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OS GRANDES DESAFIOS DA IGREJA.p65 - ADGO

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Apr Apresent Apr esent esentação esent ação<br />

O mundo está em constante evolução, logo a sociedade sofre<br />

grandes mudanças em todos os sentidos. A Igreja está no mundo,<br />

apesar de não lhe pertencer, mas é inserida no contexto, de<br />

maneira que surge, a cada dia, a necessidade de rever seus<br />

conceitos e apresentar alternativas para os grandes conflitos<br />

mundiais. Também precisa impor um novo sistema que diferencie<br />

o cristão do pagão; o justo do injusto, a luz das trevas, a<br />

verdade da mentira. Daí a importância do tema para este<br />

trimestre: “Os Os g ggrandes<br />

gg<br />

andes desaf desafios desaf ios da da Ig Ig Igreja Ig Ig eja eja”. eja<br />

As lições abordarão assuntos de relevância, voltados para<br />

missões, comportamento, relacionamento com Deus, família e<br />

ministério. Desta forma, esperamos conscientizar cada cristão<br />

para uma tomada de posição diante deste mundo conturbado.<br />

O Senhor se dignará em abençoar o seu povo, com as mais<br />

ricas bênçãos espirituais nas regiões celestiais. Ele mesmo<br />

renovará e fortalecerá todos os que de boa vontade se dedicarem<br />

ao aprendizado por meio da nossa revista bíblica dominical:<br />

“Crescimento Bíblico”. Desta maneira poderemos vencer os<br />

grandes desafios que estão postos como enormes obstáculos para<br />

os filhos de Deus “para que, agora, pela igreja, a multiforme<br />

sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades<br />

nos céus” (Ef 3.10).<br />

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ


<strong>OS</strong> <strong>GRANDES</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong><br />

“Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos<br />

principados e potestades nos céus” (Efésios 3.10)<br />

LIÇÃO 01 -<br />

LIÇÃO 02 -<br />

LIÇÃO 03 -<br />

LIÇÃO 04 -<br />

LIÇÃO 05 -<br />

LIÇÃO 06 -<br />

LIÇÃO 07 -<br />

LIÇÃO 08 -<br />

LIÇÃO 09 -<br />

LIÇÃO 10 -<br />

LIÇÃO 11 -<br />

LIÇÃO 12 -<br />

LIÇÃO 13 -<br />

SUMÁRIO<br />

Cumprindo as bem-aventuranças<br />

Comprometendo-se com missões: “Há fome na terra!”<br />

Respondendo a chamada do Senhor<br />

Provendo as necessidades pessoais dos missionários<br />

Tornando-se fiel mantenedor<br />

Ajudando na expansão do reino de Deus<br />

Combatendo a decadência moral<br />

Combatendo as potestades do mal<br />

Proclamando a justiça<br />

Restaurando as famílias<br />

Defendendo a verdade<br />

Preparando a nova geração<br />

Resumo das lições (Recapitulação)<br />

COMENTÁRIO<br />

Marisol A. de Castro Carvalho (Prof. Pré-adolescentes)<br />

Jaques Gonçalves e Sirlene Gonçalves (Missionários)<br />

Raquel Braga de Assis (Profess. Infanto-Juvenil)<br />

Luciano da Silva Menezes (Equipe de Missões)<br />

Edmar Barros e Adriana Barros (Missionários)<br />

Elaine José Alves (Coord. do CENAT)<br />

Sônia Maria Mendes (Missionária)<br />

Fábio José Rocha (Missionário)<br />

EDITORAÇÃO<br />

Kleber Paulo Santana<br />

REVISÃO ORTOGRÁFICA<br />

Antônia B. Costa Carvalho<br />

Danusa Garcia Alves<br />

SUPERVISÃO<br />

Natanael Nogueira de Sousa<br />

Pastor Presidente<br />

BÍBLIA<br />

Edição Revista e Corrigida<br />

WWW.<strong>ADGO</strong>.COM.BR<br />

Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor<br />

Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF


CUMPRINDO AS<br />

BEM-AVENTURANÇAS<br />

Versículo Chave<br />

“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e<br />

nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor<br />

da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito”<br />

Tiago 1.25<br />

Lição 01 - 01 de abril de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Interpretar as Palavras do Senhor, mostrando sua aplicação prática<br />

para o cristão;<br />

• Mostrar a necessidade de que a Igreja viva de acordo com este ensino,<br />

a fim de influenciar o mundo;<br />

• Destacar os principais ensinos do texto.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Salmo 32.1) – Bem-aventurados os perdoados<br />

Terça – (Salmo 40.4) – Bem-aventurados os que confiam no Senhor<br />

Quarta – (Salmo 128.1) – Bem-aventurados os que temem ao Senhor<br />

Quinta – (Mateus 24.46) – Bem-aventurados os servos<br />

Sexta – (Apocalipse 1.3) – Bem-aventurados os que lêem e ouvem a Palavra<br />

Sábado – (Mateus 5.1-12) – Bem-aventurados os que seguem a Cristo<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 046 - 232 - 469 (Harpa Cristã)<br />

Mateus 5.1-12<br />

1 - Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se,<br />

aproximaram-se dele os seus discípulos;<br />

2 - e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:<br />

3 - Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;<br />

4 - bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 4<br />

5 - bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;<br />

6 - bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles<br />

serão fartos;<br />

7 - bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão<br />

misericórdia;<br />

8 - bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;<br />

9 - bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados<br />

filhos de Deus;<br />

10 - bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,<br />

porque deles é o Reino dos céus;<br />

11 - bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e,<br />

mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.<br />

12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus;<br />

porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Um dos grandes desafios da Igreja é o cumprimento das bemaventuranças,<br />

ensinadas por Jesus Cristo, pois é pela sua prática<br />

que os cristãos farão valer a diferença entre os que servem a Deus e<br />

os que não o servem, entre a luz e as trevas.<br />

I – ELAS CORRESPONDEM AO ENSINO DE JESUS<br />

NO MONTE – (VV 1,2)<br />

O Sermão do Monte está entre os ensinos de Jesus mais conhecidos,<br />

porém, o menos compreendido e pouco obedecido.<br />

Apesar de o texto básico abranger apenas os doze primeiros versículos<br />

do capítulo cinco, queremos discorrer abreviadamente sobre o sermão até o<br />

capítulo 7.29, para que tenhamos uma visão mais ampla do significado das<br />

bem-aventuranças.<br />

1. O público alvo dos ensinos de Jesus no monte – “Jesus, vendo a<br />

multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele<br />

os seus discípulos” – O Mestre se dirige aos seus seguidores, pois quer<br />

que eles sejam e façam o que ensina. Na sua doutrina está contido o dever<br />

do arrependimento, da transformação mental e da retidão, elementos<br />

essenciais do Reino de Deus.<br />

Muitos estudiosos das Escrituras relacionam este acontecimento com o que<br />

ocorreu no Monte Sinai. Sendo assim, o texto chave é: “Não vos assemelheis,


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 5<br />

pois, a eles” (Mt 6.8), que nos faz lembrar de Lv 18.3: “Não fareis segundo<br />

as obras da terra do Egito”. Da mesma forma como a lei de Moisés traçava<br />

um contraste entre o povo de Deus e as nações pagãs, assim, o sermão do<br />

monte contrasta o comportamento do cristão com o do não cristão.<br />

2. A importância dos ensinos de Jesus no monte – “... e, abrindo a<br />

boca, os ensinava, dizendo:” – A relevância dos ensinos de Jesus no monte<br />

para a vida moderna, pode ser notada quando analisamos o seu conteúdo:<br />

• O caráter cristão (Mt 5.3-12) – Mostra-nos que a felicidade do cristão<br />

é em decorrência da prática destes ensinos em relação a Deus e aos homens;<br />

• A influência do cristão (Mt 5.13-16) – Pela comparação com o sal e<br />

a luz podemos entender que o cristão deve exercer forte influência sobre a<br />

sociedade corrompida;<br />

• A justiça do cristão (Mt 5.17-48) – A grandeza do reino de Deus se<br />

mede pela conformidade com os ensinamentos morais da Lei e dos profetas,<br />

os quais Jesus veio cumprir;<br />

• A piedade do cristão (Mt 6.1-18) – Esta deve sobressair pela verdade<br />

e sinceridade dos filhos de Deus;<br />

• A ambição do cristão (Mt 6.19-34) – A nossa nova ambição deve ser<br />

buscar a glória de Deus, despojando-nos da nossa própria;<br />

• Os relacionamentos do cristão (Mt 7.1-20) – Novos relacionamentos<br />

surgem e os antigos são modificados, quando nos relacionamos<br />

adequadamente com o Senhor;<br />

• Uma dedicação cristã (Mt 7.21-29) – Melhor que chamar Jesus de<br />

Senhor é cuidarmos no que dizemos e no que fazemos.<br />

II – ELAS SÃO A PRÁTICA CRISTÃ NA TERRA – (VV 3-12)<br />

As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do<br />

povo cristão. Assim como o fruto do Espírito Santo deve se expressar no<br />

caráter cristão, as bem-aventuranças devem permear toda a sua conduta diária:<br />

1. “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino<br />

dos céus” (v 3) – A palavra pobre significa, literalmente, passar necessidades<br />

materiais. No entanto, a pessoa pobre, muitas vezes não tinha em quem confiar<br />

a não ser em Deus, por isso, o termo pobreza recebeu, gradualmente, forma<br />

espiritual, adquirindo a idéia de humildade e dependência de Deus (Sl 34.6).<br />

O “pobre de espírito” é aquele que reconhece a própria falência diante<br />

de Deus, merecedor da ira e do juízo divinos. Nada a oferecer, nada a<br />

reivindicar, nada com que comprar o favor dos céus. No entanto, são<br />

ricos por que o reino lhes pertence.<br />

2. “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 6<br />

consolados” (v 4) – É um interessante paradoxo: “Felizes os tristes”. É a<br />

tristeza do arrependimento que produz alegria (At 15.3). Exatamente o<br />

contrário daqueles que vivem uma alegria, por causa de motivos mundanos.<br />

“Ai de vós que agora rides!” (Lc 6.25).<br />

O salmista chorava porque os homens desprezavam a lei do Senhor (Sl<br />

119.136). Paulo chorava por causa dos perturbadores do evangelho (Fp 3.18).<br />

Na glória seremos consolados, pois o pecado não mais existirá e, Deus<br />

enxugará dos nossos olhos toda lágrima (Ap 7.17).<br />

3. “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (v 5) –<br />

O significado de manso é uma pessoa “gentil”, “atenciosa”, “cortês”. Sabemos<br />

que é relativamente fácil ser honesto diante de Deus e se reconhecer pecador diante<br />

Dele. No entanto, como é difícil permitir que alguém diga uma cousa dessas de nós.<br />

Segundo o Dr. Lloyde-Jones, “A mansidão é, em essência, a<br />

verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na<br />

atitude e na conduta para com os outros”.<br />

Embora os mansos sejam despojados e privados dos seus direitos pelos<br />

homens, são eles que reinarão com Cristo e possuirão a terra (Sl 37.11).<br />

4. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles<br />

serão fartos” (v 6) – A justiça tem pelo menos três aspectos nas Escrituras:<br />

1) – Legal – É a justificação, um relacionamento correto com Deus. Os<br />

Judeus buscaram a lei da justiça e não alcançaram. Procuraram estabelecer<br />

a sua própria justiça e não se sujeitaram à que vem de Deus por meio de<br />

Jesus Cristo (Rm 9.30-33; 10.1-4).<br />

2) – A justiça moral – É a justiça de caráter e de conduta que agrada a<br />

Deus (Jó 1.1).<br />

3) – A justiça social – Refere-se à busca por meio da libertação do<br />

homem da opressão, promoção dos direitos civis, da justa aplicação da lei<br />

nos tribunais, da integridade nos negócios e nos relacionamentos familiares.<br />

5. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão<br />

misericórdia” (v 7) – A misericórdia e compaixão pelo semelhante, sempre<br />

envolve dor, miséria e desespero em conseqüência do pecado.<br />

Jesus não especificou os tipos de pessoas a quem devemos exercer<br />

misericórdia, pois Deus é misericordioso para com todos. Portanto, como<br />

seus filhos, devemos fazer o mesmo (Mt 5.45; Lc 6.36).<br />

Felizes os que exercem misericórdia, pois Deus os tratará assim também.<br />

6. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 7<br />

Deus” (v 8) – Refere-se a uma pureza interior. A mesma solicitada por Davi,<br />

após cometer pecado (Sl 51.6,7). Jesus questionou a “pureza” dos fariseus<br />

porque era apenas exterior (Lc 11.39). Uma pureza de coração adequada é<br />

descrita no Salmo 24.4: “Aquele que é limpo de mãos e puro de coração,<br />

que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente”.<br />

No nosso relacionamento com Deus e com os homens, devemos estar<br />

livres de falsidade, demonstrando uma vida transparente. Somente os puros<br />

de coração verão a Deus (Sl 15.1,2).<br />

7. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados<br />

filhos de Deus” (v 9) – Os seguidores de Jesus devem ser pacificadores, no<br />

que tange à Igreja e à sociedade. Jamais devemos ser responsáveis por<br />

conflitos. O cristão deve buscar a paz e segui-la (Hb 12.14; 1Pe 3.11), e<br />

sempre que for possível tela com todos os homens (Rm 12.18). Os<br />

pacificadores serão chamados filhos de Deus, pois se empenharam em fazer<br />

o mesmo que o seu Pai celeste fez (Cl 1.20).<br />

Por fim, o discípulo de Jesus entrará na glória confiante porque a sua<br />

tristeza momentânea dará lugar a uma grande alegria, pelo fato de ter sido<br />

perseguido por causa da justiça divina (v 10). A sua felicidade justificará o<br />

tempo suportado em injúria, perseguição e mentiras por causa do nome de<br />

Jesus Cristo (v 11). Jesus então diz: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande<br />

o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que<br />

foram antes de vós” (v 12).<br />

CONCLUSÃO<br />

A felicidade do cristão não está em possuir coisas nem em ser um vencedor<br />

neste mundo. Pelo contrário, perderá muitas vezes, para conquistar algo<br />

superior. Felizes são os que cumprem os mandamentos do Senhor, que sabem<br />

estabelecer a diferença entre os filhos de Deus e os filhos da ira vindoura.<br />

Os bem-aventurados possuirão o Reino dos céus, serão consolados,<br />

herdarão a terra, serão fartos, alcançarão misericórdia, verão a Deus, serão<br />

chamados filhos de Deus, receberão grande galardão nos céus.<br />

Para reflexão:<br />

• De acordo com o contexto da lição, você se considera um discípulo de Jesus?<br />

• A sua ambição está em conformidade com Mt 6.19-34?<br />

• Você é um cristão feliz de acordo com o “sermão do monte”?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. O que significa ser “bem-aventurado”?<br />

2. O que é ter “fome” e “sede” de justiça?<br />

3. Explique o significado de “limpos de coração”.


COMPROMETENDO-SE COM<br />

MISSÕES: “HÁ FOME NA TERRA”<br />

(Comentarista: Missionária Sônia Maria Mendes)<br />

Versículo Chave<br />

“Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós<br />

de comer” (Mateus 14.16)<br />

Lição 02 - 08 de abril de 2007<br />

Sônia Maria Mendes<br />

- Nasceu aos 27 de Julho de 1962 - Santa Inês/Ma.<br />

- Começou seu ministério em 05/09/1989: No Peru seis<br />

anos; três anos no México; seis meses nos Estados unidos.<br />

Nestes sete anos no Senegal tem apoiado o evangelismo<br />

em busca dos perdidos na Guatemala, em El Salvador e<br />

noutras localidades.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Mateus 28.19,20) – Alimentando a todas as nações<br />

Terça – (Marcos 16.15) – Alimentando a toda criatura<br />

Quarta – (João 4.35) – Vede os campos brancos<br />

Quinta – (João 15.16) – Vá e dê fruto<br />

Sexta – (Romanos 10.13-15) – Anunciai cousas boas<br />

Sábado – (Mateus 14.13-24) – Dai-lhes de comer<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 016 - 065 - 224 (Harpa Cristã)<br />

Mateus 14.13-24<br />

13 - E Jesus, ouvindo isso, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto,<br />

apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.<br />

14 - E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima<br />

compaixão para com ela, curou os seus enfermos.<br />

15 - E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele,


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 9<br />

dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para<br />

que vão pelas aldeias e comprem comida para si.<br />

16 - Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.<br />

17 - Então, eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.<br />

18 - E ele disse: Trazei-mos aqui.<br />

19 - Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os<br />

cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e,<br />

partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão.<br />

20 - E comeram todos e saciaram-se, e levantaram dos pedaços que<br />

sobejaram doze cestos cheios.<br />

21 - E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres<br />

e crianças.<br />

22 - E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e<br />

fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão.<br />

23 - E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada<br />

já a tarde, estava ali só.<br />

24 - E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o<br />

vento era contrário.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Ocristão não vive sozinho, num vácuo. Ele é membro da raça<br />

humana, criado por Deus e regenerado por Cristo. Por isso, deve<br />

informar-se da realidade de um mundo carente de Deus. O<br />

panorama das necessidades mundiais é gigantesco.<br />

O nosso objetivo ao escrever esta lição é conhecer alguns aspectos da situação<br />

mundial, para que sintamos o impacto das necessidades urgentes e venhamos a<br />

agir em termos práticos. Entendemos que quando estudamos um tema deste nível:<br />

“Comprometendo-se com missões: Há fome na terra!”, não podemos fazêlo<br />

sem considerar os desafios que a humanidade apresenta.<br />

Mt 14.14, nos ensina o seguinte: “E Jesus, saindo, viu uma grande multidão<br />

e, possuído de íntima compaixão para com ela curou os seus<br />

enfermos”. Como igreja, precisamos chegar a uma perspectiva realista<br />

dos acontecimentos importantes que ocorrem hoje em nossa volta. Sabemos que não<br />

somente a fome física se multiplicou de uma maneira devastadora em todas as partes<br />

do globo, mas, também, a fome espiritual cresce a cada dia numa grande escala, em<br />

todas as partes da terra. Então vejamos:<br />

I – MISSÕES É UMA CONTINUAÇÃO <strong>DA</strong> OBRA DE CRISTO<br />

“Jesus, porém lhes disse: Não e mister que vão, dai-lhes vos de


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 10<br />

comer” - Mt 14.16 - De acordo com o texto, os discípulos tinham três grandes<br />

desafios a vencer naquele momento: A escassez de alimento, insuficiência<br />

de recursos e a multidão faminta no meio do deserto. Examinando as escrituras,<br />

vemos que tanto nos dias de Jesus, como no tempo presente, as necessidades<br />

espirituais da humanidade são as mesmas. Jesus não nos chamou somente para<br />

estar com ele desfrutando da sua presença, mas também, para ir a todos os<br />

povos e nações da terra para anunciar o arrependimento e a remissão de<br />

pecados em seu nome (Lc 24.47; Jo. 17,18).<br />

1. A situação do mundo nos dias atuais (Mc 16.15) – Existem 6,5 bilhões<br />

de habitantes sobre a terra, dos quais dois bilhões não têm acesso a um<br />

testemunho efetivo do evangelho. Existe um lugar onde vive uma<br />

grande concentração de grupos étnicos, essa região é chamada janela 10/40.<br />

Se traçarmos no mapa mundial uma linha 40 graus acima do norte do Equador,<br />

e traçarmos outra linha 10 graus abaixo do norte, encontraremos uma janela que<br />

abarca 60 países. Ali vivem os mais pobres da terra; a área menos evangelizada,<br />

onde existe o menor número de missionários. É onde se encontra um bilhão de<br />

mulçumanos; 938 milhões secularistas, 820 milhões hindus, 400 milhões budistas,<br />

383 milhões maoístas, 176 milhões de grupos étnicos tribais animistas. Nestas<br />

regiões tão resistentes a pregação do evangelho, é onde a Bíblia tem sido menos<br />

traduzida. Das 6.858 línguas faladas no mundo somente 366 línguas<br />

têm a Bíblia inteira traduzida, 928 tem o NT, 918 apenas porções do NT,<br />

4.646 línguas não têm a Bíblia traduzida. Sem sombra de dúvida, o crescimento<br />

de falsas religiões e a escassez da Palavra de Deus é uma grande evidencia<br />

da fome espiritual que reina em nossos dias.<br />

2. A fome dentro do contexto Bíblico - Quando falamos<br />

de fome, não falamos de algo que seja desconhecido. Em Gn. 12.10,<br />

encontramos a primeira menção bíblica sobre o tema. O povo de Deus, no<br />

AT, enfrentou situações extremas por falta de alimentos, que foram<br />

produzidas por conflitos políticos (2Reis 6.24,25), ou juízo divino por causa<br />

da desobediência do seu povo (Jr 14,15; 38.9), manifestando autoridade sobre<br />

a natureza (Sl. 105.16). A igreja primitiva também enfrentou as dificuldades da<br />

fome, de maneira que os que tinham mais recursos, socorriam os irmãos pobres<br />

da Judéia (At 11.28). Hoje, em todos os lugares onde o evangelho está sendo<br />

anunciado, enfrentamos diariamente os mesmo desafios.<br />

3. A fome dentro do panorama mundial - Segundo os dados da ONU, a<br />

fome tornou-se um problema de grande abrangência em todas as nações. A cada<br />

dia 100 mil pessoas morrem por falta de alimento. A cada sete segundos, morre<br />

uma criança de fome. Em 2002, 840 milhões de pessoas morreram de fome. Quase<br />

800 milhões de homens, mulheres e crianças de todo o mundo sofre de desnutrição<br />

aguda e crônica. Na Ásia, 70% de sua população morre de fome. O Continente


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 11<br />

Africano, conhecido como o mais pobre do mundo, vive em total miséria, tendo<br />

40% de seus habitantes em completo desespero por insuficiência de alimento. Diante<br />

de todos estes acontecimentos, sem sombra de dúvida, a responsabilidade da<br />

igreja do Senhor, não é menor que dos discípulos no passado.<br />

II – MISSÕES É UM DESAFIO CA<strong>DA</strong> VEZ MAIOR<br />

(Mt 15.32-39)<br />

Coxos, cegos, mudos, aleijados, e muitos outros que foram colocados<br />

aos seus pés eram pessoas com necessidades específicas que exerciam um<br />

trabalho exaustivo e demorado, tanto que eles ficaram três dias com o Senhor e<br />

os seus discípulos no deserto. Realmente é surpreendente a pergunta que<br />

os discípulos fizeram a Jesus, depois de haver participado de um trabalho<br />

de tal magnitude. Como puderam esquecer tão rápido a primeira<br />

multiplicação. Nesta segunda multiplicação, embora tendo mais recursos,<br />

com sete pães e alguns peixes, não tiveram a visão de trazê-los a<br />

Jesus para serem multiplicados. Infelizmente em muitos lugares esta mesma<br />

realidade se aplica literalmente a Igreja dos últimos dias.<br />

1- A Igreja, agência missionária de Deus na terra (Ef 3.10) - No<br />

livro de Atos, nos capítulos 1-13, onde a história está registrada encontramos<br />

uma verdadeira explosão evangelística, tendo Antioquia como quartel general,<br />

que evangelizava, implantava igrejas, formava e enviavam obreiros. Este é o<br />

padrão de Deus, e o seu eterno propósito. Nada deteve a marcha dos seus<br />

servos no passado: Perseguição, provas, falta de recursos. Hoje todos os<br />

povos da terra estão famintos à espera da palavra de Deus, no entanto, a<br />

igreja está agindo exatamente como os discípulos cuja única preocupação é<br />

saber de onde virão os recursos, ao invés de fazer uso deles.<br />

2. A Igreja deve permanecer fiel no cumprimento de sua missão (At<br />

9.31) - Edificada por Cristo (Mt 16.18), nada na terra é mais valioso e<br />

importante para Deus que a sua santa igreja. Ele entregou o seu próprio filho,<br />

que na sua morte pagou um alto preço por ela (Ef 5.26,27). Jesus<br />

reuniu a igreja e lhe deu todos os recursos para continuar a obra que ele iniciou<br />

(Ef 4.11,12 e 1Co 12.28).<br />

3. O êxito da Igreja depende da obediência e fidelidade de seus<br />

membros - Como corpo de Cristo e seus membros em particular, um dia<br />

cada um de nós prestaremos contas ao Senhor. Em Mt 25.14,15, vemos<br />

como é grande nossa responsabilidade. O talento da parábola representa<br />

nossos dons, aptidões, recursos, tempo e oportunidade para servir ao Senhor<br />

e expandir seu reino. Os talentos que Jesus nos confiou são para que possamos<br />

administrá-los fielmente até que ele venha.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 12<br />

III – MISSÕES É O DESAFIO FINAL - Mt 14.19<br />

Humanamente falando, quando analisamos Mt 14.16, a incumbência que<br />

os discípulos receberam de alimentar a multidão faminta, parecia uma missão<br />

impossível. Por outro lado, aprendemos aqui que, em Jesus, encontramos o<br />

programa completo de Deus para alimentar os famintos (Jo 6.33). As nossas<br />

limitações humanas ou financeiras, não vão impedir jamais a realização da<br />

obra de Deus e o empreendimento missionário.<br />

1. O instrumento de Deus para alcançar os perdidos (Jo. 4.35) - É<br />

provável que os primeiros discípulos nem conhecessem a palavra estratégia. No<br />

entanto, vemos que nos três anos de convivência com Jesus, aprenderam que,<br />

para alcançar os perdidos, era preciso ir para o lugar certo e na hora certa. No<br />

deserto, às margens do mar da Galiléia, foi que tiveram o privilégio de servir pela<br />

segunda vez a 4 mil homens fora mulheres e crianças. Este é o plano missionário<br />

de Deus que deve ser o enfoque de nossa vida cristã (Jo 15.16).<br />

2. Uma tarefa inacabada (Rm 10.13-15) - O que devemos fazer diante<br />

de uma responsabilidade tão grande? Qual é o nosso papel para que o reino de<br />

Deus possa ser estabelecido nas 100 tribos brasileiras que não têm a Bíblia<br />

traduzida na sua própria língua? Nós que somos membros ativos de uma igreja,<br />

o que podemos fazer para que a grande comissão seja cumprida e os povos da<br />

Ásia, América latina, África e Oceania, ouçam a Palavra de Deus? O trabalho<br />

missionário não é responsabilidade de um departamento da igreja. Na<br />

multiplicação dos pães, Jesus não delegou o trabalho somente a um discípulo.<br />

Repartir o pão exigia a participação e a cooperação de todos. De outra maneira,<br />

seria impossível alimentar a multidão. A evangelização do mundo não poderá<br />

jamais ser feita se não vivermos e seguirmos os mesmo princípios.<br />

3. Os resultados da nossa missão (Mt 14.19) - Graças a Deus, a<br />

história de missões no passado e no presente está repleta de heroísmo e<br />

ousadia. A presença constante de Jesus em nossas vidas é a garantia da<br />

nossa vitória (Mt 28.19). Sabemos que o trabalho missionário exige renúncia<br />

e uma entrega incondicional ao Senhor.<br />

Louvamos a Deus pela vida de muitos nas igrejas que têm respondido<br />

positivamente ao “Ide” de Jesus, preparando, enviando e sustentado<br />

homens e mulheres que Deus tem chamado para lançar a foice em mais de<br />

2 bilhões de hastes de trigo, que estão maduros para a colheita e que um<br />

dia estará diante do Trono do Cordeiro (Ap 5.9; 7.9).<br />

CONCLUSÃO<br />

Quero terminar esta lição fazendo algumas perguntas, sabendo que


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 13<br />

certamente não obterei as respostas imediatamente. Porém, o meu desejo é<br />

que cada um de nós possamos refletir antes de qualquer resposta.<br />

O que nos reserva o amanhã? Que diremos do nosso futuro como igreja?<br />

Será que continuaremos preparando, sustentando e enviando mais<br />

missionários? Como serão os programas das juntas de missões, agências e<br />

organizações missionárias neste século? Será que missões não passará de<br />

mais um modismo religioso?<br />

Sabemos, com certeza, que independente da resposta que tivermos como<br />

igreja o espírito missionário de Deus continuará fluindo da sua natureza sublime.<br />

Seu amor e misericórdia reinarão universalmente. Assim como Jesus usou os<br />

discípulos para alimentar a multidão no deserto e proveu aos missionários<br />

através dos séculos, igualmente ele nos capacitará, a mim e a você, para que<br />

façamos parte significativa da historia de missões do nosso tempo.<br />

Para reflexão:<br />

• Qual é o nível do seu comprometimento com a obra missionária?<br />

• Quantas pessoas tiveram a fome espiritual saciada por você em 2006?<br />

• Você consegue orar agradecendo a Deus pela obra missionária, sem culpa?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Quando Jesus ordena “dai-lhes vos de comer” (Mt 14.16), o que isto tem<br />

a ver com missões?<br />

2. Por que missões é um desafio cada vez maior? (Veja o tópico II)<br />

3. Por que missões é uma tarefa inacabada? (Veja tópico III e subtópico 2)<br />

DEPARTAMENTO DE<br />

EDUCAÇÃO CRISTÃ<br />

Existe Existe para para prestar prestar ser serviços ser viços<br />

didáticos.<br />

didáticos.<br />

CURSO PARA O 2 SEMESTRE DE 2007.<br />

. CURSO PARA OBREIRO<br />

Procure-nos!<br />

Procure-nos!


RESPONDENDO A CHAMA<strong>DA</strong><br />

DO SENHOR<br />

(Comentarista: Pr. Fábio José Rocha)<br />

Versículo Chave<br />

“E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia,<br />

concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos<br />

o evangelho” (Atos 16.10)<br />

Lição 03 - 15 de abril de 2007<br />

Pr. Fábio José Rocha e Família<br />

Trabalhou no Peru durante dois anos e no Senegal<br />

mais de dez anos. Voltou ao Brasil ficando<br />

hospedado na Kairós durante cinco anos. Atualmente<br />

está em Toledo na Espanha. Completou 18 anos de<br />

missões Aproximadamente.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Isaias 6.1-9) – Chamada de Isaias<br />

Terça – (Jeremias 1.6-10) – Chamada de Jeremias<br />

Quarta – (Atos 16.9,10) – Chamada de Paulo<br />

Quinta – (Romanos 10.13-15) – Chamada para pregar boas novas<br />

Sexta – (1Pedro 2.9,10) – Chamada de todos os cristãos<br />

Sábado – (Atos 13.1-5) – Chamada pelo Espírito Santo<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 011 - 127 - 355 (Harpa Cristã)<br />

Atos 13.1-5; 16.9,10<br />

1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a<br />

saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que<br />

fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.<br />

2 - E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartaime<br />

a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 15<br />

3 - Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.<br />

4 - E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e<br />

dali navegaram para Chipre.<br />

5 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas<br />

dos judeus; e tinham também a João como cooperador.<br />

Atos 16.9,10<br />

9 - E Paulo teve, de noite, uma visão em que se apresentava um varão da<br />

Macedônia e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos!<br />

10 - E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia,<br />

concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Os planos de Deus são eternos e o Senhor decidiu nos envolver na<br />

tarefa de proclamação do evangelho às nações. Cabe à Igreja,<br />

conscientemente, cumprir a missão de Cristo na terra e motivar aos<br />

que já estão no campo e a outros a atenderem a chamada. A negligência<br />

nesta área tem sido um dos grandes obstáculos para o avanço do evangelho<br />

até aos confins da terra.<br />

I – A QUEM O SENHOR CHAMA PARA A SUA OBRA?<br />

1. Aos salvos - É importantíssimo que seja o requisito primário daqueles<br />

que estão sendo chamados para obra missionária. Estes devem ter uma<br />

experiência do novo nascimento, já que uma das grandes necessidades da<br />

obra missionária é a evangelização do mundo. Como convidarão outros a<br />

fazerem parte do reino celeste se não têm esta convicção? (Jo 3.3). Os salvos<br />

jamais dirão não ao chamado do Senhor (At 9.15,16; 16.9,10).<br />

2. Aos servos - Todo cristão, antes de receber o chamado, já deve ser prático<br />

e disponível para servir na igreja local, servindo aos irmãos. Muitos se tornam<br />

missionários quando estão fazendo o curso de missões, outros quando entram<br />

no avião, mas ser servo é uma vida prática que não se acaba enquanto estivermos<br />

nesta terra. Conheço muitos que são chamados, mas não são servos. O maior<br />

exemplo de servo é Jesus Cristo (Fp. 2.6-8). O servo está mais relacionado<br />

com seu caráter do que com seu carisma. É cheio do Espírito Santo para<br />

trabalhar (At. 6.3), e cheio do fruto do Espírito (Gl. 5.22). Muitos têm carisma,<br />

mas não são servos na seara do Mestre, usam seus dons mais para se projetarem<br />

do que para servirem ao Rei dos reis.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 16<br />

Na igreja de Antioquia havia um grupo de obreiros que serviam ao Senhor:<br />

“E, servindo eles ao Senhor” (At.13.2). Esta ação está antes da chamada<br />

para o campo transcultural que o Espírito Santo fez a Paulo e Barnabé, que<br />

serviram sem pensar em recompensa do homem, e sim por gratidão por tudo<br />

que Jesus fizera (1Co 15.58).<br />

3. Toda a Igreja - É verdade que nem todos irão ao campo, mas todos devem<br />

estar conscientes da chamada de Deus para ser “sal” e “luz” para as nações<br />

(Mt 5.13-16; Fp 2.15). Esta chamada é para levar o evangelho até aos confins<br />

da terra. Como uma igreja pode atender ao chamado do Senhor? Sendo obediente<br />

em orar, preparar, enviar e sustentar aos que estão sendo chamados para irem<br />

aos campos (At 13.3). Em Rm 10.15, está bem clara a responsabilidade da<br />

igreja em atender ao seu chamado: “Como pregarão se não forem<br />

enviados?...”. Quando a igreja prepara, envia e sustenta o missionário, cumpre<br />

o chamado de Deus. Muitas igrejas continuam insensíveis. Imagine se Paulo e<br />

Barnabé, na hora de serem enviados, encontrassem obstáculos por parte da<br />

igreja para saírem? Temos mais de 160 mil igrejas evangélicas no Brasil, e podemos<br />

dizer que a maioria não tem atendido ao chamado do Senhor às nações (Mc.<br />

16.15). Muitos crentes acham que o chamado é somente para aqueles que estão<br />

indo ao campo. Nunca se envolvem com o chamado orando, apoiando e<br />

contribuindo (Fp. 4.14 -18). Se você não faz parte desta chamada, reveja os<br />

subtópicos 1 e 2, acima (Veja também At. 4.31-35).<br />

II - COMO O SENHOR CHAMA PARA A SUA OBRA<br />

1. Pela sua Palavra - A maneira mais segura que temos de provar nossa<br />

chamada é por meio da palavra de Deus, embora Ele também fale de várias<br />

maneiras: Sonho, visão (At. 16.9), profecia, nos cultos missionários etc. Todo<br />

crente, em primeiro lugar, deve ler a Bíblia para ter vida, e depois para ensinar<br />

e pregar. Quando olhamos a ordem de Jesus em Mc. 16.15, como nos<br />

sentimos? Creio que o chamado deve começar por este sentimento de<br />

compromisso pela Palavra de Deus, já que o nosso sentimento muitas vezes<br />

é vulnerável e pode logo se apagar com as lutas, projetos e provas do dia a<br />

dia. Aquele que está obedecendo ao chamado do Senhor deve colocar em<br />

primeiro plano o reino de Deus (Mt. 6.33).<br />

2. Pela nossa entrega pessoal - Por que será que faltam missionários para<br />

evangelizar as nações? Eu creio que um dos motivos é porque poucos se<br />

oferecem para atender ao chamado. Apesar das igrejas estarem cheias e<br />

orando, não temos visto tantos resultados satisfatórios na entrega pessoal.<br />

Veja se na sua oração você se coloca na brecha, ou coloca outro na brecha<br />

e depois manda Deus fazer a obra dele. A oração serve para pedir a Deus<br />

que nos envolva no seu plano. Vejo muitos obreiros almejando cargos de


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 17<br />

destaque na igreja, ou seja, amam mais a posição que o servir ao Senhor.<br />

Isaías era um profeta de Deus e já estava envolvido no ministério, mas<br />

após sua experiência em ver a santidade de Deus se ofereceu para uma missão<br />

que custou a sua própria vida. O texto de Isaías 6.8 diz: “Depois disto ouvi<br />

a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”<br />

Você gostaria de escutar esta voz? Leia as estatísticas dos países que têm<br />

menos de 5% de evangélicos e veja se você pode escutar esta voz. Depois<br />

responda: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.<br />

Muitos dizem que foram chamados, mas até hoje estão envolvidos nos<br />

seus próprios projetos, demonstrando desobediência à sua Palavra. Deus<br />

não aceita desculpas quando chama (Jr. 1.6-8).<br />

3. Pelo envolvimento da igreja local - Hoje muitos vão à igreja, assistem os<br />

cultos, escutam a palavra e ao saírem, continuam do mesmo jeito, sem se envolver<br />

com a igreja local que é o corpo de Cristo (1Co. 12.12). Do percurso de casa<br />

à igreja passam por cima de um montão de pessoas necessitadas do evangelho,<br />

mas fazem como o sacerdote e o levita (Lc. 10.31,32), e acham que por<br />

participar do culto já cumpriram com a obrigação. Outros ficam de igreja em<br />

igreja dizendo que são missionários, sem produzirem frutos. Um dos grandes<br />

problemas do campo é o relacionamento de obreiros sem caráter. A igreja<br />

local é um campo de preparação para os que atenderam à chamada para missão<br />

transcultural. Ali pode se formar o caráter e desenvolver o ministério. Um bom<br />

obreiro se conhece pelo serviço prestado à igreja local, além de seu preparo<br />

intelectual. Existe uma infinidade de trabalhos fora dos horários dos cultos, tais<br />

como: Cantar nos hospitais para os doentes, pregar fora da igreja, visitar as<br />

viúvas e os fracos. Paulo fazia parte do corpo ministerial da igreja local de<br />

Antioquia quando foi chamado para sair ao campo (At. 13.1).<br />

III – <strong>OS</strong> PRIVILÉGI<strong>OS</strong> DE SERM<strong>OS</strong> CHAMAD<strong>OS</strong><br />

PELO SENHOR<br />

1. Nos faz participantes do projeto de Deus - A obra do Senhor não é fruto<br />

de um pensamento humano. Deus na sua misericórdia nos fez participantes de sua<br />

obra que já tinha em mente antes mesmo que existíssemos. Apesar de ser um<br />

projeto majestoso e glorioso Ele nos envolveu, embora sejamos falhos e imperfeitos.<br />

Ao escrever esta lição, meu coração se enche de gozo ao ver que faço<br />

parte deste projeto eterno de Deus, visto que os projetos humanos serão<br />

envelhecidos ou substituídos e até esquecidos. Ele continua chamando homens<br />

e mulheres para fazerem parte deste projeto.<br />

2. Nos leva a viver primeiro o Reino de Deus - Os que decidiram atender<br />

o chamado de Deus deverão saber com muita clareza que o Reino de Deus<br />

está acima de todos os reinos. Quando obedeço ao Senhor e ao seu chamado


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 18<br />

não tem como deixar seu Reino em segundo plano. A chamada implica em<br />

perder, sacrificar e renunciar muitos benefícios que nosso ego deseja (Lc.<br />

14.26,27). Creio que o nosso gozo é fazer a vontade de Deus, independente<br />

das perdas que tivermos neste mundo (Fp 4.4-6).<br />

3. Nos torna embaixadores de Cristo - Quero começar este tópico<br />

perguntando: Você gostaria de ser um embaixador de seu país? Posso imaginar<br />

que sim, pois esta posição é bastante cobiçada devido ao salário, a autoridade,<br />

as vantagens, o tornar-se um homem público etc. Ser embaixador de Cristo<br />

não tem tantas vantagens neste mundo. Para enxergar esta posição privilegiada<br />

na obra de Deus precisa-se enxergar a beleza de Cristo e de seu reino que<br />

não é “comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito<br />

Santo” (Rm 14.17). Muitas vezes seremos perseguidos, não teremos os<br />

privilégios que este mundo tem, porém, receberemos do Senhor a recompensa.<br />

Quais são as diferenças entre o embaixador terreno e o celestial? O<br />

primeiro, representa o governo da respectiva nação e trata dos problemas<br />

que concernem este reino e recebe suas recompensas na terra, o segundo é<br />

representante de nosso Rei Jesus e será, naquele dia, galardoado recebendo<br />

honra diante de Deus (1Co 3.13,14; 4.5).<br />

CONCLUSÃO<br />

Ainda que Deus chama pessoalmente o crente para a obra transcultural, já<br />

deveremos estar fazendo a obra que foi designada à Igreja, quando Ele se<br />

dignar a chamar. Que sejamos obedientes como igreja, sabendo que Ele<br />

merece toda nossa entrega. Afinal, ele nos deu o exemplo de obediência.<br />

Se você ainda não foi chamado pessoalmente para o campo transcultural,<br />

espero que esteja cumprindo, juntamente com a sua igreja local, o seu chamado,<br />

evangelizando sua cidade e apoiando, sustentando e orando pelos que estão<br />

indo aos confins da terra (Fp 4.14). Assim será mais fácil atender seu chamado<br />

pessoal para o campo transcultural quando acontecer, já que não existem<br />

motivos para justificar o não atendimento ao chamado de Deus, pois o que Ele<br />

fez por nós está acima de qualquer um dos nossos planos nesta terra (Jo 3.16).<br />

Para reflexão:<br />

• Se você é servo de Deus, o que tens feito em relação à sua maior ordem: “IDE”?<br />

• Você pode afirmar que sua entrega a Deus foi total?<br />

• Você se considera um participante do projeto de Deus?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. A quem o Senhor chama para a sua obra? (Veja tópico I)<br />

2. O que significa buscar o Reino de Deus em primeiro lugar?<br />

3. Quais os privilégios para os chamados por Deus (Veja tópico III)


PROVENDO AS NECESSI<strong>DA</strong>DES<br />

PESSOAIS D<strong>OS</strong> MISSIONÁRI<strong>OS</strong><br />

(Comentaristas: Edmar e Adriana)<br />

Versículo Chave<br />

“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o<br />

evangelho, que vivam do evangelho”<br />

(1 Coríntios 9.14)<br />

Lição 04 - 22 de abril de 2007<br />

Edmar Barros, Adriana Barros e filhos<br />

Encontram-se no Peru, mas foi no Brasil que se<br />

conheceram melhor unindo-se no casamento.<br />

Foram enviados para Filipinas, ficando uns seis anos.<br />

Posteriormente seguiram para a Índia onde já estão há<br />

três anos. Está atualmente de férias no Brasil, devendo<br />

retornar para a índia no final de Fevereiro de 2007.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Mateus 21.17,18) – O missionário Jesus sentiu fome<br />

Terça – (Atos 27.33-36) – Os missionários também precisam se alimentar<br />

Quarta – (Romanos 10.13-15) – Os missionários não podem ir sem sustento<br />

Quinta – (Tiago 2.14-16) – Os missionários têm necessidades básicas<br />

Sexta – (1Coríntios 9.4) – Os missionários são seres iguais a todo mundo<br />

Sábado – (1Coríntios 9.4-14) – Os missionários são dignos de salário<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 111 - 394 - 400 (Harpa Cristã)<br />

1Coríntios 9.4-14<br />

4 - Não temos nós direito de comer e de beber?<br />

5 - Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também<br />

os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?<br />

6 - Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?<br />

7 - Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não<br />

come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado?


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 20<br />

8 - Digo eu isso segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo?<br />

9 - Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que<br />

trilha o grão. Porventura, tem Deus cuidado dos bois?<br />

10 - Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está<br />

escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança, e o que debulha deve<br />

debulhar com esperança de ser participante.<br />

11 - Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós<br />

recolhamos as carnais?<br />

12 - Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais<br />

justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo,<br />

para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.<br />

13 - Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que<br />

é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?<br />

14 - Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho,<br />

que vivam do evangelho.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Para o início da reflexão sugiro uma releitura pausada e atenta das palavras<br />

do Senhor por meio do apóstolo Paulo no texto básico desta lição, no<br />

qual o vemos clara e contundentemente, defendendo o direito dos<br />

obreiros quanto ao seu sustento. Creio que se formos sinceros com o texto,<br />

ouvindo-o atentamente, iremos aprender sobre este assunto.<br />

A passagem citada se aplica não somente aos missionários, mas também<br />

aos obreiros e pastores em geral: “Assim ordenou também o Senhor aos<br />

que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (v 14).<br />

I – O MISSIONÁRIO É IGUAL A TOD<strong>OS</strong> <strong>OS</strong> HOMENS<br />

(Rm 3.23)<br />

Infelizmente se criou no meio evangélico o mito de que o missionário é<br />

quase um super herói, ou no mínimo, um tipo de pessoa especial com mais<br />

dons, mais resistência física, mental e espiritual. Diante de Deus, somos todos<br />

igualmente indignos e pecadores. Vejo por experiência própria e também<br />

pelo meu entender das Escrituras, uma realidade até contrária a essa idéia. A<br />

Palavra nos diz que Deus não escolheu muitos sábios, nem poderosos e nem<br />

nobres, mas sim as coisas loucas, fracas e até as desprezíveis, as que não são<br />

para confundir os que são, pois afinal, sem sua graça, nenhum de nós é coisa<br />

alguma. Somos fracos para que toda a glória seja somente dEle.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 21<br />

1. A fraqueza do missionário Moisés - Até mesmo Moisés, após ter tido um<br />

encontro com o Senhor no episódio da “sarça ardente” e presenciado as pragas<br />

no Egito, a travessia do Mar Vermelho e visto inúmeros milagres no deserto, teve<br />

seus momentos de fraqueza, angústia e desejo de desistir, dizendo a Deus que seu<br />

fardo era muito pesado e que ele não tinha gerado aquele povo (Nu 11.11-15).<br />

2. As necessidades do missionário Jesus - Jesus, nosso Supremo e<br />

Todo Poderoso Deus, na forma humana, tinha suas necessidades. Sentiu fome,<br />

sede, dor e até angústia, porém, ao contrário de muitos, não se envergonhou<br />

de ser mantido por mulheres.<br />

3. A condição do missionário contemporâneo - É um ser humano e<br />

não um super-homem. Se homens como Moisés e o Senhor Jesus<br />

demonstraram sua humanidade em períodos de suas vidas, será que com os<br />

missionários teria que ser diferente?<br />

Amados, somos carentes? Confusos? Muitas vezes falhamos? Sim,<br />

somos simples instrumentos de barro, que se dispõe a carregar o precioso<br />

perfume da salvação.<br />

II – O MISSIONÁRIO JUNTAMENTE COM A SUA CASA<br />

SERVE AO SENHOR – (Js 24.15)<br />

1. O cuidado integral do missionário - O sustento e o cuidado<br />

dispensados aos missionários, influenciarão positiva ou negativamente as<br />

futuras gerações, dependendo do comportamento da Igreja que envia<br />

seus membros para o campo. Já se percebe em nossos jovens os<br />

resultados negativos por causa do tratamento inadequado aos missionários.<br />

Nossos melhores e mais capacitados jovens não estão dispostos a seguir<br />

a vocação religiosa por verem tantos missionários que, ao final de uma<br />

vida de dedicação e serviço na obra, chegaram à velhice sem quase<br />

nenhuma dignidade. Missões é sim uma obra de fé e dependência de<br />

Deus, porém nas Escrituras vemos Deus suprindo as necessidades dos<br />

seus obreiros por meio do seu povo. Um exemplo disso é que apenas<br />

uma tribo foi separada para o cuidado do templo e das coisas do Senhor,<br />

mas onze tribos foram separadas para prover as necessidades dos Levitas.<br />

2. Seus filhos com necessidades físicas, emocionais e espirituais<br />

– Os filhos dos missionários, por extensão, são também missionários<br />

enviados pela igreja. Eles têm necessidades educacionais. Precisam de<br />

amigos, médicos, seguro, etc.<br />

O aniversário do filho do missionário não deve ser diferente do aniversário<br />

das outras crianças da igreja. Precisam de roupas e devem viver uma infância<br />

com emoção. Pense bem nisso.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 22<br />

III – <strong>OS</strong> QUE FORAM ENVIAD<strong>OS</strong> TÊM<br />

NECESSI<strong>DA</strong>DES PESSOAIS (Fp 4.18)<br />

É necessário salientar que o missionário necessita de segurança quanto ao<br />

seu futuro (aposentadoria) e o de sua família.<br />

O ano de 1997 foi um marco missionário no Brasil. A partir do Comibam<br />

(Congreso Misionero Iberoamericano) em São Paulo centenas de líderes e<br />

igrejas foram despertados para a tarefa do envio de obreiros à evangelização<br />

mundial. Agora em 2007 no Comibam – Granada, percebemos um novo<br />

enfoque no agir e pensar das missões Latino-Americanas.<br />

Somos unânimes em reconhecer que realmente devemos enviar<br />

obreiros para alcançar o mundo com o evangelho da salvação e da vida,<br />

porém percebemos que nossa tarefa não é somente enviá-los. Aqueles<br />

que levam a mensagem devem receber a capacitação e cuidados<br />

adequados para que seu desempenho seja eficaz.<br />

1. O missionário é um obreiro, portanto, digno de seu salário - Mesmo<br />

que seja por meio de um sistema ainda inadequado como o nosso SUS, qualquer<br />

trabalhador brasileiro tem direito a aposentadoria e cuidados de saúde. Será<br />

que aqueles que deixaram suas famílias, seu país e igrejas, obedecendo a Palavra<br />

de Deus não devem receber também os mesmos cuidados? (Lc 18.29).<br />

2. O missionário é como um vaso de barro - Nestas primeiras duas<br />

décadas de missões brasileiras, pudemos observar dezenas de jovens que<br />

corajosamente se lançaram ao mundo com o coração aberto, e gastaram os<br />

melhores anos de sua vida no serviço do mestre.<br />

Com o passar dos anos, os filhos crescem e as enfermidades aparecem.<br />

Assim, o missionário conscientiza-se, embora um pouco tarde, que também<br />

adoece e envelhece. Deu o melhor de si, porém, retorna como soldado ferido.<br />

É nesse momento, que mais necessita de um ombro para chorar, um médico<br />

para curar, umas férias para descansar, pois regressou cansado e<br />

completamente fora do contexto de seu país e da sua igreja.<br />

Porém, como demonstrar fraqueza? Como desapontar a igreja que nutre<br />

altas expectativas para a chegada do missionário? As conferências já estão<br />

agendadas, pois muitos querem ouvir as experiências dos campos. Ninguém<br />

imagina ver um soldado cansado ou ferido. Mas, e quando o soldado foi<br />

atingido na batalha? Se os horrores da “guerra” afetaram sua mente de<br />

forma tão intensa que este já não consegue mais se expressar com tanta<br />

motivação e clareza? Será que isso é possível acontecer com nossos<br />

missionários? Infelizmente, por diferentes fatores, nossa curta história de<br />

missões brasileira tem demonstrado que sim.<br />

Voltando vitoriosos ou feridos, regressando de vez, ou de férias, para<br />

tratamento ou reciclagem, qual deve ser o papel do povo de Deus diante de


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 23<br />

tantos desafios para que sejamos uma Igreja missionária? Fica a reflexão: O<br />

missionário precisa da Igreja na sua retaguarda.<br />

CONCLUSÃO<br />

É hora de despertarmos para uma nova tomada de posição. Nós somos<br />

responsáveis pela vida daqueles que enviamos ao campo missionário. Somos<br />

a igreja na retaguarda. Se formos negligentes, a obra sofrerá o dano.<br />

Lembremos das necessidades básicas dos enviados para pregar o<br />

evangelho, pois fazem jus ao seu salário.<br />

Para reflexão:<br />

• Você tem feito aos missionários o que gostaria que as pessoas fizessem<br />

com você?<br />

• Como seria o seu tratamento com missões se o missionário no campo fosse<br />

seu filho, seu pai ou sua mãe?<br />

• Como você tem se portado em relação ao texto de 1Co 9.14?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Mencione algumas fraquezas notadas em Moisés e Paulo<br />

2. Mencione algumas necessidades dos filhos dos missionários que podem<br />

ser facilmente supridas pela Igreja?<br />

3. Dê sugestões para que melhoremos a qualidade de vida daqueles que enviamos.<br />

LEIA POR FAVOR!<br />

Em uma conferência missionária foi<br />

feito o seguinte desafio: “Há uma mina de<br />

ouro na Índia, porém, parece achar-se no<br />

centro da terra; quem se anima a explorála?”<br />

O missionário Guilherme Carey<br />

respondeu: “Eu me atrevo a descer;<br />

lembrai-vos, porém, de que vós tendes de<br />

sustentar as cordas”. Com estas palavras,<br />

quis dizer que deveriam manter os custos<br />

daquele empreendimento.


TORNANDO-SE FIEL<br />

MANTENEDOR<br />

Comentarista: Pr. Jaques Gonçalves<br />

Versículo Chave<br />

“E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do<br />

evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou<br />

comigo com respeito a dar e a receber, senão vós<br />

somente” (Filipenses 4.15)<br />

Lição 05 - 29 de abril de 2007<br />

Pr. Jaques Gonçalves e Sirlene Gonçalves<br />

- Trabalharam em Cabo Verde e atualmente completam cinco<br />

anos no Senegal. Formando uma equipe com quatro pessoas:<br />

Jaques, Sirlene, Berenice e Sônia desenvolvem diversos projetos<br />

tais como: “Keru Dund”, em wolof “casa de vida”; projeto<br />

formação de mulheres; escola de futebol.<br />

Com a colaboração do obreiro nacional Abdou Dang, lançaram<br />

o projeto “Moinho”, que visa a alfabetização, evangelização e<br />

plantação de igrejas.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Provérbios 3.9,10) – Honre ao Senhor com a tua renda<br />

Terça – (Malaquias 3.10) – Traga mantimento para a casa do Senhor<br />

Quarta – (Mateus 25.15-30) – Distribua os bens que Deus te deu<br />

Quinta – (Lucas 16.10) – Sê fiel no mínimo<br />

Sexta – (1Coríntios 9.7-14) – Contribua para o sustento missionário<br />

Sábado – (Filipenses 4.10-20) – Seja um fiel mantenedor<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 005 - 370 - 535 (Harpa Cristã)<br />

Filipenses 4.10-20<br />

10 - Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança<br />

de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.<br />

11 - Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentarme<br />

com o que tenho.<br />

12 - Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 25<br />

em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto<br />

a ter abundância como a padecer necessidade.<br />

13 - Posso todas as coisas naquele que me fortalece.<br />

14 - Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.<br />

15 - E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho,<br />

quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito<br />

a dar e a receber, senão vós somente.<br />

16 - Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.<br />

17 - Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.<br />

18 - Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois<br />

que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro<br />

de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.<br />

19 - O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas<br />

necessidades em glória, por Cristo Jesus.<br />

20 - Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!<br />

INTRODUÇÃO<br />

Foi Deus quem criou o trabalho missionário e estabeleceu as devidas regras<br />

para esta atividade. Ele escolheu uns para irem e outros para enviarem e<br />

sustentarem os que vão. Tudo pode funcionar perfeitamente bem, se cada<br />

um cumprir com a sua responsabilidade: Quem vai deve ser fiel no desenvolver<br />

o seu trabalho e quem fica deve ser fiel também no desempenho de suas<br />

funções. Deus se responsabiliza por aquilo que ultrapassa nossas forças e<br />

nos capacita para fazer o que Ele quer que façamos. Paulo é um exemplo<br />

para os missionários, e a Igreja de Filipos para as igrejas de nossos dias.<br />

Jesus em seu tempo disse: “A seara é grande e são poucos os ceifeiros”.<br />

Vinte séculos depois a situação ainda não mudou. A seara continua grande e<br />

os ceifeiros continuam poucos. Mas, a ordem de Deus continua a mesma e<br />

Ele escolheu a Igreja para cumprir com a sua vontade.<br />

I - O MANTENEDOR FIEL - (Fp 4.10-14)<br />

De que maneira podemos nos manter fieis como mantenedores?<br />

1. Fiel para com Deus (Fp 4.13) - A Igreja pode escolher ser fiel ou infiel.<br />

Diante de Deus, existem apenas estas duas posições. Mas fiel em quê? Há<br />

muitas igrejas que ainda não entenderam o que foi ensinado na Bíblia sobre<br />

Missões. E enquanto isto não acontecer elas continuarão infiéis. A Bíblia diz em<br />

Lucas 16.10: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito”. Logo,


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 26<br />

quem é infiel no pouco nunca terá o muito para administrar. Somos<br />

administradores dos bens que Deus colocou em nossas mãos, por isto, um dia<br />

prestaremos contas de tudo o que tivermos feito e da maneira como realizamos.<br />

2. Fiel para com o missionário (Fp 4.10-12) - Em segundo lugar, uma<br />

igreja que é fiel à Deus será fiel para com o missionário. Ele sai para o campo<br />

confiando em Deus e não simplesmente em sua igreja. Os valores nunca<br />

devem ser invertidos. Mas antes de sair para o campo, existe um acordo<br />

entre a igreja e o missionário. Este compromisso é feito no sentido de suprir<br />

suas necessidades para que ele tenha total liberdade de fazer o seu trabalho.<br />

Isto implica no sustento em oração (espiritual), em finanças (econômico), e<br />

em demonstração de amor (psicológico).<br />

Paulo reconheceu o que a igreja fiel de Filipos fez por ele. A Bíblia não<br />

fala das finanças oferecidas pela igreja de Antioquia a Paulo e Barnabé, porém<br />

se supõe que ela os tenha ajudado senão eles não teriam saído para o campo.<br />

Paulo foi um fazedor de tendas, mas recebeu também ajuda para as suas<br />

necessidades e para a obra. Muitas igrejas têm abandonado seus missionários<br />

no campo. Quando surge alguma coisa, que supõem ser mais importante,<br />

colocam missões em último plano. Quando isto acontece é porque a igreja<br />

perdeu o objetivo pelo qual foi criada por Deus e pelo qual existe.<br />

3. Fiel para com os perdidos (Fp 4.14; Rm 10.11-15) - O alvo da obra<br />

missionária é levar o Evangelho de Cristo aos perdidos para que eles tenham<br />

a oportunidade de serem salvos. O alvo de Deus é salvar os perdidos. Jesus<br />

disse certa vez: “Eu vim para buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).<br />

Porém, para que o Evangelho chegue até ao perdido, se faz necessário que a<br />

“Grande Comissão” seja cumprida. O perdido está clamando. Será que a<br />

Igreja está escutando este clamor?<br />

Às vezes não conseguimos atingir a visão missionária completa (Jerusalém,<br />

Judéia, Samaria e confins da terra - Rm 1.8). Hoje a Igreja poderá negligenciar<br />

sua responsabilidade, mas qual será a resposta que ela dará a Cristo? Que<br />

desculpas teremos naquele dia?<br />

II - A <strong>IGREJA</strong> E MISSÕES - (Fp 4.15-16)<br />

O que acontece com as grandes e ricas igrejas em relação a missões?<br />

1. As megas igrejas e missões - Desde os tempos antigos temos pequenas<br />

e grandes igrejas. Todas fazem parte do Reino de Deus. Os cristãos formam o<br />

Corpo de Cristo (como ilustrado por Paulo em 1Co 12.1-27). Assim a Igreja<br />

universal de Cristo não é uma denominação, mas o conjunto de pessoas salvas.<br />

As megas igrejas estão preocupadas com status, aparência, sonorização,<br />

prédios, lazer etc. Se olharmos o tempo de Paulo, poderemos fazer a


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 27<br />

comparação entre a igreja de Corinto e a de Filipos (uma mega e outra pequena,<br />

uma que contribuiu e outra que ficou inativa). A obra missionária tem sido feita<br />

pelas pequenas igrejas e raras exceções, por algumas grandes em todo o mundo.<br />

Assim, a maior parte do Corpo está paralisada e os perdidos continuam como<br />

ovelhas gritando com todo o vigor por socorro, caminhando para o matadouro.<br />

2. A visão missionária das megas igrejas – É uma visão muito curta. Não<br />

conseguem ver além deste século presente. Têm muitos membros, muita influência<br />

e muitos recursos, mas uma pequena visão missionária. Estão acostumados a ver<br />

o mundo com outros olhos e assim, a perspectiva de ser um missionário e de se<br />

submeter a todos os desafios oriundos deste trabalho está fora de cogitação.<br />

Estamos vivendo uma época de sensacionalismo espiritual. É bom termos<br />

muitas conferências missionárias, trazermos muitos missionários para visitar<br />

nossa igreja, ouvirmos sobre todos os problemas que estão presentes no<br />

campo etc. Mas isto já não motiva mais a igreja brasileira a fazer missões,<br />

pois após a conferência tudo é esquecido.<br />

A igreja está mais voltada para suas necessidades locais do que para a<br />

obra missionária. Já ouvi de algumas onde aconteceram mais de 15<br />

conferências missionárias, mas até hoje não têm nem sequer um missionário<br />

no campo. Não investem nenhum real nos confins da terra. A visão missionária<br />

deve fazer parte da vida do cristão, os líderes evangélicos são responsáveis<br />

por disseminar esta visão (Ez 3.16-27).<br />

3. O investimento das megas igrejas - São os cristãos que devem<br />

administrar todas as coisas que Deus criou. Desde o começo foi assim. No<br />

Éden, Deus colocou Adão como Seu administrador. O problema é que o<br />

homem não se conforma com o papel de administrador e quer ser proprietário,<br />

esquecendo que ele mesmo é propriedade de Deus.<br />

Como proprietário, Deus tem concedido muitos bens a Seus<br />

administradores e espera que administrem de acordo com a Sua vontade, ou<br />

seja, que estes recursos sejam utilizados para a salvação de almas.<br />

Conheci uma igreja de muitos recursos, que ofereceu aos obreiros celular<br />

e carro novo, custeados pela mesma. Estive lá e perguntei ao seu pastor<br />

quantos missionários tinham no campo. Ele respondeu: Nenhum. Perguntei<br />

quanto investiam em Missões? Novamente ele me respondeu: Nada.<br />

Ouvi o caso de outra igreja muito próspera, que nos finais de semana<br />

alugava os restaurantes mais caros da cidade e levava todos os membros<br />

para desfrutar do que Deus lhes tinha dado. Faziam tudo isto sem nenhuma<br />

preocupação com a obra missionária transcultural. Friso transcultural porque<br />

reconheço que trabalham bem em Jerusalém e Judéia, mas nem chegam a<br />

sair para Samaria, e confins da terra nem pensar! Um dia tudo isto vai findar<br />

e cada um terá que prestar contas a Deus. Sabemos muito bem o que se<br />

passou na parábola dos talentos (Mt 25.15-30).


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 28<br />

III - A NECESSI<strong>DA</strong>DE <strong>DA</strong> AGÊNCIA MISSIONÁRIA<br />

(Fp 4.17-20)<br />

Quais as vantagens e desvantagens das agências missionárias?<br />

1. Qual a razão pela qual surgiram as agências missionárias - Jesus<br />

disse a seus discípulos para irem por todo o mundo e pregar o Evangelho a<br />

toda criatura (Mc 16.15). E assim eles o fizeram no começo seguindo a orientação<br />

do Mestre. Foi a própria Igreja de Antioquia quem enviou Paulo e Barnabé.<br />

Depois dos primeiros tempos, a coisa começou a piorar até que chegaram<br />

a um período chamado “Era das trevas”. Já havia muitos anos que o evangelho<br />

de Cristo estava no mundo, porém seus discípulos tinham perdido o alvo inicial.<br />

O que fazer para despertar a Igreja e levá-la de volta às suas origens? Eles não<br />

sabiam o que fazer ou não o queriam fazer, e assim escolheram um caminho<br />

mais fácil, considerando uma grande lista de vantagens que trariam para a Igreja<br />

local. Foi neste clima que nasceram as agências missionárias.<br />

2. Qual o papel das agências missionárias - Normalmente o papel das<br />

agências missionárias é de ajudar a Igreja a desenvolver a visão e<br />

conseqüentemente a obra missionária. Elas podem e devem agir de diversas<br />

maneiras, a fim de alcançarem este objetivo, podendo ser: Especialização,<br />

treinamentos, acompanhamento do trabalho, transmissão de todas as<br />

informações necessárias à Igreja, canalização do sustento dos missionários etc.<br />

Todo este trabalho deveria ser desempenhado pela igreja, por meio do seu<br />

departamento missionário. Ao que parece, a agência veio para ocupar este<br />

lugar. No entanto, deveria pautar suas decisões de acordo com a Igreja, o que<br />

na realidade não acontece, pois ela ficou responsável por enviar o candidato à<br />

agência, assim como o seu sustento. Desta forma, não tem nenhuma ação direta<br />

no campo missionário, pelo contrário, tornou-se um departamento das agências.<br />

Muitas vezes temos um trabalho deficiente, pois até mesmo na formação do<br />

missionário pela agência, falta o trabalho conjunto, visto que a igreja nem sempre<br />

envia os melhores e nem na hora certa. Para muitos, basta uma profecia e como<br />

o campo está tão necessitado, enviam o missionário o mais rápido possível.<br />

Infelizmente nem sempre este missionário está preparado para ir ao campo, ainda<br />

tem muito que vencer: No caráter, testemunho cristão e conhecimento bíblico. O<br />

resultado é uma catástrofe que prejudica o campo, o missionário, a igreja e a<br />

agência. Por outro lado, o acompanhamento e ajuda ao missionário é deficiente,<br />

pois a Igreja espera que a agência faça alguma coisa e vice-versa.<br />

3. As agências e a visão missionária da Igreja - A visão é o leme que<br />

pode conduzir o barco. Assim, sem visão missionária é impossível fazer a<br />

obra. A igreja deve buscar sua visão missionária em Deus e em Sua Palavra,<br />

podendo desenvolvê-la de várias maneiras. Enquanto não enxergar a agência


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 29<br />

como uma intermediária entre ela e o campo, esta visão não se desenvolverá<br />

como deve, pois acaba abdicando de todos os seus deveres e<br />

responsabilidades em favor da Agência.<br />

Se olharmos para o mundo em que vivemos, podemos descobrir quanta<br />

ignorância ainda temos a respeito do trabalho missionário. Quantas igrejas não<br />

conhecem nem mesmo as estatísticas mundiais a respeito do evangelho? Por<br />

que elas não fazem isto? Porque pensam que isto é problema das Agências.<br />

Se olharmos para a visão missionária de nossas igrejas, decadente a cada<br />

dia e pela quantidade de agências que cada dia aumenta, vamos começar a<br />

abrir mais os nossos olhos. As agências já não conseguem motivar a visão<br />

missionária na igreja como deveriam.<br />

CONCLUSÃO<br />

A proposição de Jesus é: “Vem e vê” (Jo 1.39; Jo 1.46). Se você vir, ninguém<br />

poderá mudar esta realidade e nem eliminar o impacto que isto te causará, e nos<br />

outros por meio de você. Creio que cada Igreja deveria ser uma agência. Não<br />

basta vermos os erros, é preciso saber como corrigi-los. Precisamos voltar à<br />

genuína visão missionária, cujo interesse principal é a salvação de almas.<br />

Que missões seja algo mais que um prédio, um sonho, uma conferência etc.<br />

Nós morreremos, mas missões continuarão. O que será feito pelos outros amanhã,<br />

vai depender do que fizermos hoje. Sejamos conscientes disto e deixemos uma<br />

herança missionária mais promissora para aqueles que nos substituirão um dia.<br />

Para reflexão:<br />

• O que é ser mantenedor?<br />

• Por que, na sua opinião, as “megas” igrejas são as que menos contribuem<br />

para a obra missionária?<br />

• Qual é a sua opinião sobre as agências missionárias?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Você é um mantenedor?<br />

2. Você é fiel, no sentido como a lição abordou no tópico I?<br />

3. Você tem sua consciência tranqüila no que se refere à missões?<br />

REFLITA BEM!<br />

Qual o soldado no exercíto que tem<br />

de pagar suas próprias despesas?”<br />

(1Co 9.7a - BLH)


AJU<strong>DA</strong>NDO NA EXPANSÃO<br />

DO REINO DE DEUS<br />

Versículo Chave<br />

“E, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus”<br />

(Mateus 10.7)<br />

Lição 06 - 06 de maio de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Ensinar que somente por meio de uma forte influência positiva do cristão<br />

na sociedade, poderemos conquistar cidades e nações para Jesus;<br />

• Destacar o papel do cristão com “sal da terra” e como “luz do mundo”;<br />

• Mostrar que sem obras genuinamente cristãs nossa pregação se torna vã.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Mateus 6.33) – O Reino de Deus em primeiro lugar<br />

Terça – (Marcos 1.15) – O Reino de Deus está próximo<br />

Quarta – (Marcos 10.14) – O Reino de Deus é das criancinhas<br />

Quinta – (Marcos 10.23) – O Reino de Deus é dos pobres<br />

Sexta – (Lucas 9.62) – O Reino de Deus é dos perseverantes<br />

Sábado – (Mateus 5.13-16) – O Reino de Deus deve se expandir<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 093 - 187 - 225 (Harpa Cristã)<br />

MATEUS 5.13-16<br />

13 - Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar?<br />

Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.<br />

14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada<br />

sobre um monte;


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 31<br />

15 - nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no<br />

velador, e dá luz a todos que estão na casa.<br />

16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as<br />

vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O<br />

propósito da Igreja é levar Jesus, aonde Ele não foi anunciado até os<br />

limites de toda terra, a fim de alcançar um povo que o adore de verdade<br />

e para sempre (Rm 15.20-21). Alcançando este fim seremos vitoriosos.<br />

A igreja é o exército de Deus e cada crente é um soldado comissionado por<br />

Cristo, inserido e continuamente treinado para esta grande luta: Contribuindo<br />

(dízimos e ofertas), intercedendo (orando e jejuando), discipulando,<br />

evangelizando. Assim a “expansão” do Reino se dá, não porque o Reino de<br />

Deus precise aumentar, pois tudo e todas as coisas já estão sob o domínio do<br />

Senhor. Ele já é o Soberano. Mas pelas Suas misericórdias e justiça ele quer<br />

que de todos os lugares tenham a oportunidade de conhecê-lo e servi-lo,<br />

Portanto, estudemos aqui como devemos marchar para esta conquista.<br />

I – MARCHANDO COMO O SAL <strong>DA</strong> TERRA (Mt 5.13)<br />

Assim como as ofertas, no Antigo Testamento, deveriam conter sal (Lv<br />

2.13), também hoje, devemos “salgar” a terra, levando Jesus a todos os<br />

povos, línguas e nações, a fim de salvá-los (Ap. 7.9).<br />

1. Uma marcha purificadora – “Os judeus chamavam a Lei de sal da<br />

terra” (G. Klock). Jesus chama a Igreja de “sal da terra”. Isto significa que<br />

temos o Espírito Santo e somos o agente purificador de cada povo, em todos<br />

os continentes. Mas o que temos pedido ao Senhor para purificar: somente a<br />

nós mesmos? O Senhor quer que sejamos abençoadores e Ele quer que<br />

peçamos corajosamente: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança,<br />

e os confins da terra por tua possessão” (Sl 2.8). Outra questão é: Até<br />

onde queremos ir? Será que é possível a um sal salgar somente a superfície,<br />

ou seja, se eu tenho salgado apenas a superfície, sou eu um sal? Está escrito:<br />

“Pede-me” e “Ide”. Depois de pedirmos, devemos ir e conquistar.<br />

2. Uma marcha coordenada – Para onde estamos marchando? Não<br />

marchamos para sermos vistos e aplaudidos, Estamos marchando a marcha<br />

da conquista, onde provavelmente passaremos despercebidos, porém Deus<br />

nos contemplará. Estamos em uma marcha para fora da igreja, para a família,<br />

o vizinho, o bairro, a cidade, o país, enfim, toda terra. Mas não um após o


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 32<br />

outro, e sim coordenadamente. Para isso, a igreja é estruturada em<br />

departamentos. Deus distribui dons espirituais para o serviço (1Co 12.4-<br />

11). Uns vão e outros ficam, mas cada qual com a sua função e todos dentro<br />

da mesma missão! Por isso a Igreja é comparada a um corpo, pois agimos<br />

coordenadamente para um mesmo fim (1Co 12.20).<br />

II – MARCHANDO COMO A LUZ DO MUNDO (Mt 5.14-15)<br />

“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia” (1Ts 5.5a).<br />

Costumeiramente, o mal busca momento oportuno para agir, e ele o faz à<br />

noite, em oculto, mas para nós que renascemos em Cristo, a noite é passada,<br />

andemos como de dia, sempre, pois onde há luz, não há treva alguma.<br />

1. Uma marcha que ilumina – No princípio “disse Deus: Haja luz” (Gn<br />

1.4a). Deus quis começar toda a criação a partir da luz. A “luz” foi também prerrogativa<br />

para o ministério de Jesus, pois no evangelho de Mateus 4.16,17a, está escrito<br />

figuradamente: “O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz;<br />

e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou...”.<br />

Jesus é a luz, a Igreja também. Abstenha-se de toda a aparência do mal. Ande<br />

como sábio, vigilante, consciente de que é filho da luz, porque ela tudo manifesta.<br />

Seja como um frasco cheio de azeite, pois assim manter-se-á aceso. Portanto, “...<br />

enchei-vos do Espírito Santo” (Ef 5.18). Mantendo a luz sempre acesa “dá luz<br />

a todos que estão na casa” (Mt 5.14). O alcance do seu brilho vai além das<br />

fronteiras, para alguém que anda em trevas, em cadeias, hospitalizado, no vício, em<br />

pecado, sozinho. Deixe a tua luz brilhar para que “... anuncieis as virtudes daquele<br />

que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9b).<br />

2. Uma marcha “calorosa” – A luz transmite não somente brilho, mas também<br />

calor. Talvez, hoje, o que as pessoas mais precisam seja deste calor santo, humano,<br />

puro e sincero, cheio de toda benignidade e afetividade, pois para os que estão<br />

longe a Igreja é como uma estrela a brilhar (Fp 2.15) e todos percebem a sua<br />

beleza. Porém, aos que estão perto devemos ser calorosos e afetuosos, sem<br />

malícia. O “cego” pode não ver a sua luz, entretanto pode sentir o seu calor à<br />

sua proximidade. Que tipo de tratamento temos oferecido aos nossos irmãos e<br />

ao próximo? Um trato cheio de amor, alegria, paz, longanimidade...? (Gl 5.22). A<br />

nossa marcha vai até os confins de toda terra, mas deve penetrar até os limites da<br />

alma e do espírito humano, pois é uma marcha de amor ao próximo!<br />

III – MARCHANDO POR MEIO <strong>DA</strong>S BOAS OBRAS (Mt 5.16)<br />

“Bendizei ao Senhor, todas as suas obras...” (Sl 103.22a). Pode-se<br />

avançar, a cada dia, por meio das ações e testemunho de vida. Na verdade,<br />

as obras são o “marketing”, a propaganda da verdadeira fé.<br />

1. Uma marcha que frutifica – Não importa o tamanho ou a quantidade


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 33<br />

de obras que se faça, mas sim, que estas correspondam àquilo que o Senhor<br />

depositou em nossas mãos, pois se formos fiéis Ele colocará mais e mais sob<br />

a nossa responsabilidade, mas se não, ele tirará (Mt 25.20-21; 24-28).<br />

Contudo, já está na hora de começarmos a sonhar, buscar, planejar e executar<br />

obras maiores (Jo 14.12). Convém destacar que obra é algo real, não fictício<br />

e nem aferível. Obra significa “ação”. Em outras palavras obrar é servir.<br />

Jesus atraia multidões porque realizava muitas obras e estando diante delas,<br />

plantava a semente (Mt 4.24,25; 5.1-2). A boa obra deve gerar bons frutos,<br />

como uma boa figueira deve frutificar (Mt 7.17). Não podemos nos contentar<br />

apenas com algumas vistosas folhas e belas flores, isto é muito perigoso (Mc<br />

11.12-14, 20-21). O Apóstolo em 2Pe 1.5-8 nos dá um grande ensinamento<br />

para que não sejamos inativos (ociosos) e nem infrutuosos (estéreis).<br />

2. Uma marcha de louvor – Atualmente há inúmeras organizações que cuidam<br />

dos excluídos, dos doentes e dos necessitados, mas no íntimo a preocupação é<br />

ter uma boa imagem diante do povo. Mas a igreja deve realizar boas obras para<br />

honra, glória e louvor a Deus. Na verdade, o próprio serviço é um ato de louvor<br />

que gera frutos, pois os beneficiados “vêem” o fluir de Deus em meio a obra e<br />

glorificam-no. São impactados o suficiente para reconhecerem o quanto o Senhor<br />

é real e digno de toda adoração e também passam a servi-lo. Ou seja, através da<br />

vida da igreja, os pecadores reconhecerão o verdadeiro Deus e o engrandecerão,<br />

o exaltarão por tudo aquilo que Ele tem e é! “Nisto é glorificado o meu Pai:<br />

que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15.8).<br />

CONCLUSÃO<br />

Enquanto marchamos para a vitória, glorificamos a Deus que sempre cuida<br />

de nós. “... tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). O<br />

resultado da ajuda, ou serviço que frutifica, será a benção do Senhor! O favor<br />

de Deus será derramado em nossas vidas e de nossas famílias abundantemente.<br />

Tenha fé, amor e alegria ao ajudar e você obterá a grande recompensa da<br />

Graça de Deus: Bênçãos espirituais e temporais. “Buscai, antes, o Reino de<br />

Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Lc 12.31).<br />

Para reflexão:<br />

• Você está pronto para receber a graça de Deus em sua vida?<br />

• A sua luz tem raiado sobre as mais densas trevas?<br />

• Você está ativo e frutífero na “expansão” do Reino de Deus?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Explique com suas palavras o que é ser “sal” da terra.<br />

2. Explique com suas palavras o que é ser “luz” do mundo.<br />

3. O que podemos fazer para ajudar na expansão do Reino de Deus?


COMBATENDO A DECADÊNCIA<br />

MORAL<br />

Versículo Chave<br />

“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas,<br />

antes, condenai-as” (Efésios 5.11)<br />

Lição 07 - 13 de maio de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Provar, argumentando, que o mundo está indo de mal à pior, em termos<br />

morais;<br />

• Destacar que a situação atinge todas as áreas da sociedade;<br />

• Mostrar o papel da Igreja como detentora da palavra profética para<br />

esta geração.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Gênesis 6.1-8) – Corrupção do gênero humano<br />

Terça – (Gênesis 19.20-30) – Corrupção de uma cidade<br />

Quarta – (Levítico 18.3; Mateus 6.8) – Não andando como os ímpios<br />

Quinta – (Romanos 1.18-32) – Toda a humanidade se corrompeu<br />

Sexta – (Romanos 3.10-23) – Todos se extraviaram<br />

Sábado – (Efésios 5.8-17) – Andando como filhos da luz<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 131 - 175 - 212 (Harpa Cristã)<br />

Efésios 5.8-17<br />

8 - Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor;<br />

andai como filhos da luz<br />

9 - (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),<br />

10 - aprovando o que é agradável ao Senhor.<br />

11 - E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes,


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 35<br />

condenai-as.<br />

12 - Porque o que eles fazem em oculto, até dizê-lo é torpe.<br />

13 - Mas todas essas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz,<br />

porque a luz tudo manifesta.<br />

14 - Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os<br />

mortos, e Cristo te esclarecerá.<br />

15 - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas<br />

como sábios,<br />

16 - remindo o tempo, porquanto os dias são maus.<br />

17 - Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Nos dias atuais, a decadência moral tem crescido assustadoramente<br />

em nossa sociedade e no meio de nossas famílias. A insubmissão, a<br />

falta de respeito, o egoísmo, a trapaça, a prostituição, a sensualidade<br />

e tantos outros costumes que estão fora do padrão moral bíblico começam a<br />

dominar nossos lares. É preciso retomar os princípios estabelecidos pela<br />

palavra e combater tais evidências. Em Efésios 5.1 somos admoestados a<br />

sermos imitadores de Deus. No entanto, para imitá-lo temos que andar com<br />

Ele e conhecê-lo. O próprio Jesus declara que erramos por não conhecermos<br />

as escrituras (Mt. 22.29) e nem o poder de Deus (Mc 12.24; 27).<br />

I - COMBATENDO A IMORALI<strong>DA</strong>DE<br />

A passagem de Gl 5.19-21 descreve bem como se encontra decadente<br />

nosso país, nossas famílias, nosso local de trabalho, nossa justiça etc. A TV<br />

prega uma liberdade desenfreada: Homossexualismo, sensualidade, troca de<br />

casais, prostituição, falta de respeito, o início da vida sexual cada vez mais<br />

cedo e sem qualquer compromisso, como se fosse algo muito natural. Novos<br />

padrões morais vão sendo incorporados a essa nova geração que não se<br />

preocupa com a moralidade e os bons costumes. A justiça corrompida e<br />

ameaçada se rende a oferta vantajosa. Como combater a imoralidade?<br />

1. Andando como filhos da luz (Ef 5.8b) – Para esta caminhada é<br />

necessária uma conduta que reflete retidão, compartilhando da natureza de<br />

Cristo na “plenitude de Deus” (Ef 3.19) e consiste em participar da sua<br />

natureza moral (Mt 5.48). Como filhos de Deus, é inconcebível pronunciarmos<br />

conversas torpes que são vistas como conduta vergonhosa e tão pouco de<br />

palavras vãs que são as piadinhas indecentes nas quais a imoralidade se torna


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 36<br />

uma espécie de humor negro. “... pelo contrário, ações de graças...” (Ef<br />

5.4). Em nossas conversas, devemos bendizer e louvar a Deus, a fim de que<br />

nossos irmãos em Cristo, amigos, vizinhos e familiares sejam edificados.<br />

Vivendo um evangelho autêntico, atrairemos muitos para Cristo, refletindo<br />

assim o testemunho sincero do crente em Jesus.<br />

2. Praticando o fruto do Espírito – O fruto do Espírito entra em oposição<br />

com a situação que atinge a todas as áreas sociais. A prática desse fruto<br />

afasta do crente toda ação do maligno, quando exerço caridade contagio<br />

com amor de Cristo os perdidos, quando manifesto o gozo do Senhor mostro<br />

ao mundo que é possível uma verdadeira alegria sem maquiá-la com as obras<br />

da carne. A cada fruto exercido alcançamos qualidades do próprio Pai, como<br />

justiça, santidade, amor etc.<br />

II - COMBANTENDO AS OBRAS INFRUTU<strong>OS</strong>AS<br />

<strong>DA</strong>S TREVAS<br />

1. Com a palavra de Deus (1Co 5.13) - Quando o crente não reprova as<br />

obras da carne citadas em Gálatas 5.19-21, silenciosamente as aprova e isso<br />

de certo modo é comunhão com o mal. Devemos combater as obras da carne<br />

veementemente, deixando a luz do Espírito brilhar em bondade e verdade, a<br />

fim de demonstrar o que são as obras infrutuosas das trevas. Devendo manter<br />

bom senso ao falar de certos assuntos, evitando descrevê-los com detalhes. A<br />

maneira mais eficaz do crente combater tais obras é viver a Palavra de Deus<br />

demonstrando assim seu testemunho e caráter irrepreensível (2Tm 4.2).<br />

2. Condenando e denunciando suas obras – “Mas todas estas coisas<br />

se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta”<br />

(v 13). O crente ataca o terreno das trevas com as “armas da luz”. “... os<br />

praticantes dessas obras são levados a ver quão odiosa é a natureza real de<br />

tais coisas; portanto tudo quanto é desvendado, em suas cores autênticas,<br />

deixa de ser secreto e passa a pertencer à natureza da luz”. (Salmond)<br />

A maneira mais correta e coerente de se tratar com os praticantes das<br />

trevas é mostrar com amor, a luz por meio da Palavra de Deus, para que a<br />

salvação penetre em seus corações. De acordo com Jo 1.4-12, aqueles que<br />

recebem a Jesus são iluminados por Ele, tornando-se participantes de Sua<br />

natureza, aptos para habitar no reino da luz.<br />

III - COMBATENDO COM PRUDÊNCIA - (V 15)<br />

1. Usando bem cada oportunidade (vs 16). Nos tempos apostólicos, o<br />

conceito de remir o tempo, ou seja, aproveitar as oportunidades era ainda<br />

mais importante porque se pensava que a “parousia”, ou o segundo advento


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 37<br />

de Cristo, aconteceria a qualquer momento. Devemos pensar como os irmãos<br />

da igreja primitiva e usar as oportunidades para falar da boa mensagem de<br />

Cristo, seja em um negócio a ser fechado, na repartição pública, na escola ou<br />

mesmo em casa, considerando cada momento precioso para proclamação<br />

do evangelho. Quando falamos em levar as novas de Cristo, queremos<br />

enfatizar que é com a vida, atitudes e testemunho cristão, aproveitando todos<br />

os momentos para semearmos o bem. (Ecl 11.2).<br />

2. Cumprindo a vontade do Senhor. “... mas entendei qual seja a<br />

vontade do Senhor” (v 17) - Nesta passagem o crente deve caracterizar-se<br />

por um pleno conhecimento espiritual, por entendimento e sabedoria, de modo,<br />

a saber, qual é a vontade de Deus. Rm 12.2 “... mas transformai-vos pela<br />

renovação do vosso entendimento...” Quanta sabedoria nestas palavras<br />

sagradas! Só é possível conhecer a perfeita vontade de Deus se buscar a<br />

renovação da natureza moral, rejeitando a corrupção do velho homem (Ef<br />

4.23,24). A vontade de Deus é um princípio que a tudo inclui e aplica-se a<br />

todos os aspectos da vida. “... a graça de Deus se manifestou... educandonos<br />

para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos<br />

no presente século sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11,12).<br />

CONCLUSÃO<br />

A degradação da sociedade atual não serve como modelo e nem tão pouco<br />

como desculpa para o relaxamento de nossa parte, ou para consentirmos em<br />

rebaixar nossos padrões morais, e sim, de motivo para mantermos imaculado o<br />

ideal cristão, com tal intensidade que o mundo, ao olhar para nós, veja a luz do<br />

Senhor brilhar em nossos atos, atitudes e relacionamentos.<br />

Para reflexão:<br />

• Você é “filho da luz”?<br />

• Você tem condenado as obras das trevas?<br />

• Você já entendeu qual é a vontade do Senhor? (Ef 5.17)<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Dê exemplos de atitudes na sociedade que podemos entender como<br />

decadência moral.<br />

2. De que maneira podemos combater a decadência moral?<br />

3. Você sabe qual é a vontade do Senhor? (Leia 1Ts 4.3)<br />

“Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora,<br />

sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5.8).


COMBATENDO AS POTESTADES<br />

DO MAL<br />

Versículo Chave<br />

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais<br />

estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”<br />

(Efésios 6.11)<br />

Lição 08 - 20 de maio de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Provar, biblicamente, que a existência do mal e de seus mensageiros<br />

satânicos é uma realidade;<br />

• Mostrar os vários modos de atuação dos espíritos das trevas, no mundo<br />

e nas igrejas;<br />

• Ensinar como o cristão pode vencer as potestades do mal.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Romanos 8.38,39) – As potestades não nos separam de Deus<br />

Terça – (2Coríntios 11.3) – Cuidado com a sutileza do diabo<br />

Quarta – (Efésios 2.2) – Não podemos andar segundo as potestades<br />

Quinta – (Colossenses 2.15) – Despojando as potestades<br />

Sexta – (1Pedro 5.8) – Cuidado com a fúria do diabo<br />

Sábado – (Efésios 6.10-20) – Devemos lutar contra as potestades<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 077 - 096 - 108 (Harpa Cristã)<br />

Efésios 6.10-20<br />

10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força<br />

do seu poder.<br />

11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar<br />

firmes contra as astutas ciladas do diabo;


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 39<br />

12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra<br />

os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste<br />

século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.<br />

13 - Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir<br />

no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.<br />

14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade,<br />

e vestida a couraça da justiça,<br />

15 - e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;<br />

16 - tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar<br />

todos os dardos inflamados do maligno.<br />

17 - Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é<br />

a palavra de Deus,<br />

18 - orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e<br />

vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos<br />

19 - e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra<br />

com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,<br />

20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele<br />

livremente, como me convém falar.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Efésios 6 é um capítulo da Bíblia pouco estudado, ou estudado<br />

superficialmente. No entanto, é um dos textos mais abrangentes e claros<br />

no que se refere às potestades do mal.<br />

Queremos, nesta oportunidade, lembrar a Igreja deste importante tema, e<br />

aproveitar para conscientizar a todos os alunos da EBD do perigo que é dar<br />

as costas a este cruel inimigo chamado diabo.<br />

I – DEVEM<strong>OS</strong> CONHECER <strong>OS</strong> CONFLIT<strong>OS</strong> CRISTÃ<strong>OS</strong><br />

Todos os cristãos terão que enfrentar muitos conflitos para não<br />

permanecerem no pecado (Hb 12.4), e continuarem de pé. Quanto a isto,<br />

vejamos algumas recomendações de Paulo:<br />

1. Para vencer estes conflitos precisamos de um poder especial –<br />

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu<br />

poder” (v. 10) - Após expor a grandeza do propósito de Deus em Cristo<br />

Jesus, nos capítulos anteriores, Paulo diz: “No demais...”, e passa a esclarecer<br />

que o cristão deve viver um novo padrão, tanto para a vida pessoal, como<br />

para a vida de comunhão entre os irmãos e no seio familiar. No entanto,<br />

esclarece que este padrão elevado só pode ser alcançado com muita batalha


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 40<br />

espiritual. Em outras palavras, somente pelo poder de Deus, podemos<br />

conquistar tal padrão. Por isso ordena: “Fortalecei-vos no Senhor”,<br />

comprovando que o cristão não pode fortalecer a si mesmo. Este poder<br />

deve ser recebido continuamente e só pode ser encontrado no Senhor, “na<br />

força do seu poder”. Sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15.1-5).<br />

2. Para vencer estes conflitos precisamos de armas especiais –<br />

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes<br />

contra as astutas ciladas do diabo” (v 11) - Seguindo o mesmo pensamento,<br />

expõe que a armadura de Deus é a soma de todas as peças que dão ao cristão<br />

condições de lutar e sair vencedor, portanto, deve se vestir dela (Rm 13.12;<br />

1Ts 5.8). As armas que Paulo menciona, são dadas para que os cristãos possam<br />

ficar firmes contra as ciladas do diabo, “inteligências demoníacas”.<br />

A palavra “ciladas” aparece em Efésios 4.14, com a idéia de “meios<br />

astutos”. Indica que são estratagemas forjados por um inimigo espiritual.<br />

São planos sutis contra a alma, daí, a necessidade de ficar alerta (2Co 2.11).<br />

3. Para vencer estes conflitos precisamos conhecer as características<br />

do inimigo – “porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas,<br />

sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes<br />

das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos<br />

lugares celestiais” (v 12) - A nossa guerra não consiste em enfrentar o homem<br />

e sim, os poderes dos principados, das potestades, dos príncipes das trevas<br />

deste século e das hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. A palavra<br />

“contra” aparece no versículo cinco vezes, para reforçar que contra estes<br />

poderes é que somos ordenados a lutar. Vejamos suas características:<br />

. São poderosos - Têm poder e autoridade. São chamados, também, de<br />

“dominadores deste mundo tenebroso” (Ef 6.12 - VRA). Estes poderes<br />

do mal são de alcance mundial. O diabo disse que podia dar todos os reinos do<br />

mundo (Mt 4.8,9). Ele é intitulado por Jesus de o “príncipe deste mundo”<br />

(Jo 14.30). O apóstolo João disse que o mundo inteiro “jaz no maligno” (1Jo<br />

5.19). Isto mostra que Satanás continua exercendo poder considerável.<br />

. São malignos – Não possuem qualquer princípio moral e são totalmente<br />

inescrupulosos. Dominam sobre este mundo tenebroso e odeiam a luz. As<br />

trevas e o mal são a sua habitação natural e caracterizam suas ações.<br />

. São astutos – Sugere sagacidade tática com engano engenhoso. Quando<br />

se apresenta como “anjo de luz”, engana o cristão com muita facilidade.<br />

Assume falsa aparência, mas é perigoso como um lobo (Jo 10.12), ruge<br />

como um leão (1Pe 5.8), é sutil como a serpente (2Co 11.3; Ap 20.2).<br />

As ciladas do diabo tomam muitas formas, mas têm maior êxito quando


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 41<br />

conseguem convencer as pessoas de que ele não existe. Isto tem acontecido<br />

em nossos dias, quando atribuímos tudo a erros humanos. Substituímos o<br />

dom de discernimento espiritual (1Co 12.10), pela análise psicológica e<br />

passamos a ignorar o adversário, o acusador, com seus dardos inflamados.<br />

II – DEVEM<strong>OS</strong> VESTIR A ARMADURA DE DEUS<br />

Vimos acima que o que aguarda o cristão é uma batalha ferrenha, a qual<br />

terá de enfrentar e sair vitorioso. Portanto, precisa de ajuda do alto. Deus,<br />

sabendo disto preparou uma roupa especial para os seus soldados que<br />

aceitaram o desafio da guerra contra as potestades infernais:<br />

1. A armadura de combate – “Portanto, tomai toda a armadura de<br />

Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar<br />

firmes” (v 13) - Desta forma, há uma transição entre os assuntos apresentados<br />

nos capítulos de 1 a 5, para o capítulo 6. Ou seja, dos lares sem discórdia,<br />

dos tempos de saúde, da alegria espiritual para o “dia mau”.<br />

O propósito de vestir a armadura de Deus é para “estar firmes contra as<br />

astutas ciladas do diabo” e “para que possais resistir no dia mau”.<br />

Cristãos instáveis que não têm os pés firmes em Cristo (Sl 40.2), são uma<br />

presa fácil para o diabo. Mas a armadura deve estar completa: “Toda a<br />

armadura de Deus”. Com ela devemos ficar em pé, andar, trabalhar e dormir.<br />

Devemos vigiar e nunca relaxar, pois o tempo em que os santos dormem é o<br />

tempo em que Satanás trabalha. Temos alguns exemplos: Sansão (Jz 16.19),<br />

Noé (Gn 9.21-24), Êutico (At 20.9) e todos os homens (Mt 13.25).<br />

2. As armas de defesa – As armas de defesa proporcionam ao cristão,<br />

que está posicionado em Cristo, total garantia de vitória. As peças que servem<br />

para defesa e que compõem a armadura são:<br />

a) – Cinto e couraça - “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos<br />

lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça” (v 14) – O cinto<br />

na verdade não fazia parte da armadura, mas servia para prender a roupa de<br />

baixo, dando garantia de que o “soldado” não sofreria impedimento algum<br />

ao andar, marchar e lutar. Hoje, “apertar o cinto”, significa: Preparar-se<br />

para enfrentar crises ou uma ação qualquer.<br />

O cinto do soldado cristão é a verdade (veja lição 11). A verdade no<br />

sentido absoluto: A revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras e a<br />

sinceridade ou integridade (Sl 15.2).<br />

A “couraça da justiça” refere-se à justificação que é a iniciativa graciosa<br />

de Deus em fazer com que os pecadores fiquem de bem consigo por meio<br />

de Cristo. Nenhuma proteção espiritual é maior do que um relacionamento<br />

adequado com Deus. Isto nos faz estar em pé diante de Deus, aceitos por<br />

Ele e livres de uma consciência acusadora e de ataques caluniadores do


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 42<br />

maligno (Rm 8.1; 33,34), cujo nome no hebraico (Satanás) significa<br />

“adversário” e no grego (diabo) “caluniador”.<br />

b) – Sandálias - “e calçados os pés na preparação do evangelho da<br />

paz” (v 15) – São as botas do soldado cristão. Aponta para a preparação do<br />

evangelho da paz. Estar preparado significa: Estar em prontidão, preparado, firme.<br />

A obra missionária é como um par de sandálias que foi dada à Igreja, a<br />

fim de que ela se coloque no caminho e continue andando (Cl 4.5,6; Is 52.7).<br />

c) – Escudo - “tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual<br />

podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (v 16) –<br />

Devemos tomá-lo como algo indispensável. O escudo mencionado por Paulo<br />

é o longo, medindo 1,2 metros por 0,75 cm, que cobria o corpo inteiro. Era<br />

usado especialmente para se proteger das flechas com fogo na sua ponta. Os<br />

“dardos inflamados do maligno” incluem suas acusações maliciosas que<br />

inflamam a nossa consciência, pensamento de dúvidas, de desobediência, de<br />

rebeldia, de malícia e de medo. É pela fé que nos refugiamos em Deus, tomando<br />

posse das suas promessas, em tempos de dúvidas e de depressão.<br />

d) – Capacete - “Tomai também o capacete da salvação...” (v 17a) –<br />

O capacete é a “esperança da salvação” (1Ts 5.8). É a nossa certeza da<br />

salvação agora e definitivamente no futuro. Devemos tomá-lo e usá-lo, “pois<br />

adorna e protege o cristão, capacitando-o a levantar a cabeça com<br />

confiança e alegria, pelo fato de ser salvo” (Hb 10.22,23) – Charles Hodge.<br />

3. As armas de ataque – A espada é a única peça da armadura de Deus que<br />

pode ser usada tanto para defesa como para ataque. A oração aparece finalmente,<br />

não como parte integrante da armadura, visto que deve permear toda a nossa<br />

guerra espiritual. A palavra como espada do Espírito e a oração no Espírito, são<br />

os dois recursos principais que Deus colocou em nossas mãos (Cl 4.2).<br />

a) – Espada - “... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”<br />

(v. 17b) – A palavra “machaira” indica uma espada curta, logo a nossa luta<br />

requer aproximação do alvo a ser atingido.<br />

A espada é do Espírito, portanto, identificada como a Palavra de Deus. Ela<br />

é usada pelo Espírito Santo para ferir as consciências das pessoas e despertálas<br />

espiritualmente com a sua ação penetrante (Hb 4.12). Também é colocada<br />

na nossa boca para resistirmos à tentação (defesa) e para evangelizar (atacar).<br />

Apesar da Palavra de Deus ser mais cortante que espada de dois gumes,<br />

o crente que tenta usá-la aos pedaços (somente os textos que lhe interessa),<br />

estará lançando mão de uma “espada quebrada”.<br />

b) – Oração - (vv 18-20) – A oração que prevalece é: Oração em todo


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 43<br />

tempo – regular e constantemente; oração com toda súplica – de muitas<br />

maneiras; oração com toda perseverança – vigilante e fervorosa; oração para<br />

todos os santos – levando em conta a comunhão e a unidade dos santos.<br />

A oração deve se estender ao ministério. A Igreja precisa interceder pelos<br />

seus ministros, para que falem somente a Palavra de Deus e o façam com intrepidez.<br />

CONCLUSÃO<br />

Tratamos de um assunto muito importante para toda a Igreja. Satanás,<br />

com as suas hostes malignas, opera dia e noite, portanto, não podemos<br />

ignorar os seus ardis.<br />

Só podemos guerrear contra um inimigo se pelo menos soubermos que ele<br />

existe. Também é necessário conhecer suas estratégias, seus planos maléficos<br />

e a maneira como ataca. Desta forma nunca seremos pegos de surpresa.<br />

Estejamos alerta, vistamos-nos de toda a armadura de Deus para ficarmos firmes.<br />

Para reflexão:<br />

• Você se considera um cristão fortalecido contra os ataques de Satanás?<br />

• Você consegue discernir com facilidade as obras de Deus e as do diabo?<br />

• Você é um cristão revestido com a “armadura” de Deus?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Dê algumas características do inimigo e adversário do cristão.<br />

2. Explique o significado da palavra “astuto”.<br />

3. Como podemos tomar posse da “espada do Espírito”?<br />

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PROCLAMANDO A JUSTIÇA<br />

Versículo Chave<br />

Semeai para vós em justiça, ceifai segundo a misericórdia; lavrai<br />

o campo de lavoura; porque é tempo de buscar o Senhor, até<br />

que venha, e chova a justiça sobre vós (Oséias 10.12)<br />

Lição 09 - 27 de maio de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Provar que o mundo vive uma situação de injustiça em todas as áreas<br />

da sociedade;<br />

• Mostrar que a Igreja precisa viver de forma justa, dando o exemplo;<br />

• Ensinar que somos responsáveis tanto por denunciar a injustiça, como<br />

cultivá-la.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Levítico 19.13-15) – Justiça no julgamento<br />

Terça – (Salmo 9.1-20) – Justiça aos oprimidos<br />

Quarta – (Jeremias 9.24) – Justiça divina<br />

Quinta – (Ezequiel 18.19,20) – Justiça prática<br />

Sexta – (Romanos 1.16,17; 4.11-13) – Justiça pela fé<br />

Sábado – (Deteuronômio 16.18-20) – Justiça torcida<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 186 - 312 - 432 (Harpa Cristã)<br />

Deteuronômio 16+18-20<br />

18 - Juízes e oficiais porás em todas as tuas portas que o SENHOR, teu<br />

Deus, te der entre as tuas tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça.<br />

19 - Não torcerás o juízo, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno,<br />

porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos.<br />

20 - A justiça, somente a justiça seguirás, para que vivas e possuas em<br />

herança a terra que te dará o SENHOR, teu Deus.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 45<br />

INTRODUÇÃO<br />

Para o mundo, geralmente os fins justificam os meios. No entanto, para<br />

os remidos não há prêmio se não houver retidão, tanto no fim quanto<br />

nos meios (Rm 3.8). Não cabe a Igreja favorecer o pobre, nem o rico; e ao<br />

próximo não pode oprimir sendo senhor dele, e nem se rebelar contra ele sendo<br />

seu servo (Lv 19.13-15). Proclame o direito, pois “O ímpio recebe um salário<br />

enganoso, mas, para o que semeia justiça, haverá galardão” (Pv 11.18).<br />

Entendamos o quê e de que forma a sociedade, a igreja e Deus representam:<br />

a justiça ou a injustiça.<br />

I – HÁ INJUSTIÇA NA SOCIE<strong>DA</strong>DE<br />

Há fome de justiça na terra! Muitos sofrem e apesar de serem imagem e<br />

semelhança de Deus, são destratados pelos governos e sistema social. Como<br />

está escrito: “... Porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado<br />

por um par de sapatos. Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça<br />

dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos”. (Am 2.6b-7a).<br />

1. A sociedade rejeita a lei divina – Visto que a Bíblia é a Palavra de<br />

Deus e que nas leis humanas não há o requisito de seguir a Sua vontade,<br />

conclui-se que a sociedade, em sua estrutura legal, rejeita a Deus (Os 4.1;<br />

Mt 12.30). Em algumas leis, há uma aparente “coincidência” com a vontade<br />

do Pai, mas é por causa da consciência que o ser humano tem e não por este<br />

querer a vontade divina. E cada vez mais a sociedade se rebela não só contra<br />

Deus, mas contra si mesma ao permitir atos como sendo lícitos, que são<br />

contrários a esta sua consciência e infelizmente tornam-se escravos da própria<br />

injustiça (Rm 2.14,15). Isso vem acontecendo de forma generalizada, em<br />

todo o mundo, contudo, em alguns lugares mais que em outros. Praticando o<br />

pecado eles se tornam injustos (1 Sm 8.3). E a banalização daquilo que é<br />

errado, torna-o socialmente “certo” (Lc 16.5-8).<br />

Exemplo de Ato de injustiça: “Vi ainda debaixo do sol que no lugar do<br />

juízo reinava a maldade, e no lugar da justiça, maldade ainda”. (Ec<br />

3.16; Sl 69.27). Passemos a ver quais são alguns destes atos:<br />

a) – Preconceito – Devemos lutar contra a injustiça em forma de<br />

preconceito, que ganha forma comumente em meio às anedotas.<br />

Principalmente devido ao regionalismo (Jo 1.46; 7.52), por se tratar de família<br />

pobre (Mc 6.3) e diversidade étnica, cor da pele (Lc 9.51-56; At 10.28).<br />

Devemos buscar as almas sem preconceito.<br />

b) – Suborno – É poderoso para cegar, corromper e subverter o<br />

sábio (Ex 23.8), portanto fuja dele! Uma mulher foi subornada com


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 46<br />

falsas promessas (Gn 3.5). Os guardas que vigiavam o túmulo de Jesus<br />

também foram subrnados (Mt 28.12-15).<br />

c) - Avareza – É poderosa para desviar o homem da fé e trazer muitas<br />

dores (1Tm 6.10). Um líder deve aborrecer a avareza (Ex 18.21). É<br />

exemplificada em Acã (Js 7.21).<br />

d) - Parcialidade – Acontece quando tratamos diferentemente pessoas<br />

por interesses pessoais ou preferências (Lv 19.15). Devemos tratar a<br />

todos igualmente ou proporcionalmente, em casos de disciplina e<br />

recompensa, ou seja, com justiça. A parcialidade pode nos fazer<br />

desprezível diante da comunidade (Ml 2.9).<br />

II – <strong>IGREJA</strong>, CETRO <strong>DA</strong> JUSTIÇA DE DEUS<br />

Deus é a própria justiça e todos quantos renasceram dele, por intermédio<br />

do Senhor Jesus, devem praticar atos de justiça (1Jo 2.29). Enquanto não for<br />

arrebatada ao céu, a Igreja reconhecerá e representará esta justiça abertamente.<br />

1. Reconhecendo a justiça de Deus – Como se pode falar daquilo que<br />

não se conhece? Fala-se do que é sabido e experimentado. O próprio Jesus<br />

reconheceu a justiça divina: “Pai justo, (...) eu te conheci...” (Jo 17.25). E<br />

os anjos, assim, declaram: “... Justo és tu...” (Ap 16.5). Antes, a igreja<br />

também deve reconhecer a Justiça divina como fizeram o rei Davi: “... de<br />

maneira que serás tido por Justo no teu falar e puro no teu julgar” (Sl<br />

51.4 – ARA) e o apóstolo Paulo (Rm 3.26). Quão valioso é para os servos<br />

reconhecer o padrão da justiça de Deus, pois ela não muda, permanece para<br />

sempre (Sl 119.142). E é sabido que ainda é tempo de buscar e receber de<br />

Deus o Seu justo tratamento (Ed 9.15). Reconheçamos e busquemos esta<br />

justiça, a fim de que os oprimidos reconheçam em nós a justiça de Deus!<br />

2. Manifestando a justiça de Deus – É a igreja, a noiva sem mácula, a<br />

única que tem o direito de representar a justiça divina e não pode ocultá-la (Sl<br />

40.9,10). Portanto, não é a política, o governo, a justiça dos homens, nem reis<br />

e nem presidentes, mas somente a Igreja. Pode, então, o servo manifestá-la a<br />

outros por meio de seu proceder (Is 33.15). Se ofendido, não responde com<br />

ofensa; em sofrimento, não intimida o opressor, antes se entrega àquele que<br />

julga com reto juízo, conforme o exemplo do Senhor Jesus (1Pe 2.22-23).<br />

Onde estiver deve manifestá-la, em casa, na escola, no trabalho, na rua, diante<br />

de pessoas conhecidas ou não, tanto aqui quanto em outra nação. E esta justiça<br />

precisa exceder às dos homens religiosos (Mt 5.20), nascendo primeiramente<br />

no coração, para que depois seja manifesta abertamente (2Cr 29.34; Sl 125.4).<br />

Assim, a Igreja semeará a justiça em toda a sociedade!


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 47<br />

III – DEUS INTERROMPE O TEMPO DE INJUSTIÇA<br />

A igreja tem o dever de semear a verdadeira justiça em meio a tanta<br />

iniqüidade, mas Deus é poderoso para cessar a iniqüidade e fazer chover a<br />

Sua justiça (Os 10.12).<br />

1. Exemplos do Passado – “A ira de Deus se revela do céu<br />

contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a<br />

verdade pela injustiça” (Rm 1.18).<br />

a) - No dilúvio – Deus viu os homens totalmente corrompidos e, por causa<br />

da grande iniqüidade, pôs fim naquela era de injustiça. Conservou, no entanto,<br />

o seu servo Noé e sua família por causa da sua retidão (Gn 6.11-13; 7.1; 9.9);<br />

b) - Na torre de Babel – Os homens ambicionavam o poder e, em seus<br />

corações, imaginavam o mal. Era um tempo de apostasia coletiva. Por conta<br />

disso, Deus trouxe a divisão por meio da confusão das línguas (Gn 11.6,7).<br />

Até que na 10ª geração, a partir de Sem, falou com Abrão (Gn 12.1);<br />

c) - Em Sodoma e Gomorra – Também por se corromperem os<br />

habitantes destas regiões, Deus os castigou, mas conservou a Ló e sua<br />

família (Gn 19.12,16; Jd 7);<br />

d) - No Êxodo – Deus, além de ver a opressão sofrida pelos hebreus,<br />

ouve o seu grande clamor e liberta-os por meio do seu servo Moisés, após<br />

430 anos de escravidão em terra egípcia (Ex 3.7; 12.31; Hb 11.29),<br />

preservando os descendentes de Jacó.<br />

2. “Exemplos” do Futuro – Encontramos na Bíblia textos que nos<br />

remetem a um tempo que ainda há de vir, quando os justos e os ímpios irão<br />

prestar contas a Deus por suas obras, respectivamente:<br />

a) - No tribunal de Cristo – Jesus voltará para encontrar-se com sua<br />

Igreja nos ares, separando definitivamente os escolhidos (arrebatados) e<br />

distribuirá o galardão a cada um conforme suas obras (Rm 14.10; 2Co 5.10;<br />

Mt 24.30,31). Enquanto isso, os que ficarem, padecerão grande dor e<br />

sofrimento (Ap 13). Tempo em que reinará a injustiça e que Deus derramará<br />

os sete últimos flagelos sobre a Terra (Ap 15.1; 16.1).<br />

b) - No juízo Final – Após o milênio, o reinado de Cristo na Terra (Ap<br />

20.4), os tempos de injustiça chegarão ao seu final, pois o diabo será lançado<br />

no lago de fogo e enxofre, onde estarão a besta e o falso profeta e serão para<br />

sempre atormentados. E diante do Grande Trono Branco, estarão os grandes


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 48<br />

e os pequenos. Os mortos que não tiveram os seus nomes inscritos no<br />

Livro da Vida serão julgados, um a um, segundo as suas obras para<br />

condenação eterna. E para que tudo se complete se fará novo Céu e<br />

nova Terra, pois estes serão perfeitamente ajustados ao tempo de justiça<br />

eterna (Ap 20.11-13; 21.1; 2 Pe 3.13).<br />

CONCLUSÃO<br />

Deus ouve o clamor dos injustiçados. E para atendê-los, envia a Sua<br />

Igreja a todos os povos, para que tenham esperança, alcancem a fé e aguardem<br />

até o fim a promessa de que Jesus voltará para buscar a “noiva”, pois todas<br />

as obras que há nesta terra se queimarão (2Pe 3.10-13). Nós somos<br />

chamados para semear a justiça de Deus, que se revela no evangelho (Rm<br />

1.17). Porém, Deus tem o poder de fazer findar o tempo de amargor e<br />

sofrimento de um povo e de toda a terra.<br />

E este final acontecerá quando o evangelho do reino for anunciado a<br />

todos os povos, como está escrito em Mateus 24.14: “E este evangelho<br />

do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas<br />

as gentes, e então virá o fim”.<br />

Para reflexão<br />

• Você concorda que a injustiça está representada na sociedade?<br />

• Você tem semeado a justiça de Deus? De que forma?<br />

• Você tem aguardado e apressado o tempo de justiça eterna?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Explique o que é justiça no sentido bíblico.<br />

2. Como podemos demonstrar justiça perante uma sociedade injusta?<br />

3. Mencione alguns fatos bíblicos que demonstre a aplicação da justiça divina<br />

sobre as pessoas.<br />

“Porque do céu se manifesta a<br />

ira de Deus sobre toda impiedade<br />

e injustiça dos homens que detêm<br />

a verdade em injustiça”.<br />

(Rm 1.18)


RESTAURANDO AS FAMÍLIAS<br />

Versículo Chave<br />

“E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que<br />

te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as<br />

famílias da terra” (Gênesis 12.2)<br />

Lição 10 - 03 de junho de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Mostrar a necessidade de restauração para todas as famílias;<br />

• Destacar que ale de ser desejo de Deus esta restauração, ele deixou a<br />

incumbência para a Igreja;<br />

• Mostrar os meios de restauração familiar.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Gênesis 12.3) – Família, objeto de Deus<br />

Terça – (Salmo 68.6) – Família, lugar de habitação<br />

Quarta – (Efésios 6.4) – Família na doutrina do Senhor<br />

Quinta – (1Timóteo 5.8) – Família, cuidado mútuo<br />

Sexta – (2Timóteo 1.4,5) – Família, transmissora da fé<br />

Sábado – (Êxodo 12.3-14) – Família ofertante<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 111 - 277 - 515 (Harpa Cristã)<br />

Êxodo 12.3-14<br />

3 - Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste<br />

mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um<br />

cordeiro para cada casa.<br />

4 - Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só<br />

com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme<br />

o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 50<br />

5 - O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual<br />

tomareis das ovelhas ou das cabras<br />

6 - e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento<br />

da congregação de Israel o sacrificará à tarde.<br />

7 - E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga<br />

da porta, nas casas em que o comerem.<br />

8 - E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos;<br />

com ervas amargosas a comerão.<br />

9 - Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao<br />

fogo; a cabeça com os pés e com a fressura.<br />

10 - E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela<br />

manhã, queimareis no fogo.<br />

11 - Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos<br />

nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a<br />

Páscoa do SENHOR.<br />

12 - E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito<br />

na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses<br />

do Egito farei juízos. Eu sou o SENHOR.<br />

13 - E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes;<br />

vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de<br />

mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.<br />

14 - E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao<br />

SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A<br />

sociedade israelita centralizava a família e aqueles que viviam sozinhos<br />

frequentemente eram necessitados. Por isso, o salmista declara que:<br />

“Deus faz com que o solitário more em família.” Sl 68.6 (RA).<br />

Ao instituir a Páscoa, Deus ordenou às famílias que se reunissem em seus<br />

respectivos lares. Porém, se uma família fosse pequena, deveria juntar-se à outra<br />

com o objetivo de compartilhamento e cuidado, debaixo do sangue do cordeiro.<br />

I – RESTAURAR AS FAMÍLIAS É PROPÓSITO DE DEUS<br />

H. Hendricks, professor de seminário em Dallas – EUA, relatou em<br />

seu testemunho o seguinte: “Pelo modo como minha vida iniciou, eu<br />

poderia ter morrido e ido para o inferno que ninguém iria importarse<br />

nem um pouco.” No entanto, teve sua vida transformada quando um<br />

humilde servo de Deus propôs em seu coração formar uma classe de


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 51<br />

E.B.D. com o objetivo de restaurar almas para Cristo; tornando-se assim,<br />

um instrumento de Deus na restauração de famílias destruídas.<br />

1. Por ser a família uma instituição divina – A família é objeto do<br />

amor de Deus (Gn 12.3). Sendo assim, é alvo de destruição para o inimigo<br />

de nossas almas. Por esse motivo, Deus capacitou a Igreja para lutar por ela.<br />

Portanto, deve partir do coração de cada crente o desejo de servir ao Senhor<br />

com suas vidas na restauração das famílias.<br />

2. Porque existem problemas diversos na família – Alguns pais<br />

com a intenção de “poupar” seus filhos, muitas vezes, projetam homens<br />

e mulheres incapazes de formar uma família saudável, visto que não os<br />

educam eficazmente, não garimpam os tesouros do coração (Pv 22.6).<br />

A Igreja deve enfrentar tais problemas com base bíblica; levando a família<br />

a buscar nela a resposta e também orientação para seus problemas (Ef<br />

6.4; Cl 3.21 e 1Tm 5.8).<br />

3. Porque as pontes entre pais e filhos são construídas nas<br />

famílias – Como objeto do amor de Deus, as famílias sãos as<br />

responsáveis pela construção das pontes do amor, da comunicação, da<br />

confiança, do carinho, do diálogo e de outras formas de afeto. No<br />

entanto, muitos pais e filhos quebraram essas pontes por não terem<br />

mais assuntos ou por terem abandonado o aconchego familiar.<br />

II - A <strong>IGREJA</strong> É UM INSTRUMENTO DE DEUS PARA A<br />

RESTAURAÇÃO <strong>DA</strong>S FAMÍLIAS<br />

Deus não deseja que Sua Igreja se isole a ponto de não agir como uma<br />

restauradora de lares. Sua função não é somente pregar a salvação, mas<br />

também restaurar famílias. Ela possui virtudes individuais, pois é a habitação<br />

corporal do Espírito Santo, gerando o Seu fruto conforme Gl 5.22 e 23,<br />

promovendo assim o fator de equilíbrio social.<br />

Só podemos conhecer o sentido da vida cristã, indo além. Nosso alvo é<br />

prosseguir para o alvo (Fp 3.12 a 14).<br />

1. Para que frutifique para Deus (Rm 6.13) – Como igreja, nossa<br />

entrega a Cristo implica em consciente conhecimento de nossa nova identidade<br />

Nele, o que nos conduz a produzirmos bons frutos para Seu reino (Rm 7.4).<br />

O evangelho de Marcos 7.20 a 23 nos alerta a respeito dos maus desígnios,<br />

os quais promovem a destruição social; Paulo, no entanto, em Cl 3.5 orientanos<br />

a fazermos morrer nossa natureza terrena.<br />

A igreja é composta por cristãos, ou seja, seguidores de Cristo, dessa<br />

forma devem realizar sua obra restauradora, fazendo uso do fruto do


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 52<br />

Espírito (Gl 5.22 e 23).<br />

2. Porque Deus quer manter um relacionamento pessoal com as<br />

famílias através da igreja – Nossa relação com Deus é pessoal, não<br />

mecânica; fomos criados à imagem de Deus, seres racionais e morais. O<br />

propósito para o qual fomos criados é estar em relacionamento pessoal com<br />

Deus, em comunhão com Ele, em amor e por escolha.<br />

3. Porque a igreja é uma exposição concreta de restauração no<br />

relacionamento familiar – É ela quem expõe ao mundo o objetivo de Cristo<br />

até Sua volta e quem promove a restauração nas famílias, através da relação<br />

espiritual restaurada entre uma pessoa e outra. (Rm 12.4-5 e 1Co 12.12ª-14).<br />

III – MEI<strong>OS</strong> PEL<strong>OS</strong> QUAIS A RESTAURAÇÃO<br />

FAMILIAR É P<strong>OS</strong>SÍVEL<br />

Deus capacitou Sua Igreja através do Espírito Santo no ministério<br />

de restauração. Com esse objetivo, vidas podem ser transformadas e<br />

lares, antes destruídos, restaurados por Jesus. A Igreja possui a bênção<br />

de Deus e a unção do Espírito Santo para que este trabalho seja realizado<br />

com autoridade e sucesso.<br />

1. Conhecendo o propósito de restauração através da Bíblia<br />

– A Bíblia nos ensina a vivermos de forma moral e ética, isso implica<br />

na subordinação da fé ao amor segundo 1Co 13, tornando-nos<br />

disponíveis e combatentes.<br />

Tendo a Bíblia como centro de nossas vidas, passamos a viver nossa fé<br />

de forma inteligente, em oração, com o coração e com coragem, pois ela nos<br />

prepara para a vida eterna (1Pe 3.15), mas também tem o objetivo de formarnos<br />

para a vida terrena (Jo 10.10b).<br />

2. Através da educação, pois somos uma igreja formada por seres<br />

humanos que vivem socialmente – Educar é ter esperança de que não<br />

somente no futuro, mas também, no presente, podemos semear a comunhão<br />

familiar. Ao conhecermos leis e regras, não nos fazemos ignorantes quanto à<br />

necessidade de buscarmos também o auxílio de profissionais, tais como<br />

psicólogos e terapeutas (de preferência cristãos), sempre que for necessário.<br />

3. A oração é um meio pela qual grandes lutas são vencidas – A<br />

igreja tem o importante papel de fazer com que a oração faça parte da base<br />

familiar, ensinando os pais a orarem diariamente com seus filhos.<br />

Consequentemente, quando os mesmos formarem suas famílias, levarão este<br />

abençoado costume. A oração pode romper mágoas, dor e indiferença que<br />

possa haver na família, pois é uma ponte entre pais e filhos (Tg 5.16).


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 53<br />

CONCLUSÃO<br />

Deus sempre mostra seu cuidado e amor para com todas as famílias,<br />

incluindo aquelas que dependem de outras. Por isso, a Igreja como habitat<br />

corporal do Espírito Santo, possui dons, dentre eles o de discernimento,<br />

que a capacita a diferenciar os instintos naturais das ações demoníacas que<br />

atingem as famílias, evitando assim a transferência da origem dos problemas.<br />

Daí, como Igreja, devemos fazer uso de nossas virtudes individuais para<br />

promovermos o bem estar social, afinal temos nosso comportamento<br />

controlado pelo Espírito Santo. Por esse motivo, os apóstolos Paulo e<br />

Marcos, dirigem-se à Igreja quanto ao fruto do Espírito, para buscá-lo e,<br />

aos maus desígnios, para evitá-los e combatê-los.<br />

Para reflexão:<br />

• O seu lar é um lar restaurado?<br />

• Deus é a Pessoa central no relacionamento em seu lar?<br />

• Você tem freqüentado os cultos que ajuda na restauração familiar, tais como:<br />

EBD, cultos doutrinários, de oração etc?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Dê algum texto bíblico que comprove que a família é uma instituição divina.<br />

2. Como a igreja pode contribuir para a restauração familiar?<br />

3. Mencione os meios pelos quais a família pode ser restaurada (Veja o tópico III).<br />

“Estes, pois, são os mandamentos, os<br />

estatutos e os juízos que mandou o<br />

SENHOR, vosso Deus, para se vos<br />

ensinar, para que os fizésseis na terra a<br />

que passais a possuir; para que temas ao<br />

SENHOR, teu Deus, e guardes todos os<br />

seus estatutos e mandamentos, que eu te<br />

ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu<br />

filho, todos os dias da tua vida; e que teus<br />

dias sejam prolongados” (Dt 6.1,2).


DEFENDENDO A VER<strong>DA</strong>DE<br />

Versículo Chave<br />

“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram<br />

da tua verdade, como tu andas na verdade”<br />

(3 João 3).<br />

Lição 11 - 10 de junho de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Ensinar que a Igreja precisa combater as heresias, os conceitos<br />

mentirosos que regem a sociedade e toda forma de mentira;<br />

• Mostrar como a mentira se manifesta e os males que ela causa para a<br />

Igreja e para a sociedade;<br />

• Destacar que o cristão está no mundo como agente da verdade.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Salmo 15.1-5) – Expressando a verdade<br />

Terça – (João 8.31-36) – Libertados pela verdade<br />

Quarta – (João 14.6) – Jesus Cristo a verdade<br />

Quinta – (Efésios 4.15-25) – Seguindo a verdade<br />

Sexta – (1João 2.3-6) – Vivendo na verdade<br />

Sábado – (3João 1-15) – Andando na verdade<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 256 - 304 - 523 (Harpa Cristã)<br />

3 João 1-15<br />

1 - O presbítero ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo.<br />

2 - Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde,<br />

assim como bem vai a tua alma.<br />

3 - Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua<br />

verdade, como tu andas na verdade.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 55<br />

4 - Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos<br />

andam na verdade.<br />

5 - Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos<br />

e para com os estranhos,<br />

6 - que em presença da igreja testificaram da tua caridade, aos quais, se<br />

conduzires como é digno para com Deus, bem farás;<br />

7 - porque pelo seu Nome saíram, nada tomando dos gentios.<br />

8 - Portanto, aos tais devemos receber, para que sejamos<br />

cooperadores da verdade.<br />

9 - Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o<br />

primado, não nos recebe.<br />

10 - Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo<br />

contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos,<br />

e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.<br />

11 - Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas<br />

quem faz mal não tem visto a Deus.<br />

12 - Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também<br />

nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.<br />

13 - Tinha muito que escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena.<br />

14 - Espero, porém, ver-te brevemente, e falaremos de boca a boca. (15)<br />

Paz seja contigo. Os amigos te saúdam. Saúda os amigos pelos seus nomes.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Estamos vivendo época de extrema falsidade entre as pessoas. Todas<br />

as camadas da sociedade têm usado a mentira como uma arma, para<br />

todas as situações. No entanto, como veremos nesta lição, a verdade é<br />

a arma mais poderosa que Deus nos deixou. Dizem que “a mentira tem<br />

pernas curtas”, mas a verdade é uma longa estrada para a vida eterna.<br />

Veremos nesta lição, o dever do cristão de praticar somente a verdade e,<br />

ao mesmo tempo, procurar detectar a mentira que cresce como uma erva<br />

daninha, causando sérios prejuízos para a vida cristã. A verdade absoluta é<br />

uma necessidade premente.<br />

I - PRATICANDO A VER<strong>DA</strong>DE (VV 1-8)<br />

Estamos tratando da verdade no sentido absoluto daquilo que é real e completo,<br />

em oposição com o que é irreal e incompleto (Mc 5.33; Ef 4.25). A fé cristã, em<br />

particular, é a verdade (Gl 2.5; Ef 1.13). Jesus afirmou que ele é a verdade<br />

personificada (Jo 14.6), e o Espírito Santo conduz os homens à verdade (Jo 16.13).<br />

Paulo chamou a cultura secular, os bens deste mundo, o sucesso, a fama


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 56<br />

e o status de “refugo”, “esterco”, “resto” (Fp 3.8) e Salomão declarou<br />

que todas as coisas são “vaidade” (Ecl 1.2). Somente Deus é apresentado na<br />

Bíblia, como sendo a realidade, “porque a lei foi dada por Moisés; a<br />

graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17), portanto, ele nos<br />

trouxe a realidade, pois verdade é realidade.<br />

1. Por meio de um amor verdadeiro – “O presbítero ao amado Gaio,<br />

a quem, na verdade, eu amo” (v 1) – Um amor verdadeiro não é fantasioso.<br />

Não apenas diz que ama, mas doa. Algumas dinâmicas apresentadas no<br />

momento dos louvores, muitas vezes não passam de fantasia e modismo.<br />

O apóstolo dá exemplo de amor que se preocupa, interessa e envolve<br />

(1Jo 3.18). Quer de fato saber o estado de seu irmão em Cristo: “Amado,<br />

desejo que te vá bem em todas as coisas... que tenhas saúde... assim<br />

como bem vai a tua alma” (v 2).<br />

2. Por meio de um testemunho verdadeiro – “Porque muito me<br />

alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como<br />

tu andas na verdade” (v 3,4) – O cristão deve ter atitudes transparentes. A<br />

sua vida deve ser uma carta aberta, para que possa ser lida por todos. Precisa<br />

ser íntegro nos negócios e no exercício do ministério cristão. Andar na verdade<br />

é lançar fora todo comportamento “fariseu”, que finge ser o que não é, e<br />

nega ser aquilo que de fato é (Mc 7.6,7). “Amado, procedes fielmente em<br />

tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos” (v 5).<br />

3. Por meio de uma cooperação com a verdade – “Portanto, aos<br />

tais devemos receber, para que sejamos cooperadores da verdade” (v<br />

8) – Os cooperadores da verdade se esforçam para disseminar a verdade.<br />

Aborrecem a mentira e combatem-na. Nunca são coniventes com os falsos<br />

cristãos na Casa de Deus, pois toda forma de pecado tem como base a<br />

mentira. “Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus<br />

mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2.4).<br />

II – DETECTANDO A AUSÊNCIA <strong>DA</strong> VER<strong>DA</strong>DE<br />

A mentira é falsidade e engano. Essencialmente é a declaração daquilo que<br />

se sabe ser uma falsidade, com a intenção de enganar (Jz 16.10-13). Na Bíblia,<br />

as mentiras mais condenáveis são: As fraudulentas (Lv 6.2,3), as que promovem<br />

condenação injusta (Dt 19.15), as promessas enganosas (Jr 14.14). A mentira<br />

pode ser expressa por meio de palavras (Pv 6.19), pelo modo de vida (Sl<br />

62.9), por meio do erro (2Ts 2.11), por meio de religião falsa (Rm 1.25).<br />

Os mentirosos têm como pai o diabo. “Vós tendes por pai ao diabo e<br />

quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o<br />

princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando<br />

ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 57<br />

da mentira” (Jo 8.44). Portanto, vejamos o que a ausência da verdade causa:<br />

1. Atitudes que suscitam o orgulho – “Tenho escrito à igreja; mas<br />

Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe” (v 9) –<br />

Diótrefes era um obreiro que desejava ter a primazia entre os irmãos. Queria o<br />

primeiro lugar. Foi este o sentimento de Satanás antes da queda. “Já foi derribada<br />

no inferno a tua soberba... tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e,<br />

acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono... Subirei acima das<br />

mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo... levado serás ao<br />

inferno, ao mais profundo do abismo” (Is 14.11; 13-15). Aí está uma grande<br />

mentira, Satanás não pode ser semelhante a Deus. No entanto, coloca no coração<br />

dos homens este desejo. “Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos<br />

outros e não buscando a honra que vem só de Deus?” (Jo 5.44).<br />

2. Palavras que fomentam a malícia – “Pelo que, se eu for, trarei à<br />

memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas”<br />

(v 10a) – Há muitos na igreja que jamais sairão do estado no qual se encontram.<br />

Permanecerão no pecado porque não se interessam em conhecer a verdade<br />

que os pode libertar (Jo 8.32). São pessoas “que aprendem sempre e nunca<br />

podem chegar ao conhecimento da verdade” (2Tm 3.7). São “crentes”<br />

maliciosos, carregados de toda imoralidade, duros de coração.<br />

3. Comportamento que promove inimizades – “e, não contente com<br />

isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança<br />

fora da igreja” (v 10b) – Diótrefes era não apenas orgulhoso e presunçoso,<br />

como também contencioso. Promovia a inimizade entre os irmãos, pois não recebia<br />

os cristãos, especialmente os obreiros, que chegavam de longe, e que precisavam<br />

de hospitalidade. Não recebia e impedia os que queriam fazê-lo.<br />

Esta não é a verdade ensinada por Jesus Cristo. Mas, “O meu mandamento<br />

é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém<br />

tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.<br />

Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.12-14).<br />

III – RECONHECENDO A NECESSI<strong>DA</strong>DE <strong>DA</strong> VER<strong>DA</strong>DE<br />

Paulo caracterizou o falso cristão dos nossos dias dizendo: “e desviarão<br />

os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4.4). Parece que em<br />

nenhuma outra época este texto teve tanto cumprimento. Como as pessoas<br />

hoje fogem da verdade! Dão atenção aos modismos de um evangelho préfabricado,<br />

repleto de facilidades e prazeres da carne.<br />

Por que precisamos praticar e viver em verdade?:<br />

1. É a prova de que temos visto a Deus – “Amado, não sigas o mal, mas<br />

o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal não tem visto a Deus”<br />

(v 11) – O bem está relacionado com a verdade. Dizem que ela “dói”, mas ainda


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 58<br />

assim é melhor do que a mentira que mata. Para fazer o bem, precisamos ser<br />

verdadeiros em tudo que falamos e praticamos. Paulo fala da nova vida em Cristo<br />

Jesus e mostra as maravilhosas transformações pelas quais o crente deve passar,<br />

depois culmina dizendo: “Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um<br />

com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).<br />

2. É a prova de que estamos vivendo corretamente o cristianismo –<br />

“Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também<br />

nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é<br />

verdadeiro” (v 12) – Salomão afirmou que: “Há caminho que parece<br />

direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte” (Pv 16.25).<br />

Podemos gastar todos os anos da nossa vida, num tremendo engano, achando<br />

que estamos vivendo conforme a verdade de Deus, mas como será, descobrir,<br />

no fim da jornada, que estávamos errados?<br />

Precisamos provar nossa crença, rever nossos conceitos, pois Satanás<br />

pode nos iludir com falsos sinais (2Ts 2.9).<br />

Nenhuma mentira tem parte com a verdade (1Jo 2.21), portanto, achar<br />

que podemos conviver com a mentira e com a verdade ao mesmo tempo, é<br />

grande engano. Se queremos ser aperfeiçoados em Cristo e, no final de<br />

todas as coisas, entrarmos na morada que Ele nos prometeu, precisamos<br />

nos apartar de tudo que pode ser conceituado como mentira e nos apegarmos<br />

à verdade absoluta (Ef 4.15; 1Jo 2.5; Ap 21.27; 22.15).<br />

CONCLUSÃO<br />

Verdade é realidade. Logo, tudo que é ilusório, mundano, é mentira, pois<br />

é efêmero. Portanto, apeguemos-nos à verdade, aplicando-a em toda a nossa<br />

vida: Palavras, ações, desejos etc.<br />

A única maneira de provarmos que estamos vivendo um cristianismo<br />

autêntico é permeando nossas ações pela verdade. O amor ao próximo, uma<br />

vida transparente, uma fé embasada nas Escrituras, um comportamento isento<br />

de hipocrisia, comprovam a veracidade da nossa prática cristã.<br />

Para reflexão:<br />

• Você já abandonou toda prática da mentira?<br />

• Você sabia que a mentira, em todas as suas formas, é pecaminosa, por que<br />

procede do diabo?<br />

• Você tem convicção de estar vivendo um cristianismo verdadeiro?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. Quais as três maneiras, pelas quais podemos praticar a verdade?<br />

2. De acordo com o tópico II, quais as maneiras de se detectar a mentira?<br />

3. Por que a verdade é tão necessária para o cristão?


PREPARANDO A NOVA GERAÇÃO<br />

Versículo Chave<br />

“Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração<br />

futura os louvores do Senhor, assim como a sua força<br />

e as maravilhas que fez.” (Salmos 78.4)<br />

Lição 12 - 17 de junho de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Ensinar que a geração de hoje precisa preparar a nova geração para o<br />

serviço de Deus;<br />

• Destacar que é necessário levantar profetas que façam a diferença nesta<br />

época;<br />

• Mostrar a necessidade de preparar crianças e jovens para serem os<br />

profetas depois desta geração.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Deteuronômio 6.1-24) – Ensinando a geração futura<br />

Terça – (Deteuronômio 29.22) – Alertando a geração futura<br />

Quarta – (Josué 24.14,15) – Falando do Senhor de geração a geração<br />

Quinta – (Juízes 2.10-13) – A corrupção da nova geração<br />

Sexta – (Salmo 24.6) – Geração dos que buscam ao Senhor<br />

Sábado – (Salmos 78.1-7) – Anunciando a Palavra à nova geração<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 281 - 459 - 509 (Harpa Cristã)<br />

Salmo 78.1-7<br />

1 - Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca.<br />

2 - Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade,<br />

3 - os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.<br />

4 - Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os<br />

louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 60<br />

5 - Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em<br />

Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos,<br />

6 - para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se<br />

levantassem e a contassem a seus filhos;<br />

7 - para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem<br />

das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos<br />

INTRODUÇÃO<br />

Preparar uma nova geração que busque ao Senhor e esteja pronta para<br />

servir, constitui-se em um dos maiores desafios da igreja na atualidade,<br />

principalmente por causa da grande influencia que o mundo tem exercido<br />

na vida dos nossos jovens. No entanto, esta difícil tarefa se torna possível<br />

quando colocamos em prática os ensinamentos do Senhor, preparando uma<br />

nova geração alicerçada nos seguintes princípios:<br />

I – QUE VALORIZE O PASSADO<br />

“(...) proporei enigmas da antiguidade, os quais temos ouvido e<br />

sabido, e nossos pais no-los têm contado.” (v. 2,3). Ao analisarmos a<br />

Palavra de Deus, percebemos que o Senhor sempre fez do passado um<br />

memorial constante com o intuito de preparar as novas gerações. Vejamos<br />

então qual a necessidade de se valorizar o passado:<br />

1. Para aprender o caminho – “Escutai a minha lei, povo meu; inclinai<br />

os ouvidos às palavras da minha boca.” (v. 1). Infelizmente a Palavra do<br />

Senhor tem estado ausente na vida de muitos cristãos, sendo associada a um<br />

passado distante e sem aplicação prática para a atualidade, o que tem<br />

influenciado negativamente as novas gerações. No entanto, se quisermos<br />

preparar uma geração que busque ao Senhor, devemos resgatar o ensino<br />

contínuo da Palavra de Deus, tornando-a o alimento diário para conduzir<br />

essa geração no caminho correto (Dt 6.6-9).<br />

2. Para glorificar a Deus – “(...) mostrando à geração futura os<br />

louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez.”<br />

(v. 4) Lembrar constantemente os milagres realizados pelo Senhor na vida de<br />

servos como Abraão, Moisés, Jacó, José e muitos outros, traz à nova geração<br />

um maior conhecimento e fé no poder, graça e misericórdia do nosso Deus.<br />

É glorificando ao Senhor por estes milagres do passado, que essa nova geração<br />

terá suas próprias experiências com Deus, podendo exaltar e glorificar o


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 61<br />

nome do Altíssimo, não somente pelo que fez no passado, mas por sua atuação<br />

em suas vidas no presente (Dt 7.9).<br />

3. Para imitar os bons exemplos – “para vos dar em nós mesmos<br />

exemplo, para nos imitardes.” (2Ts 3.9) Assim como aprendemos com os<br />

erros alheios, também aprendemos com os seus atos de justiça. Muitos<br />

exemplos dignos de imitação foram registrados por toda a narrativa bíblica,<br />

para mostrar às novas gerações que apesar das dificuldades é possível fazer<br />

o que é correto diante do Senhor (Tg 5.10,11). Por isso é imprescindível que<br />

exemplos de fé e coragem tanto provenientes da Palavra, quanto os que<br />

foram vivenciados no passado das gerações mais próximas, sejam<br />

constantemente lembrados para formar imitadores nessa nova geração que<br />

também terá o privilégio de servir ao Senhor (Fp 3.17).<br />

II – QUE ATUE NO PRESENTE<br />

“Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei<br />

em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus<br />

filhos” (v.5) A aprendizagem somente é percebida quando colocamos em<br />

prática o que aprendemos. Portanto, preparar uma nova geração é também<br />

fazê-la partir da teoria do passado para a ação do presente:<br />

1. Buscando intimidade com Deus – Buscar intimidade com Deus é<br />

deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, para subir cada degrau na escada<br />

da comunhão, visando o topo onde nos aguarda de braços abertos o<br />

nosso querido Mestre. Uma nova geração preparada para servir a Cristo<br />

deve fazer desta busca uma prática diária e constante, visto que é a sua<br />

intimidade com Deus que norteará toda a sua vida cristã. Afinal “Os justos<br />

clamam, e o Senhor os ouve e os livra de todas as suas angústias.<br />

Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os<br />

contritos de espírito.” (Sl 34.17,18).<br />

2. Agindo com perseverança – “Orando em todo tempo com toda<br />

oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e<br />

súplica por todos os santos” (Ef 6.18) Neste mundo tão cheio de problemas<br />

e dificuldades, a perseverança é cada vez mais necessária. Afinal é ela a<br />

confiança no Senhor, que nos possibilita caminhar mesmo em meio à<br />

turbulência; levantar após as quedas; prosseguir quando a vontade é ficar (Ef<br />

6.10-18). Aos que preparam as novas gerações, a perseverança também é<br />

fator crucial para não esmorecer diante daqueles que parecem perdidos (Mt<br />

18.11-14). É preciso lembrar que é a perseverança de Deus em salvar o<br />

homem, que nos permite usufruir da Sua misericórdia (Lc 19.10), portanto<br />

devemos agir praticando essa virtude.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 62<br />

3. Lutando contra as hostes infernais – “porque não temos que<br />

lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra<br />

as potestades, contra os príncipes das trevas deste século.” (Ef 6.12)<br />

Enquanto formamos as novas gerações para dar continuidade à obra do<br />

Senhor, o inimigo também tem agido formando seus liderados (Mt 13.25-<br />

28). Infelizmente o inimigo tem trabalhado com mais afinco e dinamismo do<br />

que a Igreja, e por isso muitos jovens têm sido arrastados pela ação<br />

demoníaca. É preciso que a igreja tome consciência da sua função como<br />

formadora das novas gerações, deixando todo o preconceito, preguiça e<br />

comodismo para lutar contra as hostes infernais, e principalmente, ensinando<br />

essa nova geração a se armar também contra esse feroz inimigo.<br />

III – QUE TRANSFORME O FUTURO<br />

“Para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que<br />

nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos” (v. 6). Em<br />

qualquer área de atuação, o futuro sempre será o reflexo das gerações<br />

anteriores. Essa transformação pode ser evidenciada da seguinte forma:<br />

1. Pelo seu exemplo de vida cristã – “Ninguém despreze a tua<br />

mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na<br />

caridade, no espírito, na fé, na pureza.” (1 Tm 4.12). Se observarmos<br />

bem, a igreja tem mudado bastante no decorrer da sua história e isso se<br />

deve às alterações ocorridas nas gerações anteriores. É o exemplo de vida<br />

cristã dos nossos jovens de hoje, que irão conduzir as gerações do futuro.<br />

Portanto, a igreja deve estar atenta a essas mudanças e prepará-las para<br />

que por meio de seu exemplo de vida cristã, possam influenciar<br />

positivamente às futuras gerações (1 Pe 5.5-10; Tt 2.7-14).<br />

2. Pela preparação de novos discípulos – Por meio de doze discípulos,<br />

Cristo alcançou multidões, pois no reino de Deus, a qualidade sempre<br />

superou a quantidade (Mt 10.2-4; At 6.7). No entanto, o mundo atual<br />

valoriza apenas os movimentos que mobilizam grandes multidões. É preciso<br />

deixar claro a esta nova geração, que para transformar o futuro não é preciso<br />

arrebanhar grandes massas, mas ensinar e transformar as pequenas vidas<br />

daqueles que os cercam (Rm 12.2).<br />

3. Pela esperança da vitória – “para que pusessem em Deus a<br />

sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus, mas<br />

guardassem os seus mandamentos” (v 7). A esperança em alcançar a<br />

coroa da vitória que será dada a todos aqueles que perseverarem (2Tm<br />

4.8) é a mola propulsora de todas as gerações desde o início do mundo.<br />

É a esperança de nos encontrarmos com o Mestre, que nos faz desafiar o


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 63<br />

tempo e de geração em geração dar continuidade à Sua obra, até o dia<br />

em que o Senhor virá nos buscar.<br />

CONCLUSÃO<br />

Nada é tão complexo e nem tão natural quanto o processo de formar<br />

novas gerações, pois durante todo o percurso da nossa vida, mesmo sem<br />

querer, estamos ensinando, influenciando e formando todos aqueles que fazem<br />

parte do nosso convívio. Portanto, é imprescindível que estejamos conscientes<br />

da importância de cada palavra e ação diante desta nova geração que terá a<br />

responsabilidade de conduzir a obra do Senhor.<br />

Para reflexão:<br />

• Como você tem influenciado as novas gerações?<br />

• Você se sente preparado para realizar esta tarefa?<br />

• O que você tem feito para influenciar positivamente essas novas gerações?<br />

Questionário para avaliação e debate:<br />

1. De acordo com o Salmo 78.4, o que devemos mostrar à geração futura e<br />

por quê?<br />

2. Por que Deus estabelecendo uma lei em Israel ordenou aos pais que “a<br />

fizessem conhecer a seus filhos” (Sl 78.5)<br />

3. De que maneira o discipulado pode contribuir no preparo de uma nova<br />

geração?<br />

No próximo<br />

trimestre estaremos<br />

estudando o seguinte tema:<br />

RESTAURANDO VI<strong>DA</strong>S EM RUÍNAS.<br />

Com a ajuda do Livro de Neemias, estaremos<br />

abordando questões que nos ajudarão a<br />

identificar as causas e a cura para as<br />

doenças psicossomáticas, que<br />

causam tantos males nestes<br />

últimos dias.


RECAPITULAÇÃO<br />

Versículo Chave<br />

“Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus<br />

seja conhecida dos principados e potestades nos céus”<br />

(Efésios 3.10)<br />

Lição 13 - 24 de junho de 2007<br />

Objetivos da Lição<br />

• Destacar os principais ensinos ministrados no trimestre;<br />

• Incentivar os alunos a uma tomada de posição diante do que foi aprendido;<br />

• Desafiar a cada irmão a viver por fé estes grandes desafios.<br />

Culto Familiar<br />

Segunda – (Mateus 5.1-12) – As bem-aventuranças<br />

Terça – (Mateus 14.13-24) – Comprometendo-se com missões<br />

Quarta – (1Coríntios 9,4-14) – provendo as necessidades dos missionários<br />

Quinta – (Filipenses 4.10-20) – Sendo fiel mantenedor<br />

Sexta – (Mateus 5.13-16) – Expandindo o Reino de Deus<br />

Sábado – (Efésios 3.9-12) – A multiforme sabedoria divina<br />

SUGESTÃO DE HIN<strong>OS</strong> - 065 - 127- 225 (Harpa Cristã)<br />

Efésios 3.9-12<br />

9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde<br />

os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;<br />

10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja<br />

conhecida dos principados e potestades nos céus,<br />

11 - segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor,<br />

12 - no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 65<br />

INTRODUÇÃO<br />

Finalizamos o estudo das lições crendo que alcançamos os resultados<br />

propostos, ou seja, conscientização e resposta aos grandes desafios<br />

que estão diante de nós, exigindo uma tomada de posição.<br />

O objetivo desta recapitulação é relembrar os ensinos de maior relevância<br />

apresentados nas lições do trimestre.<br />

I – <strong>OS</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong> MISSIONÁRIA<br />

1. Cumprir as Bem-aventuranças (Mt 5.1-12) - O Mestre se dirige<br />

aos seus seguidores, pois quer que eles sejam e façam o que ensina. Na sua<br />

doutrina está contido o dever do arrependimento, da transformação mental e<br />

da retidão, elementos essenciais do Reino de Deus.<br />

2. Comprometer-se com missões (Mt 14.13-24) - O trabalho missionário<br />

não é responsabilidade de um departamento da igreja. Na multiplicação dos<br />

pães, Jesus não delegou o trabalho somente a um discípulo. Repartir o pão<br />

exigiu a participação e a cooperação de todos. A evangelização do mundo<br />

não poderá jamais ser feita se não vivermos e seguirmos os mesmo princípios.<br />

3. Responder a chamada do Senhor (At 13.1-5; 16.9,10) - É verdade<br />

que nem todos irão ao campo, mas todos devem estar conscientes da chamada<br />

de Deus para ser “sal” e “luz” para as nações (Mt 5.13-16; Fp 2.15). Esta<br />

chamada é para levar o evangelho até aos confins da terra e para se envolver<br />

orando, apoiando e contribuindo (Fp. 4.14 -18).<br />

A maneira mais segura que temos de provar nossa chamada é por meio<br />

da palavra de Deus.<br />

4. Prover as necessidades pessoais dos missionários (1Co 9.4-14)<br />

- Missões é uma obra de fé e dependência de Deus, mas nas Escrituras vemos<br />

Deus suprindo as necessidades dos seus obreiros por meio do seu povo.<br />

Os filhos dos missionários, por extensão, são também missionários<br />

enviados pela igreja. Eles têm necessidades educacionais. Precisam de amigos,<br />

médicos, seguro, etc. Será que aqueles que deixaram suas famílias, seu país<br />

e igrejas, obedecendo a Palavra de Deus não devem receber também os<br />

mesmos cuidados? (Lc 18.29).<br />

5. Tornar-se fiel mantenedor (Fp 4.10-20) - A Bíblia diz em Lucas<br />

16.10: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito”. Logo, quem é<br />

infiel no pouco nunca terá o muito para administrar. Somos administradores<br />

dos bens que Deus colocou em nossas mãos, por isto, um dia prestaremos<br />

contas de tudo o que tivermos feito e da maneira como realizamos.<br />

Como proprietário, Deus tem concedido muitos bens a Seus


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 66<br />

administradores e espera que administrem de acordo com a Sua vontade, ou<br />

seja, que estes recursos sejam utilizados para a salvação de almas.<br />

II – <strong>OS</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong> COMO “SAL E LUZ”<br />

1. Ajudar na “expansão” do Reino de Deus (Mt 5.13-16) - Assim<br />

como as ofertas, no Antigo Testamento, deveriam conter sal (Lv 2.13), também<br />

hoje, devemos “salgar” a terra, levando Jesus a todos os povos, línguas e<br />

nações, a fim de salvá-los (Ap. 7.9).<br />

A “luz” foi prerrogativa para o ministério de Jesus, pois no evangelho de Mateus<br />

4.16,17a, está escrito figuradamente: “O povo que estava assentado em trevas<br />

viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da<br />

morte a luz raiou...”. Portanto, “... enchei-vos do Espírito Santo” (Ef 5.18).<br />

Mantendo a luz sempre acesa. O alcance do seu brilho vai além das fronteiras, para<br />

alguém que anda em trevas, em cadeias, hospitalizado, no vício, em pecado, sozinho.<br />

Deixe a tua luz brilhar para que “... anuncieis as virtudes daquele que vos<br />

chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9b).<br />

2. Combater a decadência moral (Ef 5.8-17) - A passagem de Gálatas<br />

5.19-21, descreve bem a decadência do nosso país, de nossas famílias, do<br />

local do nosso trabalho, da nossa justiça etc. Novos padrões morais vão sendo<br />

incorporados a essa nova geração que não se preocupa com a moralidade e os<br />

bons costumes. A justiça corrompida e ameaçada se rende às ofertas vantajosas.<br />

Para esta caminhada é necessária uma conduta que reflete retidão,<br />

compartilhando da natureza de Cristo na “plenitude de Deus” (Ef 3.19) e<br />

consiste em participar da sua natureza moral (Mt 5.48).<br />

3. Combatendo as potestades do mal (Ef 6.10-20) - As armas que<br />

Paulo menciona, são dadas para que os cristãos possam ficar firmes contra<br />

as ciladas do diabo, “inteligências demoníacas”.<br />

A nossa guerra não consiste em enfrentar o homem e sim, os poderes dos<br />

principados, das potestades, dos príncipes das trevas deste século e das<br />

hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. São poderosos, são<br />

malignos e são astutos. Portanto, precisamos de ajuda do alto. Deus, sabendo<br />

disto preparou uma roupa especial para os seus soldados que aceitaram o<br />

desafio da guerra contra as potestades infernais.<br />

4. Proclamando a justiça (Dt 16.18-20) – É a igreja, a noiva sem mácula,<br />

a única que tem o direito de representar a justiça divina e não pode ocultá-la (Sl<br />

40.9,10). Onde estiver deve manifestá-la, em casa, na escola, no trabalho, na<br />

rua, diante de pessoas conhecidas ou não, tanto aqui quanto em outra nação. E<br />

esta justiça precisa exceder à dos homens meramente religiosos (Mt 5.20).<br />

III – <strong>OS</strong> DESAFI<strong>OS</strong> <strong>DA</strong> <strong>IGREJA</strong> COMO


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 67<br />

REPRESENTANTE CRISTO<br />

1. Restaurar as famílias (Êx 12.3-14) - Alguns pais com a intenção de<br />

“poupar” seus filhos, muitas vezes, projetam homens e mulheres incapazes<br />

de formar uma família saudável, visto que não os educam eficazmente, não<br />

garimpam os tesouros do coração (Pv 22.6). A Igreja deve enfrentar tais<br />

problemas com base bíblica; levando a família a buscar nela a resposta e<br />

também orientação para seus problemas (Ef 6.4; Cl 3.21 e 1Tm 5.8).<br />

2. Defender a verdade (3Jo 1-12) - A fé cristã, em particular, é a verdade<br />

(Gl 2.5; Ef 1.13). Jesus afirmou que ele é a verdade personificada (Jo 14.6),<br />

e o Espírito Santo conduz os homens à verdade (Jo 16.13).<br />

Na Bíblia, as mentiras mais condenáveis são: As fraudulentas (Lv 6.2,3), as<br />

que promovem condenação injusta (Dt 19.15), as promessas enganosas (Jr 14.14).<br />

Se queremos ser aperfeiçoados em Cristo, precisamos nos apartar de<br />

tudo que pode ser conceituado como mentira e nos apegarmos à verdade<br />

absoluta (Ef 4.15; 1Jo 2.5; Ap 21.27; 22.15).<br />

3. Preparar uma nova geração (Sl 78.1-7) - Ao analisarmos a Palavra<br />

de Deus, percebemos que o Senhor sempre fez do passado um memorial<br />

constante com o intuito de preparar as novas gerações.<br />

Infelizmente a Palavra do Senhor tem estado ausente na vida de muitos<br />

cristãos, sendo associada a um passado distante e sem aplicação prática<br />

para a atualidade, o que tem influenciado negativamente as novas gerações.<br />

No entanto, se quisermos preparar uma geração que busque ao Senhor,<br />

devemos resgatar o ensino contínuo da Palavra de Deus, tornando-a o alimento<br />

diário para conduzir essa geração no caminho correto (Dt 6.6-9).<br />

CONCLUSÃO<br />

Ao encerrarmos o trimestre, rogamos ao Senhor que as verdades ensinadas<br />

por meio das lições fiquem gravadas no coração dos alunos da EBD.<br />

Vamos enfrentar os grandes desafios que estão postos diante de nós e<br />

saímos do anonimato, apresentando soluções viáveis à sociedade, pois<br />

servimos a Deus, maior do que qualquer desafio.<br />

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO E DEBATES<br />

LIÇÃO UM<br />

1. O que Jesus quis dizer com “Não vos assemelheis, pois, a eles”? (Mt 6.8)<br />

2. Você pode mencionar de cor, as sete “bem-aventuranças” mencionadas na lição?<br />

LIÇÃO DOIS<br />

1. De acordo com a lição, o que é janela 10/40?<br />

2. Se missões é responsabilidade de todos, o que você está fazendo por missões?


Revista de Estudo Crescimento Bíblico 68<br />

LIÇÃO TRÊS<br />

1. Como podemos atuar em nossa igreja enquanto aguardamos a chamada divina?<br />

2. Qual a diferença entre o embaixador brasileiro e o embaixador de Cristo?<br />

(Tópico III, subtópico 3).<br />

LIÇÃO QUATRO<br />

1. Se missões é uma obra de fé, por que precisamos contribuir para o sustento<br />

dos missionários?<br />

2. Quais as sugestões que você pode dar para solucionar os problemas dos<br />

missionários que, na velhice, retornam à sua pátria?<br />

LIÇÃO CINCO<br />

1. Explique com suas próprias palavras o que significa ser administrador de bens.<br />

2. O que você pensa sobre a existência de “agências missionárias”?<br />

LIÇÃO SEIS<br />

1. Qual o significado de: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança” (Sl 2.8).<br />

2. Leia o texto de João 15.8, explicando-o e contextualizando-o.<br />

LIÇÃO SETE<br />

1. Segundo o Tópico I, quais as maneiras de combater a imoralidade?<br />

2. Segundo 1 Tessalonicenses 4.3, qual é a vontade de Deus?<br />

LIÇÃO OITO<br />

1. O que podemos entender por “inteligências demoníacas”?<br />

2. Segundo o Tópico II, subtópico 2, quais são as armas do cristão?<br />

LIÇÃO NOVE<br />

1. Mencione as formas de injustiça apresentadas no Tópico I, subtópico 1.<br />

2. Mencione dois fatos bíblicos que comprovem a manifestação do juízo divino.<br />

LIÇÃO DEZ<br />

1. Comprove, com argumentação bíblica, que a família é uma instituição divina.<br />

2. Como podemos melhorar a educação cristã na igreja e nos lares, para<br />

restaurar as famílias?<br />

LIÇÃO ONZE<br />

1. Leia e discuta o texto de 1 João 2.4.<br />

2. Leia e explique o texto de 2Tm 3.7.<br />

LIÇÃO DOZE<br />

1. Mencione algum texto bíblico onde Deus manda preparar a geração futura.<br />

2. Dê algumas sugestões de como preparar a nova geração para servir ao Senhor.

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