OS GRANDES DESAFIOS DA IGREJA.p65 - ADGO
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Apr Apresent Apr esent esentação esent ação<br />
O mundo está em constante evolução, logo a sociedade sofre<br />
grandes mudanças em todos os sentidos. A Igreja está no mundo,<br />
apesar de não lhe pertencer, mas é inserida no contexto, de<br />
maneira que surge, a cada dia, a necessidade de rever seus<br />
conceitos e apresentar alternativas para os grandes conflitos<br />
mundiais. Também precisa impor um novo sistema que diferencie<br />
o cristão do pagão; o justo do injusto, a luz das trevas, a<br />
verdade da mentira. Daí a importância do tema para este<br />
trimestre: “Os Os g ggrandes<br />
gg<br />
andes desaf desafios desaf ios da da Ig Ig Igreja Ig Ig eja eja”. eja<br />
As lições abordarão assuntos de relevância, voltados para<br />
missões, comportamento, relacionamento com Deus, família e<br />
ministério. Desta forma, esperamos conscientizar cada cristão<br />
para uma tomada de posição diante deste mundo conturbado.<br />
O Senhor se dignará em abençoar o seu povo, com as mais<br />
ricas bênçãos espirituais nas regiões celestiais. Ele mesmo<br />
renovará e fortalecerá todos os que de boa vontade se dedicarem<br />
ao aprendizado por meio da nossa revista bíblica dominical:<br />
“Crescimento Bíblico”. Desta maneira poderemos vencer os<br />
grandes desafios que estão postos como enormes obstáculos para<br />
os filhos de Deus “para que, agora, pela igreja, a multiforme<br />
sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades<br />
nos céus” (Ef 3.10).<br />
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
<strong>OS</strong> <strong>GRANDES</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong><br />
“Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos<br />
principados e potestades nos céus” (Efésios 3.10)<br />
LIÇÃO 01 -<br />
LIÇÃO 02 -<br />
LIÇÃO 03 -<br />
LIÇÃO 04 -<br />
LIÇÃO 05 -<br />
LIÇÃO 06 -<br />
LIÇÃO 07 -<br />
LIÇÃO 08 -<br />
LIÇÃO 09 -<br />
LIÇÃO 10 -<br />
LIÇÃO 11 -<br />
LIÇÃO 12 -<br />
LIÇÃO 13 -<br />
SUMÁRIO<br />
Cumprindo as bem-aventuranças<br />
Comprometendo-se com missões: “Há fome na terra!”<br />
Respondendo a chamada do Senhor<br />
Provendo as necessidades pessoais dos missionários<br />
Tornando-se fiel mantenedor<br />
Ajudando na expansão do reino de Deus<br />
Combatendo a decadência moral<br />
Combatendo as potestades do mal<br />
Proclamando a justiça<br />
Restaurando as famílias<br />
Defendendo a verdade<br />
Preparando a nova geração<br />
Resumo das lições (Recapitulação)<br />
COMENTÁRIO<br />
Marisol A. de Castro Carvalho (Prof. Pré-adolescentes)<br />
Jaques Gonçalves e Sirlene Gonçalves (Missionários)<br />
Raquel Braga de Assis (Profess. Infanto-Juvenil)<br />
Luciano da Silva Menezes (Equipe de Missões)<br />
Edmar Barros e Adriana Barros (Missionários)<br />
Elaine José Alves (Coord. do CENAT)<br />
Sônia Maria Mendes (Missionária)<br />
Fábio José Rocha (Missionário)<br />
EDITORAÇÃO<br />
Kleber Paulo Santana<br />
REVISÃO ORTOGRÁFICA<br />
Antônia B. Costa Carvalho<br />
Danusa Garcia Alves<br />
SUPERVISÃO<br />
Natanael Nogueira de Sousa<br />
Pastor Presidente<br />
BÍBLIA<br />
Edição Revista e Corrigida<br />
WWW.<strong>ADGO</strong>.COM.BR<br />
Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor<br />
Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF
CUMPRINDO AS<br />
BEM-AVENTURANÇAS<br />
Versículo Chave<br />
“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e<br />
nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor<br />
da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito”<br />
Tiago 1.25<br />
Lição 01 - 01 de abril de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Interpretar as Palavras do Senhor, mostrando sua aplicação prática<br />
para o cristão;<br />
• Mostrar a necessidade de que a Igreja viva de acordo com este ensino,<br />
a fim de influenciar o mundo;<br />
• Destacar os principais ensinos do texto.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Salmo 32.1) – Bem-aventurados os perdoados<br />
Terça – (Salmo 40.4) – Bem-aventurados os que confiam no Senhor<br />
Quarta – (Salmo 128.1) – Bem-aventurados os que temem ao Senhor<br />
Quinta – (Mateus 24.46) – Bem-aventurados os servos<br />
Sexta – (Apocalipse 1.3) – Bem-aventurados os que lêem e ouvem a Palavra<br />
Sábado – (Mateus 5.1-12) – Bem-aventurados os que seguem a Cristo<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 046 - 232 - 469 (Harpa Cristã)<br />
Mateus 5.1-12<br />
1 - Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se,<br />
aproximaram-se dele os seus discípulos;<br />
2 - e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:<br />
3 - Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;<br />
4 - bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 4<br />
5 - bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;<br />
6 - bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles<br />
serão fartos;<br />
7 - bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão<br />
misericórdia;<br />
8 - bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;<br />
9 - bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados<br />
filhos de Deus;<br />
10 - bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,<br />
porque deles é o Reino dos céus;<br />
11 - bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e,<br />
mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.<br />
12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus;<br />
porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Um dos grandes desafios da Igreja é o cumprimento das bemaventuranças,<br />
ensinadas por Jesus Cristo, pois é pela sua prática<br />
que os cristãos farão valer a diferença entre os que servem a Deus e<br />
os que não o servem, entre a luz e as trevas.<br />
I – ELAS CORRESPONDEM AO ENSINO DE JESUS<br />
NO MONTE – (VV 1,2)<br />
O Sermão do Monte está entre os ensinos de Jesus mais conhecidos,<br />
porém, o menos compreendido e pouco obedecido.<br />
Apesar de o texto básico abranger apenas os doze primeiros versículos<br />
do capítulo cinco, queremos discorrer abreviadamente sobre o sermão até o<br />
capítulo 7.29, para que tenhamos uma visão mais ampla do significado das<br />
bem-aventuranças.<br />
1. O público alvo dos ensinos de Jesus no monte – “Jesus, vendo a<br />
multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele<br />
os seus discípulos” – O Mestre se dirige aos seus seguidores, pois quer<br />
que eles sejam e façam o que ensina. Na sua doutrina está contido o dever<br />
do arrependimento, da transformação mental e da retidão, elementos<br />
essenciais do Reino de Deus.<br />
Muitos estudiosos das Escrituras relacionam este acontecimento com o que<br />
ocorreu no Monte Sinai. Sendo assim, o texto chave é: “Não vos assemelheis,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 5<br />
pois, a eles” (Mt 6.8), que nos faz lembrar de Lv 18.3: “Não fareis segundo<br />
as obras da terra do Egito”. Da mesma forma como a lei de Moisés traçava<br />
um contraste entre o povo de Deus e as nações pagãs, assim, o sermão do<br />
monte contrasta o comportamento do cristão com o do não cristão.<br />
2. A importância dos ensinos de Jesus no monte – “... e, abrindo a<br />
boca, os ensinava, dizendo:” – A relevância dos ensinos de Jesus no monte<br />
para a vida moderna, pode ser notada quando analisamos o seu conteúdo:<br />
• O caráter cristão (Mt 5.3-12) – Mostra-nos que a felicidade do cristão<br />
é em decorrência da prática destes ensinos em relação a Deus e aos homens;<br />
• A influência do cristão (Mt 5.13-16) – Pela comparação com o sal e<br />
a luz podemos entender que o cristão deve exercer forte influência sobre a<br />
sociedade corrompida;<br />
• A justiça do cristão (Mt 5.17-48) – A grandeza do reino de Deus se<br />
mede pela conformidade com os ensinamentos morais da Lei e dos profetas,<br />
os quais Jesus veio cumprir;<br />
• A piedade do cristão (Mt 6.1-18) – Esta deve sobressair pela verdade<br />
e sinceridade dos filhos de Deus;<br />
• A ambição do cristão (Mt 6.19-34) – A nossa nova ambição deve ser<br />
buscar a glória de Deus, despojando-nos da nossa própria;<br />
• Os relacionamentos do cristão (Mt 7.1-20) – Novos relacionamentos<br />
surgem e os antigos são modificados, quando nos relacionamos<br />
adequadamente com o Senhor;<br />
• Uma dedicação cristã (Mt 7.21-29) – Melhor que chamar Jesus de<br />
Senhor é cuidarmos no que dizemos e no que fazemos.<br />
II – ELAS SÃO A PRÁTICA CRISTÃ NA TERRA – (VV 3-12)<br />
As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do<br />
povo cristão. Assim como o fruto do Espírito Santo deve se expressar no<br />
caráter cristão, as bem-aventuranças devem permear toda a sua conduta diária:<br />
1. “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino<br />
dos céus” (v 3) – A palavra pobre significa, literalmente, passar necessidades<br />
materiais. No entanto, a pessoa pobre, muitas vezes não tinha em quem confiar<br />
a não ser em Deus, por isso, o termo pobreza recebeu, gradualmente, forma<br />
espiritual, adquirindo a idéia de humildade e dependência de Deus (Sl 34.6).<br />
O “pobre de espírito” é aquele que reconhece a própria falência diante<br />
de Deus, merecedor da ira e do juízo divinos. Nada a oferecer, nada a<br />
reivindicar, nada com que comprar o favor dos céus. No entanto, são<br />
ricos por que o reino lhes pertence.<br />
2. “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 6<br />
consolados” (v 4) – É um interessante paradoxo: “Felizes os tristes”. É a<br />
tristeza do arrependimento que produz alegria (At 15.3). Exatamente o<br />
contrário daqueles que vivem uma alegria, por causa de motivos mundanos.<br />
“Ai de vós que agora rides!” (Lc 6.25).<br />
O salmista chorava porque os homens desprezavam a lei do Senhor (Sl<br />
119.136). Paulo chorava por causa dos perturbadores do evangelho (Fp 3.18).<br />
Na glória seremos consolados, pois o pecado não mais existirá e, Deus<br />
enxugará dos nossos olhos toda lágrima (Ap 7.17).<br />
3. “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (v 5) –<br />
O significado de manso é uma pessoa “gentil”, “atenciosa”, “cortês”. Sabemos<br />
que é relativamente fácil ser honesto diante de Deus e se reconhecer pecador diante<br />
Dele. No entanto, como é difícil permitir que alguém diga uma cousa dessas de nós.<br />
Segundo o Dr. Lloyde-Jones, “A mansidão é, em essência, a<br />
verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na<br />
atitude e na conduta para com os outros”.<br />
Embora os mansos sejam despojados e privados dos seus direitos pelos<br />
homens, são eles que reinarão com Cristo e possuirão a terra (Sl 37.11).<br />
4. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles<br />
serão fartos” (v 6) – A justiça tem pelo menos três aspectos nas Escrituras:<br />
1) – Legal – É a justificação, um relacionamento correto com Deus. Os<br />
Judeus buscaram a lei da justiça e não alcançaram. Procuraram estabelecer<br />
a sua própria justiça e não se sujeitaram à que vem de Deus por meio de<br />
Jesus Cristo (Rm 9.30-33; 10.1-4).<br />
2) – A justiça moral – É a justiça de caráter e de conduta que agrada a<br />
Deus (Jó 1.1).<br />
3) – A justiça social – Refere-se à busca por meio da libertação do<br />
homem da opressão, promoção dos direitos civis, da justa aplicação da lei<br />
nos tribunais, da integridade nos negócios e nos relacionamentos familiares.<br />
5. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão<br />
misericórdia” (v 7) – A misericórdia e compaixão pelo semelhante, sempre<br />
envolve dor, miséria e desespero em conseqüência do pecado.<br />
Jesus não especificou os tipos de pessoas a quem devemos exercer<br />
misericórdia, pois Deus é misericordioso para com todos. Portanto, como<br />
seus filhos, devemos fazer o mesmo (Mt 5.45; Lc 6.36).<br />
Felizes os que exercem misericórdia, pois Deus os tratará assim também.<br />
6. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 7<br />
Deus” (v 8) – Refere-se a uma pureza interior. A mesma solicitada por Davi,<br />
após cometer pecado (Sl 51.6,7). Jesus questionou a “pureza” dos fariseus<br />
porque era apenas exterior (Lc 11.39). Uma pureza de coração adequada é<br />
descrita no Salmo 24.4: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração,<br />
que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.<br />
No nosso relacionamento com Deus e com os homens, devemos estar<br />
livres de falsidade, demonstrando uma vida transparente. Somente os puros<br />
de coração verão a Deus (Sl 15.1,2).<br />
7. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados<br />
filhos de Deus” (v 9) – Os seguidores de Jesus devem ser pacificadores, no<br />
que tange à Igreja e à sociedade. Jamais devemos ser responsáveis por<br />
conflitos. O cristão deve buscar a paz e segui-la (Hb 12.14; 1Pe 3.11), e<br />
sempre que for possível tela com todos os homens (Rm 12.18). Os<br />
pacificadores serão chamados filhos de Deus, pois se empenharam em fazer<br />
o mesmo que o seu Pai celeste fez (Cl 1.20).<br />
Por fim, o discípulo de Jesus entrará na glória confiante porque a sua<br />
tristeza momentânea dará lugar a uma grande alegria, pelo fato de ter sido<br />
perseguido por causa da justiça divina (v 10). A sua felicidade justificará o<br />
tempo suportado em injúria, perseguição e mentiras por causa do nome de<br />
Jesus Cristo (v 11). Jesus então diz: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande<br />
o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que<br />
foram antes de vós” (v 12).<br />
CONCLUSÃO<br />
A felicidade do cristão não está em possuir coisas nem em ser um vencedor<br />
neste mundo. Pelo contrário, perderá muitas vezes, para conquistar algo<br />
superior. Felizes são os que cumprem os mandamentos do Senhor, que sabem<br />
estabelecer a diferença entre os filhos de Deus e os filhos da ira vindoura.<br />
Os bem-aventurados possuirão o Reino dos céus, serão consolados,<br />
herdarão a terra, serão fartos, alcançarão misericórdia, verão a Deus, serão<br />
chamados filhos de Deus, receberão grande galardão nos céus.<br />
Para reflexão:<br />
• De acordo com o contexto da lição, você se considera um discípulo de Jesus?<br />
• A sua ambição está em conformidade com Mt 6.19-34?<br />
• Você é um cristão feliz de acordo com o “sermão do monte”?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. O que significa ser “bem-aventurado”?<br />
2. O que é ter “fome” e “sede” de justiça?<br />
3. Explique o significado de “limpos de coração”.
COMPROMETENDO-SE COM<br />
MISSÕES: “HÁ FOME NA TERRA”<br />
(Comentarista: Missionária Sônia Maria Mendes)<br />
Versículo Chave<br />
“Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós<br />
de comer” (Mateus 14.16)<br />
Lição 02 - 08 de abril de 2007<br />
Sônia Maria Mendes<br />
- Nasceu aos 27 de Julho de 1962 - Santa Inês/Ma.<br />
- Começou seu ministério em 05/09/1989: No Peru seis<br />
anos; três anos no México; seis meses nos Estados unidos.<br />
Nestes sete anos no Senegal tem apoiado o evangelismo<br />
em busca dos perdidos na Guatemala, em El Salvador e<br />
noutras localidades.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Mateus 28.19,20) – Alimentando a todas as nações<br />
Terça – (Marcos 16.15) – Alimentando a toda criatura<br />
Quarta – (João 4.35) – Vede os campos brancos<br />
Quinta – (João 15.16) – Vá e dê fruto<br />
Sexta – (Romanos 10.13-15) – Anunciai cousas boas<br />
Sábado – (Mateus 14.13-24) – Dai-lhes de comer<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 016 - 065 - 224 (Harpa Cristã)<br />
Mateus 14.13-24<br />
13 - E Jesus, ouvindo isso, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto,<br />
apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.<br />
14 - E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima<br />
compaixão para com ela, curou os seus enfermos.<br />
15 - E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 9<br />
dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para<br />
que vão pelas aldeias e comprem comida para si.<br />
16 - Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.<br />
17 - Então, eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.<br />
18 - E ele disse: Trazei-mos aqui.<br />
19 - Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os<br />
cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e,<br />
partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão.<br />
20 - E comeram todos e saciaram-se, e levantaram dos pedaços que<br />
sobejaram doze cestos cheios.<br />
21 - E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres<br />
e crianças.<br />
22 - E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e<br />
fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão.<br />
23 - E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada<br />
já a tarde, estava ali só.<br />
24 - E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o<br />
vento era contrário.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Ocristão não vive sozinho, num vácuo. Ele é membro da raça<br />
humana, criado por Deus e regenerado por Cristo. Por isso, deve<br />
informar-se da realidade de um mundo carente de Deus. O<br />
panorama das necessidades mundiais é gigantesco.<br />
O nosso objetivo ao escrever esta lição é conhecer alguns aspectos da situação<br />
mundial, para que sintamos o impacto das necessidades urgentes e venhamos a<br />
agir em termos práticos. Entendemos que quando estudamos um tema deste nível:<br />
“Comprometendo-se com missões: Há fome na terra!”, não podemos fazêlo<br />
sem considerar os desafios que a humanidade apresenta.<br />
Mt 14.14, nos ensina o seguinte: “E Jesus, saindo, viu uma grande multidão<br />
e, possuído de íntima compaixão para com ela curou os seus<br />
enfermos”. Como igreja, precisamos chegar a uma perspectiva realista<br />
dos acontecimentos importantes que ocorrem hoje em nossa volta. Sabemos que não<br />
somente a fome física se multiplicou de uma maneira devastadora em todas as partes<br />
do globo, mas, também, a fome espiritual cresce a cada dia numa grande escala, em<br />
todas as partes da terra. Então vejamos:<br />
I – MISSÕES É UMA CONTINUAÇÃO <strong>DA</strong> OBRA DE CRISTO<br />
“Jesus, porém lhes disse: Não e mister que vão, dai-lhes vos de
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 10<br />
comer” - Mt 14.16 - De acordo com o texto, os discípulos tinham três grandes<br />
desafios a vencer naquele momento: A escassez de alimento, insuficiência<br />
de recursos e a multidão faminta no meio do deserto. Examinando as escrituras,<br />
vemos que tanto nos dias de Jesus, como no tempo presente, as necessidades<br />
espirituais da humanidade são as mesmas. Jesus não nos chamou somente para<br />
estar com ele desfrutando da sua presença, mas também, para ir a todos os<br />
povos e nações da terra para anunciar o arrependimento e a remissão de<br />
pecados em seu nome (Lc 24.47; Jo. 17,18).<br />
1. A situação do mundo nos dias atuais (Mc 16.15) – Existem 6,5 bilhões<br />
de habitantes sobre a terra, dos quais dois bilhões não têm acesso a um<br />
testemunho efetivo do evangelho. Existe um lugar onde vive uma<br />
grande concentração de grupos étnicos, essa região é chamada janela 10/40.<br />
Se traçarmos no mapa mundial uma linha 40 graus acima do norte do Equador,<br />
e traçarmos outra linha 10 graus abaixo do norte, encontraremos uma janela que<br />
abarca 60 países. Ali vivem os mais pobres da terra; a área menos evangelizada,<br />
onde existe o menor número de missionários. É onde se encontra um bilhão de<br />
mulçumanos; 938 milhões secularistas, 820 milhões hindus, 400 milhões budistas,<br />
383 milhões maoístas, 176 milhões de grupos étnicos tribais animistas. Nestas<br />
regiões tão resistentes a pregação do evangelho, é onde a Bíblia tem sido menos<br />
traduzida. Das 6.858 línguas faladas no mundo somente 366 línguas<br />
têm a Bíblia inteira traduzida, 928 tem o NT, 918 apenas porções do NT,<br />
4.646 línguas não têm a Bíblia traduzida. Sem sombra de dúvida, o crescimento<br />
de falsas religiões e a escassez da Palavra de Deus é uma grande evidencia<br />
da fome espiritual que reina em nossos dias.<br />
2. A fome dentro do contexto Bíblico - Quando falamos<br />
de fome, não falamos de algo que seja desconhecido. Em Gn. 12.10,<br />
encontramos a primeira menção bíblica sobre o tema. O povo de Deus, no<br />
AT, enfrentou situações extremas por falta de alimentos, que foram<br />
produzidas por conflitos políticos (2Reis 6.24,25), ou juízo divino por causa<br />
da desobediência do seu povo (Jr 14,15; 38.9), manifestando autoridade sobre<br />
a natureza (Sl. 105.16). A igreja primitiva também enfrentou as dificuldades da<br />
fome, de maneira que os que tinham mais recursos, socorriam os irmãos pobres<br />
da Judéia (At 11.28). Hoje, em todos os lugares onde o evangelho está sendo<br />
anunciado, enfrentamos diariamente os mesmo desafios.<br />
3. A fome dentro do panorama mundial - Segundo os dados da ONU, a<br />
fome tornou-se um problema de grande abrangência em todas as nações. A cada<br />
dia 100 mil pessoas morrem por falta de alimento. A cada sete segundos, morre<br />
uma criança de fome. Em 2002, 840 milhões de pessoas morreram de fome. Quase<br />
800 milhões de homens, mulheres e crianças de todo o mundo sofre de desnutrição<br />
aguda e crônica. Na Ásia, 70% de sua população morre de fome. O Continente
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 11<br />
Africano, conhecido como o mais pobre do mundo, vive em total miséria, tendo<br />
40% de seus habitantes em completo desespero por insuficiência de alimento. Diante<br />
de todos estes acontecimentos, sem sombra de dúvida, a responsabilidade da<br />
igreja do Senhor, não é menor que dos discípulos no passado.<br />
II – MISSÕES É UM DESAFIO CA<strong>DA</strong> VEZ MAIOR<br />
(Mt 15.32-39)<br />
Coxos, cegos, mudos, aleijados, e muitos outros que foram colocados<br />
aos seus pés eram pessoas com necessidades específicas que exerciam um<br />
trabalho exaustivo e demorado, tanto que eles ficaram três dias com o Senhor e<br />
os seus discípulos no deserto. Realmente é surpreendente a pergunta que<br />
os discípulos fizeram a Jesus, depois de haver participado de um trabalho<br />
de tal magnitude. Como puderam esquecer tão rápido a primeira<br />
multiplicação. Nesta segunda multiplicação, embora tendo mais recursos,<br />
com sete pães e alguns peixes, não tiveram a visão de trazê-los a<br />
Jesus para serem multiplicados. Infelizmente em muitos lugares esta mesma<br />
realidade se aplica literalmente a Igreja dos últimos dias.<br />
1- A Igreja, agência missionária de Deus na terra (Ef 3.10) - No<br />
livro de Atos, nos capítulos 1-13, onde a história está registrada encontramos<br />
uma verdadeira explosão evangelística, tendo Antioquia como quartel general,<br />
que evangelizava, implantava igrejas, formava e enviavam obreiros. Este é o<br />
padrão de Deus, e o seu eterno propósito. Nada deteve a marcha dos seus<br />
servos no passado: Perseguição, provas, falta de recursos. Hoje todos os<br />
povos da terra estão famintos à espera da palavra de Deus, no entanto, a<br />
igreja está agindo exatamente como os discípulos cuja única preocupação é<br />
saber de onde virão os recursos, ao invés de fazer uso deles.<br />
2. A Igreja deve permanecer fiel no cumprimento de sua missão (At<br />
9.31) - Edificada por Cristo (Mt 16.18), nada na terra é mais valioso e<br />
importante para Deus que a sua santa igreja. Ele entregou o seu próprio filho,<br />
que na sua morte pagou um alto preço por ela (Ef 5.26,27). Jesus<br />
reuniu a igreja e lhe deu todos os recursos para continuar a obra que ele iniciou<br />
(Ef 4.11,12 e 1Co 12.28).<br />
3. O êxito da Igreja depende da obediência e fidelidade de seus<br />
membros - Como corpo de Cristo e seus membros em particular, um dia<br />
cada um de nós prestaremos contas ao Senhor. Em Mt 25.14,15, vemos<br />
como é grande nossa responsabilidade. O talento da parábola representa<br />
nossos dons, aptidões, recursos, tempo e oportunidade para servir ao Senhor<br />
e expandir seu reino. Os talentos que Jesus nos confiou são para que possamos<br />
administrá-los fielmente até que ele venha.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 12<br />
III – MISSÕES É O DESAFIO FINAL - Mt 14.19<br />
Humanamente falando, quando analisamos Mt 14.16, a incumbência que<br />
os discípulos receberam de alimentar a multidão faminta, parecia uma missão<br />
impossível. Por outro lado, aprendemos aqui que, em Jesus, encontramos o<br />
programa completo de Deus para alimentar os famintos (Jo 6.33). As nossas<br />
limitações humanas ou financeiras, não vão impedir jamais a realização da<br />
obra de Deus e o empreendimento missionário.<br />
1. O instrumento de Deus para alcançar os perdidos (Jo. 4.35) - É<br />
provável que os primeiros discípulos nem conhecessem a palavra estratégia. No<br />
entanto, vemos que nos três anos de convivência com Jesus, aprenderam que,<br />
para alcançar os perdidos, era preciso ir para o lugar certo e na hora certa. No<br />
deserto, às margens do mar da Galiléia, foi que tiveram o privilégio de servir pela<br />
segunda vez a 4 mil homens fora mulheres e crianças. Este é o plano missionário<br />
de Deus que deve ser o enfoque de nossa vida cristã (Jo 15.16).<br />
2. Uma tarefa inacabada (Rm 10.13-15) - O que devemos fazer diante<br />
de uma responsabilidade tão grande? Qual é o nosso papel para que o reino de<br />
Deus possa ser estabelecido nas 100 tribos brasileiras que não têm a Bíblia<br />
traduzida na sua própria língua? Nós que somos membros ativos de uma igreja,<br />
o que podemos fazer para que a grande comissão seja cumprida e os povos da<br />
Ásia, América latina, África e Oceania, ouçam a Palavra de Deus? O trabalho<br />
missionário não é responsabilidade de um departamento da igreja. Na<br />
multiplicação dos pães, Jesus não delegou o trabalho somente a um discípulo.<br />
Repartir o pão exigia a participação e a cooperação de todos. De outra maneira,<br />
seria impossível alimentar a multidão. A evangelização do mundo não poderá<br />
jamais ser feita se não vivermos e seguirmos os mesmo princípios.<br />
3. Os resultados da nossa missão (Mt 14.19) - Graças a Deus, a<br />
história de missões no passado e no presente está repleta de heroísmo e<br />
ousadia. A presença constante de Jesus em nossas vidas é a garantia da<br />
nossa vitória (Mt 28.19). Sabemos que o trabalho missionário exige renúncia<br />
e uma entrega incondicional ao Senhor.<br />
Louvamos a Deus pela vida de muitos nas igrejas que têm respondido<br />
positivamente ao “Ide” de Jesus, preparando, enviando e sustentado<br />
homens e mulheres que Deus tem chamado para lançar a foice em mais de<br />
2 bilhões de hastes de trigo, que estão maduros para a colheita e que um<br />
dia estará diante do Trono do Cordeiro (Ap 5.9; 7.9).<br />
CONCLUSÃO<br />
Quero terminar esta lição fazendo algumas perguntas, sabendo que
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 13<br />
certamente não obterei as respostas imediatamente. Porém, o meu desejo é<br />
que cada um de nós possamos refletir antes de qualquer resposta.<br />
O que nos reserva o amanhã? Que diremos do nosso futuro como igreja?<br />
Será que continuaremos preparando, sustentando e enviando mais<br />
missionários? Como serão os programas das juntas de missões, agências e<br />
organizações missionárias neste século? Será que missões não passará de<br />
mais um modismo religioso?<br />
Sabemos, com certeza, que independente da resposta que tivermos como<br />
igreja o espírito missionário de Deus continuará fluindo da sua natureza sublime.<br />
Seu amor e misericórdia reinarão universalmente. Assim como Jesus usou os<br />
discípulos para alimentar a multidão no deserto e proveu aos missionários<br />
através dos séculos, igualmente ele nos capacitará, a mim e a você, para que<br />
façamos parte significativa da historia de missões do nosso tempo.<br />
Para reflexão:<br />
• Qual é o nível do seu comprometimento com a obra missionária?<br />
• Quantas pessoas tiveram a fome espiritual saciada por você em 2006?<br />
• Você consegue orar agradecendo a Deus pela obra missionária, sem culpa?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Quando Jesus ordena “dai-lhes vos de comer” (Mt 14.16), o que isto tem<br />
a ver com missões?<br />
2. Por que missões é um desafio cada vez maior? (Veja o tópico II)<br />
3. Por que missões é uma tarefa inacabada? (Veja tópico III e subtópico 2)<br />
DEPARTAMENTO DE<br />
EDUCAÇÃO CRISTÃ<br />
Existe Existe para para prestar prestar ser serviços ser viços<br />
didáticos.<br />
didáticos.<br />
CURSO PARA O 2 SEMESTRE DE 2007.<br />
. CURSO PARA OBREIRO<br />
Procure-nos!<br />
Procure-nos!
RESPONDENDO A CHAMA<strong>DA</strong><br />
DO SENHOR<br />
(Comentarista: Pr. Fábio José Rocha)<br />
Versículo Chave<br />
“E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia,<br />
concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos<br />
o evangelho” (Atos 16.10)<br />
Lição 03 - 15 de abril de 2007<br />
Pr. Fábio José Rocha e Família<br />
Trabalhou no Peru durante dois anos e no Senegal<br />
mais de dez anos. Voltou ao Brasil ficando<br />
hospedado na Kairós durante cinco anos. Atualmente<br />
está em Toledo na Espanha. Completou 18 anos de<br />
missões Aproximadamente.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Isaias 6.1-9) – Chamada de Isaias<br />
Terça – (Jeremias 1.6-10) – Chamada de Jeremias<br />
Quarta – (Atos 16.9,10) – Chamada de Paulo<br />
Quinta – (Romanos 10.13-15) – Chamada para pregar boas novas<br />
Sexta – (1Pedro 2.9,10) – Chamada de todos os cristãos<br />
Sábado – (Atos 13.1-5) – Chamada pelo Espírito Santo<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 011 - 127 - 355 (Harpa Cristã)<br />
Atos 13.1-5; 16.9,10<br />
1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a<br />
saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que<br />
fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.<br />
2 - E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartaime<br />
a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 15<br />
3 - Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.<br />
4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e<br />
dali navegaram para Chipre.<br />
5 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas<br />
dos judeus; e tinham também a João como cooperador.<br />
Atos 16.9,10<br />
9 - E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da<br />
Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!<br />
10 - E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia,<br />
concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Os planos de Deus são eternos e o Senhor decidiu nos envolver na<br />
tarefa de proclamação do evangelho às nações. Cabe à Igreja,<br />
conscientemente, cumprir a missão de Cristo na terra e motivar aos<br />
que já estão no campo e a outros a atenderem a chamada. A negligência<br />
nesta área tem sido um dos grandes obstáculos para o avanço do evangelho<br />
até aos confins da terra.<br />
I – A QUEM O SENHOR CHAMA PARA A SUA OBRA?<br />
1. Aos salvos - É importantíssimo que seja o requisito primário daqueles<br />
que estão sendo chamados para obra missionária. Estes devem ter uma<br />
experiência do novo nascimento, já que uma das grandes necessidades da<br />
obra missionária é a evangelização do mundo. Como convidarão outros a<br />
fazerem parte do reino celeste se não têm esta convicção? (Jo 3.3). Os salvos<br />
jamais dirão não ao chamado do Senhor (At 9.15,16; 16.9,10).<br />
2. Aos servos - Todo cristão, antes de receber o chamado, já deve ser prático<br />
e disponível para servir na igreja local, servindo aos irmãos. Muitos se tornam<br />
missionários quando estão fazendo o curso de missões, outros quando entram<br />
no avião, mas ser servo é uma vida prática que não se acaba enquanto estivermos<br />
nesta terra. Conheço muitos que são chamados, mas não são servos. O maior<br />
exemplo de servo é Jesus Cristo (Fp. 2.6-8). O servo está mais relacionado<br />
com seu caráter do que com seu carisma. É cheio do Espírito Santo para<br />
trabalhar (At. 6.3), e cheio do fruto do Espírito (Gl. 5.22). Muitos têm carisma,<br />
mas não são servos na seara do Mestre, usam seus dons mais para se projetarem<br />
do que para servirem ao Rei dos reis.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 16<br />
Na igreja de Antioquia havia um grupo de obreiros que serviam ao Senhor:<br />
“E, servindo eles ao Senhor” (At.13.2). Esta ação está antes da chamada<br />
para o campo transcultural que o Espírito Santo fez a Paulo e Barnabé, que<br />
serviram sem pensar em recompensa do homem, e sim por gratidão por tudo<br />
que Jesus fizera (1Co 15.58).<br />
3. Toda a Igreja - É verdade que nem todos irão ao campo, mas todos devem<br />
estar conscientes da chamada de Deus para ser “sal” e “luz” para as nações<br />
(Mt 5.13-16; Fp 2.15). Esta chamada é para levar o evangelho até aos confins<br />
da terra. Como uma igreja pode atender ao chamado do Senhor? Sendo obediente<br />
em orar, preparar, enviar e sustentar aos que estão sendo chamados para irem<br />
aos campos (At 13.3). Em Rm 10.15, está bem clara a responsabilidade da<br />
igreja em atender ao seu chamado: “Como pregarão se não forem<br />
enviados?...”. Quando a igreja prepara, envia e sustenta o missionário, cumpre<br />
o chamado de Deus. Muitas igrejas continuam insensíveis. Imagine se Paulo e<br />
Barnabé, na hora de serem enviados, encontrassem obstáculos por parte da<br />
igreja para saírem? Temos mais de 160 mil igrejas evangélicas no Brasil, e podemos<br />
dizer que a maioria não tem atendido ao chamado do Senhor às nações (Mc.<br />
16.15). Muitos crentes acham que o chamado é somente para aqueles que estão<br />
indo ao campo. Nunca se envolvem com o chamado orando, apoiando e<br />
contribuindo (Fp. 4.14 -18). Se você não faz parte desta chamada, reveja os<br />
subtópicos 1 e 2, acima (Veja também At. 4.31-35).<br />
II - COMO O SENHOR CHAMA PARA A SUA OBRA<br />
1. Pela sua Palavra - A maneira mais segura que temos de provar nossa<br />
chamada é por meio da palavra de Deus, embora Ele também fale de várias<br />
maneiras: Sonho, visão (At. 16.9), profecia, nos cultos missionários etc. Todo<br />
crente, em primeiro lugar, deve ler a Bíblia para ter vida, e depois para ensinar<br />
e pregar. Quando olhamos a ordem de Jesus em Mc. 16.15, como nos<br />
sentimos? Creio que o chamado deve começar por este sentimento de<br />
compromisso pela Palavra de Deus, já que o nosso sentimento muitas vezes<br />
é vulnerável e pode logo se apagar com as lutas, projetos e provas do dia a<br />
dia. Aquele que está obedecendo ao chamado do Senhor deve colocar em<br />
primeiro plano o reino de Deus (Mt. 6.33).<br />
2. Pela nossa entrega pessoal - Por que será que faltam missionários para<br />
evangelizar as nações? Eu creio que um dos motivos é porque poucos se<br />
oferecem para atender ao chamado. Apesar das igrejas estarem cheias e<br />
orando, não temos visto tantos resultados satisfatórios na entrega pessoal.<br />
Veja se na sua oração você se coloca na brecha, ou coloca outro na brecha<br />
e depois manda Deus fazer a obra dele. A oração serve para pedir a Deus<br />
que nos envolva no seu plano. Vejo muitos obreiros almejando cargos de
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 17<br />
destaque na igreja, ou seja, amam mais a posição que o servir ao Senhor.<br />
Isaías era um profeta de Deus e já estava envolvido no ministério, mas<br />
após sua experiência em ver a santidade de Deus se ofereceu para uma missão<br />
que custou a sua própria vida. O texto de Isaías 6.8 diz: “Depois disto ouvi<br />
a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”<br />
Você gostaria de escutar esta voz? Leia as estatísticas dos países que têm<br />
menos de 5% de evangélicos e veja se você pode escutar esta voz. Depois<br />
responda: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.<br />
Muitos dizem que foram chamados, mas até hoje estão envolvidos nos<br />
seus próprios projetos, demonstrando desobediência à sua Palavra. Deus<br />
não aceita desculpas quando chama (Jr. 1.6-8).<br />
3. Pelo envolvimento da igreja local - Hoje muitos vão à igreja, assistem os<br />
cultos, escutam a palavra e ao saírem, continuam do mesmo jeito, sem se envolver<br />
com a igreja local que é o corpo de Cristo (1Co. 12.12). Do percurso de casa<br />
à igreja passam por cima de um montão de pessoas necessitadas do evangelho,<br />
mas fazem como o sacerdote e o levita (Lc. 10.31,32), e acham que por<br />
participar do culto já cumpriram com a obrigação. Outros ficam de igreja em<br />
igreja dizendo que são missionários, sem produzirem frutos. Um dos grandes<br />
problemas do campo é o relacionamento de obreiros sem caráter. A igreja<br />
local é um campo de preparação para os que atenderam à chamada para missão<br />
transcultural. Ali pode se formar o caráter e desenvolver o ministério. Um bom<br />
obreiro se conhece pelo serviço prestado à igreja local, além de seu preparo<br />
intelectual. Existe uma infinidade de trabalhos fora dos horários dos cultos, tais<br />
como: Cantar nos hospitais para os doentes, pregar fora da igreja, visitar as<br />
viúvas e os fracos. Paulo fazia parte do corpo ministerial da igreja local de<br />
Antioquia quando foi chamado para sair ao campo (At. 13.1).<br />
III – <strong>OS</strong> PRIVILÉGI<strong>OS</strong> DE SERM<strong>OS</strong> CHAMAD<strong>OS</strong><br />
PELO SENHOR<br />
1. Nos faz participantes do projeto de Deus - A obra do Senhor não é fruto<br />
de um pensamento humano. Deus na sua misericórdia nos fez participantes de sua<br />
obra que já tinha em mente antes mesmo que existíssemos. Apesar de ser um<br />
projeto majestoso e glorioso Ele nos envolveu, embora sejamos falhos e imperfeitos.<br />
Ao escrever esta lição, meu coração se enche de gozo ao ver que faço<br />
parte deste projeto eterno de Deus, visto que os projetos humanos serão<br />
envelhecidos ou substituídos e até esquecidos. Ele continua chamando homens<br />
e mulheres para fazerem parte deste projeto.<br />
2. Nos leva a viver primeiro o Reino de Deus - Os que decidiram atender<br />
o chamado de Deus deverão saber com muita clareza que o Reino de Deus<br />
está acima de todos os reinos. Quando obedeço ao Senhor e ao seu chamado
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 18<br />
não tem como deixar seu Reino em segundo plano. A chamada implica em<br />
perder, sacrificar e renunciar muitos benefícios que nosso ego deseja (Lc.<br />
14.26,27). Creio que o nosso gozo é fazer a vontade de Deus, independente<br />
das perdas que tivermos neste mundo (Fp 4.4-6).<br />
3. Nos torna embaixadores de Cristo - Quero começar este tópico<br />
perguntando: Você gostaria de ser um embaixador de seu país? Posso imaginar<br />
que sim, pois esta posição é bastante cobiçada devido ao salário, a autoridade,<br />
as vantagens, o tornar-se um homem público etc. Ser embaixador de Cristo<br />
não tem tantas vantagens neste mundo. Para enxergar esta posição privilegiada<br />
na obra de Deus precisa-se enxergar a beleza de Cristo e de seu reino que<br />
não é “comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito<br />
Santo” (Rm 14.17). Muitas vezes seremos perseguidos, não teremos os<br />
privilégios que este mundo tem, porém, receberemos do Senhor a recompensa.<br />
Quais são as diferenças entre o embaixador terreno e o celestial? O<br />
primeiro, representa o governo da respectiva nação e trata dos problemas<br />
que concernem este reino e recebe suas recompensas na terra, o segundo é<br />
representante de nosso Rei Jesus e será, naquele dia, galardoado recebendo<br />
honra diante de Deus (1Co 3.13,14; 4.5).<br />
CONCLUSÃO<br />
Ainda que Deus chama pessoalmente o crente para a obra transcultural, já<br />
deveremos estar fazendo a obra que foi designada à Igreja, quando Ele se<br />
dignar a chamar. Que sejamos obedientes como igreja, sabendo que Ele<br />
merece toda nossa entrega. Afinal, ele nos deu o exemplo de obediência.<br />
Se você ainda não foi chamado pessoalmente para o campo transcultural,<br />
espero que esteja cumprindo, juntamente com a sua igreja local, o seu chamado,<br />
evangelizando sua cidade e apoiando, sustentando e orando pelos que estão<br />
indo aos confins da terra (Fp 4.14). Assim será mais fácil atender seu chamado<br />
pessoal para o campo transcultural quando acontecer, já que não existem<br />
motivos para justificar o não atendimento ao chamado de Deus, pois o que Ele<br />
fez por nós está acima de qualquer um dos nossos planos nesta terra (Jo 3.16).<br />
Para reflexão:<br />
• Se você é servo de Deus, o que tens feito em relação à sua maior ordem: “IDE”?<br />
• Você pode afirmar que sua entrega a Deus foi total?<br />
• Você se considera um participante do projeto de Deus?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. A quem o Senhor chama para a sua obra? (Veja tópico I)<br />
2. O que significa buscar o Reino de Deus em primeiro lugar?<br />
3. Quais os privilégios para os chamados por Deus (Veja tópico III)
PROVENDO AS NECESSI<strong>DA</strong>DES<br />
PESSOAIS D<strong>OS</strong> MISSIONÁRI<strong>OS</strong><br />
(Comentaristas: Edmar e Adriana)<br />
Versículo Chave<br />
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o<br />
evangelho, que vivam do evangelho”<br />
(1 Coríntios 9.14)<br />
Lição 04 - 22 de abril de 2007<br />
Edmar Barros, Adriana Barros e filhos<br />
Encontram-se no Peru, mas foi no Brasil que se<br />
conheceram melhor unindo-se no casamento.<br />
Foram enviados para Filipinas, ficando uns seis anos.<br />
Posteriormente seguiram para a Índia onde já estão há<br />
três anos. Está atualmente de férias no Brasil, devendo<br />
retornar para a índia no final de Fevereiro de 2007.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Mateus 21.17,18) – O missionário Jesus sentiu fome<br />
Terça – (Atos 27.33-36) – Os missionários também precisam se alimentar<br />
Quarta – (Romanos 10.13-15) – Os missionários não podem ir sem sustento<br />
Quinta – (Tiago 2.14-16) – Os missionários têm necessidades básicas<br />
Sexta – (1Coríntios 9.4) – Os missionários são seres iguais a todo mundo<br />
Sábado – (1Coríntios 9.4-14) – Os missionários são dignos de salário<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 111 - 394 - 400 (Harpa Cristã)<br />
1Coríntios 9.4-14<br />
4 - Não temos nós direito de comer e de beber?<br />
5 - Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também<br />
os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?<br />
6 - Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?<br />
7 - Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não<br />
come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado?
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 20<br />
8 - Digo eu isso segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo?<br />
9 - Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que<br />
trilha o grão. Porventura, tem Deus cuidado dos bois?<br />
10 - Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está<br />
escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança, e o que debulha deve<br />
debulhar com esperança de ser participante.<br />
11 - Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós<br />
recolhamos as carnais?<br />
12 - Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais<br />
justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo,<br />
para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.<br />
13 - Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que<br />
é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?<br />
14 - Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho,<br />
que vivam do evangelho.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Para o início da reflexão sugiro uma releitura pausada e atenta das palavras<br />
do Senhor por meio do apóstolo Paulo no texto básico desta lição, no<br />
qual o vemos clara e contundentemente, defendendo o direito dos<br />
obreiros quanto ao seu sustento. Creio que se formos sinceros com o texto,<br />
ouvindo-o atentamente, iremos aprender sobre este assunto.<br />
A passagem citada se aplica não somente aos missionários, mas também<br />
aos obreiros e pastores em geral: “Assim ordenou também o Senhor aos<br />
que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (v 14).<br />
I – O MISSIONÁRIO É IGUAL A TOD<strong>OS</strong> <strong>OS</strong> HOMENS<br />
(Rm 3.23)<br />
Infelizmente se criou no meio evangélico o mito de que o missionário é<br />
quase um super herói, ou no mínimo, um tipo de pessoa especial com mais<br />
dons, mais resistência física, mental e espiritual. Diante de Deus, somos todos<br />
igualmente indignos e pecadores. Vejo por experiência própria e também<br />
pelo meu entender das Escrituras, uma realidade até contrária a essa idéia. A<br />
Palavra nos diz que Deus não escolheu muitos sábios, nem poderosos e nem<br />
nobres, mas sim as coisas loucas, fracas e até as desprezíveis, as que não são<br />
para confundir os que são, pois afinal, sem sua graça, nenhum de nós é coisa<br />
alguma. Somos fracos para que toda a glória seja somente dEle.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 21<br />
1. A fraqueza do missionário Moisés - Até mesmo Moisés, após ter tido um<br />
encontro com o Senhor no episódio da “sarça ardente” e presenciado as pragas<br />
no Egito, a travessia do Mar Vermelho e visto inúmeros milagres no deserto, teve<br />
seus momentos de fraqueza, angústia e desejo de desistir, dizendo a Deus que seu<br />
fardo era muito pesado e que ele não tinha gerado aquele povo (Nu 11.11-15).<br />
2. As necessidades do missionário Jesus - Jesus, nosso Supremo e<br />
Todo Poderoso Deus, na forma humana, tinha suas necessidades. Sentiu fome,<br />
sede, dor e até angústia, porém, ao contrário de muitos, não se envergonhou<br />
de ser mantido por mulheres.<br />
3. A condição do missionário contemporâneo - É um ser humano e<br />
não um super-homem. Se homens como Moisés e o Senhor Jesus<br />
demonstraram sua humanidade em períodos de suas vidas, será que com os<br />
missionários teria que ser diferente?<br />
Amados, somos carentes? Confusos? Muitas vezes falhamos? Sim,<br />
somos simples instrumentos de barro, que se dispõe a carregar o precioso<br />
perfume da salvação.<br />
II – O MISSIONÁRIO JUNTAMENTE COM A SUA CASA<br />
SERVE AO SENHOR – (Js 24.15)<br />
1. O cuidado integral do missionário - O sustento e o cuidado<br />
dispensados aos missionários, influenciarão positiva ou negativamente as<br />
futuras gerações, dependendo do comportamento da Igreja que envia<br />
seus membros para o campo. Já se percebe em nossos jovens os<br />
resultados negativos por causa do tratamento inadequado aos missionários.<br />
Nossos melhores e mais capacitados jovens não estão dispostos a seguir<br />
a vocação religiosa por verem tantos missionários que, ao final de uma<br />
vida de dedicação e serviço na obra, chegaram à velhice sem quase<br />
nenhuma dignidade. Missões é sim uma obra de fé e dependência de<br />
Deus, porém nas Escrituras vemos Deus suprindo as necessidades dos<br />
seus obreiros por meio do seu povo. Um exemplo disso é que apenas<br />
uma tribo foi separada para o cuidado do templo e das coisas do Senhor,<br />
mas onze tribos foram separadas para prover as necessidades dos Levitas.<br />
2. Seus filhos com necessidades físicas, emocionais e espirituais<br />
– Os filhos dos missionários, por extensão, são também missionários<br />
enviados pela igreja. Eles têm necessidades educacionais. Precisam de<br />
amigos, médicos, seguro, etc.<br />
O aniversário do filho do missionário não deve ser diferente do aniversário<br />
das outras crianças da igreja. Precisam de roupas e devem viver uma infância<br />
com emoção. Pense bem nisso.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 22<br />
III – <strong>OS</strong> QUE FORAM ENVIAD<strong>OS</strong> TÊM<br />
NECESSI<strong>DA</strong>DES PESSOAIS (Fp 4.18)<br />
É necessário salientar que o missionário necessita de segurança quanto ao<br />
seu futuro (aposentadoria) e o de sua família.<br />
O ano de 1997 foi um marco missionário no Brasil. A partir do Comibam<br />
(Congreso Misionero Iberoamericano) em São Paulo centenas de líderes e<br />
igrejas foram despertados para a tarefa do envio de obreiros à evangelização<br />
mundial. Agora em 2007 no Comibam – Granada, percebemos um novo<br />
enfoque no agir e pensar das missões Latino-Americanas.<br />
Somos unânimes em reconhecer que realmente devemos enviar<br />
obreiros para alcançar o mundo com o evangelho da salvação e da vida,<br />
porém percebemos que nossa tarefa não é somente enviá-los. Aqueles<br />
que levam a mensagem devem receber a capacitação e cuidados<br />
adequados para que seu desempenho seja eficaz.<br />
1. O missionário é um obreiro, portanto, digno de seu salário - Mesmo<br />
que seja por meio de um sistema ainda inadequado como o nosso SUS, qualquer<br />
trabalhador brasileiro tem direito a aposentadoria e cuidados de saúde. Será<br />
que aqueles que deixaram suas famílias, seu país e igrejas, obedecendo a Palavra<br />
de Deus não devem receber também os mesmos cuidados? (Lc 18.29).<br />
2. O missionário é como um vaso de barro - Nestas primeiras duas<br />
décadas de missões brasileiras, pudemos observar dezenas de jovens que<br />
corajosamente se lançaram ao mundo com o coração aberto, e gastaram os<br />
melhores anos de sua vida no serviço do mestre.<br />
Com o passar dos anos, os filhos crescem e as enfermidades aparecem.<br />
Assim, o missionário conscientiza-se, embora um pouco tarde, que também<br />
adoece e envelhece. Deu o melhor de si, porém, retorna como soldado ferido.<br />
É nesse momento, que mais necessita de um ombro para chorar, um médico<br />
para curar, umas férias para descansar, pois regressou cansado e<br />
completamente fora do contexto de seu país e da sua igreja.<br />
Porém, como demonstrar fraqueza? Como desapontar a igreja que nutre<br />
altas expectativas para a chegada do missionário? As conferências já estão<br />
agendadas, pois muitos querem ouvir as experiências dos campos. Ninguém<br />
imagina ver um soldado cansado ou ferido. Mas, e quando o soldado foi<br />
atingido na batalha? Se os horrores da “guerra” afetaram sua mente de<br />
forma tão intensa que este já não consegue mais se expressar com tanta<br />
motivação e clareza? Será que isso é possível acontecer com nossos<br />
missionários? Infelizmente, por diferentes fatores, nossa curta história de<br />
missões brasileira tem demonstrado que sim.<br />
Voltando vitoriosos ou feridos, regressando de vez, ou de férias, para<br />
tratamento ou reciclagem, qual deve ser o papel do povo de Deus diante de
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 23<br />
tantos desafios para que sejamos uma Igreja missionária? Fica a reflexão: O<br />
missionário precisa da Igreja na sua retaguarda.<br />
CONCLUSÃO<br />
É hora de despertarmos para uma nova tomada de posição. Nós somos<br />
responsáveis pela vida daqueles que enviamos ao campo missionário. Somos<br />
a igreja na retaguarda. Se formos negligentes, a obra sofrerá o dano.<br />
Lembremos das necessidades básicas dos enviados para pregar o<br />
evangelho, pois fazem jus ao seu salário.<br />
Para reflexão:<br />
• Você tem feito aos missionários o que gostaria que as pessoas fizessem<br />
com você?<br />
• Como seria o seu tratamento com missões se o missionário no campo fosse<br />
seu filho, seu pai ou sua mãe?<br />
• Como você tem se portado em relação ao texto de 1Co 9.14?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Mencione algumas fraquezas notadas em Moisés e Paulo<br />
2. Mencione algumas necessidades dos filhos dos missionários que podem<br />
ser facilmente supridas pela Igreja?<br />
3. Dê sugestões para que melhoremos a qualidade de vida daqueles que enviamos.<br />
LEIA POR FAVOR!<br />
Em uma conferência missionária foi<br />
feito o seguinte desafio: “Há uma mina de<br />
ouro na Índia, porém, parece achar-se no<br />
centro da terra; quem se anima a explorála?”<br />
O missionário Guilherme Carey<br />
respondeu: “Eu me atrevo a descer;<br />
lembrai-vos, porém, de que vós tendes de<br />
sustentar as cordas”. Com estas palavras,<br />
quis dizer que deveriam manter os custos<br />
daquele empreendimento.
TORNANDO-SE FIEL<br />
MANTENEDOR<br />
Comentarista: Pr. Jaques Gonçalves<br />
Versículo Chave<br />
“E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do<br />
evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou<br />
comigo com respeito a dar e a receber, senão vós<br />
somente” (Filipenses 4.15)<br />
Lição 05 - 29 de abril de 2007<br />
Pr. Jaques Gonçalves e Sirlene Gonçalves<br />
- Trabalharam em Cabo Verde e atualmente completam cinco<br />
anos no Senegal. Formando uma equipe com quatro pessoas:<br />
Jaques, Sirlene, Berenice e Sônia desenvolvem diversos projetos<br />
tais como: “Keru Dund”, em wolof “casa de vida”; projeto<br />
formação de mulheres; escola de futebol.<br />
Com a colaboração do obreiro nacional Abdou Dang, lançaram<br />
o projeto “Moinho”, que visa a alfabetização, evangelização e<br />
plantação de igrejas.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Provérbios 3.9,10) – Honre ao Senhor com a tua renda<br />
Terça – (Malaquias 3.10) – Traga mantimento para a casa do Senhor<br />
Quarta – (Mateus 25.15-30) – Distribua os bens que Deus te deu<br />
Quinta – (Lucas 16.10) – Sê fiel no mínimo<br />
Sexta – (1Coríntios 9.7-14) – Contribua para o sustento missionário<br />
Sábado – (Filipenses 4.10-20) – Seja um fiel mantenedor<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 005 - 370 - 535 (Harpa Cristã)<br />
Filipenses 4.10-20<br />
10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança<br />
de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.<br />
11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentarme<br />
com o que tenho.<br />
12 - Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 25<br />
em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto<br />
a ter abundância como a padecer necessidade.<br />
13 - Posso todas as coisas naquele que me fortalece.<br />
14 - Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.<br />
15 - E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho,<br />
quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito<br />
a dar e a receber, senão vós somente.<br />
16 - Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.<br />
17 - Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.<br />
18 - Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois<br />
que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro<br />
de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.<br />
19 - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas<br />
necessidades em glória, por Cristo Jesus.<br />
20 - Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!<br />
INTRODUÇÃO<br />
Foi Deus quem criou o trabalho missionário e estabeleceu as devidas regras<br />
para esta atividade. Ele escolheu uns para irem e outros para enviarem e<br />
sustentarem os que vão. Tudo pode funcionar perfeitamente bem, se cada<br />
um cumprir com a sua responsabilidade: Quem vai deve ser fiel no desenvolver<br />
o seu trabalho e quem fica deve ser fiel também no desempenho de suas<br />
funções. Deus se responsabiliza por aquilo que ultrapassa nossas forças e<br />
nos capacita para fazer o que Ele quer que façamos. Paulo é um exemplo<br />
para os missionários, e a Igreja de Filipos para as igrejas de nossos dias.<br />
Jesus em seu tempo disse: “A seara é grande e são poucos os ceifeiros”.<br />
Vinte séculos depois a situação ainda não mudou. A seara continua grande e<br />
os ceifeiros continuam poucos. Mas, a ordem de Deus continua a mesma e<br />
Ele escolheu a Igreja para cumprir com a sua vontade.<br />
I - O MANTENEDOR FIEL - (Fp 4.10-14)<br />
De que maneira podemos nos manter fieis como mantenedores?<br />
1. Fiel para com Deus (Fp 4.13) - A Igreja pode escolher ser fiel ou infiel.<br />
Diante de Deus, existem apenas estas duas posições. Mas fiel em quê? Há<br />
muitas igrejas que ainda não entenderam o que foi ensinado na Bíblia sobre<br />
Missões. E enquanto isto não acontecer elas continuarão infiéis. A Bíblia diz em<br />
Lucas 16.10: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito”. Logo,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 26<br />
quem é infiel no pouco nunca terá o muito para administrar. Somos<br />
administradores dos bens que Deus colocou em nossas mãos, por isto, um dia<br />
prestaremos contas de tudo o que tivermos feito e da maneira como realizamos.<br />
2. Fiel para com o missionário (Fp 4.10-12) - Em segundo lugar, uma<br />
igreja que é fiel à Deus será fiel para com o missionário. Ele sai para o campo<br />
confiando em Deus e não simplesmente em sua igreja. Os valores nunca<br />
devem ser invertidos. Mas antes de sair para o campo, existe um acordo<br />
entre a igreja e o missionário. Este compromisso é feito no sentido de suprir<br />
suas necessidades para que ele tenha total liberdade de fazer o seu trabalho.<br />
Isto implica no sustento em oração (espiritual), em finanças (econômico), e<br />
em demonstração de amor (psicológico).<br />
Paulo reconheceu o que a igreja fiel de Filipos fez por ele. A Bíblia não<br />
fala das finanças oferecidas pela igreja de Antioquia a Paulo e Barnabé, porém<br />
se supõe que ela os tenha ajudado senão eles não teriam saído para o campo.<br />
Paulo foi um fazedor de tendas, mas recebeu também ajuda para as suas<br />
necessidades e para a obra. Muitas igrejas têm abandonado seus missionários<br />
no campo. Quando surge alguma coisa, que supõem ser mais importante,<br />
colocam missões em último plano. Quando isto acontece é porque a igreja<br />
perdeu o objetivo pelo qual foi criada por Deus e pelo qual existe.<br />
3. Fiel para com os perdidos (Fp 4.14; Rm 10.11-15) - O alvo da obra<br />
missionária é levar o Evangelho de Cristo aos perdidos para que eles tenham<br />
a oportunidade de serem salvos. O alvo de Deus é salvar os perdidos. Jesus<br />
disse certa vez: “Eu vim para buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).<br />
Porém, para que o Evangelho chegue até ao perdido, se faz necessário que a<br />
“Grande Comissão” seja cumprida. O perdido está clamando. Será que a<br />
Igreja está escutando este clamor?<br />
Às vezes não conseguimos atingir a visão missionária completa (Jerusalém,<br />
Judéia, Samaria e confins da terra - Rm 1.8). Hoje a Igreja poderá negligenciar<br />
sua responsabilidade, mas qual será a resposta que ela dará a Cristo? Que<br />
desculpas teremos naquele dia?<br />
II - A <strong>IGREJA</strong> E MISSÕES - (Fp 4.15-16)<br />
O que acontece com as grandes e ricas igrejas em relação a missões?<br />
1. As megas igrejas e missões - Desde os tempos antigos temos pequenas<br />
e grandes igrejas. Todas fazem parte do Reino de Deus. Os cristãos formam o<br />
Corpo de Cristo (como ilustrado por Paulo em 1Co 12.1-27). Assim a Igreja<br />
universal de Cristo não é uma denominação, mas o conjunto de pessoas salvas.<br />
As megas igrejas estão preocupadas com status, aparência, sonorização,<br />
prédios, lazer etc. Se olharmos o tempo de Paulo, poderemos fazer a
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 27<br />
comparação entre a igreja de Corinto e a de Filipos (uma mega e outra pequena,<br />
uma que contribuiu e outra que ficou inativa). A obra missionária tem sido feita<br />
pelas pequenas igrejas e raras exceções, por algumas grandes em todo o mundo.<br />
Assim, a maior parte do Corpo está paralisada e os perdidos continuam como<br />
ovelhas gritando com todo o vigor por socorro, caminhando para o matadouro.<br />
2. A visão missionária das megas igrejas – É uma visão muito curta. Não<br />
conseguem ver além deste século presente. Têm muitos membros, muita influência<br />
e muitos recursos, mas uma pequena visão missionária. Estão acostumados a ver<br />
o mundo com outros olhos e assim, a perspectiva de ser um missionário e de se<br />
submeter a todos os desafios oriundos deste trabalho está fora de cogitação.<br />
Estamos vivendo uma época de sensacionalismo espiritual. É bom termos<br />
muitas conferências missionárias, trazermos muitos missionários para visitar<br />
nossa igreja, ouvirmos sobre todos os problemas que estão presentes no<br />
campo etc. Mas isto já não motiva mais a igreja brasileira a fazer missões,<br />
pois após a conferência tudo é esquecido.<br />
A igreja está mais voltada para suas necessidades locais do que para a<br />
obra missionária. Já ouvi de algumas onde aconteceram mais de 15<br />
conferências missionárias, mas até hoje não têm nem sequer um missionário<br />
no campo. Não investem nenhum real nos confins da terra. A visão missionária<br />
deve fazer parte da vida do cristão, os líderes evangélicos são responsáveis<br />
por disseminar esta visão (Ez 3.16-27).<br />
3. O investimento das megas igrejas - São os cristãos que devem<br />
administrar todas as coisas que Deus criou. Desde o começo foi assim. No<br />
Éden, Deus colocou Adão como Seu administrador. O problema é que o<br />
homem não se conforma com o papel de administrador e quer ser proprietário,<br />
esquecendo que ele mesmo é propriedade de Deus.<br />
Como proprietário, Deus tem concedido muitos bens a Seus<br />
administradores e espera que administrem de acordo com a Sua vontade, ou<br />
seja, que estes recursos sejam utilizados para a salvação de almas.<br />
Conheci uma igreja de muitos recursos, que ofereceu aos obreiros celular<br />
e carro novo, custeados pela mesma. Estive lá e perguntei ao seu pastor<br />
quantos missionários tinham no campo. Ele respondeu: Nenhum. Perguntei<br />
quanto investiam em Missões? Novamente ele me respondeu: Nada.<br />
Ouvi o caso de outra igreja muito próspera, que nos finais de semana<br />
alugava os restaurantes mais caros da cidade e levava todos os membros<br />
para desfrutar do que Deus lhes tinha dado. Faziam tudo isto sem nenhuma<br />
preocupação com a obra missionária transcultural. Friso transcultural porque<br />
reconheço que trabalham bem em Jerusalém e Judéia, mas nem chegam a<br />
sair para Samaria, e confins da terra nem pensar! Um dia tudo isto vai findar<br />
e cada um terá que prestar contas a Deus. Sabemos muito bem o que se<br />
passou na parábola dos talentos (Mt 25.15-30).
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 28<br />
III - A NECESSI<strong>DA</strong>DE <strong>DA</strong> AGÊNCIA MISSIONÁRIA<br />
(Fp 4.17-20)<br />
Quais as vantagens e desvantagens das agências missionárias?<br />
1. Qual a razão pela qual surgiram as agências missionárias - Jesus<br />
disse a seus discípulos para irem por todo o mundo e pregar o Evangelho a<br />
toda criatura (Mc 16.15). E assim eles o fizeram no começo seguindo a orientação<br />
do Mestre. Foi a própria Igreja de Antioquia quem enviou Paulo e Barnabé.<br />
Depois dos primeiros tempos, a coisa começou a piorar até que chegaram<br />
a um período chamado “Era das trevas”. Já havia muitos anos que o evangelho<br />
de Cristo estava no mundo, porém seus discípulos tinham perdido o alvo inicial.<br />
O que fazer para despertar a Igreja e levá-la de volta às suas origens? Eles não<br />
sabiam o que fazer ou não o queriam fazer, e assim escolheram um caminho<br />
mais fácil, considerando uma grande lista de vantagens que trariam para a Igreja<br />
local. Foi neste clima que nasceram as agências missionárias.<br />
2. Qual o papel das agências missionárias - Normalmente o papel das<br />
agências missionárias é de ajudar a Igreja a desenvolver a visão e<br />
conseqüentemente a obra missionária. Elas podem e devem agir de diversas<br />
maneiras, a fim de alcançarem este objetivo, podendo ser: Especialização,<br />
treinamentos, acompanhamento do trabalho, transmissão de todas as<br />
informações necessárias à Igreja, canalização do sustento dos missionários etc.<br />
Todo este trabalho deveria ser desempenhado pela igreja, por meio do seu<br />
departamento missionário. Ao que parece, a agência veio para ocupar este<br />
lugar. No entanto, deveria pautar suas decisões de acordo com a Igreja, o que<br />
na realidade não acontece, pois ela ficou responsável por enviar o candidato à<br />
agência, assim como o seu sustento. Desta forma, não tem nenhuma ação direta<br />
no campo missionário, pelo contrário, tornou-se um departamento das agências.<br />
Muitas vezes temos um trabalho deficiente, pois até mesmo na formação do<br />
missionário pela agência, falta o trabalho conjunto, visto que a igreja nem sempre<br />
envia os melhores e nem na hora certa. Para muitos, basta uma profecia e como<br />
o campo está tão necessitado, enviam o missionário o mais rápido possível.<br />
Infelizmente nem sempre este missionário está preparado para ir ao campo, ainda<br />
tem muito que vencer: No caráter, testemunho cristão e conhecimento bíblico. O<br />
resultado é uma catástrofe que prejudica o campo, o missionário, a igreja e a<br />
agência. Por outro lado, o acompanhamento e ajuda ao missionário é deficiente,<br />
pois a Igreja espera que a agência faça alguma coisa e vice-versa.<br />
3. As agências e a visão missionária da Igreja - A visão é o leme que<br />
pode conduzir o barco. Assim, sem visão missionária é impossível fazer a<br />
obra. A igreja deve buscar sua visão missionária em Deus e em Sua Palavra,<br />
podendo desenvolvê-la de várias maneiras. Enquanto não enxergar a agência
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 29<br />
como uma intermediária entre ela e o campo, esta visão não se desenvolverá<br />
como deve, pois acaba abdicando de todos os seus deveres e<br />
responsabilidades em favor da Agência.<br />
Se olharmos para o mundo em que vivemos, podemos descobrir quanta<br />
ignorância ainda temos a respeito do trabalho missionário. Quantas igrejas não<br />
conhecem nem mesmo as estatísticas mundiais a respeito do evangelho? Por<br />
que elas não fazem isto? Porque pensam que isto é problema das Agências.<br />
Se olharmos para a visão missionária de nossas igrejas, decadente a cada<br />
dia e pela quantidade de agências que cada dia aumenta, vamos começar a<br />
abrir mais os nossos olhos. As agências já não conseguem motivar a visão<br />
missionária na igreja como deveriam.<br />
CONCLUSÃO<br />
A proposição de Jesus é: “Vem e vê” (Jo 1.39; Jo 1.46). Se você vir, ninguém<br />
poderá mudar esta realidade e nem eliminar o impacto que isto te causará, e nos<br />
outros por meio de você. Creio que cada Igreja deveria ser uma agência. Não<br />
basta vermos os erros, é preciso saber como corrigi-los. Precisamos voltar à<br />
genuína visão missionária, cujo interesse principal é a salvação de almas.<br />
Que missões seja algo mais que um prédio, um sonho, uma conferência etc.<br />
Nós morreremos, mas missões continuarão. O que será feito pelos outros amanhã,<br />
vai depender do que fizermos hoje. Sejamos conscientes disto e deixemos uma<br />
herança missionária mais promissora para aqueles que nos substituirão um dia.<br />
Para reflexão:<br />
• O que é ser mantenedor?<br />
• Por que, na sua opinião, as “megas” igrejas são as que menos contribuem<br />
para a obra missionária?<br />
• Qual é a sua opinião sobre as agências missionárias?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Você é um mantenedor?<br />
2. Você é fiel, no sentido como a lição abordou no tópico I?<br />
3. Você tem sua consciência tranqüila no que se refere à missões?<br />
REFLITA BEM!<br />
Qual o soldado no exercíto que tem<br />
de pagar suas próprias despesas?”<br />
(1Co 9.7a - BLH)
AJU<strong>DA</strong>NDO NA EXPANSÃO<br />
DO REINO DE DEUS<br />
Versículo Chave<br />
“E, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus”<br />
(Mateus 10.7)<br />
Lição 06 - 06 de maio de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Ensinar que somente por meio de uma forte influência positiva do cristão<br />
na sociedade, poderemos conquistar cidades e nações para Jesus;<br />
• Destacar o papel do cristão com “sal da terra” e como “luz do mundo”;<br />
• Mostrar que sem obras genuinamente cristãs nossa pregação se torna vã.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Mateus 6.33) – O Reino de Deus em primeiro lugar<br />
Terça – (Marcos 1.15) – O Reino de Deus está próximo<br />
Quarta – (Marcos 10.14) – O Reino de Deus é das criancinhas<br />
Quinta – (Marcos 10.23) – O Reino de Deus é dos pobres<br />
Sexta – (Lucas 9.62) – O Reino de Deus é dos perseverantes<br />
Sábado – (Mateus 5.13-16) – O Reino de Deus deve se expandir<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 093 - 187 - 225 (Harpa Cristã)<br />
MATEUS 5.13-16<br />
13 - Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar?<br />
Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.<br />
14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada<br />
sobre um monte;
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 31<br />
15 - nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no<br />
velador, e dá luz a todos que estão na casa.<br />
16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as<br />
vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O<br />
propósito da Igreja é levar Jesus, aonde Ele não foi anunciado até os<br />
limites de toda terra, a fim de alcançar um povo que o adore de verdade<br />
e para sempre (Rm 15.20-21). Alcançando este fim seremos vitoriosos.<br />
A igreja é o exército de Deus e cada crente é um soldado comissionado por<br />
Cristo, inserido e continuamente treinado para esta grande luta: Contribuindo<br />
(dízimos e ofertas), intercedendo (orando e jejuando), discipulando,<br />
evangelizando. Assim a “expansão” do Reino se dá, não porque o Reino de<br />
Deus precise aumentar, pois tudo e todas as coisas já estão sob o domínio do<br />
Senhor. Ele já é o Soberano. Mas pelas Suas misericórdias e justiça ele quer<br />
que de todos os lugares tenham a oportunidade de conhecê-lo e servi-lo,<br />
Portanto, estudemos aqui como devemos marchar para esta conquista.<br />
I – MARCHANDO COMO O SAL <strong>DA</strong> TERRA (Mt 5.13)<br />
Assim como as ofertas, no Antigo Testamento, deveriam conter sal (Lv<br />
2.13), também hoje, devemos “salgar” a terra, levando Jesus a todos os<br />
povos, línguas e nações, a fim de salvá-los (Ap. 7.9).<br />
1. Uma marcha purificadora – “Os judeus chamavam a Lei de sal da<br />
terra” (G. Klock). Jesus chama a Igreja de “sal da terra”. Isto significa que<br />
temos o Espírito Santo e somos o agente purificador de cada povo, em todos<br />
os continentes. Mas o que temos pedido ao Senhor para purificar: somente a<br />
nós mesmos? O Senhor quer que sejamos abençoadores e Ele quer que<br />
peçamos corajosamente: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança,<br />
e os confins da terra por tua possessão” (Sl 2.8). Outra questão é: Até<br />
onde queremos ir? Será que é possível a um sal salgar somente a superfície,<br />
ou seja, se eu tenho salgado apenas a superfície, sou eu um sal? Está escrito:<br />
“Pede-me” e “Ide”. Depois de pedirmos, devemos ir e conquistar.<br />
2. Uma marcha coordenada – Para onde estamos marchando? Não<br />
marchamos para sermos vistos e aplaudidos, Estamos marchando a marcha<br />
da conquista, onde provavelmente passaremos despercebidos, porém Deus<br />
nos contemplará. Estamos em uma marcha para fora da igreja, para a família,<br />
o vizinho, o bairro, a cidade, o país, enfim, toda terra. Mas não um após o
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 32<br />
outro, e sim coordenadamente. Para isso, a igreja é estruturada em<br />
departamentos. Deus distribui dons espirituais para o serviço (1Co 12.4-<br />
11). Uns vão e outros ficam, mas cada qual com a sua função e todos dentro<br />
da mesma missão! Por isso a Igreja é comparada a um corpo, pois agimos<br />
coordenadamente para um mesmo fim (1Co 12.20).<br />
II – MARCHANDO COMO A LUZ DO MUNDO (Mt 5.14-15)<br />
“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia” (1Ts 5.5a).<br />
Costumeiramente, o mal busca momento oportuno para agir, e ele o faz à<br />
noite, em oculto, mas para nós que renascemos em Cristo, a noite é passada,<br />
andemos como de dia, sempre, pois onde há luz, não há treva alguma.<br />
1. Uma marcha que ilumina – No princípio “disse Deus: Haja luz” (Gn<br />
1.4a). Deus quis começar toda a criação a partir da luz. A “luz” foi também prerrogativa<br />
para o ministério de Jesus, pois no evangelho de Mateus 4.16,17a, está escrito<br />
figuradamente: “O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz;<br />
e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou...”.<br />
Jesus é a luz, a Igreja também. Abstenha-se de toda a aparência do mal. Ande<br />
como sábio, vigilante, consciente de que é filho da luz, porque ela tudo manifesta.<br />
Seja como um frasco cheio de azeite, pois assim manter-se-á aceso. Portanto, “...<br />
enchei-vos do Espírito Santo” (Ef 5.18). Mantendo a luz sempre acesa “dá luz<br />
a todos que estão na casa” (Mt 5.14). O alcance do seu brilho vai além das<br />
fronteiras, para alguém que anda em trevas, em cadeias, hospitalizado, no vício, em<br />
pecado, sozinho. Deixe a tua luz brilhar para que “... anuncieis as virtudes daquele<br />
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9b).<br />
2. Uma marcha “calorosa” – A luz transmite não somente brilho, mas também<br />
calor. Talvez, hoje, o que as pessoas mais precisam seja deste calor santo, humano,<br />
puro e sincero, cheio de toda benignidade e afetividade, pois para os que estão<br />
longe a Igreja é como uma estrela a brilhar (Fp 2.15) e todos percebem a sua<br />
beleza. Porém, aos que estão perto devemos ser calorosos e afetuosos, sem<br />
malícia. O “cego” pode não ver a sua luz, entretanto pode sentir o seu calor à<br />
sua proximidade. Que tipo de tratamento temos oferecido aos nossos irmãos e<br />
ao próximo? Um trato cheio de amor, alegria, paz, longanimidade...? (Gl 5.22). A<br />
nossa marcha vai até os confins de toda terra, mas deve penetrar até os limites da<br />
alma e do espírito humano, pois é uma marcha de amor ao próximo!<br />
III – MARCHANDO POR MEIO <strong>DA</strong>S BOAS OBRAS (Mt 5.16)<br />
“Bendizei ao Senhor, todas as suas obras...” (Sl 103.22a). Pode-se<br />
avançar, a cada dia, por meio das ações e testemunho de vida. Na verdade,<br />
as obras são o “marketing”, a propaganda da verdadeira fé.<br />
1. Uma marcha que frutifica – Não importa o tamanho ou a quantidade
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 33<br />
de obras que se faça, mas sim, que estas correspondam àquilo que o Senhor<br />
depositou em nossas mãos, pois se formos fiéis Ele colocará mais e mais sob<br />
a nossa responsabilidade, mas se não, ele tirará (Mt 25.20-21; 24-28).<br />
Contudo, já está na hora de começarmos a sonhar, buscar, planejar e executar<br />
obras maiores (Jo 14.12). Convém destacar que obra é algo real, não fictício<br />
e nem aferível. Obra significa “ação”. Em outras palavras obrar é servir.<br />
Jesus atraia multidões porque realizava muitas obras e estando diante delas,<br />
plantava a semente (Mt 4.24,25; 5.1-2). A boa obra deve gerar bons frutos,<br />
como uma boa figueira deve frutificar (Mt 7.17). Não podemos nos contentar<br />
apenas com algumas vistosas folhas e belas flores, isto é muito perigoso (Mc<br />
11.12-14, 20-21). O Apóstolo em 2Pe 1.5-8 nos dá um grande ensinamento<br />
para que não sejamos inativos (ociosos) e nem infrutuosos (estéreis).<br />
2. Uma marcha de louvor – Atualmente há inúmeras organizações que cuidam<br />
dos excluídos, dos doentes e dos necessitados, mas no íntimo a preocupação é<br />
ter uma boa imagem diante do povo. Mas a igreja deve realizar boas obras para<br />
honra, glória e louvor a Deus. Na verdade, o próprio serviço é um ato de louvor<br />
que gera frutos, pois os beneficiados “vêem” o fluir de Deus em meio a obra e<br />
glorificam-no. São impactados o suficiente para reconhecerem o quanto o Senhor<br />
é real e digno de toda adoração e também passam a servi-lo. Ou seja, através da<br />
vida da igreja, os pecadores reconhecerão o verdadeiro Deus e o engrandecerão,<br />
o exaltarão por tudo aquilo que Ele tem e é! “Nisto é glorificado o meu Pai:<br />
que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8).<br />
CONCLUSÃO<br />
Enquanto marchamos para a vitória, glorificamos a Deus que sempre cuida<br />
de nós. “... tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). O<br />
resultado da ajuda, ou serviço que frutifica, será a benção do Senhor! O favor<br />
de Deus será derramado em nossas vidas e de nossas famílias abundantemente.<br />
Tenha fé, amor e alegria ao ajudar e você obterá a grande recompensa da<br />
Graça de Deus: Bênçãos espirituais e temporais. “Buscai, antes, o Reino de<br />
Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Lc 12.31).<br />
Para reflexão:<br />
• Você está pronto para receber a graça de Deus em sua vida?<br />
• A sua luz tem raiado sobre as mais densas trevas?<br />
• Você está ativo e frutífero na “expansão” do Reino de Deus?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Explique com suas palavras o que é ser “sal” da terra.<br />
2. Explique com suas palavras o que é ser “luz” do mundo.<br />
3. O que podemos fazer para ajudar na expansão do Reino de Deus?
COMBATENDO A DECADÊNCIA<br />
MORAL<br />
Versículo Chave<br />
“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas,<br />
antes, condenai-as” (Efésios 5.11)<br />
Lição 07 - 13 de maio de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Provar, argumentando, que o mundo está indo de mal à pior, em termos<br />
morais;<br />
• Destacar que a situação atinge todas as áreas da sociedade;<br />
• Mostrar o papel da Igreja como detentora da palavra profética para<br />
esta geração.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Gênesis 6.1-8) – Corrupção do gênero humano<br />
Terça – (Gênesis 19.20-30) – Corrupção de uma cidade<br />
Quarta – (Levítico 18.3; Mateus 6.8) – Não andando como os ímpios<br />
Quinta – (Romanos 1.18-32) – Toda a humanidade se corrompeu<br />
Sexta – (Romanos 3.10-23) – Todos se extraviaram<br />
Sábado – (Efésios 5.8-17) – Andando como filhos da luz<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 131 - 175 - 212 (Harpa Cristã)<br />
Efésios 5.8-17<br />
8 - Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor;<br />
andai como filhos da luz<br />
9 - (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),<br />
10 - aprovando o que é agradável ao Senhor.<br />
11 - E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 35<br />
condenai-as.<br />
12 - Porque o que eles fazem em oculto, até dizê-lo é torpe.<br />
13 - Mas todas essas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz,<br />
porque a luz tudo manifesta.<br />
14 - Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os<br />
mortos, e Cristo te esclarecerá.<br />
15 - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas<br />
como sábios,<br />
16 - remindo o tempo, porquanto os dias são maus.<br />
17 - Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Nos dias atuais, a decadência moral tem crescido assustadoramente<br />
em nossa sociedade e no meio de nossas famílias. A insubmissão, a<br />
falta de respeito, o egoísmo, a trapaça, a prostituição, a sensualidade<br />
e tantos outros costumes que estão fora do padrão moral bíblico começam a<br />
dominar nossos lares. É preciso retomar os princípios estabelecidos pela<br />
palavra e combater tais evidências. Em Efésios 5.1 somos admoestados a<br />
sermos imitadores de Deus. No entanto, para imitá-lo temos que andar com<br />
Ele e conhecê-lo. O próprio Jesus declara que erramos por não conhecermos<br />
as escrituras (Mt. 22.29) e nem o poder de Deus (Mc 12.24; 27).<br />
I - COMBATENDO A IMORALI<strong>DA</strong>DE<br />
A passagem de Gl 5.19-21 descreve bem como se encontra decadente<br />
nosso país, nossas famílias, nosso local de trabalho, nossa justiça etc. A TV<br />
prega uma liberdade desenfreada: Homossexualismo, sensualidade, troca de<br />
casais, prostituição, falta de respeito, o início da vida sexual cada vez mais<br />
cedo e sem qualquer compromisso, como se fosse algo muito natural. Novos<br />
padrões morais vão sendo incorporados a essa nova geração que não se<br />
preocupa com a moralidade e os bons costumes. A justiça corrompida e<br />
ameaçada se rende a oferta vantajosa. Como combater a imoralidade?<br />
1. Andando como filhos da luz (Ef 5.8b) – Para esta caminhada é<br />
necessária uma conduta que reflete retidão, compartilhando da natureza de<br />
Cristo na “plenitude de Deus” (Ef 3.19) e consiste em participar da sua<br />
natureza moral (Mt 5.48). Como filhos de Deus, é inconcebível pronunciarmos<br />
conversas torpes que são vistas como conduta vergonhosa e tão pouco de<br />
palavras vãs que são as piadinhas indecentes nas quais a imoralidade se torna
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 36<br />
uma espécie de humor negro. “... pelo contrário, ações de graças...” (Ef<br />
5.4). Em nossas conversas, devemos bendizer e louvar a Deus, a fim de que<br />
nossos irmãos em Cristo, amigos, vizinhos e familiares sejam edificados.<br />
Vivendo um evangelho autêntico, atrairemos muitos para Cristo, refletindo<br />
assim o testemunho sincero do crente em Jesus.<br />
2. Praticando o fruto do Espírito – O fruto do Espírito entra em oposição<br />
com a situação que atinge a todas as áreas sociais. A prática desse fruto<br />
afasta do crente toda ação do maligno, quando exerço caridade contagio<br />
com amor de Cristo os perdidos, quando manifesto o gozo do Senhor mostro<br />
ao mundo que é possível uma verdadeira alegria sem maquiá-la com as obras<br />
da carne. A cada fruto exercido alcançamos qualidades do próprio Pai, como<br />
justiça, santidade, amor etc.<br />
II - COMBANTENDO AS OBRAS INFRUTU<strong>OS</strong>AS<br />
<strong>DA</strong>S TREVAS<br />
1. Com a palavra de Deus (1Co 5.13) - Quando o crente não reprova as<br />
obras da carne citadas em Gálatas 5.19-21, silenciosamente as aprova e isso<br />
de certo modo é comunhão com o mal. Devemos combater as obras da carne<br />
veementemente, deixando a luz do Espírito brilhar em bondade e verdade, a<br />
fim de demonstrar o que são as obras infrutuosas das trevas. Devendo manter<br />
bom senso ao falar de certos assuntos, evitando descrevê-los com detalhes. A<br />
maneira mais eficaz do crente combater tais obras é viver a Palavra de Deus<br />
demonstrando assim seu testemunho e caráter irrepreensível (2Tm 4.2).<br />
2. Condenando e denunciando suas obras – “Mas todas estas coisas<br />
se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta”<br />
(v 13). O crente ataca o terreno das trevas com as “armas da luz”. “... os<br />
praticantes dessas obras são levados a ver quão odiosa é a natureza real de<br />
tais coisas; portanto tudo quanto é desvendado, em suas cores autênticas,<br />
deixa de ser secreto e passa a pertencer à natureza da luz”. (Salmond)<br />
A maneira mais correta e coerente de se tratar com os praticantes das<br />
trevas é mostrar com amor, a luz por meio da Palavra de Deus, para que a<br />
salvação penetre em seus corações. De acordo com Jo 1.4-12, aqueles que<br />
recebem a Jesus são iluminados por Ele, tornando-se participantes de Sua<br />
natureza, aptos para habitar no reino da luz.<br />
III - COMBATENDO COM PRUDÊNCIA - (V 15)<br />
1. Usando bem cada oportunidade (vs 16). Nos tempos apostólicos, o<br />
conceito de remir o tempo, ou seja, aproveitar as oportunidades era ainda<br />
mais importante porque se pensava que a “parousia”, ou o segundo advento
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 37<br />
de Cristo, aconteceria a qualquer momento. Devemos pensar como os irmãos<br />
da igreja primitiva e usar as oportunidades para falar da boa mensagem de<br />
Cristo, seja em um negócio a ser fechado, na repartição pública, na escola ou<br />
mesmo em casa, considerando cada momento precioso para proclamação<br />
do evangelho. Quando falamos em levar as novas de Cristo, queremos<br />
enfatizar que é com a vida, atitudes e testemunho cristão, aproveitando todos<br />
os momentos para semearmos o bem. (Ecl 11.2).<br />
2. Cumprindo a vontade do Senhor. “... mas entendei qual seja a<br />
vontade do Senhor” (v 17) - Nesta passagem o crente deve caracterizar-se<br />
por um pleno conhecimento espiritual, por entendimento e sabedoria, de modo,<br />
a saber, qual é a vontade de Deus. Rm 12.2 “... mas transformai-vos pela<br />
renovação do vosso entendimento...” Quanta sabedoria nestas palavras<br />
sagradas! Só é possível conhecer a perfeita vontade de Deus se buscar a<br />
renovação da natureza moral, rejeitando a corrupção do velho homem (Ef<br />
4.23,24). A vontade de Deus é um princípio que a tudo inclui e aplica-se a<br />
todos os aspectos da vida. “... a graça de Deus se manifestou... educandonos<br />
para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos<br />
no presente século sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11,12).<br />
CONCLUSÃO<br />
A degradação da sociedade atual não serve como modelo e nem tão pouco<br />
como desculpa para o relaxamento de nossa parte, ou para consentirmos em<br />
rebaixar nossos padrões morais, e sim, de motivo para mantermos imaculado o<br />
ideal cristão, com tal intensidade que o mundo, ao olhar para nós, veja a luz do<br />
Senhor brilhar em nossos atos, atitudes e relacionamentos.<br />
Para reflexão:<br />
• Você é “filho da luz”?<br />
• Você tem condenado as obras das trevas?<br />
• Você já entendeu qual é a vontade do Senhor? (Ef 5.17)<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Dê exemplos de atitudes na sociedade que podemos entender como<br />
decadência moral.<br />
2. De que maneira podemos combater a decadência moral?<br />
3. Você sabe qual é a vontade do Senhor? (Leia 1Ts 4.3)<br />
“Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora,<br />
sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5.8).
COMBATENDO AS POTESTADES<br />
DO MAL<br />
Versículo Chave<br />
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais<br />
estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”<br />
(Efésios 6.11)<br />
Lição 08 - 20 de maio de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Provar, biblicamente, que a existência do mal e de seus mensageiros<br />
satânicos é uma realidade;<br />
• Mostrar os vários modos de atuação dos espíritos das trevas, no mundo<br />
e nas igrejas;<br />
• Ensinar como o cristão pode vencer as potestades do mal.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Romanos 8.38,39) – As potestades não nos separam de Deus<br />
Terça – (2Coríntios 11.3) – Cuidado com a sutileza do diabo<br />
Quarta – (Efésios 2.2) – Não podemos andar segundo as potestades<br />
Quinta – (Colossenses 2.15) – Despojando as potestades<br />
Sexta – (1Pedro 5.8) – Cuidado com a fúria do diabo<br />
Sábado – (Efésios 6.10-20) – Devemos lutar contra as potestades<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 077 - 096 - 108 (Harpa Cristã)<br />
Efésios 6.10-20<br />
10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força<br />
do seu poder.<br />
11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar<br />
firmes contra as astutas ciladas do diabo;
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 39<br />
12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra<br />
os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste<br />
século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.<br />
13 - Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir<br />
no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.<br />
14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade,<br />
e vestida a couraça da justiça,<br />
15 - e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;<br />
16 - tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar<br />
todos os dardos inflamados do maligno.<br />
17 - Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é<br />
a palavra de Deus,<br />
18 - orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e<br />
vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos<br />
19 - e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra<br />
com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,<br />
20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele<br />
livremente, como me convém falar.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Efésios 6 é um capítulo da Bíblia pouco estudado, ou estudado<br />
superficialmente. No entanto, é um dos textos mais abrangentes e claros<br />
no que se refere às potestades do mal.<br />
Queremos, nesta oportunidade, lembrar a Igreja deste importante tema, e<br />
aproveitar para conscientizar a todos os alunos da EBD do perigo que é dar<br />
as costas a este cruel inimigo chamado diabo.<br />
I – DEVEM<strong>OS</strong> CONHECER <strong>OS</strong> CONFLIT<strong>OS</strong> CRISTÃ<strong>OS</strong><br />
Todos os cristãos terão que enfrentar muitos conflitos para não<br />
permanecerem no pecado (Hb 12.4), e continuarem de pé. Quanto a isto,<br />
vejamos algumas recomendações de Paulo:<br />
1. Para vencer estes conflitos precisamos de um poder especial –<br />
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu<br />
poder” (v. 10) - Após expor a grandeza do propósito de Deus em Cristo<br />
Jesus, nos capítulos anteriores, Paulo diz: “No demais...”, e passa a esclarecer<br />
que o cristão deve viver um novo padrão, tanto para a vida pessoal, como<br />
para a vida de comunhão entre os irmãos e no seio familiar. No entanto,<br />
esclarece que este padrão elevado só pode ser alcançado com muita batalha
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 40<br />
espiritual. Em outras palavras, somente pelo poder de Deus, podemos<br />
conquistar tal padrão. Por isso ordena: “Fortalecei-vos no Senhor”,<br />
comprovando que o cristão não pode fortalecer a si mesmo. Este poder<br />
deve ser recebido continuamente e só pode ser encontrado no Senhor, “na<br />
força do seu poder”. Sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15.1-5).<br />
2. Para vencer estes conflitos precisamos de armas especiais –<br />
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes<br />
contra as astutas ciladas do diabo” (v 11) - Seguindo o mesmo pensamento,<br />
expõe que a armadura de Deus é a soma de todas as peças que dão ao cristão<br />
condições de lutar e sair vencedor, portanto, deve se vestir dela (Rm 13.12;<br />
1Ts 5.8). As armas que Paulo menciona, são dadas para que os cristãos possam<br />
ficar firmes contra as ciladas do diabo, “inteligências demoníacas”.<br />
A palavra “ciladas” aparece em Efésios 4.14, com a idéia de “meios<br />
astutos”. Indica que são estratagemas forjados por um inimigo espiritual.<br />
São planos sutis contra a alma, daí, a necessidade de ficar alerta (2Co 2.11).<br />
3. Para vencer estes conflitos precisamos conhecer as características<br />
do inimigo – “porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas,<br />
sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes<br />
das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos<br />
lugares celestiais” (v 12) - A nossa guerra não consiste em enfrentar o homem<br />
e sim, os poderes dos principados, das potestades, dos príncipes das trevas<br />
deste século e das hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. A palavra<br />
“contra” aparece no versículo cinco vezes, para reforçar que contra estes<br />
poderes é que somos ordenados a lutar. Vejamos suas características:<br />
. São poderosos - Têm poder e autoridade. São chamados, também, de<br />
“dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6.12 - VRA). Estes poderes<br />
do mal são de alcance mundial. O diabo disse que podia dar todos os reinos do<br />
mundo (Mt 4.8,9). Ele é intitulado por Jesus de o “príncipe deste mundo”<br />
(Jo 14.30). O apóstolo João disse que o mundo inteiro “jaz no maligno” (1Jo<br />
5.19). Isto mostra que Satanás continua exercendo poder considerável.<br />
. São malignos – Não possuem qualquer princípio moral e são totalmente<br />
inescrupulosos. Dominam sobre este mundo tenebroso e odeiam a luz. As<br />
trevas e o mal são a sua habitação natural e caracterizam suas ações.<br />
. São astutos – Sugere sagacidade tática com engano engenhoso. Quando<br />
se apresenta como “anjo de luz”, engana o cristão com muita facilidade.<br />
Assume falsa aparência, mas é perigoso como um lobo (Jo 10.12), ruge<br />
como um leão (1Pe 5.8), é sutil como a serpente (2Co 11.3; Ap 20.2).<br />
As ciladas do diabo tomam muitas formas, mas têm maior êxito quando
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 41<br />
conseguem convencer as pessoas de que ele não existe. Isto tem acontecido<br />
em nossos dias, quando atribuímos tudo a erros humanos. Substituímos o<br />
dom de discernimento espiritual (1Co 12.10), pela análise psicológica e<br />
passamos a ignorar o adversário, o acusador, com seus dardos inflamados.<br />
II – DEVEM<strong>OS</strong> VESTIR A ARMADURA DE DEUS<br />
Vimos acima que o que aguarda o cristão é uma batalha ferrenha, a qual<br />
terá de enfrentar e sair vitorioso. Portanto, precisa de ajuda do alto. Deus,<br />
sabendo disto preparou uma roupa especial para os seus soldados que<br />
aceitaram o desafio da guerra contra as potestades infernais:<br />
1. A armadura de combate – “Portanto, tomai toda a armadura de<br />
Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar<br />
firmes” (v 13) - Desta forma, há uma transição entre os assuntos apresentados<br />
nos capítulos de 1 a 5, para o capítulo 6. Ou seja, dos lares sem discórdia,<br />
dos tempos de saúde, da alegria espiritual para o “dia mau”.<br />
O propósito de vestir a armadura de Deus é para “estar firmes contra as<br />
astutas ciladas do diabo” e “para que possais resistir no dia mau”.<br />
Cristãos instáveis que não têm os pés firmes em Cristo (Sl 40.2), são uma<br />
presa fácil para o diabo. Mas a armadura deve estar completa: “Toda a<br />
armadura de Deus”. Com ela devemos ficar em pé, andar, trabalhar e dormir.<br />
Devemos vigiar e nunca relaxar, pois o tempo em que os santos dormem é o<br />
tempo em que Satanás trabalha. Temos alguns exemplos: Sansão (Jz 16.19),<br />
Noé (Gn 9.21-24), Êutico (At 20.9) e todos os homens (Mt 13.25).<br />
2. As armas de defesa – As armas de defesa proporcionam ao cristão,<br />
que está posicionado em Cristo, total garantia de vitória. As peças que servem<br />
para defesa e que compõem a armadura são:<br />
a) – Cinto e couraça - “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos<br />
lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça” (v 14) – O cinto<br />
na verdade não fazia parte da armadura, mas servia para prender a roupa de<br />
baixo, dando garantia de que o “soldado” não sofreria impedimento algum<br />
ao andar, marchar e lutar. Hoje, “apertar o cinto”, significa: Preparar-se<br />
para enfrentar crises ou uma ação qualquer.<br />
O cinto do soldado cristão é a verdade (veja lição 11). A verdade no<br />
sentido absoluto: A revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras e a<br />
sinceridade ou integridade (Sl 15.2).<br />
A “couraça da justiça” refere-se à justificação que é a iniciativa graciosa<br />
de Deus em fazer com que os pecadores fiquem de bem consigo por meio<br />
de Cristo. Nenhuma proteção espiritual é maior do que um relacionamento<br />
adequado com Deus. Isto nos faz estar em pé diante de Deus, aceitos por<br />
Ele e livres de uma consciência acusadora e de ataques caluniadores do
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 42<br />
maligno (Rm 8.1; 33,34), cujo nome no hebraico (Satanás) significa<br />
“adversário” e no grego (diabo) “caluniador”.<br />
b) – Sandálias - “e calçados os pés na preparação do evangelho da<br />
paz” (v 15) – São as botas do soldado cristão. Aponta para a preparação do<br />
evangelho da paz. Estar preparado significa: Estar em prontidão, preparado, firme.<br />
A obra missionária é como um par de sandálias que foi dada à Igreja, a<br />
fim de que ela se coloque no caminho e continue andando (Cl 4.5,6; Is 52.7).<br />
c) – Escudo - “tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual<br />
podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (v 16) –<br />
Devemos tomá-lo como algo indispensável. O escudo mencionado por Paulo<br />
é o longo, medindo 1,2 metros por 0,75 cm, que cobria o corpo inteiro. Era<br />
usado especialmente para se proteger das flechas com fogo na sua ponta. Os<br />
“dardos inflamados do maligno” incluem suas acusações maliciosas que<br />
inflamam a nossa consciência, pensamento de dúvidas, de desobediência, de<br />
rebeldia, de malícia e de medo. É pela fé que nos refugiamos em Deus, tomando<br />
posse das suas promessas, em tempos de dúvidas e de depressão.<br />
d) – Capacete - “Tomai também o capacete da salvação...” (v 17a) –<br />
O capacete é a “esperança da salvação” (1Ts 5.8). É a nossa certeza da<br />
salvação agora e definitivamente no futuro. Devemos tomá-lo e usá-lo, “pois<br />
adorna e protege o cristão, capacitando-o a levantar a cabeça com<br />
confiança e alegria, pelo fato de ser salvo” (Hb 10.22,23) – Charles Hodge.<br />
3. As armas de ataque – A espada é a única peça da armadura de Deus que<br />
pode ser usada tanto para defesa como para ataque. A oração aparece finalmente,<br />
não como parte integrante da armadura, visto que deve permear toda a nossa<br />
guerra espiritual. A palavra como espada do Espírito e a oração no Espírito, são<br />
os dois recursos principais que Deus colocou em nossas mãos (Cl 4.2).<br />
a) – Espada - “... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”<br />
(v. 17b) – A palavra “machaira” indica uma espada curta, logo a nossa luta<br />
requer aproximação do alvo a ser atingido.<br />
A espada é do Espírito, portanto, identificada como a Palavra de Deus. Ela<br />
é usada pelo Espírito Santo para ferir as consciências das pessoas e despertálas<br />
espiritualmente com a sua ação penetrante (Hb 4.12). Também é colocada<br />
na nossa boca para resistirmos à tentação (defesa) e para evangelizar (atacar).<br />
Apesar da Palavra de Deus ser mais cortante que espada de dois gumes,<br />
o crente que tenta usá-la aos pedaços (somente os textos que lhe interessa),<br />
estará lançando mão de uma “espada quebrada”.<br />
b) – Oração - (vv 18-20) – A oração que prevalece é: Oração em todo
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 43<br />
tempo – regular e constantemente; oração com toda súplica – de muitas<br />
maneiras; oração com toda perseverança – vigilante e fervorosa; oração para<br />
todos os santos – levando em conta a comunhão e a unidade dos santos.<br />
A oração deve se estender ao ministério. A Igreja precisa interceder pelos<br />
seus ministros, para que falem somente a Palavra de Deus e o façam com intrepidez.<br />
CONCLUSÃO<br />
Tratamos de um assunto muito importante para toda a Igreja. Satanás,<br />
com as suas hostes malignas, opera dia e noite, portanto, não podemos<br />
ignorar os seus ardis.<br />
Só podemos guerrear contra um inimigo se pelo menos soubermos que ele<br />
existe. Também é necessário conhecer suas estratégias, seus planos maléficos<br />
e a maneira como ataca. Desta forma nunca seremos pegos de surpresa.<br />
Estejamos alerta, vistamos-nos de toda a armadura de Deus para ficarmos firmes.<br />
Para reflexão:<br />
• Você se considera um cristão fortalecido contra os ataques de Satanás?<br />
• Você consegue discernir com facilidade as obras de Deus e as do diabo?<br />
• Você é um cristão revestido com a “armadura” de Deus?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Dê algumas características do inimigo e adversário do cristão.<br />
2. Explique o significado da palavra “astuto”.<br />
3. Como podemos tomar posse da “espada do Espírito”?<br />
EETAD<br />
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PROCLAMANDO A JUSTIÇA<br />
Versículo Chave<br />
Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai<br />
o campo de lavoura; porque é tempo de buscar o Senhor, até<br />
que venha, e chova a justiça sobre vós (Oséias 10.12)<br />
Lição 09 - 27 de maio de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Provar que o mundo vive uma situação de injustiça em todas as áreas<br />
da sociedade;<br />
• Mostrar que a Igreja precisa viver de forma justa, dando o exemplo;<br />
• Ensinar que somos responsáveis tanto por denunciar a injustiça, como<br />
cultivá-la.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Levítico 19.13-15) – Justiça no julgamento<br />
Terça – (Salmo 9.1-20) – Justiça aos oprimidos<br />
Quarta – (Jeremias 9.24) – Justiça divina<br />
Quinta – (Ezequiel 18.19,20) – Justiça prática<br />
Sexta – (Romanos 1.16,17; 4.11-13) – Justiça pela fé<br />
Sábado – (Deteuronômio 16.18-20) – Justiça torcida<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 186 - 312 - 432 (Harpa Cristã)<br />
Deteuronômio 16+18-20<br />
18 - Juízes e oficiais porás em todas as tuas portas que o SENHOR, teu<br />
Deus, te der entre as tuas tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça.<br />
19 - Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno,<br />
porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos.<br />
20 - A justiça, somente a justiça seguirás, para que vivas e possuas em<br />
herança a terra que te dará o SENHOR, teu Deus.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 45<br />
INTRODUÇÃO<br />
Para o mundo, geralmente os fins justificam os meios. No entanto, para<br />
os remidos não há prêmio se não houver retidão, tanto no fim quanto<br />
nos meios (Rm 3.8). Não cabe a Igreja favorecer o pobre, nem o rico; e ao<br />
próximo não pode oprimir sendo senhor dele, e nem se rebelar contra ele sendo<br />
seu servo (Lv 19.13-15). Proclame o direito, pois “O ímpio recebe um salário<br />
enganoso, mas, para o que semeia justiça, haverá galardão” (Pv 11.18).<br />
Entendamos o quê e de que forma a sociedade, a igreja e Deus representam:<br />
a justiça ou a injustiça.<br />
I – HÁ INJUSTIÇA NA SOCIE<strong>DA</strong>DE<br />
Há fome de justiça na terra! Muitos sofrem e apesar de serem imagem e<br />
semelhança de Deus, são destratados pelos governos e sistema social. Como<br />
está escrito: “... Porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado<br />
por um par de sapatos. Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça<br />
dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos”. (Am 2.6b-7a).<br />
1. A sociedade rejeita a lei divina – Visto que a Bíblia é a Palavra de<br />
Deus e que nas leis humanas não há o requisito de seguir a Sua vontade,<br />
conclui-se que a sociedade, em sua estrutura legal, rejeita a Deus (Os 4.1;<br />
Mt 12.30). Em algumas leis, há uma aparente “coincidência” com a vontade<br />
do Pai, mas é por causa da consciência que o ser humano tem e não por este<br />
querer a vontade divina. E cada vez mais a sociedade se rebela não só contra<br />
Deus, mas contra si mesma ao permitir atos como sendo lícitos, que são<br />
contrários a esta sua consciência e infelizmente tornam-se escravos da própria<br />
injustiça (Rm 2.14,15). Isso vem acontecendo de forma generalizada, em<br />
todo o mundo, contudo, em alguns lugares mais que em outros. Praticando o<br />
pecado eles se tornam injustos (1 Sm 8.3). E a banalização daquilo que é<br />
errado, torna-o socialmente “certo” (Lc 16.5-8).<br />
Exemplo de Ato de injustiça: “Vi ainda debaixo do sol que no lugar do<br />
juízo reinava a maldade, e no lugar da justiça, maldade ainda”. (Ec<br />
3.16; Sl 69.27). Passemos a ver quais são alguns destes atos:<br />
a) – Preconceito – Devemos lutar contra a injustiça em forma de<br />
preconceito, que ganha forma comumente em meio às anedotas.<br />
Principalmente devido ao regionalismo (Jo 1.46; 7.52), por se tratar de família<br />
pobre (Mc 6.3) e diversidade étnica, cor da pele (Lc 9.51-56; At 10.28).<br />
Devemos buscar as almas sem preconceito.<br />
b) – Suborno – É poderoso para cegar, corromper e subverter o<br />
sábio (Ex 23.8), portanto fuja dele! Uma mulher foi subornada com
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 46<br />
falsas promessas (Gn 3.5). Os guardas que vigiavam o túmulo de Jesus<br />
também foram subrnados (Mt 28.12-15).<br />
c) - Avareza – É poderosa para desviar o homem da fé e trazer muitas<br />
dores (1Tm 6.10). Um líder deve aborrecer a avareza (Ex 18.21). É<br />
exemplificada em Acã (Js 7.21).<br />
d) - Parcialidade – Acontece quando tratamos diferentemente pessoas<br />
por interesses pessoais ou preferências (Lv 19.15). Devemos tratar a<br />
todos igualmente ou proporcionalmente, em casos de disciplina e<br />
recompensa, ou seja, com justiça. A parcialidade pode nos fazer<br />
desprezível diante da comunidade (Ml 2.9).<br />
II – <strong>IGREJA</strong>, CETRO <strong>DA</strong> JUSTIÇA DE DEUS<br />
Deus é a própria justiça e todos quantos renasceram dele, por intermédio<br />
do Senhor Jesus, devem praticar atos de justiça (1Jo 2.29). Enquanto não for<br />
arrebatada ao céu, a Igreja reconhecerá e representará esta justiça abertamente.<br />
1. Reconhecendo a justiça de Deus – Como se pode falar daquilo que<br />
não se conhece? Fala-se do que é sabido e experimentado. O próprio Jesus<br />
reconheceu a justiça divina: “Pai justo, (...) eu te conheci...” (Jo 17.25). E<br />
os anjos, assim, declaram: “... Justo és tu...” (Ap 16.5). Antes, a igreja<br />
também deve reconhecer a Justiça divina como fizeram o rei Davi: “... de<br />
maneira que serás tido por Justo no teu falar e puro no teu julgar” (Sl<br />
51.4 – ARA) e o apóstolo Paulo (Rm 3.26). Quão valioso é para os servos<br />
reconhecer o padrão da justiça de Deus, pois ela não muda, permanece para<br />
sempre (Sl 119.142). E é sabido que ainda é tempo de buscar e receber de<br />
Deus o Seu justo tratamento (Ed 9.15). Reconheçamos e busquemos esta<br />
justiça, a fim de que os oprimidos reconheçam em nós a justiça de Deus!<br />
2. Manifestando a justiça de Deus – É a igreja, a noiva sem mácula, a<br />
única que tem o direito de representar a justiça divina e não pode ocultá-la (Sl<br />
40.9,10). Portanto, não é a política, o governo, a justiça dos homens, nem reis<br />
e nem presidentes, mas somente a Igreja. Pode, então, o servo manifestá-la a<br />
outros por meio de seu proceder (Is 33.15). Se ofendido, não responde com<br />
ofensa; em sofrimento, não intimida o opressor, antes se entrega àquele que<br />
julga com reto juízo, conforme o exemplo do Senhor Jesus (1Pe 2.22-23).<br />
Onde estiver deve manifestá-la, em casa, na escola, no trabalho, na rua, diante<br />
de pessoas conhecidas ou não, tanto aqui quanto em outra nação. E esta justiça<br />
precisa exceder às dos homens religiosos (Mt 5.20), nascendo primeiramente<br />
no coração, para que depois seja manifesta abertamente (2Cr 29.34; Sl 125.4).<br />
Assim, a Igreja semeará a justiça em toda a sociedade!
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 47<br />
III – DEUS INTERROMPE O TEMPO DE INJUSTIÇA<br />
A igreja tem o dever de semear a verdadeira justiça em meio a tanta<br />
iniqüidade, mas Deus é poderoso para cessar a iniqüidade e fazer chover a<br />
Sua justiça (Os 10.12).<br />
1. Exemplos do Passado – “A ira de Deus se revela do céu<br />
contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a<br />
verdade pela injustiça” (Rm 1.18).<br />
a) - No dilúvio – Deus viu os homens totalmente corrompidos e, por causa<br />
da grande iniqüidade, pôs fim naquela era de injustiça. Conservou, no entanto,<br />
o seu servo Noé e sua família por causa da sua retidão (Gn 6.11-13; 7.1; 9.9);<br />
b) - Na torre de Babel – Os homens ambicionavam o poder e, em seus<br />
corações, imaginavam o mal. Era um tempo de apostasia coletiva. Por conta<br />
disso, Deus trouxe a divisão por meio da confusão das línguas (Gn 11.6,7).<br />
Até que na 10ª geração, a partir de Sem, falou com Abrão (Gn 12.1);<br />
c) - Em Sodoma e Gomorra – Também por se corromperem os<br />
habitantes destas regiões, Deus os castigou, mas conservou a Ló e sua<br />
família (Gn 19.12,16; Jd 7);<br />
d) - No Êxodo – Deus, além de ver a opressão sofrida pelos hebreus,<br />
ouve o seu grande clamor e liberta-os por meio do seu servo Moisés, após<br />
430 anos de escravidão em terra egípcia (Ex 3.7; 12.31; Hb 11.29),<br />
preservando os descendentes de Jacó.<br />
2. “Exemplos” do Futuro – Encontramos na Bíblia textos que nos<br />
remetem a um tempo que ainda há de vir, quando os justos e os ímpios irão<br />
prestar contas a Deus por suas obras, respectivamente:<br />
a) - No tribunal de Cristo – Jesus voltará para encontrar-se com sua<br />
Igreja nos ares, separando definitivamente os escolhidos (arrebatados) e<br />
distribuirá o galardão a cada um conforme suas obras (Rm 14.10; 2Co 5.10;<br />
Mt 24.30,31). Enquanto isso, os que ficarem, padecerão grande dor e<br />
sofrimento (Ap 13). Tempo em que reinará a injustiça e que Deus derramará<br />
os sete últimos flagelos sobre a Terra (Ap 15.1; 16.1).<br />
b) - No juízo Final – Após o milênio, o reinado de Cristo na Terra (Ap<br />
20.4), os tempos de injustiça chegarão ao seu final, pois o diabo será lançado<br />
no lago de fogo e enxofre, onde estarão a besta e o falso profeta e serão para<br />
sempre atormentados. E diante do Grande Trono Branco, estarão os grandes
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 48<br />
e os pequenos. Os mortos que não tiveram os seus nomes inscritos no<br />
Livro da Vida serão julgados, um a um, segundo as suas obras para<br />
condenação eterna. E para que tudo se complete se fará novo Céu e<br />
nova Terra, pois estes serão perfeitamente ajustados ao tempo de justiça<br />
eterna (Ap 20.11-13; 21.1; 2 Pe 3.13).<br />
CONCLUSÃO<br />
Deus ouve o clamor dos injustiçados. E para atendê-los, envia a Sua<br />
Igreja a todos os povos, para que tenham esperança, alcancem a fé e aguardem<br />
até o fim a promessa de que Jesus voltará para buscar a “noiva”, pois todas<br />
as obras que há nesta terra se queimarão (2Pe 3.10-13). Nós somos<br />
chamados para semear a justiça de Deus, que se revela no evangelho (Rm<br />
1.17). Porém, Deus tem o poder de fazer findar o tempo de amargor e<br />
sofrimento de um povo e de toda a terra.<br />
E este final acontecerá quando o evangelho do reino for anunciado a<br />
todos os povos, como está escrito em Mateus 24.14: “E este evangelho<br />
do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas<br />
as gentes, e então virá o fim”.<br />
Para reflexão<br />
• Você concorda que a injustiça está representada na sociedade?<br />
• Você tem semeado a justiça de Deus? De que forma?<br />
• Você tem aguardado e apressado o tempo de justiça eterna?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Explique o que é justiça no sentido bíblico.<br />
2. Como podemos demonstrar justiça perante uma sociedade injusta?<br />
3. Mencione alguns fatos bíblicos que demonstre a aplicação da justiça divina<br />
sobre as pessoas.<br />
“Porque do céu se manifesta a<br />
ira de Deus sobre toda impiedade<br />
e injustiça dos homens que detêm<br />
a verdade em injustiça”.<br />
(Rm 1.18)
RESTAURANDO AS FAMÍLIAS<br />
Versículo Chave<br />
“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que<br />
te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as<br />
famílias da terra” (Gênesis 12.2)<br />
Lição 10 - 03 de junho de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Mostrar a necessidade de restauração para todas as famílias;<br />
• Destacar que ale de ser desejo de Deus esta restauração, ele deixou a<br />
incumbência para a Igreja;<br />
• Mostrar os meios de restauração familiar.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Gênesis 12.3) – Família, objeto de Deus<br />
Terça – (Salmo 68.6) – Família, lugar de habitação<br />
Quarta – (Efésios 6.4) – Família na doutrina do Senhor<br />
Quinta – (1Timóteo 5.8) – Família, cuidado mútuo<br />
Sexta – (2Timóteo 1.4,5) – Família, transmissora da fé<br />
Sábado – (Êxodo 12.3-14) – Família ofertante<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 111 - 277 - 515 (Harpa Cristã)<br />
Êxodo 12.3-14<br />
3 - Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste<br />
mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um<br />
cordeiro para cada casa.<br />
4 - Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só<br />
com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme<br />
o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 50<br />
5 - O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual<br />
tomareis das ovelhas ou das cabras<br />
6 - e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento<br />
da congregação de Israel o sacrificará à tarde.<br />
7 - E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga<br />
da porta, nas casas em que o comerem.<br />
8 - E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos;<br />
com ervas amargosas a comerão.<br />
9 - Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao<br />
fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.<br />
10 - E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela<br />
manhã, queimareis no fogo.<br />
11 - Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos<br />
nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a<br />
Páscoa do SENHOR.<br />
12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito<br />
na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses<br />
do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.<br />
13 - E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes;<br />
vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de<br />
mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.<br />
14 - E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao<br />
SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A<br />
sociedade israelita centralizava a família e aqueles que viviam sozinhos<br />
frequentemente eram necessitados. Por isso, o salmista declara que:<br />
“Deus faz com que o solitário more em família.” Sl 68.6 (RA).<br />
Ao instituir a Páscoa, Deus ordenou às famílias que se reunissem em seus<br />
respectivos lares. Porém, se uma família fosse pequena, deveria juntar-se à outra<br />
com o objetivo de compartilhamento e cuidado, debaixo do sangue do cordeiro.<br />
I – RESTAURAR AS FAMÍLIAS É PROPÓSITO DE DEUS<br />
H. Hendricks, professor de seminário em Dallas – EUA, relatou em<br />
seu testemunho o seguinte: “Pelo modo como minha vida iniciou, eu<br />
poderia ter morrido e ido para o inferno que ninguém iria importarse<br />
nem um pouco.” No entanto, teve sua vida transformada quando um<br />
humilde servo de Deus propôs em seu coração formar uma classe de
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 51<br />
E.B.D. com o objetivo de restaurar almas para Cristo; tornando-se assim,<br />
um instrumento de Deus na restauração de famílias destruídas.<br />
1. Por ser a família uma instituição divina – A família é objeto do<br />
amor de Deus (Gn 12.3). Sendo assim, é alvo de destruição para o inimigo<br />
de nossas almas. Por esse motivo, Deus capacitou a Igreja para lutar por ela.<br />
Portanto, deve partir do coração de cada crente o desejo de servir ao Senhor<br />
com suas vidas na restauração das famílias.<br />
2. Porque existem problemas diversos na família – Alguns pais<br />
com a intenção de “poupar” seus filhos, muitas vezes, projetam homens<br />
e mulheres incapazes de formar uma família saudável, visto que não os<br />
educam eficazmente, não garimpam os tesouros do coração (Pv 22.6).<br />
A Igreja deve enfrentar tais problemas com base bíblica; levando a família<br />
a buscar nela a resposta e também orientação para seus problemas (Ef<br />
6.4; Cl 3.21 e 1Tm 5.8).<br />
3. Porque as pontes entre pais e filhos são construídas nas<br />
famílias – Como objeto do amor de Deus, as famílias sãos as<br />
responsáveis pela construção das pontes do amor, da comunicação, da<br />
confiança, do carinho, do diálogo e de outras formas de afeto. No<br />
entanto, muitos pais e filhos quebraram essas pontes por não terem<br />
mais assuntos ou por terem abandonado o aconchego familiar.<br />
II - A <strong>IGREJA</strong> É UM INSTRUMENTO DE DEUS PARA A<br />
RESTAURAÇÃO <strong>DA</strong>S FAMÍLIAS<br />
Deus não deseja que Sua Igreja se isole a ponto de não agir como uma<br />
restauradora de lares. Sua função não é somente pregar a salvação, mas<br />
também restaurar famílias. Ela possui virtudes individuais, pois é a habitação<br />
corporal do Espírito Santo, gerando o Seu fruto conforme Gl 5.22 e 23,<br />
promovendo assim o fator de equilíbrio social.<br />
Só podemos conhecer o sentido da vida cristã, indo além. Nosso alvo é<br />
prosseguir para o alvo (Fp 3.12 a 14).<br />
1. Para que frutifique para Deus (Rm 6.13) – Como igreja, nossa<br />
entrega a Cristo implica em consciente conhecimento de nossa nova identidade<br />
Nele, o que nos conduz a produzirmos bons frutos para Seu reino (Rm 7.4).<br />
O evangelho de Marcos 7.20 a 23 nos alerta a respeito dos maus desígnios,<br />
os quais promovem a destruição social; Paulo, no entanto, em Cl 3.5 orientanos<br />
a fazermos morrer nossa natureza terrena.<br />
A igreja é composta por cristãos, ou seja, seguidores de Cristo, dessa<br />
forma devem realizar sua obra restauradora, fazendo uso do fruto do
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 52<br />
Espírito (Gl 5.22 e 23).<br />
2. Porque Deus quer manter um relacionamento pessoal com as<br />
famílias através da igreja – Nossa relação com Deus é pessoal, não<br />
mecânica; fomos criados à imagem de Deus, seres racionais e morais. O<br />
propósito para o qual fomos criados é estar em relacionamento pessoal com<br />
Deus, em comunhão com Ele, em amor e por escolha.<br />
3. Porque a igreja é uma exposição concreta de restauração no<br />
relacionamento familiar – É ela quem expõe ao mundo o objetivo de Cristo<br />
até Sua volta e quem promove a restauração nas famílias, através da relação<br />
espiritual restaurada entre uma pessoa e outra. (Rm 12.4-5 e 1Co 12.12ª-14).<br />
III – MEI<strong>OS</strong> PEL<strong>OS</strong> QUAIS A RESTAURAÇÃO<br />
FAMILIAR É P<strong>OS</strong>SÍVEL<br />
Deus capacitou Sua Igreja através do Espírito Santo no ministério<br />
de restauração. Com esse objetivo, vidas podem ser transformadas e<br />
lares, antes destruídos, restaurados por Jesus. A Igreja possui a bênção<br />
de Deus e a unção do Espírito Santo para que este trabalho seja realizado<br />
com autoridade e sucesso.<br />
1. Conhecendo o propósito de restauração através da Bíblia<br />
– A Bíblia nos ensina a vivermos de forma moral e ética, isso implica<br />
na subordinação da fé ao amor segundo 1Co 13, tornando-nos<br />
disponíveis e combatentes.<br />
Tendo a Bíblia como centro de nossas vidas, passamos a viver nossa fé<br />
de forma inteligente, em oração, com o coração e com coragem, pois ela nos<br />
prepara para a vida eterna (1Pe 3.15), mas também tem o objetivo de formarnos<br />
para a vida terrena (Jo 10.10b).<br />
2. Através da educação, pois somos uma igreja formada por seres<br />
humanos que vivem socialmente – Educar é ter esperança de que não<br />
somente no futuro, mas também, no presente, podemos semear a comunhão<br />
familiar. Ao conhecermos leis e regras, não nos fazemos ignorantes quanto à<br />
necessidade de buscarmos também o auxílio de profissionais, tais como<br />
psicólogos e terapeutas (de preferência cristãos), sempre que for necessário.<br />
3. A oração é um meio pela qual grandes lutas são vencidas – A<br />
igreja tem o importante papel de fazer com que a oração faça parte da base<br />
familiar, ensinando os pais a orarem diariamente com seus filhos.<br />
Consequentemente, quando os mesmos formarem suas famílias, levarão este<br />
abençoado costume. A oração pode romper mágoas, dor e indiferença que<br />
possa haver na família, pois é uma ponte entre pais e filhos (Tg 5.16).
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 53<br />
CONCLUSÃO<br />
Deus sempre mostra seu cuidado e amor para com todas as famílias,<br />
incluindo aquelas que dependem de outras. Por isso, a Igreja como habitat<br />
corporal do Espírito Santo, possui dons, dentre eles o de discernimento,<br />
que a capacita a diferenciar os instintos naturais das ações demoníacas que<br />
atingem as famílias, evitando assim a transferência da origem dos problemas.<br />
Daí, como Igreja, devemos fazer uso de nossas virtudes individuais para<br />
promovermos o bem estar social, afinal temos nosso comportamento<br />
controlado pelo Espírito Santo. Por esse motivo, os apóstolos Paulo e<br />
Marcos, dirigem-se à Igreja quanto ao fruto do Espírito, para buscá-lo e,<br />
aos maus desígnios, para evitá-los e combatê-los.<br />
Para reflexão:<br />
• O seu lar é um lar restaurado?<br />
• Deus é a Pessoa central no relacionamento em seu lar?<br />
• Você tem freqüentado os cultos que ajuda na restauração familiar, tais como:<br />
EBD, cultos doutrinários, de oração etc?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Dê algum texto bíblico que comprove que a família é uma instituição divina.<br />
2. Como a igreja pode contribuir para a restauração familiar?<br />
3. Mencione os meios pelos quais a família pode ser restaurada (Veja o tópico III).<br />
“Estes, pois, são os mandamentos, os<br />
estatutos e os juízos que mandou o<br />
SENHOR, vosso Deus, para se vos<br />
ensinar, para que os fizésseis na terra a<br />
que passais a possuir; para que temas ao<br />
SENHOR, teu Deus, e guardes todos os<br />
seus estatutos e mandamentos, que eu te<br />
ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu<br />
filho, todos os dias da tua vida; e que teus<br />
dias sejam prolongados” (Dt 6.1,2).
DEFENDENDO A VER<strong>DA</strong>DE<br />
Versículo Chave<br />
“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram<br />
da tua verdade, como tu andas na verdade”<br />
(3 João 3).<br />
Lição 11 - 10 de junho de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Ensinar que a Igreja precisa combater as heresias, os conceitos<br />
mentirosos que regem a sociedade e toda forma de mentira;<br />
• Mostrar como a mentira se manifesta e os males que ela causa para a<br />
Igreja e para a sociedade;<br />
• Destacar que o cristão está no mundo como agente da verdade.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Salmo 15.1-5) – Expressando a verdade<br />
Terça – (João 8.31-36) – Libertados pela verdade<br />
Quarta – (João 14.6) – Jesus Cristo a verdade<br />
Quinta – (Efésios 4.15-25) – Seguindo a verdade<br />
Sexta – (1João 2.3-6) – Vivendo na verdade<br />
Sábado – (3João 1-15) – Andando na verdade<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 256 - 304 - 523 (Harpa Cristã)<br />
3 João 1-15<br />
1 - O presbítero ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo.<br />
2 - Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde,<br />
assim como bem vai a tua alma.<br />
3 - Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua<br />
verdade, como tu andas na verdade.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 55<br />
4 - Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos<br />
andam na verdade.<br />
5 - Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos<br />
e para com os estranhos,<br />
6 - que em presença da igreja testificaram da tua caridade, aos quais, se<br />
conduzires como é digno para com Deus, bem farás;<br />
7 - porque pelo seu Nome saíram, nada tomando dos gentios.<br />
8 - Portanto, aos tais devemos receber, para que sejamos<br />
cooperadores da verdade.<br />
9 - Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o<br />
primado, não nos recebe.<br />
10 - Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo<br />
contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos,<br />
e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.<br />
11 - Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas<br />
quem faz mal não tem visto a Deus.<br />
12 - Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também<br />
nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.<br />
13 - Tinha muito que escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena.<br />
14 - Espero, porém, ver-te brevemente, e falaremos de boca a boca. (15)<br />
Paz seja contigo. Os amigos te saúdam. Saúda os amigos pelos seus nomes.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Estamos vivendo época de extrema falsidade entre as pessoas. Todas<br />
as camadas da sociedade têm usado a mentira como uma arma, para<br />
todas as situações. No entanto, como veremos nesta lição, a verdade é<br />
a arma mais poderosa que Deus nos deixou. Dizem que “a mentira tem<br />
pernas curtas”, mas a verdade é uma longa estrada para a vida eterna.<br />
Veremos nesta lição, o dever do cristão de praticar somente a verdade e,<br />
ao mesmo tempo, procurar detectar a mentira que cresce como uma erva<br />
daninha, causando sérios prejuízos para a vida cristã. A verdade absoluta é<br />
uma necessidade premente.<br />
I - PRATICANDO A VER<strong>DA</strong>DE (VV 1-8)<br />
Estamos tratando da verdade no sentido absoluto daquilo que é real e completo,<br />
em oposição com o que é irreal e incompleto (Mc 5.33; Ef 4.25). A fé cristã, em<br />
particular, é a verdade (Gl 2.5; Ef 1.13). Jesus afirmou que ele é a verdade<br />
personificada (Jo 14.6), e o Espírito Santo conduz os homens à verdade (Jo 16.13).<br />
Paulo chamou a cultura secular, os bens deste mundo, o sucesso, a fama
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 56<br />
e o status de “refugo”, “esterco”, “resto” (Fp 3.8) e Salomão declarou<br />
que todas as coisas são “vaidade” (Ecl 1.2). Somente Deus é apresentado na<br />
Bíblia, como sendo a realidade, “porque a lei foi dada por Moisés; a<br />
graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17), portanto, ele nos<br />
trouxe a realidade, pois verdade é realidade.<br />
1. Por meio de um amor verdadeiro – “O presbítero ao amado Gaio,<br />
a quem, na verdade, eu amo” (v 1) – Um amor verdadeiro não é fantasioso.<br />
Não apenas diz que ama, mas doa. Algumas dinâmicas apresentadas no<br />
momento dos louvores, muitas vezes não passam de fantasia e modismo.<br />
O apóstolo dá exemplo de amor que se preocupa, interessa e envolve<br />
(1Jo 3.18). Quer de fato saber o estado de seu irmão em Cristo: “Amado,<br />
desejo que te vá bem em todas as coisas... que tenhas saúde... assim<br />
como bem vai a tua alma” (v 2).<br />
2. Por meio de um testemunho verdadeiro – “Porque muito me<br />
alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como<br />
tu andas na verdade” (v 3,4) – O cristão deve ter atitudes transparentes. A<br />
sua vida deve ser uma carta aberta, para que possa ser lida por todos. Precisa<br />
ser íntegro nos negócios e no exercício do ministério cristão. Andar na verdade<br />
é lançar fora todo comportamento “fariseu”, que finge ser o que não é, e<br />
nega ser aquilo que de fato é (Mc 7.6,7). “Amado, procedes fielmente em<br />
tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos” (v 5).<br />
3. Por meio de uma cooperação com a verdade – “Portanto, aos<br />
tais devemos receber, para que sejamos cooperadores da verdade” (v<br />
8) – Os cooperadores da verdade se esforçam para disseminar a verdade.<br />
Aborrecem a mentira e combatem-na. Nunca são coniventes com os falsos<br />
cristãos na Casa de Deus, pois toda forma de pecado tem como base a<br />
mentira. “Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus<br />
mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2.4).<br />
II – DETECTANDO A AUSÊNCIA <strong>DA</strong> VER<strong>DA</strong>DE<br />
A mentira é falsidade e engano. Essencialmente é a declaração daquilo que<br />
se sabe ser uma falsidade, com a intenção de enganar (Jz 16.10-13). Na Bíblia,<br />
as mentiras mais condenáveis são: As fraudulentas (Lv 6.2,3), as que promovem<br />
condenação injusta (Dt 19.15), as promessas enganosas (Jr 14.14). A mentira<br />
pode ser expressa por meio de palavras (Pv 6.19), pelo modo de vida (Sl<br />
62.9), por meio do erro (2Ts 2.11), por meio de religião falsa (Rm 1.25).<br />
Os mentirosos têm como pai o diabo. “Vós tendes por pai ao diabo e<br />
quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o<br />
princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando<br />
ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 57<br />
da mentira” (Jo 8.44). Portanto, vejamos o que a ausência da verdade causa:<br />
1. Atitudes que suscitam o orgulho – “Tenho escrito à igreja; mas<br />
Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe” (v 9) –<br />
Diótrefes era um obreiro que desejava ter a primazia entre os irmãos. Queria o<br />
primeiro lugar. Foi este o sentimento de Satanás antes da queda. “Já foi derribada<br />
no inferno a tua soberba... tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e,<br />
acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono... Subirei acima das<br />
mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo... levado serás ao<br />
inferno, ao mais profundo do abismo” (Is 14.11; 13-15). Aí está uma grande<br />
mentira, Satanás não pode ser semelhante a Deus. No entanto, coloca no coração<br />
dos homens este desejo. “Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos<br />
outros e não buscando a honra que vem só de Deus?” (Jo 5.44).<br />
2. Palavras que fomentam a malícia – “Pelo que, se eu for, trarei à<br />
memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas”<br />
(v 10a) – Há muitos na igreja que jamais sairão do estado no qual se encontram.<br />
Permanecerão no pecado porque não se interessam em conhecer a verdade<br />
que os pode libertar (Jo 8.32). São pessoas “que aprendem sempre e nunca<br />
podem chegar ao conhecimento da verdade” (2Tm 3.7). São “crentes”<br />
maliciosos, carregados de toda imoralidade, duros de coração.<br />
3. Comportamento que promove inimizades – “e, não contente com<br />
isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança<br />
fora da igreja” (v 10b) – Diótrefes era não apenas orgulhoso e presunçoso,<br />
como também contencioso. Promovia a inimizade entre os irmãos, pois não recebia<br />
os cristãos, especialmente os obreiros, que chegavam de longe, e que precisavam<br />
de hospitalidade. Não recebia e impedia os que queriam fazê-lo.<br />
Esta não é a verdade ensinada por Jesus Cristo. Mas, “O meu mandamento<br />
é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém<br />
tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.<br />
Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.12-14).<br />
III – RECONHECENDO A NECESSI<strong>DA</strong>DE <strong>DA</strong> VER<strong>DA</strong>DE<br />
Paulo caracterizou o falso cristão dos nossos dias dizendo: “e desviarão<br />
os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4.4). Parece que em<br />
nenhuma outra época este texto teve tanto cumprimento. Como as pessoas<br />
hoje fogem da verdade! Dão atenção aos modismos de um evangelho préfabricado,<br />
repleto de facilidades e prazeres da carne.<br />
Por que precisamos praticar e viver em verdade?:<br />
1. É a prova de que temos visto a Deus – “Amado, não sigas o mal, mas<br />
o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus”<br />
(v 11) – O bem está relacionado com a verdade. Dizem que ela “dói”, mas ainda
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 58<br />
assim é melhor do que a mentira que mata. Para fazer o bem, precisamos ser<br />
verdadeiros em tudo que falamos e praticamos. Paulo fala da nova vida em Cristo<br />
Jesus e mostra as maravilhosas transformações pelas quais o crente deve passar,<br />
depois culmina dizendo: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um<br />
com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).<br />
2. É a prova de que estamos vivendo corretamente o cristianismo –<br />
“Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também<br />
nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é<br />
verdadeiro” (v 12) – Salomão afirmou que: “Há caminho que parece<br />
direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Pv 16.25).<br />
Podemos gastar todos os anos da nossa vida, num tremendo engano, achando<br />
que estamos vivendo conforme a verdade de Deus, mas como será, descobrir,<br />
no fim da jornada, que estávamos errados?<br />
Precisamos provar nossa crença, rever nossos conceitos, pois Satanás<br />
pode nos iludir com falsos sinais (2Ts 2.9).<br />
Nenhuma mentira tem parte com a verdade (1Jo 2.21), portanto, achar<br />
que podemos conviver com a mentira e com a verdade ao mesmo tempo, é<br />
grande engano. Se queremos ser aperfeiçoados em Cristo e, no final de<br />
todas as coisas, entrarmos na morada que Ele nos prometeu, precisamos<br />
nos apartar de tudo que pode ser conceituado como mentira e nos apegarmos<br />
à verdade absoluta (Ef 4.15; 1Jo 2.5; Ap 21.27; 22.15).<br />
CONCLUSÃO<br />
Verdade é realidade. Logo, tudo que é ilusório, mundano, é mentira, pois<br />
é efêmero. Portanto, apeguemos-nos à verdade, aplicando-a em toda a nossa<br />
vida: Palavras, ações, desejos etc.<br />
A única maneira de provarmos que estamos vivendo um cristianismo<br />
autêntico é permeando nossas ações pela verdade. O amor ao próximo, uma<br />
vida transparente, uma fé embasada nas Escrituras, um comportamento isento<br />
de hipocrisia, comprovam a veracidade da nossa prática cristã.<br />
Para reflexão:<br />
• Você já abandonou toda prática da mentira?<br />
• Você sabia que a mentira, em todas as suas formas, é pecaminosa, por que<br />
procede do diabo?<br />
• Você tem convicção de estar vivendo um cristianismo verdadeiro?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. Quais as três maneiras, pelas quais podemos praticar a verdade?<br />
2. De acordo com o tópico II, quais as maneiras de se detectar a mentira?<br />
3. Por que a verdade é tão necessária para o cristão?
PREPARANDO A NOVA GERAÇÃO<br />
Versículo Chave<br />
“Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração<br />
futura os louvores do Senhor, assim como a sua força<br />
e as maravilhas que fez.” (Salmos 78.4)<br />
Lição 12 - 17 de junho de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Ensinar que a geração de hoje precisa preparar a nova geração para o<br />
serviço de Deus;<br />
• Destacar que é necessário levantar profetas que façam a diferença nesta<br />
época;<br />
• Mostrar a necessidade de preparar crianças e jovens para serem os<br />
profetas depois desta geração.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Deteuronômio 6.1-24) – Ensinando a geração futura<br />
Terça – (Deteuronômio 29.22) – Alertando a geração futura<br />
Quarta – (Josué 24.14,15) – Falando do Senhor de geração a geração<br />
Quinta – (Juízes 2.10-13) – A corrupção da nova geração<br />
Sexta – (Salmo 24.6) – Geração dos que buscam ao Senhor<br />
Sábado – (Salmos 78.1-7) – Anunciando a Palavra à nova geração<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 281 - 459 - 509 (Harpa Cristã)<br />
Salmo 78.1-7<br />
1 - Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca.<br />
2 - Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade,<br />
3 - os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.<br />
4 - Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os<br />
louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 60<br />
5 - Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em<br />
Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos,<br />
6 - para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se<br />
levantassem e a contassem a seus filhos;<br />
7 - para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem<br />
das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos<br />
INTRODUÇÃO<br />
Preparar uma nova geração que busque ao Senhor e esteja pronta para<br />
servir, constitui-se em um dos maiores desafios da igreja na atualidade,<br />
principalmente por causa da grande influencia que o mundo tem exercido<br />
na vida dos nossos jovens. No entanto, esta difícil tarefa se torna possível<br />
quando colocamos em prática os ensinamentos do Senhor, preparando uma<br />
nova geração alicerçada nos seguintes princípios:<br />
I – QUE VALORIZE O PASSADO<br />
“(...) proporei enigmas da antiguidade, os quais temos ouvido e<br />
sabido, e nossos pais no-los têm contado.” (v. 2,3). Ao analisarmos a<br />
Palavra de Deus, percebemos que o Senhor sempre fez do passado um<br />
memorial constante com o intuito de preparar as novas gerações. Vejamos<br />
então qual a necessidade de se valorizar o passado:<br />
1. Para aprender o caminho – “Escutai a minha lei, povo meu; inclinai<br />
os ouvidos às palavras da minha boca.” (v. 1). Infelizmente a Palavra do<br />
Senhor tem estado ausente na vida de muitos cristãos, sendo associada a um<br />
passado distante e sem aplicação prática para a atualidade, o que tem<br />
influenciado negativamente as novas gerações. No entanto, se quisermos<br />
preparar uma geração que busque ao Senhor, devemos resgatar o ensino<br />
contínuo da Palavra de Deus, tornando-a o alimento diário para conduzir<br />
essa geração no caminho correto (Dt 6.6-9).<br />
2. Para glorificar a Deus – “(...) mostrando à geração futura os<br />
louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez.”<br />
(v. 4) Lembrar constantemente os milagres realizados pelo Senhor na vida de<br />
servos como Abraão, Moisés, Jacó, José e muitos outros, traz à nova geração<br />
um maior conhecimento e fé no poder, graça e misericórdia do nosso Deus.<br />
É glorificando ao Senhor por estes milagres do passado, que essa nova geração<br />
terá suas próprias experiências com Deus, podendo exaltar e glorificar o
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 61<br />
nome do Altíssimo, não somente pelo que fez no passado, mas por sua atuação<br />
em suas vidas no presente (Dt 7.9).<br />
3. Para imitar os bons exemplos – “para vos dar em nós mesmos<br />
exemplo, para nos imitardes.” (2Ts 3.9) Assim como aprendemos com os<br />
erros alheios, também aprendemos com os seus atos de justiça. Muitos<br />
exemplos dignos de imitação foram registrados por toda a narrativa bíblica,<br />
para mostrar às novas gerações que apesar das dificuldades é possível fazer<br />
o que é correto diante do Senhor (Tg 5.10,11). Por isso é imprescindível que<br />
exemplos de fé e coragem tanto provenientes da Palavra, quanto os que<br />
foram vivenciados no passado das gerações mais próximas, sejam<br />
constantemente lembrados para formar imitadores nessa nova geração que<br />
também terá o privilégio de servir ao Senhor (Fp 3.17).<br />
II – QUE ATUE NO PRESENTE<br />
“Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei<br />
em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus<br />
filhos” (v.5) A aprendizagem somente é percebida quando colocamos em<br />
prática o que aprendemos. Portanto, preparar uma nova geração é também<br />
fazê-la partir da teoria do passado para a ação do presente:<br />
1. Buscando intimidade com Deus – Buscar intimidade com Deus é<br />
deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, para subir cada degrau na escada<br />
da comunhão, visando o topo onde nos aguarda de braços abertos o<br />
nosso querido Mestre. Uma nova geração preparada para servir a Cristo<br />
deve fazer desta busca uma prática diária e constante, visto que é a sua<br />
intimidade com Deus que norteará toda a sua vida cristã. Afinal “Os justos<br />
clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angústias.<br />
Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os<br />
contritos de espírito.” (Sl 34.17,18).<br />
2. Agindo com perseverança – “Orando em todo tempo com toda<br />
oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e<br />
súplica por todos os santos” (Ef 6.18) Neste mundo tão cheio de problemas<br />
e dificuldades, a perseverança é cada vez mais necessária. Afinal é ela a<br />
confiança no Senhor, que nos possibilita caminhar mesmo em meio à<br />
turbulência; levantar após as quedas; prosseguir quando a vontade é ficar (Ef<br />
6.10-18). Aos que preparam as novas gerações, a perseverança também é<br />
fator crucial para não esmorecer diante daqueles que parecem perdidos (Mt<br />
18.11-14). É preciso lembrar que é a perseverança de Deus em salvar o<br />
homem, que nos permite usufruir da Sua misericórdia (Lc 19.10), portanto<br />
devemos agir praticando essa virtude.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 62<br />
3. Lutando contra as hostes infernais – “porque não temos que<br />
lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra<br />
as potestades, contra os príncipes das trevas deste século.” (Ef 6.12)<br />
Enquanto formamos as novas gerações para dar continuidade à obra do<br />
Senhor, o inimigo também tem agido formando seus liderados (Mt 13.25-<br />
28). Infelizmente o inimigo tem trabalhado com mais afinco e dinamismo do<br />
que a Igreja, e por isso muitos jovens têm sido arrastados pela ação<br />
demoníaca. É preciso que a igreja tome consciência da sua função como<br />
formadora das novas gerações, deixando todo o preconceito, preguiça e<br />
comodismo para lutar contra as hostes infernais, e principalmente, ensinando<br />
essa nova geração a se armar também contra esse feroz inimigo.<br />
III – QUE TRANSFORME O FUTURO<br />
“Para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que<br />
nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos” (v. 6). Em<br />
qualquer área de atuação, o futuro sempre será o reflexo das gerações<br />
anteriores. Essa transformação pode ser evidenciada da seguinte forma:<br />
1. Pelo seu exemplo de vida cristã – “Ninguém despreze a tua<br />
mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na<br />
caridade, no espírito, na fé, na pureza.” (1 Tm 4.12). Se observarmos<br />
bem, a igreja tem mudado bastante no decorrer da sua história e isso se<br />
deve às alterações ocorridas nas gerações anteriores. É o exemplo de vida<br />
cristã dos nossos jovens de hoje, que irão conduzir as gerações do futuro.<br />
Portanto, a igreja deve estar atenta a essas mudanças e prepará-las para<br />
que por meio de seu exemplo de vida cristã, possam influenciar<br />
positivamente às futuras gerações (1 Pe 5.5-10; Tt 2.7-14).<br />
2. Pela preparação de novos discípulos – Por meio de doze discípulos,<br />
Cristo alcançou multidões, pois no reino de Deus, a qualidade sempre<br />
superou a quantidade (Mt 10.2-4; At 6.7). No entanto, o mundo atual<br />
valoriza apenas os movimentos que mobilizam grandes multidões. É preciso<br />
deixar claro a esta nova geração, que para transformar o futuro não é preciso<br />
arrebanhar grandes massas, mas ensinar e transformar as pequenas vidas<br />
daqueles que os cercam (Rm 12.2).<br />
3. Pela esperança da vitória – “para que pusessem em Deus a<br />
sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus, mas<br />
guardassem os seus mandamentos” (v 7). A esperança em alcançar a<br />
coroa da vitória que será dada a todos aqueles que perseverarem (2Tm<br />
4.8) é a mola propulsora de todas as gerações desde o início do mundo.<br />
É a esperança de nos encontrarmos com o Mestre, que nos faz desafiar o
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 63<br />
tempo e de geração em geração dar continuidade à Sua obra, até o dia<br />
em que o Senhor virá nos buscar.<br />
CONCLUSÃO<br />
Nada é tão complexo e nem tão natural quanto o processo de formar<br />
novas gerações, pois durante todo o percurso da nossa vida, mesmo sem<br />
querer, estamos ensinando, influenciando e formando todos aqueles que fazem<br />
parte do nosso convívio. Portanto, é imprescindível que estejamos conscientes<br />
da importância de cada palavra e ação diante desta nova geração que terá a<br />
responsabilidade de conduzir a obra do Senhor.<br />
Para reflexão:<br />
• Como você tem influenciado as novas gerações?<br />
• Você se sente preparado para realizar esta tarefa?<br />
• O que você tem feito para influenciar positivamente essas novas gerações?<br />
Questionário para avaliação e debate:<br />
1. De acordo com o Salmo 78.4, o que devemos mostrar à geração futura e<br />
por quê?<br />
2. Por que Deus estabelecendo uma lei em Israel ordenou aos pais que “a<br />
fizessem conhecer a seus filhos” (Sl 78.5)<br />
3. De que maneira o discipulado pode contribuir no preparo de uma nova<br />
geração?<br />
No próximo<br />
trimestre estaremos<br />
estudando o seguinte tema:<br />
RESTAURANDO VI<strong>DA</strong>S EM RUÍNAS.<br />
Com a ajuda do Livro de Neemias, estaremos<br />
abordando questões que nos ajudarão a<br />
identificar as causas e a cura para as<br />
doenças psicossomáticas, que<br />
causam tantos males nestes<br />
últimos dias.
RECAPITULAÇÃO<br />
Versículo Chave<br />
“Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus<br />
seja conhecida dos principados e potestades nos céus”<br />
(Efésios 3.10)<br />
Lição 13 - 24 de junho de 2007<br />
Objetivos da Lição<br />
• Destacar os principais ensinos ministrados no trimestre;<br />
• Incentivar os alunos a uma tomada de posição diante do que foi aprendido;<br />
• Desafiar a cada irmão a viver por fé estes grandes desafios.<br />
Culto Familiar<br />
Segunda – (Mateus 5.1-12) – As bem-aventuranças<br />
Terça – (Mateus 14.13-24) – Comprometendo-se com missões<br />
Quarta – (1Coríntios 9,4-14) – provendo as necessidades dos missionários<br />
Quinta – (Filipenses 4.10-20) – Sendo fiel mantenedor<br />
Sexta – (Mateus 5.13-16) – Expandindo o Reino de Deus<br />
Sábado – (Efésios 3.9-12) – A multiforme sabedoria divina<br />
SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 065 - 127- 225 (Harpa Cristã)<br />
Efésios 3.9-12<br />
9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde<br />
os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;<br />
10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja<br />
conhecida dos principados e potestades nos céus,<br />
11 - segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor,<br />
12 - no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 65<br />
INTRODUÇÃO<br />
Finalizamos o estudo das lições crendo que alcançamos os resultados<br />
propostos, ou seja, conscientização e resposta aos grandes desafios<br />
que estão diante de nós, exigindo uma tomada de posição.<br />
O objetivo desta recapitulação é relembrar os ensinos de maior relevância<br />
apresentados nas lições do trimestre.<br />
I – <strong>OS</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong> MISSIONÁRIA<br />
1. Cumprir as Bem-aventuranças (Mt 5.1-12) - O Mestre se dirige<br />
aos seus seguidores, pois quer que eles sejam e façam o que ensina. Na sua<br />
doutrina está contido o dever do arrependimento, da transformação mental e<br />
da retidão, elementos essenciais do Reino de Deus.<br />
2. Comprometer-se com missões (Mt 14.13-24) - O trabalho missionário<br />
não é responsabilidade de um departamento da igreja. Na multiplicação dos<br />
pães, Jesus não delegou o trabalho somente a um discípulo. Repartir o pão<br />
exigiu a participação e a cooperação de todos. A evangelização do mundo<br />
não poderá jamais ser feita se não vivermos e seguirmos os mesmo princípios.<br />
3. Responder a chamada do Senhor (At 13.1-5; 16.9,10) - É verdade<br />
que nem todos irão ao campo, mas todos devem estar conscientes da chamada<br />
de Deus para ser “sal” e “luz” para as nações (Mt 5.13-16; Fp 2.15). Esta<br />
chamada é para levar o evangelho até aos confins da terra e para se envolver<br />
orando, apoiando e contribuindo (Fp. 4.14 -18).<br />
A maneira mais segura que temos de provar nossa chamada é por meio<br />
da palavra de Deus.<br />
4. Prover as necessidades pessoais dos missionários (1Co 9.4-14)<br />
- Missões é uma obra de fé e dependência de Deus, mas nas Escrituras vemos<br />
Deus suprindo as necessidades dos seus obreiros por meio do seu povo.<br />
Os filhos dos missionários, por extensão, são também missionários<br />
enviados pela igreja. Eles têm necessidades educacionais. Precisam de amigos,<br />
médicos, seguro, etc. Será que aqueles que deixaram suas famílias, seu país<br />
e igrejas, obedecendo a Palavra de Deus não devem receber também os<br />
mesmos cuidados? (Lc 18.29).<br />
5. Tornar-se fiel mantenedor (Fp 4.10-20) - A Bíblia diz em Lucas<br />
16.10: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito”. Logo, quem é<br />
infiel no pouco nunca terá o muito para administrar. Somos administradores<br />
dos bens que Deus colocou em nossas mãos, por isto, um dia prestaremos<br />
contas de tudo o que tivermos feito e da maneira como realizamos.<br />
Como proprietário, Deus tem concedido muitos bens a Seus
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 66<br />
administradores e espera que administrem de acordo com a Sua vontade, ou<br />
seja, que estes recursos sejam utilizados para a salvação de almas.<br />
II – <strong>OS</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong> COMO “SAL E LUZ”<br />
1. Ajudar na “expansão” do Reino de Deus (Mt 5.13-16) - Assim<br />
como as ofertas, no Antigo Testamento, deveriam conter sal (Lv 2.13), também<br />
hoje, devemos “salgar” a terra, levando Jesus a todos os povos, línguas e<br />
nações, a fim de salvá-los (Ap. 7.9).<br />
A “luz” foi prerrogativa para o ministério de Jesus, pois no evangelho de Mateus<br />
4.16,17a, está escrito figuradamente: “O povo que estava assentado em trevas<br />
viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da<br />
morte a luz raiou...”. Portanto, “... enchei-vos do Espírito Santo” (Ef 5.18).<br />
Mantendo a luz sempre acesa. O alcance do seu brilho vai além das fronteiras, para<br />
alguém que anda em trevas, em cadeias, hospitalizado, no vício, em pecado, sozinho.<br />
Deixe a tua luz brilhar para que “... anuncieis as virtudes daquele que vos<br />
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9b).<br />
2. Combater a decadência moral (Ef 5.8-17) - A passagem de Gálatas<br />
5.19-21, descreve bem a decadência do nosso país, de nossas famílias, do<br />
local do nosso trabalho, da nossa justiça etc. Novos padrões morais vão sendo<br />
incorporados a essa nova geração que não se preocupa com a moralidade e os<br />
bons costumes. A justiça corrompida e ameaçada se rende às ofertas vantajosas.<br />
Para esta caminhada é necessária uma conduta que reflete retidão,<br />
compartilhando da natureza de Cristo na “plenitude de Deus” (Ef 3.19) e<br />
consiste em participar da sua natureza moral (Mt 5.48).<br />
3. Combatendo as potestades do mal (Ef 6.10-20) - As armas que<br />
Paulo menciona, são dadas para que os cristãos possam ficar firmes contra<br />
as ciladas do diabo, “inteligências demoníacas”.<br />
A nossa guerra não consiste em enfrentar o homem e sim, os poderes dos<br />
principados, das potestades, dos príncipes das trevas deste século e das<br />
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. São poderosos, são<br />
malignos e são astutos. Portanto, precisamos de ajuda do alto. Deus, sabendo<br />
disto preparou uma roupa especial para os seus soldados que aceitaram o<br />
desafio da guerra contra as potestades infernais.<br />
4. Proclamando a justiça (Dt 16.18-20) – É a igreja, a noiva sem mácula,<br />
a única que tem o direito de representar a justiça divina e não pode ocultá-la (Sl<br />
40.9,10). Onde estiver deve manifestá-la, em casa, na escola, no trabalho, na<br />
rua, diante de pessoas conhecidas ou não, tanto aqui quanto em outra nação. E<br />
esta justiça precisa exceder à dos homens meramente religiosos (Mt 5.20).<br />
III – <strong>OS</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong> COMO
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 67<br />
REPRESENTANTE CRISTO<br />
1. Restaurar as famílias (Êx 12.3-14) - Alguns pais com a intenção de<br />
“poupar” seus filhos, muitas vezes, projetam homens e mulheres incapazes<br />
de formar uma família saudável, visto que não os educam eficazmente, não<br />
garimpam os tesouros do coração (Pv 22.6). A Igreja deve enfrentar tais<br />
problemas com base bíblica; levando a família a buscar nela a resposta e<br />
também orientação para seus problemas (Ef 6.4; Cl 3.21 e 1Tm 5.8).<br />
2. Defender a verdade (3Jo 1-12) - A fé cristã, em particular, é a verdade<br />
(Gl 2.5; Ef 1.13). Jesus afirmou que ele é a verdade personificada (Jo 14.6),<br />
e o Espírito Santo conduz os homens à verdade (Jo 16.13).<br />
Na Bíblia, as mentiras mais condenáveis são: As fraudulentas (Lv 6.2,3), as<br />
que promovem condenação injusta (Dt 19.15), as promessas enganosas (Jr 14.14).<br />
Se queremos ser aperfeiçoados em Cristo, precisamos nos apartar de<br />
tudo que pode ser conceituado como mentira e nos apegarmos à verdade<br />
absoluta (Ef 4.15; 1Jo 2.5; Ap 21.27; 22.15).<br />
3. Preparar uma nova geração (Sl 78.1-7) - Ao analisarmos a Palavra<br />
de Deus, percebemos que o Senhor sempre fez do passado um memorial<br />
constante com o intuito de preparar as novas gerações.<br />
Infelizmente a Palavra do Senhor tem estado ausente na vida de muitos<br />
cristãos, sendo associada a um passado distante e sem aplicação prática<br />
para a atualidade, o que tem influenciado negativamente as novas gerações.<br />
No entanto, se quisermos preparar uma geração que busque ao Senhor,<br />
devemos resgatar o ensino contínuo da Palavra de Deus, tornando-a o alimento<br />
diário para conduzir essa geração no caminho correto (Dt 6.6-9).<br />
CONCLUSÃO<br />
Ao encerrarmos o trimestre, rogamos ao Senhor que as verdades ensinadas<br />
por meio das lições fiquem gravadas no coração dos alunos da EBD.<br />
Vamos enfrentar os grandes desafios que estão postos diante de nós e<br />
saímos do anonimato, apresentando soluções viáveis à sociedade, pois<br />
servimos a Deus, maior do que qualquer desafio.<br />
QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO E DEBATES<br />
LIÇÃO UM<br />
1. O que Jesus quis dizer com “Não vos assemelheis, pois, a eles”? (Mt 6.8)<br />
2. Você pode mencionar de cor, as sete “bem-aventuranças” mencionadas na lição?<br />
LIÇÃO DOIS<br />
1. De acordo com a lição, o que é janela 10/40?<br />
2. Se missões é responsabilidade de todos, o que você está fazendo por missões?
Revista de Estudo Crescimento Bíblico 68<br />
LIÇÃO TRÊS<br />
1. Como podemos atuar em nossa igreja enquanto aguardamos a chamada divina?<br />
2. Qual a diferença entre o embaixador brasileiro e o embaixador de Cristo?<br />
(Tópico III, subtópico 3).<br />
LIÇÃO QUATRO<br />
1. Se missões é uma obra de fé, por que precisamos contribuir para o sustento<br />
dos missionários?<br />
2. Quais as sugestões que você pode dar para solucionar os problemas dos<br />
missionários que, na velhice, retornam à sua pátria?<br />
LIÇÃO CINCO<br />
1. Explique com suas próprias palavras o que significa ser administrador de bens.<br />
2. O que você pensa sobre a existência de “agências missionárias”?<br />
LIÇÃO SEIS<br />
1. Qual o significado de: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança” (Sl 2.8).<br />
2. Leia o texto de João 15.8, explicando-o e contextualizando-o.<br />
LIÇÃO SETE<br />
1. Segundo o Tópico I, quais as maneiras de combater a imoralidade?<br />
2. Segundo 1 Tessalonicenses 4.3, qual é a vontade de Deus?<br />
LIÇÃO OITO<br />
1. O que podemos entender por “inteligências demoníacas”?<br />
2. Segundo o Tópico II, subtópico 2, quais são as armas do cristão?<br />
LIÇÃO NOVE<br />
1. Mencione as formas de injustiça apresentadas no Tópico I, subtópico 1.<br />
2. Mencione dois fatos bíblicos que comprovem a manifestação do juízo divino.<br />
LIÇÃO DEZ<br />
1. Comprove, com argumentação bíblica, que a família é uma instituição divina.<br />
2. Como podemos melhorar a educação cristã na igreja e nos lares, para<br />
restaurar as famílias?<br />
LIÇÃO ONZE<br />
1. Leia e discuta o texto de 1 João 2.4.<br />
2. Leia e explique o texto de 2Tm 3.7.<br />
LIÇÃO DOZE<br />
1. Mencione algum texto bíblico onde Deus manda preparar a geração futura.<br />
2. Dê algumas sugestões de como preparar a nova geração para servir ao Senhor.