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u ~. o,~ g7 - ICMBio

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I .<br />

111 CICLO DE PALESTRASSOBREO MAR<br />

ARRASTÃODE PRAIA (Figura 1)<br />

PI01Iu;:ãO: MUSEUDE PESCA (Santos)<br />

PESCA COMREDES DE ARRASTO<br />

Man:Jelda Rocha Ganba<br />

(Se.ç.íio de. Te.cl1O.f.og.w. de. Puca., da V-i.vÁ.Aã.o<br />

de. Pu ca /JaJU.ti.ma do Il'udM:u.tD<br />

de. puca.)<br />

E: urra rede nui to usada par pescadores praíaros, que Lançam-naao mar can<br />

o auxilio de ura CélJ'X)Ci para posterãorrrente puxá-la na praia, por interrré:lio de ca<br />

bos, par )1arens ou juntas de bois.<br />

O tamanho do "arrastão de praia" é bastante variável, mas em média mede<br />

de 100 a 200 metros de comprimento, com umaaltura no centro que oscila entre seis<br />

e 8 metros; as extremidades da rede (mangas) atingem dois metros, aproximadamente.<br />

Essa diferença de altura entre o centro da rede (copio) e as mangas está diretamen<br />

te relacionada como declive da praia onde se opera. Quanto maior for o declive<br />

da praia, maior será essa diferença.<br />

A tralha superior (cabo PAde 1/2 polegada) é guarnecida de flutuadores<br />

para manter a rede em pos.íçâo vertical quando dentro d'água. O nÚtrerode flutuadores<br />

deve ser calculado, a fim de não suportar o peso total da rede e se evitar a<br />

suspensão da tralha do chUllbo.<br />

A tralha inferior (cabo de nylon cardado de 3/4 polegada) é guarnecida<br />

can pesos de chtmOO,a fim de rrantê-la constantemente em contato COln o fundo dur~<br />

te o arrasto.<br />

A malha usada no ccpio pode ser de 3 em, aurrentarrlo à rredida que se aproxima<br />

das mangas, on:1epode-se utilizar malhas de 6 a 8 em,estiradas.<br />

O entralho da panagem às tralhas é feito de rrodo a dar UI = 0,67, ou seja,<br />

urra diminuição de 1/3 dos panos em relação às tralhas.<br />

Nas duas extremidcrles das mangas são colocadas duas barras de madeira (ca<br />

!ão), interligando as tralhas, para ajudar a mantê-las afastadas. -<br />

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PICARE (Figura 2)<br />

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IG.I ARRASTAÕ DE PRAIA<br />

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E UllI3. pequena rede de forna retangular, que é arrastada paralelarrente a<br />

praia por dois ou quatro harens.<br />

Este tipo de rede é usado apenas por pescadores anadores para capturar ca<br />

narão e pequenos peíxes que se enoontramnuito prôxírros da praia. -<br />

O ccnprimento varia de 15 a 20 rretros; a altura de 1,5 a 2 rretros e as na<br />

lhas são de 3 em (estiradas entre nós opostos). -<br />

E provida de duas tralhas (corti~ e churcbo)e o entralho é similar ao do<br />

arrastâo de praia. Nas extremidades, dispoern-se calões de rradeira, onde os pescado<br />

res pegampara arrastar , -<br />

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"BEAM-TRAWL"(Figura 3)<br />

Este modelofoi o pr íneiro usado pelos ingleses, tracionado por barcos.<br />

. Era constituído por lDTI saco de rede emforma triangular comquatro faces.<br />

Recebia o nomede. "costas" o pano superior; "barriga" o pano inferior e "asas" os<br />

dois panos lateralS.<br />

Sua boca, de forrra retangular, ccnservava-se aberta por rreio de 1.lllB longa<br />

viga de madeira, disposta emposí.çâo horizrntal, tendo em suas extremidades cbis<br />

estribos de ferro CCIll im rretro de altura, adaptados de naneira a formar um ângulo<br />

reto ccrna viga. Pela parte inferior, uniam os cbis estribos una corrente ou cabo<br />

de aço de maneira a formar una curva ou seio, que rcçava no furub.<br />

estribos.<br />

As "costas" eram presas à viga; a ''barriga'' ao cabo de aço e as "asas" aos<br />

As dirrensÕes variavam de confannidade ccrno barco, girando em torno de lC<br />

rretros de largura (cx::nprirrentoda viga), im rretro de altura e de 15 a 30 rretros de<br />

carpriIrento (a::npreendido entre a boca e o saco) .<br />

, FIG.3<br />

BEAM TRAWLER<br />

"BEM.l TRAWL"


"TRAWL"DE PORTAS (Figura 4)<br />

Esta rede tem o corpo de fo:rrnaoônica, comdois panos que se prolcngam lateraJrrente<br />

em sua parte dianteira, denaninados "asas".<br />

Nas extremidades das "asas" estão dispostas duas fortes pranchas de IlI3deira<br />

("portas") que variam de tarranho e peso, segundo as d:i.rrensÕesda rede e potência<br />

do rmtcr propulsor da errbarcação.<br />

Essas hidroportas (Figura 9) são revestidas de ferragens para reforço e<br />

conservação emposição correta quando dentro d' água, sendo responsáveis pela abert~<br />

ra da rede, quando azrastada.<br />

Das portas, partem os cabos de reboque, que emgeral são de aço CXIll diârretro<br />

de 5/8 polegada. Seu cx:rrprirrentodeve estar entre três e 5 vezes mais a profundidade<br />

do pesqueiro, dependendoda natureza do flU1do.<br />

Na parte dianteira e superior da rede, a panagemé entralhada em um cabo<br />

de aço (tralha da cortiça) de 3/8 polegada, guan1eCido de flutuadores esféricos, de<br />

material plástico. A parte inferior da rede é entralhada emumcabo de aço de 1/2<br />

polegada (tralha do chUllbo), guan1eCido de pesos de churi:x:>ou corrente e revestido<br />

a::rnumcabo fino de manilha ou cânharro, como fim de proteger a tralha do atrito<br />

a::rno flU1dodurante o azrasto.<br />

A malhagernenpregada na sua ccnfeoção varia de tarranho, sequndo a espécie<br />

a ser capturada.<br />

Nas "asas", as malhas são maiores, dímínuíndo de tarranho à rredida que se<br />

aproximan do saco (copo), onde são rrenores e trançadas a::rnfio cbbrado, para suportar<br />

o peso do pescado capturado.<br />

Este aparelho é azrastado por una única erroarcaçâo, podendo ser enprega:io<br />

na captura de peixes de fundo caro a =luza, pescada, etc.; é o mais eficaz rrétodo<br />

na pesca de camarão.<br />

Para evitar a fuga do pescado por cima da rede, a tralha dos flutuadores<br />

deve-se conservar adiantada durante o arrasto, Para isso, a tralha superior deve<br />

ter umcx:rrprirrentode, aproxinadamente, 70 % em relação à tralha inferior.<br />

Atua11rente, J'X)5SOS barcos camaroeiros estão usando duas redes rrenores<br />

("double rigge:1"), que são arrastadas simlltanearrente J'X)5 dois bordos da errbarcação,<br />

a::rno auxílio de tangones, par ser mais eficiente e de fácil IMl1E!jo(Figura 5) .<br />

Em 1971, no Mar do Narte foram feitos experirrentcs a::rno "azrastcrgêrreo"<br />

para a captura de linguados. O resultado desses testes despertou muito interesse pe<br />

la indústria camaroeira do Golfo do México, que nestes últi/lDs anos vem utilizandO<br />

essa arte a::rnsuoesso (Figura 6). A arte de "arrastcrgêrreo" é constituída par duas<br />

redes que operam lado a lado, cem as duas "asas" internas liga:ias a umasapata de<br />

ferro (Figura 10) e as duas asas externas presas às portas. Das duas portas e da sa<br />

pata partem três cabos (brincos) que se mem ao cabo de reboque fonnando um ''pé &"<br />

galinha".<br />

Até o norrento, este tipo de aparelho ainda não foi introduzido no Brasil.<br />

--~<br />

- -...~-=-.<br />

- FIG •.•4<br />

- -, •••<br />

"TRAWL DE PORTAS"


FIG.S<br />

f1G.6<br />

ARRASTODE PARELHA(Figura 7)<br />

"TRAWL GfM~O"<br />

"OOUBLE RIGGEO"<br />

E: im aparelho arrastado por duas errbarcações, IlIlito usado pela nossa fzotia<br />

carercial e que se destina à captura de peixes derrersais, ao len90 da costa.<br />

Esta rede é bastante sill1i.lar ao "trawl" de portas, provido de "asas" mais<br />

longas e maior altura de ''I:xx::a'' (entrada da rede). AlgtIDSdestes aparelhos possuem<br />

"língua", que é una panagemexistente no interior do corpo da rede, emposição inclinada,<br />

can a finalidade de evitar o escape do pescado quando as errbarcações param<br />

de arrastar, para recolhirrento.<br />

Durante a operação, as duas errbarcações devemmanter una velocidade unifor<br />

me e se ccnservarem a una distância constante e ideal para manter a rede canvenien=<br />

temente aberta.<br />

Ao longo do terrpo, este tipo de rede vemsofrendo constantes rrodificações,<br />

baseadas emexper.írrerrtos por vários países, rrorrrente naqueles que tém a pesca CCIlD<br />

base de sua ecrocmi.a.<br />

O arrasto de parelha foi int=duzido emnosso Estado pelos japoneses por<br />

volta do fim da década de 30, e era feito por errbarcações de pequena poténcia, que<br />

operavam de sol a sol. Hoje, é responsável por, aproxilradarrente, 18,5 % do total de<br />

pescado deserrbarcado em Santos.


ARRASTODE MEIA-ÂGUA(Figura 8)<br />

Apesar de já estar sendo usado can sucesso emvários países, este tipo de<br />

arte de pesca só foi utilizado no Brasil por barcos de pesquisas na captura da anchoita,<br />

no litoral do Rio Grande do Sul.<br />

O arrasto de rreia-água é eficaz na captura de peixes pelágicos, emdifer~<br />

tes profundidades na coluna dIágua.<br />

A operaçâo de pesca está condicionada a dois instrurrentos: "ecobatírretro "<br />

e "ret sonàa". O prirreiro, para detectar e deterndnar a profundidade do cardurre; o<br />

segundo, para verificar a profurxl.:icl.érle exata da boca da rede, isto é, una vez detectado<br />

umcardurre, à profundidade de 20 mda superfície, carpete ao mestre,através<br />

do "net senda", verificar a que profundidade a rede está sendo rebocada e, por rreio<br />

de duas alternativas (velocidade e carprirrento do cabo de reboque), baí.xar ou levan<br />

tar a rede para coincidir<br />

capturá-lo.<br />

can a profundidade que se encontra o cardurre, a fim de<br />

Can a prática, através das imagens enviadas pelo "net sonda", pode-se avaliar<br />

o total de pescado capturado e proceder o recolhimento do lance, evitando-se<br />

una ruptura da rede por excesso de peso.<br />

Esta rede é constituída de quatro faces; quando rebocada, trna a forna cônica,<br />

conservando a boca quadrada. Os panos dianteiros (prôxírros à boca) são confeccionados<br />

can malhas grandes (300 ou 400 nm), diminuiOOogradativarrente à rredida<br />

que se aproximamdo saco (copo),onde podemser de 30 a 40 nm, dependendoda espécie<br />

a que se destina.<br />

A tralha superior (cabo de aço de 3/8 polegada) é guarnecida de flutuadores<br />

esfêr ícos de material plástico; emseu oentro é fixado o transdÚClerdo "net<br />

sonda", que rerrete ao aparelho de bordo os sinais de retorno. A ccnduçâo desses im<br />

pulsos pode ser feita por meio de rondutor elétrico ou pela prÕpria água. -<br />

Para umaerrbarcação cem 385 HP, can um tiro (força de tração) de 2.730<br />

kg/f, à velocidade de 3,5 nós horários, pode-se usar ura rede can 17 mde largura<br />

por 17 mde altura na boca e umcarprimento total (da boca ao término do copo) de<br />

43 m,<br />

Confeccionada can panagemde nylon, P.A. (poliamida), dependerrloda grossura<br />

do fio ter-se-á umpeso de panagemde, aproxinadarrente, 15 kg e l.IllB resisténcia<br />

ao rel:xJquede 1.267 kg/f.<br />

As portas que abrem a rede são curvas, do tipo "Suberkrub", de aço; medem<br />

2,7 m de altura por 1,2 m de largura, can umpeso aproxinado de 240 kg cada, ofere<br />

cendo l.IllB resisténcia ao rebcque de 105,5 kg/f.<br />

FIG. 8 "TRAWL' DE MEIA ÁGUA<br />

Ligando a rede às portas, existem dois cabos de aço can 1/2 polegada de dí.ârretro<br />

(brincos) de cada lado, que devemrredir aproxinadarrente 50 m de carprimento. Em<br />

cada brinoo inferior, nas proximidades da rede, é oolocado umpeso de 50 a 70 kg, para<br />

forçar a abertura vertical da rede.


Os cabos de reI:x:>qua,que em geral são de aço cem 5/8 polegada de diârretro,va<br />

~ d oc:rrprirrento, sequndo a profundidade que se deseja operar cem a rede. Quando<br />

~ o a 60 m de profundidirle, deve-se lançar na água 120 m de cabo, aproximadarrentet.<br />

UJfl vez que a proporxã0 cabo/profundidade é de 2:1. Nessa profundidade, ° aparelh~<br />

oferecerá umaresisteocia total de, aproxilladamante, 1.550 kg/f.<br />

A área produtiva da rede está relaciooada cem a velocidade 00 arrasto e a es<br />

pécie que se deseja capturar. Para a rede cem as dirrensÕes acirra, cuja área total dã<br />

I:x:x::a é de 176,7 m2, arrastada a umavelocidade de 3,5 nós horários, ter-se-á umaárea<br />

produtiva para a manjuba de 113 m2; 78 m2para a sardinha e apenas 16,8 m2para a cavalinha.<br />

DESENHOS:<br />

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ANuARIO de Pesca Marítima SP, D.P.A., 1944.<br />

BULLIS Junior, Harvey R. & FLOYD, Hilton Doub1e-rig twin shrimptrawling<br />

gear ~ in Gulf of Mexico. Marine Fisheries Review.<br />

FAO Department of Fisheries. 1972 Fishing gear designa. London •<br />

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