólio. O que ocorreu<br />
foi que, em função do alto conteúdo<br />
importado da antiga Série F e da desvalorização<br />
do real em 2002, o chassi<br />
ficou fora de posição em relação<br />
aos preços dos concorrentes. Nesse<br />
período, o chassi Série F continuou<br />
disponível para atendimento a outros<br />
mercados latino-americanos.<br />
Hoje, esta dificuldade foi superada,<br />
o chassi foi totalmente<br />
nacionalizado, tornando-se muito<br />
competitivo. Nosso interesse é<br />
participar daquele que representa<br />
o maior segmento do transporte de<br />
passageiros no Brasil. Hoje dispomos<br />
de duas versões para esse tipo<br />
de veículo, e as principais<br />
praças que o utilizam são<br />
Recife, Salvador e Sorocaba.<br />
R.Ô.: Muitos investimentos<br />
estão previstos<br />
para as cidades que serão<br />
sedes da Copa do<br />
Mundo, como o Rio de<br />
Janeiro, palco dos Jogos<br />
Olímpicos. Tais medidas<br />
vão reconfigurar o<br />
transporte urbano nas<br />
cidades. Como a Scania<br />
se prepara para aproveitar<br />
essa oportunidade?<br />
E.M.: A Scania possui uma linha<br />
completa de produtos como solução<br />
para o segmento, notadamente para<br />
aplicações que demandem grandes<br />
capacidades de passageiros, como<br />
aquelas previstas para atendimento<br />
de eventos como Copas do Mundo<br />
e Jogos Olímpicos.<br />
Para nos auxiliar na implementação<br />
dessas soluções nas cidades,<br />
também contratamos o consultor<br />
de infraestrutura e planejamento<br />
estratégico em transporte urbano,<br />
Claudio de Senna Frederico<br />
– responsável por contribuir na<br />
elaboração dos próximos projetos e<br />
planejamentos da Scania no setor,<br />
além de atuar junto às entidades<br />
de classe e ao poder público e<br />
de inserir a Scania nos principais<br />
debates e discussões sobre a<br />
qualidade e o futuro do transporte<br />
urbano no Brasil.<br />
R.Ô.: Uma das apostas da<br />
marca para o futuro próximo<br />
está no uso do etanol como<br />
fonte de energia e propulsão<br />
dos motores. A marca, inclusive,<br />
tem veículos em testes na<br />
capital paulista. Os resultados<br />
destes testes têm sido satisfatórios?<br />
Em relação a um veículo<br />
que opera com motor a diesel,<br />
quais são as principais diferenças?<br />
Para quando é possível<br />
esperar a produção em série<br />
desse tipo de veículo?
O ônibus de<br />
20 metros<br />
é uma das<br />
opções para<br />
operar em<br />
corredores<br />
tipo BRT<br />
E.M.: O veículo a etanol<br />
representa, sem dúvida, uma<br />
excelente opção de transporte<br />
ambientalmente sustentável.<br />
Segundo avaliação da Scania, o<br />
etanol é hoje a única alternativa<br />
comercialmente viável para atendimento<br />
às demandas ambientais.<br />
Os veículos que operavam em<br />
São Paulo eram de demonstração,<br />
não estavam em teste. A tecnologia<br />
é dominada pela Scania há<br />
mais de 20 anos. Em Estocolmo,<br />
na Suécia, os primeiros veículos<br />
a etanol começaram a circular<br />
ainda na década de 80. A capital<br />
sueca conta hoje com mais de 700<br />
veículos operando regularmente<br />
no transporte urbano.<br />
O motor a etanol, para operar<br />
em ciclo diesel, necessita de maior<br />
taxa de compressão, além de um<br />
sistema de injeção de combustível<br />
com maior capacidade. Essas são<br />
as principais modificações.<br />
Nossa fábrica em São Bernardo<br />
já produz esses veículos em série,<br />
até mesmo para atendimento das<br />
primeiras unidades que começam<br />
a operar na cidade de São Paulo a<br />
partir de maio.<br />
R.Ô.: Falando em energia<br />
limpa, em 2012 o país adotará<br />
o padrão Euro V em seus motores.<br />
Na visão da Scania, como<br />
está esse mercado? É possível<br />
prever a substituição dessa<br />
tecnologia em quanto tempo,<br />
logo que os motores utilizados<br />
atualmente atendem ao padrão<br />
Euro III? O ganho ambiental<br />
será significativo?<br />
E.M.: Por enquanto, o que<br />
podemos dizer é que a Scania está<br />
preparada para a substituição da<br />
tecnologia. Isso significa que disponibilizará<br />
ao mercado brasileiro,<br />
em 2012, um portfólio completo de<br />
produtos e de serviços que atenderão<br />
perfeitamente às exigências do<br />
Conama P7, garantindo ao transportador<br />
os mesmos benefícios atuais,<br />
como economia e produtividade.<br />
A Scania já tem definida sua<br />
estratégia para o Conama P7,<br />
graças à grande experiência com<br />
as tecnologias disponíveis na Europa,<br />
desde a metade da década<br />
passada, e aos extensivos testes de<br />
campo realizados aqui no Brasil. A<br />
tecnologia que melhor se aplica aos<br />
recursos disponíveis, especialmente<br />
o combustível, é a SCR, a mesma<br />
utilizada nos caminhões V8 na<br />
Europa. Trata-se, portanto, de uma<br />
tecnologia já dominada pela Scania<br />
e testada por milhares de clientes<br />
da marca em todo o mundo. Ainda<br />
restam algumas dúvidas sobre como<br />
será a distribuição do combustível<br />
no território nacional, mas todo o<br />
processo deverá ficar mais claro no<br />
decorrer deste ano.<br />
R.Ô.: Com aproximadamente<br />
20 projetos de BRT a serem<br />
construídos no país, como a<br />
Scania se articula para oferecer<br />
produtos adequados e de qualidade<br />
para esse mercado? Qual<br />
será o diferencial da marca<br />
para alavancar negócios e conquistar<br />
participação, tendo em<br />
vista que, atualmente, a marca<br />
detém números tímidos no<br />
segmento de veículos urbanos?<br />
E.M.: A Scania possui uma<br />
linha completa de chassis voltados,<br />
principalmente, para o transporte de<br />
grande capacidade, com soluções<br />
completas para atender especificamente<br />
às necessidades de cada<br />
sistema. Nosso K 270 - 15 metros,<br />
por exemplo, já opera em volume<br />
bastante considerável na cidade<br />
de São Paulo e no corredor metropolitano<br />
em São Bernardo, e os<br />
nossos chassis articulados operam<br />
em Curitiba.<br />
Aqueles para aplicação urbana<br />
são todos montados com<br />
suspensão pneumática, caixas<br />
automáticas, disponíveis tanto na<br />
versão com piso normal quanto<br />
na de piso baixo. São produtos<br />
que oferecem o que de mais<br />
moderno a indústria dispõe para<br />
conforto e segurança do passageiro,<br />
assim como excelente<br />
desempenho operacional.<br />
R.Ô.: Recentemente, a Scania<br />
participou da 8ª Fetrans-<br />
Rio, um dos principais eventos<br />
do segmento de transporte<br />
de passageiros do país. Na<br />
oportunidade, apresentou seu<br />
portfólio completo de chassis,<br />
com opções para ônibus urbanos<br />
e rodoviários. O evento<br />
rendeu muitos negócios para<br />
a empresa? Quais são as<br />
expectativas da marca para<br />
este ano?<br />
E.M.: A FetransRio é um importante<br />
evento para o setor,<br />
especialmente quando há a implementação<br />
de sistemas BRT ou BRS<br />
em iminência. Durante o evento,<br />
tivemos a oportunidade de apresentar<br />
as nossas opções para o<br />
transporte urbano de passageiros,<br />
inclusive para esses sistemas. A feira<br />
também nos ajudou a fortalecer<br />
o relacionamento com os nossos<br />
clientes e com o poder público, o<br />
que facilitará as negociações e a<br />
concretização de futuras parcerias,<br />
ainda este ano.<br />
11 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
produtos e serviços<br />
Marcopolo completa Geração 7<br />
com Double Decker e Low Driver<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 12<br />
Veículos têm aerodinâmica diferenciada<br />
e maior espaço interno<br />
No final do mês de março a<br />
Marcopolo apresentou os novos<br />
modelos da Geração 7: Paradiso<br />
Double Decker 1800 (piso duplo)<br />
e Paradiso Low Driver 1600 (o<br />
motorista fica posicionado mais<br />
abaixo em relação ao salão de<br />
passageiros). Os veículos possuem<br />
acabamento futurista – identidade<br />
Design levou em conta resultado de<br />
pesquisa feita com colaboradores,<br />
clientes, empresários e motoristas<br />
da empresa – e foram desenvolvidos<br />
para oferecer mais conforto,<br />
segurança e ergonomia para o<br />
setor de transporte de passageiros.<br />
Segundo José Carlos Bohrer,<br />
designer da Marcopolo, a concepção<br />
dos novos modelos levou<br />
em consideração resultados de<br />
uma pesquisa encomendada pela<br />
empresa e realizada com colaboradores,<br />
empresários, motoristas e<br />
clientes. Um dos itens abordados<br />
foi a altura dos passageiros, visando<br />
a oferecer mais espaço nos<br />
veículos. “Atestamos que 90%<br />
dos passageiros têm altura entre<br />
1,50 e 1,84 metro”. Quanto aos<br />
atributos, Bohrer afirmou que foram<br />
escolhidos cinco para chegar<br />
ao produto final. “Queríamos criar<br />
um produto que fosse ao mesmo<br />
tempo amigável, confortável, aerodinâmico,<br />
robusto e inovador”.<br />
Com relação ao design, a Marcopolo<br />
enfatizou a aerodinâmica<br />
de ambos os veículos. Tamanha<br />
dedicação permitiu que a empresa<br />
atingisse um coeficiente aerodinâmico<br />
muito baixo – 0,42 (em carros<br />
de passeio o máximo atingido é<br />
0,36). Esse indicador atesta a força<br />
de resistência ao ar do veículo em<br />
relação à superfície, o que significa<br />
mais estabilidade dos modelos<br />
quando em circulação.<br />
Além disso, ganharam desenho<br />
mais arrojado, com novos parabrisas<br />
panorâmicos, maiores e curvos,<br />
que aumentam as condições<br />
de visibilidade dos passageiros<br />
e do motorista. Internamente, é<br />
notável a elevação dos padrões<br />
de conforto e de segurança. Os<br />
veículos possuem novas portas,<br />
mais largas, e escadas com degraus<br />
diferenciados, que tornam a<br />
operação de entrada e saída mais<br />
confortável e agradável.<br />
Outra inovação dos veículos é o<br />
teto solar panorâmico no salão de<br />
passageiros, proporcionando maior<br />
contato com o ambiente externo.<br />
A iluminação do salão é toda em<br />
LEDs, com luzes indiretas para<br />
maior comodidade e sofisticação.<br />
Contam, também, com novo monitor<br />
frontal em LED de 23 polegadas<br />
e monitores em LED de 15 polegadas<br />
posicionados no teto ao longo<br />
de todo o salão, permitindo melhor<br />
visibilidade de qualquer poltrona.<br />
De acordo com o diretor comercial<br />
de Mercado Interno, Paulo<br />
Corso, os novos modelos estarão à<br />
disposição dos frotistas a partir do<br />
segundo semestre. O Paradiso Low<br />
Driver entra em linha de produção<br />
em maio. Já o Double Decker, no<br />
mês seguinte. “Mesmo sem terem<br />
sido apresentados oficialmente<br />
aos empresários, os veículos já<br />
foram motivo de elogios, e a empresa<br />
comercializou cerca de 150<br />
unidades dos novos ônibus. Temos<br />
carros vendidos para o Paraná, Rio<br />
de Janeiro, Santa Catarina, São<br />
Paulo e Recife”, afirmou Corso.
“Mesmo sem terem sido<br />
apresentados oficialmente aos<br />
empresários, os veículos já foram<br />
motivo de elogios, e a empresa<br />
comercializou cerca de 150<br />
unidades dos novos ônibus”<br />
Paulo Corso,<br />
diretor comercial de Mercado Interno<br />
Apesar desse otimismo inicial,<br />
Corso cita que, para o mercado<br />
nacional, esse número não deve<br />
crescer muito, pois tanto o LD quanto<br />
o DD são produtos destinados a<br />
aplicações específi cas, com alguns<br />
veículos operando em linhas regulares<br />
e outros circulando em rotas<br />
turísticas. “Hoje temos 100% da<br />
produção nacional no que diz respeito<br />
a esse nicho de mercado. Mas,<br />
diferentemente dos outros produtos<br />
da linha G7, quando chegarmos a<br />
vender cerca de 1.000 veículos por<br />
ano, não devemos aumentar muito<br />
o número de veículos já vendidos<br />
aqui no país”.<br />
O diretor completa dizendo<br />
que algumas empresas apostam<br />
nesse tipo de veículo, por oferecer<br />
um serviço diferenciado aos<br />
seus passageiros. “Em regiões<br />
onde existe concorrência de<br />
linhas, a empresa consegue<br />
atrair mais passageiros ao disponibilizar<br />
serviços para clientes<br />
diversos. Em um ônibus Double<br />
Decker, por exemplo, o empresário<br />
pode oferecer um serviço<br />
leito no piso inferior e semileito<br />
no superior. Assim, ele pode cobrar<br />
dois tipos de tarifa em um<br />
mesmo veículo”.<br />
Mas, se as vendas no mercado<br />
interno parecem atingir seu<br />
limite logo no lançamento dos<br />
modelos, a aposta em exportação<br />
é motivo de entusiasmo para<br />
a Marcopolo. O crescimento da<br />
demanda em países como Peru<br />
e Chile e a grande utilização de<br />
ônibus de piso duplo na Argentina<br />
animam a empresa, como<br />
diz o gerente de Vendas para<br />
Linhas futuristas<br />
e arrojadas são<br />
marca da G7, e<br />
prometem atrair<br />
os clientes<br />
Double Decker permite<br />
oferta de dois tipos de<br />
serviço num mesmo<br />
ônibus, com tarifas<br />
diferentes
produtos e serviços<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 14<br />
Sistema de renovação<br />
de ar natural, corredor<br />
central com piso de<br />
madeira e climatização<br />
em todo o ambiente são<br />
alguns itens de conforto<br />
para o passageiro<br />
Mercado Externo, Paulo Andrade.<br />
“Posso adicionar a esses países<br />
o Paraguai, a Bolívia e a África<br />
do Sul, como mercados consumidores<br />
de ônibus Double Decker.<br />
O Low Driver tem pouca procura<br />
pelo mercado externo. Concentramos<br />
de 95 a 98% das vendas<br />
na carroceria de piso duplo.<br />
Tradicionalmente exportamos até<br />
800 unidades por ano. Em 2010<br />
atingimos a marca de 1.500<br />
unidades, mas da Geração 6”.<br />
Em rápido comparativo entre<br />
os modelos da Geração 7 com os<br />
da anterior, é possível dizer que<br />
os novos são mais econômicos em<br />
consumo, conforme já atestado<br />
pelas empresas que utilizam os<br />
ônibus lançados em 2009. Os<br />
relatos indicam economia variável<br />
entre 4 e 8%. “Isso depende da<br />
linha, da conduta dos motoristas,<br />
entre outros fatores” – cita Corso.<br />
O peso também teve destaque<br />
na concepção dos veículos. Com o<br />
uso de plástico de engenharia em<br />
diversas partes, estima-se que os<br />
novos modelos tenham cerca de<br />
500 quilos a menos.<br />
No que diz respeito ao conforto<br />
dos passageiros, os veículos<br />
foram equipados com avançado<br />
sistema de renovação de ar natural<br />
e corredor do piso central revestido<br />
de madeira, o que permite melhor<br />
isolamento térmico e acústico.<br />
O sistema de ar-condicionado<br />
proporciona maior eficiência na<br />
climatização de todo o ambiente,<br />
pois conta com novos dutos integrados<br />
ao teto e chicote elétrico<br />
separado.<br />
Nos modelos Paradiso DD<br />
1800 e LD 1600, o motorista<br />
e o auxiliar receberam especial<br />
atenção em termos de conforto<br />
e ergonomia, a fim de facilitar<br />
a condução do veículo. A cabine<br />
foi totalmente redesenhada, com<br />
nova porta, painel frontal completo,<br />
piso e poltronas. O Paradiso<br />
DD 1800 se apresenta nas versões<br />
6x2 e 8x2 e tem 13.200 mm e<br />
14.000 mm de comprimento,<br />
respectivamente, e 2.600 mm de<br />
largura. Já o Paradiso LD 1600,<br />
nas versões 4x2 e 6x2 e possui<br />
14.000 mm de comprimento,<br />
2.600 mm de largura e altura<br />
interna de 1.890 mm. Os veículos<br />
chegam ao mercado nacional com<br />
valores que variam entre 800 e<br />
900 mil reais.
15 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
veículo versátil<br />
Os miniônibus<br />
vão auxiliar no<br />
patrulhamento<br />
e suporte às<br />
ações policiais<br />
no RS<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 16<br />
Miniônibus reforçam Segurança<br />
Pública no Rio Grande do Sul<br />
As unidades dispõem de cela e computadores com<br />
leitor de impressão digital<br />
A população gaúcha vai poder<br />
se sentir mais segura. Desde o final<br />
de fevereiro estão à disposição<br />
quatro veículos que funcionarão<br />
como delegacia policial móvel. Os<br />
miniônibus foram desenvolvidos<br />
pela Volare, especialmente para<br />
atender às demandas da Polícia<br />
Civil do Estado do Rio Grande do<br />
Sul. As primeiras unidades do modelo<br />
W9 a serem utilizadas nessa<br />
nova aplicação possuem balcão<br />
de atendimento, sala de espera,<br />
computadores com leitores de<br />
digitais e cela de detentos.<br />
Adquiridos por meio do Programa<br />
Nacional de Segurança<br />
Pública com Cidadania (Pronasci),<br />
os ônibus atuarão como equipamento<br />
auxiliar em operações policiais<br />
– para registrar ocorrências<br />
de delitos, perda de documentos<br />
e também receber denúncias.<br />
“Para nós é muito importante<br />
desenvolver veículos que atendem<br />
às necessidades da polícia, assim<br />
como já havíamos feito com as<br />
unidades móveis de saúde”, explica<br />
Milton Susin, diretor executivo<br />
de Negócios Volare.<br />
Desenvolvido pelo Ministério<br />
da Justiça, o Pronasci marca uma<br />
iniciativa no enfrentamento à<br />
criminalidade no país. O projeto<br />
articula políticas de segurança com<br />
ações sociais, prioriza a prevenção<br />
e busca atingir as causas que levam<br />
à violência, sem abrir mão das<br />
estratégias de ordenamento social<br />
e segurança pública.<br />
Entre os principais eixos do<br />
Pronasci destacam-se: a valorização<br />
dos profissionais de<br />
segurança pública; a reestruturação<br />
do sistema penitenciário;<br />
o combate à corrupção policial; e<br />
o envolvimento da comunidade<br />
na prevenção da violência. Para<br />
desenvolvimento do Programa,<br />
o governo federal investirá R$<br />
6,707 bilhões até o fim de 2012.<br />
As unidades permitirão o<br />
atendimento a várias comunidades<br />
carentes, principalmente<br />
onde o acesso a uma delegacia<br />
de polícia é difícil.<br />
O miniônibus Delegacia<br />
Móvel tem capacidade para<br />
transportar até cinco policiais<br />
em poltronas do tipo soft reclinável,<br />
bem como possui parede<br />
divisória separando o compartimento<br />
de deslocamento do de
trabalho, porta de acesso para<br />
motorista e acompanhantes<br />
de ambos os lados, vidro com<br />
película de isolamento, rádio<br />
transceptor VHF com 160 canais<br />
de operação, microfones móveis<br />
de mão e de lapela e bateria recarregável.<br />
Externamente o veículo<br />
apresenta toldo retrátil na<br />
lateral direita com cinco metros<br />
de comprimento e dois metros<br />
de largura, plataforma traseira<br />
para transporte de motocicleta e<br />
sirene eletrônica com megafone.<br />
Para melhor atender à comunidade,<br />
o veículo possui três<br />
guichês (cada um com quatro<br />
cadeiras de espera), computador<br />
portátil com gravador de DVD,<br />
sistema de internet sem fio (wireless),<br />
leitor de impressões digitais,<br />
Bluetooth, duas impressoras<br />
– uma a laser, com funções de<br />
fax, copiadora e escâner, e outra<br />
matricial – e sistema de circuito<br />
elétrico de 127/220 V.<br />
A delegacia volante conta<br />
ainda com cela para detentos<br />
com paredes sem vidro e ventilador/exaustor,<br />
sistema de<br />
abastecimento de água com<br />
150 litros e banheiro químico<br />
do tipo trailer.<br />
Marca inova e apresenta<br />
os novos modelos W FLY<br />
A Volare lançou, no início de<br />
março, a nova linha de miniônibus<br />
W FLY. Sinalização externa em Full<br />
LED, ampla utilização de plásticos<br />
de engenharia 100% recicláveis nos<br />
para-choques, bem como laterais e<br />
revestimentos internos que absorvem<br />
o impacto e colaboram para a<br />
preservação ambiental, são as principais<br />
características dos modelos.<br />
Os miniônibus apresentam<br />
para-choques dianteiro e traseiro,<br />
capô dianteiro, para-lamas e laterais<br />
inferiores em NORYL – material<br />
com grande capacidade de<br />
absorção de impactos, deformação<br />
elástica, diminuindo os custos de<br />
manutenção e/ou troca de peças.<br />
Para o diretor executivo da<br />
Volare, Milton Susin, a fabricante<br />
está substituindo em larga escala<br />
a fibra de vidro por plásticos de<br />
engenharia, sustentáveis e mais<br />
“amigáveis”. “Na linha W FLY<br />
demos um passo importante no<br />
sentido de aumentar a preservação<br />
ambiental e no uso de processos<br />
e produtos que não agridem a<br />
natureza. O resultado é um veículo<br />
leve, de fácil manutenção e menor<br />
custo operacional. Para os frotistas<br />
interessados, os novos modelos da<br />
linha têm custo que variam entre<br />
R$ 190 e 220 mil”.<br />
Limousine, Volare único<br />
Outra novidade da nova linha<br />
W FLY é o lançamento do modelo<br />
Limousine. Este miniônibus possui<br />
equipamentos e características<br />
inéditas, que ampliam o requinte, o<br />
conforto, e criam um novo segmento<br />
de mercado, exclusivo e diferenciado<br />
para o transporte turístico.<br />
Na parte externa, o veículo<br />
se diferencia por itens exclusivos,<br />
como acabamentos cromados sobre<br />
a grade dianteira, para-choque<br />
traseiro e complemento no conjunto<br />
ótico, retrovisores pintados na<br />
mesma cor da carroçaria e vidros<br />
laterais colados. Mas é no interior<br />
que estão os principais destaques<br />
do Limousine. O modelo conta com<br />
poltronas semileito, mais largas,<br />
com 1.060 mm de largura, bem<br />
como com apoio para a cabeça em<br />
espuma visco-elástica – material<br />
capaz de se adaptar à estrutura e à<br />
altura do passageiro, acomodandoo<br />
com o máximo de conforto.<br />
17 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
inovação<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 18<br />
BRS de Copacabana chega à<br />
Barata Ribeiro e Raul Pompeia<br />
Novo trecho do corredor, no sentido Ipanema,<br />
tem 20 pontos e opera 67 linhas<br />
Depois do sucesso do corredor<br />
Bus Rapid System (BRS) da Avenida<br />
Nossa Senhora de Copacabana,<br />
implantado em fevereiro passado, o<br />
bairro da Zona Sul carioca ganhou<br />
mais um trecho do BRS, desta vez<br />
nas ruas Barata Ribeiro e Raul Pompeia,<br />
no sentido Ipanema. Esta nova<br />
etapa do corredor foi inaugurada no<br />
dia 9 de abril. O BRS prioriza o transporte<br />
público e, para que isso ocorra,<br />
duas das quatro faixas das duas vias<br />
foram dedicadas ao mesmo.<br />
Agora, as 67 linhas que passam<br />
pelas ruas Barata Ribeiro e Raul<br />
Pompeia estão divididas em três<br />
grupos: BRS 1, BRS 2 e BRS 3, com<br />
20 pontos de parada distribuídos<br />
pelas duas vias, priorizando o acesso<br />
ao metrô e a pontos de interesse<br />
comum. Desta forma, os passageiros<br />
só podem embarcar ou desembarcar<br />
nos locais correspondentes.<br />
Todos os 20 pontos de ônibus<br />
do BRS Barata Ribeiro / Raul Pom-<br />
peia foram nomeados individualmente<br />
e sinalizados com identidade<br />
visual própria, apresentando informações<br />
sobre as linhas referentes<br />
ao ponto em questão, bem como<br />
a respeito das demais que param<br />
nas proximidades. Também existe<br />
um grande mapa da avenida com<br />
a localização de todos os pontos,<br />
para ninguém fi car perdido.<br />
População informada<br />
Para que a população entenda<br />
a transformação, foram<br />
distribuídos panfletos com as<br />
informações sobre as mudanças<br />
no transporte público nessas<br />
duas ruas, da mesma forma que<br />
aconteceu na Nossa Senhora<br />
de Copacabana. Um efetivo de
PÉSSIMO<br />
PÉSSIMO<br />
RUIM<br />
REGULAR<br />
PÉSSIMO<br />
RUIM<br />
RUIM<br />
REGULAR<br />
PÉSSIMO<br />
Pesquisa no site www.fetranspor.com.br<br />
Avaliação do tempo de viagem dentro do ônibus<br />
REGULAR<br />
BOM<br />
BOM<br />
ÓTIMO<br />
BOM<br />
ÓTIMO<br />
20 40 60 80 100<br />
Avaliação da sinalização e das informações sobre<br />
as linhas de ônibus nas paradas<br />
ÓTIMO<br />
20 40 60 80 100<br />
20 40 60 80 100<br />
42<br />
31<br />
58<br />
64<br />
49<br />
42<br />
22<br />
15<br />
66<br />
85<br />
56<br />
22<br />
15<br />
66<br />
85<br />
56<br />
19 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
25 agentes de trânsito, entre<br />
guardas municipais e operadores<br />
da CET-Rio, está atuando<br />
no corredor viário para orientar<br />
o trânsito.<br />
A exemplo do que ocorreu na<br />
Avenida Nossa Senhora de Copacabana,<br />
a principal contribuição<br />
do BRS é a redução do tempo<br />
de viagem para os usuários de<br />
ônibus, os quais representam<br />
85% das pessoas que circulam<br />
diariamente pelo bairro. Com a<br />
implantação dos corredores em<br />
Copacabana, a frota circulante<br />
na região foi reduzida, porém a<br />
velocidade operacional dos ônibus<br />
aumentou de 13km/h, nos<br />
horários de pico, para 24km/h,<br />
ou seja, quase o dobro. A expectativa<br />
é que o passageiro possa<br />
cruzar o bairro em um tempo até<br />
50% menor. A meta para o novo<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 20<br />
trecho é que ele seja percorrido<br />
em 9 minutos no horário de rush.<br />
Os BRSs são a base do projeto<br />
de racionalização das linhas<br />
de ônibus no município, que vai<br />
readequar a oferta e a demanda<br />
de transporte público em todas<br />
as regiões da cidade. O Rio vai<br />
contar com mais de 20 corredores<br />
de BRS. Os próximos bairros<br />
a serem contemplados são Ipanema,<br />
Leblon e Centro.<br />
Opinião de quem usa<br />
Em pesquisa feita pela <strong>Fetranspor</strong>,<br />
através do site (www.<br />
fetranspor.com.br), 85 das pessoas<br />
que responderam afi rmaram que<br />
o trânsito melhorou um pouco e<br />
68 disseram que melhorou muito.<br />
Quanto ao tempo de viagem com<br />
Como identifi car os ônibus<br />
Na frente de cada ônibus existe um adesivo com a sigla BRS e um<br />
número, que pode ser 1, 2 ou 3, correspondente aos pontos da<br />
avenida em que ele para.<br />
BRS 1:<br />
linhas radiais do consórcio Intersul Intersul (cor amarela) amarela) que ligam a Zona<br />
Sul ao Centro. São seis pontos de parada.<br />
BRS 2:<br />
linhas que ligam os bairros dentro da área do consórcio<br />
Intersul. São seis pontos de parada.<br />
BRS 3:<br />
linhas que chegam a Copacabana operadas por outros<br />
consórcios: Internorte (cor verde), Santa Cruz (cor (cor vermevermelha) e Transcarioca (cor azul).<br />
OBS. A relação das linhas do BRS Copacabana e o mapa<br />
com a localização dos pontos podem ser acessados no<br />
site da <strong>Fetranspor</strong>: www.fetranspor.com.br/brs.<br />
a entrada em funcionamento<br />
do BRS, 85 escolheram a opção<br />
“bom” e 55 marcaram “ótimo”.<br />
A sinalização e o sistema de informações<br />
implementados também<br />
receberam avaliação positiva. Já o<br />
tempo de espera nos pontos ainda<br />
é considerado um problema para<br />
os usuários.<br />
O Rio terá mais de 20<br />
corredores de BRS, que<br />
são a base do projeto de<br />
racionalização das linhas<br />
de ônibus no município,<br />
responsável por readequar<br />
a oferta e a demanda de<br />
transporte público em todas<br />
as regiões da cidade<br />
22 pontos novos (8 BRS 1,<br />
7 BRS 2, 7 BRS 3) foram<br />
posicionados nas ruas Barata<br />
Ribeiro e Raul Pompeia
prêmio internacional<br />
<strong>Fetranspor</strong> e RioCard<br />
vencem prêmio da UITP<br />
na América Latina<br />
Bilhete Único e Vale-Transporte são vencedores regionais, Selo Verde é<br />
fi nalista mundial do “PTx2 Awards”, e <strong>Fetranspor</strong> recebe o “Carruagem<br />
de Ouro” do Parlamento Russo<br />
Por Roselene Alves<br />
A <strong>Fetranspor</strong> e a RioCard receberam<br />
o Prêmio da campanha<br />
“PTx2 Awards” (Prêmio Transporte<br />
Público vezes 2), lançada pela<br />
União Internacional de Transportes<br />
Públicos (UITP), para estimular e<br />
reconhecer as melhores práticas<br />
de incentivo que estejam contribuindo<br />
para dobrar a utilização<br />
do transporte público, até o ano<br />
de 2025.<br />
O Prêmio foi entregue em<br />
Dubai, no último dia do 59º<br />
Congresso Mundial de Transporte<br />
Público da UITP, realizado entre<br />
10 e 14 de abril pela entidade<br />
internacional, e sediado pela Dubai<br />
Roads and Transport Authority<br />
(RTP). Tanto a <strong>Fetranspor</strong> como a<br />
RioCard foram vencedoras pela<br />
América Latina, com os cases do<br />
Bilhete Único e do Vale-Transporte.<br />
Na premiação internacional, a<br />
<strong>Fetranspor</strong> também se destacou,<br />
fi cando entre os fi nalistas, com<br />
o Programa Selo Verde, na categoria<br />
“Public Transport Advocacy<br />
Award”, vencida pela Canadian<br />
Urban Transit Association, do<br />
Canadá.<br />
BU e VT<br />
O Bilhete Único Intermunicipal<br />
foi eleito como o Melhor<br />
Programa de Transporte da<br />
América Latina, na categoria
prêmio internacional<br />
Lélis Teixeira<br />
recebendo o<br />
prêmio pela<br />
RioCard<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 22<br />
“Introdução a Novas<br />
Políticas de Transportes”.<br />
Já a experiência<br />
“Vale-Transporte – O<br />
desafio da universalização<br />
do benefício que<br />
garante a mobilidade<br />
dos trabalhadores”<br />
ganhou a premiação<br />
regional da América<br />
Latina, na categoria<br />
“Service Improvement<br />
Award”.<br />
Ainda durante o<br />
evento, a <strong>Fetranspor</strong> recebeu<br />
mais um Prêmio<br />
– “Zolataja Kolesnica”<br />
(Carro de Ouro) –, concedido<br />
pela Comissão de Transportes do<br />
Parlamento da Federação Russa.<br />
O Ministério de Transportes Russo<br />
elegeu a <strong>Fetranspor</strong> uma das<br />
três melhores organizações de<br />
transportes do mundo, ao lado<br />
da Municipalidade de Shangai<br />
(Shangai, China) e da Infraestruturas<br />
Ferroviárias da Catalunha<br />
(Barcelona, Espanha).<br />
155 inscritos<br />
A campanha “PTx2 Awards”<br />
foi criada pela UITP em 2009,<br />
durante o 58º Congresso Internacional<br />
da entidade, com o objetivo<br />
de dobrar o uso do transporte<br />
público no mundo até 2025. Esta<br />
também foi a proposta principal
do congresso, que teve como slogan<br />
“Boosting public transport:<br />
Action!” (Incentivo ao Transporte<br />
Público: Ação!).<br />
O Prêmio recebeu 155 inscrições,<br />
de 43 países de todos os<br />
continentes do globo.Todos os<br />
inscritos tiveram de apresentar<br />
projetos desenvolvidos entre os<br />
anos de 2009 e 2010, que, além<br />
de não terem sido encerrados, sejam<br />
considerados bons exemplos<br />
para inspirar novas ações que contribuam<br />
para aumentar em duas<br />
vezes o mercado de transporte<br />
público nos próximos 14 anos.<br />
Duas mil delegações, de 80 países,<br />
participaram do Congresso, que<br />
contou também com 300 estandes,<br />
Duas mil delegações, de 80<br />
países, participaram do 59°<br />
Congresso Munidial<br />
da UITP em Dubai<br />
2025 = Ptx2<br />
AWARDS<br />
Vale-Transporte<br />
Em 16 de dezembro de 1985 , a Lei nº 7.418 instituiu<br />
o Vale-Transporte (VT), inicialmente facultativo. Dois anos depois, o<br />
benefício passou a ser obrigatório, pela Lei nº 7.619, a qual estipula<br />
o máximo de 6% do salário líquido do empregado para fi ns<br />
de transporte para o serviço, devendo o restante ser custeado pelo<br />
empregador.<br />
A missão de comercialização e distribuição de vale-transporte,<br />
no Estado do Rio de Janeiro, para todos os modais, foi concedida<br />
à <strong>Fetranspor</strong>, que criou a empresa RioCard, em 2007, objetivando<br />
melhorar a administração e os investimentos. Com a implantação do<br />
sistema de bilhetagem eletrônica, foi possível a unifi cação de todos<br />
os processos que envolvem tal benefício e a sua aceitação em cada<br />
modalidade de transporte existente no Estado: ônibus, barco, trem<br />
e vans legalizadas.<br />
A informação é o ponto-chave no processo de melhoria, o que<br />
é comprovado pela abrangência da rede de atendimento do valetransporte:<br />
lojas, call centers, bem como o setor comercial, com uma<br />
equipe especializada em grandes e médias empresas. Toda esta<br />
gestão é modelo no Brasil e estabelece um sistema único no país.<br />
Em intenso esforço de difusão do benefício, a RioCard conseguiu<br />
atingir, em dezembro de 2010, mais de 53% dos trabalhadores do<br />
Estado. Os clientes corporativos passaram, em dois anos, de 60 para<br />
79 mil, o que representa surpreendente crescimento de 13% por ano,<br />
em conformidade com a política da empresa de expandir o alcance<br />
do vale-transporte através da inclusão territorial e do esclarecimento<br />
empresarial cada vez maior.<br />
23 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
prêmio internacional<br />
Lélis Teixeira, presidente da<br />
<strong>Fetranspor</strong> e da RioCard, com<br />
o especialista brasileiro em<br />
transportes Cláudio de Senna<br />
Frederico<br />
Além do “PTx2 Awards”, a<br />
<strong>Fetranspor</strong> recebeu o “Zolataja<br />
Kolesnica”, concedido pela<br />
Comissão de Transportes do<br />
Parlamento russo, por considerar<br />
a Federação uma das três<br />
melhores organizações de<br />
transportes do mundo<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 24<br />
de 37 países, visitados por cerca<br />
de 10 mil pessoas, destacandose<br />
ministros de várias partes do<br />
mundo, executivos e especialistas<br />
do setor de transportes.<br />
“Imensurável”<br />
Estiveram presentes ao congresso<br />
e à premiação autoridades,<br />
operadores, investidores,<br />
indústrias, instituições acadêmicas,<br />
pesquisadores, associações<br />
e ONGs. O presidente executivo<br />
da Federação, Lélis Teixeira, e a<br />
diretora de Mobilidade, Richele<br />
Cabral, representaram a entidade<br />
no evento. Lélis recebeu o prêmio<br />
pela RioCard, e o secretário de<br />
Transportes do Estado do Rio, Júlio<br />
Lopes, que representou o governo<br />
do Estado, pelo Bilhete Único.<br />
Segundo a diretora de Mobilidade,<br />
a vitória do BU foi um<br />
reconhecimento a um trabalho<br />
que deu certo. “A gente fica mais<br />
feliz ainda porque se trata de um<br />
benefício que trouxe melhorias<br />
para muitas pessoas. É imensurável<br />
o que o Bilhete Único fez pela<br />
população. Além disso, foi uma<br />
boa política para as empresas<br />
operadoras, que puderam se reestruturar<br />
e aumentar o número<br />
de passageiros transportados”,<br />
afirma Richele Cabral.<br />
Ano da informação<br />
Sobre o congresso, Richele<br />
manifestou sua satisfação em<br />
perceber que o Rio de Janeiro<br />
está no caminho certo. “Entre os<br />
assuntos mais abordados durante<br />
o evento, destacam-se a questão<br />
da tecnologia e da melhoria da<br />
informação para o usuário. E nós,<br />
da <strong>Fetranspor</strong>, elegemos o ano de<br />
2011 justamente como o ano da<br />
informação ao cliente. Já estamos<br />
trabalhando neste sentido, através<br />
da sinalização dos pontos, da campanha<br />
feita para divulgação do BRS<br />
etc. E vamos utilizar a tecnologia a<br />
nosso favor nessa proposta, seja<br />
através de celulares, dos validadores<br />
ou de outras ferramentas que<br />
possam nos ajudar na informação<br />
constante aos usuários”, finaliza.<br />
O próximo congresso será<br />
realizado em Geneva, na Suíça,<br />
em maio de 2013.
Sobre a UITP<br />
A UITP é uma organização<br />
internacional voltada para o<br />
aprimoramento do transporte<br />
público em todo o mundo, por<br />
meio da troca de experiências e<br />
do incentivo à refl exão sobre sua<br />
importância como solução para as<br />
cidades. Conta atualmente com<br />
3.400 membros, de 92 países.<br />
Selo Verde<br />
Bilhete Único<br />
A <strong>Fetranspor</strong> foi uma das seis fi nalistas na premiação internacional da UITP,<br />
na categoria “Public Transport Advocacy Award”, por ter, em 2009, lançado o<br />
maior programa de controle de emissões do setor de transporte público de passageiros<br />
do Brasil, conhecido como “Programa Selo Verde”. Voltado à redução<br />
do nível de consumo de combustível, da emissão de gases de efeito estufa (GEE)<br />
e de material particulado, o Programa promove a melhoria da qualidade do ar<br />
das cidades no Estado do Rio de Janeiro, tornando seus ônibus uma das opções<br />
mais sustentáveis de transporte de passageiros.<br />
Os resultados são notáveis. Somente no ano de 2009 foi economizado o<br />
equivalente a 70 milhões de litros de diesel, em virtude da adequação das<br />
manutenções das frotas de ônibus pelas empresas, signifi cando uma redução<br />
anual de 194 mil toneladas de CO 2 e de 4.300 toneladas de material particulado,<br />
considerado o mais danoso poluente local associado ao setor de transportes<br />
nos grandes centros urbanos atualmente.<br />
2025 = Ptx2<br />
AWARDS<br />
Case vencedor do Prêmio Regional da América<br />
Latina na categoria “Introdução a Novas<br />
Políticas Públicas”, o Bilhete Único, criado há<br />
pouco mais de um ano (fevereiro de 2010), já<br />
apresenta aumento signifi cativo no número de usuários<br />
dos transportes públicos no Estado do Rio de Janeiro. Em 2010, foram<br />
realizadas mais de 170 milhões de viagens.<br />
O BU possibilitou a racionalização do sistema de transportes e promoveu<br />
a integração tarifária e a inclusão social, levando à ampliação da mobilidade<br />
urbana, devido à redução do custo e à integração de viagens entre todos os<br />
modais de transporte. O novo sistema permite que, por uma tarifa reduzida,<br />
o passageiro viaje entre municípios atendidos pelo BU, utilizando até dois<br />
veículos de qualquer modal de transporte público, no intervalo máximo<br />
de duas horas e meia. No início da operação, houve grande aumento de<br />
demanda. Com dois meses, o BU já havia cadastrado mais de 1,8 milhão<br />
de pessoas.<br />
25 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
cidades da copa<br />
Foto da Av. Presidente<br />
Antônio Carlos hoje,<br />
com pista exclusiva<br />
para ônibus, e ao lado<br />
uma das imagens do<br />
projeto futuro para<br />
implementação do BRT<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 26<br />
O legado de<br />
Belo Horizonte<br />
Participação nas Copas de 2014 e das Confederações antecipa<br />
implementação do plano estratégico de transportes da cidade<br />
Por Fred Alves<br />
Para realizar uma jogada<br />
de mestre, as cidades-sede da<br />
Copa do Mundo de 2014 têm<br />
que aproveitar bem a ocasião.<br />
Principalmente no que diz respeito<br />
à mobilidade urbana desses<br />
municípios. Sabendo disso, Belo<br />
Horizonte está se preparando<br />
para fazer um gol de placa em<br />
cima da oportunidade e deixar<br />
para a cidade um verdadeiro legado<br />
no transporte público, com<br />
a construção de três corredores<br />
expressos de ônibus (BRTs, na<br />
sigla em inglês), que beneficiarão<br />
mais de 600 mil pessoas.<br />
O município já possuía diagnósticos<br />
sobre a situação da mobilidade<br />
antes mesmo de o Brasil<br />
ganhar o direito de realizar a<br />
competição e, baseado neles, vinha<br />
desenvolvendo projetos para<br />
o melhoramento do setor. Parte<br />
desse planejamento estratégico<br />
prevê sete BRTs cortando a capital.<br />
Pelo andamento normal dos<br />
planos, as obras seriam realizadas,<br />
a médio e longo prazos, pela<br />
administração pública. Acontece<br />
que, com BH sendo eleita uma<br />
das cidades que receberão os<br />
jogos da Copa do Mundo, assim<br />
como a Copa das Confederações,<br />
um ano antes, tornou-se possível<br />
a antecipação de parte deste<br />
projeto.<br />
Para o diretor de planejamento<br />
da BHTrans, Célio Freitas,<br />
o momento não poderia ser mais<br />
oportuno. “Nós entendemos<br />
a Copa como uma janela de<br />
oportunidade. Com as facilidades<br />
de financiamento para<br />
as obras necessárias e com os<br />
poderes municipal, estadual e<br />
federal trabalhando juntos, veremos<br />
mudanças muito positivas<br />
acontecendo em Belo Horizonte.<br />
São várias as adequações que<br />
necessitam ser realizadas. Vão<br />
desde a do estádio Mineirão,<br />
passando pelos aeroportos, pela<br />
rede hoteleira, até o sistema de
Estação BHBUS<br />
Barreiro<br />
Estação BHBUS<br />
Diamante<br />
Estação BHBUS<br />
São José<br />
Belo Horizonte<br />
Corredores de<br />
BRT<br />
Estação BHBUS<br />
V Venda Nova<br />
Estação BHBUS<br />
Pampulha<br />
Estação BHBUS<br />
Catalão<br />
AAAAAAAAv Av Av Av Avvvvv<br />
...<br />
nnnnn<br />
ffffo foo<br />
AAAAAAAf Af Af<br />
Estação<br />
Eldorado<br />
ssssssss<br />
oooV oV oVVVVVVa<br />
Va Va Vaaaa<br />
zzz ddd eee MMMMMMM eee llll oooooo<br />
BBBBBRRRRRR - 04400<br />
Estação<br />
Estação<br />
Cidade Industrial<br />
óóóóó<br />
lllll<br />
CCCCCCC<br />
sss<br />
iii<br />
vvvvv<br />
vvvv. v. v. v. v. ....<br />
AAAAAAAAv Av Av Av Av<br />
AAAAvv Av<br />
SSS<br />
A . A AAAAAAAAbbbbbbbbbbbíííííííííllll<br />
iii ii<br />
iiiii<br />
ii<br />
ii<br />
i ll<br />
ll<br />
lll ll<br />
bbb bb bb bb bb bb bb bb bíí<br />
íí íí íí í<br />
aa<br />
íl ííl ííl ííl<br />
RRRRRRR.. BBBBBBBB... EEEEEd dddddd<br />
Ed EEd EEd<br />
a<br />
VVi Vi<br />
aaaaaa<br />
iiiiiii VVVVVVV<br />
aa<br />
lllgggg<br />
oooooooo M MMMMMMMMMMaaaaaaaccccccchhhhhaaaadddddd<br />
ddddddddd ooooo<br />
aad adooooo<br />
a<br />
E u uuuuuaaaaaarrrrrdddddddo oooo G GGGGGG<br />
E<br />
V xp pppppprrrrreeeee<br />
s<br />
o<br />
i<br />
r<br />
é<br />
n<br />
MMMMM i<br />
dddddddddddo<br />
do<br />
do<br />
do<br />
do<br />
doooooo<br />
ssssss<br />
Go GGo ooooo<br />
GG<br />
oo o<br />
G m mmmmeeeee<br />
mee<br />
m sssss<br />
re rre e ssss sssssss r<br />
es ees<br />
es ees s aaaaaa sss sss ss<br />
Avvvvv<br />
v<br />
AAAAA A TTTTTTTTe v. .<br />
RRRR..... PPPPPPPPPaaaaddddddddrrrreeeee PPPPPPP...<br />
P. PP. P PPPPPPPPiiiiiinnnnnnttttttooooo<br />
LAGOA<br />
LAGOA DA<br />
P PAMPULHA<br />
.<br />
RRRRRRR<br />
o<br />
ççççççç<br />
oooooon<br />
on<br />
onnnnnnn<br />
cccccc eeeeeee iiiiii<br />
CCCCC<br />
AAAvvvv Av<br />
A .. TTTTTTaaaa<br />
NNNNNNNNNeeeeee<br />
cr crr<br />
ddddo<br />
re<br />
nnnnnnccccrr<br />
Ta Ta Ta Ta T<br />
c eeee<br />
Ne NNe NNe e eeeeeees ssssss N v vvvvv<br />
ev eev eev eev<br />
Estação<br />
Estação<br />
V ila Oeste<br />
ãããããããoooooo<br />
aaaaaa<br />
gggggg<br />
.. u uuu<br />
PPo<br />
PPo<br />
PPo<br />
Pooooo<br />
P r<br />
P<br />
vvv PPPP<br />
AAAAv Av<br />
ddddd<br />
oooooo<br />
rrrrrt rt rt rt<br />
or<br />
CC C<br />
AAvv Av AAv vv v<br />
A .<br />
v.<br />
llll<br />
tttttu tu tu tu tu<br />
ss<br />
aarrlloos LLuuzz<br />
RRRRRRRRRRRR ... PPPPPPPPPPaaaaaaaddddddrrrrrreeeee EEEEEEuuuuuu qqqqqqqq aaaaa<br />
nnnnnn<br />
iiiiisssssss ss ss<br />
sss sss sss ss ii<br />
ii<br />
iii ii<br />
ii<br />
ii<br />
rrrrrr<br />
rrrrr eeee zaaa<br />
CCCCCCCCC<br />
Te Te Teeeee<br />
Estação<br />
Gameleira<br />
sst<br />
sst<br />
sst<br />
st<br />
sst<br />
sst<br />
st<br />
st<br />
st<br />
st<br />
st<br />
sttt<br />
ttt<br />
ti ti ti<br />
t<br />
iiiiii ooooooo<br />
ssssssstttttáááááááááá ttá ttá ttá tá uuuuuuu<br />
Av AAv AAv AAv vvvvvvv<br />
AAAAAAAAA A .. zzzzzz A ... BBBBBBBa aaaaarrrrrããããããoooooo HHooom<br />
AAAAAAAAAvvvvvv Av AAv AAv AAv<br />
AAAAAAAAAA aaaaa<br />
AAAAAAvvvvvv Av AAv AAv AAv v VVVVVVVViiiiiilllllaaaaaaarrrrriiiiinnnnnhhhhhoooooo<br />
A .<br />
v.<br />
mmmmmmmma ma oooooooo nnnnn aaaaaaa sssss<br />
mmeeemmmmmmm ddddeeeee MMMMeeeeellloooo<br />
AAAAv Av<br />
A . RRajj<br />
a aaa G GGGaaaa<br />
aj<br />
Ga GGa GGa<br />
I<br />
d<br />
e<br />
P<br />
roo<br />
AAAAv Av Avvv<br />
.<br />
AAAAAAAAAvvvvv Av AAv AAv AAv A . WWWWWWWWWWaaaaaallllllddddddddo oooom mmmmmm<br />
G b bbbbbbá áááá<br />
bá bbá bbá bbá<br />
b gggggglllliiiiaaaaa<br />
om<br />
oom<br />
oom<br />
oom<br />
oom<br />
oom<br />
oom<br />
oom<br />
o<br />
SSSSSSS<br />
AAAAAAAAvvvvvv Av AAv AAv AAv v<br />
A ...<br />
AAAAAAA<br />
v.<br />
iiiiirrrrrrooooo LLLLLLLLLLooooobbbbbb<br />
ob<br />
o ooooooo<br />
eeeeee aaaaa e ssssss iiii i<br />
.<br />
vvvvv<br />
eeb eeb ebbbbbbb<br />
Estação Estação<br />
Calafate<br />
Carlos Prates<br />
Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação BHBUS<br />
V ilarinho<br />
ããããããããã oooooo<br />
sst sst sttttt<br />
ti ti ti<br />
RRRRRR.... JJJJJaaaaaacccccuuuuuíííí<br />
Estação<br />
Lagoinha<br />
CCCCCCC aaaaa rrrrr mmmmm oooo<br />
ddddddddd ooooooo<br />
a Sraa<br />
..<br />
s<br />
NNN o<br />
Estação<br />
Floramar<br />
SSSSSSSSSS<br />
AAAAAAAAAvvvv Av AAv AAv AAv v<br />
A ..<br />
v.<br />
vvi vi vvi vvi vvi vi vi viiiiiii<br />
i<br />
aaaaaa aa<br />
aa<br />
a<br />
iiiiivvvvv vv vv vv vv v<br />
ââââââ<br />
CCCCCCCCC<br />
.<br />
oooo<br />
tttttt<br />
vvvv<br />
eeeeeeeeee ddddddd iiii<br />
eeeeeee nnnnnnnn<br />
RRRRRR .... BBBBBBBB<br />
Estação<br />
Estação<br />
W WWaldomiro<br />
WWaldomiro WWaldomiro WW<br />
W aldomiro Lobo<br />
Estação<br />
Primeiro de Maio<br />
SSSSSSS<br />
ooooo<br />
ddddddd<br />
ddddd<br />
vvvv. v. . JJJJJJJJ<br />
AAAAAv Av Av Av<br />
viaa<br />
ooooo BBBBBBB aan annnnnnn<br />
Estação<br />
Estação<br />
Central<br />
Estação Estação BHBUS<br />
BHBUS<br />
São Gabriel<br />
nnnn iiii<br />
Estação<br />
Estação<br />
Horto<br />
nnnnnn<br />
r<br />
rrrra ra ra raaaaa<br />
aaa<br />
eee iiiiiii rrrr<br />
iiiii llllll vvvvv<br />
ddddd ããããããã oooooooo<br />
...<br />
RRRRRRRRRR<br />
rrrrr<br />
iiii eeeeee<br />
XXXXXXXa Xa Xa Xa Xaaaaa<br />
Estação<br />
Minas Shopping<br />
Estação<br />
Santa Inês<br />
AAAA<br />
v. v. ....<br />
Av Avv<br />
NNNNNNN<br />
iiiqqqqqqqqq<br />
nnnnnndddddd<br />
uuuuuuu<br />
eeeee<br />
rrrrrraaaaadddddd<br />
lliiinnnnnn n<br />
aaaasss as<br />
LEGENDA<br />
BRT Corredor Antônio Carlos<br />
BRT Corredor Cristiano Machado<br />
BRT Corredor Pedro II<br />
BRT Área Central<br />
Vias Principais<br />
a<br />
nna nna naaaaa<br />
Estação Estação<br />
Santa Santa T<br />
T Tereza ereza<br />
Estação<br />
Santa Efigênia<br />
Estação BHBUS<br />
José Cândido da Silveira<br />
Anel Rodoviário<br />
Linha 1 do Metrô<br />
Estação BHBUS (<strong>Ônibus</strong> /Metrô)<br />
Estação BHBUS (<strong>Ônibus</strong>)<br />
Estação de Metrô<br />
transporte público da cidade. Este<br />
é o ponto sob a responsabilidade<br />
da BHTrans”, diz.<br />
BH já possuía um plano de<br />
mobilidade, que tem caráter<br />
de Plano Diretor, com definições<br />
estratégicas expressas em<br />
políticas, ações e projetos. Tal<br />
planejamento visa a assegurar as<br />
melhores condições de mobilidade,<br />
acessibilidade e conectividade<br />
em todo o espaço urbano, assim<br />
como contribuir para a melhoria<br />
dos serviços em âmbito metropolitano.<br />
As empresas de ônibus<br />
da capital mineira, em dezembro,<br />
foram convidadas a se reunir com<br />
a administração pública para discutir<br />
as melhorias e adaptações<br />
necessárias, como a renovação de<br />
suas frotas, ampliação do serviço<br />
por ônibus articulados, a implan-<br />
27 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
cidades da copa<br />
“Dois dos três BRTs previstos devem estar<br />
prontos já em 2013 para a Copa das<br />
Confederações. O Corredor Antônio Carlos já foi<br />
licitado, e a duplicação já se iniciou... Os eventos<br />
acontecerão, acabarão, e os benefícios<br />
para a cidade ficarão por<br />
muitos anos”<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 28<br />
Célio Freitas<br />
Diretor de Planejamento da BHTrans<br />
tação do embarque em nível, de<br />
informação ao usuário em GPS,<br />
dentre outras. A ideia é que, com<br />
a finalização dos BRTs, haja a<br />
integração da administração dos<br />
serviços entre o município e o<br />
Estado, já que muitos dos corredores<br />
vão além dos limites de BH.<br />
Para Freitas, os eventos possibilitaram<br />
colocar em prática<br />
tais planos, o que deixará para a<br />
cidade um legado de transporte<br />
coletivo bem mais qualificado<br />
que o atual. “Por conta da Copa,<br />
conseguiremos realizar já três dos<br />
sete BRTs que temos programados.<br />
Isso é maravilhoso. Acho que<br />
o primeiro desafio a ser superado<br />
na estruturação da cidade foi<br />
termos um bom planejamento.<br />
É preciso ter um diagnóstico da<br />
situação em que se encontra a<br />
cidade, e isso nós já tínhamos,<br />
o que adiantou e facilitou o processo.<br />
Depois foi preciso traçar o<br />
panorama desejável para a Copa,<br />
do ponto de vista do deslocamento.<br />
Com isso, foram feitas simulações<br />
para saber como atingir o<br />
cenário desejado para os eventos<br />
e foram determinadas quais seriam<br />
as obras mais necessárias”,<br />
explica. Célio conta que todas<br />
as áreas da cidade pedem mais<br />
ônibus, mais viagens regulares,<br />
mas não é disso que necessitam.<br />
“Os moradores precisam gostar<br />
do serviço e confiar nos horários,<br />
pois planejando as viagens e<br />
sabendo da regularidade com<br />
que elas ocorrem, mais pessoas<br />
passam a usar o transporte coletivo.<br />
Quando pegamos um sistema<br />
que dobra a velocidade, como o<br />
BRT, que segue livremente, não<br />
para em semáforo, conseguimos<br />
ter mais viagens com a mesma<br />
frota. É isso que buscamos. Mais<br />
eficiência e qualidade no transporte<br />
coletivo”, defende.<br />
Marcelo Cintra do Amaral,<br />
coordenador de políticas de sustentabilidade<br />
da BHTrans, durante<br />
sua palestra no 14º Etransport,<br />
que aconteceu em outubro de<br />
2010 no Rio de Janeiro, explicou<br />
que, dentre os corredores de BRT<br />
propostos, foram priorizados<br />
três dos que apresentam maior<br />
demanda e propiciam o acesso ao<br />
Mineirão na Copa do Mundo. São<br />
eles: o BRT das avenidas Antônio<br />
Carlos – Pedro I, o da Avenida<br />
Cristiano Machado, sendo os dois<br />
corredores norte e sul, e o terceiro,<br />
o BRT das avenidas Pedro<br />
II – Carlos Luz. O financiamento<br />
para estas intervenções vem do<br />
PAC Copa, uma parceria entre<br />
governos federal e municipal. O<br />
custo do investimento estimado,<br />
só para os três corredores, é de<br />
mais de 870 milhões de reais.<br />
Segundo Célio Freitas, as<br />
obras estão totalmente dentro<br />
do cronograma de trabalho.<br />
“Dois dos três BRTs previstos<br />
devem estar prontos já em 2013<br />
para a Copa das Confederações.<br />
O Corredor Antônio Carlos já<br />
foi licitado, e a duplicação já se<br />
iniciou. O da Avenida Cristiano<br />
Machado já existe, sendo necessário<br />
reformular o corredor,<br />
repensar a geometria, instalar<br />
novas estações e modernizar<br />
toda a via e o sistema. A licitação<br />
deste está saindo em um mês.<br />
O terceiro estará pronto para a<br />
Copa. A Prefeitura tem acompanhado<br />
de perto a execução das<br />
obras e seus prazos, para contornar<br />
qualquer eventualidade que<br />
surja no processo. Os eventos<br />
acontecerão, acabarão, e os<br />
benefícios para a cidade ficarão
29 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
investimento consciente<br />
Fórum de Desenvolvimento<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 30<br />
Foi realizado, em 28 de março,<br />
no Plenário Barbosa Lima Sobrinho,<br />
no Palácio Tiradentes, o evento “Cidades<br />
Sustentáveis e Sistemas Inteligentes<br />
de Transportes”, parte do<br />
Fórum Permanente de Desenvolvimento<br />
Estratégico do Estado do Rio.<br />
O deputado Luiz Paulo Correa da<br />
Rocha abriu os trabalhos lembrando<br />
que o Rio de Janeiro irá sediar<br />
grandes eventos que vão modificar<br />
a estrutura da cidade. “Muito dessa<br />
estrutura já está saindo do papel.<br />
Grandes empresas prometem dinamizar<br />
áreas que sofrem com o<br />
abandono. Paralelamente a essa<br />
infraestrutura, que inclui corredores<br />
de transportes, pontes, viadutos,<br />
novas composições metroviárias e<br />
ferroviárias, há uma outra invisível,<br />
tão importante quanto, que é a tecnologia<br />
da informação”, esclareceu.<br />
Ele acrescentou que o Fórum é parte<br />
de um esforço para pensar em como<br />
aproveitar as oportunidades surgidas<br />
pelo fato do Rio de Janeiro estar<br />
sob os “holofotes” do mundo, a fim<br />
de que os investimentos que estão<br />
sendo feitos se traduzam numa real<br />
melhoria para todos.<br />
Palácio<br />
Tiradentes<br />
sedia<br />
discussões<br />
sobre cidades<br />
sustentáveis e<br />
transporte<br />
discute impacto de investimentos<br />
na cidade do<br />
Rio de Janeiro<br />
O secretário de Transportes do<br />
Estado do Rio, Julio Lopes, fez uma<br />
análise da situação atual dos transportes<br />
no Rio de Janeiro, apresentando<br />
as ações que já estão sendo<br />
implementadas para atender às<br />
exigências da Copa de 2014 e das<br />
Olimpíadas de 2016. Segundo Lopes,<br />
serão investidos R$ 30 bilhões<br />
no desenvolvimento do transporte<br />
no Estado. “A Região Metropolitana<br />
é o principal foco desses investimentos,<br />
que pretendem garantir<br />
234 novos veículos para passageiros<br />
da Super Via e do Metrô. A vida
“Paralelamente a essa infraestrutura, que inclui<br />
corredores de transportes, pontes, viadutos, novas<br />
composições metroviárias e ferroviárias, há uma<br />
outra invisível, tão importante quanto, que é a<br />
tecnologia da informação”, esclareceu Luiz Paulo<br />
do cidadão do Rio de Janeiro, principalmente<br />
na área metropolitana,<br />
vai mudar completamente pela<br />
perspectiva da mobilidade. Os corredores<br />
de BRT da prefeitura serão<br />
integrados aos investimentos que<br />
o Estado está fazendo”, afirma.<br />
O presidente da Super Via,<br />
Carlos José da Cunha, anunciou<br />
a chegada de 30 novos trens para<br />
este ano (3 deles vindos da China)<br />
e disse que, até 2016, serão mais 90<br />
composições. “Vamos reformar três<br />
Serão investidos R$ 30 bilhões no<br />
desenvolvimento do transporte no Estado. “A<br />
Região Metropolitana é o principal foco desses<br />
investimentos, que pretendem garantir 234 novos<br />
veículos para passageiros da Super Via e do<br />
Metrô”, afirma Júlio Lopes<br />
grandes oficinas, além de realizar a<br />
modernização de mais 84 veículos”,<br />
garantiu. O presidente da <strong>Fetranspor</strong>,<br />
Lélis Teixeira, falou do uso intensivo<br />
da tecnologia para aprimorar o serviço<br />
prestado aos usuários. Ele destacou<br />
o investimento feito pela Federação<br />
voltado para a modernização<br />
da frota e a qualificação dos profissionais,<br />
bem como a implantação<br />
do Bilhete Único Intermunicipal, que<br />
beneficia um considerável número<br />
de pessoas diariamente.<br />
Também estavam presentes<br />
o presidente do Metrô Rio, José<br />
Gustavo de Souza Costa, o secretário<br />
municipal de Conservação e<br />
Serviços Públicos do Rio, Carlos<br />
Roberto Osório, o deputado Paulo<br />
Ramos, o professor da Coppe/<br />
UFRJ, Paulo Cezar Ribeiro, Lia<br />
Lombardi, do Conselho Empresarial<br />
Brasileiro para o Desenvolvimento<br />
Sustentável, além de outros<br />
representantes dos poderes<br />
Executivo e Legislativo.<br />
31 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
econhecendo talentos<br />
Criado em 2009 com o objetivo<br />
de incentivar e reconhecer projetos<br />
que resultem em melhorias para o<br />
deslocamento das pessoas nas cidades<br />
do Estado do Rio de Janeiro,<br />
o Prêmio Mobilidade Urbana tem<br />
a sua segunda edição em 2011 e<br />
será concedido apenas na categoria<br />
Jornalismo. Em sua primeira<br />
edição (2009-2010), entregue<br />
durante a cerimônia de encerramento<br />
do 14º Etransport, o Prêmio<br />
era dividido em cinco categorias<br />
(Educação e Cultura, Jornalismo,<br />
Planejamento de Transporte e<br />
Tecnologia, Responsabilidade<br />
Socioambiental e Relacionamento<br />
com o Cliente), o que voltará a<br />
acontecer em 2012.<br />
O Prêmio Mobilidade Urbana<br />
de 2011 concederá aos jornalistas<br />
responsáveis pelas melhores matérias<br />
sobre o tema – veiculadas<br />
em jornal, revista, site, rádio ou<br />
televisão, entre 2 de julho de 2010<br />
e 31 de julho de 2011, em duas<br />
subcategorias (Mídia Impressa<br />
e Mídias Eletrônicas) – o troféu<br />
Mobilidade Urbana e um cheque<br />
de 10 mil reais. As inscrições<br />
poderão ser feitas de 15 de maio<br />
até 1º de agosto, exclusivamente<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 32<br />
através do site www.premiomobilidadeurbana.com.br.<br />
A divulgação<br />
dos três trabalhos finalistas em<br />
cada subcategoria será em 28 de<br />
outubro, e a premiação acontecerá<br />
em 24 de novembro, durante seminário<br />
de jornalismo promovido pela<br />
Federação.<br />
A criação do Prêmio Mobilidade<br />
Urbana foi uma forma que a <strong>Fetranspor</strong><br />
encontrou para estimular<br />
a criação de novos trabalhos, nas<br />
áreas abrangidas pelas categorias<br />
estabelecidas, e reconhecer aqueles<br />
que já são realizados há mais tempo.<br />
Isso porque a mobilidade é uma<br />
necessidade fundamental para o ser<br />
humano. Nossas cidades crescem<br />
cada vez mais, não comportam o número<br />
ascendente de veículos, nem é<br />
possível construir ruas e avenidas na<br />
mesma velocidade em que o volume<br />
de carros aumenta nas vias. Mobilidade<br />
é, pois, uma questão crucial<br />
para o funcionamento das cidades.<br />
Conhecer e destacar alguns<br />
cases de sucesso e propostas de<br />
soluções para esta questão, que<br />
atinge principalmente as grandes<br />
cidades, pode nos ajudar nessa empreitada<br />
de melhorar a mobilidade<br />
urbana. Esta é a missão do prêmio.<br />
A<br />
consagração do<br />
jornalismo<br />
sobre transportes<br />
<strong>Fetranspor</strong> incentiva a cobertura<br />
jornalística das transformações<br />
em curso no deslocamento de<br />
pessoas<br />
Fotos da premiação de 2010
educação corporativa<br />
Ana Rosa<br />
Chopard<br />
Bonilauri,<br />
diretora da UCT<br />
Desenvolvendo<br />
competências básicas<br />
do ambiente de negócio<br />
Vamos continuar, nesta edição, a<br />
comentar sobre aquilo que alimenta o<br />
planejamento das atividades educacionais<br />
de uma universidade corporativa.<br />
Jeannie Meister, a mais renomada<br />
especialista em sistemas educacionais empresariais<br />
com características de uma “universidade<br />
corporativa”, classifi ca esse segmento como um<br />
“guarda-chuva estratégico” para desenvolver<br />
e educar funcionários, clientes, fornecedores<br />
e comunidade, a fi m de cumprir as estratégias<br />
empresariais da organização.<br />
Em decorrência desse conceito, conforme<br />
Marisa Eboli, o modelo de UC está baseado<br />
em competências e interliga aprendizagem às<br />
necessidades estratégicas de negócios.<br />
Vamos traduzir um pouco mais essas<br />
defi nições:<br />
Quando se diz que o modelo de UC está<br />
baseado em competências, o que se quer reforçar<br />
é muito signifi cativo. Basta lembrar que os<br />
modelos tradicionais de T&D (Treinamento e Desenvolvimento)<br />
sempre se orientaram pela aplicação<br />
de conteúdos para atualizar qualifi cações<br />
técnicas, enquanto que a moderna concepção de<br />
educação corporativa se importa em desenvolver<br />
competências básicas do ambiente de negócio.<br />
Parece jogo de palavras. Mas não é. Atualizar<br />
qualifi cações técnicas tem uma vertente totalmente<br />
acadêmica. As qualifi cações técnicas de<br />
uma pessoa, por mais aprimoradas e profundas,<br />
não garantem que ela as aplique no ambiente de<br />
trabalho. É claro que supomos que quanto mais<br />
preparada é uma pessoa, mais “competente”<br />
será! Isto nem sempre é verdadeiro!<br />
Quando se fala em competência, vai-se um<br />
pouco mais além. O que este termo expressa<br />
é a capacidade de alguém aplicar aquilo que<br />
sabe. É sua capacidade de transformar, de gerar<br />
resultados. Nesse sentido, competência vai além<br />
de “qualifi cação técnica”. Competência requer,<br />
também, valores, vivências práticas, costumes e<br />
posturas.Competência, tal como é apropriada pelas<br />
UCs, é, antes de tudo, capacidade de entrega.<br />
O que a qualifi cação técnica isolada não garante.<br />
Mas vamos um pouco mais além!<br />
Não basta ter capacidade de entrega,<br />
“competência” pura e simplesmente. Os modernos<br />
sistemas de educação corporativa se<br />
importam com o negócio e seus desafios de<br />
sustentabilidade – no sentido de perenidade<br />
ou sobrevivência no mercado.<br />
O fazer por fazer, nesse contexto, não<br />
tem espaço.<br />
Ser competente requer: o saber fazer (conhecimento)<br />
e o saber agir ( habilidades e atitudes).<br />
E isso faz a grande diferença entre os sistemas<br />
tradicionais de T&D, que têm como foco a<br />
habilitação do funcionário para a realização das<br />
tarefas expressas em seu “perfi l funcional”. A UC<br />
surge diretamente relacionada a uma estratégia de<br />
negócio ou, mais uma vez, a algum resultado ou<br />
objetivo a ser alcançado.<br />
Tudo muito articulado e comprometido. A partir<br />
daí, ví a grande lição para todos os líderes e profi<br />
ssionais modernos: não dá para fi car alheio ou à<br />
parte das metas da empresa na qual trabalhamos.<br />
Vamos entender a razão de ser de nossa empresa<br />
– sua Missão! Vamos entender profundamente o<br />
que almeja no futuro, o que busca – sua Visão!<br />
Vamos contribuir com nosso trabalho, de forma<br />
legítima e comprometida com esses desafi os. Vamos<br />
emprestar nossos talentos (comprometimento<br />
e ação) para esse propósito! Vamos buscar com<br />
nossas organizações o sentido do empreender,<br />
como colaboradores e como organizações.<br />
Competências são de gente, de pessoas. Mas<br />
também são de empresas ou organizações!<br />
33 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
econhecendo talentos<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 34<br />
Como atrair e reter profissionais<br />
Presidente da ABRH-RJ diz que falta às empresas uma gestão<br />
baseada na meritocracia para reconhecer o valor de seus talentos<br />
O homem vive em busca da<br />
satisfação pessoal. Várias escolas<br />
filosóficas já deram suas<br />
contribuições ao tema a partir<br />
desta premissa. E isto quer dizer<br />
que as pessoas querem mais do<br />
que só produzir, ganhar dinheiro,<br />
estar bem colocado na sociedade,<br />
constituir família, acesso ao<br />
lazer etc. Todos querem um sentido<br />
maior para a vida. No mundo<br />
empresarial não é diferente.<br />
Os profissionais também buscam<br />
sentido para o trabalho. E estão<br />
cada vez mais ligados às oportunidades<br />
de mudanças.<br />
E é aí que mora um dos desafios<br />
para a área de Recursos Humanos.<br />
Na contramão do período<br />
pós-moderno – onde prolifera a<br />
tendência ao entorpecimento dos<br />
sentidos – e para evitar a perda<br />
de seus profissionais, muitas empresas<br />
estão investindo num movimento<br />
de valorização da pessoa<br />
e não apenas na produtividade.<br />
Para o especialista no assunto, Fábio<br />
Santos Ribeiro, presidente da<br />
Associação Brasileira de Recursos<br />
Humanos do Rio (ABRH-RJ), esta<br />
iniciativa é muito importante para<br />
que as empresas consigam atrair<br />
e reter seus profissionais.<br />
Disposta a ampliar esse<br />
conceito no setor de transportes<br />
por ônibus, a Universidade<br />
Corporativa do Transporte, criada<br />
pela <strong>Fetranspor</strong>, dedicou um<br />
dia de sua programação à discussão<br />
deste tema, convidando<br />
Fábio para uma palestra. O especialista<br />
concentrou seu dis-<br />
Fábio Santos<br />
Ribeiro,<br />
presidente da<br />
Associação<br />
Brasileira<br />
de Recursos<br />
Humanos do<br />
Rio (ABRH-RJ),<br />
durante palestra<br />
realizada pela<br />
UCT
curso nos principais conceitos<br />
que possibilitam a retenção de<br />
talentos e enfatizou os motivos<br />
pelos quais as empresas não<br />
conseguem manter seus profissionais.<br />
A diretora da UCT e<br />
de Gestão de Pessoas<br />
da <strong>Fetranspor</strong>, Ana Rosa<br />
Bonilauri, ressaltou que<br />
o assunto é prioritário.<br />
“Nós, de RH, ficamos na<br />
angústia de ver muitas<br />
empresas perdendo seus<br />
motoristas, enquanto<br />
outras não conseguem<br />
atraí-los. E, muitas vezes, não temos<br />
uma solução para a questão<br />
da retenção de talentos”, desabafou.<br />
Em relação à realidade de<br />
algumas empresas de ônibus no<br />
Estado, que vêm sofrendo com a<br />
falta de motoristas no mercado,<br />
ele orientou: “A pergunta principal<br />
que as empresas devem<br />
fazer é ‘por que é bom trabalhar<br />
aqui?’. Só vamos entender<br />
o déficit de motoristas, se entendermos<br />
o mundo deles. Ou<br />
pensamos na vida dessas pessoas<br />
para tentar desenhar algo<br />
melhor para elas, ou o mercado<br />
vai mandar. E aí, não tem como<br />
segurá-las. Serão atraídas para<br />
outras empresas, até fora do setor<br />
de transportes”.<br />
Outra dica sugerida por Fábio<br />
foi usar o público interno<br />
“O mercado exige recursos<br />
de políticas humanas. E o<br />
reconhecimento é uma das<br />
ações mais importantes para<br />
que as pessoas sintam orgulho<br />
de suas funções”, afirma Fábio<br />
para divulgar as vagas de motoristas,<br />
sobretudo os profissionais<br />
que têm orgulho de sua função.<br />
Ele também enfatizou que é importante<br />
dar espaço de trabalho<br />
para os idosos, pois a tendência<br />
do mercado é trazê-los de volta.<br />
Para o presidente da ABRH-<br />
RJ, as empresas devem prestar<br />
mais atenção ao termo em<br />
inglês turnover (termo inglês<br />
para rotatividade), principal<br />
termômetro que mede o índice<br />
de satisfação dos profissionais.<br />
“O turnover é o resultado entre<br />
as políticas de RH, as aspirações<br />
e desejos, as opções de<br />
mercado e o ambiente de tra-<br />
balho. E o custo não é tão alto.<br />
Um grande erro é achar que o<br />
turnover é uma forma de reduzir<br />
a mão de obra”, esclareceu.<br />
Segundo ele, o mercado exige<br />
recursos de políticas humanas.<br />
E o reconhecimento é uma<br />
das ações mais importantes<br />
para que as pessoas sintam orgulho<br />
de suas funções. “A nova<br />
geração encontra milhares de<br />
opções. As pessoas estão mais<br />
ligadas às opções, às oportunidades<br />
de mudar. Todos querem<br />
significado para o trabalho. Talvez<br />
falte reconhecimento, meritocracia<br />
para dar a essas pessoas”,<br />
avaliou.<br />
Fábio disse que as empresas<br />
precisam repensar a questão<br />
da retenção, pontuando alguns<br />
tópicos: “As pessoas deixam as<br />
empresas porque podem; empregados<br />
permanecem por coisas<br />
únicas que você pode oferecer;<br />
supervisores diretos têm grande<br />
influência sobre a retenção e<br />
boas práticas de retenção não<br />
são uma forma de pagar menos”.<br />
Quanto a estes pontos, Fábio<br />
esclareceu que é importante<br />
a utilização de metas. “Se não<br />
há metas, não há como avaliar<br />
as pessoas”.<br />
35 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
acessibilidade<br />
Deficientes visuais terão<br />
equipamento para<br />
identificação de ônibus<br />
A <strong>Fetranspor</strong>, o Rio <strong>Ônibus</strong><br />
e as prefeituras de Niterói e do<br />
Rio de Janeiro, por meio das<br />
secretarias responsáveis, formalizaram<br />
uma parceria para implantação<br />
de projeto piloto que<br />
prevê a instalação de uma nova<br />
tecnologia em ônibus na cidade<br />
do Rio. Trata-se de um sistema<br />
de envio e recepção de sinais<br />
sonoros voltado para facilitar os<br />
deslocamentos dos portadores<br />
de deficiência visual. A tecnologia<br />
a ser adotada foi testada com<br />
êxito, no ano passado, na cidade<br />
de Jaú, interior de São Paulo, em<br />
pouco mais de 60 veículos. Para<br />
o engenheiro e sócio da Geraes<br />
Tecnologia Assistivas, Adriano<br />
Assis, o sucesso obtido credencia<br />
a empresa a buscar novos<br />
desafios. “O mercado do Rio de<br />
Janeiro é muito maior. Esperamos<br />
que os resultados sejam os melho-<br />
res possíveis para conseguirmos<br />
implantar em toda frota”.<br />
O lançamento do projeto<br />
piloto foi no dia 25 de abril, no<br />
Porcão Rio’s. Posteriormente foi<br />
apresentado em Niterói, no restaurante<br />
Olimpo. Os testes já começaram<br />
em ambas as cidades, e<br />
as perspectivas não poderiam ser<br />
melhores. Para a secretária municipal<br />
da Pessoa com Deficiência<br />
do Rio, Isabel Gimenes, o projeto<br />
Apresentação do<br />
equipamento no<br />
evento do dia<br />
25 de abril, no<br />
Porcão Rio´s
é um marco para a cidade, porque<br />
vai auxiliar outras pessoas e<br />
não apenas aquelas com baixa<br />
visão ou cegas. “Deve ser feito<br />
o registro que esse projeto,<br />
além de ajudar os deficientes<br />
visuais, contemplará as pessoas<br />
com baixo letramento, ou que,<br />
porventura, estiverem distraídas<br />
nos pontos”. Inicialmente, os<br />
testes serão feitos nos ônibus da<br />
viação Gire que operam a linha<br />
107, Central do Brasil x Urca,<br />
cujo ponto final está localizado<br />
em frente ao Instituto Benjamin<br />
Constant – especializado no<br />
tratamento de pessoas com<br />
baixa visão e em educação para<br />
cegos. Um dos beneficiados<br />
pela implantação do sistema,<br />
Ricardo Wolff, mostrou–se muito<br />
satisfeito com a possibilidade de<br />
ter essa ajuda nos seus deslocamentos<br />
diários. “Tomara que<br />
esse projeto seja ampliado e<br />
contemple mais linhas, para que<br />
outros deficientes visuais também<br />
possam ser beneficiados.<br />
Sem dúvida é uma ajuda muito<br />
importante para todos nós”.<br />
Isabel<br />
Gimenes,<br />
secretária<br />
municipal da<br />
Pessoa com<br />
Deficiência<br />
do Rio de<br />
Janeiro, e<br />
Lélis Teixeira,<br />
presidente da<br />
<strong>Fetranspor</strong>,<br />
formalizam<br />
parceria para<br />
implantação<br />
de projeto<br />
piloto<br />
Em Niterói, o aparelho será<br />
instalado na linha 49, cujo percurso<br />
interliga os bairros Fonseca,<br />
Icaraí e Centro.<br />
O presidente da <strong>Fetranspor</strong>,<br />
Lélis Teixeira, está bastante entusiasmado.Segundo<br />
ele, são<br />
ações como esta que mostram o<br />
comprometimento do setor com<br />
todas as camadas da sociedade.<br />
“É muito importante fortalecermos<br />
a relação do setor de transportes<br />
por ônibus com essa parcela da<br />
população. Precisamos agir cada<br />
vez mais em prol da melhor mobili-<br />
Como funciona?<br />
O funcionamento do dispositivo é relativamente simples.<br />
No veículo, serão instaladas uma antena e uma caixa<br />
de som. Quando o ônibus se aproximar do ponto, a antena<br />
vai captar o sinal do controle remoto (que estará nas mãos<br />
do usuário), e a caixa de som vai informar, repetidamente,<br />
a linha solicitada, de modo a facilitar o embarque do passageiro.<br />
Quando este entrar no veículo, deverá desligar<br />
o aparelho, para que a informação deixe de ser repetida.<br />
dade. Acreditamos que esta é uma<br />
iniciativa que podemos ampliar,<br />
atendendo ainda mais pessoas<br />
portadoras de deficiência visual”.<br />
O projeto tem duração de 30<br />
dias e, dependendo dos resultados,<br />
deverá ser estendido a linhas de<br />
outras regiões, também utilizadas<br />
por deficientes visuais. De acordo<br />
com as informações da RioCard, é<br />
possível fazer esse mapeamento.<br />
Atualmente estão cadastrados no<br />
sistema e são usuários do cartão<br />
aproximadamente seis mil portadores<br />
de deficiência visual.<br />
37 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
série histórica<br />
Setransduc:<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 38<br />
contribuindo para a<br />
do<br />
Por Andrea Cardoso<br />
A mudança para a atual sede,<br />
na Rua Almirante Grenfall, que<br />
simbolizou uma nova etapa na<br />
história da entidade. Abaixo o<br />
posto de atendimento ao idoso<br />
setor de transportes<br />
No último dia 29 de março, o<br />
Setransduc – Sindicato das Empresas<br />
de Transportes Rodoviários<br />
de Duque de Caxias e Magé –<br />
comemorou seu cinquentenário,<br />
objetivando conciliar modernidade,<br />
tradição, espírito empreendedor e a<br />
busca pela excelência que sempre<br />
pautaram suas ações.<br />
Os fundadores do Setransduc,<br />
Olair Teixeira Pereira e Pedro Dogiec,<br />
iniciaram as atividades do Sindicato<br />
há meio século<br />
evolução<br />
em uma simples sala na Avenida Presidente<br />
Vargas. Alguns anos depois, a<br />
sede foi transferida para a Rua Nunes<br />
Alves e, posteriormente, voltou para<br />
a Presidente Vargas, porém em outro<br />
local, até a mudança para o atual<br />
endereço, na Rua Almirante Grenfall,<br />
que simbolizou uma nova etapa na<br />
história da entidade. Para marcar esse<br />
novo período, o Setransduc mudou<br />
a sua marca e relançou seu jornal<br />
institucional – O Via Expressa.<br />
O Setransduc nasceu como<br />
Associação Profissional das Em-<br />
presas de Transportes Rodoviários<br />
de Duque de Caxias, fundada em<br />
19 de agosto de 1960. Só em 29<br />
de março de 1961 foi reconhecida<br />
como entidade representativa de<br />
categoria profissional e recebeu<br />
a outorga como Sindicato do Ministério<br />
do Trabalho, passando a<br />
ter a denominação atual. Hoje, o<br />
Sindicato representa 13 empresas<br />
dos municípios de Duque de Caxias,<br />
Magé e Guapimirim, com 210<br />
linhas, distribuídas por uma frota<br />
de 2.303 ônibus, que geram cerca
de 8 mil empregos diretos. Além da<br />
sede administrativa, o Setransduc<br />
mantém a Agência de Cadastro<br />
de Gratuidades (ACG), responsável<br />
pelo gerenciamento do processo de<br />
Bilhetagem Eletrônica no município<br />
de Duque de Caxias, que atende<br />
diariamente os usuários dos cartões<br />
RioCard, realizando o cadastro de<br />
idosos, estudantes e rodoviários com<br />
direito ao RioCard Gratuidade, além<br />
de cuidar da recarga e de demais<br />
serviços relacionados ao cartão.<br />
Mensalmente, a agência atende<br />
cerca de 5.800 pessoas.<br />
O presidente do Setransduc,<br />
José Carlos Cardoso Machado, está<br />
no seu sétimo mandado à frente<br />
da entidade, desde 1989. “Acredito<br />
que estou há tanto tempo como<br />
presidente do Sindicato, em razão<br />
da confiança depositada pelas<br />
empresas filiadas na forma de gestão,<br />
que é transparente como sou,<br />
que tem vontade de realizar os<br />
propósitos do segmento<br />
e, para tal, não poupa<br />
esforços e investimentos.<br />
As empresas associadas<br />
ao Sindicato sabem que<br />
eu jamais utilizaria o cargo<br />
em benefício próprio, e<br />
sim, sempre, em prol do<br />
sistema”, afirma. Machado<br />
falou também sobre as<br />
mudanças que aconteceram<br />
no Sindicato nesse<br />
período. “O Setransduc<br />
não passou por mudanças apenas<br />
físicas. Ocorreram mudanças estruturais<br />
e principalmente o que se tem<br />
tentado implementar são as mudanças<br />
filosóficas. Após quase cinquenta<br />
anos de existência, conseguimos<br />
definir princípios, missão, valores e a<br />
visão, ou seja, aquilo que pretende-<br />
mos ser, pelo que<br />
desejamos ser<br />
reconhecidos”.<br />
Sobre os planos<br />
para o futuro,<br />
o presidente<br />
revelou que o<br />
principal deles é<br />
estabelecer um<br />
relacionamento<br />
cada vez mais<br />
próximo com as<br />
empresas que<br />
integram o quadro de filiadas, identificando<br />
quais as suas necessidades,<br />
a fim de que o Setransduc possa<br />
desenvolver programas, projetos,<br />
treinamentos para desenvolvimento<br />
e buscar novas tecnologias e<br />
negociações que possibilitem uma<br />
melhor mobilidade, com respeito e<br />
reconhecimento dos clientes, do Poder<br />
Público e da sociedade em geral.<br />
O Sindicato representa 13<br />
empresas dos municípios de<br />
Duque de Caxias, Magé e<br />
Guapimirim, com 210 linhas,<br />
distribuídas por uma frota de 2.303<br />
ônibus, que geram cerca de<br />
8 mil empregos diretos<br />
Preocupação Ambiental<br />
O Setransduc também tem<br />
incentivado, continuamente, as<br />
empresas associadas a investir em<br />
modernas formas de gestão e em<br />
novas tecnologias. O meio ambiente<br />
é outra grande preocupação da<br />
diretoria atual do Sindicato. Além<br />
de participar do Programa EconomizAR,<br />
desenvolvido pela Petrobras<br />
e pela <strong>Fetranspor</strong>, em 2010 criou o<br />
Programa Ambiental, resultado de<br />
uma parceria entre o Sindicato e a<br />
Grande Rio Reciclagem Ambiental,<br />
única empresa no Rio de Janeiro<br />
que realiza a coleta e reciclagem de<br />
resíduos de origem animal e vegetal,<br />
como osso, sebo e óleo de fritura<br />
usado. Graças a essa parceria, os<br />
usuários do Terminal Prefeito José<br />
Carlos Lacerda, localizado<br />
em Duque de Caxias<br />
e administrado pelo Setransduc,<br />
já podem fazer<br />
a destinação correta do<br />
óleo de fritura utilizado,<br />
entregando-o nos terminais<br />
em garrafas pets,<br />
também destinadas à<br />
reciclagem.<br />
Outro programa<br />
que merece atenção<br />
especial do Setransduc é o Trânsito<br />
& Vida, voltado para a educação no<br />
trânsito. Através dele, o Sindicato<br />
busca capacitar professores das<br />
escolas das redes públicas e privadas,<br />
para que possam multiplicar<br />
conhecimentos sobre educação e<br />
segurança no trânsito, contribuindo<br />
para a futura melhoria do sistema<br />
Eduardo Jorge<br />
Morgado:<br />
Sindicato vive<br />
momento<br />
muito especial<br />
39 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
série histórica<br />
de trânsito e transporte e, consequentemente,<br />
para a redução do<br />
número de acidentes. O programa<br />
também procura alcançar profissionais<br />
das empresas de transporte,<br />
que podem multiplicar tudo que<br />
aprenderam aos demais colaboradores<br />
do setor. Seus primeiros<br />
resultados práticos já começam a<br />
surgir. A partir dos trabalhos desenvolvidos<br />
no curso para Formação<br />
de Multiplicadores de Educação<br />
e Segurança no Trânsito, foram<br />
criados subprojetos e um Caderno<br />
de Boas Práticas, de Levantamento<br />
de Problemas e Recomendações,<br />
já encaminhados às autoridades<br />
com jurisdição sobre a área com o<br />
cenário de risco.<br />
Graças a uma parceria com a<br />
Universidade Corporativa do Transporte<br />
(UCT), o Setransduc também<br />
realiza diversos cursos de formação<br />
e aperfeiçoamento, destinados<br />
aos profissionais do setor, como o<br />
Programa Rodoviário Cidadão. Já a<br />
associação com o Sest Senat permite<br />
ao Sindicato oferecer aos motoristas<br />
das empresas de ônibus associadas<br />
o curso da Resolução 168.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 40<br />
Troféu de Qualidade<br />
Em 2010, o Setransduc lançou<br />
outra novidade: a primeira edição<br />
do Troféu Setransduc de Qualidade<br />
no Desempenho, premiação cujo<br />
objetivo principal é reconhecer e<br />
premiar os profissionais do setor, da<br />
área de abrangência, que mais se<br />
destacam a cada ano, no exercício<br />
de suas funções, nas categorias de<br />
Motorista, Cobrador, Profissional<br />
de Manutenção, do Operacional<br />
e da Administração. Neste ano de<br />
2011, além de reconhecer e premiar<br />
os profissionais talentosos, a entidade<br />
vai homenagear as empresas<br />
associadas que se destacam. O critério<br />
de escolha das mesmas serão<br />
alguns indicadores de qualidade,<br />
como número de reclamações à<br />
CRC (Central de Relacionamento<br />
com o Cliente, administrada pela<br />
<strong>Fetranspor</strong>), investimentos na renovação<br />
da frota, em treinamento, em<br />
programas de proteção ambiental<br />
e de responsabilidade social etc.<br />
As empresas que conseguirem se<br />
destacar receberão um selo de<br />
reconhecimento.<br />
A entrega do prêmio é parte<br />
da comemoração do cinquentenário<br />
do Sindicato, assim como<br />
foi o almoço realizado com toda<br />
a atual diretoria, recém-eleita, no<br />
dia do aniversário de fundação, e<br />
um grande evento para festejar a<br />
data, previsto para o final do ano.<br />
Na opinião do diretor executivo<br />
do Setransduc, Eduardo Jorge<br />
Morgado, o Sindicato está vivendo<br />
um momento muito especial.<br />
“A diretoria tem se esforçado<br />
para se fazer presente nos problemas<br />
que a gente enfrenta no<br />
sistema. E nos projetos que têm<br />
sido desenvolvidos pela própria<br />
<strong>Fetranspor</strong>, estamos juntos bus-<br />
cando valorizar cada vez mais<br />
os profissionais e as empresas.<br />
Neste ano vamos desenvolver<br />
esse programa de qualidade das<br />
empresas, justamente quando<br />
o setor passa por um momento<br />
de transformações. Sabemos<br />
que vêm muitos desafios pela<br />
frente e as empresas precisam se<br />
qualificar melhor. É uma questão<br />
de necessidade. O Brasil e mais<br />
especificamente o Estado do Rio<br />
de Janeiro estão se tornando mais<br />
atrativos e as empresas e o setor<br />
em geral precisam se modernizar”,<br />
conclui.<br />
Por isso mesmo, durante os festejos<br />
do cinquentenário, o Setransduc<br />
comemora tantas conquistas<br />
e se prepara para os desafios que<br />
estão por vir, estimulando suas empresas<br />
associadas e os profissionais<br />
que delas fazem parte a usufruírem<br />
melhor de todos os serviços que<br />
a entidade oferece e, assim, se<br />
prepararem para os tempos atuais<br />
e futuros, em que só haverá espaço<br />
para organizações e profissionais<br />
que tiverem um olhar mais atento,<br />
em especial para seus clientes e a<br />
sociedade em geral.<br />
Gladystone<br />
Ferreira e<br />
Eliete Pereira<br />
de Lima,<br />
dois dos<br />
funcionários<br />
mais<br />
antigos do<br />
Setransduc,<br />
segurando o<br />
troféu de 50<br />
anos
USUÁRIOS DOS CARTÕES RIOCARD:<br />
Grandes Números RioCard em 2010<br />
2 milhões de usuários<br />
72 mil empresas clientes<br />
100 milhões de viagens realizadas por mês<br />
Nossa empresa nasceu com a missão de criar e gerir soluções personalizadas em meios<br />
eletrônicos de pagamentos, e hoje, somos referência mundial pela IBM Corporation em<br />
soluções tecnológicas. Nosso sistema de controle de transações e emissão de cartões<br />
eletrônicos para transporte coletivo é avaliado com mais de 80% de satisfação pelos<br />
clientes e usuários* de todo o Estado.<br />
RioCard é o único sistema de meio de pagamento de transporte com abrangência<br />
estadual e integração entre todos os modais: ônibus, trens, metrô, barcas e vans.<br />
EM 2010 DOIS CARTÕES BILHETES ÚNICOS PASSARAM A INTEGRAR<br />
A LINHA DE PRODUTOS DA RIOCARD<br />
Em parceria com o Governo do Estado lançamos o Bilhete Único Intermunicipal e com a<br />
prefeitura lançamos o Bilhete Único Carioca, que trouxeram para a população do Rio de Janeiro<br />
economia, facilidade e melhoria da qualidade de vida.<br />
Nossa meta em 2011 é chegar bem próximo a 3 milhões de usuários e aumentar a presença no<br />
Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil.<br />
*pesquisa Insider 2010.<br />
A sua empresa pode utilizar as soluções e serviços da RioCard.<br />
Entre em contato: (21) 2127-4000.<br />
41 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
terminal<br />
Seminário apoiado pela <strong>Fetranspor</strong> marca o<br />
lançamento do movimento “Niterói Como Vamos”<br />
O auditório da Ampla, em Niterói,<br />
serviu de palco para o seminário<br />
“Cidades Sustentáveis, Mobilização e<br />
Cidadania”, promovido pelo movimento<br />
“Niterói Como Vamos” (NCV), em<br />
parceria com a <strong>Fetranspor</strong>, Auto Viação<br />
1001, CCR Ponte, Fundação Avina,<br />
Instituto Baía de Guanabara, Netur<br />
Rotary Club, Universidade Federal<br />
Fluminense, Ampla e Barcas S.A. Realizado<br />
no último dia 24, o evento teve<br />
como objetivos apresentar o NCV, bem<br />
como informar e mobilizar os cidadãos<br />
sobre a importância e a necessidade<br />
da participação da sociedade civil<br />
nos cuidados e na gestão da cidade,<br />
através da discussão e apresentação<br />
de conhecimentos.<br />
A vice-presidente do NCV, Dora<br />
Negreiros, agradeceu às empresas<br />
parceiras e ao diretor de Relações Institucionais<br />
da Ampla, André Moragas,<br />
e deu as boas-vindas ao público, destacando<br />
a importância da mobilização<br />
de todos pela melhoria na qualidade de<br />
vida em Niterói. O presidente do NCV,<br />
Álvaro Cysneiros, apresentou o Movimento,<br />
que irá monitorar os indicadores<br />
de gestão urbana em áreas como<br />
Saúde, Transportes, Educação, Meio<br />
Ambiente, Habitação e Saneamento. De<br />
acordo com Cysneiros, o NCV pretende<br />
promover maior integração entre as políticas<br />
públicas e as reais necessidades<br />
e interesses dos moradores da cidade.<br />
Democracia participativa<br />
Patrícia Ashley, pesquisadora, doutora<br />
em Administração de Empresas,<br />
escritora e professora adjunta do Departamento<br />
de Análise Geoambiental do<br />
Instituto de Geociência da UFF, abordou<br />
o tema “Democracia Participativa e os<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 42<br />
Seus Diversos Atores”. Patrícia falou de<br />
sua experiência no período de 2004 a<br />
2009, em São João Del Rey, no Projeto<br />
EcoCidades, e defendeu a ajuda das<br />
universidades na luta por cidades<br />
sustentáveis, qualificando os gestores.<br />
“É possível percebermos e avaliarmos<br />
a realidade, construindo oportunidades,<br />
articulando as responsabilidades<br />
sociais, além dos instrumentos e meios<br />
de realização”, garante. Segundo ela, a<br />
democracia participativa não deve ser<br />
apenas formal, mas também essencial.<br />
“Afinal, a relação que estabelecemos<br />
e construímos com a cidade reflete<br />
e, ao mesmo tempo, modifica a sua<br />
qualidade social”.<br />
A socióloga, diretora da Solidaritas<br />
e do Rio Como Vamos, Thereza Lobo,<br />
falou sobre o tema “Os Papéis da<br />
Juventude e das Empresas. Controle<br />
Cidadão do Orçamento Público”. Ela<br />
contou sobre a trajetória do Rio Como<br />
Vamos e discorreu sobre os resultados<br />
obtidos até o momento. “Depois de<br />
muito trabalho conseguimos que a<br />
prefeitura do Rio nos consultasse para<br />
algumas decisões”, comemora Thereza.<br />
A palestrante destacou a campanha<br />
de cultura cidadã cujo slogan é “Deixa<br />
de Ser Mané”, que dissemina as boas<br />
práticas de convivência na cidade, como<br />
não jogar lixo nas ruas e praias, deixar<br />
os cruzamentos livres no trânsito ou<br />
recolher os dejetos dos cachorros.<br />
O público foi recebido no evento<br />
por músicos, que cantavam sucessos da<br />
MPB, e todo o seminário foi traduzido<br />
em libras. Estiveram presentes membros<br />
dos conselhos municipais, empresários,<br />
representantes de associações e instituições,<br />
professores, universitários e<br />
políticos, como o ex-prefeito da cidade<br />
do Rio de Janeiro e atual senador, Saturnino<br />
Braga, entre outros.<br />
Sobre o Movimento<br />
Com o objetivo de monitorar mensalmente os<br />
índices de desempenho de 13 áreas consideradas<br />
fundamentais para a cidade, o NCV é inspirado no<br />
projeto implantado em Bogotá, Cáli e Medelín, na<br />
Colômbia. O programa é realizado em cerca de 40<br />
cidades brasileiras. Em Niterói, o grupo que está à<br />
frente do Movimento é integrado por empresários,<br />
professores universitários e representantes de organizações<br />
sociais e começou a ser formado em 2008.<br />
Saiba mais acessando os sites: www.niteroicomovamos.net<br />
e www.riocomovamos.org.br/
43 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>
<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 44