ARRASA-QUARTEIRÃO - Revista Filme Cultura
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Por SUSAnA SchILd<br />
tvs de alta definição, dezenas de canais por assinatura, DvDs<br />
(legais ou pirata), internet e suas infinitas opções de acesso ao produto<br />
audiovisual. na primeira década do século XXi, o cinema pode continuar<br />
a ser uma grande diversão, não necessariamente na tela do cinema.<br />
Diante de tantas alternativas, o cinema sente-se ameaçado, condição<br />
mais ou menos crônica, desde a consolidação da tv como principal alvo<br />
de lazer. mais uma vez, ele reage com a prática habitual – oferecendo<br />
um plus – como a ousadia (em priscas eras, a tv era de uma timidez<br />
monástica em relação a nudez, sexo e vocabulário), inovações estéticas<br />
e narrativas, efeitos visuais e sonoros cada vez mais espetaculares.<br />
a bola da vez é a febre 3D – trunfo a ser “plenamente” usufruído na tela<br />
grande. mas, em tempos de custos crescentes de produção e lançamento,<br />
fisgar o espectador ainda é pouco. a ambição é emplacar o maior número<br />
possível de blockbusters, literalmente “filmes arrasa-quarteirão”, com<br />
medidas variáveis para cada mercado. no Brasil, aqueles que ultrapassam<br />
um milhão de espectadores passam a pertencer ao clube dos<br />
blockbusters. não é fácil.<br />
O auto da Compadecida<br />
filmecultura 52 | outubro 2010