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pdf [9 mb] - Mutante

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É ela que nos dá a certeza de que são<br />

histórias contadas, narrativas vividas<br />

ou quiçá utopias imaginadas, por outrem.<br />

É a artista que nos ilustra peças como<br />

a de um tal Pillowman e nos garante<br />

que o Amor tem de ter olhar distante, vazio<br />

e cor vermelha, um amor enigmático.<br />

É ela que no faz pensar num Miller ou num<br />

Poe, no pecado de um Padre, em contos<br />

inquietos e na sua infância da Ericeira.<br />

É um universo de memórias, um mundo<br />

psíquico tão complexo, que a torna tão<br />

rica, exuberante e tão tentadoramente<br />

viciante, na arte.<br />

Falaremos, ta<strong>mb</strong>ém, de cor.<br />

A cor que é forte como<br />

o traço marcado, duro,<br />

agressivo e quase mortal,<br />

mas sincero, genuíno<br />

e expressivamente dela.<br />

A cor que é mais desenho,<br />

que é encantamento<br />

e pecado, que é tentação.<br />

A cor dos tecidos<br />

das suas memórias:<br />

um manto vermelho<br />

de um amor que nunca<br />

se sentiu, de um amor<br />

que já foi, de um amor<br />

que se quis;<br />

uma almofada torcida<br />

com manto dourado<br />

de um Rei medieval;<br />

um anjo com um manto<br />

ocre em forma de saia,<br />

de espada em riste, e os<br />

vestidos do verde Horto.<br />

Não esqueceremos os infindáveis detalhes<br />

no conto trágico de almofada e as linhas e<br />

entrelinhas que cosem a história. Teremos<br />

de encontrar o Principezinho transformado,<br />

de ver o farol da infância que ilumina o<br />

espaço, de não comer as maçãs-homem<br />

que nos podem matar e…

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