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1 Revista Ônibus - Fetranspor

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1 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 2


www.neobus.com.br<br />

3 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


sumário<br />

30<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 4<br />

18<br />

seções<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> – Ano XII – Número 64 – Abril/Maio de 2011<br />

artigo<br />

Um novo jeito de trabalhar _________________________ 09<br />

entrevista Eduardo Monteiro<br />

Scania aposta na tradição __________________________ 10<br />

produtos e serviços<br />

Marcopolo apresenta os modelos Double Decker<br />

e Low Driver e completa a Geração 7 __________________ 12<br />

veículo versátil<br />

Miniônibus reforçam Segurança Pública no Rio Grande do Sul 16<br />

inovação<br />

BRS de Copacabana chega à Barata Ribeiro e Raul Pompeia _ 18<br />

prêmio internacional<br />

<strong>Fetranspor</strong> e RioCard vencem prêmio<br />

da UITP na América Latina _________________________ 21<br />

cidades da copa<br />

O legado de Belo Horizonte ________________________ 26<br />

investimento consciente<br />

Fórum de Desenvolvimento discute impacto de investimentos na<br />

cidade do Rio de Janeiro __________________________ 30<br />

reconhecendo talentos<br />

A consagração do jornalismo sobre transportes __________ 32<br />

gestão de pessoas<br />

Como atrair e reter profi ssionais _____________________ 34<br />

acessibilidade<br />

Defi cientes visuais poderão identifi car ônibus ____________ 36<br />

Editorial: José Carlos Reis Lavouras ______________________6<br />

Crônica: Tânia Mara _________________________________8<br />

Coluna UCT: Ana Rosa Bonilauri _______________________33<br />

Série Histórica: Setransduc ___________________________38<br />

Terminal ________________________________________42


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5 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


editorial José Carlos Reis Lavouras<br />

Crescimento da frota x<br />

Qualidade de vida<br />

Segundo levantamento divulgado este mês, pelo<br />

Sindicato Nacional da Indústria de Componentes<br />

para Veículos Automotores (Sindipeças), circularam<br />

no Brasil, no ano passado, nada menos que 32,5<br />

milhões de veículos, entre carros de passeio, comerciais<br />

leves, caminhões e ônibus. Com a previsão de<br />

crescimento anual de 7,4%, o país terá, em 2015,<br />

frota circulante de 46,5 milhões desses veículos.<br />

Em outro estudo, o Ipea (Instituto de Pesquisa<br />

Econômica Aplicada) aponta o transporte público<br />

como o principal meio de locomoção para 44,3% da<br />

população brasileira, com média de 50,7% de usuários<br />

no Sudeste e de modestos 37,5% no Nordeste.<br />

Quase 58% dos pesquisados classificaram a qualidade<br />

do transporte coletivo entre regular (31,3%)<br />

e boa (26,1%). Para o diretor superintendente da<br />

NTU, Marcos Bicalho dos Santos, a superlotação<br />

de veículos particulares nas vias compromete a<br />

pontualidade dos ônibus, responsáveis por cerca de<br />

90% dos deslocamentos em transporte público. Os<br />

congestionamentos aumentam o tempo das viagens<br />

e os índices de poluição, enquanto diminuem a<br />

produtividade dos trabalhadores.<br />

O cenário requer o aumento da utilização do<br />

transporte público, o que, entre outras coisas, ampliará<br />

o espaço livre nas ruas. Para que essa opção<br />

se dê, o estudo do Ipea mostra o caminho: maior<br />

conforto, disponibilidade e preços mais acessíveis.<br />

Diretoria:<br />

Presidente:<br />

Lélis Marcos Teixeira<br />

Diretor Administrativo e Financeiro:<br />

Paulo Marcelo Tavares Ferreira<br />

Diretora de Mobilidade Urbana:<br />

Richele Cabral<br />

Diretor de Marketing<br />

e Comunicação:<br />

Edmundo Fornasari<br />

Conselho de Administração:<br />

Titulares:<br />

Presidente:<br />

José Carlos Reis Lavouras<br />

Vice-presidente:<br />

João Augusto Morais Monteiro<br />

Conselheiros:<br />

Narciso Gonçalves dos Santos<br />

Generoso Ferreira das Neves<br />

Florival Alves<br />

José Carlos Cardoso Machado<br />

Marcelo Traça Gonçalves<br />

João dos Anjos Silva Soares<br />

Francisco José Gavinho Geraldo<br />

Alexandre Antunes de Andrade<br />

Amaury de Andrade<br />

Joel Fernandes Rodrigues<br />

Suplentes:<br />

Isidro Ricardo da Rocha<br />

Manuel João Pereira<br />

Manoel Luis Alves Lavouras<br />

Marcos Pochman, presidente do Instituto,<br />

frisa que, para cada ônibus novo<br />

colocado nas ruas na última década, entraram<br />

em circulação 52 automóveis.<br />

A participação de motos no<br />

mercado também preocupa:<br />

o estudo do Sindipeças<br />

prevê uma frota de 15,5<br />

milhões em 2015.<br />

O cenário requer o aumento da<br />

O planejamento de<br />

transporte e trânsito vem utilização do transporte público, o<br />

recebendo maior aten- que, entre outras coisas, ampliará<br />

ção dos governantes, e<br />

alguns reflexos já podem o espaço livre nas ruas. Para que<br />

ser percebidos, como é essa opção se dê, o estudo do<br />

o caso do BRS de Copacabana,<br />

que reduziu Ipea mostra o caminho: maior<br />

o tempo das viagens. conforto, disponibilidade e preços<br />

Mas há de se ampliar o<br />

mais acessíveis<br />

volume dos investimentos<br />

em infraestrutura e<br />

José Carlos Reis Lavouras<br />

é presidente do Conselho de<br />

projetos voltados para a<br />

Administração da <strong>Fetranspor</strong><br />

mobilidade nos espaços<br />

urbanos. Afinal, a qualidade<br />

da vida urbana decresce à medida que sobe o<br />

número de veículos apinhando ruas, emitindo gases<br />

de efeito estufa, aumentando o nível de ruídos e<br />

gerando estresse.<br />

Domenico Emanuelle Siqueira Lorusso<br />

Jacob Barata Filho<br />

Marco Antônio Feres de Freitas<br />

Conselho Fiscal:<br />

Efetivos:<br />

Valmir Fernandes do Amaral<br />

Luiz Ronaldo Caetano<br />

Humberto Valente<br />

Suplentes:<br />

Carlos Alberto Souza Guerreiro<br />

Jorge Luiz Loureiro Queiroz Ferreira<br />

Fábio Teixeira Alves<br />

Delegado representante / CNT<br />

Efetivo: Narciso Gonçalves dos Santos<br />

Suplente: Jacob Barata Filho<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong><br />

Editora chefe:<br />

Tânia Mara Gouveia Leite<br />

Redação:<br />

Roselene Alves<br />

Rua da Assembléia 10, 39º andar – Rio de Janeiro – RJ – CEP 20011-901 – Tel.: (21) 3221-6300 – Fax: (21) 2531-3711<br />

Renato Siqueira<br />

Andréa Cardoso<br />

Roberta Araujo<br />

Fred Alves<br />

Fotografia:<br />

Jorge dos Santos<br />

Revisão:<br />

Tânia Mara<br />

Patrícia Gonçalves<br />

Luiza Ribeiro<br />

Responsável comercial:<br />

Verônica Abdalla – (21) 3221-6300<br />

Projeto gráfico:<br />

Vladimir Calado<br />

Editoração, impressão e<br />

representação comercial:<br />

www.ArquimedesEdicoes.com.br<br />

(21) 2253-3879<br />

Distribuição:<br />

<strong>Fetranspor</strong>


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DISPONIBILIDADE<br />

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Série 4<br />

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Série 4 - Série K<br />

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• Mão de obra inclusa, válida apenas para as peças adquiridas em pacote.<br />

• Preços unitários para pagamento em 30 dias, válidos em todo o território nacional<br />

até 30/6/2011 ou enquanto durarem os estoques. 7 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong><br />

• A economia refere-se aos preços dos pacotes em relação aos valores unitários das peças.<br />

• Fotos meramente ilustrativas.


crônica Tânia Mara<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 8<br />

Será que dá pra entender?<br />

Manhã de sábado azul verdejante, com a Serra dos Órgãos<br />

se mostrando inteira, sem qualquer pudor ou disfarce, à<br />

frente do Condomínio Vale do Rio, nas terras ainda matutas<br />

de Guapimirim, onde a gente se sente um pouco mais longe<br />

da vida urbana e bem mais perto das pessoas.<br />

O sol da manhã dá aquela sensação de estar mais viva,<br />

fazendo parte de um mundo alegre, lindo, onde a natureza<br />

está em festa. É bom respirar fundo, sentir o ar puro e tentar<br />

prolongar este estado de espírito durante o restante do<br />

dia. Enquanto me deleitava com este pensamento, outro<br />

me veio à mente, como estraga-prazeres: então, nada de<br />

passar os olhos pelos jornais, ou de se ligar no noticiário<br />

televisivo ou radiofônico.<br />

Pronto. Bastou a lembrança do noticiário para quebrar<br />

o clima bucólico de manhã de sol no pé da serra. A coisa<br />

anda tão feia que até o Willian Bonner, não faz um mês,<br />

comentou com Fátima Bernardes, no ar, que aquela edição<br />

do Jornal Nacional estava “um circo dos horrores”. Notícias<br />

de arrepiar os cabelos deixam chocados até os jornalistas<br />

calejados de reproduzir fatos negativos, tragédias de grandes<br />

proporções, cataclismas.<br />

Não dá para entender como o bicho homem tem um<br />

mundo tão bonito para habitar, com maravilhas à sua volta,<br />

e muitas vezes nem repara, não dá valor, e, pior ainda, sai<br />

destruindo tudo. Ele mesmo um milagre da Natureza, com<br />

todos os sistemas de que é formado – circuitos nervosos,<br />

capacidade de raciocínio, criatividade, sensibilidade, nem dá<br />

para enumerar tanta coisa –, mas capaz de explorar seus<br />

iguais, tornar-se violento, matar crianças em escolas, jogar<br />

bebês no lixo, envenenar animais, torturar, enganar e trair.<br />

O que será que anda errado com os seres que se dizem os<br />

reis da Criação? Dizer que o homem é fundamentalmente mau<br />

seria injusto com tantas pessoas que agem anonimamente<br />

em prol de seus semelhantes. Seria ingrato com aquelas que<br />

criam e mantêm organizações beneficentes,<br />

honestas e de elevado papel social, assim<br />

como com professores que se dedicam à educação,<br />

dando tudo de si, mesmo recebendo<br />

salários irrisórios. Se existem os ditadores, os<br />

loucos e os corruptos, existem os pacificadores,<br />

os cientistas que trabalham pela cura de<br />

doenças e pela preservação do planeta. Está<br />

em nossa memória o trabalho de saudosos<br />

bichos homens que nos deixaram exemplos<br />

de solidariedade e amor: Mahatma Gandhi,<br />

Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Chico<br />

Xavier, Marie Curie e tantos outros.<br />

Ah, meu Deus... por que a gente tenta<br />

entender essas coisas? Como saber o que<br />

leva criaturas feitas do mesmo material,<br />

habitando o mesmo planeta, sob o mesmo<br />

céu, a se dedicarem ao bem ou ao<br />

mal, com a mesma vontade ferrenha?<br />

Na verdade, hoje eu só queria prestar<br />

atenção a esta manhã de sol e festejar a vida.<br />

Correspondências para a coluna Cara <strong>Fetranspor</strong> devem ser encaminhadas para:<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> – Rua da Assembleia10, 39º andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20011-901 –,<br />

ou para o fax (21) 2531-3711 ou, ainda, para o e-mail: gecom@fetranspor.com.br


artigo Edmundo Fornasari<br />

Diretor de<br />

Marketing e<br />

Comunicação<br />

da <strong>Fetranspor</strong> e<br />

RioCard<br />

Um novo jeito de trabalhar<br />

A <strong>Fetranspor</strong> vem, dia a dia, ratificando<br />

perante a sociedade uma postura de maior<br />

transparência, participação na vida do Estado,<br />

liderança na busca de soluções inovadoras,<br />

além de diálogo aberto com toda a sua rede<br />

de relacionamento e imprensa.<br />

Consciente da importância de representar<br />

um segmento econômico que presta serviço<br />

de cunho essencial à população, a Federação<br />

vem assumindo posicionamento cada vez<br />

mais proativo, indicando possíveis soluções para seus<br />

representados, apontando caminhos, oferecendo o<br />

apoio necessário para a adoção de medidas conjuntas,<br />

possibilitando redução de custos para sindicatos e<br />

empresas do sistema e, principalmente, propiciando<br />

avanços que, de forma isolada, não seriam alcançados.<br />

A fim de manter a entidade preparada para assumir<br />

este novo papel junto a seus liderados, a própria estrutura<br />

interna mudou de forma significativa. Foram criados<br />

Centros de Serviços que permitem que seus técnicos<br />

aumentem a abrangência dos respectivos projetos,<br />

levando-os, sem ônus, para todo o Sistema. Setores<br />

alteraram sua forma de trabalhar e, agora, Marketing<br />

e Comunicação muda seu foco e organização interna.<br />

Conforme anunciado na primeira reunião da nova<br />

Comissão de Marketing e Comunicação do Sistema<br />

<strong>Fetranspor</strong>, em abril, os profissionais de marketing da<br />

entidade passam a concentrar esforços em torno da<br />

viagem de ônibus. A intenção é levar o setor a sair de uma<br />

atitude reativa – de apenas prestar serviço de acordo<br />

com as normas que o regem, sem criar novas opções e<br />

se comunicando pouco – para, finalmente, trabalhar a<br />

viagem de ônibus como um produto. O objetivo é fazer<br />

com que o cliente perceba as vantagens do modal,<br />

criando diferenciais que o levem a optar por ele de forma<br />

consciente. O empresariado, por sua vez, precisa ter em<br />

mente que não lida com simples passageiros anônimos<br />

e que não expressam suas opiniões, mas com consumidores<br />

cada vez mais cônscios de seus direitos e desejos.<br />

Trata-se de uma mudança de conceito que, apesar<br />

de ser até certo ponto óbvia sob a ótica do marketing,<br />

vai revolucionar toda a forma de se comunicar da Federação<br />

e, possivelmente, de seus sindicatos e empresas.<br />

Transformar vários veículos institucionais em<br />

um e levá-lo às mãos de todos os rodoviários do<br />

sistema no Rio de Janeiro, com linha editorial inovadora;<br />

oferecer apoio e orientação em campanhas,<br />

padronização de sites e outras ações, propiciando<br />

uma comunicação setorial integrada, mas na qual<br />

cada membro manterá suas características; e criar<br />

oportunidades de manter o cliente bem informado,<br />

utilizando novas tecnologias com custos muito re-<br />

O objetivo é fazer com que o cliente perceba as<br />

vantagens do modal, criando diferenciais que<br />

o levem a optar por ele de forma consciente.<br />

O empresariado, por sua vez, precisa ter em<br />

mente que não lida com simples passageiros<br />

anônimos e que não expressam suas opiniões,<br />

mas com consumidores cada vez mais cônscios<br />

de seus direitos e desejos<br />

duzidos pela utilização de economia de escala. Estas<br />

são algumas das mudanças que serão implementadas<br />

e que foram apresentadas durante a primeira<br />

reunião da Comissão.<br />

Dos sindicatos e empresas, espera-se que se<br />

mantenham coesos e fazendo a sua parte, pois, como<br />

diz o já desgastado ditado popular, “a união faz a<br />

força”, e de nada valerão os esforços da Federação<br />

se não encontrarem eco em seus filiados. É preciso<br />

que estejam atentos às suas próprias necessidades<br />

de marketing (que, trocando em miúdos, nada mais<br />

é do que aproveitar toda a energia para trabalhar<br />

em prol do cliente) e de comunicação. Assim, a<br />

Federação estará pronta para apoiar, orientar e<br />

desempenhar seu papel de construir uma imagem<br />

setorial cada vez mais sólida e respeitável.<br />

9 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


entrevista Eduardo Monteiro<br />

Montadora<br />

está pronta<br />

para as<br />

novas<br />

demandas<br />

do setor<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 10<br />

Aposta na tradição<br />

Scania se prepara para as próximas transformações<br />

do setor de transporte de passageiros<br />

Por Renato Siqueira<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> inicia, nesta edição, série<br />

de entrevistas com executivos das principais<br />

empresas que movimentam o setor de transportes<br />

de passageiros do país. Conversamos com<br />

Eduardo Monteiro, responsável pelas vendas<br />

de ônibus urbanos da Scania, que falou sobre<br />

os projetos para 2011 nas áreas de sustentabilidade,<br />

participação de mercado, portfólio de<br />

produtos, além das características que tornam<br />

a marca bastante reconhecida por frotistas que<br />

desejam adquirir produtos específicos para as<br />

mais diversas aplicações.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>: Em 2009 a<br />

Scania retornou ao mercado de<br />

ônibus urbanos com o lançamento<br />

de chassis série F, após<br />

quase uma década. Desde então,<br />

o volume de chassis comercializado<br />

atendeu às expectativas<br />

da empresa? Por que a Scania<br />

resolveu atuar nesse ramo tão<br />

disputado? Que estratégias<br />

a Scania vem adotando para<br />

melhorar a participação em<br />

volume de vendas?<br />

Eduardo Monteiro: A Scania<br />

nunca deixou de manter o chassi Série<br />

F no seu portfólio. O que ocorreu<br />

foi que, em função do alto conteúdo<br />

importado da antiga Série F e da desvalorização<br />

do real em 2002, o chassi<br />

ficou fora de posição em relação<br />

aos preços dos concorrentes. Nesse<br />

período, o chassi Série F continuou<br />

disponível para atendimento a outros<br />

mercados latino-americanos.<br />

Hoje, esta dificuldade foi superada,<br />

o chassi foi totalmente<br />

nacionalizado, tornando-se muito<br />

competitivo. Nosso interesse é<br />

participar daquele que representa<br />

o maior segmento do transporte de<br />

passageiros no Brasil. Hoje dispomos<br />

de duas versões para esse tipo<br />

de veículo, e as principais<br />

praças que o utilizam são<br />

Recife, Salvador e Sorocaba.<br />

R.Ô.: Muitos investimentos<br />

estão previstos<br />

para as cidades que serão<br />

sedes da Copa do<br />

Mundo, como o Rio de<br />

Janeiro, palco dos Jogos<br />

Olímpicos. Tais medidas<br />

vão reconfigurar o<br />

transporte urbano nas<br />

cidades. Como a Scania<br />

se prepara para aproveitar<br />

essa oportunidade?<br />

E.M.: A Scania possui uma linha<br />

completa de produtos como solução<br />

para o segmento, notadamente para<br />

aplicações que demandem grandes<br />

capacidades de passageiros, como<br />

aquelas previstas para atendimento<br />

de eventos como Copas do Mundo<br />

e Jogos Olímpicos.<br />

Para nos auxiliar na implementação<br />

dessas soluções nas cidades,<br />

também contratamos o consultor<br />

de infraestrutura e planejamento<br />

estratégico em transporte urbano,<br />

Claudio de Senna Frederico<br />

– responsável por contribuir na<br />

elaboração dos próximos projetos e<br />

planejamentos da Scania no setor,<br />

além de atuar junto às entidades<br />

de classe e ao poder público e<br />

de inserir a Scania nos principais<br />

debates e discussões sobre a<br />

qualidade e o futuro do transporte<br />

urbano no Brasil.<br />

R.Ô.: Uma das apostas da<br />

marca para o futuro próximo<br />

está no uso do etanol como<br />

fonte de energia e propulsão<br />

dos motores. A marca, inclusive,<br />

tem veículos em testes na<br />

capital paulista. Os resultados<br />

destes testes têm sido satisfatórios?<br />

Em relação a um veículo<br />

que opera com motor a diesel,<br />

quais são as principais diferenças?<br />

Para quando é possível<br />

esperar a produção em série<br />

desse tipo de veículo?


O ônibus de<br />

20 metros<br />

é uma das<br />

opções para<br />

operar em<br />

corredores<br />

tipo BRT<br />

E.M.: O veículo a etanol<br />

representa, sem dúvida, uma<br />

excelente opção de transporte<br />

ambientalmente sustentável.<br />

Segundo avaliação da Scania, o<br />

etanol é hoje a única alternativa<br />

comercialmente viável para atendimento<br />

às demandas ambientais.<br />

Os veículos que operavam em<br />

São Paulo eram de demonstração,<br />

não estavam em teste. A tecnologia<br />

é dominada pela Scania há<br />

mais de 20 anos. Em Estocolmo,<br />

na Suécia, os primeiros veículos<br />

a etanol começaram a circular<br />

ainda na década de 80. A capital<br />

sueca conta hoje com mais de 700<br />

veículos operando regularmente<br />

no transporte urbano.<br />

O motor a etanol, para operar<br />

em ciclo diesel, necessita de maior<br />

taxa de compressão, além de um<br />

sistema de injeção de combustível<br />

com maior capacidade. Essas são<br />

as principais modificações.<br />

Nossa fábrica em São Bernardo<br />

já produz esses veículos em série,<br />

até mesmo para atendimento das<br />

primeiras unidades que começam<br />

a operar na cidade de São Paulo a<br />

partir de maio.<br />

R.Ô.: Falando em energia<br />

limpa, em 2012 o país adotará<br />

o padrão Euro V em seus motores.<br />

Na visão da Scania, como<br />

está esse mercado? É possível<br />

prever a substituição dessa<br />

tecnologia em quanto tempo,<br />

logo que os motores utilizados<br />

atualmente atendem ao padrão<br />

Euro III? O ganho ambiental<br />

será significativo?<br />

E.M.: Por enquanto, o que<br />

podemos dizer é que a Scania está<br />

preparada para a substituição da<br />

tecnologia. Isso significa que disponibilizará<br />

ao mercado brasileiro,<br />

em 2012, um portfólio completo de<br />

produtos e de serviços que atenderão<br />

perfeitamente às exigências do<br />

Conama P7, garantindo ao transportador<br />

os mesmos benefícios atuais,<br />

como economia e produtividade.<br />

A Scania já tem definida sua<br />

estratégia para o Conama P7,<br />

graças à grande experiência com<br />

as tecnologias disponíveis na Europa,<br />

desde a metade da década<br />

passada, e aos extensivos testes de<br />

campo realizados aqui no Brasil. A<br />

tecnologia que melhor se aplica aos<br />

recursos disponíveis, especialmente<br />

o combustível, é a SCR, a mesma<br />

utilizada nos caminhões V8 na<br />

Europa. Trata-se, portanto, de uma<br />

tecnologia já dominada pela Scania<br />

e testada por milhares de clientes<br />

da marca em todo o mundo. Ainda<br />

restam algumas dúvidas sobre como<br />

será a distribuição do combustível<br />

no território nacional, mas todo o<br />

processo deverá ficar mais claro no<br />

decorrer deste ano.<br />

R.Ô.: Com aproximadamente<br />

20 projetos de BRT a serem<br />

construídos no país, como a<br />

Scania se articula para oferecer<br />

produtos adequados e de qualidade<br />

para esse mercado? Qual<br />

será o diferencial da marca<br />

para alavancar negócios e conquistar<br />

participação, tendo em<br />

vista que, atualmente, a marca<br />

detém números tímidos no<br />

segmento de veículos urbanos?<br />

E.M.: A Scania possui uma<br />

linha completa de chassis voltados,<br />

principalmente, para o transporte de<br />

grande capacidade, com soluções<br />

completas para atender especificamente<br />

às necessidades de cada<br />

sistema. Nosso K 270 - 15 metros,<br />

por exemplo, já opera em volume<br />

bastante considerável na cidade<br />

de São Paulo e no corredor metropolitano<br />

em São Bernardo, e os<br />

nossos chassis articulados operam<br />

em Curitiba.<br />

Aqueles para aplicação urbana<br />

são todos montados com<br />

suspensão pneumática, caixas<br />

automáticas, disponíveis tanto na<br />

versão com piso normal quanto<br />

na de piso baixo. São produtos<br />

que oferecem o que de mais<br />

moderno a indústria dispõe para<br />

conforto e segurança do passageiro,<br />

assim como excelente<br />

desempenho operacional.<br />

R.Ô.: Recentemente, a Scania<br />

participou da 8ª Fetrans-<br />

Rio, um dos principais eventos<br />

do segmento de transporte<br />

de passageiros do país. Na<br />

oportunidade, apresentou seu<br />

portfólio completo de chassis,<br />

com opções para ônibus urbanos<br />

e rodoviários. O evento<br />

rendeu muitos negócios para<br />

a empresa? Quais são as<br />

expectativas da marca para<br />

este ano?<br />

E.M.: A FetransRio é um importante<br />

evento para o setor,<br />

especialmente quando há a implementação<br />

de sistemas BRT ou BRS<br />

em iminência. Durante o evento,<br />

tivemos a oportunidade de apresentar<br />

as nossas opções para o<br />

transporte urbano de passageiros,<br />

inclusive para esses sistemas. A feira<br />

também nos ajudou a fortalecer<br />

o relacionamento com os nossos<br />

clientes e com o poder público, o<br />

que facilitará as negociações e a<br />

concretização de futuras parcerias,<br />

ainda este ano.<br />

11 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


produtos e serviços<br />

Marcopolo completa Geração 7<br />

com Double Decker e Low Driver<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 12<br />

Veículos têm aerodinâmica diferenciada<br />

e maior espaço interno<br />

No final do mês de março a<br />

Marcopolo apresentou os novos<br />

modelos da Geração 7: Paradiso<br />

Double Decker 1800 (piso duplo)<br />

e Paradiso Low Driver 1600 (o<br />

motorista fica posicionado mais<br />

abaixo em relação ao salão de<br />

passageiros). Os veículos possuem<br />

acabamento futurista – identidade<br />

Design levou em conta resultado de<br />

pesquisa feita com colaboradores,<br />

clientes, empresários e motoristas<br />

da empresa – e foram desenvolvidos<br />

para oferecer mais conforto,<br />

segurança e ergonomia para o<br />

setor de transporte de passageiros.<br />

Segundo José Carlos Bohrer,<br />

designer da Marcopolo, a concepção<br />

dos novos modelos levou<br />

em consideração resultados de<br />

uma pesquisa encomendada pela<br />

empresa e realizada com colaboradores,<br />

empresários, motoristas e<br />

clientes. Um dos itens abordados<br />

foi a altura dos passageiros, visando<br />

a oferecer mais espaço nos<br />

veículos. “Atestamos que 90%<br />

dos passageiros têm altura entre<br />

1,50 e 1,84 metro”. Quanto aos<br />

atributos, Bohrer afirmou que foram<br />

escolhidos cinco para chegar<br />

ao produto final. “Queríamos criar<br />

um produto que fosse ao mesmo<br />

tempo amigável, confortável, aerodinâmico,<br />

robusto e inovador”.<br />

Com relação ao design, a Marcopolo<br />

enfatizou a aerodinâmica<br />

de ambos os veículos. Tamanha<br />

dedicação permitiu que a empresa<br />

atingisse um coeficiente aerodinâmico<br />

muito baixo – 0,42 (em carros<br />

de passeio o máximo atingido é<br />

0,36). Esse indicador atesta a força<br />

de resistência ao ar do veículo em<br />

relação à superfície, o que significa<br />

mais estabilidade dos modelos<br />

quando em circulação.<br />

Além disso, ganharam desenho<br />

mais arrojado, com novos parabrisas<br />

panorâmicos, maiores e curvos,<br />

que aumentam as condições<br />

de visibilidade dos passageiros<br />

e do motorista. Internamente, é<br />

notável a elevação dos padrões<br />

de conforto e de segurança. Os<br />

veículos possuem novas portas,<br />

mais largas, e escadas com degraus<br />

diferenciados, que tornam a<br />

operação de entrada e saída mais<br />

confortável e agradável.<br />

Outra inovação dos veículos é o<br />

teto solar panorâmico no salão de<br />

passageiros, proporcionando maior<br />

contato com o ambiente externo.<br />

A iluminação do salão é toda em<br />

LEDs, com luzes indiretas para<br />

maior comodidade e sofisticação.<br />

Contam, também, com novo monitor<br />

frontal em LED de 23 polegadas<br />

e monitores em LED de 15 polegadas<br />

posicionados no teto ao longo<br />

de todo o salão, permitindo melhor<br />

visibilidade de qualquer poltrona.<br />

De acordo com o diretor comercial<br />

de Mercado Interno, Paulo<br />

Corso, os novos modelos estarão à<br />

disposição dos frotistas a partir do<br />

segundo semestre. O Paradiso Low<br />

Driver entra em linha de produção<br />

em maio. Já o Double Decker, no<br />

mês seguinte. “Mesmo sem terem<br />

sido apresentados oficialmente<br />

aos empresários, os veículos já<br />

foram motivo de elogios, e a empresa<br />

comercializou cerca de 150<br />

unidades dos novos ônibus. Temos<br />

carros vendidos para o Paraná, Rio<br />

de Janeiro, Santa Catarina, São<br />

Paulo e Recife”, afirmou Corso.


“Mesmo sem terem sido<br />

apresentados oficialmente aos<br />

empresários, os veículos já foram<br />

motivo de elogios, e a empresa<br />

comercializou cerca de 150<br />

unidades dos novos ônibus”<br />

Paulo Corso,<br />

diretor comercial de Mercado Interno<br />

Apesar desse otimismo inicial,<br />

Corso cita que, para o mercado<br />

nacional, esse número não deve<br />

crescer muito, pois tanto o LD quanto<br />

o DD são produtos destinados a<br />

aplicações específi cas, com alguns<br />

veículos operando em linhas regulares<br />

e outros circulando em rotas<br />

turísticas. “Hoje temos 100% da<br />

produção nacional no que diz respeito<br />

a esse nicho de mercado. Mas,<br />

diferentemente dos outros produtos<br />

da linha G7, quando chegarmos a<br />

vender cerca de 1.000 veículos por<br />

ano, não devemos aumentar muito<br />

o número de veículos já vendidos<br />

aqui no país”.<br />

O diretor completa dizendo<br />

que algumas empresas apostam<br />

nesse tipo de veículo, por oferecer<br />

um serviço diferenciado aos<br />

seus passageiros. “Em regiões<br />

onde existe concorrência de<br />

linhas, a empresa consegue<br />

atrair mais passageiros ao disponibilizar<br />

serviços para clientes<br />

diversos. Em um ônibus Double<br />

Decker, por exemplo, o empresário<br />

pode oferecer um serviço<br />

leito no piso inferior e semileito<br />

no superior. Assim, ele pode cobrar<br />

dois tipos de tarifa em um<br />

mesmo veículo”.<br />

Mas, se as vendas no mercado<br />

interno parecem atingir seu<br />

limite logo no lançamento dos<br />

modelos, a aposta em exportação<br />

é motivo de entusiasmo para<br />

a Marcopolo. O crescimento da<br />

demanda em países como Peru<br />

e Chile e a grande utilização de<br />

ônibus de piso duplo na Argentina<br />

animam a empresa, como<br />

diz o gerente de Vendas para<br />

Linhas futuristas<br />

e arrojadas são<br />

marca da G7, e<br />

prometem atrair<br />

os clientes<br />

Double Decker permite<br />

oferta de dois tipos de<br />

serviço num mesmo<br />

ônibus, com tarifas<br />

diferentes


produtos e serviços<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 14<br />

Sistema de renovação<br />

de ar natural, corredor<br />

central com piso de<br />

madeira e climatização<br />

em todo o ambiente são<br />

alguns itens de conforto<br />

para o passageiro<br />

Mercado Externo, Paulo Andrade.<br />

“Posso adicionar a esses países<br />

o Paraguai, a Bolívia e a África<br />

do Sul, como mercados consumidores<br />

de ônibus Double Decker.<br />

O Low Driver tem pouca procura<br />

pelo mercado externo. Concentramos<br />

de 95 a 98% das vendas<br />

na carroceria de piso duplo.<br />

Tradicionalmente exportamos até<br />

800 unidades por ano. Em 2010<br />

atingimos a marca de 1.500<br />

unidades, mas da Geração 6”.<br />

Em rápido comparativo entre<br />

os modelos da Geração 7 com os<br />

da anterior, é possível dizer que<br />

os novos são mais econômicos em<br />

consumo, conforme já atestado<br />

pelas empresas que utilizam os<br />

ônibus lançados em 2009. Os<br />

relatos indicam economia variável<br />

entre 4 e 8%. “Isso depende da<br />

linha, da conduta dos motoristas,<br />

entre outros fatores” – cita Corso.<br />

O peso também teve destaque<br />

na concepção dos veículos. Com o<br />

uso de plástico de engenharia em<br />

diversas partes, estima-se que os<br />

novos modelos tenham cerca de<br />

500 quilos a menos.<br />

No que diz respeito ao conforto<br />

dos passageiros, os veículos<br />

foram equipados com avançado<br />

sistema de renovação de ar natural<br />

e corredor do piso central revestido<br />

de madeira, o que permite melhor<br />

isolamento térmico e acústico.<br />

O sistema de ar-condicionado<br />

proporciona maior eficiência na<br />

climatização de todo o ambiente,<br />

pois conta com novos dutos integrados<br />

ao teto e chicote elétrico<br />

separado.<br />

Nos modelos Paradiso DD<br />

1800 e LD 1600, o motorista<br />

e o auxiliar receberam especial<br />

atenção em termos de conforto<br />

e ergonomia, a fim de facilitar<br />

a condução do veículo. A cabine<br />

foi totalmente redesenhada, com<br />

nova porta, painel frontal completo,<br />

piso e poltronas. O Paradiso<br />

DD 1800 se apresenta nas versões<br />

6x2 e 8x2 e tem 13.200 mm e<br />

14.000 mm de comprimento,<br />

respectivamente, e 2.600 mm de<br />

largura. Já o Paradiso LD 1600,<br />

nas versões 4x2 e 6x2 e possui<br />

14.000 mm de comprimento,<br />

2.600 mm de largura e altura<br />

interna de 1.890 mm. Os veículos<br />

chegam ao mercado nacional com<br />

valores que variam entre 800 e<br />

900 mil reais.


15 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


veículo versátil<br />

Os miniônibus<br />

vão auxiliar no<br />

patrulhamento<br />

e suporte às<br />

ações policiais<br />

no RS<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 16<br />

Miniônibus reforçam Segurança<br />

Pública no Rio Grande do Sul<br />

As unidades dispõem de cela e computadores com<br />

leitor de impressão digital<br />

A população gaúcha vai poder<br />

se sentir mais segura. Desde o final<br />

de fevereiro estão à disposição<br />

quatro veículos que funcionarão<br />

como delegacia policial móvel. Os<br />

miniônibus foram desenvolvidos<br />

pela Volare, especialmente para<br />

atender às demandas da Polícia<br />

Civil do Estado do Rio Grande do<br />

Sul. As primeiras unidades do modelo<br />

W9 a serem utilizadas nessa<br />

nova aplicação possuem balcão<br />

de atendimento, sala de espera,<br />

computadores com leitores de<br />

digitais e cela de detentos.<br />

Adquiridos por meio do Programa<br />

Nacional de Segurança<br />

Pública com Cidadania (Pronasci),<br />

os ônibus atuarão como equipamento<br />

auxiliar em operações policiais<br />

– para registrar ocorrências<br />

de delitos, perda de documentos<br />

e também receber denúncias.<br />

“Para nós é muito importante<br />

desenvolver veículos que atendem<br />

às necessidades da polícia, assim<br />

como já havíamos feito com as<br />

unidades móveis de saúde”, explica<br />

Milton Susin, diretor executivo<br />

de Negócios Volare.<br />

Desenvolvido pelo Ministério<br />

da Justiça, o Pronasci marca uma<br />

iniciativa no enfrentamento à<br />

criminalidade no país. O projeto<br />

articula políticas de segurança com<br />

ações sociais, prioriza a prevenção<br />

e busca atingir as causas que levam<br />

à violência, sem abrir mão das<br />

estratégias de ordenamento social<br />

e segurança pública.<br />

Entre os principais eixos do<br />

Pronasci destacam-se: a valorização<br />

dos profissionais de<br />

segurança pública; a reestruturação<br />

do sistema penitenciário;<br />

o combate à corrupção policial; e<br />

o envolvimento da comunidade<br />

na prevenção da violência. Para<br />

desenvolvimento do Programa,<br />

o governo federal investirá R$<br />

6,707 bilhões até o fim de 2012.<br />

As unidades permitirão o<br />

atendimento a várias comunidades<br />

carentes, principalmente<br />

onde o acesso a uma delegacia<br />

de polícia é difícil.<br />

O miniônibus Delegacia<br />

Móvel tem capacidade para<br />

transportar até cinco policiais<br />

em poltronas do tipo soft reclinável,<br />

bem como possui parede<br />

divisória separando o compartimento<br />

de deslocamento do de


trabalho, porta de acesso para<br />

motorista e acompanhantes<br />

de ambos os lados, vidro com<br />

película de isolamento, rádio<br />

transceptor VHF com 160 canais<br />

de operação, microfones móveis<br />

de mão e de lapela e bateria recarregável.<br />

Externamente o veículo<br />

apresenta toldo retrátil na<br />

lateral direita com cinco metros<br />

de comprimento e dois metros<br />

de largura, plataforma traseira<br />

para transporte de motocicleta e<br />

sirene eletrônica com megafone.<br />

Para melhor atender à comunidade,<br />

o veículo possui três<br />

guichês (cada um com quatro<br />

cadeiras de espera), computador<br />

portátil com gravador de DVD,<br />

sistema de internet sem fio (wireless),<br />

leitor de impressões digitais,<br />

Bluetooth, duas impressoras<br />

– uma a laser, com funções de<br />

fax, copiadora e escâner, e outra<br />

matricial – e sistema de circuito<br />

elétrico de 127/220 V.<br />

A delegacia volante conta<br />

ainda com cela para detentos<br />

com paredes sem vidro e ventilador/exaustor,<br />

sistema de<br />

abastecimento de água com<br />

150 litros e banheiro químico<br />

do tipo trailer.<br />

Marca inova e apresenta<br />

os novos modelos W FLY<br />

A Volare lançou, no início de<br />

março, a nova linha de miniônibus<br />

W FLY. Sinalização externa em Full<br />

LED, ampla utilização de plásticos<br />

de engenharia 100% recicláveis nos<br />

para-choques, bem como laterais e<br />

revestimentos internos que absorvem<br />

o impacto e colaboram para a<br />

preservação ambiental, são as principais<br />

características dos modelos.<br />

Os miniônibus apresentam<br />

para-choques dianteiro e traseiro,<br />

capô dianteiro, para-lamas e laterais<br />

inferiores em NORYL – material<br />

com grande capacidade de<br />

absorção de impactos, deformação<br />

elástica, diminuindo os custos de<br />

manutenção e/ou troca de peças.<br />

Para o diretor executivo da<br />

Volare, Milton Susin, a fabricante<br />

está substituindo em larga escala<br />

a fibra de vidro por plásticos de<br />

engenharia, sustentáveis e mais<br />

“amigáveis”. “Na linha W FLY<br />

demos um passo importante no<br />

sentido de aumentar a preservação<br />

ambiental e no uso de processos<br />

e produtos que não agridem a<br />

natureza. O resultado é um veículo<br />

leve, de fácil manutenção e menor<br />

custo operacional. Para os frotistas<br />

interessados, os novos modelos da<br />

linha têm custo que variam entre<br />

R$ 190 e 220 mil”.<br />

Limousine, Volare único<br />

Outra novidade da nova linha<br />

W FLY é o lançamento do modelo<br />

Limousine. Este miniônibus possui<br />

equipamentos e características<br />

inéditas, que ampliam o requinte, o<br />

conforto, e criam um novo segmento<br />

de mercado, exclusivo e diferenciado<br />

para o transporte turístico.<br />

Na parte externa, o veículo<br />

se diferencia por itens exclusivos,<br />

como acabamentos cromados sobre<br />

a grade dianteira, para-choque<br />

traseiro e complemento no conjunto<br />

ótico, retrovisores pintados na<br />

mesma cor da carroçaria e vidros<br />

laterais colados. Mas é no interior<br />

que estão os principais destaques<br />

do Limousine. O modelo conta com<br />

poltronas semileito, mais largas,<br />

com 1.060 mm de largura, bem<br />

como com apoio para a cabeça em<br />

espuma visco-elástica – material<br />

capaz de se adaptar à estrutura e à<br />

altura do passageiro, acomodandoo<br />

com o máximo de conforto.<br />

17 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


inovação<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 18<br />

BRS de Copacabana chega à<br />

Barata Ribeiro e Raul Pompeia<br />

Novo trecho do corredor, no sentido Ipanema,<br />

tem 20 pontos e opera 67 linhas<br />

Depois do sucesso do corredor<br />

Bus Rapid System (BRS) da Avenida<br />

Nossa Senhora de Copacabana,<br />

implantado em fevereiro passado, o<br />

bairro da Zona Sul carioca ganhou<br />

mais um trecho do BRS, desta vez<br />

nas ruas Barata Ribeiro e Raul Pompeia,<br />

no sentido Ipanema. Esta nova<br />

etapa do corredor foi inaugurada no<br />

dia 9 de abril. O BRS prioriza o transporte<br />

público e, para que isso ocorra,<br />

duas das quatro faixas das duas vias<br />

foram dedicadas ao mesmo.<br />

Agora, as 67 linhas que passam<br />

pelas ruas Barata Ribeiro e Raul<br />

Pompeia estão divididas em três<br />

grupos: BRS 1, BRS 2 e BRS 3, com<br />

20 pontos de parada distribuídos<br />

pelas duas vias, priorizando o acesso<br />

ao metrô e a pontos de interesse<br />

comum. Desta forma, os passageiros<br />

só podem embarcar ou desembarcar<br />

nos locais correspondentes.<br />

Todos os 20 pontos de ônibus<br />

do BRS Barata Ribeiro / Raul Pom-<br />

peia foram nomeados individualmente<br />

e sinalizados com identidade<br />

visual própria, apresentando informações<br />

sobre as linhas referentes<br />

ao ponto em questão, bem como<br />

a respeito das demais que param<br />

nas proximidades. Também existe<br />

um grande mapa da avenida com<br />

a localização de todos os pontos,<br />

para ninguém fi car perdido.<br />

População informada<br />

Para que a população entenda<br />

a transformação, foram<br />

distribuídos panfletos com as<br />

informações sobre as mudanças<br />

no transporte público nessas<br />

duas ruas, da mesma forma que<br />

aconteceu na Nossa Senhora<br />

de Copacabana. Um efetivo de


PÉSSIMO<br />

PÉSSIMO<br />

RUIM<br />

REGULAR<br />

PÉSSIMO<br />

RUIM<br />

RUIM<br />

REGULAR<br />

PÉSSIMO<br />

Pesquisa no site www.fetranspor.com.br<br />

Avaliação do tempo de viagem dentro do ônibus<br />

REGULAR<br />

BOM<br />

BOM<br />

ÓTIMO<br />

BOM<br />

ÓTIMO<br />

20 40 60 80 100<br />

Avaliação da sinalização e das informações sobre<br />

as linhas de ônibus nas paradas<br />

ÓTIMO<br />

20 40 60 80 100<br />

20 40 60 80 100<br />

42<br />

31<br />

58<br />

64<br />

49<br />

42<br />

22<br />

15<br />

66<br />

85<br />

56<br />

22<br />

15<br />

66<br />

85<br />

56<br />

19 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


25 agentes de trânsito, entre<br />

guardas municipais e operadores<br />

da CET-Rio, está atuando<br />

no corredor viário para orientar<br />

o trânsito.<br />

A exemplo do que ocorreu na<br />

Avenida Nossa Senhora de Copacabana,<br />

a principal contribuição<br />

do BRS é a redução do tempo<br />

de viagem para os usuários de<br />

ônibus, os quais representam<br />

85% das pessoas que circulam<br />

diariamente pelo bairro. Com a<br />

implantação dos corredores em<br />

Copacabana, a frota circulante<br />

na região foi reduzida, porém a<br />

velocidade operacional dos ônibus<br />

aumentou de 13km/h, nos<br />

horários de pico, para 24km/h,<br />

ou seja, quase o dobro. A expectativa<br />

é que o passageiro possa<br />

cruzar o bairro em um tempo até<br />

50% menor. A meta para o novo<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 20<br />

trecho é que ele seja percorrido<br />

em 9 minutos no horário de rush.<br />

Os BRSs são a base do projeto<br />

de racionalização das linhas<br />

de ônibus no município, que vai<br />

readequar a oferta e a demanda<br />

de transporte público em todas<br />

as regiões da cidade. O Rio vai<br />

contar com mais de 20 corredores<br />

de BRS. Os próximos bairros<br />

a serem contemplados são Ipanema,<br />

Leblon e Centro.<br />

Opinião de quem usa<br />

Em pesquisa feita pela <strong>Fetranspor</strong>,<br />

através do site (www.<br />

fetranspor.com.br), 85 das pessoas<br />

que responderam afi rmaram que<br />

o trânsito melhorou um pouco e<br />

68 disseram que melhorou muito.<br />

Quanto ao tempo de viagem com<br />

Como identifi car os ônibus<br />

Na frente de cada ônibus existe um adesivo com a sigla BRS e um<br />

número, que pode ser 1, 2 ou 3, correspondente aos pontos da<br />

avenida em que ele para.<br />

BRS 1:<br />

linhas radiais do consórcio Intersul Intersul (cor amarela) amarela) que ligam a Zona<br />

Sul ao Centro. São seis pontos de parada.<br />

BRS 2:<br />

linhas que ligam os bairros dentro da área do consórcio<br />

Intersul. São seis pontos de parada.<br />

BRS 3:<br />

linhas que chegam a Copacabana operadas por outros<br />

consórcios: Internorte (cor verde), Santa Cruz (cor (cor vermevermelha) e Transcarioca (cor azul).<br />

OBS. A relação das linhas do BRS Copacabana e o mapa<br />

com a localização dos pontos podem ser acessados no<br />

site da <strong>Fetranspor</strong>: www.fetranspor.com.br/brs.<br />

a entrada em funcionamento<br />

do BRS, 85 escolheram a opção<br />

“bom” e 55 marcaram “ótimo”.<br />

A sinalização e o sistema de informações<br />

implementados também<br />

receberam avaliação positiva. Já o<br />

tempo de espera nos pontos ainda<br />

é considerado um problema para<br />

os usuários.<br />

O Rio terá mais de 20<br />

corredores de BRS, que<br />

são a base do projeto de<br />

racionalização das linhas<br />

de ônibus no município,<br />

responsável por readequar<br />

a oferta e a demanda de<br />

transporte público em todas<br />

as regiões da cidade<br />

22 pontos novos (8 BRS 1,<br />

7 BRS 2, 7 BRS 3) foram<br />

posicionados nas ruas Barata<br />

Ribeiro e Raul Pompeia


prêmio internacional<br />

<strong>Fetranspor</strong> e RioCard<br />

vencem prêmio da UITP<br />

na América Latina<br />

Bilhete Único e Vale-Transporte são vencedores regionais, Selo Verde é<br />

fi nalista mundial do “PTx2 Awards”, e <strong>Fetranspor</strong> recebe o “Carruagem<br />

de Ouro” do Parlamento Russo<br />

Por Roselene Alves<br />

A <strong>Fetranspor</strong> e a RioCard receberam<br />

o Prêmio da campanha<br />

“PTx2 Awards” (Prêmio Transporte<br />

Público vezes 2), lançada pela<br />

União Internacional de Transportes<br />

Públicos (UITP), para estimular e<br />

reconhecer as melhores práticas<br />

de incentivo que estejam contribuindo<br />

para dobrar a utilização<br />

do transporte público, até o ano<br />

de 2025.<br />

O Prêmio foi entregue em<br />

Dubai, no último dia do 59º<br />

Congresso Mundial de Transporte<br />

Público da UITP, realizado entre<br />

10 e 14 de abril pela entidade<br />

internacional, e sediado pela Dubai<br />

Roads and Transport Authority<br />

(RTP). Tanto a <strong>Fetranspor</strong> como a<br />

RioCard foram vencedoras pela<br />

América Latina, com os cases do<br />

Bilhete Único e do Vale-Transporte.<br />

Na premiação internacional, a<br />

<strong>Fetranspor</strong> também se destacou,<br />

fi cando entre os fi nalistas, com<br />

o Programa Selo Verde, na categoria<br />

“Public Transport Advocacy<br />

Award”, vencida pela Canadian<br />

Urban Transit Association, do<br />

Canadá.<br />

BU e VT<br />

O Bilhete Único Intermunicipal<br />

foi eleito como o Melhor<br />

Programa de Transporte da<br />

América Latina, na categoria


prêmio internacional<br />

Lélis Teixeira<br />

recebendo o<br />

prêmio pela<br />

RioCard<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 22<br />

“Introdução a Novas<br />

Políticas de Transportes”.<br />

Já a experiência<br />

“Vale-Transporte – O<br />

desafio da universalização<br />

do benefício que<br />

garante a mobilidade<br />

dos trabalhadores”<br />

ganhou a premiação<br />

regional da América<br />

Latina, na categoria<br />

“Service Improvement<br />

Award”.<br />

Ainda durante o<br />

evento, a <strong>Fetranspor</strong> recebeu<br />

mais um Prêmio<br />

– “Zolataja Kolesnica”<br />

(Carro de Ouro) –, concedido<br />

pela Comissão de Transportes do<br />

Parlamento da Federação Russa.<br />

O Ministério de Transportes Russo<br />

elegeu a <strong>Fetranspor</strong> uma das<br />

três melhores organizações de<br />

transportes do mundo, ao lado<br />

da Municipalidade de Shangai<br />

(Shangai, China) e da Infraestruturas<br />

Ferroviárias da Catalunha<br />

(Barcelona, Espanha).<br />

155 inscritos<br />

A campanha “PTx2 Awards”<br />

foi criada pela UITP em 2009,<br />

durante o 58º Congresso Internacional<br />

da entidade, com o objetivo<br />

de dobrar o uso do transporte<br />

público no mundo até 2025. Esta<br />

também foi a proposta principal


do congresso, que teve como slogan<br />

“Boosting public transport:<br />

Action!” (Incentivo ao Transporte<br />

Público: Ação!).<br />

O Prêmio recebeu 155 inscrições,<br />

de 43 países de todos os<br />

continentes do globo.Todos os<br />

inscritos tiveram de apresentar<br />

projetos desenvolvidos entre os<br />

anos de 2009 e 2010, que, além<br />

de não terem sido encerrados, sejam<br />

considerados bons exemplos<br />

para inspirar novas ações que contribuam<br />

para aumentar em duas<br />

vezes o mercado de transporte<br />

público nos próximos 14 anos.<br />

Duas mil delegações, de 80 países,<br />

participaram do Congresso, que<br />

contou também com 300 estandes,<br />

Duas mil delegações, de 80<br />

países, participaram do 59°<br />

Congresso Munidial<br />

da UITP em Dubai<br />

2025 = Ptx2<br />

AWARDS<br />

Vale-Transporte<br />

Em 16 de dezembro de 1985 , a Lei nº 7.418 instituiu<br />

o Vale-Transporte (VT), inicialmente facultativo. Dois anos depois, o<br />

benefício passou a ser obrigatório, pela Lei nº 7.619, a qual estipula<br />

o máximo de 6% do salário líquido do empregado para fi ns<br />

de transporte para o serviço, devendo o restante ser custeado pelo<br />

empregador.<br />

A missão de comercialização e distribuição de vale-transporte,<br />

no Estado do Rio de Janeiro, para todos os modais, foi concedida<br />

à <strong>Fetranspor</strong>, que criou a empresa RioCard, em 2007, objetivando<br />

melhorar a administração e os investimentos. Com a implantação do<br />

sistema de bilhetagem eletrônica, foi possível a unifi cação de todos<br />

os processos que envolvem tal benefício e a sua aceitação em cada<br />

modalidade de transporte existente no Estado: ônibus, barco, trem<br />

e vans legalizadas.<br />

A informação é o ponto-chave no processo de melhoria, o que<br />

é comprovado pela abrangência da rede de atendimento do valetransporte:<br />

lojas, call centers, bem como o setor comercial, com uma<br />

equipe especializada em grandes e médias empresas. Toda esta<br />

gestão é modelo no Brasil e estabelece um sistema único no país.<br />

Em intenso esforço de difusão do benefício, a RioCard conseguiu<br />

atingir, em dezembro de 2010, mais de 53% dos trabalhadores do<br />

Estado. Os clientes corporativos passaram, em dois anos, de 60 para<br />

79 mil, o que representa surpreendente crescimento de 13% por ano,<br />

em conformidade com a política da empresa de expandir o alcance<br />

do vale-transporte através da inclusão territorial e do esclarecimento<br />

empresarial cada vez maior.<br />

23 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


prêmio internacional<br />

Lélis Teixeira, presidente da<br />

<strong>Fetranspor</strong> e da RioCard, com<br />

o especialista brasileiro em<br />

transportes Cláudio de Senna<br />

Frederico<br />

Além do “PTx2 Awards”, a<br />

<strong>Fetranspor</strong> recebeu o “Zolataja<br />

Kolesnica”, concedido pela<br />

Comissão de Transportes do<br />

Parlamento russo, por considerar<br />

a Federação uma das três<br />

melhores organizações de<br />

transportes do mundo<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 24<br />

de 37 países, visitados por cerca<br />

de 10 mil pessoas, destacandose<br />

ministros de várias partes do<br />

mundo, executivos e especialistas<br />

do setor de transportes.<br />

“Imensurável”<br />

Estiveram presentes ao congresso<br />

e à premiação autoridades,<br />

operadores, investidores,<br />

indústrias, instituições acadêmicas,<br />

pesquisadores, associações<br />

e ONGs. O presidente executivo<br />

da Federação, Lélis Teixeira, e a<br />

diretora de Mobilidade, Richele<br />

Cabral, representaram a entidade<br />

no evento. Lélis recebeu o prêmio<br />

pela RioCard, e o secretário de<br />

Transportes do Estado do Rio, Júlio<br />

Lopes, que representou o governo<br />

do Estado, pelo Bilhete Único.<br />

Segundo a diretora de Mobilidade,<br />

a vitória do BU foi um<br />

reconhecimento a um trabalho<br />

que deu certo. “A gente fica mais<br />

feliz ainda porque se trata de um<br />

benefício que trouxe melhorias<br />

para muitas pessoas. É imensurável<br />

o que o Bilhete Único fez pela<br />

população. Além disso, foi uma<br />

boa política para as empresas<br />

operadoras, que puderam se reestruturar<br />

e aumentar o número<br />

de passageiros transportados”,<br />

afirma Richele Cabral.<br />

Ano da informação<br />

Sobre o congresso, Richele<br />

manifestou sua satisfação em<br />

perceber que o Rio de Janeiro<br />

está no caminho certo. “Entre os<br />

assuntos mais abordados durante<br />

o evento, destacam-se a questão<br />

da tecnologia e da melhoria da<br />

informação para o usuário. E nós,<br />

da <strong>Fetranspor</strong>, elegemos o ano de<br />

2011 justamente como o ano da<br />

informação ao cliente. Já estamos<br />

trabalhando neste sentido, através<br />

da sinalização dos pontos, da campanha<br />

feita para divulgação do BRS<br />

etc. E vamos utilizar a tecnologia a<br />

nosso favor nessa proposta, seja<br />

através de celulares, dos validadores<br />

ou de outras ferramentas que<br />

possam nos ajudar na informação<br />

constante aos usuários”, finaliza.<br />

O próximo congresso será<br />

realizado em Geneva, na Suíça,<br />

em maio de 2013.


Sobre a UITP<br />

A UITP é uma organização<br />

internacional voltada para o<br />

aprimoramento do transporte<br />

público em todo o mundo, por<br />

meio da troca de experiências e<br />

do incentivo à refl exão sobre sua<br />

importância como solução para as<br />

cidades. Conta atualmente com<br />

3.400 membros, de 92 países.<br />

Selo Verde<br />

Bilhete Único<br />

A <strong>Fetranspor</strong> foi uma das seis fi nalistas na premiação internacional da UITP,<br />

na categoria “Public Transport Advocacy Award”, por ter, em 2009, lançado o<br />

maior programa de controle de emissões do setor de transporte público de passageiros<br />

do Brasil, conhecido como “Programa Selo Verde”. Voltado à redução<br />

do nível de consumo de combustível, da emissão de gases de efeito estufa (GEE)<br />

e de material particulado, o Programa promove a melhoria da qualidade do ar<br />

das cidades no Estado do Rio de Janeiro, tornando seus ônibus uma das opções<br />

mais sustentáveis de transporte de passageiros.<br />

Os resultados são notáveis. Somente no ano de 2009 foi economizado o<br />

equivalente a 70 milhões de litros de diesel, em virtude da adequação das<br />

manutenções das frotas de ônibus pelas empresas, signifi cando uma redução<br />

anual de 194 mil toneladas de CO 2 e de 4.300 toneladas de material particulado,<br />

considerado o mais danoso poluente local associado ao setor de transportes<br />

nos grandes centros urbanos atualmente.<br />

2025 = Ptx2<br />

AWARDS<br />

Case vencedor do Prêmio Regional da América<br />

Latina na categoria “Introdução a Novas<br />

Políticas Públicas”, o Bilhete Único, criado há<br />

pouco mais de um ano (fevereiro de 2010), já<br />

apresenta aumento signifi cativo no número de usuários<br />

dos transportes públicos no Estado do Rio de Janeiro. Em 2010, foram<br />

realizadas mais de 170 milhões de viagens.<br />

O BU possibilitou a racionalização do sistema de transportes e promoveu<br />

a integração tarifária e a inclusão social, levando à ampliação da mobilidade<br />

urbana, devido à redução do custo e à integração de viagens entre todos os<br />

modais de transporte. O novo sistema permite que, por uma tarifa reduzida,<br />

o passageiro viaje entre municípios atendidos pelo BU, utilizando até dois<br />

veículos de qualquer modal de transporte público, no intervalo máximo<br />

de duas horas e meia. No início da operação, houve grande aumento de<br />

demanda. Com dois meses, o BU já havia cadastrado mais de 1,8 milhão<br />

de pessoas.<br />

25 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


cidades da copa<br />

Foto da Av. Presidente<br />

Antônio Carlos hoje,<br />

com pista exclusiva<br />

para ônibus, e ao lado<br />

uma das imagens do<br />

projeto futuro para<br />

implementação do BRT<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 26<br />

O legado de<br />

Belo Horizonte<br />

Participação nas Copas de 2014 e das Confederações antecipa<br />

implementação do plano estratégico de transportes da cidade<br />

Por Fred Alves<br />

Para realizar uma jogada<br />

de mestre, as cidades-sede da<br />

Copa do Mundo de 2014 têm<br />

que aproveitar bem a ocasião.<br />

Principalmente no que diz respeito<br />

à mobilidade urbana desses<br />

municípios. Sabendo disso, Belo<br />

Horizonte está se preparando<br />

para fazer um gol de placa em<br />

cima da oportunidade e deixar<br />

para a cidade um verdadeiro legado<br />

no transporte público, com<br />

a construção de três corredores<br />

expressos de ônibus (BRTs, na<br />

sigla em inglês), que beneficiarão<br />

mais de 600 mil pessoas.<br />

O município já possuía diagnósticos<br />

sobre a situação da mobilidade<br />

antes mesmo de o Brasil<br />

ganhar o direito de realizar a<br />

competição e, baseado neles, vinha<br />

desenvolvendo projetos para<br />

o melhoramento do setor. Parte<br />

desse planejamento estratégico<br />

prevê sete BRTs cortando a capital.<br />

Pelo andamento normal dos<br />

planos, as obras seriam realizadas,<br />

a médio e longo prazos, pela<br />

administração pública. Acontece<br />

que, com BH sendo eleita uma<br />

das cidades que receberão os<br />

jogos da Copa do Mundo, assim<br />

como a Copa das Confederações,<br />

um ano antes, tornou-se possível<br />

a antecipação de parte deste<br />

projeto.<br />

Para o diretor de planejamento<br />

da BHTrans, Célio Freitas,<br />

o momento não poderia ser mais<br />

oportuno. “Nós entendemos<br />

a Copa como uma janela de<br />

oportunidade. Com as facilidades<br />

de financiamento para<br />

as obras necessárias e com os<br />

poderes municipal, estadual e<br />

federal trabalhando juntos, veremos<br />

mudanças muito positivas<br />

acontecendo em Belo Horizonte.<br />

São várias as adequações que<br />

necessitam ser realizadas. Vão<br />

desde a do estádio Mineirão,<br />

passando pelos aeroportos, pela<br />

rede hoteleira, até o sistema de


Estação BHBUS<br />

Barreiro<br />

Estação BHBUS<br />

Diamante<br />

Estação BHBUS<br />

São José<br />

Belo Horizonte<br />

Corredores de<br />

BRT<br />

Estação BHBUS<br />

V Venda Nova<br />

Estação BHBUS<br />

Pampulha<br />

Estação BHBUS<br />

Catalão<br />

AAAAAAAAv Av Av Av Avvvvv<br />

...<br />

nnnnn<br />

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AAAAAAAf Af Af<br />

Estação<br />

Eldorado<br />

ssssssss<br />

oooV oV oVVVVVVa<br />

Va Va Vaaaa<br />

zzz ddd eee MMMMMMM eee llll oooooo<br />

BBBBBRRRRRR - 04400<br />

Estação<br />

Estação<br />

Cidade Industrial<br />

óóóóó<br />

lllll<br />

CCCCCCC<br />

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vvvvv<br />

vvvv. v. v. v. v. ....<br />

AAAAAAAAv Av Av Av Av<br />

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íí íí íí í<br />

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íl ííl ííl ííl<br />

RRRRRRR.. BBBBBBBB... EEEEEd dddddd<br />

Ed EEd EEd<br />

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VVi Vi<br />

aaaaaa<br />

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ddddddddd ooooo<br />

aad adooooo<br />

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E u uuuuuaaaaaarrrrrdddddddo oooo G GGGGGG<br />

E<br />

V xp pppppprrrrreeeee<br />

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Go GGo ooooo<br />

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P. PP. P PPPPPPPPiiiiiinnnnnnttttttooooo<br />

LAGOA<br />

LAGOA DA<br />

P PAMPULHA<br />

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A .. TTTTTTaaaa<br />

NNNNNNNNNeeeeee<br />

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nnnnnnccccrr<br />

Ta Ta Ta Ta T<br />

c eeee<br />

Ne NNe NNe e eeeeeees ssssss N v vvvvv<br />

ev eev eev eev<br />

Estação<br />

Estação<br />

V ila Oeste<br />

ãããããããoooooo<br />

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PPo<br />

PPo<br />

PPo<br />

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RRRRRRRRRRRR ... PPPPPPPPPPaaaaaaaddddddrrrrrreeeee EEEEEEuuuuuu qqqqqqqq aaaaa<br />

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iiiiisssssss ss ss<br />

sss sss sss ss ii<br />

ii<br />

iii ii<br />

ii<br />

ii<br />

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rrrrr eeee zaaa<br />

CCCCCCCCC<br />

Te Te Teeeee<br />

Estação<br />

Gameleira<br />

sst<br />

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ti ti ti<br />

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ssssssstttttáááááááááá ttá ttá ttá tá uuuuuuu<br />

Av AAv AAv AAv vvvvvvv<br />

AAAAAAAAA A .. zzzzzz A ... BBBBBBBa aaaaarrrrrããããããoooooo HHooom<br />

AAAAAAAAAvvvvvv Av AAv AAv AAv<br />

AAAAAAAAAA aaaaa<br />

AAAAAAvvvvvv Av AAv AAv AAv v VVVVVVVViiiiiilllllaaaaaaarrrrriiiiinnnnnhhhhhoooooo<br />

A .<br />

v.<br />

mmmmmmmma ma oooooooo nnnnn aaaaaaa sssss<br />

mmeeemmmmmmm ddddeeeee MMMMeeeeellloooo<br />

AAAAv Av<br />

A . RRajj<br />

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Ga GGa GGa<br />

I<br />

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AAAAAAAAAvvvvv Av AAv AAv AAv A . WWWWWWWWWWaaaaaallllllddddddddo oooom mmmmmm<br />

G b bbbbbbá áááá<br />

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b gggggglllliiiiaaaaa<br />

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oom<br />

oom<br />

oom<br />

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oom<br />

oom<br />

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SSSSSSS<br />

AAAAAAAAvvvvvv Av AAv AAv AAv v<br />

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AAAAAAA<br />

v.<br />

iiiiirrrrrrooooo LLLLLLLLLLooooobbbbbb<br />

ob<br />

o ooooooo<br />

eeeeee aaaaa e ssssss iiii i<br />

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vvvvv<br />

eeb eeb ebbbbbbb<br />

Estação Estação<br />

Calafate<br />

Carlos Prates<br />

Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação Estação BHBUS<br />

V ilarinho<br />

ããããããããã oooooo<br />

sst sst sttttt<br />

ti ti ti<br />

RRRRRR.... JJJJJaaaaaacccccuuuuuíííí<br />

Estação<br />

Lagoinha<br />

CCCCCCC aaaaa rrrrr mmmmm oooo<br />

ddddddddd ooooooo<br />

a Sraa<br />

..<br />

s<br />

NNN o<br />

Estação<br />

Floramar<br />

SSSSSSSSSS<br />

AAAAAAAAAvvvv Av AAv AAv AAv v<br />

A ..<br />

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vvi vi vvi vvi vvi vi vi viiiiiii<br />

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aaaaaa aa<br />

aa<br />

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iiiiivvvvv vv vv vv vv v<br />

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CCCCCCCCC<br />

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oooo<br />

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vvvv<br />

eeeeeeeeee ddddddd iiii<br />

eeeeeee nnnnnnnn<br />

RRRRRR .... BBBBBBBB<br />

Estação<br />

Estação<br />

W WWaldomiro<br />

WWaldomiro WWaldomiro WW<br />

W aldomiro Lobo<br />

Estação<br />

Primeiro de Maio<br />

SSSSSSS<br />

ooooo<br />

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vvvv. v. . JJJJJJJJ<br />

AAAAAv Av Av Av<br />

viaa<br />

ooooo BBBBBBB aan annnnnnn<br />

Estação<br />

Estação<br />

Central<br />

Estação Estação BHBUS<br />

BHBUS<br />

São Gabriel<br />

nnnn iiii<br />

Estação<br />

Estação<br />

Horto<br />

nnnnnn<br />

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rrrra ra ra raaaaa<br />

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iiiii llllll vvvvv<br />

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...<br />

RRRRRRRRRR<br />

rrrrr<br />

iiii eeeeee<br />

XXXXXXXa Xa Xa Xa Xaaaaa<br />

Estação<br />

Minas Shopping<br />

Estação<br />

Santa Inês<br />

AAAA<br />

v. v. ....<br />

Av Avv<br />

NNNNNNN<br />

iiiqqqqqqqqq<br />

nnnnnndddddd<br />

uuuuuuu<br />

eeeee<br />

rrrrrraaaaadddddd<br />

lliiinnnnnn n<br />

aaaasss as<br />

LEGENDA<br />

BRT Corredor Antônio Carlos<br />

BRT Corredor Cristiano Machado<br />

BRT Corredor Pedro II<br />

BRT Área Central<br />

Vias Principais<br />

a<br />

nna nna naaaaa<br />

Estação Estação<br />

Santa Santa T<br />

T Tereza ereza<br />

Estação<br />

Santa Efigênia<br />

Estação BHBUS<br />

José Cândido da Silveira<br />

Anel Rodoviário<br />

Linha 1 do Metrô<br />

Estação BHBUS (<strong>Ônibus</strong> /Metrô)<br />

Estação BHBUS (<strong>Ônibus</strong>)<br />

Estação de Metrô<br />

transporte público da cidade. Este<br />

é o ponto sob a responsabilidade<br />

da BHTrans”, diz.<br />

BH já possuía um plano de<br />

mobilidade, que tem caráter<br />

de Plano Diretor, com definições<br />

estratégicas expressas em<br />

políticas, ações e projetos. Tal<br />

planejamento visa a assegurar as<br />

melhores condições de mobilidade,<br />

acessibilidade e conectividade<br />

em todo o espaço urbano, assim<br />

como contribuir para a melhoria<br />

dos serviços em âmbito metropolitano.<br />

As empresas de ônibus<br />

da capital mineira, em dezembro,<br />

foram convidadas a se reunir com<br />

a administração pública para discutir<br />

as melhorias e adaptações<br />

necessárias, como a renovação de<br />

suas frotas, ampliação do serviço<br />

por ônibus articulados, a implan-<br />

27 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


cidades da copa<br />

“Dois dos três BRTs previstos devem estar<br />

prontos já em 2013 para a Copa das<br />

Confederações. O Corredor Antônio Carlos já foi<br />

licitado, e a duplicação já se iniciou... Os eventos<br />

acontecerão, acabarão, e os benefícios<br />

para a cidade ficarão por<br />

muitos anos”<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 28<br />

Célio Freitas<br />

Diretor de Planejamento da BHTrans<br />

tação do embarque em nível, de<br />

informação ao usuário em GPS,<br />

dentre outras. A ideia é que, com<br />

a finalização dos BRTs, haja a<br />

integração da administração dos<br />

serviços entre o município e o<br />

Estado, já que muitos dos corredores<br />

vão além dos limites de BH.<br />

Para Freitas, os eventos possibilitaram<br />

colocar em prática<br />

tais planos, o que deixará para a<br />

cidade um legado de transporte<br />

coletivo bem mais qualificado<br />

que o atual. “Por conta da Copa,<br />

conseguiremos realizar já três dos<br />

sete BRTs que temos programados.<br />

Isso é maravilhoso. Acho que<br />

o primeiro desafio a ser superado<br />

na estruturação da cidade foi<br />

termos um bom planejamento.<br />

É preciso ter um diagnóstico da<br />

situação em que se encontra a<br />

cidade, e isso nós já tínhamos,<br />

o que adiantou e facilitou o processo.<br />

Depois foi preciso traçar o<br />

panorama desejável para a Copa,<br />

do ponto de vista do deslocamento.<br />

Com isso, foram feitas simulações<br />

para saber como atingir o<br />

cenário desejado para os eventos<br />

e foram determinadas quais seriam<br />

as obras mais necessárias”,<br />

explica. Célio conta que todas<br />

as áreas da cidade pedem mais<br />

ônibus, mais viagens regulares,<br />

mas não é disso que necessitam.<br />

“Os moradores precisam gostar<br />

do serviço e confiar nos horários,<br />

pois planejando as viagens e<br />

sabendo da regularidade com<br />

que elas ocorrem, mais pessoas<br />

passam a usar o transporte coletivo.<br />

Quando pegamos um sistema<br />

que dobra a velocidade, como o<br />

BRT, que segue livremente, não<br />

para em semáforo, conseguimos<br />

ter mais viagens com a mesma<br />

frota. É isso que buscamos. Mais<br />

eficiência e qualidade no transporte<br />

coletivo”, defende.<br />

Marcelo Cintra do Amaral,<br />

coordenador de políticas de sustentabilidade<br />

da BHTrans, durante<br />

sua palestra no 14º Etransport,<br />

que aconteceu em outubro de<br />

2010 no Rio de Janeiro, explicou<br />

que, dentre os corredores de BRT<br />

propostos, foram priorizados<br />

três dos que apresentam maior<br />

demanda e propiciam o acesso ao<br />

Mineirão na Copa do Mundo. São<br />

eles: o BRT das avenidas Antônio<br />

Carlos – Pedro I, o da Avenida<br />

Cristiano Machado, sendo os dois<br />

corredores norte e sul, e o terceiro,<br />

o BRT das avenidas Pedro<br />

II – Carlos Luz. O financiamento<br />

para estas intervenções vem do<br />

PAC Copa, uma parceria entre<br />

governos federal e municipal. O<br />

custo do investimento estimado,<br />

só para os três corredores, é de<br />

mais de 870 milhões de reais.<br />

Segundo Célio Freitas, as<br />

obras estão totalmente dentro<br />

do cronograma de trabalho.<br />

“Dois dos três BRTs previstos<br />

devem estar prontos já em 2013<br />

para a Copa das Confederações.<br />

O Corredor Antônio Carlos já<br />

foi licitado, e a duplicação já se<br />

iniciou. O da Avenida Cristiano<br />

Machado já existe, sendo necessário<br />

reformular o corredor,<br />

repensar a geometria, instalar<br />

novas estações e modernizar<br />

toda a via e o sistema. A licitação<br />

deste está saindo em um mês.<br />

O terceiro estará pronto para a<br />

Copa. A Prefeitura tem acompanhado<br />

de perto a execução das<br />

obras e seus prazos, para contornar<br />

qualquer eventualidade que<br />

surja no processo. Os eventos<br />

acontecerão, acabarão, e os<br />

benefícios para a cidade ficarão


29 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


investimento consciente<br />

Fórum de Desenvolvimento<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 30<br />

Foi realizado, em 28 de março,<br />

no Plenário Barbosa Lima Sobrinho,<br />

no Palácio Tiradentes, o evento “Cidades<br />

Sustentáveis e Sistemas Inteligentes<br />

de Transportes”, parte do<br />

Fórum Permanente de Desenvolvimento<br />

Estratégico do Estado do Rio.<br />

O deputado Luiz Paulo Correa da<br />

Rocha abriu os trabalhos lembrando<br />

que o Rio de Janeiro irá sediar<br />

grandes eventos que vão modificar<br />

a estrutura da cidade. “Muito dessa<br />

estrutura já está saindo do papel.<br />

Grandes empresas prometem dinamizar<br />

áreas que sofrem com o<br />

abandono. Paralelamente a essa<br />

infraestrutura, que inclui corredores<br />

de transportes, pontes, viadutos,<br />

novas composições metroviárias e<br />

ferroviárias, há uma outra invisível,<br />

tão importante quanto, que é a tecnologia<br />

da informação”, esclareceu.<br />

Ele acrescentou que o Fórum é parte<br />

de um esforço para pensar em como<br />

aproveitar as oportunidades surgidas<br />

pelo fato do Rio de Janeiro estar<br />

sob os “holofotes” do mundo, a fim<br />

de que os investimentos que estão<br />

sendo feitos se traduzam numa real<br />

melhoria para todos.<br />

Palácio<br />

Tiradentes<br />

sedia<br />

discussões<br />

sobre cidades<br />

sustentáveis e<br />

transporte<br />

discute impacto de investimentos<br />

na cidade do<br />

Rio de Janeiro<br />

O secretário de Transportes do<br />

Estado do Rio, Julio Lopes, fez uma<br />

análise da situação atual dos transportes<br />

no Rio de Janeiro, apresentando<br />

as ações que já estão sendo<br />

implementadas para atender às<br />

exigências da Copa de 2014 e das<br />

Olimpíadas de 2016. Segundo Lopes,<br />

serão investidos R$ 30 bilhões<br />

no desenvolvimento do transporte<br />

no Estado. “A Região Metropolitana<br />

é o principal foco desses investimentos,<br />

que pretendem garantir<br />

234 novos veículos para passageiros<br />

da Super Via e do Metrô. A vida


“Paralelamente a essa infraestrutura, que inclui<br />

corredores de transportes, pontes, viadutos, novas<br />

composições metroviárias e ferroviárias, há uma<br />

outra invisível, tão importante quanto, que é a<br />

tecnologia da informação”, esclareceu Luiz Paulo<br />

do cidadão do Rio de Janeiro, principalmente<br />

na área metropolitana,<br />

vai mudar completamente pela<br />

perspectiva da mobilidade. Os corredores<br />

de BRT da prefeitura serão<br />

integrados aos investimentos que<br />

o Estado está fazendo”, afirma.<br />

O presidente da Super Via,<br />

Carlos José da Cunha, anunciou<br />

a chegada de 30 novos trens para<br />

este ano (3 deles vindos da China)<br />

e disse que, até 2016, serão mais 90<br />

composições. “Vamos reformar três<br />

Serão investidos R$ 30 bilhões no<br />

desenvolvimento do transporte no Estado. “A<br />

Região Metropolitana é o principal foco desses<br />

investimentos, que pretendem garantir 234 novos<br />

veículos para passageiros da Super Via e do<br />

Metrô”, afirma Júlio Lopes<br />

grandes oficinas, além de realizar a<br />

modernização de mais 84 veículos”,<br />

garantiu. O presidente da <strong>Fetranspor</strong>,<br />

Lélis Teixeira, falou do uso intensivo<br />

da tecnologia para aprimorar o serviço<br />

prestado aos usuários. Ele destacou<br />

o investimento feito pela Federação<br />

voltado para a modernização<br />

da frota e a qualificação dos profissionais,<br />

bem como a implantação<br />

do Bilhete Único Intermunicipal, que<br />

beneficia um considerável número<br />

de pessoas diariamente.<br />

Também estavam presentes<br />

o presidente do Metrô Rio, José<br />

Gustavo de Souza Costa, o secretário<br />

municipal de Conservação e<br />

Serviços Públicos do Rio, Carlos<br />

Roberto Osório, o deputado Paulo<br />

Ramos, o professor da Coppe/<br />

UFRJ, Paulo Cezar Ribeiro, Lia<br />

Lombardi, do Conselho Empresarial<br />

Brasileiro para o Desenvolvimento<br />

Sustentável, além de outros<br />

representantes dos poderes<br />

Executivo e Legislativo.<br />

31 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


econhecendo talentos<br />

Criado em 2009 com o objetivo<br />

de incentivar e reconhecer projetos<br />

que resultem em melhorias para o<br />

deslocamento das pessoas nas cidades<br />

do Estado do Rio de Janeiro,<br />

o Prêmio Mobilidade Urbana tem<br />

a sua segunda edição em 2011 e<br />

será concedido apenas na categoria<br />

Jornalismo. Em sua primeira<br />

edição (2009-2010), entregue<br />

durante a cerimônia de encerramento<br />

do 14º Etransport, o Prêmio<br />

era dividido em cinco categorias<br />

(Educação e Cultura, Jornalismo,<br />

Planejamento de Transporte e<br />

Tecnologia, Responsabilidade<br />

Socioambiental e Relacionamento<br />

com o Cliente), o que voltará a<br />

acontecer em 2012.<br />

O Prêmio Mobilidade Urbana<br />

de 2011 concederá aos jornalistas<br />

responsáveis pelas melhores matérias<br />

sobre o tema – veiculadas<br />

em jornal, revista, site, rádio ou<br />

televisão, entre 2 de julho de 2010<br />

e 31 de julho de 2011, em duas<br />

subcategorias (Mídia Impressa<br />

e Mídias Eletrônicas) – o troféu<br />

Mobilidade Urbana e um cheque<br />

de 10 mil reais. As inscrições<br />

poderão ser feitas de 15 de maio<br />

até 1º de agosto, exclusivamente<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 32<br />

através do site www.premiomobilidadeurbana.com.br.<br />

A divulgação<br />

dos três trabalhos finalistas em<br />

cada subcategoria será em 28 de<br />

outubro, e a premiação acontecerá<br />

em 24 de novembro, durante seminário<br />

de jornalismo promovido pela<br />

Federação.<br />

A criação do Prêmio Mobilidade<br />

Urbana foi uma forma que a <strong>Fetranspor</strong><br />

encontrou para estimular<br />

a criação de novos trabalhos, nas<br />

áreas abrangidas pelas categorias<br />

estabelecidas, e reconhecer aqueles<br />

que já são realizados há mais tempo.<br />

Isso porque a mobilidade é uma<br />

necessidade fundamental para o ser<br />

humano. Nossas cidades crescem<br />

cada vez mais, não comportam o número<br />

ascendente de veículos, nem é<br />

possível construir ruas e avenidas na<br />

mesma velocidade em que o volume<br />

de carros aumenta nas vias. Mobilidade<br />

é, pois, uma questão crucial<br />

para o funcionamento das cidades.<br />

Conhecer e destacar alguns<br />

cases de sucesso e propostas de<br />

soluções para esta questão, que<br />

atinge principalmente as grandes<br />

cidades, pode nos ajudar nessa empreitada<br />

de melhorar a mobilidade<br />

urbana. Esta é a missão do prêmio.<br />

A<br />

consagração do<br />

jornalismo<br />

sobre transportes<br />

<strong>Fetranspor</strong> incentiva a cobertura<br />

jornalística das transformações<br />

em curso no deslocamento de<br />

pessoas<br />

Fotos da premiação de 2010


educação corporativa<br />

Ana Rosa<br />

Chopard<br />

Bonilauri,<br />

diretora da UCT<br />

Desenvolvendo<br />

competências básicas<br />

do ambiente de negócio<br />

Vamos continuar, nesta edição, a<br />

comentar sobre aquilo que alimenta o<br />

planejamento das atividades educacionais<br />

de uma universidade corporativa.<br />

Jeannie Meister, a mais renomada<br />

especialista em sistemas educacionais empresariais<br />

com características de uma “universidade<br />

corporativa”, classifi ca esse segmento como um<br />

“guarda-chuva estratégico” para desenvolver<br />

e educar funcionários, clientes, fornecedores<br />

e comunidade, a fi m de cumprir as estratégias<br />

empresariais da organização.<br />

Em decorrência desse conceito, conforme<br />

Marisa Eboli, o modelo de UC está baseado<br />

em competências e interliga aprendizagem às<br />

necessidades estratégicas de negócios.<br />

Vamos traduzir um pouco mais essas<br />

defi nições:<br />

Quando se diz que o modelo de UC está<br />

baseado em competências, o que se quer reforçar<br />

é muito signifi cativo. Basta lembrar que os<br />

modelos tradicionais de T&D (Treinamento e Desenvolvimento)<br />

sempre se orientaram pela aplicação<br />

de conteúdos para atualizar qualifi cações<br />

técnicas, enquanto que a moderna concepção de<br />

educação corporativa se importa em desenvolver<br />

competências básicas do ambiente de negócio.<br />

Parece jogo de palavras. Mas não é. Atualizar<br />

qualifi cações técnicas tem uma vertente totalmente<br />

acadêmica. As qualifi cações técnicas de<br />

uma pessoa, por mais aprimoradas e profundas,<br />

não garantem que ela as aplique no ambiente de<br />

trabalho. É claro que supomos que quanto mais<br />

preparada é uma pessoa, mais “competente”<br />

será! Isto nem sempre é verdadeiro!<br />

Quando se fala em competência, vai-se um<br />

pouco mais além. O que este termo expressa<br />

é a capacidade de alguém aplicar aquilo que<br />

sabe. É sua capacidade de transformar, de gerar<br />

resultados. Nesse sentido, competência vai além<br />

de “qualifi cação técnica”. Competência requer,<br />

também, valores, vivências práticas, costumes e<br />

posturas.Competência, tal como é apropriada pelas<br />

UCs, é, antes de tudo, capacidade de entrega.<br />

O que a qualifi cação técnica isolada não garante.<br />

Mas vamos um pouco mais além!<br />

Não basta ter capacidade de entrega,<br />

“competência” pura e simplesmente. Os modernos<br />

sistemas de educação corporativa se<br />

importam com o negócio e seus desafios de<br />

sustentabilidade – no sentido de perenidade<br />

ou sobrevivência no mercado.<br />

O fazer por fazer, nesse contexto, não<br />

tem espaço.<br />

Ser competente requer: o saber fazer (conhecimento)<br />

e o saber agir ( habilidades e atitudes).<br />

E isso faz a grande diferença entre os sistemas<br />

tradicionais de T&D, que têm como foco a<br />

habilitação do funcionário para a realização das<br />

tarefas expressas em seu “perfi l funcional”. A UC<br />

surge diretamente relacionada a uma estratégia de<br />

negócio ou, mais uma vez, a algum resultado ou<br />

objetivo a ser alcançado.<br />

Tudo muito articulado e comprometido. A partir<br />

daí, ví a grande lição para todos os líderes e profi<br />

ssionais modernos: não dá para fi car alheio ou à<br />

parte das metas da empresa na qual trabalhamos.<br />

Vamos entender a razão de ser de nossa empresa<br />

– sua Missão! Vamos entender profundamente o<br />

que almeja no futuro, o que busca – sua Visão!<br />

Vamos contribuir com nosso trabalho, de forma<br />

legítima e comprometida com esses desafi os. Vamos<br />

emprestar nossos talentos (comprometimento<br />

e ação) para esse propósito! Vamos buscar com<br />

nossas organizações o sentido do empreender,<br />

como colaboradores e como organizações.<br />

Competências são de gente, de pessoas. Mas<br />

também são de empresas ou organizações!<br />

33 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


econhecendo talentos<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 34<br />

Como atrair e reter profissionais<br />

Presidente da ABRH-RJ diz que falta às empresas uma gestão<br />

baseada na meritocracia para reconhecer o valor de seus talentos<br />

O homem vive em busca da<br />

satisfação pessoal. Várias escolas<br />

filosóficas já deram suas<br />

contribuições ao tema a partir<br />

desta premissa. E isto quer dizer<br />

que as pessoas querem mais do<br />

que só produzir, ganhar dinheiro,<br />

estar bem colocado na sociedade,<br />

constituir família, acesso ao<br />

lazer etc. Todos querem um sentido<br />

maior para a vida. No mundo<br />

empresarial não é diferente.<br />

Os profissionais também buscam<br />

sentido para o trabalho. E estão<br />

cada vez mais ligados às oportunidades<br />

de mudanças.<br />

E é aí que mora um dos desafios<br />

para a área de Recursos Humanos.<br />

Na contramão do período<br />

pós-moderno – onde prolifera a<br />

tendência ao entorpecimento dos<br />

sentidos – e para evitar a perda<br />

de seus profissionais, muitas empresas<br />

estão investindo num movimento<br />

de valorização da pessoa<br />

e não apenas na produtividade.<br />

Para o especialista no assunto, Fábio<br />

Santos Ribeiro, presidente da<br />

Associação Brasileira de Recursos<br />

Humanos do Rio (ABRH-RJ), esta<br />

iniciativa é muito importante para<br />

que as empresas consigam atrair<br />

e reter seus profissionais.<br />

Disposta a ampliar esse<br />

conceito no setor de transportes<br />

por ônibus, a Universidade<br />

Corporativa do Transporte, criada<br />

pela <strong>Fetranspor</strong>, dedicou um<br />

dia de sua programação à discussão<br />

deste tema, convidando<br />

Fábio para uma palestra. O especialista<br />

concentrou seu dis-<br />

Fábio Santos<br />

Ribeiro,<br />

presidente da<br />

Associação<br />

Brasileira<br />

de Recursos<br />

Humanos do<br />

Rio (ABRH-RJ),<br />

durante palestra<br />

realizada pela<br />

UCT


curso nos principais conceitos<br />

que possibilitam a retenção de<br />

talentos e enfatizou os motivos<br />

pelos quais as empresas não<br />

conseguem manter seus profissionais.<br />

A diretora da UCT e<br />

de Gestão de Pessoas<br />

da <strong>Fetranspor</strong>, Ana Rosa<br />

Bonilauri, ressaltou que<br />

o assunto é prioritário.<br />

“Nós, de RH, ficamos na<br />

angústia de ver muitas<br />

empresas perdendo seus<br />

motoristas, enquanto<br />

outras não conseguem<br />

atraí-los. E, muitas vezes, não temos<br />

uma solução para a questão<br />

da retenção de talentos”, desabafou.<br />

Em relação à realidade de<br />

algumas empresas de ônibus no<br />

Estado, que vêm sofrendo com a<br />

falta de motoristas no mercado,<br />

ele orientou: “A pergunta principal<br />

que as empresas devem<br />

fazer é ‘por que é bom trabalhar<br />

aqui?’. Só vamos entender<br />

o déficit de motoristas, se entendermos<br />

o mundo deles. Ou<br />

pensamos na vida dessas pessoas<br />

para tentar desenhar algo<br />

melhor para elas, ou o mercado<br />

vai mandar. E aí, não tem como<br />

segurá-las. Serão atraídas para<br />

outras empresas, até fora do setor<br />

de transportes”.<br />

Outra dica sugerida por Fábio<br />

foi usar o público interno<br />

“O mercado exige recursos<br />

de políticas humanas. E o<br />

reconhecimento é uma das<br />

ações mais importantes para<br />

que as pessoas sintam orgulho<br />

de suas funções”, afirma Fábio<br />

para divulgar as vagas de motoristas,<br />

sobretudo os profissionais<br />

que têm orgulho de sua função.<br />

Ele também enfatizou que é importante<br />

dar espaço de trabalho<br />

para os idosos, pois a tendência<br />

do mercado é trazê-los de volta.<br />

Para o presidente da ABRH-<br />

RJ, as empresas devem prestar<br />

mais atenção ao termo em<br />

inglês turnover (termo inglês<br />

para rotatividade), principal<br />

termômetro que mede o índice<br />

de satisfação dos profissionais.<br />

“O turnover é o resultado entre<br />

as políticas de RH, as aspirações<br />

e desejos, as opções de<br />

mercado e o ambiente de tra-<br />

balho. E o custo não é tão alto.<br />

Um grande erro é achar que o<br />

turnover é uma forma de reduzir<br />

a mão de obra”, esclareceu.<br />

Segundo ele, o mercado exige<br />

recursos de políticas humanas.<br />

E o reconhecimento é uma<br />

das ações mais importantes<br />

para que as pessoas sintam orgulho<br />

de suas funções. “A nova<br />

geração encontra milhares de<br />

opções. As pessoas estão mais<br />

ligadas às opções, às oportunidades<br />

de mudar. Todos querem<br />

significado para o trabalho. Talvez<br />

falte reconhecimento, meritocracia<br />

para dar a essas pessoas”,<br />

avaliou.<br />

Fábio disse que as empresas<br />

precisam repensar a questão<br />

da retenção, pontuando alguns<br />

tópicos: “As pessoas deixam as<br />

empresas porque podem; empregados<br />

permanecem por coisas<br />

únicas que você pode oferecer;<br />

supervisores diretos têm grande<br />

influência sobre a retenção e<br />

boas práticas de retenção não<br />

são uma forma de pagar menos”.<br />

Quanto a estes pontos, Fábio<br />

esclareceu que é importante<br />

a utilização de metas. “Se não<br />

há metas, não há como avaliar<br />

as pessoas”.<br />

35 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


acessibilidade<br />

Deficientes visuais terão<br />

equipamento para<br />

identificação de ônibus<br />

A <strong>Fetranspor</strong>, o Rio <strong>Ônibus</strong><br />

e as prefeituras de Niterói e do<br />

Rio de Janeiro, por meio das<br />

secretarias responsáveis, formalizaram<br />

uma parceria para implantação<br />

de projeto piloto que<br />

prevê a instalação de uma nova<br />

tecnologia em ônibus na cidade<br />

do Rio. Trata-se de um sistema<br />

de envio e recepção de sinais<br />

sonoros voltado para facilitar os<br />

deslocamentos dos portadores<br />

de deficiência visual. A tecnologia<br />

a ser adotada foi testada com<br />

êxito, no ano passado, na cidade<br />

de Jaú, interior de São Paulo, em<br />

pouco mais de 60 veículos. Para<br />

o engenheiro e sócio da Geraes<br />

Tecnologia Assistivas, Adriano<br />

Assis, o sucesso obtido credencia<br />

a empresa a buscar novos<br />

desafios. “O mercado do Rio de<br />

Janeiro é muito maior. Esperamos<br />

que os resultados sejam os melho-<br />

res possíveis para conseguirmos<br />

implantar em toda frota”.<br />

O lançamento do projeto<br />

piloto foi no dia 25 de abril, no<br />

Porcão Rio’s. Posteriormente foi<br />

apresentado em Niterói, no restaurante<br />

Olimpo. Os testes já começaram<br />

em ambas as cidades, e<br />

as perspectivas não poderiam ser<br />

melhores. Para a secretária municipal<br />

da Pessoa com Deficiência<br />

do Rio, Isabel Gimenes, o projeto<br />

Apresentação do<br />

equipamento no<br />

evento do dia<br />

25 de abril, no<br />

Porcão Rio´s


é um marco para a cidade, porque<br />

vai auxiliar outras pessoas e<br />

não apenas aquelas com baixa<br />

visão ou cegas. “Deve ser feito<br />

o registro que esse projeto,<br />

além de ajudar os deficientes<br />

visuais, contemplará as pessoas<br />

com baixo letramento, ou que,<br />

porventura, estiverem distraídas<br />

nos pontos”. Inicialmente, os<br />

testes serão feitos nos ônibus da<br />

viação Gire que operam a linha<br />

107, Central do Brasil x Urca,<br />

cujo ponto final está localizado<br />

em frente ao Instituto Benjamin<br />

Constant – especializado no<br />

tratamento de pessoas com<br />

baixa visão e em educação para<br />

cegos. Um dos beneficiados<br />

pela implantação do sistema,<br />

Ricardo Wolff, mostrou–se muito<br />

satisfeito com a possibilidade de<br />

ter essa ajuda nos seus deslocamentos<br />

diários. “Tomara que<br />

esse projeto seja ampliado e<br />

contemple mais linhas, para que<br />

outros deficientes visuais também<br />

possam ser beneficiados.<br />

Sem dúvida é uma ajuda muito<br />

importante para todos nós”.<br />

Isabel<br />

Gimenes,<br />

secretária<br />

municipal da<br />

Pessoa com<br />

Deficiência<br />

do Rio de<br />

Janeiro, e<br />

Lélis Teixeira,<br />

presidente da<br />

<strong>Fetranspor</strong>,<br />

formalizam<br />

parceria para<br />

implantação<br />

de projeto<br />

piloto<br />

Em Niterói, o aparelho será<br />

instalado na linha 49, cujo percurso<br />

interliga os bairros Fonseca,<br />

Icaraí e Centro.<br />

O presidente da <strong>Fetranspor</strong>,<br />

Lélis Teixeira, está bastante entusiasmado.Segundo<br />

ele, são<br />

ações como esta que mostram o<br />

comprometimento do setor com<br />

todas as camadas da sociedade.<br />

“É muito importante fortalecermos<br />

a relação do setor de transportes<br />

por ônibus com essa parcela da<br />

população. Precisamos agir cada<br />

vez mais em prol da melhor mobili-<br />

Como funciona?<br />

O funcionamento do dispositivo é relativamente simples.<br />

No veículo, serão instaladas uma antena e uma caixa<br />

de som. Quando o ônibus se aproximar do ponto, a antena<br />

vai captar o sinal do controle remoto (que estará nas mãos<br />

do usuário), e a caixa de som vai informar, repetidamente,<br />

a linha solicitada, de modo a facilitar o embarque do passageiro.<br />

Quando este entrar no veículo, deverá desligar<br />

o aparelho, para que a informação deixe de ser repetida.<br />

dade. Acreditamos que esta é uma<br />

iniciativa que podemos ampliar,<br />

atendendo ainda mais pessoas<br />

portadoras de deficiência visual”.<br />

O projeto tem duração de 30<br />

dias e, dependendo dos resultados,<br />

deverá ser estendido a linhas de<br />

outras regiões, também utilizadas<br />

por deficientes visuais. De acordo<br />

com as informações da RioCard, é<br />

possível fazer esse mapeamento.<br />

Atualmente estão cadastrados no<br />

sistema e são usuários do cartão<br />

aproximadamente seis mil portadores<br />

de deficiência visual.<br />

37 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


série histórica<br />

Setransduc:<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 38<br />

contribuindo para a<br />

do<br />

Por Andrea Cardoso<br />

A mudança para a atual sede,<br />

na Rua Almirante Grenfall, que<br />

simbolizou uma nova etapa na<br />

história da entidade. Abaixo o<br />

posto de atendimento ao idoso<br />

setor de transportes<br />

No último dia 29 de março, o<br />

Setransduc – Sindicato das Empresas<br />

de Transportes Rodoviários<br />

de Duque de Caxias e Magé –<br />

comemorou seu cinquentenário,<br />

objetivando conciliar modernidade,<br />

tradição, espírito empreendedor e a<br />

busca pela excelência que sempre<br />

pautaram suas ações.<br />

Os fundadores do Setransduc,<br />

Olair Teixeira Pereira e Pedro Dogiec,<br />

iniciaram as atividades do Sindicato<br />

há meio século<br />

evolução<br />

em uma simples sala na Avenida Presidente<br />

Vargas. Alguns anos depois, a<br />

sede foi transferida para a Rua Nunes<br />

Alves e, posteriormente, voltou para<br />

a Presidente Vargas, porém em outro<br />

local, até a mudança para o atual<br />

endereço, na Rua Almirante Grenfall,<br />

que simbolizou uma nova etapa na<br />

história da entidade. Para marcar esse<br />

novo período, o Setransduc mudou<br />

a sua marca e relançou seu jornal<br />

institucional – O Via Expressa.<br />

O Setransduc nasceu como<br />

Associação Profissional das Em-<br />

presas de Transportes Rodoviários<br />

de Duque de Caxias, fundada em<br />

19 de agosto de 1960. Só em 29<br />

de março de 1961 foi reconhecida<br />

como entidade representativa de<br />

categoria profissional e recebeu<br />

a outorga como Sindicato do Ministério<br />

do Trabalho, passando a<br />

ter a denominação atual. Hoje, o<br />

Sindicato representa 13 empresas<br />

dos municípios de Duque de Caxias,<br />

Magé e Guapimirim, com 210<br />

linhas, distribuídas por uma frota<br />

de 2.303 ônibus, que geram cerca


de 8 mil empregos diretos. Além da<br />

sede administrativa, o Setransduc<br />

mantém a Agência de Cadastro<br />

de Gratuidades (ACG), responsável<br />

pelo gerenciamento do processo de<br />

Bilhetagem Eletrônica no município<br />

de Duque de Caxias, que atende<br />

diariamente os usuários dos cartões<br />

RioCard, realizando o cadastro de<br />

idosos, estudantes e rodoviários com<br />

direito ao RioCard Gratuidade, além<br />

de cuidar da recarga e de demais<br />

serviços relacionados ao cartão.<br />

Mensalmente, a agência atende<br />

cerca de 5.800 pessoas.<br />

O presidente do Setransduc,<br />

José Carlos Cardoso Machado, está<br />

no seu sétimo mandado à frente<br />

da entidade, desde 1989. “Acredito<br />

que estou há tanto tempo como<br />

presidente do Sindicato, em razão<br />

da confiança depositada pelas<br />

empresas filiadas na forma de gestão,<br />

que é transparente como sou,<br />

que tem vontade de realizar os<br />

propósitos do segmento<br />

e, para tal, não poupa<br />

esforços e investimentos.<br />

As empresas associadas<br />

ao Sindicato sabem que<br />

eu jamais utilizaria o cargo<br />

em benefício próprio, e<br />

sim, sempre, em prol do<br />

sistema”, afirma. Machado<br />

falou também sobre as<br />

mudanças que aconteceram<br />

no Sindicato nesse<br />

período. “O Setransduc<br />

não passou por mudanças apenas<br />

físicas. Ocorreram mudanças estruturais<br />

e principalmente o que se tem<br />

tentado implementar são as mudanças<br />

filosóficas. Após quase cinquenta<br />

anos de existência, conseguimos<br />

definir princípios, missão, valores e a<br />

visão, ou seja, aquilo que pretende-<br />

mos ser, pelo que<br />

desejamos ser<br />

reconhecidos”.<br />

Sobre os planos<br />

para o futuro,<br />

o presidente<br />

revelou que o<br />

principal deles é<br />

estabelecer um<br />

relacionamento<br />

cada vez mais<br />

próximo com as<br />

empresas que<br />

integram o quadro de filiadas, identificando<br />

quais as suas necessidades,<br />

a fim de que o Setransduc possa<br />

desenvolver programas, projetos,<br />

treinamentos para desenvolvimento<br />

e buscar novas tecnologias e<br />

negociações que possibilitem uma<br />

melhor mobilidade, com respeito e<br />

reconhecimento dos clientes, do Poder<br />

Público e da sociedade em geral.<br />

O Sindicato representa 13<br />

empresas dos municípios de<br />

Duque de Caxias, Magé e<br />

Guapimirim, com 210 linhas,<br />

distribuídas por uma frota de 2.303<br />

ônibus, que geram cerca de<br />

8 mil empregos diretos<br />

Preocupação Ambiental<br />

O Setransduc também tem<br />

incentivado, continuamente, as<br />

empresas associadas a investir em<br />

modernas formas de gestão e em<br />

novas tecnologias. O meio ambiente<br />

é outra grande preocupação da<br />

diretoria atual do Sindicato. Além<br />

de participar do Programa EconomizAR,<br />

desenvolvido pela Petrobras<br />

e pela <strong>Fetranspor</strong>, em 2010 criou o<br />

Programa Ambiental, resultado de<br />

uma parceria entre o Sindicato e a<br />

Grande Rio Reciclagem Ambiental,<br />

única empresa no Rio de Janeiro<br />

que realiza a coleta e reciclagem de<br />

resíduos de origem animal e vegetal,<br />

como osso, sebo e óleo de fritura<br />

usado. Graças a essa parceria, os<br />

usuários do Terminal Prefeito José<br />

Carlos Lacerda, localizado<br />

em Duque de Caxias<br />

e administrado pelo Setransduc,<br />

já podem fazer<br />

a destinação correta do<br />

óleo de fritura utilizado,<br />

entregando-o nos terminais<br />

em garrafas pets,<br />

também destinadas à<br />

reciclagem.<br />

Outro programa<br />

que merece atenção<br />

especial do Setransduc é o Trânsito<br />

& Vida, voltado para a educação no<br />

trânsito. Através dele, o Sindicato<br />

busca capacitar professores das<br />

escolas das redes públicas e privadas,<br />

para que possam multiplicar<br />

conhecimentos sobre educação e<br />

segurança no trânsito, contribuindo<br />

para a futura melhoria do sistema<br />

Eduardo Jorge<br />

Morgado:<br />

Sindicato vive<br />

momento<br />

muito especial<br />

39 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


série histórica<br />

de trânsito e transporte e, consequentemente,<br />

para a redução do<br />

número de acidentes. O programa<br />

também procura alcançar profissionais<br />

das empresas de transporte,<br />

que podem multiplicar tudo que<br />

aprenderam aos demais colaboradores<br />

do setor. Seus primeiros<br />

resultados práticos já começam a<br />

surgir. A partir dos trabalhos desenvolvidos<br />

no curso para Formação<br />

de Multiplicadores de Educação<br />

e Segurança no Trânsito, foram<br />

criados subprojetos e um Caderno<br />

de Boas Práticas, de Levantamento<br />

de Problemas e Recomendações,<br />

já encaminhados às autoridades<br />

com jurisdição sobre a área com o<br />

cenário de risco.<br />

Graças a uma parceria com a<br />

Universidade Corporativa do Transporte<br />

(UCT), o Setransduc também<br />

realiza diversos cursos de formação<br />

e aperfeiçoamento, destinados<br />

aos profissionais do setor, como o<br />

Programa Rodoviário Cidadão. Já a<br />

associação com o Sest Senat permite<br />

ao Sindicato oferecer aos motoristas<br />

das empresas de ônibus associadas<br />

o curso da Resolução 168.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 40<br />

Troféu de Qualidade<br />

Em 2010, o Setransduc lançou<br />

outra novidade: a primeira edição<br />

do Troféu Setransduc de Qualidade<br />

no Desempenho, premiação cujo<br />

objetivo principal é reconhecer e<br />

premiar os profissionais do setor, da<br />

área de abrangência, que mais se<br />

destacam a cada ano, no exercício<br />

de suas funções, nas categorias de<br />

Motorista, Cobrador, Profissional<br />

de Manutenção, do Operacional<br />

e da Administração. Neste ano de<br />

2011, além de reconhecer e premiar<br />

os profissionais talentosos, a entidade<br />

vai homenagear as empresas<br />

associadas que se destacam. O critério<br />

de escolha das mesmas serão<br />

alguns indicadores de qualidade,<br />

como número de reclamações à<br />

CRC (Central de Relacionamento<br />

com o Cliente, administrada pela<br />

<strong>Fetranspor</strong>), investimentos na renovação<br />

da frota, em treinamento, em<br />

programas de proteção ambiental<br />

e de responsabilidade social etc.<br />

As empresas que conseguirem se<br />

destacar receberão um selo de<br />

reconhecimento.<br />

A entrega do prêmio é parte<br />

da comemoração do cinquentenário<br />

do Sindicato, assim como<br />

foi o almoço realizado com toda<br />

a atual diretoria, recém-eleita, no<br />

dia do aniversário de fundação, e<br />

um grande evento para festejar a<br />

data, previsto para o final do ano.<br />

Na opinião do diretor executivo<br />

do Setransduc, Eduardo Jorge<br />

Morgado, o Sindicato está vivendo<br />

um momento muito especial.<br />

“A diretoria tem se esforçado<br />

para se fazer presente nos problemas<br />

que a gente enfrenta no<br />

sistema. E nos projetos que têm<br />

sido desenvolvidos pela própria<br />

<strong>Fetranspor</strong>, estamos juntos bus-<br />

cando valorizar cada vez mais<br />

os profissionais e as empresas.<br />

Neste ano vamos desenvolver<br />

esse programa de qualidade das<br />

empresas, justamente quando<br />

o setor passa por um momento<br />

de transformações. Sabemos<br />

que vêm muitos desafios pela<br />

frente e as empresas precisam se<br />

qualificar melhor. É uma questão<br />

de necessidade. O Brasil e mais<br />

especificamente o Estado do Rio<br />

de Janeiro estão se tornando mais<br />

atrativos e as empresas e o setor<br />

em geral precisam se modernizar”,<br />

conclui.<br />

Por isso mesmo, durante os festejos<br />

do cinquentenário, o Setransduc<br />

comemora tantas conquistas<br />

e se prepara para os desafios que<br />

estão por vir, estimulando suas empresas<br />

associadas e os profissionais<br />

que delas fazem parte a usufruírem<br />

melhor de todos os serviços que<br />

a entidade oferece e, assim, se<br />

prepararem para os tempos atuais<br />

e futuros, em que só haverá espaço<br />

para organizações e profissionais<br />

que tiverem um olhar mais atento,<br />

em especial para seus clientes e a<br />

sociedade em geral.<br />

Gladystone<br />

Ferreira e<br />

Eliete Pereira<br />

de Lima,<br />

dois dos<br />

funcionários<br />

mais<br />

antigos do<br />

Setransduc,<br />

segurando o<br />

troféu de 50<br />

anos


USUÁRIOS DOS CARTÕES RIOCARD:<br />

Grandes Números RioCard em 2010<br />

2 milhões de usuários<br />

72 mil empresas clientes<br />

100 milhões de viagens realizadas por mês<br />

Nossa empresa nasceu com a missão de criar e gerir soluções personalizadas em meios<br />

eletrônicos de pagamentos, e hoje, somos referência mundial pela IBM Corporation em<br />

soluções tecnológicas. Nosso sistema de controle de transações e emissão de cartões<br />

eletrônicos para transporte coletivo é avaliado com mais de 80% de satisfação pelos<br />

clientes e usuários* de todo o Estado.<br />

RioCard é o único sistema de meio de pagamento de transporte com abrangência<br />

estadual e integração entre todos os modais: ônibus, trens, metrô, barcas e vans.<br />

EM 2010 DOIS CARTÕES BILHETES ÚNICOS PASSARAM A INTEGRAR<br />

A LINHA DE PRODUTOS DA RIOCARD<br />

Em parceria com o Governo do Estado lançamos o Bilhete Único Intermunicipal e com a<br />

prefeitura lançamos o Bilhete Único Carioca, que trouxeram para a população do Rio de Janeiro<br />

economia, facilidade e melhoria da qualidade de vida.<br />

Nossa meta em 2011 é chegar bem próximo a 3 milhões de usuários e aumentar a presença no<br />

Rio de Janeiro e em outras cidades do Brasil.<br />

*pesquisa Insider 2010.<br />

A sua empresa pode utilizar as soluções e serviços da RioCard.<br />

Entre em contato: (21) 2127-4000.<br />

41 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


terminal<br />

Seminário apoiado pela <strong>Fetranspor</strong> marca o<br />

lançamento do movimento “Niterói Como Vamos”<br />

O auditório da Ampla, em Niterói,<br />

serviu de palco para o seminário<br />

“Cidades Sustentáveis, Mobilização e<br />

Cidadania”, promovido pelo movimento<br />

“Niterói Como Vamos” (NCV), em<br />

parceria com a <strong>Fetranspor</strong>, Auto Viação<br />

1001, CCR Ponte, Fundação Avina,<br />

Instituto Baía de Guanabara, Netur<br />

Rotary Club, Universidade Federal<br />

Fluminense, Ampla e Barcas S.A. Realizado<br />

no último dia 24, o evento teve<br />

como objetivos apresentar o NCV, bem<br />

como informar e mobilizar os cidadãos<br />

sobre a importância e a necessidade<br />

da participação da sociedade civil<br />

nos cuidados e na gestão da cidade,<br />

através da discussão e apresentação<br />

de conhecimentos.<br />

A vice-presidente do NCV, Dora<br />

Negreiros, agradeceu às empresas<br />

parceiras e ao diretor de Relações Institucionais<br />

da Ampla, André Moragas,<br />

e deu as boas-vindas ao público, destacando<br />

a importância da mobilização<br />

de todos pela melhoria na qualidade de<br />

vida em Niterói. O presidente do NCV,<br />

Álvaro Cysneiros, apresentou o Movimento,<br />

que irá monitorar os indicadores<br />

de gestão urbana em áreas como<br />

Saúde, Transportes, Educação, Meio<br />

Ambiente, Habitação e Saneamento. De<br />

acordo com Cysneiros, o NCV pretende<br />

promover maior integração entre as políticas<br />

públicas e as reais necessidades<br />

e interesses dos moradores da cidade.<br />

Democracia participativa<br />

Patrícia Ashley, pesquisadora, doutora<br />

em Administração de Empresas,<br />

escritora e professora adjunta do Departamento<br />

de Análise Geoambiental do<br />

Instituto de Geociência da UFF, abordou<br />

o tema “Democracia Participativa e os<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 42<br />

Seus Diversos Atores”. Patrícia falou de<br />

sua experiência no período de 2004 a<br />

2009, em São João Del Rey, no Projeto<br />

EcoCidades, e defendeu a ajuda das<br />

universidades na luta por cidades<br />

sustentáveis, qualificando os gestores.<br />

“É possível percebermos e avaliarmos<br />

a realidade, construindo oportunidades,<br />

articulando as responsabilidades<br />

sociais, além dos instrumentos e meios<br />

de realização”, garante. Segundo ela, a<br />

democracia participativa não deve ser<br />

apenas formal, mas também essencial.<br />

“Afinal, a relação que estabelecemos<br />

e construímos com a cidade reflete<br />

e, ao mesmo tempo, modifica a sua<br />

qualidade social”.<br />

A socióloga, diretora da Solidaritas<br />

e do Rio Como Vamos, Thereza Lobo,<br />

falou sobre o tema “Os Papéis da<br />

Juventude e das Empresas. Controle<br />

Cidadão do Orçamento Público”. Ela<br />

contou sobre a trajetória do Rio Como<br />

Vamos e discorreu sobre os resultados<br />

obtidos até o momento. “Depois de<br />

muito trabalho conseguimos que a<br />

prefeitura do Rio nos consultasse para<br />

algumas decisões”, comemora Thereza.<br />

A palestrante destacou a campanha<br />

de cultura cidadã cujo slogan é “Deixa<br />

de Ser Mané”, que dissemina as boas<br />

práticas de convivência na cidade, como<br />

não jogar lixo nas ruas e praias, deixar<br />

os cruzamentos livres no trânsito ou<br />

recolher os dejetos dos cachorros.<br />

O público foi recebido no evento<br />

por músicos, que cantavam sucessos da<br />

MPB, e todo o seminário foi traduzido<br />

em libras. Estiveram presentes membros<br />

dos conselhos municipais, empresários,<br />

representantes de associações e instituições,<br />

professores, universitários e<br />

políticos, como o ex-prefeito da cidade<br />

do Rio de Janeiro e atual senador, Saturnino<br />

Braga, entre outros.<br />

Sobre o Movimento<br />

Com o objetivo de monitorar mensalmente os<br />

índices de desempenho de 13 áreas consideradas<br />

fundamentais para a cidade, o NCV é inspirado no<br />

projeto implantado em Bogotá, Cáli e Medelín, na<br />

Colômbia. O programa é realizado em cerca de 40<br />

cidades brasileiras. Em Niterói, o grupo que está à<br />

frente do Movimento é integrado por empresários,<br />

professores universitários e representantes de organizações<br />

sociais e começou a ser formado em 2008.<br />

Saiba mais acessando os sites: www.niteroicomovamos.net<br />

e www.riocomovamos.org.br/


43 <strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong>


<strong>Revista</strong> <strong>Ônibus</strong> 44

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