MISSÕES: "Os desafios da igreja frente ao século XXI - ADGO
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MISSÕES: "Os desafios da igreja frente ao século XXI - ADGO
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Apresentação<br />
Apresentação<br />
A déca<strong>da</strong> de 90 ficou conheci<strong>da</strong> no meio evangélico como sendo a<br />
“déca<strong>da</strong> “déca<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>da</strong> colheita”<br />
colheita” colheita”. A ordem era levantar os olhos e ver as terras<br />
brancas para a ceifa (João 4.35). Desde então muita coisa foi feita.<br />
Missionários foram enviados <strong>ao</strong> campo a fim de propagar as boas<br />
novas do evangelho <strong>da</strong> graça de Deus. Estes por sua vez abandonaram<br />
famílias, lares, empregos, estudos, etc, com a finali<strong>da</strong>de de que o nome<br />
de Jesus se elevasse principalmente entre os povos pagãos.<br />
Entretanto, ain<strong>da</strong> há muito que se fazer. A reali<strong>da</strong>de atual assusta.<br />
Centenas de nações desconhecem o Jesus <strong>da</strong> Bíblia. Na<strong>da</strong> sabem sobre<br />
o Cristo que andou pelas estra<strong>da</strong>s empoeira<strong>da</strong>s <strong>da</strong> galiléia. Na<strong>da</strong><br />
conhecem sobre o seu amor revelado à pecadora arrependi<strong>da</strong>, <strong>ao</strong> cego<br />
de Jericó, a Zaqueu o publicano e muito menos sobre a sua morte e<br />
ressurreição. Estão cegos quanto <strong>ao</strong> juízo eterno, e desprovidos de<br />
qualquer esperança relaciona<strong>da</strong> <strong>ao</strong> porvir.<br />
Diante deste quadro, e esperando amenizar os efeitos desta<br />
reali<strong>da</strong>de, lançamos na revista <strong>da</strong> Escola Bíblica Dominical,<br />
“Crescimento Bíblico”, o tema: “Missões: “Missões: <strong>Os</strong> <strong>Os</strong> desaf desaf <strong>desafios</strong> desaf desaf ios <strong>da</strong> <strong>da</strong> Ig Igreja Ig eja fr <strong>frente</strong> fr ente<br />
<strong>ao</strong> <strong>ao</strong> <strong>século</strong> <strong>século</strong> <strong>século</strong> <strong>XXI</strong>”. <strong>XXI</strong>”. <strong>XXI</strong>”. Certamente nos inquietará desafiando a autentici<strong>da</strong>de<br />
de nosso cristianismo.<br />
Esperamos que neste trimestre você se aplique não apenas a<br />
conhecer a vontade de Deus quanto à evangelização <strong>da</strong>s nações, povos,<br />
línguas, raças e famílias <strong>da</strong> terra, mas que também prove de forma<br />
permanente o sentimento que ocupa lugar no coração divino: o<br />
sentimento de amor e paixão pelas almas dos filhos dos homens.<br />
“Que Deus te abençoe querido irmão”<br />
Ar Arnaldo Ar naldo Ribeir Ribeiro Ribeir o Dias Dias F FFilho<br />
F Filho<br />
ilho<br />
Ministro de Missões
Sumário<br />
<strong>MISSÕES</strong>: “OS DESAFIOS DA IGREJA FRENTE AO<br />
SÉCULO <strong>XXI</strong>”<br />
Lição 01<br />
Lição 02<br />
Lição 03<br />
Lição 04<br />
Lição 05<br />
Lição 06<br />
Lição 07<br />
Lição 08<br />
Lição 09<br />
Lição 10<br />
Lição 11<br />
Lição 12<br />
Lição 13<br />
Ouvir o clamor do inferno<br />
Ouvir o clamor <strong>da</strong> terra<br />
Ouvir o clamor do céu<br />
Paixão pelas Almas<br />
Priorização do reino de Deus<br />
Ca<strong>da</strong> crente um doador <strong>da</strong> graça<br />
Ca<strong>da</strong> crente um mantenedor<br />
Ca<strong>da</strong> crente um intercessor<br />
Ca<strong>da</strong> crente um missionário<br />
Ca<strong>da</strong> crente um agente multiplicador<br />
Dependência do Espírito Santo<br />
Responsabili<strong>da</strong>de pessoal<br />
Resumo <strong>da</strong>s 12 lições (Recapitulação)<br />
COMENTÁRIO<br />
Nilma Leite Nogueira (Presidente Depart. Feminino)<br />
Ana Lúcia de Souza Almei<strong>da</strong> (Ministra de Música)<br />
Arnaldo Ribeiro Dias Filho (Ministro de Missões)<br />
Kleber Paulo Santana (Ministro de Ed.Cristã)<br />
Luciano <strong>da</strong> Silva Menezes (Coord. <strong>da</strong> EBD)<br />
Eliude Fernandes Silva Félix (Seminarista)<br />
Elaine José Alves (Coordenadora de Artes)<br />
Nilton Félix Batista (Coord. <strong>da</strong> EBD)<br />
A Nossa Revista Bíblica<br />
Dominical<br />
EDITORAÇÃO<br />
Kleber Paulo Santana<br />
SUPERVISÃO<br />
Natanael Nogueira de Sousa<br />
(Pastor Presidente)<br />
BÍBLIA (Edição Revista e Corrigi<strong>da</strong>)<br />
Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor<br />
Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF
OUVIR O CLAMOR DO INFERNO<br />
Versículo Chave<br />
E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia<br />
de mim e man<strong>da</strong> a Lázaro que molhe na água a ponta<br />
do seu dedo e me refresque a língua, porque estou<br />
atormentado nesta chama<br />
(Lucas 16.24)<br />
Lição 01 - 04 de janeiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar a terrível situação dos que morreram sem Cristo;<br />
• Comprovar, bíblicamente, a reali<strong>da</strong>de deste fato;<br />
• Desafiar a <strong>igreja</strong> à uma toma<strong>da</strong> de posição diante desta situação.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Isaías 6.1-5) – O clamor do pecador Despertado<br />
Terça – (Atos 16.27-31) – O clamor do pecador desesperado<br />
Quarta – (Lucas 15.17-19) – O clamor do pecador arrependido<br />
Quinta – (Romanos 7.18-24) – O clamor do pecador consciente<br />
Sexta – (Atos 2.37,38) – O clamor do pecador compungido<br />
Sábado – (Lucas 16.19-31) – O clamor do pecador perdido<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 011 - 355 - 430 (Harpa Cristã)<br />
LUCAS 16.19-31<br />
19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho<br />
finíssimo, e vivia todos os dias regala<strong>da</strong> e esplendi<strong>da</strong>mente.<br />
20 - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia<br />
cheio de chagas à porta <strong>da</strong>quele.<br />
21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam <strong>da</strong> mesa do
Crescimento Bíblico - 4<br />
rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.<br />
22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para<br />
o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.<br />
23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu <strong>ao</strong><br />
longe Abraão e Lázaro, no seu seio.<br />
24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e<br />
man<strong>da</strong> a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a<br />
língua, porque estou atormentado nesta chama.<br />
25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus<br />
bens em tua vi<strong>da</strong>, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e<br />
tu, atormentado.<br />
26 - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de<br />
sorte que os que quisessem passar <strong>da</strong>qui para vós não poderiam, nem<br />
tampouco os de lá, passar para cá.<br />
27 - E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,<br />
28 - pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de<br />
que não venham também para este lugar de tormento.<br />
29 - Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.<br />
30 - E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos<br />
fosse ter com eles, arrepender-se-iam.<br />
31 - Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e <strong>ao</strong>s Profetas,<br />
tampouco acreditarão, ain<strong>da</strong> que algum dos mortos ressuscite.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Aprouve a Deus um estudo temático neste trimestre voltado para a<br />
área de missões. Esperamos que nesta série de 13 lições sejamos<br />
desafiados quanto às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> obra missionária no presente<br />
<strong>século</strong>. Nosso desejo é nos confrontar com a reali<strong>da</strong>de de um mundo sem<br />
Deus e o que podemos fazer diante desta reali<strong>da</strong>de. São doze <strong>desafios</strong><br />
que passam pelo céu, terra e inferno. Vamos começar pelo primeiro desafio.<br />
Portanto prepare os seus ouvidos e ouça o clamor do inferno.<br />
I – NO INFERNO HÁ UM CLAMOR PESSOAL<br />
“E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim...” (v 24)<br />
Embora o inferno seja um lugar onde não há espaços para<br />
arrependimento, nos é mostrado através desta parábola o clamor insistente
Crescimento Bíblico - 5<br />
de um homem perdido. Em uma atitude desespera<strong>da</strong> ele clama <strong>ao</strong>s céus<br />
em favor de si mesmo e de outros. O seu clamor pessoal abrange dois<br />
aspectos: Misericórdia e alívio. Vejamos ca<strong>da</strong> um deles.<br />
1. Um clamor por misericórdia: “tem misericórdia de mim” (v<br />
24b) - O homem no Hades pede clemência. Solicita compaixão. Ele roga<br />
<strong>ao</strong>s céus baseado em um vínculo familiar com Abraão a quem chama de<br />
pai. O fato de ser descendente de Abraão não lhe outorga o direito <strong>ao</strong><br />
paraíso. A filiação só pode ser vali<strong>da</strong><strong>da</strong> se o descendente viver em atitude<br />
de fé como viveu Abraão o pai <strong>da</strong> fé. O clamor por misericórdia é rejeitado.<br />
O nosso desafio consiste no fato de que apesar de não podermos ouvir a<br />
prece deste perdido ouçamos o clamor do inferno. O clamor que diz que<br />
a morte eterna é irremediável. Que quem lá chega de lá nunca sai. Que o<br />
inferno é um caminho sem volta. Um lugar cuja passagem é apenas de<br />
i<strong>da</strong>. Como podemos permanecer indiferentes diante deste clamor? Como<br />
podemos olhar para os perdidos e não sentir compaixão? A Bíblia diz:<br />
“Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados<br />
para a matança, se os puderes retirar” (Pv 24.11).<br />
2. Um clamor por alívio: “man<strong>da</strong> a Lázaro que molhe na água a<br />
ponta do seu dedo e me refresque a língua” (v 24c) - O segundo pedido<br />
pessoal do homem é por alívio. Em tormento ele sente a dor proveniente<br />
de chamas que nunca se apagam. O moribundo espera refrescar-se a fim<br />
de tomar um pouco de alento. O alento lhe é negado. Deus não concede<br />
alívio a quem alívio não deu. O alívio só é possível na vi<strong>da</strong> presente. A<br />
<strong>igreja</strong> não pode aliviar o sofrimento <strong>da</strong>queles que se encontram no inferno,<br />
mas pode evitar que perdidos para lá se destinem apontando-lhes o<br />
caminho para o céu. Não podemos ficar surdos diante deste clamor. Se<br />
não há esperança para os que já se foram, to<strong>da</strong>via há para os estão diante<br />
de nós. Cumpri-nos o dever de proporcionar alívio <strong>ao</strong>s atormentados de<br />
espírito enquanto estamos no dia chamado hoje.<br />
a) O destino do homem é traçado nesta vi<strong>da</strong>: “lembra-te de que<br />
recebeste os teus bens em tua vi<strong>da</strong>” (v 25) - Diante do clamor pessoal do<br />
homem perdido respostas lhe são <strong>da</strong><strong>da</strong>s. A resposta, é que não há respostas.<br />
É-lhe mostrado que o destino eterno do homem é traçado enquanto em vi<strong>da</strong>.<br />
Vivo, o homem pode ser alcançado pela misericórdia divina. Uma vez morto<br />
segue-se o juízo, restando tão somente a aplicação <strong>da</strong> pena. O rico foi para o<br />
inferno não por falta de oportuni<strong>da</strong>des, mas por recusa-las. A graça divina é<br />
abun<strong>da</strong>nte, mas só podemos desfrutar dela para obtermos salvação no
Crescimento Bíblico - 6<br />
momento presente. Morrendo o homem em seus delitos e pecados cessa-se<br />
o efeito <strong>da</strong> graça. Não há mais como recupera-lo e redimi-lo.<br />
b) Há um abismo de separação que impossibilita qualquer mu<strong>da</strong>nça<br />
de lugar: “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e<br />
vós” (v 26) - A segun<strong>da</strong> resposta <strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>ao</strong> rico em razão de seu apelo<br />
pessoal diz respeito à barreira de separação existente entre o inferno e o<br />
paraíso. É-lhe dito que tal barreira é intransponível não havendo qualquer<br />
possibili<strong>da</strong>de de mu<strong>da</strong>nça. O fio de esperança em que ele se agarra se desfaz.<br />
Não há esperanças. Absorver tais palavras causa-lhe maior tormento. Abraão<br />
a quem ele chama de pai na<strong>da</strong> pode fazer. Sua situação é irreversível. Ele<br />
negou-se an<strong>da</strong>r pelo caminho que conduz à vi<strong>da</strong>. Agora é atormentado<br />
pela morte eterna. O desafio maior <strong>da</strong> Igreja diante deste quadro é mostrar<br />
a direção àqueles que ain<strong>da</strong> não morreram embora mortos estejam para<br />
Deus. Se a <strong>igreja</strong> não apontar o caminho agora não poderá faze-lo depois.<br />
II – NO INFERNO HÁ UM CLAMOR POR TERCEIROS<br />
“Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai” (v 27) - Não<br />
havendo respostas para o clamor pessoal o rico intercede por terceiros.<br />
Dois pedidos ele faz: Clama por uma testemunha e pela família. Vejamos:<br />
1. Clamando por uma testemunha: “Não, Abraão, meu pai; mas,<br />
se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam” (v 30) - O<br />
rico pede um milagre. Que lázaro ressuscite a fim de testemunhar <strong>ao</strong>s seus.<br />
O parecer lhe é desfavorável. Se fosse necessário a ressurreição de mortos<br />
para testemunhar <strong>da</strong> salvação, <strong>ao</strong>s vivos se dispensaria tal ofício. Não<br />
obstante <strong>ao</strong>s ver<strong>da</strong>deiramente vivos cumpre tal responsabili<strong>da</strong>de. Se a <strong>igreja</strong><br />
não o fizer, ninguém mais o fará. A obra <strong>da</strong> evangelização é de exclusivi<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong> <strong>igreja</strong>. Nenhuma instituição por melhor que seja poderá requere-la. O<br />
homem clamou, mas os céus indeferiu o pedido. No entanto nos é dito que<br />
se rogarmos <strong>ao</strong> Senhor <strong>da</strong> seara ele enviará ceifeiros para a seara.<br />
2. Clamando pela família: “pois tenho cinco irmãos, para que lhes<br />
dê testemunho” (v 28) - Não havendo esperanças para si, o rico clama<br />
pelos de sua casa. Sua intercessão é rejeita<strong>da</strong> sem demora. No inferno não<br />
há respostas às orações nem mesmo quando em favor de outros. O<br />
eternamente perdido é de uma indigni<strong>da</strong>de tão grande que a súplica não lhe<br />
cabe bem. Somente na terra os ouvidos de Deus se abrem à prece por<br />
terceiros. Na terra a intercessão é um man<strong>da</strong>mento, no inferno é uma
Crescimento Bíblico - 7<br />
abominação. As portas <strong>da</strong> graça estão abertas à intercessão <strong>da</strong> <strong>igreja</strong> em<br />
favor dos perdidos <strong>da</strong>qui. Quanto <strong>ao</strong>s perdidos de lá tais portas jamais se<br />
abrirão.<br />
a) A lei de Deus fala por si só: “Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés”<br />
(v 29a) - Após interceder pelos seus lhe sobrevêm a resposta. Abraão chama<br />
a atenção do rico para aquilo que ele mais desprezou na terra: A lei mosaica.<br />
“Eles têm Moisés”, diz-lhe Abraão. O rico pede a ressurreição de um<br />
fisicamente morto, mas lhe é mostrado algo espiritualmente vivo: A Bíblia<br />
(Velho Testamento). Ouçam-na é o clamor do patriarca. A Igreja não pode<br />
fazer-se de sur<strong>da</strong> diante deste clamor. Se é preciso ouvir as escrituras,<br />
alguém precisa soa-la diante dos homens. Romanos 10.14 diz: “Como,<br />
pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele<br />
de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”<br />
b) <strong>Os</strong> profetas são reforço <strong>ao</strong> testemunho <strong>da</strong> lei: “Eles têm os Profetas;<br />
ouçam-nos” (v 29b) - Abraão não faz referência somente à lei mosaica. Ele<br />
também aponta para os mensageiros de Deus: os profetas. O rico recusou o<br />
testemunho tanto de um como do outro e agora testemunha a sua própria sina.<br />
Ao apontar para Moisés, Abraão faz referência à lei, <strong>ao</strong> apontar para os profetas<br />
à qualquer um que tem o “assim diz o Senhor”. Sabemos o que Deus diz e é<br />
nosso dever proclamar as boas novas <strong>ao</strong>s perdidos sem Deus. Se não<br />
proclamarmos agora não haverá como proclamar depois. É agora ou nunca.<br />
Não é somente o rico que clama, Abraão também clama. Quando ele<br />
diz “ouçam-nos”, significa que há a quem possa se ouvir. Eu e você<br />
estamos inseridos neste contexto.<br />
CONCLUSÃO<br />
Ouvir o clamor do inferno é um ver<strong>da</strong>deiro desafio. Milhares de<br />
perdidos que rangem os dentes sem cessar na esperança frustra<strong>da</strong> de se<br />
verem livres de um tormento sem fim. Clamando por to<strong>da</strong> a eterni<strong>da</strong>de<br />
não há quem possa ouvi-los. Ao ouvir tais apelos nossos corações devem<br />
mover-se na direção <strong>da</strong>queles cujas vi<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> resta esperança. Ouçamos,<br />
portanto, o clamor do inferno para que por todos os meios possamos<br />
salvar os que clamam na terra. Que Deus em Cristo nos abençoe.<br />
• “Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Pv<br />
23.14). Este texto pode ser o teu lema?<br />
• O que estás fazendo por aqueles cujas vi<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> resta esperança?<br />
• Você se sentiu sensibilizado a investir mais na obra missionária?
OUVIR O CLAMOR DA TERRA<br />
Versículo Chave<br />
E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava<br />
um varão <strong>da</strong> Macedônia e lhe rogava, dizendo:<br />
Passa à Macedônia e aju<strong>da</strong>-nos!<br />
(Atos 16.9)<br />
Lição 02 - 11 de janeiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar, de acordo com a Bíblia, a condição espiritual dos povos;<br />
• Esclarecer que as necessi<strong>da</strong>des espirituais dos homens escravizados<br />
pelo pecado, só pedem ser preenchi<strong>da</strong>s pela <strong>igreja</strong>;<br />
• Desafiar os alunos a reagirem predispondo-se para o serviço.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Romanos 8.18-24) – Clamor por redenção<br />
Terça – (Atos 8.26-31) – Clamor por conhecimento <strong>da</strong> Palavra de Deus<br />
Quarta – (João 4.1-26) – Clamor por salvação<br />
Quinta – (Marcos 5.1-20) – Clamor por libertação<br />
Sexta – (Marcos 7.24-37) – Clamor por auxílio divino<br />
Sábado – (Atos 16.6-10) – Clamor por aju<strong>da</strong><br />
SUGESTÃO DE HINOS - 127 - 256 - 634 (Harpa Cristã)<br />
ATOS 16.6-10<br />
6 - E, passando pela Frígia e pela província <strong>da</strong> Galácia, foram impedidos<br />
pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.<br />
7 - E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o<br />
Espírito de Jesus não lho permitiu.<br />
8 - E, tendo passado por Mísia, desceram a Trôade.
Crescimento Bíblico - 9<br />
9 - E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão<br />
<strong>da</strong> Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e aju<strong>da</strong>-nos!<br />
10 - E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia,<br />
concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Apalavra “ouvir” usa<strong>da</strong> no tema desta lição, tem bem mais<br />
implicações do que o simples fato do som entrar por nosso<br />
canal auditivo. Ouvir o clamor <strong>da</strong> terra implica em envolvimento e<br />
compromisso com o que esse clamor representa. Esta lição objetiva, portanto,<br />
esclarecer quais os três passos indispensáveis para se ouvir o clamor <strong>da</strong> terra.<br />
I – IMPLICA EM IDENTIFICAR A CONDIÇÃO<br />
ESPIRITUAL DOS POVOS<br />
O clamor <strong>da</strong> terra só fará algum sentido para nós se conhecermos a<br />
situação espiritual <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de. A Bíblia diz que “o mundo jaz no<br />
maligno”. A conseqüência dessa ver<strong>da</strong>de é que a humani<strong>da</strong>de vive sob<br />
constante influência do mal, o que gera escravidão e morte espiritual.<br />
1. Estão escravizados no pecado - Todos os problemas <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de<br />
são decorrentes de um único problema, o pecado. A Palavra de Deus<br />
afirma que “... todos estão debaixo do pecado” (Rm 3.9b). O homem,<br />
portanto, não an<strong>da</strong> de acordo com sua própria vontade, mas, faz a vontade<br />
<strong>da</strong> carne e dos pensamentos (Ef 2.3). Satanás tem obscurecido sua mente,<br />
o que lhe facilita o controle de suas ações.<br />
2. Estão afastados <strong>da</strong> presença de Deus - “Porque todos pecaram<br />
e destituídos estão <strong>da</strong> glória de Deus” (Rm 3.23) - A atuação do pecado<br />
no mundo contaminando todos os homens afastou-os <strong>da</strong> presença de<br />
Deus. O criador não pode compactuar com o mal e a iniqüi<strong>da</strong>de crescente<br />
no meio de suas criaturas, por isso, ergue-se entre eles um muro de<br />
separação. Isto significa que, além de escravos do pecado o homem<br />
encontra-se agora num estado de morte espiritual.<br />
II – IMPLICA EM COMPREENDER A<br />
NECESSIDADE DOS POVOS<br />
A situação espiritual <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de gera necessi<strong>da</strong>des espirituais. A<br />
perfeita compreensão dessas necessi<strong>da</strong>des é o 2º passo para “ouvir o
clamor <strong>da</strong> terra”, vejamos:<br />
Crescimento Bíblico - 10<br />
1. Necessi<strong>da</strong>de de liber<strong>da</strong>de - A principal necessi<strong>da</strong>de de um escravo é a<br />
liber<strong>da</strong>de, porém nenhum deles pode se autolibertar. Através de seus próprios<br />
esforços ou atitudes meritórias, o homem não pode romper as cadeias com<br />
as quais o pecado o aprisionou. Quebrar essas cadeias e trazer liber<strong>da</strong>de à<br />
humani<strong>da</strong>de só pode ser possível através de uma interferência externa. “Se,<br />
pois, o Filho vos libertar, ver<strong>da</strong>deiramente, sereis livres” (Jo 8.36).<br />
2. Necessi<strong>da</strong>de de reconciliação com Deus - O homem foi criado para o<br />
louvor <strong>da</strong> glória de Deus. O pecado não alterou esse propósito, mas privou-o<br />
do contato direto com o seu Senhor. Tendo sido criado como um ser espiritual,<br />
o homem está sempre em busca de algo que possa satisfazer sua sede de Deus.<br />
O maligno procura interferir nessa busca oferecendo alternativas como o culto<br />
<strong>ao</strong>s ídolos, o esoterismo, o ocultismo e outras práticas condenáveis à luz <strong>da</strong>s<br />
escrituras, e que acabam por afastar ain<strong>da</strong> mais a criatura do seu Criador.<br />
III – IMPLICA EM RESPONDER A SUPLICA DOS POVOS<br />
“E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia...”<br />
(At 16.10b) - Conheci<strong>da</strong> a situação espiritual e identifica<strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong>de dos<br />
povos entramos no terceiro passo para se ouvir o clamor <strong>da</strong> terra, ou seja: a<br />
ação propriamente dita. A resposta de Paulo <strong>ao</strong>s macedônios, dá-nos o exemplo<br />
de que o atendimento à súplica dos homens é a principal responsabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
<strong>igreja</strong>. Porém, como os cristãos podem responder a esta súplica?<br />
1. Predispondo-se para o serviço - A observação dos passos anteriores<br />
seria inútil se a <strong>igreja</strong> se mostrasse indiferente ante o sofrimento <strong>da</strong><br />
humani<strong>da</strong>de. Precisamos nos conscientizar <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de que Jesus<br />
nos confiou. Afinal, ouvir o clamor <strong>da</strong> terra é se comprometer com ela.<br />
Predispor-se para o serviço não significa necessariamente candi<strong>da</strong>tarse<br />
<strong>ao</strong> campo missionário, mas ser um missionário à disposição de Deus<br />
no local onde Ele nos colocou.<br />
2. Pregando o genuíno evangelho de Cristo - Somente a <strong>igreja</strong> pode<br />
apresentar a solução para a humani<strong>da</strong>de e somente em Cristo o homem<br />
pode encontrar essa solução. Ele tanto se interessou pelo problema <strong>da</strong><br />
humani<strong>da</strong>de que se ofereceu para soluciona-lo. Foi <strong>ao</strong> mesmo tempo o<br />
sacerdote e a oferta, propiciando a expiação que satisfez a ira de Deus<br />
contra o pecado. Por meio desse sacrifício, o homem obteve o pagamento<br />
<strong>da</strong> sua liber<strong>da</strong>de e pôde ter acesso direto <strong>ao</strong> trono <strong>da</strong> graça.
Crescimento Bíblico - 11<br />
“Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens:<br />
Jesus Cristo, homem” (I Tm 2.5).<br />
CONCLUSÃO<br />
Um dos maiores <strong>desafios</strong> <strong>da</strong> <strong>igreja</strong> <strong>frente</strong> <strong>ao</strong> <strong>século</strong> <strong>XXI</strong> é sem dúvi<strong>da</strong>,<br />
ouvir o clamor <strong>da</strong> terra. A nenhuma outra organização foi confia<strong>da</strong> tamanha<br />
responsabili<strong>da</strong>de. Não podemos permitir que os problemas do dia-a-dia<br />
agravem nossos ouvidos e nos torne insensíveis <strong>ao</strong> sofrimento <strong>da</strong>queles<br />
para quem fomos chamados a socorrer.<br />
• Na sua concepção como está a situação do povo hoje?<br />
• Você sabia que a liber<strong>da</strong>de dos povos depende muito <strong>da</strong> sua oração?<br />
• Você tem pregado o evangelho habitualmente?<br />
“JANELA 1.8/8.1”<br />
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345<br />
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Já sabemos que a janela 10/40 é<br />
um território que se estende desde<br />
a África Ocidental através <strong>da</strong> Ásia,<br />
entre os graus 10 e 40 <strong>ao</strong> norte do<br />
Equador. É onde está a maior<br />
concentração de pessoas não<br />
alcança<strong>da</strong>s pelo evangelho de Jesus.<br />
Quero, no entanto, falar de uma<br />
outra “janela” proposta por Deus<br />
na Bíblia, que se estende a todos os<br />
povos, línguas e nações. É claro que<br />
estou usando o termo “janela”<br />
apenas como um chamativo para a<br />
mensagem que quero apresentar.<br />
1.8 e 8.1, são, na ver<strong>da</strong>de, dois<br />
textos que se encontram em Atos<br />
dos Apóstolos. O primeiro<br />
demonstra a condição em que<br />
devem estar os que pretendem levar<br />
a Palavra <strong>ao</strong>s perdidos em todos os<br />
lugares: Jerusalém, Judéia, Samaria,<br />
Santa Maria, Gama, Portugal Japão,<br />
etc, etc. Devemos estar cheios do<br />
Espírito Santo, ou então, é melhor<br />
ficar só em “Jerusalém”, e assistir<br />
de “camarote”, a condenação <strong>da</strong>s<br />
almas sem paz, sem Deus e sem<br />
salvação. O segundo texto mostra<br />
os meios que o Senhor usa para nos<br />
mover do comodismo e fazer<br />
missões: É a perseguição. A Igreja<br />
hoje não é missionária como devia<br />
ser, porque não há perseguição,<br />
então sobra muito tempo para<br />
discussões, reuniões sociais e<br />
“banquetes cultuais”.<br />
Em Atos 1.8: “Recebereis a<br />
virtude do Espírito Santo, que há<br />
de vir sobre vós; e ser-me-eis<br />
testemunhas”. Em Atos 8.1: “E<br />
fez-se, naquele dia, uma grande<br />
perseguição contra a <strong>igreja</strong> que<br />
estava em Jerusalém; e todos<br />
foram dispersos...”. Se<br />
atentarmos para o versículo 4,<br />
veremos o benéfico resultado<br />
desta perseguição: “Mas os que<br />
an<strong>da</strong>vam dispersos iam por to<strong>da</strong><br />
parte anunciando a palavra”.<br />
Bendita “janela” 1.8/8.1.<br />
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Kleber Paulo Santana<br />
Ministro de Educação Cristã<br />
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OUVIR O CLAMOR DO CÉU<br />
Versículo Chave<br />
Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem<br />
enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu:<br />
eis-me aqui, envia-me a mim<br />
(Isaias 6.8).<br />
Lição 03 - 18 de janeiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Ensinar para a <strong>igreja</strong>, de acordo com o texto bíblico, as ver<strong>da</strong>des<br />
sobre a chama<strong>da</strong> divina;<br />
• Mostrar de acordo com o texto, as características <strong>da</strong> mensagem profética;<br />
• Desafiar velhos, jovens e crianças a responderem <strong>ao</strong> apelo de Deus:<br />
“A quem enviarei?”<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Marcos 10.46-52) – Clamando por uma visão<br />
Terça – (1 Samuel 3.1-14) – Clamando por um obreiro<br />
Quarta – (Jeremias 33.1-3) – Clamando por aju<strong>da</strong> de Deus<br />
Quinta – (Provérbios 8.17-21) – Clamando por sabedoria<br />
Sexta – (João 1.15-23) – Clamando por arrependimento<br />
Sábado – (Isaías 6.1-13) – Clamando por purificação<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 065 - 220 - 430 (Harpa Cristã)<br />
ISAIAS 6.1-13<br />
1 - No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi <strong>ao</strong> Senhor assentado<br />
sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.<br />
2 - <strong>Os</strong> serafins estavam acima dele; ca<strong>da</strong> um tinha seis asas: com duas<br />
cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.<br />
3 - E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o
Crescimento Bíblico - 13<br />
SENHOR dos Exércitos; to<strong>da</strong> a terra está cheia <strong>da</strong> sua glória.<br />
4 - E os umbrais <strong>da</strong>s portas se moveram com a voz do que clamava, e<br />
a casa se encheu de fumaça.<br />
5 - Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um<br />
homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios;<br />
e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos!<br />
6 - Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa<br />
viva, que tirara do altar com uma tenaz;<br />
7 - e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus<br />
lábios; e a tua iniqüi<strong>da</strong>de foi tira<strong>da</strong>, e purificado o teu pecado.<br />
8 - Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e<br />
quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.<br />
9 - Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não<br />
entendeis, e vedes, em ver<strong>da</strong>de, mas não percebeis.<br />
10 - Engor<strong>da</strong> o coração deste povo, e endurece-lhe os ouvidos, e fechalhe<br />
os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus<br />
ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado.<br />
11 - Então, disse eu: até quando, Senhor? E respondeu: Até que se<br />
assolem as ci<strong>da</strong>des, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador,<br />
e a terra seja assola<strong>da</strong> de todo.<br />
12 - E o SENHOR afaste dela os homens, e, no meio <strong>da</strong> terra, seja<br />
grande o desamparo.<br />
13 - Mas, se ain<strong>da</strong> a décima parte dela ficar, tornará a ser pasta<strong>da</strong>;<br />
como o carvalho e como a azinheira, que, depois de se desfolharem,<br />
ain<strong>da</strong> ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Na primeira lição o desafio é ouvir o clamor do inferno. Na<br />
segun<strong>da</strong> o <strong>da</strong> terra. O desafio de hoje é ouvir o clamor do céu.<br />
O clamor de um Deus apaixonado por missões. De um Deus sedento<br />
por salvar as almas dos filhos dos homens.<br />
De acordo com o texto o clamor do céu abrange três aspectos: Primeiro<br />
o céu clama por um enviado, depois, por uma voz profética e por último, por<br />
um resposta. Será que estamos dispostos a ouvir? Vejamos o primeiro clamor:<br />
I – O CÉU CLAMA POR UM ENVIADO<br />
“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e<br />
quem há de ir por nós?” (v. 8).
Crescimento Bíblico - 14<br />
Deus busca alguém a quem possa enviar. Alguém que acene<br />
positivamente <strong>ao</strong> seu chamado. Alguém que diga sim e jamais não, <strong>ao</strong><br />
clamor divino. Alguém que largue tudo e entre na seara. Alguém que<br />
arrisque a própria vi<strong>da</strong> para falar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de um Deus que concede vi<strong>da</strong>.<br />
Por estas características dá para perceber que qualquer um não serve.<br />
Quem serve então? O texto responde. Vejamos:<br />
1. A quem enviarei? Significa dizer que não se pode enviar<br />
qualquer um - A In<strong>da</strong>gação não deixa margens para dúvi<strong>da</strong>s. Se Deus<br />
pergunta a quem enviarei, decorre disto que não pode ser qualquer<br />
um. Quando Isaías disse “eis-me aqui”, uma brasa viva tira<strong>da</strong> do<br />
altar já havia tocado sua boca e por decorrência seus lábios. Sua<br />
iniqüi<strong>da</strong>de foi tira<strong>da</strong>, e purificado o seu pecado. Só podemos ir se<br />
espelharmos a santi<strong>da</strong>de de um Deus santo que não tolera pecado. Ir<br />
sem refletir o caráter de Deus é abominação. O missionário ver<strong>da</strong>deiro<br />
não é o que mostra a carteirinha, mas o que mostra a vi<strong>da</strong>. Vi<strong>da</strong> com<br />
Deus implica em arrependimento, confissão e regeneração. Somente<br />
os nascidos de novo possui tais requisitos. Se você é nascido de novo<br />
ouça então o clamor do céu e vai.<br />
2. E quem há de ir por nós? Fala de um representante legal - Deus<br />
clama por um enviado que o represente. Um enviado desempenha o papel<br />
de embaixador. O embaixador não cui<strong>da</strong> senão dos negócios do governo<br />
que o envia. Fomos chamados para representar o governo divino. Quando<br />
questionado pelos seus pais Jesus lhes respondeu: Por que é que me<br />
procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?<br />
(Lc 2.49). Jesus é embaixador de Deus <strong>ao</strong> passo que nós somos de Cristo<br />
(2 Co 5.20). O embaixador é um representante legalmente constituído,<br />
doutra sorte não teria legitimi<strong>da</strong>de. Fomos constituídos para representar<br />
Deus na terra. Para espelhar seu amor, caráter e compaixão. Somente a<br />
Igreja possui credencial para isto. Se ela não o fizer, o trabalho não será<br />
feito. Deus conta comigo e com você. Ouçamos o clamor do céu e nos<br />
apresentemos como embaixadores.<br />
II – O CÉU CLAMA POR UMA VOZ PROFÉTICA<br />
“Então, disse ele: Vai e dize a este povo” (v 9).<br />
Primeiro o céu clama por um enviado. Quando surge, Deus coloca em<br />
seus lábios uma palavra profética: “Vai e dize a este povo”. A voz profética<br />
só fala aquilo que Deus falou e tem endereço certo. Avaliemos ambos:
Crescimento Bíblico - 15<br />
1. A voz profética fala o que Deus falou: “Então, disse ele: vai<br />
e dize...” - A carta de Deus já está escrita. Somos portadores de uma<br />
mensagem que já existe. Não nos cabe acrescentar nem omitir<br />
absolutamente na<strong>da</strong>. Portanto falemos do Cristo ressurrecto, do seu<br />
maravilhoso amor, de sua graça que não conhece limites. É disto que<br />
a Bíblia trata. Ela fala do bálsamo que produz alívio, do caminho que<br />
conduz <strong>ao</strong> céu e do remédio que sara as feri<strong>da</strong>s <strong>da</strong> alma. Em um mundo<br />
onde tantas vozes ressoam confundindo a criatura humana precisamos<br />
fazer soar em alto e bom som as boas novas do evangelho. Eis o<br />
clamor de Deus, quem o escutará?<br />
2. A voz profética tem destino certo: “vai e dize a este povo” -<br />
A palavra profética tem um destinatário: o povo. A expressão povo<br />
não é um termo subjetivo. Fala de pessoas, de gente de carne e osso a<br />
quem Deus ama. Não importa se é negro ou branco, se mora em palácio<br />
ou casebre, se é rico ou pobre, se é do primeiro ou do terceiro mundo.<br />
Se for povo, se for gente, se for pessoa, Deus está interessado e espera<br />
que nos interessemos também. Significa que o clamor do céu implica<br />
em um comprometimento com gentes de to<strong>da</strong>s as raças. A Bíblia diz:<br />
Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois re<strong>da</strong>rgüidos<br />
pela lei como transgressores (Tg 2.9). Não podemos excluir do reino<br />
a quem Deus não excluiu.<br />
III – O CÉU CLAMA POR UMA RESPOSTA<br />
“Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim” (v 8b).<br />
Quando Deus faz perguntas, Ele espera respostas. A quem enviarei,<br />
e quem há de ir por nós? Ou o homem acena positiva ou<br />
negativamente. Não há meio termo. A questão não é se vou ou não<br />
vou responder, mas o que vou responder. Isaías responde: “eis-me<br />
aqui, envia-me a mim”. Com isto, revela o que Deus espera de nós<br />
na obra missionária: prontidão e disposição.<br />
1. Eis-me aqui: Uma resposta que revela prontidão - Deus precisava<br />
de um homem para enviar. Isaías diz: “Eu sou esse homem”. Ele revela<br />
com isso prontidão. Prontidão é o ato ou efeito de se estar pronto. Quando<br />
os sol<strong>da</strong>dos nos quartéis estão de prontidão significa que a qualquer<br />
momento em que a corneta tocar, estarão a postos, preparados para sair.<br />
Estarão uniformizados, armados, alerta, etc. Diante do clamor do céu a<br />
Igreja precisa viver em estado de prontidão. Há dois mil anos atrás Deus
Crescimento Bíblico - 16<br />
fez soar a corneta dizendo: “Portanto, ide, ensinai to<strong>da</strong>s as nações,<br />
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;<br />
ensinando-as a guar<strong>da</strong>r to<strong>da</strong>s as coisas que eu vos tenho man<strong>da</strong>do...”<br />
(Mt 28. 19-20). A ordem já foi <strong>da</strong><strong>da</strong>, a corneta já foi toca<strong>da</strong>. Resta saber<br />
se estamos uniformizados, armados e alerta.<br />
2. Envia-me a mim: Uma resposta que revela disposição - Não<br />
basta estarmos prontos, é preciso disposição. Nos quartéis muitos sol<strong>da</strong>dos<br />
embora uniformizados, armados, etc, não estão com a menor vontade de<br />
sair em cumprimento <strong>ao</strong> chamado. Prontidão é o estado do corpo enquanto<br />
que disposição é o estado <strong>da</strong> alma. É na alma que reside o desejo, à<br />
vontade de se obedecer a Deus. Isaías não diz somente “eis-me aqui”<br />
(prontidão), mas também “envia-me a mim” (disposição). Há muitos<br />
crentes dizendo-se prontos, mas na hora do vamos ver recuam.<br />
CONCLUSÃO<br />
O céu clama por um enviado, por uma voz profética e por uma resposta.<br />
Se não atendermos a este clamor quem atenderá? Se a <strong>igreja</strong> com a<br />
totali<strong>da</strong>de de seus membros não se mostrar pronta e disposta quem se<br />
mostrará? Quem poderá substituir a Igreja na grande missão de evangelizar<br />
o mundo? Não há substitutos. Há coisas que os ímpios podem fazer igual<br />
ou até melhor que os crentes, mas anunciar as boas novas do evangelho<br />
somente os crentes poderão faze-lo. Se não fizerem, não será feito.<br />
• Diante do clamor divino, que resposta você <strong>da</strong>rá?<br />
• Você está dizendo: Eis-me aqui, envia-me a mim ou eis-me aqui, envia<br />
fulano de tal?<br />
• O que você tem a dizer a “este povo”?<br />
“Noventa e nove ovelhas, an<strong>da</strong>vam longe do<br />
meu Salvador; an<strong>da</strong>vam assim desgarra<strong>da</strong>s,<br />
tortura<strong>da</strong>s, gemendo de dor;<br />
num deserto sem pasto e sem água; sem<br />
alento, sem pai e sem pastor.”<br />
Pastor Emiliano Alves dos Santos
PAIXÃO PELAS ALMAS<br />
Versículo Chave<br />
E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve<br />
compaixão deles, porque eram como ovelhas<br />
que não têm pastor; e começou a<br />
ensinar-lhes muitas coisas<br />
(Marcos 6.34)<br />
Lição 04 - 25 de janeiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Explicar o ver<strong>da</strong>deiro sentido de “paixão pelas almas”;<br />
• Mostrar, comprovando biblicamente, que não podemos levar almas a<br />
Cristo, sem esta paixão;<br />
• Desafiar os cristãos a buscarem em Deus este amor e exercitá-lo.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (João 3.16) – O amor de Deus pela humani<strong>da</strong>de<br />
Terça – (Lucas 19.10) – A morte de Jesus pelos pecadores<br />
Quarta – (Êxodo 32.30-35) – O amor de Moisés pela nação<br />
Quinta – (Romanos 9.1-5) – O amor de Paulo pelo seu povo<br />
Sexta – (João 15.12-14) – O amor de Jesus pelos seus amigos<br />
Sábado – (Marcos 6.34-42) – A compaixão de Jesus pela multidão<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 011 - 018 -355 (Harpa Cristã)<br />
MARCOS 6.34-42<br />
34 - E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão<br />
deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a<br />
ensinar-lhes muitas coisas.<br />
35 - E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se<br />
aproximaram dele e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já
Crescimento Bíblico - 18<br />
muito adiantado;<br />
36 - despede-os, para que vão <strong>ao</strong>s campos e aldeias circunvizinhas e<br />
comprem pão para si, porque não têm o que comer.<br />
37 - Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E<br />
eles disseram-lhe: Iremos nós e compraremos duzentos dinheiros de pão<br />
para lhes <strong>da</strong>rmos de comer?<br />
38 - E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles,<br />
disseram: Cinco pães e dois peixes.<br />
39 - E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em grupos, sobre<br />
a erva verde.<br />
40 - E assentaram-se repartidos de cem em cem e de cinqüenta em<br />
cinqüenta.<br />
41 - E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos<br />
<strong>ao</strong> céu, e abençoou, e partiu os pães, e deu-os <strong>ao</strong>s seus discípulos para<br />
que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.<br />
42 - E todos comeram e ficaram fartos,<br />
INTRODUÇÃO<br />
Foi a paixão pelas almas que levou o missionário João Nelson Hyde<br />
implorar a Deus com insistência: “Ó Deus, dá-me almas ou<br />
morrerei!”. É este amor que nos impulsiona a pregar o evangelho<br />
sem restrições.<br />
Queremos, com a aju<strong>da</strong> do Espírito Santo, tratar deste tema, esperando<br />
que os nossos corações impulsionados pela graça de Deus, reajam <strong>ao</strong><br />
apelo do Senhor: “Ide” e, movidos de tal maneira que possamos ganhar<br />
almas preciosas para o Reino de Deus.<br />
A paixão pelas almas é uma obra divina implanta<strong>da</strong> em nós:<br />
I – É IMPLANTADA EM NÓS COMO UM AUXÍLIO DIVINO<br />
Sem este auxílio não teríamos ver<strong>da</strong>deira compaixão pelas almas<br />
perdi<strong>da</strong>s, logo o evangelho não seria pregado com a devi<strong>da</strong> ênfase que<br />
merece. Imagine a presteza de uma mãe em livrar o seu filho caído em um<br />
trilho férreo, <strong>ao</strong> ver se aproximando os pesados vagões. Assim também<br />
agirá o crente que tem esta chama ardendo em seu coração, fará tudo que<br />
for possível para livrar almas do fogo eterno. Assim, este amor foi<br />
implantado em nós com os seguintes objetivos:<br />
1. Para nos fazer ver os homens perdidos como vê o Senhor – “E
Crescimento Bíblico - 19<br />
Jesus, saindo, viu uma grande multidão...” (v 34a) – Jesus viu não apenas<br />
um amontoado de pessoas, ele viu indivíduos reunidos formando uma grande<br />
multidão. Ali, <strong>ao</strong>s olhos do Senhor, estavam pessoas aflitas, sufoca<strong>da</strong>s e<br />
perdi<strong>da</strong>s. Sem esta visão não podemos ganhar almas. Onde estão fixos os<br />
nossos olhos? <strong>Os</strong> discípulos de Jesus estavam deslumbrados com a beleza<br />
do mar e <strong>da</strong> praia, Jesus, no entanto, viu a multidão desespera<strong>da</strong>.<br />
“O Senhor não vê como vê o homem”, e conhece bem o que há no<br />
homem. É desta visão que carecemos e não podemos perde-la para não<br />
sermos desobedientes à visão celestial (At 26.19).<br />
2. Para nos fazer condoer dos homens perdidos como faz o Senhor<br />
– “...e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm<br />
pastor” (v 34b) – Jesus viu pessoas em terrível estado de inimizade para<br />
com Deus; seres enfermos e mortos no pecado. Corações obstinados e<br />
mentes doentias, pessoas prontas para crucificar o Filho de Deus. No<br />
entanto, não julgou e nem condenou, apenas compadeceu. Somente com<br />
este sentimento podemos ganhar almas. Devemos nos lembrar que também<br />
já fomos “multidão como ovelhas que não têm pastor”. Como bem se<br />
expressou o missionário David Livingstone: “A graça gratuita de Deus<br />
produziu em mim um sentimento de grande amor e de profun<strong>da</strong><br />
gratidão para com aquele que nos resgatou com seu sangue. Sua<br />
misericórdia exerceu influência em minha vi<strong>da</strong> inteira”.<br />
3. Para nos levar a <strong>da</strong>r o que recebemos do Senhor – “...e começou<br />
a ensinar-lhes muitas coisas” (v 34c) – “De graça recebestes de graça<br />
<strong>da</strong>í”. O Senhor tem poder para curar, para multiplicar pães, para libertar<br />
<strong>da</strong> opressão, no entanto, sua preocupação inicial foi com a instrução pela<br />
palavra. O alimento celestial em primeiro lugar. Quem se compadece<br />
entrega a mensagem de Deus as almas famintas.<br />
II – É IMPLANTADA EM NÓS COMO ESTÍMULO DIVINO<br />
Somos estimulados pelo amor de Deus que foi derramado em nós, a<br />
realizar a obra missionária <strong>da</strong>s várias maneiras disponibiliza<strong>da</strong>s a nós:<br />
Indo, contribuindo, intercedendo, etc. É a atuação deste estímulo que:<br />
1. Elimina to<strong>da</strong> atitude egoísta – “...despede-os, para que vão <strong>ao</strong>s<br />
campos e aldeias circunvizinhas e comprem pão para si, porque não<br />
têm o que comer” (v 36) - <strong>Os</strong> seguidores de Jesus estavam tomados<br />
pelo desânimo, pela indiferença, pelo comodismo e egoísmo. Imagine se
Crescimento Bíblico - 20<br />
a <strong>igreja</strong> tivesse como única resposta alternativa para o mundo nas trevas o<br />
“Vão e procurem vocês mesmos alimento”. Como encontrariam vi<strong>da</strong> no<br />
meio dos mortos? (Lc 24.5). Como poderia “se virar”, uma geração paralisa<strong>da</strong><br />
pelo pecado que não tem quem lhe ajude a receber a bênção? (Jo 5.7).<br />
2. Implementa práticas altruístas – “Ele, porém, respondendo,<br />
lhes disse: Dai-lhes vós de comer” (v 37) – Somente a Igreja tem a<br />
resposta para o homem sem esperança. <strong>Os</strong> políticos podem aju<strong>da</strong>r a<br />
resolver os problemas sociais; a medicina pode curar muitas doenças; a<br />
polícia pode <strong>da</strong>r uma certa segurança; mas somente a Igreja pode <strong>da</strong>r<br />
“pão celestial <strong>ao</strong>s famintos”. Se cruzarmos os braços para não atender<br />
a esta ordenança divina, o mundo não poderá ser salvo. Não foi <strong>ao</strong>s seres<br />
celestiais que ordenou mas a nós, o seu povo: “Dai-lhes vós de comer”.<br />
3. Torna suficiente o pouco que somos e que temos quando<br />
ofertamos a Deus - “E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver.<br />
E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes” (v 38) – Pouco<br />
alimento não? Levando em conta a grande multidão de homens, mulheres<br />
e crianças, “que é isto para tantos?” (Jo 6.9) No entanto, era o que<br />
faltava para o Senhor alimentar a multidão. A oferta que levarmos a Deus,<br />
pequena ou grande, será multiplica<strong>da</strong> milhares de vezes, se necessário<br />
for, para atender a obra missionária. Uma vez que a matemática não<br />
permite multiplicar “zero”, precisamos levar o pouco que temos <strong>ao</strong><br />
Senhor, ain<strong>da</strong> que seja “todo o nosso sustento” (Mc 12.44).<br />
Veja que na seqüência o Senhor: a) Abençoou. Multiplicou até ser<br />
suficiente para todos; b) Repartiu. Este é o segredo <strong>da</strong> multiplicação, o<br />
compartilhamento; c) Deu. A bênção de Deus está sobre a vi<strong>da</strong> dos que<br />
têm um coração generoso. “Daí e ser-vos-á <strong>da</strong>do”. Com apenas cinco<br />
pães e dois peixes, Jesus alimentou milhares de pessoas, e “todos<br />
comeram e ficaram fartos” (vv 41,42).<br />
CONCLUSÃO<br />
Sem este sentimento, não podemos e nem devemos tentar ganhar almas<br />
para o Reino de Deus. Um coração “apaixonado” pelos perdidos, nunca<br />
cessará de falar, de contribuir, de orar, de instigar. Seu coração missionário<br />
não descansará, enquanto não ver o “filho pródigo” retornar.<br />
• Você consegue ver a “multidão” com os olhos de Jesus?<br />
• Consegue sentir compaixão pelo seu estado desgarrado?<br />
• O que tem doado e o que tem feito pelas almas?
PRIORIZAÇÃO DO REINO<br />
DE DEUS<br />
Versículo Chave<br />
Buscai, antes, o Reino de Deus, e to<strong>da</strong>s essas coisas<br />
vos serão acrescenta<strong>da</strong>s (Lucas 12.31)<br />
Lição 05 - 01 de fevereiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar o que é priorizar o reino de Deus;<br />
• Ensinar que esta priorização envolve total renúncia;<br />
• Desafiar ca<strong>da</strong> aluno a empenhar-se na tarefa de fazer discípulos de<br />
todos os povos.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Mateus 6.24) – O Reino primeiro que as riquezas<br />
Terça – (Mateus 6.25-34) – O Reino, motivo de preocupação<br />
Quarta – (Lucas 9.57-62) – O Reino, motivo de renúncia<br />
Quinta – (Mateus 21.28-32) – O Reino de Deus implica em obediência<br />
Sexta – (Mateus 25.1-13) – O Reino de Deus deve ser aguar<strong>da</strong>do<br />
Sábado – (Lucas 12.13-31) – O Reino em primeiro lugar<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 115 - 224 - 515 (Harpa Cristã)<br />
LUCAS 12.13-31<br />
13 - E disse-lhe um <strong>da</strong> multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta<br />
comigo a herança.<br />
14 - Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou<br />
repartidor entre vós?<br />
15 - E disse-lhes: Acautelai-vos e guar<strong>da</strong>i-vos <strong>da</strong> avareza, porque a
Crescimento Bíblico - 22<br />
vi<strong>da</strong> de qualquer não consiste na abundância do que possui.<br />
16 - E propôs-lhes uma parábola, dizendo: a her<strong>da</strong>de de um homem<br />
rico tinha produzido com abundância.<br />
17 - E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde<br />
recolher os meus frutos.<br />
18 - E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros<br />
maiores, e ali recolherei to<strong>da</strong>s as minhas novi<strong>da</strong>des e os meus bens;<br />
19 - e direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para<br />
muitos anos; descansa, come, bebe e folga.<br />
20 - Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o<br />
que tens preparado para quem será?<br />
21 - Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.<br />
22 - E disse <strong>ao</strong>s seus discípulos: Portanto, vos digo: não estejais<br />
apreensivos pela vossa vi<strong>da</strong>, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre<br />
o que vestireis.<br />
23 - Mais é a vi<strong>da</strong> do que o sustento, e o corpo, mais do que as vestes.<br />
24 - Considerai os corvos, que nem semeiam, nem segam, nem têm despensa<br />
nem celeiro, e Deus os alimenta; quanto mais valeis vós do que as aves?<br />
25 - E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura?<br />
26 - Pois, se nem ain<strong>da</strong> podeis as coisas mínimas, por que estais ansiosos<br />
pelas outras?<br />
27 - Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem<br />
fiam; e digo-vos que nem ain<strong>da</strong> Salomão, em to<strong>da</strong> a sua glória, se vestiu<br />
como um deles.<br />
28 - E, se Deus assim veste a erva, que hoje está no campo e amanhã<br />
é lança<strong>da</strong> no forno, quanto mais a vós, homens de pequena fé?<br />
29 - Não pergunteis, pois, que haveis de comer ou que haveis de beber,<br />
e não andeis inquietos.<br />
30 - Porque os gentios do mundo buscam to<strong>da</strong>s essas coisas; mas<br />
vosso Pai sabe que necessitais delas.<br />
31 - Buscai, antes, o Reino de Deus, e to<strong>da</strong>s essas coisas vos serão<br />
acrescenta<strong>da</strong>s.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Priorizar é elevar em mais alto grau de importância, é empregar<br />
maior força, mais tempo, mais vontade, mais de tudo o que<br />
temos ou do que somos para alcançar um alvo, um objetivo, uma<br />
meta. O que é priori<strong>da</strong>de para Deus, na era <strong>da</strong> graça, senão que o seu
Crescimento Bíblico - 23<br />
reino seja estabelecido em nossas vi<strong>da</strong>s? A Igreja do Senhor é o território<br />
sobre o qual Ele reina. A priorização do Reino é um desafio missionário<br />
no mundo atual, pois não há motivo maior para a Igreja do que levar a<br />
sério a grande comissão (Mc 16.15). Vejamos aqui três ações<br />
especialmente relaciona<strong>da</strong>s com missões, que nos conduzem à<br />
priorização do Reino:<br />
I - EMPENHAR-SE EM FAZER A VONTADE DO PAI<br />
A vontade de Deus é que todos sejam salvos, que todos sigam o<br />
caminho, e a ver<strong>da</strong>de, e a vi<strong>da</strong>, Jesus Cristo (1 Tm 2.4). Mas se isto é<br />
tarefa muito difícil para nós, empenhemo-nos em alcançarmos de to<strong>da</strong>s<br />
as nações um povo para o seu Nome (At 15.14). De que modo devemos<br />
nos empenhar:<br />
1. Vivendo como filhos abnegados - Será impossível <strong>da</strong>rmos um<br />
passo em direção às nações senão conseguirmos, antes, nos<br />
desprendermos dos bens materiais. Enquanto pensamos em aumentar o<br />
“bolo”, jamais seremos capazes de dividi-lo (Ec 5.13; Is 43.23). Não<br />
viva para trabalhar, ajuntar ou enriquecer, mas trabalhe para viver, dividir<br />
e abençoar (Pv 11.24). Trabalhe pensando em cumprir a grande<br />
comissão. A quem sirvais a Deus ou às riquezas? (Lc 16.13) Jesus é o<br />
nosso melhor exemplo de abnegação!<br />
2. Cooperando na extensão do Reino - Desde o momento que fomos<br />
chamados para a salvação, até estarmos face a face com o Senhor devemos<br />
fazer progredir, ampliar, ramificar a sua <strong>igreja</strong>, pois este é o tempo de<br />
Deus para os gentios. Alguns julgam suficiente a sua própria salvação,<br />
mas fomos chamados para servir, trabalhar para Cristo: evangelizando,<br />
contribuindo, orando. Ele nos deixou a missão de abençoarmos outras<br />
vi<strong>da</strong>s, outras famílias, outros povos. Sê tu uma bênção cooperando para<br />
que o evangelho de Cristo seja pregado (Gn 22.18; Zc 8.13).<br />
II - MANTER A FÉ ABUNDANTE<br />
Quão grandiosa é a missão de evangelizarmos o mundo. É maravilhosa<br />
demais para atingirmos só por esforço próprio. Quanto maior a obra,<br />
maior deve ser a nossa fé. Temos que levar as boas novas até os confins<br />
<strong>da</strong> Terra. Depositemos a nossa confiança em Deus, pois, pela fé, isto é<br />
possível em nossa geração (Ef 6.16; Jo 6.28-29).
Crescimento Bíblico - 24<br />
1. Diante dos obstáculos visíveis - Citemos alguns: 1) Econômico -<br />
que<strong>da</strong> <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> familiar, variação cambial (dólar), desemprego, alta dos<br />
impostos e taxas públicas, globalização, etc; 2) Sociais - regimes ditatoriais,<br />
segregacionistas e anti-proselitistas (não permite a conversão), as guerras,<br />
doenças, as diferenças culturais, fome, etc. Sabemos que a situação mundial<br />
não melhorará, antes, ficará pior. Mas o nosso desejo é igual <strong>ao</strong> do Pai,<br />
de levarmos o evangelho <strong>ao</strong>nde Cristo não foi anunciado. Nós temos o<br />
escudo <strong>da</strong> fé, então vamos em <strong>frente</strong> marchando para a batalha (Ef 6.16).<br />
Martinho Lutero orava: “... estou pronto a <strong>da</strong>r, como um cordeiro, a<br />
minha vi<strong>da</strong>” (Heróis <strong>da</strong> Fé - CPAD - pp. 24).<br />
2. Diante dos obstáculos invisíveis - Citemos alguns: 1) pessoais -<br />
preconceito, egoísmo, medo, etc.; 2) Espirituais - principados e<br />
potestades, “demora” divina, pequena fé, etc. Deus é o dono <strong>da</strong> obra e<br />
não nós. Se Ele diz pregai em “nínive”, então obedeçamos e avancemos<br />
por fé. Em Cristo temos autori<strong>da</strong>de para rompermos obstáculos,<br />
entretanto, devemos aguar<strong>da</strong>r com confiança, e a resposta virá em seu<br />
tempo dentro <strong>da</strong> vontade do Pai (Dn 10.12-13).<br />
III - AVANÇAR ATÉ QUE VENHA O FIM<br />
Assim, como foi João Batista, a Igreja é, nesta era, a voz de Deus<br />
que clama no “deserto”, o mundo. Ele pregava: “... Arrependei-vos,<br />
porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3.2). Esta deve ser, também,<br />
a ênfase <strong>da</strong> nossa pregação: “... O tempo está cumprido, e o reino de<br />
Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Mc<br />
1.15). Com esta mensagem devemos avançar!<br />
1. Onde não há fun<strong>da</strong>mento - Isto não quer dizer onde não há <strong>igreja</strong>,<br />
e sim, onde não há o próprio Cristo. Sabemos de povos em nossa geração,<br />
que jamais ouviram as Boas Novas e outros que já ouviram, mas que não<br />
possuem um nativo se quer convertido <strong>ao</strong> Evangelho de Cristo. <strong>Os</strong> países<br />
muitas vezes são constituídos por uma diversi<strong>da</strong>de de povos com cultura<br />
e língua próprias. Avancemos, pois em direção a esses povos.<br />
Vejamos a lista de povos não-alcançados: - bloco muçulmano: 4000<br />
povos; bloco hindu: 2000 povos; - bloco budista: 1000 povos; - grupos<br />
tribais: 3000 povos; - chineses: 1000 povos. Perfazendo um total de 2,3<br />
bilhões de pessoas aproxima<strong>da</strong>mente.<br />
Povos não-alcançados são grupo humano (povo) dentro do qual não<br />
existe uma comuni<strong>da</strong>de nativa, de crentes em Cristo com números ou
Crescimento Bíblico - 25<br />
recursos suficientes, para evangelizar seu próprio grupo sem a aju<strong>da</strong> de<br />
missionários transculturais. Às vezes são chamados de “povos<br />
escondidos” porque tradicionalmente tem estado fora <strong>da</strong> atenção e dos<br />
propósitos missionários <strong>da</strong> <strong>igreja</strong>. (COMIBAM Internacional)<br />
2. Fazendo discípulos de todos os povos - Pregar o evangelho é<br />
muito mais que anunciar a Cristo como Salvador, é conduzir ca<strong>da</strong><br />
convertido pelo caminho <strong>da</strong> salvação, a buscar a estatura de varão perfeito.<br />
Por isso para fazermos missões precisamos enviar não apenas missionáriosevangelistas,<br />
mas principalmente missionários-ensinadores, a fim de que<br />
a <strong>igreja</strong> local possa an<strong>da</strong>r por si mesma. Ser discípulo de Jesus não é ser<br />
apenas aluno, mas um cooperador <strong>da</strong> obra de Deus.<br />
“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual<br />
ninguém podia contar, de to<strong>da</strong>s as nações, e tribos, e povos, e línguas,<br />
que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos<br />
brancos e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9).<br />
CONCLUSÃO<br />
A necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de é tremen<strong>da</strong> e Deus ama a ca<strong>da</strong> um.<br />
Fazer discípulos até os confins <strong>da</strong> terra, <strong>ao</strong>s olhos humanos, é impossível,<br />
mas pela fé somos capazes de agra<strong>da</strong>r a Deus (Hb 11.6) e de trabalharmos<br />
para alcançarmos os 11.000 povos restantes (aproxima<strong>da</strong>mente). Para<br />
cumprirmos o Ide de Jesus, por mais que tenhamos a visão correta<br />
precisamos de fé real e abun<strong>da</strong>nte. Priorizemos o Reino e será possível<br />
alcançarmos o mundo.<br />
• Você é um filho(a) abnegado <strong>da</strong>s coisas deste mundo?<br />
• Você tem clamado a Deus para aumentar a sua fé?<br />
• Você crê que a tarefa <strong>da</strong> <strong>igreja</strong> é fazer discípulos de todos os povos?<br />
Missões,<br />
Responsabili<strong>da</strong>de<br />
de todos!<br />
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CADA CRENTE UM DOADOR<br />
DA GRAÇA<br />
Versículo Chave<br />
E, aproximando-se, atou-lhe as feri<strong>da</strong>s, aplicando-lhes azeite<br />
e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o<br />
para uma estalagem e cuidou dele<br />
(Lucas 10.34)<br />
Lição 06 - 08 de fevereiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Explicar de modo claro o que vem a ser um doador <strong>da</strong> graça;<br />
• Mostrar a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> renúncia na vi<strong>da</strong> do doador <strong>da</strong> graça;<br />
• Desafiar ca<strong>da</strong> aluno a comprometer-se com esta tarefa missionária,<br />
doação <strong>da</strong> graça.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Mateus 10.6-8) – Doando <strong>ao</strong>s necessitados<br />
Terça – (Atos 3.1-9) – Doando cura <strong>ao</strong>s enfermos<br />
Quarta – (2 Coríntios 9.6) – Doando para a obra<br />
Quinta – (Malaquias 3.10) – Doando para Deus<br />
Sexta – (2 Timóteo 4.1-3) – Doando a Palavra <strong>ao</strong>s povos<br />
Sábado – (Lucas 10.25-37) – Doando <strong>ao</strong>s pobres<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 016 - 334 - 568 (Harpa Cristã)<br />
LUCAS 10.25-37<br />
25 - E eis que se levantou um certo doutor <strong>da</strong> lei, tentando-o e dizendo:<br />
Mestre, que farei para her<strong>da</strong>r a vi<strong>da</strong> eterna?<br />
26 - E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?<br />
27 - E, respondendo ele, disse: Amarás <strong>ao</strong> Senhor, teu Deus, de todo<br />
o teu coração, e de to<strong>da</strong> a tua alma, e de to<strong>da</strong>s as tuas forças, e de todo o
Crescimento Bíblico - 27<br />
teu entendimento e <strong>ao</strong> teu próximo como a ti mesmo.<br />
28 - E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás.<br />
29 - Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E<br />
quem é o meu próximo?<br />
30 - E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém<br />
para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e,<br />
espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.<br />
31 - E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote;<br />
e, vendo-o, passou de largo.<br />
32 - E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e<br />
vendo-o, passou de largo.<br />
33 - Mas um samaritano que ia de viagem chegou <strong>ao</strong> pé dele e, vendoo,<br />
moveu-se de íntima compaixão.<br />
34 - E, aproximando-se, atou-lhe as feri<strong>da</strong>s, aplicando-lhes azeite e vinho; e,<br />
pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;<br />
35 - E, partindo <strong>ao</strong> outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os <strong>ao</strong><br />
hospedeiro, e disse-lhe: Cui<strong>da</strong> dele, e tudo o que de mais gastares eu to<br />
pagarei, quando voltar.<br />
36 - Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo <strong>da</strong>quele que<br />
caiu nas mãos dos salteadores?<br />
37 - E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois,<br />
Jesus: Vai e faze <strong>da</strong> mesma maneira.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Omundo está sedento de graça, embora muitos não reconheçam<br />
isso. A socie<strong>da</strong>de hodierna an<strong>da</strong> sem rumo, à deriva, e como<br />
cristãos sabemos que o melhor lugar onde eles podem se firmar é<br />
na graça de Deus.<br />
Esta lição tem a finali<strong>da</strong>de de nos despertar para a responsabili<strong>da</strong>de de<br />
proclamar, conforme disse Paulo, “o evangelho <strong>da</strong> graça de Deus”. Somos<br />
os seguidores de Deus aqui na terra, então o que será que o mundo está<br />
enxergando a respeito de Deus to<strong>da</strong> vez que nos observa? Temos sido<br />
despenseiros desta superabun<strong>da</strong>nte graça? Afinal, o que significa doar graça?<br />
I – DOAR GRAÇA SIGNIFICA COMPADECIMENTO<br />
“... vendo-o, moveu-se de íntima compaixão” (v.33) - Como já vimos<br />
na lição quatro, a compaixão e o cui<strong>da</strong>do para com o próximo fazem
Crescimento Bíblico - 28<br />
parte de nossa fé e de nossa obediência a Deus. Amar a Deus implica em<br />
amar <strong>ao</strong> próximo.<br />
A graça de Cristo deve produzir em nós: amor, misericórdia, e<br />
compaixão pelos aflitos e necessitados.<br />
Compadecer-se do necessitado, deve ser o ponto de parti<strong>da</strong> para nos<br />
fazer agir em seu favor.<br />
1. Atentando para a necessi<strong>da</strong>de do próximo - Muitas vezes não<br />
queremos enxergar a necessi<strong>da</strong>de de quem está à nossa volta.<br />
Mendigos, prostitutas, bêbados, meninos de rua e tantos outros, são<br />
pessoas indesejáveis para nós; desconsideramos a existência delas e<br />
fechamos nossos olhos diante de suas necessi<strong>da</strong>des. No entanto, essas<br />
são pessoas extremamente desejáveis para Deus; era exatamente com<br />
essas e outras pessoas, de condutas questionáveis, que Cristo mais se<br />
relacionava em seu ministério.<br />
Fomos chamados para sermos transmissores <strong>da</strong> graça de Deus a essas<br />
pessoas, e não para evitar qualquer contato com elas. Quanto mais<br />
distanciados estivermos delas, mais afastados estaremos <strong>da</strong> missão para<br />
qual fomos vocacionados.<br />
2. Socorrendo-o em suas aflições - Diante <strong>da</strong> percepção <strong>da</strong>s aflições<br />
do próximo, temos que lhe prestar socorro, atando as feri<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>ndo<br />
alimento, prestando o auxílio de que precisa. A maior contribuição que<br />
um cristão pode <strong>da</strong>r <strong>ao</strong> mundo, é dispensar <strong>ao</strong> próximo a graça de Deus,<br />
e uma <strong>da</strong>s formas de fazer isso é socorrendo <strong>ao</strong> aflito. Por meio <strong>da</strong> graça<br />
de Deus dispensa<strong>da</strong> a nós, somos capacitados a fazer o bem <strong>ao</strong>s outros,<br />
estender a mão a quem precisa e amar <strong>ao</strong> próximo. Não podemos nos<br />
eximir destas responsabili<strong>da</strong>des. O cristão é (ou deveria ser) um agente<br />
de socorro em potencial para o necessitado.<br />
II – DOAR GRAÇA SIGNIFICA RENÚNCIA<br />
“... pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem<br />
e cuidou dele” (v.34) - Renunciar-se em prol de quem necessita é uma<br />
forma de servir. Temos que servir <strong>ao</strong> próximo com prontidão e liberali<strong>da</strong>de,<br />
sabendo que a ca<strong>da</strong> dia, Deus nos capacitará a fazermos ain<strong>da</strong> mais, pois<br />
essa é à sua vontade para nossas vi<strong>da</strong>s, Ele nos chamou para este serviço.<br />
1. Renúncia do seu conforto - Renunciar nosso conforto em benefício<br />
do próximo não é uma atitude fácil, to<strong>da</strong> renúncia traz sofrimento, no
Crescimento Bíblico - 29<br />
entanto, quando renunciamos de coração, nos sentimos gratificados por<br />
nossa ação.<br />
Se vivemos para agra<strong>da</strong>r a Deus, então temos que ter certo<br />
desprendimento de nosso conforto. Assim será mais fácil compartilhar<br />
com o próximo nossas roupas, nosso alimento e nossos recursos<br />
financeiros com os quais Deus tem nos abençoado.<br />
Como cristãos, não temos que priorizar nossa auto-satisfação. Esta<br />
deve ser busca<strong>da</strong> com moderação, e uma vez alcança<strong>da</strong>, deve ser coloca<strong>da</strong><br />
a serviço <strong>da</strong>queles que nos cercam.<br />
2. Renúncia do seu tempo - O cristão cheio <strong>da</strong> graça de Deus saberá<br />
priorizar o seu tempo em favor do próximo, ain<strong>da</strong> que seus afazeres sejam<br />
urgentes. Interromper uma viagem, cancelar um compromisso, deixar de<br />
lado o passatempo predileto para dizer <strong>ao</strong> próximo: estou aqui, conte comigo,<br />
vou te aju<strong>da</strong>r... pode custar muito, mas acredite, essa é a melhor forma de<br />
expressar o amor de Deus que existe em nós. To<strong>da</strong> vez que deixamos de<br />
compartilhar com o próximo, nosso tempo, ou qualquer outra coisa, estamos<br />
cerrando nosso coração para ele, numa atitude de falta de graça.<br />
III – DOAR GRAÇA SIGNIFICA COMPROMETIMENTO<br />
“... tirou dois dinheiros, e deu-os <strong>ao</strong> hospedeiro, e disse-lhe: Cui<strong>da</strong><br />
dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar” (v.35)<br />
- Não assumir compromisso nos dá certa tranqüili<strong>da</strong>de, afinal não existe<br />
problema se não estamos envolvidos. Tanto o sacerdote, quanto o levita, não<br />
quiseram comprometer-se com o homem à beira do caminho; ora, essa é uma<br />
situação mais cômo<strong>da</strong>, para que se contaminar? No entanto, não é essa a<br />
atitude que Deus exige de nós. Somos agentes <strong>da</strong> graça de Deus, e como tais,<br />
precisamos nos envolver com os problemas <strong>da</strong>s pessoas, tratando-os como<br />
se fossem nossos; afinal, elas são receptoras em potencial <strong>da</strong> graça de Deus.<br />
1. Comprometimento com seus primeiros passos - Temos que suprir<br />
a to<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong>des do aflito, inclusive as de cunho espiritual. Aju<strong>da</strong>r<br />
<strong>ao</strong> próximo em sua iniciação à fé é essencial, e o discipulado em si,<br />
representa o cui<strong>da</strong>do com o próximo, que em geral, só tem aquele que<br />
possui uma vi<strong>da</strong> que brota <strong>da</strong> graça de Deus.<br />
2 . Comprometimento com sua maturi<strong>da</strong>de espiritual - Além do<br />
cui<strong>da</strong>do com a iniciação à fé do novo crente, temos também que nos<br />
preocupar em acompanha-lo até a sua maturi<strong>da</strong>de. A idéia é que este
Crescimento Bíblico - 30<br />
tenha a capaci<strong>da</strong>de de an<strong>da</strong>r com suas próprias pernas, chegando a ponto<br />
de levar outros <strong>ao</strong> mesmo crescimento, afinal, ovelha é que gera ovelha.<br />
CONCLUSÃO<br />
O crente não pode apresentar-se insensível ante o sofrimento e a<br />
necessi<strong>da</strong>de dos outros. A insensibili<strong>da</strong>de neste caso, o descaracteriza<br />
como cristão. Temos o grande exemplo de Jesus, que tratou pecadores<br />
marginalizados com misericórdia, e a eles dispensou sua graça.<br />
O mundo pode fazer muitas coisas boas <strong>ao</strong>s homens, coisas que a<br />
<strong>igreja</strong> faz, mas tem algo que o mundo não tem condições de fazer no<br />
lugar <strong>da</strong> <strong>igreja</strong>: o mundo não tem como doar graça, de onde tiraria? Só a<br />
<strong>igreja</strong> é sua despenseira.<br />
• Você se considera um doador <strong>da</strong> graça?<br />
• Como vai o seu tempo para Deus?<br />
• O que você tem feito para aju<strong>da</strong>r no discipulado <strong>da</strong> sua <strong>igreja</strong>, já que<br />
não podes ir?<br />
DEPARTAMENTO<br />
DE EDUCAÇÃO<br />
CRISTÃ<br />
Existe Existe para para prestar<br />
prestar<br />
ser serviços ser viços didáticos.<br />
didáticos.<br />
Procure-nos!<br />
rocure-nos!
CADA CRENTE UM MANTENEDOR<br />
Versículo Chave<br />
Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio<br />
estou, depois que recebi de Epafrodito o que <strong>da</strong> vossa<br />
parte me foi enviado, como cheiro de suavi<strong>da</strong>de e<br />
sacrifício agradável e aprazível a Deus<br />
(Filipenses 4.18)<br />
Lição 07 - 15 de fevereiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Ensinar, bíblicamente, o significado do serviço de mantenedor;<br />
• Mostrar, de modo claro, que o mantenedor está semeando, logo irá<br />
colher os frutos pelo seu serviço;<br />
• Desafiar a <strong>igreja</strong>, no sentido de que ca<strong>da</strong> crente seja um mantenedor<br />
<strong>da</strong> obra missionária.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (2 Coríntios 9.6) – Contribuindo de coração<br />
Terça – (2 Coríntios 8.1-24) – Sendo generoso com a obra<br />
Quarta – (1 Coríntios 9.4-15) – Mantendo os que vivem do evangelho<br />
Quinta – (2 Coríntios 12.15) – Gastando e se deixando gastar pelas almas<br />
Sexta – (2 Coríntios 11.8,9) – Suprindo as necessi<strong>da</strong>des dos missionários<br />
Sábado – (Filipenses 4.10-19) – Mantendo o missionário na obra<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 001 - 056 - 093 (Harpa Cristã)<br />
FILIPENSES 4.10-19<br />
10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a<br />
vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis<br />
tido oportuni<strong>da</strong>de.<br />
11 - Não digo isto como por necessi<strong>da</strong>de, porque já aprendi a contentar-
Crescimento Bíblico - 32<br />
me com o que tenho.<br />
12 - Sei estar abatido e sei também ter abundância; em to<strong>da</strong> a maneira<br />
e em to<strong>da</strong>s as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome,<br />
tanto a ter abundância como a padecer necessi<strong>da</strong>de.<br />
13 - Posso to<strong>da</strong>s as coisas naquele que me fortalece.<br />
14 - To<strong>da</strong>via, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.<br />
15 - E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do<br />
evangelho, quando parti <strong>da</strong> Macedônia, nenhuma <strong>igreja</strong> comunicou comigo<br />
com respeito a <strong>da</strong>r e a receber, senão vós somente.<br />
16 - Porque também, uma e outra vez, me man<strong>da</strong>stes o necessário a<br />
Tessalônica.<br />
17 - Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a<br />
vossa conta.<br />
18 - Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou,<br />
depois que recebi de Epafrodito o que <strong>da</strong> vossa parte me foi enviado,<br />
como cheiro de suavi<strong>da</strong>de e sacrifício agradável e aprazível a Deus.<br />
19 - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá to<strong>da</strong>s as vossas<br />
necessi<strong>da</strong>des em glória, por Cristo Jesus.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Dos vários <strong>desafios</strong> que temos de enfrentar, quanto <strong>ao</strong> envio de<br />
missionários <strong>ao</strong> campo, este, talvez, seja o maior deles: o de<br />
mantenedor. Ou seja, enviar missionários, custa caro e a nossa<br />
oração <strong>ao</strong> Senhor pedindo que envie trabalhadores para a sua vinha,<br />
quase sempre, não inclui a disposição em manter aquele a quem Deus<br />
enviar.<br />
O objetivo desta lição é mostrar o ver<strong>da</strong>deiro sentido de manter obreiros<br />
no campo missionário.<br />
O que significa ser um mantenedor?<br />
I – SIGNIFICA SUPRIMENTO PARA A OBRA MISSIONÁRIA<br />
Em uma reunião, pediu-se que a Índia fosse o lugar escolhido para o<br />
início <strong>da</strong>s operações missionárias. Foi dito: “Há uma mina de ouro na<br />
Índia, porém, parece achar-se no centro <strong>da</strong> terra; quem se anima a explorala?”<br />
O missionário Guilherme Carey respondeu: “Eu me atrevo a descer;<br />
lembrai-vos, porém, de que vós tendes de sustentar as cor<strong>da</strong>s”. Com estas<br />
palavras, quis dizer que deveriam manter os custos <strong>da</strong>quele empreendimento.
Crescimento Bíblico - 33<br />
Este fato ilustra bem as responsabili<strong>da</strong>des do mantenedor, mas quais<br />
são os benefícios para o missionário?<br />
1. Esta é a melhor forma de nos lembrarmos dos missionários<br />
(vv 10-13) – Para o apóstolo Paulo, a chega<strong>da</strong> de sustento, envia<strong>da</strong><br />
por parte dos filipenses, significava mais que bem material, significava<br />
que os crentes <strong>da</strong>quela locali<strong>da</strong>de haviam lembrado do servo de Deus<br />
na obra missionária. Que atitude nobre! Paulo ficou muito alegre em<br />
saber que seus irmãos se lembraram dele e fez questão de esclarecer<br />
que não se tratava de reclamação por causa <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des, pois<br />
neste ponto era totalmente experimentado e sabia confiar naquele que<br />
supre as necessi<strong>da</strong>des. A questão é de cumprimento de obrigação, por<br />
parte <strong>da</strong>queles que enviam obreiros <strong>ao</strong> campo, que também os<br />
mantenham com o sustento.<br />
2. Esta é a melhor forma de compartilharmos do sofrimento dos<br />
missionários – “To<strong>da</strong>via, fizestes bem em tomar parte na minha<br />
aflição” (v 14) – As cartas que recebemos dos missionários, que um dia<br />
enviamos, nos contam <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des enfrenta<strong>da</strong>s no seu dia-a-dia. São<br />
aflições provenientes <strong>da</strong> escassez, estando em um país estranho,<br />
trabalhando pela causa do evangelho, longe de parentes e amigos que<br />
poderiam no momento <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des financeiras, socorre-los. É uma<br />
atitude egoísta, <strong>da</strong> nossa parte, deixar que padeçam por falta de recursos<br />
para remédios, alimentação adequa<strong>da</strong>, e o mínimo de conforto. É bom<br />
lembrar neste momento que: “assim ordenou também o Senhor <strong>ao</strong>s<br />
que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” (1 Co 9.14).<br />
Reflita bem: “Qual o sol<strong>da</strong>do no exército que tem de pagar suas<br />
próprias despesas?” (1 Co 9.7a, BLH).<br />
3. Esta é a melhor forma de nos comunicarmos com os missionários<br />
(v 15,16) - Em relação à oferta missionária que os filipenses doaram, é<br />
dito que eles fizeram comunicação. As Escrituras ordenam: “Comunicai<br />
com os santos nas suas necessi<strong>da</strong>des...” (Rm 12.13). Esta comunicação<br />
vai muito além de enviar e receber cartas. Sobrepuja os elogios, ou palavras<br />
de consolo. É preciso algo mais concreto: dinheiro, por exemplo. Isto é<br />
comunicar com alguém nas suas necessi<strong>da</strong>des. Veja: “Porque também,<br />
uma e outra vez, me man<strong>da</strong>stes o necessário a Tessalônica” (v 16).<br />
Que exemplo digno de ser seguido!<br />
II – SIGNIFICA BÊNÇÃOS DE DEUS PARA O SEU POVO
Crescimento Bíblico - 34<br />
Quando Paulo escreveu estas palavras: “E digo isto: Que o que semeia<br />
pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em<br />
abundância também ceifará” (2 Co 9.6), sabia que esta é uma lei natural<br />
estabeleci<strong>da</strong> por Deus. Quem semeia vinte grãos de trigo colherá mais do<br />
que aquele que semeia dez grãos. É uma lei natural e Deus opera por<br />
meio de leis naturais. No texto a seguir, o apóstolo deixa claro que as<br />
bênçãos de Deus estão intimamente relaciona<strong>da</strong>s à nossa atitude generosa<br />
com a obra, em todos os sentidos: “E Deus é poderoso para tornar<br />
abun<strong>da</strong>nte em vós to<strong>da</strong> graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo,<br />
to<strong>da</strong> suficiência, superabundeis em to<strong>da</strong> boa obra” (2 Co 9.8). De<br />
que modo isto acontece?<br />
1. O mantenedor está semeando, logo irá colher – “Não que<br />
procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta” (v<br />
17) – O apóstolo Paulo, <strong>ao</strong> receber a oferta, fez questão de deixar claro<br />
que não se tratava de presentes. <strong>Os</strong> missionários não estão pregando a<br />
palavra de Deus com o intuito de ganhar dádivas. Para o apóstolo aquilo<br />
era sinal evidente de que os crentes estavam <strong>da</strong>ndo fruto e, que este fruto<br />
redun<strong>da</strong>ria em bênçãos. Ele fazia questão de receber as ofertas porque<br />
sabia que Deus as reverteria em “aumento para a vossa conta”. Tem o<br />
mesmo sentido do que foi dito em 2 Co 9.10: “Ora, aquele que dá a<br />
semente <strong>ao</strong> que semeia e pão para comer também multiplicará a<br />
vossa sementeira e aumentará os frutos <strong>da</strong> vossa justiça”.<br />
2. O mantenedor está ofertando a Deus – “... cheio estou, depois<br />
que recebi de Epafrodito o que <strong>da</strong> vossa parte me foi enviado, como<br />
cheiro de suavi<strong>da</strong>de e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (v 18) –<br />
O nosso compromisso, primeiramente, é com o Senhor. Quando entregamos<br />
a nossa oferta missionária, estamos oferecendo um sacrifício que agra<strong>da</strong> a<br />
Deus, pois estamos fazendo demonstração de amor para com a sua obra e<br />
estamos obedecendo a sua ordem de evangelizar o mundo inteiro.<br />
Se você é um mantenedor, continue neste propósito, porque o que<br />
você está fazendo causa prazer em Deus.<br />
3. O mantenedor está sendo recompensado por Deus – “O meu<br />
Deus, segundo as suas riquezas, suprirá to<strong>da</strong>s as vossas necessi<strong>da</strong>des<br />
em glória, por Cristo Jesus” (v 19) – A promessa é de muita bênção. O<br />
modo do Senhor nos abençoar é: “Segundo as suas riquezas”. Servimos<br />
a um Senhor que é Dono do ouro e <strong>da</strong> prata. O mantenedor está cui<strong>da</strong>ndo<br />
<strong>da</strong>s coisas de Deus, logo, Deus cui<strong>da</strong>rá <strong>da</strong>s suas coisas. Manter a obra
Crescimento Bíblico - 35<br />
missionária realmente atrai para si, copiosas bênçãos. Está escrito:<br />
“Suprirá to<strong>da</strong>s as vossas necessi<strong>da</strong>des...”.<br />
CONCLUSÃO<br />
Ser um mantenedor, enviar e sustentar missionários, a fim de que o mundo<br />
seja evangelizado, é um maravilhoso desafio feito por Deus à sua Igreja.<br />
Você já parou para pensar que em todo este tempo em que você deixou<br />
de contribuir com a obra missionária, muitas almas já pereceram?<br />
Reflita bem e comece hoje mesmo a manter trabalhadores na seara do<br />
Senhor. Procure o Departamento de Missões, desperte tua alma para<br />
ofertar <strong>ao</strong> Senhor, e espere Dele as bênçãos que é segundo a sua riqueza.<br />
• Você é um mantenedor de missionários?<br />
• Você já parou para pensar no valor de uma alma?<br />
• Você sabia que a sua salvação se deve a missionários que evangelizaram<br />
o Brasil?<br />
PASSA À MACEDÔNIA<br />
(Atos 16.9,10)<br />
“Ca<strong>da</strong> coração com Cristo é um missionário e ca<strong>da</strong> coração sem Cristo é<br />
campo missionário” Assim definiu Kick Hills, missões.<br />
O mundo todo geme e aguar<strong>da</strong> ansiosamente pelo envio de missionários.<br />
Precisamos nos despertar lembrando-nos que, como disse Wan A<strong>da</strong>ns, “o único<br />
entre os doze apóstolos que não se tornou um missionário veio a ser um traidor”.<br />
Assim vamos meditar em três itens importantes:<br />
1. A MISSÃO DOS SALVOS – “Passa à Macedônia”.<br />
Temos uma grande responsabili<strong>da</strong>de sobre os nossos ombros. O evangelho<br />
de nosso Senhor Jesus Cristo nos foi entregue, para que o levemos às pessoas<br />
carentes dele.<br />
A Igreja é o grande celeiro <strong>da</strong>s bênçãos espirituais, neste momento de grande<br />
fome espiritual, devemos abri-lo para suprimento dos povos.<br />
As bênçãos <strong>da</strong> salvação nos foram confia<strong>da</strong>s, não sejamos “desobediente<br />
à visão celestial” (At 26.19). Receio que se nos descui<strong>da</strong>rmos não teremos na<strong>da</strong><br />
para apresentar à grande multidão faminta que espera de nós alguma coisa (Jo<br />
6.5-9), ou ain<strong>da</strong>, que venham a dizer: “Apresentei-o a teus discípulos, mas<br />
eles não puderam curá-lo” (Mt 17.16).<br />
Passar à Macedônia é diferente de passear na Macedônia, ou passar pela<br />
Macedônia. Muitos estão querendo ser missionários por motivação erra<strong>da</strong>, até<br />
mesmo pelo fato de que é um título bonito e elegante. Além do mais, para esses<br />
“missionários” é uma oportuni<strong>da</strong>de de conhecerem outros países. Para eles é<br />
um motivo de vanglória, aprender a falar muitas línguas.<br />
(Continua na página 45)
CADA CRENTE UM<br />
INTERCESSOR<br />
Versículo Chave<br />
Rogai, pois, <strong>ao</strong> Senhor <strong>da</strong> seara que mande ceifeiros para<br />
a sua seara (Mateus 9.38)<br />
Lição 08 - 22 de fevereiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar, de maneira convicente, a necessi<strong>da</strong>de de intercessores;<br />
• Mostrar as quali<strong>da</strong>des de um ver<strong>da</strong>deiro intercessor;<br />
• Desafiar os crentes <strong>ao</strong> exercício <strong>da</strong> intercessão.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (João 17.1-9) – Intercessão pela Igreja<br />
Terça – (Atos 12.5) – Intercessão pelo apóstolo<br />
Quarta – (Gênesis 18.23-33) – Intercessão pelo justo<br />
Quinta – (Romanos 10.1,2) – Intercessão pela nação<br />
Sexta – (Colocensses 4.2-6) – Intercessão por missões<br />
Sábado – (Mateus 9.35-38) – Intercessão por mais missionários<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 340 - 372 - 427 (Harpa Cristã)<br />
MATEUS 9.35-38; COLOSSENSES 4.2-6<br />
35 - E percorria Jesus to<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong>des e aldeias, ensinando nas<br />
sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando to<strong>da</strong>s as<br />
enfermi<strong>da</strong>des e moléstias entre o povo.<br />
36 - E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque<br />
an<strong>da</strong>vam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.
Crescimento Bíblico - 37<br />
37 - Então, disse <strong>ao</strong>s seus discípulos: A seara é realmente grande, mas<br />
poucos são os ceifeiros.<br />
38 - Rogai, pois, <strong>ao</strong> Senhor <strong>da</strong> seara que mande ceifeiros para a sua seara.<br />
Cl 4.2-6<br />
2 - Perseverai em oração, velando nela com ação de graças;<br />
3 - orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta <strong>da</strong><br />
palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso;<br />
4 - para que o manifeste, como me convém falar.<br />
5 - An<strong>da</strong>i com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo.<br />
6 - A vossa palavra seja sempre agradável, tempera<strong>da</strong> com sal, para<br />
que saibais como vos convém responder a ca<strong>da</strong> um.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Aintercessão não pode minguar na vi<strong>da</strong> prática <strong>da</strong> Igreja, porque<br />
em todos os tempos, Deus chamou e capacitou pessoas,<br />
atendendo as orações do seu povo. Claro que Deus é soberano<br />
para enviar quem ele quer, mas estabeleceu que obreiros para a sua seara<br />
seriam convocados a partir do apelo dos seus servos. As nações já estão<br />
“maduras” para a ceifa, os missionários são poucos, portanto devemos<br />
rogar por mais missionários.<br />
O propósito desta lição é mostrar a necessi<strong>da</strong>de de intercessores e que<br />
quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> devem ter para verem suas orações respondi<strong>da</strong>s. Eis os<br />
tópicos <strong>da</strong> lição:<br />
I – A NECESSIDADE DE INTERCESSORES (MT 9.35-38)<br />
O missionário W. B. Anderson, disse que sua mãe orou durante anos<br />
pedindo que as portas dos países pagãos se abrissem. Depois que seus<br />
filhos nasceram, orou pedindo que obreiros entrassem por essas portas e<br />
Deus enviou um de seus filhos a Índia e duas filhas à China. Vemos neste<br />
testemunho a importância <strong>da</strong> intercessão. Deus está pronto para atender<br />
<strong>ao</strong> clamor de seu povo. Vejamos, então, a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> intercessão:<br />
1. Há uma grande obra a ser realiza<strong>da</strong> – “E percorria Jesus to<strong>da</strong>s<br />
as ci<strong>da</strong>des e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o<br />
evangelho do Reino, e curando to<strong>da</strong>s as enfermi<strong>da</strong>des e moléstias<br />
entre o povo” (v 35) - Guilherme Carey tinha um modo todo próprio de<br />
esperar na resposta de Deus. Ele pregou um sermão certa vez,
Crescimento Bíblico - 38<br />
desenvolvendo os dois pontos principais: “Esperai grandes coisas de<br />
Deus”; “Obrai grandes coisas para Deus”. O crente intercessor não<br />
pode pensar e nem agir de modo diferente. Precisa saber que a obra é<br />
extensa demais e, <strong>ao</strong>s nossos olhos, impossível de ser realiza<strong>da</strong>. No entanto,<br />
o Senhor <strong>da</strong> obra é poderoso para através <strong>da</strong> Igreja, salvar o mundo inteiro.<br />
Antes de ajoelhar-se em fervente oração, tome consciência de que<br />
estás fazendo uma grande obra” (Ne. 6.3).<br />
2. Há uma grande multidão desespera<strong>da</strong>mente perdi<strong>da</strong> precisando<br />
ser salva – “E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque<br />
an<strong>da</strong>vam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor” (v<br />
36) – Se o nosso coração permanecer frio, dormente e indiferente diante de<br />
tão grande c<strong>ao</strong>s, teremos então que começar a suplicar por nos mesmos.<br />
Devemos orar como certo filho de Deus orou: “Senhor, dá-me o teu coração<br />
de amor para com os pecadores, teu coração ferido por causa de seus<br />
pecados! Dá-me as tuas lágrimas enquanto os admoesto dia e noite!”<br />
É simplesmente desastroso, pensar que muitos crentes nunca<br />
derramaram uma única lágrima de intercessão pelas almas perdi<strong>da</strong>s.<br />
3. Há um grande campo missionário com escassez de missionários<br />
– “Então, disse <strong>ao</strong>s seus discípulos: A seara é realmente grande, mas<br />
poucos são os ceifeiros” (v 37) – O contraste é muito grande. De uma<br />
lado bilhões de almas perdi<strong>da</strong>s à espera de uma palavra que lhes indique<br />
o caminho <strong>da</strong> salvação. Do outro lado umas poucas centenas de<br />
missionários prontos para realizar esta imensa tarefa evangelizadora. Se<br />
isto não for motivo suficiente para nos dedicarmos à intercessão, de que<br />
mais necessitamos para uma toma<strong>da</strong> de posição? Quantas vezes<br />
precisaremos ouvir o clamor aflito: “Passa à Macedônia e aju<strong>da</strong>-nos”<br />
(At. 16.9), para começarmos a interceder?<br />
4. Há um poderoso Senhor pronto para enviar mais missionários<br />
– “Rogai, pois, <strong>ao</strong> Senhor <strong>da</strong> seara que mande ceifeiros para a sua<br />
seara” (v 38) – Não devemos questionar os motivos que levaram o Senhor<br />
a nos ordenar: “Rogai”. Compete-nos obedecer. Com certeza teríamos<br />
muito maior sucesso na obra missionária e muito mais pessoas seriam<br />
comissiona<strong>da</strong>s, se dispuséssemos de maior tempo para a intercessão.<br />
Crentes que nunca irão, podem <strong>da</strong>r subsídios para que outros vão.<br />
O evangelista Moody, foi excepcional orador diante de Deus, por isso<br />
mesmo, ganhou cerca de um milhão de almas e conseguiu reunir o maior<br />
grupo de pregadores que já trabalharam juntos na obra missionária. Com
Crescimento Bíblico - 39<br />
certeza, isto é fruto de muita intercessão. O Senhor Jesus não estava<br />
mentindo nem brincando quando ordenou que pedíssemos por mais<br />
missionários. Há poucos trabalhadores no campo, porque há poucos<br />
intercessores diante do Pai.<br />
II – AS QUALIDADES DOS INTERCESSORES (CL 4.2-6)<br />
O intercessor é alguém que assimilou no mais profundo <strong>da</strong> sua alma, a<br />
obra missionária. Sabe que não pode ir, pois não sente no coração a<br />
chama<strong>da</strong> divina. No entanto, a chama missionária arde em seu espírito<br />
inquietando-o de tal modo, que alívio só encontra na oração. O intercessor<br />
fez <strong>da</strong> intimi<strong>da</strong>de do seu quarto, o seu campo missionário, para ali obedecer<br />
a ordem de Jesus: “Rogai, pois, <strong>ao</strong> Senhor <strong>da</strong> seara”. Suas quali<strong>da</strong>des<br />
são evidencia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> seguinte maneira:<br />
1. É perseverante na oração – “Perseverai em oração, velando nela<br />
com ação de graças” (v 2) – É consciente do dever de “orar sempre e<br />
nunca desfalecer”. Sabe que aqueles que foram enviados, enfrentarão trevas<br />
densas, e não poderão prevalecer se na retaguar<strong>da</strong>, não tiver alguém na<br />
“brecha” (Ez 22.30), “velando com ações de graças”. Tem como<br />
fun<strong>da</strong>mento para a sua oração intercessora, os exemplos <strong>da</strong> própria Escritura<br />
Sagra<strong>da</strong>. Foi a intercessão de Abraão que impediu a destruição de Ló e<br />
suas filhas (Gn 18.23-33). Foi por causa <strong>da</strong> intercessão de Ana que Deus<br />
levantou em Israel o maior juiz de todos os tempos (1 Sm 1.26-28).<br />
2. É consciente de que o evangelho só entrará em portas abertas<br />
por Deus – “orando também juntamente por nós, para que Deus nos<br />
abra a porta <strong>da</strong> palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo,<br />
pelo qual estou também preso” (v 3) – Em resposta às intercessões dos<br />
crentes, Deus tem aberto grandes portas para entra<strong>da</strong> do evangelho. Muros<br />
já caíram, sistemas políticos ruíram para que se tornasse uma possibili<strong>da</strong>de<br />
a evangelização mundial. Muita coisa ain<strong>da</strong> precisa ser feita; existem ain<strong>da</strong><br />
muitos obstáculos para serem removidos e é nisto que reside to<strong>da</strong> a<br />
importância do intercessor. Na época de Paulo haviam muitos intercessores<br />
em quem se podia confiar, <strong>da</strong>í a razão do seu pedido.<br />
1. Tem atitude harmoniosa com a oração – “An<strong>da</strong>i com sabedoria<br />
para com os que estão de fora, remindo o tempo” (v 5) – Interceder<br />
pelos missionários e pela salvação <strong>da</strong>s nações e depois impedir a salvação<br />
do meu vizinho com o meu mau testemunho, que tamanha incoerência!
Crescimento Bíblico - 40<br />
Se não posso ir <strong>ao</strong>s campos mais longínquos até os confins <strong>da</strong> terra,<br />
minha oração pode. Posso ficar nos campos de “Jerusalém”, perto <strong>da</strong><br />
minha casa, no colégio, no trabalho, etc.<br />
Deus quer vasos limpos para o seu serviço; instrumentos santos para<br />
a sua obra. Exige pureza na vi<strong>da</strong> íntima.<br />
Um certo missionário orou a Deus assim: “O ‘eu’ não somente deve<br />
morrer, deve ser bem enterrado, porque o mau cheiro <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />
interesseira, se não for sepultado, afugentará as almas que querem<br />
chegar-se a Cristo”.<br />
2. Tem linguagem apropria<strong>da</strong> para uma vi<strong>da</strong> de intercessão – “A<br />
vossa palavra seja sempre agradável, tempera<strong>da</strong> com sal, para que<br />
saibais como vos convém responder a ca<strong>da</strong> um” (v 6) – Falar bem<br />
com Deus é importante, mas falar bem com os homens é totalmente<br />
necessário para produzir salvação. O intercessor não pode em momento<br />
algum se esquecer que é também responsável pela salvação dos perdidos.<br />
O intercessor não pode ser um murmurador. Orar pedindo missionários<br />
e fazer críticas destrutivas quando é enviado alguém para os campos é<br />
irracional. A língua do crente intercessor deve ser consagra<strong>da</strong> a Deus.<br />
CONCLUSÃO<br />
A obra missionária caminha sobre os joelhos de quem ora e intercede.<br />
Quem se ocupa com a intercessão por missões, não lhe sobra tempo para<br />
criticar ou murmurar pelo que está sendo feito nos campos. O intercessor,<br />
embora não vá <strong>ao</strong>s campos, fica em fervente oração, tapando a “brecha”<br />
para que Satanás não impeça a obra. É pela força <strong>da</strong> sua oração que as<br />
portas são escancara<strong>da</strong>s para que o evangelho atravesse fronteiras.<br />
• Você é um intercessor?<br />
• Quantas orações você já fez, este ano, por missões?<br />
• Se você não é um intercessor, como espera que os missionários sejam<br />
prósperos nesta obra?<br />
“Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim,<br />
não há sacrifício grande demais que<br />
não faça por amor a Ele.”<br />
- C.T.Studd - Fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Missão AMÉM -
CADA CRENTE UM<br />
MISSIONÁRIO<br />
Versículo Chave<br />
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo<br />
uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e<br />
não vai após a perdi<strong>da</strong> até que venha a achá-la?<br />
(Lucas 15.4)<br />
Lição 09 - 29 de fevereiro de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Esclarecer, com testos bíblicos, o que ca<strong>da</strong> crente deve fazer, por ser<br />
um missionário;<br />
• Mostrar o ver<strong>da</strong>deiro preparo para a obra missionária;<br />
• Desafiar ca<strong>da</strong> aluno a assumir o seu papel de missionário.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (2 Timóteo 4.1-3) – Pregue a Palavra<br />
Terça – (João 4.39-42 – Dê o seu testemunho pessoal<br />
Quarta – (Marcos 5.19,20) – Testemunhe para a sua família<br />
Quinta – (Ezequiel 3.16-27) – Seja um atalaia<br />
Sexta – (Atos 13.1-3) – Obedeça o Espírito Santo<br />
Sábado – (Lucas 15.1-10) – Procure as ovelhas perdi<strong>da</strong>s<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 065 - 115 - 127 (Harpa Cristã)<br />
LUCAS 15.1-10<br />
1 - E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.<br />
2 - E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe<br />
pecadores e come com eles.<br />
3 - E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:<br />
4 - Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas,
Crescimento Bíblico - 42<br />
não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdi<strong>da</strong> até que<br />
venha a achá-la?<br />
5 - E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;<br />
6 - e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendolhes:<br />
Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdi<strong>da</strong>.<br />
7 - Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se<br />
arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de<br />
arrependimento.<br />
8 - Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma,<br />
não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?<br />
9 - E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos<br />
comigo, porque já achei a dracma perdi<strong>da</strong>.<br />
10 - Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um<br />
pecador que se arrepende.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Com esta parábola, Jesus desperta a <strong>igreja</strong> para a sua grande<br />
missão: Caminhar em busca <strong>da</strong> ovelha que se perdeu. No<br />
entanto, para tornar-se mais eficiente neste resgate, a <strong>igreja</strong> deve<br />
vencer o seu maior desafio, que é fazer de ca<strong>da</strong> um de seus membros um<br />
evangelista amoroso, que supera as dificul<strong>da</strong>des que o impedem de partir,<br />
preparando-se para entrar nesta batalha em busca do pecador, a fim de<br />
cumprir a obrigação de ca<strong>da</strong> crente: ser um missionário.<br />
I – SUPERANDO AS DIFICULDADES<br />
Todo desafio tem suas barreiras, para a <strong>igreja</strong> que deseja fazer de ca<strong>da</strong><br />
crente um missionário, Cristo e os apóstolos deixaram seu exemplo lutando<br />
contra o comodismo (Mc 10.21,22); o preconceito (Mt 23.13) e as investi<strong>da</strong>s<br />
do inimigo (At 13.10). No contexto deles e também no nosso, ain<strong>da</strong> são as<br />
maiores dificul<strong>da</strong>des que o cristão deve superar para assumir a sua missão.<br />
1. Abandonando o Comodismo: Na<strong>da</strong> melhor para superar o<br />
comodismo do que enxergar a reali<strong>da</strong>de. Enquanto estamos<br />
confortavelmente sentados no banco <strong>da</strong> <strong>igreja</strong>, milhões de pessoas morrem<br />
sem Jesus. Ain<strong>da</strong> existem países na Europa Central com menos de 1% de<br />
cristãos evangélicos, como: Eslováquia, Bósnia, República Checa, Albânia,<br />
Kosovo e Áustria. Sem falar nos mais próximos, como vizinhos e amigos
Crescimento Bíblico - 43<br />
que morreram sem Cristo. É preciso que ca<strong>da</strong> crente esteja consciente <strong>da</strong><br />
urgência em se deixar o comodismo, e fazer sua a afirmação de Paulo:<br />
“Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas<br />
vossas almas” (2 Co 12.15).<br />
2. Deixando o Preconceito: “E os fariseus e os escribas<br />
murmuravam dizendo: Este recebe pecadores e come com eles” (v.2).<br />
Se já existem os preconceitos, em relação <strong>ao</strong>s mais próximos, imaginem<br />
às 6.700 culturas diferentes espalha<strong>da</strong>s pelo mundo. Esses preconceitos<br />
geralmente nos fazem desacreditar no poder transformador <strong>da</strong> Palavra,<br />
nos fazendo crer que para alguns não há mais solução. Não devemos<br />
esquecer de que o Senhor morreu por todos sem distinção (Rm 3.23,24).<br />
Cabe a ca<strong>da</strong> um superar esse preconceito, individualismo e orgulho,<br />
chegando à mesma conclusão de Pedro: “Reconheço, por ver<strong>da</strong>de, que<br />
Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele<br />
que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (At 10.34,35)<br />
3. Investindo contra Satanás – Em to<strong>da</strong> a narrativa bíblica vemos<br />
claramente a luta do inimigo para que a mensagem de Deus não seja<br />
propaga<strong>da</strong>. É importante lembrar que ele atua com astúcia, tanto na vi<strong>da</strong><br />
do crente fazendo-o esquecer <strong>da</strong> sua missão de evangelizar, quanto na<br />
vi<strong>da</strong> do pecador, afastando-o de Deus (Ef 6.12; 2 Co 11.14-15; 1Tm<br />
4.1). No entanto, quando ca<strong>da</strong> crente assume a sua responsabili<strong>da</strong>de como<br />
missionário, ele é revestido pelo poder de Deus, a <strong>igreja</strong> é fortaleci<strong>da</strong> e o<br />
pecador é resgatado, porque o crente está sob a proteção direta do Senhor<br />
e as portas do inferno jamais prevalecem contra a Sua <strong>igreja</strong> ( Mt 16.18).<br />
II – PREPARANDO-SE PARA A BATALHA<br />
Para vencer o desafio de ganhar almas, a <strong>igreja</strong> tem investido no preparo<br />
dos seus membros, pois o crente que leva a sério a sua missão, sabe que<br />
é imprescindível preparar-se antes de se embrenhar nesta longa jorna<strong>da</strong>.<br />
1. Por meio do Conhecimento <strong>da</strong> Palavra: Não se leva uma mensagem<br />
que não se conhece. Quando Paulo incentiva Timóteo a pregar a Palavra,<br />
ele enfatiza a importância de saber manejá-la (2 Tm 2.15). Se o cristão<br />
deseja aceitar o desafio de ser um missionário, é imprescindível que conheça<br />
não somente os textos bíblicos, mas o contexto histórico no qual e para<br />
qual foi escrito, pois somente assim pode transmitir com segurança e<br />
veraci<strong>da</strong>de a Palavra de Deus, tirando dúvi<strong>da</strong>s, desmascarando as inúmeras
Crescimento Bíblico - 44<br />
seitas que surgem a ca<strong>da</strong> dia, fazendo fluir a genuína mensagem de Cristo.<br />
2. Por meio de Conhecimentos Seculares: Jesus conhecia exatamente<br />
o comportamento e cultura de ca<strong>da</strong> um <strong>da</strong>queles a quem lhes dirigia a<br />
palavra e por isso elas lhes falavam diretamente <strong>ao</strong> coração (Mt 9.4-13;<br />
15.3-11; 22-18-33). Ao jovem Daniel o conhecimento diversificado,<br />
também auxiliou <strong>da</strong>ndo-lhe oportuni<strong>da</strong>des junto <strong>ao</strong> rei <strong>da</strong> Babilônia (Dn<br />
1.3,4). Conhecer culturas diferentes, aprimorar os conhecimentos em<br />
história, geografia, artes, informações do cotidiano, etc., é uma excelente<br />
referência, que abre portas para levar o evangelho a outros países ou<br />
criar oportuni<strong>da</strong>des de pregar a mensagem onde quer que se encontre.<br />
3. Por meio <strong>da</strong> Prática <strong>da</strong> Palavra: Quando é enviado a um país<br />
fechado para o evangelho, geralmente o missionário primeiro se estabelece<br />
na comuni<strong>da</strong>de, testemunha acerca de Deus até que tenha abertura para<br />
começar a evangelizar. O testemunho do cristão seja em outro país ou na<br />
sua comuni<strong>da</strong>de, é o que dá autori<strong>da</strong>de a sua pregação, pois as pessoas<br />
tendem a ver primeiro o resultado prático <strong>da</strong> palavra, naquele que a prega.<br />
Portanto, se o cristão pratica a palavra do Senhor, terá respaldo para<br />
levar a Sua mensagem e certamente será ouvido (Gn 41.38,39).<br />
III – ENTRANDO NA BATALHA<br />
Só tem chances de vencer a batalha aquele que entra na luta. A <strong>igreja</strong><br />
somente vencerá seu desafio de alcançar todos os continentes <strong>da</strong> terra, se<br />
ca<strong>da</strong> crente se dispor como sol<strong>da</strong>do fiel à sua missão de transformar o mundo.<br />
1. Transformando o Mundo: “E não vos conformeis com este<br />
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,<br />
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade<br />
de Deus” (Rm 12.2). A medi<strong>da</strong> em que o cristão é transformado, se dispõe<br />
a também transformar o mundo. E transformar não é apenas bra<strong>da</strong>r o nome<br />
de Cristo, pois o “IDE” que Jesus ordena (Mc 16.15) é muito mais que<br />
lançar palavras <strong>ao</strong> vento, é fazer com que elas criem raízes nos corações<br />
<strong>da</strong>s pessoas. Estando consciente <strong>da</strong> grandiosi<strong>da</strong>de desta tarefa, o cristão<br />
com certeza, não sobrecarregará a outros, a sua parte nesta missão.<br />
2. Sendo Fiel a Sua Missão: “Ninguém que lança mão do arado e<br />
olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62). Cristo foi fiel a<br />
sua missão até a morte e morte de cruz (Fp 2.7,8). A fideli<strong>da</strong>de do crente
Crescimento Bíblico - 45<br />
que se dispõe a fazer a obra missionária é imprescindível, pois além do<br />
investimento financeiro e espiritual envolvido, ele ain<strong>da</strong> é, em qualquer<br />
circunstância, considerado como referência por todos aqueles que dele<br />
recebem a mensagem.<br />
3. Comemorando a Vitória: Sofrimento e vitória são as duas palavras<br />
mais conheci<strong>da</strong>s pelo cristão (At 5.41). E quando se dispõe a entrar na<br />
Batalha em prol <strong>da</strong> evangelização do mundo, elas adquirem uma conotação<br />
muito especial. Pois a sensação de vitória a ca<strong>da</strong> alma conquista<strong>da</strong> para<br />
Cristo, impulsiona <strong>ao</strong> sofrimento e busca por uma nova alma, tornandose<br />
um processo contínuo. Esta é a maravilhosa missão que o Senhor<br />
concedeu a ca<strong>da</strong> membro <strong>da</strong> Sua Igreja, até que o sofrimento seja extinto<br />
e a vitória plenamente alcança<strong>da</strong> (1 Jo 5.4; Ap 21.4-7).<br />
CONCLUSÃO<br />
Para vencer o desafio de resgatar as milhares de ovelhas perdi<strong>da</strong>s<br />
espalha<strong>da</strong>s pelo mundo, a <strong>igreja</strong> precisa urgentemente que ca<strong>da</strong> um de<br />
seus membros quebre a redoma <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des, desça do pedestal <strong>da</strong><br />
indiferença se preparando para a evangelização do mundo, e entre na<br />
batalha assumindo a sua parte nesta missão: “Porque, se anuncio o<br />
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa<br />
obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho” (1 Co 9.16).<br />
• O que você tem feito para aju<strong>da</strong>r a <strong>igreja</strong> no seu desafio?<br />
• Você tem se disposto como sol<strong>da</strong>do para entrar nesta batalha?<br />
• Você tem se preparado para assumir a sua missão?<br />
(...continuação <strong>da</strong> página 35)<br />
De acordo com Atos 16.10, para passar à Macedônia é necessário: a) Estar<br />
convicto <strong>da</strong> chama<strong>da</strong> divina – “Concluindo que Deus nos havia chamado”; b)<br />
Ter objetivos bem definidos – “Para lhes anunciar o evangelho”. Por isso é<br />
importante que nos preparemos e estejamos à disposição de Deus para que Ele<br />
nos envie. “Mantenha as suas ferramentas prontas, Deus lhe indicará a sua<br />
tarefa” (Paul E. Holdcrft). Quando Deus lhe chamar, pelas infinitas formas que<br />
Ele tem, e o teu coração missionário se inquietar, passa à Macedônia.<br />
2. O CLAMOR DOS PERDIDOS – “Aju<strong>da</strong>-nos”.<br />
Cala-te por um minuto e, quem sabe, no silêncio <strong>da</strong> noite, você consiga ouvir<br />
o clamor desesperado dos que se perdem: “O que faremos, irmãos?” (At 2.37).<br />
“Que me é necessário fazer para me salvar?” (At 16.30). “Aju<strong>da</strong>-nos”.<br />
Podemos agora mesmo ouvir o clamor dos perdidos:<br />
a) Nas letras rebeldes <strong>da</strong>s suas canções;<br />
(Continua na página 50)
CADA CRENTE UM AGENTE<br />
MULTIPLICADOR<br />
Versículo Chave<br />
Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe<br />
outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco<br />
talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles<br />
(Mateus 25.20)<br />
Lição 10 - 07 de março de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar, com comprovação bíblica, que o crente foi chamado para<br />
<strong>da</strong>r fruto;<br />
• Destacar os vários meios pelos quais podemos e devemos <strong>da</strong>r fruto;<br />
• Desafiar a <strong>igreja</strong> a multiplicar-se por meio <strong>da</strong> evangelização.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (João 15.1-12) – Multiplicando discípulos<br />
Terça – (Gálatas 5.22-26) – Multiplicando o fruto<br />
Quarta – (2 Coríntios 9.6-10) – Multiplicando as ofertas<br />
Quinta – (Efésios 6.18,19) – Multiplicando as orações<br />
Sexta – (Mateus 9.37,38) – Multiplicando missionários<br />
Sábado – (Mateus 25.14-30) – Multiplicando talentos<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 224 - 440 - 466 (Harpa Cristã)<br />
MATEUS 25.14-30<br />
14 - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora<br />
<strong>da</strong> terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens,<br />
15 - e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a ca<strong>da</strong><br />
um segundo a sua capaci<strong>da</strong>de, e ausentou-se logo para longe.<br />
16 - E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com
Crescimento Bíblico - 47<br />
eles e granjeou outros cinco talentos.<br />
17 - Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.<br />
18 - Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro<br />
do seu senhor.<br />
19 - E, muito tempo depois, veio o senhor <strong>da</strong>queles servos e ajustou<br />
contas com eles.<br />
20 - Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe<br />
outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis<br />
aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.<br />
21 - E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o<br />
pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.<br />
22 - E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor,<br />
entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos.<br />
23 - Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco<br />
foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.<br />
24 - Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor,<br />
eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e<br />
ajuntas onde não espalhaste;<br />
25 - e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.<br />
26 - Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente<br />
servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei;<br />
27 - devias, então, ter <strong>da</strong>do o meu dinheiro <strong>ao</strong>s banqueiros, e, quando<br />
eu viesse, receberia o que é meu com os juros.<br />
28 - Tirai-lhe, pois, o talento e <strong>da</strong>i-o <strong>ao</strong> que tem os dez talentos.<br />
29 - Porque a qualquer que tiver será <strong>da</strong>do, e terá em abundância; mas<br />
<strong>ao</strong> que não tiver, até o que tem ser-lhe-á tirado.<br />
30 - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá pranto<br />
e ranger de dentes.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Para que vades e deis frutos.” (Jo 15.16) - Três anos foram suficientes<br />
para que Jesus concluísse o preparo especial que deu <strong>ao</strong>s discípulos.<br />
Sua intenção era que os discípulos produzissem outros discípulos<br />
semelhantes a eles mesmos. Dessa forma, o plano de salvação seria<br />
proclamado <strong>ao</strong> mundo através <strong>da</strong> multiplicação de discípulos. Mediante<br />
essa estratégia, a conquista do mundo seria apenas uma questão de tempo<br />
e <strong>da</strong> fideli<strong>da</strong>de <strong>ao</strong> seu plano. Vejamos como isto é possível:
I - CONHECENDO O MESTRE<br />
Crescimento Bíblico - 48<br />
“... conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor”. (<strong>Os</strong>.6.3) -<br />
Eles o conheceram pessoalmente, an<strong>da</strong>ram com ele, ouviram as suas palavras<br />
e viram o seu poder. Foram autorizados pelo Cristo ressurrecto a serem as<br />
suas originais testemunhas pois seguiram seus passos e o conheceram.<br />
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.(Mt.16.16). A força destas<br />
palavras indica quão significativa é a iniciativa humana na realização do<br />
plano de Deus. Pedro reconheceu ser o seu Senhor a principal “Pedra<br />
Angular”, sobre a qual todos nós somos pedras vivas na construção <strong>da</strong><br />
sua <strong>igreja</strong> (Ef. 2.20-22).<br />
1. Para <strong>da</strong>r testemunho - “E nós somos testemunhas de to<strong>da</strong>s as<br />
coisas que fez...” (At.10.39) - Sem convicção não se pode convencer a<br />
ninguém sobre qualquer fato que seja. O testemunho pessoal era<br />
imprescindível no plano de Jesus. Não foi por acaso que ele trabalhou<br />
com os 70 e destes escolheu 12, os quais foram suas testemunhas.<br />
Suas próprias vi<strong>da</strong>s eram o testemunho vivo <strong>da</strong> morte e ressurreição<br />
de Cristo e agora podiam falar do que viram sem que restasse qualquer<br />
sombra de dúvi<strong>da</strong>.<br />
2. Para <strong>da</strong>r frutos - “... vos designei para que vades e deis frutos ...”<br />
(Jo 15.16) - Na parábola <strong>da</strong> videira e seus ramos (Jo 15), vemos que o<br />
propósito <strong>da</strong> videira (Jesus Cristo) e dos ramos (os crentes) é o de produzir<br />
fruto. Esta parábola deixa bem claro que o ramo (o crente) que não produz<br />
fruto é considerado inútil para o reino e este será cortado pelo viticultor.<br />
Este é o princípio: - a reprodução <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de Cristo na personali<strong>da</strong>de<br />
humana, primeiramente em nós mesmos e então nos outros.<br />
II - FAZENDO DISCÍPULOS<br />
A grande comissão <strong>da</strong> qual os discípulos foram incumbidos por Cristo<br />
não se trata apenas dos discípulos irem até às extremi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> terra para<br />
pregar o evangelho (Mc 16.15), e, sim, “fazer discípulos”.<br />
1. Pelo exemplo - “... porque eu vos dei o exemplo...” (Jo 13.15) -<br />
Sabendo que a melhor forma de ensinar é <strong>da</strong>ndo o exemplo, Jesus<br />
providenciou para que os seus discípulos aprendessem a sua maneira de<br />
viver diante de Deus e dos homens. Além de os ensinar a orar (Lc 11.1-<br />
4), também os conduziu à oração (Mt 26.37-44); jamais abriu mão <strong>da</strong>s
Crescimento Bíblico - 49<br />
sagra<strong>da</strong>s escrituras e incentivou o seu uso constante (Mt 22.29). Não<br />
obstante, tirava vantagem de to<strong>da</strong>s as oportuni<strong>da</strong>des que surgiam e por<br />
isso mesmo seu ensino era perfeitamente realista. Seu exemplo foi marcante<br />
e incontestável e sua doutrina permanece firme até o fim.<br />
2. Pela pregação - “... e como ouvirão se não há quem pregue?”<br />
(Rm 10.14c) - A missão primordial do povo de Deus é a evangelização<br />
do mundo visando a reconciliação do homem com Deus. A reali<strong>da</strong>de do<br />
evangelho deve ser conheci<strong>da</strong> pelo exemplo e pela palavra de Deus.<br />
O que prega a palavra é o porta-voz de Deus entre os homens, como<br />
acontecia no Antigo Testamento por meio dos profetas e no Novo<br />
Testamento, por meio dos discípulos, tendo como exemplo e padrão<br />
supremo o próprio Senhor Jesus Cristo.<br />
Esta missão tem duas finali<strong>da</strong>des importantes: 1) Proclamar as boas<br />
novas <strong>ao</strong>s perdidos; 2) Apascentar os salvos, discipulando-os.<br />
III - A SERVIÇO DO REINO<br />
“... prossigo ... para o prêmio <strong>da</strong> soberana vocação...” (Fp 3.14) -<br />
Servir <strong>ao</strong> Senhor é uma maravilhosa e suprema vocação. Além disso, é<br />
importante sabermos que o mesmo salvador que nos chama, também<br />
promete nos <strong>da</strong>r forças para obtermos sucesso em seu serviço.<br />
1. Para a glória de Deus - “... longe esteja de mim gloriar-me, a não<br />
ser na cruz de Cristo.” (Gl 6.14) - O apóstolo João diz que o discípulo<br />
aprovado é aquele que não fala de si mesmo (Jo 7.18). Sua mensagem tem<br />
como critério <strong>da</strong> maior importância a proclamação <strong>da</strong> cruz., busca sempre<br />
o progresso <strong>da</strong> obra do Senhor e jamais sua glória pessoal.<br />
Nunca podemos nos esquecer do grande exemplo <strong>da</strong>do a nós pelo<br />
próprio Filho de Deus, que, tendo em si todo poder e autori<strong>da</strong>de despojouse<br />
de tudo isso e durante seu ministério terreno deixou bem claro que não<br />
buscava sua própria glória (Jo 8.50).<br />
2. Aguar<strong>da</strong>ndo a recompensa - “<strong>Os</strong> que semeiam em lágrimas<br />
segarão com alegria.” (Sl 126.5) - No mundo em que vivemos, honras e<br />
condecorações caem no esquecimento rapi<strong>da</strong>mente, porém as<br />
recompensas de Deus são coroas que não desaparecem.<br />
Conforme os ensinamentos de Paulo, Deus trará à luz os nossos atos<br />
e os proclamará aprovando-nos com louvor e recompensando-nos<br />
segundo as nossas obras (1 Co 4.3-5).
Crescimento Bíblico - 50<br />
Se desempenharmos a tarefa e nos dedicarmos a ela, ouviremos o “muito<br />
bem” de Deus (Mt 25.21) e <strong>ao</strong> final receberemos a coroa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
Já dizia Jim Elliot: “Não é nenhum tolo aquele que dá o que não pode<br />
guar<strong>da</strong>r, a fim de ganhar o que não pode perder.”<br />
CONCLUSÃO<br />
Este é o desafio. Não há necessi<strong>da</strong>de de melhores métodos, e, sim, de<br />
melhores servos. Servos que conheçam o seu Senhor mais profun<strong>da</strong>mente<br />
do que meramente por ouvir falar. Servos que estejam dispostos a na<strong>da</strong><br />
ser a fim de que ele seja tudo e seu grande plano se realize.<br />
• Você é um agente multiplicador?<br />
• O que você tem feito para multiplicar o número de salvos?<br />
• Que tipo de fruto você está <strong>da</strong>ndo?<br />
(...continuação <strong>da</strong> página 45)<br />
b) Nas suas literaturas pornográficas;<br />
c) Em suas festas mun<strong>da</strong>nas;<br />
d) Em suas mo<strong>da</strong>s censuais;<br />
e) Em suas religiões mortas.<br />
Diante deste clamor, não podemos ficar de braços cruzados. Consciente ou<br />
inconscientemente eles esperam de nós esta aju<strong>da</strong>. Sem o nosso coração missionário,<br />
sem o nosso espírito revolucionário e, sem o nosso evangelho restaurador, eles<br />
morrerão e sem nunca terem experimentado o que nós experimentamos; porque<br />
não lhe falamos de Cristo, eles gemerão: “Ai de mim que vou perecendo”. Eles<br />
nos pedem aju<strong>da</strong>, porque sabem que temos o “Pão <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>”. Tenhamos compaixão<br />
deles porque “são como ovelhas que não tem pastor”.<br />
3. O PODER DO EVANGELHO – “Anunciar o evangelho”<br />
“Existem muitas religiões, mas apenas um evangelho” – G. Owen. É este o<br />
evangelho que devemos pregar <strong>ao</strong>s povos. O apóstolo Paulo disse que o Evangelho<br />
é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Poder de Deus<br />
e não dos homens. No entanto, este poder nos foi outorgado. Paulo disse que a sua<br />
linguagem e a sua pregação “não consistiram em palavras persuasivas de<br />
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1 Co 2.4).<br />
De que adiantaria levar palavras a quem tem fome? Eles estão mortos e<br />
precisam do poder do Cristo ressurrecto.<br />
Precisamos estar convictos de que fomos chamados para anunciar as boas<br />
novas. Se somos como Tomé, não devemos ir, ou então todos morreremos com<br />
eles (Jo 11.16). Somente o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo tem subsídio<br />
e substância para que alegremente o tomemos como bagagem para, uma vez em<br />
“Macedônia”, o repartamos com abundância <strong>ao</strong>s que na<strong>da</strong> têm.<br />
Kleber Paulo Santana<br />
Ministro de Educação Cristã
DEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO<br />
SANTO<br />
Versículo Chave<br />
E, servindo eles <strong>ao</strong> Senhor e jejuando, disse o Espírito<br />
Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a<br />
que os tenho chamado<br />
(Atos 13.2)<br />
Lição 11 - 14 de março de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Provar biblicamente, que é o Espírito Santo que chama e capacita<br />
para a obra missionária;<br />
• Mostrar que o Espírito Santo nos auxilia nas boas obras, no testemunho<br />
e na pregação do evangelho;<br />
• Desafiar ca<strong>da</strong> crente a uma vi<strong>da</strong> cheia do Espírito Santo.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Atos 1.8) – Revestido de poder pelo Espírito Santo<br />
Terça – (Efésios 5.15-19) – Cheios do Espírito Santo<br />
Quarta – (João 16.13-15) – Dirigidos pelo Espírito Santo<br />
Quinta – (Atos 8.29-35) – Usados pelo Espírito Santo<br />
Sexta – (Atos 16.6) – Impelidos pelo Espírito Santo<br />
Sábado – (Atos 13.1-12) – Enviados pelo Espírito Santo<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 225 - 275 - 290 (Harpa Cristã)<br />
ATOS 13.1-12<br />
1 - Na <strong>igreja</strong> que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores,<br />
a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém,<br />
que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.<br />
2 - E, servindo eles <strong>ao</strong> Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo:<br />
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Crescimento Bíblico - 52<br />
3 - Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os<br />
despediram.<br />
4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e<br />
<strong>da</strong>li navegaram para Chipre.<br />
5 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas<br />
sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.<br />
6 - E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu,<br />
mágico, falso profeta, chamado Barjesus,<br />
7 - o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, varão prudente. Este,<br />
chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus.<br />
8 - Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta<br />
o seu nome), procurando apartar <strong>da</strong> fé o procônsul.<br />
9 - To<strong>da</strong>via, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito<br />
Santo e fixando os olhos nele, disse:<br />
10 - Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de to<strong>da</strong> a malícia, inimigo<br />
de to<strong>da</strong> a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?<br />
11 - Eis aí, pois, agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem<br />
ver o sol por algum tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas<br />
caíram sobre ele, e, an<strong>da</strong>ndo à ro<strong>da</strong>, buscava a quem o guiasse pela mão.<br />
12 - Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu,<br />
maravilhado <strong>da</strong> doutrina do Senhor.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Em que base Deus escolhe as pessoas para fazerem coisas especiais?<br />
Como se explica um pastor de ovelhas transformado em um rei?<br />
Um pregador eloqüente surgindo a partir de um pescador rude e<br />
leigo? Como poderia uma escrava vir a se tornar uma rainha?<br />
Aparentemente, para ca<strong>da</strong> evento, para ca<strong>da</strong> pessoa, apresenta-se um<br />
critério diferente, porém, a ver<strong>da</strong>de é que para ca<strong>da</strong> um de nós, seus<br />
servos fiéis, Deus tem um chamado específico.<br />
Nossa preocupação nesta lição deve ser quanto à nossa dependência<br />
do Espírito Santo em nosso.<br />
I – CHAMADO PESSOAL<br />
Sempre que Deus quis realizar algo na face <strong>da</strong> terra, se utilizou dos<br />
homens. Ao longo <strong>da</strong> história bíblica, lá estava Deus escolhendo alguém<br />
e chamando pelo nome para determina<strong>da</strong> obra. Assim ele fez com Paulo
Crescimento Bíblico - 53<br />
e Barnabé (At 13.2), no deserto disse: “Moisés, Moisés!” (Êx 3.4). Em<br />
cima do monte, especificou para Moisés quem assumiria o ofício sacerdotal<br />
em Israel (Ex 28.1). Na casa de Eli, Deus chamou a Samuel (I Sm 3.4),<br />
etc. Assim, vemos que no Reino de Deus, a voz de comando pertence a<br />
Ele especialmente no que diz respeito à nossa vi<strong>da</strong> ministerial.<br />
1. Para uma obra específica - No momento em que Paulo e Barnabé<br />
foram chamados, ficou também muito claro que a obra que deveriam<br />
fazer já havia sido determina<strong>da</strong> por Deus (V.2). Sabemos que aquele que<br />
chama é o que distribui as tarefas <strong>da</strong>ndo também a capacitação especial<br />
para o desempenho de ca<strong>da</strong> uma delas.<br />
Quando Deus chamou a Moisés, deixou bem claro para que o havia<br />
chamado (Êx 3). Assim também fez com Gideão (Jz 6.14), Samuel (I Sm<br />
2.35) e a Jeremias ain<strong>da</strong> disse: - “...antes que saísses <strong>da</strong> madre, te<br />
santifiquei e às nações te dei por profeta.” (Jr 1.5). De na<strong>da</strong> adiantaria<br />
se Jeremias quisesse, por sua própria conta, ser um sacerdote ou um rei,<br />
pois Deus o constituiu profeta.<br />
2. Para um tempo específico - Para todo propósito debaixo do céu<br />
há um tempo determinado.(Ec 3.1) - Vemos através <strong>da</strong> história de Israel<br />
um protótipo <strong>da</strong> história <strong>da</strong> redenção. Entendemos que o plano de Deus<br />
no envio de seu Filho a terra já estava traçado, porém, por meio do povo<br />
de Israel, o cenário estava sendo preparado por Deus para que seu nome<br />
se tornasse conhecido <strong>ao</strong>s homens, até que chegou o grande dia em que<br />
Jesus desceu do céu à terra enviado pelo Pai.<br />
Não seria diferente na história <strong>da</strong> <strong>igreja</strong>. Deus tem obras específicas a<br />
serem desenvolvi<strong>da</strong>s por pessoas específicas e dentro do tempo por Ele<br />
determinado. Só ele pode determinar os tempos (At 17.26).<br />
O apóstolo Paulo gastou grande parte do seu tempo perseguindo a<br />
Igreja, porém, chegou para ele o tempo determinado por Deus, em que<br />
veio a ser o “portador” <strong>da</strong> mensagem que revolucionaria o mundo.<br />
3. Com recursos específicos - Nunca podemos esquecer que na<strong>da</strong><br />
podemos fazer sem a aju<strong>da</strong> de Deus (Jo15.5). O Espírito Santo é o nosso<br />
principal recurso quando entendemos que a ver<strong>da</strong>deira obra de Deus só<br />
pode ser realiza<strong>da</strong> com sucesso através do seu poder. “Não por força,<br />
nem por violência, mas pelo meu Espírito.” (Zc 4.6)<br />
A dependência de Deus é primordial para que os resultados sejam<br />
permanentes e as vitórias sejam reais.<br />
À exemplo de Moisés que, no momento do seu chamado estava
Crescimento Bíblico - 54<br />
consciente de sua incapaci<strong>da</strong>de e disse: “Quem sou eu?” (Ex 3.11).<br />
Porém, imediatamente recebe de Deus a seguinte resposta:<br />
“Certamente, eu serei contigo.”<br />
A questão não é quem somos, mas quem estará conosco para nos<br />
conceder os recursos que precisamos.<br />
II – EM NOSSO SERVIÇO PARA DEUS<br />
<strong>Os</strong> apóstolos entendiam o que significava o serviço no reino de Deus.<br />
Não era uma ativi<strong>da</strong>de qualquer, como no mundo secular onde<br />
desempenhamos funções com os talentos naturais que possuímos. Era<br />
necessário um pré-requisito todo especial, a saber: - A dependência do<br />
Espírito Santo para trabalhar.(At 6.3)<br />
1. Diante <strong>da</strong>s obras - To<strong>da</strong> obra dentro do reino de Deus é um ofício<br />
de extrema importância quando temos a consciência de que todo o nosso<br />
trabalho deve ser para a glória de Deus. (I Co 10.31). Assim sendo, não<br />
é com a capaci<strong>da</strong>de humana que nos tornamos habilitados para o serviço<br />
<strong>da</strong> casa do Senhor, seja ele qual for. Somente pelo fruto do Espírito Santo<br />
(Gl 5.22) é que nossas obras, sendo prova<strong>da</strong>s no fogo, serão aprova<strong>da</strong>s<br />
por Deus (I Pe 1.7) e então, seremos recompensados (Ap 22.12).<br />
2. Por meio do testemunho <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de - A promessa de Jesus já foi<br />
cumpri<strong>da</strong>. A virtude do Espírito Santo já foi derrama<strong>da</strong> (At 1.8), e a<br />
finali<strong>da</strong>de dessa virtude é a de nos tornar testemunhas de Cristo na terra,<br />
pois, para isto mesmo fomos chamados.<br />
A Bíblia nos afirma que o Espírito Santo dá testemunho <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de e<br />
nos guia em to<strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de para que possamos testemunhar somente a<br />
ver<strong>da</strong>de (Jo16.13). Este é um dos ofícios do Espírito Santo, tanto para<br />
convencer o incrédulo do pecado, como também para ensinar, corrigir e<br />
guiar o crente no caminho <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de.<br />
3. No avanço do evangelho - To<strong>da</strong> obra realiza<strong>da</strong> para Deus sofrerá<br />
oposição espiritual, de forma que a dependência do Espírito Santo tornase<br />
imprescindível para o avanço do evangelho (At 13.9).<br />
Recebemos <strong>da</strong> parte de Jesus uma ordenança que está completamente<br />
fora do alcance humano (Mt 10.7,8), mas que nos mostra a forma de<br />
como pregar o evangelho. Além disso, o texto nos diz: “...de graça<br />
recebeste, de graça <strong>da</strong>í” (Mt 10.8). Mas, o que de fato recebemos de<br />
graça? Senão o poder especial para destronar qualquer ação contrária <strong>ao</strong>
Crescimento Bíblico - 55<br />
avanço do evangelho.<br />
<strong>Os</strong> discípulos deviam <strong>da</strong>r livremente o que receberam de Cristo,<br />
como o ensino e o que receberam do Espírito Santo, como o poder de<br />
Deus em ação de forma que o evangelho genuíno se expandisse por<br />
to<strong>da</strong>s as línguas, povos e raças.<br />
CONCLUSÃO<br />
Tudo começou quando Jesus chamou alguns poucos homens para que<br />
o seguissem. Seu objetivo principal foi o de alistar homens que pudessem<br />
<strong>da</strong>r testemunho de sua vi<strong>da</strong> tendo suas próprias vi<strong>da</strong>s radicalmente<br />
transforma<strong>da</strong>s. Agora, completamente dependentes do Espírito Santo,<br />
são escolhidos, chamados e comissionados para uma grande obra.<br />
Hoje, o mundo está a procura de alguém que conheça o caminho<br />
traçado por Jesus e entende a direção do Espírito Santo para sua vi<strong>da</strong>, a<br />
fim de trazer luz <strong>ao</strong>s que estão em densas trevas. Você é um candi<strong>da</strong>to?<br />
• Quem é de fato, para você, o Espírito Santo?<br />
• Você tem dedicado tempo para o serviço missionário?<br />
• Você tem contribuído para a expansão do evangelho?<br />
No<br />
próximo<br />
trimestre, estaremos<br />
estu<strong>da</strong>ndo o seguinte tema:<br />
DOUTRINAS BÍBLICAS.<br />
O objetivo é ensinar <strong>ao</strong> povo de Deus<br />
as doutrinas que, com o passar do tempo,<br />
ganharam novos significados, perdendo<br />
a sua essência. Precisamos resgatar a<br />
ver<strong>da</strong>de sobre Deus, sobre o<br />
homem, sobre os<br />
anjos, etc.
RESPONSABILIDADE PESSOAL<br />
Versículo Chave<br />
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me<br />
gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim<br />
se não anunciar o evangelho!<br />
(1 Coríntios 9.16)<br />
Lição 12 - 21 de março de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar que a responsabili<strong>da</strong>de imposta por Deus <strong>ao</strong> crente é pessoal;<br />
• Ensinar que apesar de estarmos cumprindo com uma obrigação,<br />
receberemos recompensa pelo que fizermos;<br />
• Desafiar ca<strong>da</strong> aluno a empenhar-se de acordo com esta responsabili<strong>da</strong>de<br />
pessoal.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Mateus 28.19-20) – Ide e pregai o evangelho<br />
Terça – (João 4.34-38) – Levantai os vossos olhos<br />
Quarta – (1 Coríntios 9.16-18) – Cumpra a tua obrigação<br />
Quinta – (2 Timóteo 4.1-3) – Pregue a Palavra<br />
Sexta – (Marcos 6.37) – Dai-lhes vós de comer<br />
Sábado – (1 Coríntios 9.16-23) – Faça o possível para ganhar almas<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 016 - 093 - 355 (Harpa Cristã)<br />
1 CORÍNTIOS 9.16-23<br />
16 - Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois<br />
me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!<br />
17 - E, por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má<br />
vontade, apenas uma dispensação me é confia<strong>da</strong>.<br />
18 - Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o
Crescimento Bíblico - 57<br />
evangelho de Cristo, para não abusar do meu poder no evangelho.<br />
19 - Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos, para<br />
ganhar ain<strong>da</strong> mais.<br />
20 - E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para<br />
os que estão debaixo <strong>da</strong> lei, como se estivera debaixo <strong>da</strong> lei, para ganhar<br />
os que estão debaixo <strong>da</strong> lei.<br />
21 - Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei<br />
para com Deus, mas debaixo <strong>da</strong> lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.<br />
22 - Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me<br />
tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.<br />
23 - E eu faço isso por causa do evangelho, para ser também<br />
participante dele.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Oque entendemos por responsabili<strong>da</strong>de pessoal, quando falamos<br />
do compromisso de pregar o evangelho? Indica o meu grau de<br />
comprometimento com Cristo, que me deu este dever e tenho<br />
que cumpri-lo. Nesta lição estu<strong>da</strong>remos o assunto abrangendo os<br />
seguintes aspectos:<br />
I – CUMPRO A MINHA OBRIGAÇÃO<br />
Pregar o evangelho é cumprir um man<strong>da</strong>mento divino. Segundo<br />
Mt 28.19 todos os servos de Cristo são comissionados a ir, ensinar e<br />
batizar. Minha responsabili<strong>da</strong>de com a evangelização é mais do que<br />
um desafio, e isso pode ser comprovado em vários textos bíblicos, o<br />
dever de evangelizar vai além dos sentimentos. Vejamos o que Paulo<br />
nos ensina sobre esse compromisso.<br />
l. Não há motivos para vanglória - Tudo que o homem fizer, deve<br />
manifestar a glória de Deus (Sl 34.1-3), revelando a satisfação de ser<br />
conhecido e conhecer <strong>ao</strong> Senhor; não devemos nos gloriar em na<strong>da</strong> que<br />
lhe fizermos, nem em nosso processo espiritual ou em qualquer ativi<strong>da</strong>de<br />
em favor <strong>da</strong> pregação do evangelho (Gl 6.14). Não é mérito, talento ou<br />
vontade minha, tudo é de Deus, o plano, a execução e os resultados.<br />
2. É uma responsabili<strong>da</strong>de imposta por Deus - A experiência de<br />
Paulo no decorrer de sua vi<strong>da</strong> e especialmente no acontecimento do
Crescimento Bíblico - 58<br />
caminho de Damasco, foi decisiva para seu envolvimento na obra de<br />
evangelização. Houve uma determinante quanto <strong>ao</strong> futuro de Paulo,<br />
tornou-se um vaso escolhido para levar as boas novas <strong>da</strong> salvação <strong>ao</strong>s<br />
gentios, <strong>ao</strong>s reis e <strong>ao</strong>s filhos de Israel (At 9.15). O comissionamento vem<br />
do Senhor, é obra de Deus inspira<strong>da</strong> pelo Espírito Santo.<br />
3. Haverá juízo para quem não pregar - <strong>Os</strong> homens reagem de forma<br />
diversa, favorável ou não à vontade de Deus, e os juízos são determinados<br />
de acordo com ca<strong>da</strong> uma dessas atitudes. O juízo se agrava pela consciência<br />
do dever não cumprido. Podemos constatar esta ver<strong>da</strong>de em Ez 33.7-11,<br />
fomos constituídos atalaias com a missão específica de avisar <strong>ao</strong> pecador<br />
do seu erro para que não morra, e seu sangue não seja cobrado de nós.<br />
II – O SENHOR PROMETE RECOMPENSA<br />
Na seara do Senhor, tanto o que planta quanto o que rega, receberá a<br />
recompensa segundo o seu trabalho (I Co 3.8). Jesus falando <strong>ao</strong>s discípulos<br />
em (Mt 10.41-42), lhes ensinou que até um copo de água servido a um<br />
necessitado, será recompensado. O texto é claro em dizer que todos serão<br />
recompensados segundo suas obras (Mt 16.27). “Não é tolo aquele que dá<br />
aquilo que não pode reter, a fim de ganhar aquilo que não pode perder”<br />
(James Elliott, missionário evangélico martirizado por índios no Equador).<br />
1. Ao que fizer de bom grado - A exemplo de Cristo, assim como Ele<br />
se dispôs a abrir mão do céu para vir a terra, ser o maior missionário de<br />
todos os tempos, fazendo cumprir a vontade do Pai, devemos nós muito<br />
mais, anunciar o evangelho voluntariamente. Se a lei do Senhor está arraiga<strong>da</strong><br />
em nosso coração, nos deleitamos em fazer a vontade de Deus por amor. O<br />
comprometimento com Cristo faz com que sintamos prazer em servi-lo e<br />
assim estaremos prestando o melhor culto e serviço a Deus (Hb 10.9).<br />
2. Ao que fizer pela graça - A graça de Deus se revelou <strong>ao</strong> homem na<br />
pessoa de Cristo, em to<strong>da</strong> a sua trajetória do Edem até hoje, Deus tem exercido<br />
e demonstrado sua graça para conosco. Ef 1.7, diz que temos a redenção<br />
pela riqueza de sua graça. Paulo considera a graça de Deus suficiente, e não<br />
tira proveito <strong>da</strong> <strong>igreja</strong> como fazem muitos hoje, enriquecendo às custas do<br />
evangelho. Somos ensinados a <strong>da</strong>r, do mesmo modo que recebemos. “de<br />
graça recebestes, de graça <strong>da</strong>í”. E em At 8.20 Pedro diz que “o dom de<br />
Deus não se alcança por dinheiro”. Sejamos diligentes para pregar a graça<br />
que imereci<strong>da</strong>mente nos alcançou e superabundou.
Crescimento Bíblico - 59<br />
3. Ao que não abusar do poder do evangelho - A pregação <strong>da</strong> palavra<br />
deve estar isenta de interesses pessoais, não visando benefícios próprios,<br />
mas o bem comum para que o próximo seja salvo (I Co 10.33). Devemos<br />
estar atentos para não usar o poder do evangelho em nosso nome. II Co<br />
4.5) deixa claro que somos apenas servos de Cristo, que to<strong>da</strong> a mensagem,<br />
honra e glória pertencem a Ele. Todos temos a responsabili<strong>da</strong>de, ou melhor,<br />
o dever de pregar a palavra, porém, nunca devemos chamar esta honra<br />
para nós, afinal não fomos crucificados por amor a ninguém.<br />
III – POSSO USAR DE TODOS OS<br />
MÉTODOS TRANSCULTURAIS<br />
Todos os meios podem ser usados para que a confiança do público<br />
alvo seja alcança<strong>da</strong>. A pregação do evangelho exige renuncias e Paulo<br />
nos diz no Vs. 19 que renunciou seus direitos em respeito às convicções<br />
dos outros, com isso expandiu seu ministério e não embaraçou o<br />
evangelho. O missionário deve estar disposto a conformar-se com os<br />
padrões culturais e sociais de seus ouvintes e suas convicções, para poder<br />
alcança-los, desde que não viole os princípios cristãos.<br />
1. Em relação à cultura - Conquistar almas para Deus era o objetivo<br />
de Paulo, e para isto não media esforços, submetendo-se a ser como judeu,<br />
para alcançá-los; aceitou seus ritos para melhor entendê-los. Aos que viviam<br />
debaixo <strong>da</strong> lei, não os julgou, pois tinha interesse neles também (Rm 9.1-<br />
5). Submeter-se <strong>ao</strong>s rituais do povo, sem comprometer a mensagem<br />
ver<strong>da</strong>deira, foi uma estratégia de trabalho usa<strong>da</strong> por Paulo para alcançar<br />
seu objetivo (At 21.24). Quando questionado sobre assuntos polêmicos,<br />
Paulo deixa claro que em respeito às convicções de outros irmãos e por<br />
amor a estes, devemos limitar nossa liber<strong>da</strong>de a fim de não enfraquecê-los.<br />
Exercitando o amor <strong>ao</strong> próximo abriremos mão de convicções pessoais, e<br />
recusaremos o que possa fazer alguém tropeçar. Por pequenas coisas não<br />
devemos destruir alguém por quem Cristo morreu.<br />
2. Em relação à força e a fraqueza - Cristo nos deu ensinamentos<br />
sobre este item, quanto a suportar as fraquezas dos fracos apesar de sermos<br />
fortes (Rm 15.1). Se for para o bem espiritual <strong>da</strong>queles a quem pregamos,<br />
façamos todo o empenho para agra<strong>da</strong>r-lhes. Sendo fortes, por amor nos<br />
tornamos fracos; Paulo não necessitava passar por tantas lutas, porém<br />
visando cumprir o seu ministério, submeteu-se a prisões, açoites, trabalho<br />
árduo, perigo de morte, apedrejamento, naufrágio, etc., porém, estava
Crescimento Bíblico - 60<br />
visando agra<strong>da</strong>r a Deus e não a si próprio. Aquele que se envolve na obra<br />
por amor, sente todos os sintomas <strong>da</strong>quele que está fraco (II Co 11.29),<br />
podemos chamar a isso empatia, ou seja, colocar-se na posição do outro,<br />
essa foi a atitude de Cristo, que não tendo nenhum pecado, se fez pecado<br />
por nós.<br />
3. Servir a todos no meio de todos - Paulo procurava agra<strong>da</strong>r a<br />
todos, tanto judeus como gregos, e <strong>ao</strong>s irmãos <strong>da</strong> fé, sendo seu exemplo<br />
valiosíssimo para nós, que temos por hábito buscar sempre nosso bem<br />
estar, em detrimento do conforto do irmão. Nós que somos objeto do<br />
amor de Deus e fomos atingidos por ele, temos obrigação de expandir<br />
esse amor , perdão e aju<strong>da</strong>, mesmo que nos custe um alto preço. Quanto<br />
mais nos dermos em amor, tanto mais receberemos, pois, o amor de Cristo<br />
se aperfeiçoa em nós (I Jo 4.12).<br />
CONCLUSÃO<br />
Esta lição veio confrontar-nos com o papel individual de ca<strong>da</strong> servo<br />
do Senhor na evangelização do mundo, e nos despertar para o fato de<br />
que o comprometimento é pessoal, não podendo atribuir a terceiros a<br />
responsabili<strong>da</strong>de.<br />
• Você tem cumprido a sua obrigação no que se refere a evangelização?<br />
• Você sabia que todos nós somos responsáveis por missões?<br />
• Que tipo de recompensa você espera de Deus pela sua participação em<br />
missões?<br />
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(Claudio)
RECAPITULAÇÃO<br />
Versículo Chave<br />
Portanto, ide, ensinai to<strong>da</strong>s as nações, batizando-as em<br />
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo<br />
(Mateus 28.19)<br />
Lição 13 - 28 de março de 2004<br />
Objetivos <strong>da</strong> Lição<br />
• Mostrar a terrível situação dos que morreram sem Cristo;<br />
• Comprovar, bíblicamente, a reali<strong>da</strong>de deste fato;<br />
• Desafiar a <strong>igreja</strong> à uma toma<strong>da</strong> de posição diante desta situação.<br />
Culto Familiar<br />
Segun<strong>da</strong> – (Lucas 16.19-31) – Clamor do inferno<br />
Terça – (Isaías 6.1-13) – Clamor do céu<br />
Quarta – (Marcos 6.34-42) – Paixão pelas almas<br />
Quinta – (Filipenses 4.10-19) – Um mantenedor<br />
Sexta – (Lucas 15.1-10) – Um missionário<br />
Sábado – (Mateus 28.16-20) – Um fazedor de discípulos<br />
SUGESTÃO DE HINOS - 065 -220- 515 (Harpa Cristã)<br />
MATEUS 28.16-20<br />
16 - E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que<br />
Jesus lhes tinha designado.<br />
17 - E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvi<strong>da</strong>ram.<br />
18 - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me <strong>da</strong>do todo o<br />
poder no céu e na terra.
Crescimento Bíblico - 62<br />
19 - Portanto, ide, ensinai to<strong>da</strong>s as nações, batizando-as em nome do<br />
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;<br />
20 - ensinando-as a guar<strong>da</strong>r to<strong>da</strong>s as coisas que eu vos tenho<br />
man<strong>da</strong>do; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação<br />
dos <strong>século</strong>s. Amém!<br />
INTRODUÇÃO<br />
Oobjetivo desta lição é fixar as ver<strong>da</strong>des estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s no trimestre.<br />
Nosso desejo é nos confrontar com a reali<strong>da</strong>de de um mundo<br />
sem Deus e o que podemos fazer diante desta reali<strong>da</strong>de.<br />
I – PRECISAMOS OUVIR O CLAMOR<br />
1. Do inferno (Lc 16.19-31) - Um clamor pessoal por misericórdia.<br />
O homem no Hades pede clemência. Solicita compaixão. Seus rogos<br />
são inúteis. Clama por alívio. O destino do homem é traçado nesta vi<strong>da</strong>.<br />
Diante do clamor pessoal do homem perdido é-lhe mostrado que o<br />
destino eterno do homem é traçado enquanto em vi<strong>da</strong>. Vivo, o homem<br />
pode ser alcançado pela misericórdia divina. Uma vez morto segue-se<br />
o juízo, restando tão somente a aplicação <strong>da</strong> pena.<br />
2. Da terra (At 16.6-10) - O clamor <strong>da</strong> terra só fará algum sentido para<br />
nós se conhecermos a situação espiritual <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de. A Bíblia diz que<br />
“o mundo jaz no maligno”. A conseqüência dessa ver<strong>da</strong>de é que a<br />
humani<strong>da</strong>de vive sob constante influência do mal, o que gera escravidão e<br />
morte espiritual. Estão escravizados no pecado; estão afastados <strong>da</strong> presença<br />
de Deus; Necessitam de liber<strong>da</strong>de; necessitam de reconciliação com Deus.<br />
3. Do céu (Is 6.1-13) - Deus busca alguém a quem possa enviar. A quem<br />
enviarei? Significa dizer que não se pode enviar qualquer um. E quem há de<br />
ir por nós? Fala de um representante legal. A voz profética fala o que Deus<br />
falou: “Então, disse ele: vai e dize...” A voz profética tem destino certo:<br />
“vai e dize a este povo” - A palavra profética tem um destinatário: o povo.<br />
II – PRECISAMOS RESPONDER A ESTE CLAMOR<br />
1. Tendo compaixão <strong>da</strong>s almas (Mc 6.34-42) - Jesus viu pessoas em terrível<br />
estado de inimizade para com Deus, no entanto, não julgou e nem condenou,<br />
apenas compadeceu. Somente com este sentimento podemos ganhar almas.<br />
2. Priorizando o Reino de Deus (Lc 12.13-15; 22-31) - A vontade de<br />
Deus é que todos os homens sejam salvos. Será impossível <strong>da</strong>rmos um<br />
passo em direção às nações senão conseguirmos, antes, nos desprendermos<br />
dos bens materiais. Não viva para trabalhar, ajuntar ou enriquecer, mas<br />
trabalhe para viver, dividir e abençoar (Pv 11.24). Trabalhe pensando em
Crescimento Bíblico - 63<br />
cumprir a grande comissão. A quem sirvais a Deus ou às riquezas? (Lc<br />
16.13) Jesus é o nosso melhor exemplo de abnegação!<br />
3. Tornando-se um doador <strong>da</strong> graça (Lc 10.25-37) - Atentando para<br />
a necessi<strong>da</strong>de do próximo - Muitas vezes não queremos enxergar a<br />
necessi<strong>da</strong>de de quem está à nossa volta. Mendigos, prostitutas, bêbados,<br />
meninos de rua e tantos outros, são pessoas indesejáveis para nós;<br />
desconsideramos a existência delas e fechamos nossos olhos diante de<br />
suas necessi<strong>da</strong>des. No entanto, essas são pessoas extremamente desejáveis<br />
para Deus. Devemos socorrê-las em suas aflições. Diante <strong>da</strong> percepção<br />
<strong>da</strong>s aflições do próximo, temos que lhe prestar socorro, atando as feri<strong>da</strong>s,<br />
<strong>da</strong>ndo alimento, prestando o auxílio de que precisa.<br />
4. Suprindo a obra missionária (Fp 4.10-19) - As cartas que recebemos<br />
dos missionários, que um dia enviamos, nos contam <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des enfrenta<strong>da</strong>s<br />
no seu dia-a-dia. São aflições provenientes <strong>da</strong> escassez, estando em um país<br />
estranho, trabalhando pela causa do evangelho, longe de parentes e amigos que<br />
poderiam no momento <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des financeiras, socorre-los. É uma atitude<br />
egoísta, <strong>da</strong> nossa parte, deixar que padeçam por falta de recursos para remédios,<br />
alimentação adequa<strong>da</strong>, e o mínimo de conforto. É bom lembrar neste momento<br />
que: “assim ordenou também o Senhor <strong>ao</strong>s que anunciam o evangelho,<br />
que vivam do evangelho” (1 Co 9.14). Reflita bem: “Qual o sol<strong>da</strong>do no<br />
exército que tem de pagar suas próprias despesas?” (1 Co 9.7a, BLH).<br />
5. Tornando-se um intercessor - (MT 9.35-38; Cl 4.2-6) - Há uma grande<br />
obra a ser realiza<strong>da</strong>. O crente intercessor não pode pensar e nem agir com<br />
increduli<strong>da</strong>de. Precisa saber que a obra é extensa demais e, <strong>ao</strong>s nossos olhos,<br />
impossível de ser realiza<strong>da</strong>. No entanto, o Senhor <strong>da</strong> obra é poderoso para<br />
através <strong>da</strong> Igreja, salvar o mundo inteiro. Antes de ajoelhar-se em fervente<br />
oração, tome consciência de que estás fazendo uma grande obra (Ne. 6.3).<br />
III – PRECISAMOS AGIR EM PROL DESTE CLAMOR<br />
1. Superando as dificul<strong>da</strong>des (Lc 15.1-7) – Devemos abandonar o<br />
comodismo. Na<strong>da</strong> melhor para superar o comodismo do que enxergar a<br />
reali<strong>da</strong>de. Enquanto estamos confortavelmente sentados no banco <strong>da</strong> <strong>igreja</strong>,<br />
milhões de pessoas morrem sem Jesus. Ain<strong>da</strong> existem países na Europa<br />
Central com menos de 1% de cristãos evangélicos, como: Eslováquia,<br />
Bósnia, República Checa, Albânia, Kosovo e Áustria. Sem falar nos mais<br />
próximos, como vizinhos e amigos que morreram sem Cristo. É preciso<br />
que ca<strong>da</strong> crente esteja consciente <strong>da</strong> urgência em se deixar o comodismo, e<br />
fazer sua a afirmação de Paulo: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e<br />
me deixarei gastar pelas vossas almas” (2 Co 12.15).
Crescimento Bíblico - 64<br />
2. Tornando-se um agente multiplicador (MT. 25.14-30) - Na parábola<br />
<strong>da</strong> videira (Jo 15), vemos que o propósito de Jesus Cristo e dos crentes é o de<br />
produzir fruto. Esta parábola deixa bem claro que o crente que não produz<br />
fruto é considerado inútil para o reino e este será cortado pelo viticultor.<br />
3. Vivendo na dependência do Espírito Santo (At 13.1-12) - Sempre<br />
que Deus quis realizar algo na face <strong>da</strong> terra, se utilizou dos homens. Sabemos<br />
que aquele que chama é o que distribui as tarefas <strong>da</strong>ndo também a<br />
capacitação especial para o desempenho de ca<strong>da</strong> uma delas. Nunca podemos<br />
esquecer que na<strong>da</strong> podemos fazer sem a aju<strong>da</strong> de Deus (Jo15.5). O Espírito<br />
Santo é o nosso principal recurso quando entendemos que a ver<strong>da</strong>deira<br />
obra de Deus só pode ser realiza<strong>da</strong> com sucesso através do seu poder.<br />
“Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6).<br />
4. Assumindo a responsabili<strong>da</strong>de individualmente (I Co 9.16-23)<br />
- Pregar o evangelho é cumprir o man<strong>da</strong>mento divino. Segundo Mt 28.19<br />
todos os servos de Cristo são comissionados a ir, ensinar e batizar. Minha<br />
responsabili<strong>da</strong>de com a evangelização é mais do que um desafio, e isso<br />
pode ser comprovado em vários textos bíblicos, o dever de evangelizar<br />
vai além dos sentimentos. O comissionamento vem do Senhor, é obra de<br />
Deus inspira<strong>da</strong> pelo Espírito Santo.<br />
CONCLUSÃO<br />
Concluímos estas lições reanimando ca<strong>da</strong> irmão a abraçar esta causa e<br />
levar à sério a grande comissão <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Senhor Jesus. Que haja uma<br />
atitude de resposta positiva, diante do clamor em todos os lugares e de<br />
to<strong>da</strong>s as formas. Este é o maior desafio <strong>da</strong> Igreja <strong>frente</strong> <strong>ao</strong> <strong>século</strong> <strong>XXI</strong>.<br />
Segue o questionário <strong>da</strong>s lições estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s no trimestre:<br />
I – Qual foi o pedido do rico a Abraão? (Lição 01)<br />
II – Explique com suas próprias palavras a condição do homem: a)<br />
Escravizado no pecado; Afastado <strong>da</strong> presença de Deus. (Lição 02)<br />
III – Se Deus não pode enviar a qualquer um, a quem Ele pode enviar?<br />
(Lição 03)<br />
IV – O que significa ter compaixão pelas almas? (Lição 04)<br />
V – Porque Jesus mandou os discípulos providenciarem pão para a multidão,<br />
sabendo que era uma façanha impossível naquelas circunstâncias? (Lição 04)<br />
VI – O que é priorizar o Reino de Deus? (Lição 05)
GLOSSÁRIO<br />
ALENTO = Coragem; ânimo; força.<br />
ARRAIGADO = Enraizado.<br />
EMBRENHAR = Esconder (nas brenhas, no mato).<br />
Crescimento Bíblico - 65<br />
VII – O que significa ser um doador <strong>da</strong> graça? Explique ca<strong>da</strong> ponto <strong>da</strong><br />
lição. (Lição 06)<br />
VIII – O que é um mantenedor <strong>da</strong> obra missionária? (Lição 07)<br />
IX – Qual foi a ordem do Senhor em relação <strong>ao</strong>s pregadores do evangelho?<br />
(1 Co 9.14) (Lição 07)<br />
X – Mencione os quatro subtópicos que mostram a necessi<strong>da</strong>de de<br />
intercessores. (Lição 08)<br />
XI – Mencione as quali<strong>da</strong>des do intercessor. (Lição 09)<br />
XII – Do que necessitamos para sermos um missionário? (Lição 10)<br />
XIII – De acordo com João 15, o que é um crente multiplicador? (Lição 11)<br />
XIV – Discuta a chama<strong>da</strong> pessoal de Abraão, de Moisés, de Paulo. (Lição 12)<br />
XV – De acordo com Ez. 33.7-11, o que receberemos de Deus, se<br />
deixarmos de pregar o evangelho? (Lição 13)<br />
EMPATIA = Tendência para sentir o que sentiria caso se estivesse<br />
na situação e circunstâncias experimenta<strong>da</strong>s por outra pessoa.<br />
INDEFERIR = Desatender; despachar desfavoravelmente.<br />
MORIBUNDO = Que está morrendo; que vai acabar; desfalecido.<br />
PRESTEZA = Ligeireza, prontidão; rapidez, agili<strong>da</strong>de.<br />
PROTÓTIPO = Primeiro tipo ou exemplar; original, modelo.<br />
SUBJETIVO = Relativo a sujeito; existente no sujeito; individual.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO<br />
CRISTÃ<br />
PÁGINA PÁGINA DO DO PROFESSOR<br />
PROFESSOR<br />
COMO GANHAR ALMAS<br />
“Tem cui<strong>da</strong>do de ti mesmo e <strong>da</strong> doutrina; persevera<br />
nestas coisas...” (1 Tm 4.16)<br />
O texto acima contém uma admoestação que faz referência <strong>ao</strong> assunto,<br />
à ordem e à maneira de se pregar:<br />
1. Quem prega deve saber que os homens são agentes morais: racionais<br />
e responsáveis;<br />
2. Estão em rebelião contra Deus, totalmente indispostos, inteiramente<br />
tomados de preconceitos, e comprometidos contra Deus;<br />
3. Estão entregues à auto-satisfação como objetivo de sua vi<strong>da</strong>. Esse<br />
estado é a depravação moral, ou seja, a fome do pecado dentro de si<br />
mesmos. Precisa de uma transformação moral radical;<br />
4. Deus é infinitamente benfazejo, e os pecadores incrédulos são<br />
egoístas e radicalmente opostos a Deus;<br />
5. Essa inimizade é voluntária, e só pode ser venci<strong>da</strong> através do ensino<br />
do Espírito Santo;<br />
6. O evangelho serve a esse fim, e quando é sabiamente apresentado,<br />
podemos esperar confia<strong>da</strong>mente a cooperação do Espírito Santo. Isso está<br />
explícito na ordem de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de to<strong>da</strong>s as nações;<br />
...e eis que estou convosco todos os dias até à consumação do <strong>século</strong>”;<br />
7. Se não tivermos sabedoria, se formos incoerentes e antifilosóficos e<br />
se não seguirmos uma ordem natural na apresentação do evangelho, não<br />
temos direito de esperar pela cooperação divina;<br />
8. <strong>Os</strong> pecadores devem ser convencidos <strong>da</strong> sua inimizade. Não<br />
conhecem a Deus, e por conseguinte ignoram muitas vezes a oposição<br />
do seu próprio coração contra ele;<br />
9. Todos os homens sabem que cometeram pecado, porém nem todos<br />
estão convictos, nem <strong>da</strong> culpabili<strong>da</strong>de, nem <strong>da</strong>s más conseqüências que o<br />
pecado merece. Quase sempre não sentem o fardo do pecado nem os
horrores e terrores do remorso; não têm senso de condenação nem de<br />
estarem perdidos;<br />
10. Sem convicção, porém, não podem entender nem apreciar a<br />
salvação do evangelho. Ninguém pode inteligentemente e de coração,<br />
pedir ou aceitar perdão enquanto não percebe como é real e justa a sua<br />
condenação. O evangelho deixa de ser uma boa-nova para o pecador<br />
indiferente e sem convicção de pecado;<br />
11. Esmagado até à contrição pelo poder convincente <strong>da</strong> lei, a revelação<br />
do amor de Deus manifestado na morte de Cristo há de gerar no pecador<br />
o sentimento de desgosto de si próprio e aquela tristeza segundo Deus,<br />
que a ninguém traz pesar;<br />
12. O pregador deverá dirigir a ver<strong>da</strong>de às pessoas presentes, aplicandoa<br />
de modo tão pessoal que ca<strong>da</strong> uma sinta que a mensagem é para ela. É<br />
como se tem dito muitas vezes de certo pregador: “Ele não prega, ele<br />
explica o que outros pregam, e parece que fala diretamente a mim”;<br />
13. Não devemos pensar que basta a pie<strong>da</strong>de sincera para nos <strong>da</strong>r<br />
êxito em ganhar almas. Há de haver sabedoria também bom senso,<br />
sabedoria espiritual para a<strong>da</strong>ptar os meios <strong>ao</strong> fim. Assunto, maneira, ordem,<br />
tempo e lugar, todos precisam ser sabiamente ajustados <strong>ao</strong> fim que temos<br />
em vista;<br />
14. Para sermos bem sucedidos em ganhar almas, precisamos ser<br />
observadores, estu<strong>da</strong>r o caráter <strong>da</strong>s pessoas, aplicar os fatos <strong>da</strong> experiência,<br />
<strong>da</strong> observação e <strong>da</strong> revelação às consciências de to<strong>da</strong>s as classes;<br />
15. É muito importante que sejam explicados os termos empregados:<br />
Arrependimento, fé, regeneração, conversão, etc;<br />
16. É importante assegurar-lhe que “Deus nos deu a vi<strong>da</strong> eterna, e<br />
essa vi<strong>da</strong> está no seu Filho”; que Cristo nos foi feito sabedoria, justiça,<br />
santificação e redenção; e que, do princípio <strong>ao</strong> fim, ele achará to<strong>da</strong> a sua<br />
salvação em Cristo.<br />
Até o próximo trimestre<br />
Kleber Paulo Santana<br />
(Ministro de Educação Cristã)
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ<br />
ESCOLA DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA - EETAD<br />
NÚCLEO 826<br />
Local Dia Horário<br />
Sede<br />
Valparaízo<br />
Jardim Novo Oriente<br />
Congregação Q-13<br />
St. do Gama<br />
Pedregal<br />
Cristalina<br />
Sábado<br />
Segun<strong>da</strong>-feira<br />
Segun<strong>da</strong>-feira<br />
Segun<strong>da</strong>-feira<br />
Quinta-feira<br />
Quinta-feira<br />
Sábado<br />
(Matrículas Abertas)<br />
18:00 às 21:00 h<br />
19:30 às 22:00 h<br />
19:30 às 22:00 h<br />
19:30 às 22:00 h<br />
19:30 às 22:00 h<br />
19:30 às 22:00 h<br />
19:30 às 22:00 h<br />
Biblioteca Areópago<br />
Para quem deseja fazer pesquisas ou ler um bom livro<br />
Escola Bíblica Dominical<br />
Informações Informações Gerais<br />
Gerais<br />
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○<br />
Uma grande benção <strong>ao</strong> alcance de todos<br />
Horário: 09:00 às 11:00 h<br />
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○<br />
○<br />
Discipulado 1<br />
Discipulado 2<br />
To<strong>da</strong> quinta-feira, <strong>da</strong>s 20:00 às 21:30 h<br />
CULTOS PRINCIPAIS NO TEMPLO SEDE<br />
Aos Sábados - 19:30 às 21:30 h (Departamentos)<br />
Aos Domingos - 18:30 às 20:30<br />
Ensino Bíblico<br />
Terças e Quartas - 20:00 às 21:30<br />
Oração<br />
Segun<strong>da</strong> a Sexta-feira - 06:30 às 07:30 h<br />
Sexta-feira - 20:00 às 21:30 h