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"O Manifesto começa na entrada da cozinha, com Camões e termina ali com uma ode ao amor. Tudo Camões!" A cozinha de autor é uma forma de expressão artística. E "não é pelo facto de ser efémera que se deve deixar considerar como arte." Tal como a música, que apresenta estilos para todos os gostos e ouvidos, e as setes notas, que nunca e esgotam, a arte de cozinhar oferece um número infindável de alimentos. "Não é uma linguagem estática", reforça Luís Baena. A evolução do universo da gastronomia, em particular, a portuguesa, é revestida por uma mutação que se quer tentadora aos olhos de um apreciador ou de um mero comensal.
"Na comida há uma componente estética, para que não haja pornografia no prato." O exemplo da fotografia… Afinal, é preciso reforçar a perfeição do corpo que penetra na lente da máquina; torná-lo belo aos olhos de quem aprecia a arte. Luís Baena vai mais longe: "Não devemos ficar limitados ao tradicional. Essas fronteiras devem ser ilimitadas!"
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