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Estudo de Caso: Altman Alternadores - Salaviva.com.br

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<strong>Caso</strong><<strong>br</strong> />

01<<strong>br</strong> />

MRP – Planejamento <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong>s Materiais<<strong>br</strong> />

<strong>Altman</strong> <strong>Alternadores</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Altman</strong> <strong>Alternadores</strong> era uma pequena fá<strong>br</strong>ica <strong>de</strong> alternadores feitos<<strong>br</strong> />

para o mercado <strong>de</strong> reposição <strong>de</strong> equipamentos industriais e usados no setor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

construção civil. Ao longo dos anos, havia <strong>de</strong>senvolvido uma reputação <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

fornecedor confiável <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, fornecendo para distribuidores que, por<<strong>br</strong> />

sua vez, forneciam para empresas usuárias <strong>de</strong> empilha<strong>de</strong>iras industriais e <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

equipamento <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> terra. A <strong>Altman</strong> ou tinha em estoque, ou conseguia<<strong>br</strong> />

produzir as peças a um preço menor do que os fornecedores <strong>de</strong> equipamentos<<strong>br</strong> />

originais (OEM). A Caterpillar era difícil <strong>de</strong> encarar, mas a maioria dos outros<<strong>br</strong> />

fornecedores OEM eram relativamente fáceis <strong>de</strong> bater quando a questão era nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

serviço. Como resultado, as vendas da <strong>Altman</strong> vinham crescendo a cada ano. Em 1996<<strong>br</strong> />

a receita <strong>br</strong>uta foi <strong>de</strong> quase $27 milhões – nada mal para uma empresa <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> alguns ex-mecânicos do exército que haviam voltado do Vietnam sem nenhum<<strong>br</strong> />

capital.<<strong>br</strong> />

O melhor ven<strong>de</strong>dor da <strong>Altman</strong> era Eddie Brown, ou EB <strong>com</strong>o era<<strong>br</strong> />

conhecido no mercado. EB era o que se po<strong>de</strong> chamar <strong>de</strong> “consegue-tudo”. Se você<<strong>br</strong> />

precisa <strong>de</strong> algo rapidamente, Eddie é o homem. As vendas <strong>de</strong> Eddie eram <strong>de</strong> quase o<<strong>br</strong> />

do<strong>br</strong>o do segundo melhor ven<strong>de</strong>dor da <strong>Altman</strong>.<<strong>br</strong> />

Embora Eddie arrasasse na sua atuação no mercado, era um terror<<strong>br</strong> />

na fá<strong>br</strong>ica. Eddie havia percebido que os trabalhadores da fá<strong>br</strong>ica da <strong>Altman</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>testavam fazer o “picking” das peças para seus pedidos, porque esta ativida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

reduzia a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu trabalho, fazendo <strong>com</strong> que produzissem menos produtos,<<strong>br</strong> />

o que reduzia seus ganhos, que eram baseados nas taxas <strong>de</strong> produção. Eddie<<strong>br</strong> />

enten<strong>de</strong>u que po<strong>de</strong>ria obter trabalho mais rápido da fá<strong>br</strong>ica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ele fizesse o<<strong>br</strong> />

“picking” para as or<strong>de</strong>ns. Ele rotineiramente e em pessoa, assegurava que as peças e<<strong>br</strong> />

ferramentas necessárias para o processamento <strong>de</strong> suas or<strong>de</strong>ns estivessem prontas<<strong>br</strong> />

para processamento. EB conhecia o <strong>de</strong>pósito melhor do que ninguém na fá<strong>br</strong>ica. Ele<<strong>br</strong> />

entrava lá tão freqüentemente que novos funcionários achavam que ele era parte do<<strong>br</strong> />

staff do próprio armazém.<<strong>br</strong> />

O problema <strong>com</strong> Eddie é que ele interferia no processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

planejamento da fá<strong>br</strong>ica. A <strong>Altman</strong> tinha um sistema <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> pedidos<<strong>br</strong> />

relativamente bom, que alimentava diretamente o seu sistema <strong>de</strong> MRP. Com mais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

60.000 itens ativos, este sistem era essencial para manter a <strong>Altman</strong> sob controle. Mas<<strong>br</strong> />

não conseguia controlar Eddie.<<strong>br</strong> />

Por causa das mano<strong>br</strong>as <strong>de</strong> EB, muitas das or<strong>de</strong>ns dos outros<<strong>br</strong> />

ven<strong>de</strong>dores não estavam ficando prontas nos prazos. Os supervisores <strong>de</strong> produção<<strong>br</strong> />

estavam, injustamente, ganhando a fama <strong>de</strong> não conseguirem cumprir seus prazos.<<strong>br</strong> />

Como uma ex-inspetora do setor <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> assegurada, Connie<<strong>br</strong> />

Steele, a nova programadora mestre enten<strong>de</strong>u o que estava acontecendo. Ele muitas<<strong>br</strong> />

vezes tentava junto a ela expeditar seus pedidos, mas nas vezes que não tinha<<strong>br</strong> />

sucesso, lançava mão <strong>de</strong> suas rodadas <strong>de</strong> “picking” matinal.<<strong>br</strong> />

- Pág. 1 -


<strong>Caso</strong><<strong>br</strong> />

01<<strong>br</strong> />

MRP – Planejamento <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong>s Materiais<<strong>br</strong> />

<strong>Altman</strong> <strong>Alternadores</strong><<strong>br</strong> />

Mas EB tinha encontrado uma interlocutora à altura. Connie anunciou<<strong>br</strong> />

que nenhum material <strong>de</strong>veria ser liberado para a fá<strong>br</strong>ica sem uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> “picking”<<strong>br</strong> />

e que todos os pedidos <strong>de</strong> “picking” seriam emitidas pelo sistema MRP. Ela anunciou<<strong>br</strong> />

solenemente: “não faremos picking <strong>de</strong> nenhum pedido antes da hora certa”.<<strong>br</strong> />

Eddie ficou perplexo e sentiu que estava per<strong>de</strong>ndo sua vantagem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitiva, <strong>de</strong>cidindo então que não ia aguentar isso por mais tempo. O próprio Sr.<<strong>br</strong> />

<strong>Altman</strong>, dono da empresa tinha <strong>de</strong> saber disso.<<strong>br</strong> />

Como é o caso em muitos problemas em empresas, numa tentativa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> resolver o problema, uma reunião foi marcada. Connie, a gerente <strong>de</strong> materiais, os<<strong>br</strong> />

supervisores <strong>de</strong> fá<strong>br</strong>ica e EB foram chamados ao escritório do Sr. <strong>Altman</strong>. Você <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

um funcionário do setor <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> produção foi chamado a participar <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

um observador. Como um dirigente voltado à satisfação do cliente, o Sr. <strong>Altman</strong> sabia<<strong>br</strong> />

que a empresa não po<strong>de</strong>ria tolerar esta fricção por muito tempo.<<strong>br</strong> />

Fonte: Melnik & Denzler, 1996 – Operations Management, Irwin<<strong>br</strong> />

McGraw-Hill, New York, p. 840<<strong>br</strong> />

- Pág. 2 -


<strong>Caso</strong><<strong>br</strong> />

01<<strong>br</strong> />

Perguntas:<<strong>br</strong> />

MRP – Planejamento <strong>de</strong> Necessida<strong>de</strong>s Materiais<<strong>br</strong> />

<strong>Altman</strong> <strong>Alternadores</strong><<strong>br</strong> />

1. Quanto eficaz é Eddie <strong>com</strong>o gerente? Como ele consegue as peças para suas<<strong>br</strong> />

or<strong>de</strong>ns, ele parece estar tornando a vida do pessoal da fá<strong>br</strong>ica mais simples e<<strong>br</strong> />

permitindo que as or<strong>de</strong>ns sejam <strong>com</strong>pletadas mais cedo. Como suas ações estão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> fato afetando a operação do sistema MRP da empresa?<<strong>br</strong> />

2. Como você convenceria Eddie que ele não <strong>de</strong>veria interferir na operação do<<strong>br</strong> />

sistema MRP e que ele <strong>de</strong>veria seguir os programas gerados pelo MRP? E se ele se<<strong>br</strong> />

recusar?<<strong>br</strong> />

Este documento faz parte do material que <strong>com</strong>põe o livro:<<strong>br</strong> />

Planejamento, Programação e Controle da Produção<<strong>br</strong> />

MRP II / ERP: Conceitos, Uso e Implantação<<strong>br</strong> />

Henrique L. Corrêa, Irineu G. N. Gianesi, Mauro Caon<<strong>br</strong> />

Editora Atlas – 4 ª edição – 2001<<strong>br</strong> />

ISBN 85-224-2502-7<<strong>br</strong> />

Este e outros documentos associados ao livro estão disponíveis em:<<strong>br</strong> />

http://www.salaviva.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/livro/ppcp<<strong>br</strong> />

- Pág. 3 -

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