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leia aqui em pdf o relatório entregue aos candidatos

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INTRODUÇÃO<br />

A proposta de cobertura das eleições municipais da CBN foi baseada nas<br />

d<strong>em</strong>andas da cidade: ouvir os moradores, conhecer as características de cada região<br />

e fazer propostas para uma São Paulo melhor, indo muito além da agenda dos<br />

<strong>candidatos</strong>.<br />

Ao longo de quase cinco meses uma equipe de repórteres da CBN foi a cada<br />

um dos 96 distritos paulistanos; munidos de gravadores, câmeras e muita disposição<br />

para conhecer a realidade dos moradores das mais diferentes regiões. O trabalho<br />

também contou com o apoio dos produtores e da chefia de reportag<strong>em</strong>, dedicados a<br />

encontrar as principais lideranças comunitárias e uma importante parceria com a Rede<br />

Nossa São Paulo, que ofereceu uma série de dados estatísticos e indicadores sociais<br />

dos distritos, que serviram de base para o trabalho da reportag<strong>em</strong>.<br />

Apesar de tanta gente envolvida, os principais responsáveis pela série foram os<br />

próprios moradores, que procuraram por nossas equipes <strong>em</strong> cada visita, além de<br />

ter<strong>em</strong> participado intensamente por telefone, e-mail e twitter, contando suas histórias,<br />

fazendo denúncias e indicando as prioridades dos bairros.<br />

Esse <strong>relatório</strong> consolida as informações coletadas por Cátia Toffoletto, Maria<br />

Eugênia Flores, Sandra Riva, Juliano Dip e Joyce Ribeiro, e é uma contribuição da<br />

CBN <strong>aos</strong> <strong>candidatos</strong> à prefeitura de São Paulo.


PARQUE SÃO LUCAS<br />

REGIÃO LESTE<br />

Transporte: os ônibus que atend<strong>em</strong> o distrito precisam ser melhor distribuídos<br />

pelas linhas. Um dos ex<strong>em</strong>plos mais graves dados pelos moradores é o da<br />

linha 4286 - Parque Industrial/Correio.<br />

Saúde: faltam médicos na UBS Parque São Lucas, o que faz com que o<br />

atendimento d<strong>em</strong>ore d<strong>em</strong>ais. O hospital mais próximo do distrito fica na Vila<br />

Alpina, exigindo um deslocamento grande de qu<strong>em</strong> precisa do serviço.<br />

O córrego que corta o distrito passou por obras, mas as enchentes continuam<br />

sendo um pesadelo para os moradores, principalmente na região da Rua<br />

Saclara.<br />

Falta de iluminação: vários bairros da região sofr<strong>em</strong> com o probl<strong>em</strong>a, que<br />

aumenta a sensação de insegurança da comunidade. Um dos ex<strong>em</strong>plos é a<br />

Rua Pacari da Mata.<br />

SÃO MIGUEL PAULISTA<br />

Saúde: a UBS Cidade Nova São Miguel é considerada muito pequena para as<br />

16 mil pessoas cadastradas. Existe um espaço próximo à unidade, onde<br />

antigamente funcionava um sacolão, mas que passou para as mãos da<br />

secretaria da saúde. Os moradores suger<strong>em</strong> que a UBS passe a funcionar no<br />

local.<br />

Há uma ponte de acesso à Rodovia Ayrton Senna que precisa de obras: a pista<br />

é muito estreita e, como a mão é dupla, os carros precisam fazer fila <strong>em</strong> vez de<br />

passar<strong>em</strong> um ao lado do outro. Quando se trata dos caminhões, então, o<br />

probl<strong>em</strong>a se agrava e os veículos precisam esperar para passar um por vez.<br />

A limpeza do córrego que passa pela Rua Ubirajara Ferreira não é feita<br />

regularmente e as margens acabam acumulando muito lixo.<br />

As calçadas do distrito também precisam de manutenção.<br />

JARDIM HELENA<br />

Segurança: a violência é sentida não só pelos moradores como também por<br />

qu<strong>em</strong> trabalha na região. Os entregadores dos Correios, por ex<strong>em</strong>plo,<br />

precisam trabalhar com escolta. Entrevistamos dois carteiros que foram vítimas<br />

de assaltos e sequestros mais de uma dezena de vezes.<br />

Saneamento: o Jardim Três Meninas não t<strong>em</strong> rede de esgoto.<br />

A região da estação Vila Maria/Jardim Helena está abandonada: lixo e falta de<br />

manutenção de ruas e calçadas marcam o local.


IGUATEMI<br />

Os moradores do Jardim Nova Conquista também viv<strong>em</strong> s<strong>em</strong> rede de esgoto.<br />

Alguns deles até construíram uma rede doméstica alternativa.<br />

Estrutura: o asfalto não chegou a todas as ruas dos cerca de 40 bairros do<br />

distrito. Como o relevo é muito irregular, os deslocamentos são muito<br />

complicados tanto a pé quanto de carro.<br />

Há muitos terrenos vazios, ocupados por mato e lixo. Os moradores suger<strong>em</strong> a<br />

construção de opções de lazer e centros comerciais.<br />

Os CEUs de Alto Alegre e São Matheus são considerados insuficientes pelos<br />

habitantes do distrito.<br />

Transporte: moradores ped<strong>em</strong> mais linhas. O Jardim Nova Conquista, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, é atendido por apenas uma linha.<br />

PENHA<br />

Aumento do número de moradores de rua.<br />

Violência: faltam bases da polícia e viaturas circulando pela região. Moradores<br />

relataram assaltos e até estupros <strong>em</strong> uma passarela perto da comunidade<br />

Chaparral, no Jardim América da Penha.<br />

Cresceu o número de favelas e as que já existiam aumentaram, como a que<br />

fica sob o viaduto Gal. Milton Tavares de Souza.<br />

Trânsito: falta fiscalização no Largo do Rosário.<br />

CANGAÍBA<br />

Acidentes de trânsito: o distrito t<strong>em</strong> média bastante alta de mortes provocadas<br />

por acidentes de trânsito: são 18,3 mortes por 100 mil habitantes, contra uma<br />

média de 10,8 mortes de toda a cidade.<br />

Moradores recolheram 10 mil assinaturas para pedir obras no túnel que fica <strong>em</strong><br />

Engenheiro Goulart, onde está a estação da CPTM. Ele serve de passag<strong>em</strong><br />

para carros e pedestres da av. Assis Ribeiro para o Parque Ecológico do Tietê<br />

e Rodovia Ayrton Senna e é bastante estreito.<br />

Sinalização: faltam faixas de pedestres, como na Av. Cangaíba e de placas,<br />

como <strong>em</strong> uma perigosa curva na Rua São Diogo.<br />

Enchentes: falta limpeza e manutenção das bocas de lobo no Jardim São<br />

Francisco e o córrego que divide Cangaíba e Ermelino transborda com<br />

frequência.


TATUAPÉ<br />

Crescimento: distrito vive enorme expansão imobiliária e os condomínios<br />

provocam aumento da circulação de carros e o congestionamento já chega ao<br />

interior de bairros menores.<br />

Transportes: passageiros reclamam da superlotação das estações de tr<strong>em</strong> e<br />

metrô, assim como dos terminais de ônibus, mesmo fora dos horários de pico.<br />

Calçadas: buracos, degraus enormes e falta de acessibilidade como nas ruas<br />

próximas à Praça José Guidice e na Rua Magali Martins de Carvalho.<br />

Saúde: moradores ped<strong>em</strong> a construção de mais uma unidade hospitalar já que<br />

o Hospital Cristo Rei está fechado faz t<strong>em</strong>po.<br />

Há também probl<strong>em</strong>as relacionados ao uso de drogas e barulho provocado<br />

pelos frequentadores de bares nas regiões de universidades.<br />

PARI<br />

Lixo: a coleta é bastante ineficiente na região. O comércio fecha as portas às<br />

17 horas e, como os caminhões só passam à noite, o material fica muito t<strong>em</strong>po<br />

na rua.<br />

Segurança: qu<strong>em</strong> precisa de atendimento médico acaba preferindo se deslocar<br />

até outra região, já que, na avaliação dos moradores, não há condições de<br />

segurança nas proximidades da única AMA do Pari.<br />

Calçadas: o estado de conservação das calçadas é muito ruim e não há acesso<br />

para deficientes físicos nas principais ruas do distrito.<br />

BRÁS<br />

A prioridade apontada pelos moradores é a falta de segurança. Como a região<br />

é comercial, existe grande volume de pessoas circulando durante o dia e quase<br />

ninguém pela noite. De acordo com especialistas, esse é um dos fatores que<br />

agravam o probl<strong>em</strong>a no distrito. Os moradores também cobram mais bases da<br />

polícia.<br />

Trânsito: a falta de fiscalização e o grande volume de pedestres prejudicam o<br />

tráfego no distrito.<br />

Lazer: jovens reclamam da falta de opções para a prática de esportes.<br />

Enchentes: são frequentes no distrito e estão associadas ao excesso de lixo na<br />

rua.<br />

Saúde: a única UBS da região não consegue atender à d<strong>em</strong>anda.


BELÉM<br />

Habitação: exist<strong>em</strong> muitos cortiços e moradores de rua por todo distrito,<br />

principalmente nas regiões do Largo São José do Belém e do viaduto<br />

Guadalajara.<br />

Segurança: o aumento do número de moradores de rua também trouxe a ação<br />

de traficantes, principalmente pela noite.<br />

Creches: as mães que viv<strong>em</strong> no Belém têm muita dificuldade de conseguir<br />

vagas nas quatro creches indiretas que exist<strong>em</strong> no distrito.<br />

PARQUE DO CARMO<br />

Violência: assaltos e prostituição acontec<strong>em</strong> rotineiramente na Avenida Afonso<br />

Sampaio e Souza.<br />

Área verde: o Parque do Carmo conta com um dos maiores parques da cidade,<br />

com 1,5 milhão de km², mas os moradores ped<strong>em</strong> manutenção frequente e<br />

mais vigilantes no local.<br />

Enchentes: os córregos Aricanduva e Rio Verde transbordam toda vez que a<br />

chuva é mais forte.<br />

Habitação: o crescimento desordenado de vilas e comunidades está fazendo<br />

surgir uma série de pequenas favelas com péssima iluminação, como na Rua<br />

Ferdinando Ramponi, onde os moradores reclamam do aumento da<br />

criminalidade.<br />

Saúde: apesar das quatro unidades básicas de saúde localizadas no distrito, os<br />

moradores afirmam que várias especialidades têm longas filas de espera e os<br />

pacientes acabam sendo obrigados a procurar atendimento <strong>em</strong> outros lugares.<br />

Trânsito: motoristas reivindicam a instalação de um s<strong>em</strong>áforo no cruzamento<br />

da Avenida Afonso Sampaio e Souza com a Rua Francisco Tranchesi, já que o<br />

volume do tráfego impede que as conversões sejam feitas.<br />

JOSÉ BONIFÁCIO<br />

Saúde: o hospital público do distrito é alvo de reclamações sobre a falta de<br />

profissionais e a dificuldade <strong>em</strong> conseguir atendimento.<br />

Quase todo o comércio que funcionava próximo dos conjuntos habitacionais<br />

está fechado e os prédios foram abandonados. Os moradores são obrigados a<br />

andar longas distâncias para fazer comprar simples.<br />

A região deve ser atendida por um programa de estímulo econômico, mas, de<br />

acordo com o programa de metas da prefeitura, apenas o parceiro para a<br />

iniciativa foi definido e ainda restam cinco etapas para o trabalho sair do papel.


Lazer: as famílias se queixam da inexistência de opções de cultura e lazer, o<br />

que deixa os jovens s<strong>em</strong> perspectiva e mais vulneráveis à aproximação de<br />

criminosos.<br />

Manutenção: a péssima conservação das praças e calçadas, b<strong>em</strong> como o<br />

número de pontos de depósito de lixo também chamaram a atenção da<br />

reportag<strong>em</strong>.<br />

CIDADE LÍDER<br />

Lazer: o trabalho feito por entidades como a Associação Beneficente Kairós,<br />

oferecendo esportes para crianças e adolescentes, ameniza um pouco a falta<br />

de lazer e oportunidades de acesso à cultura. A reportag<strong>em</strong> encontrou famílias<br />

que prefer<strong>em</strong> que seus filhos fiqu<strong>em</strong> <strong>em</strong> casa já que, s<strong>em</strong> opções de<br />

entretenimento na região, a rua acaba oferecendo uma situação de risco para<br />

os jovens.<br />

Lixo: a coleta não funciona de maneira regular e as ruas estão s<strong>em</strong>pre com<br />

acúmulo de lixo e entulho.<br />

Apesar das carências, Cidade Líder não está cont<strong>em</strong>plada no programa de<br />

incentivos da zona leste, que faz parte da Agenda 2012.<br />

Iluminação: o probl<strong>em</strong>a atinge quase todos os bairros do distrito e até mesmo<br />

<strong>em</strong> ruas maiores como na Avenida Gualtar.<br />

VILA CURUÇA<br />

Córregos: falta manutenção no córrego Água Vermelha, que virou praticamente<br />

um depósito de lixo. O mato alto das margens também contribui para a<br />

impressão de abandono.<br />

Habitação: há muitas moradias <strong>em</strong> situação de risco, a beira de córregos e com<br />

estrutura bastante precária. Os moradores chegaram a improvisar passarelas<br />

para atravessar a água.<br />

Educação: faltam vagas nas creches do distrito.<br />

Transporte: não há terminais de ônibus na região.<br />

Lixo: além da coleta ser ineficiente, há muitos pontos viciados de descarte de<br />

entulho. Exist<strong>em</strong> cooperativas de reciclag<strong>em</strong> na região, mas que precisam de<br />

auxílio para continuar funcionando.<br />

ITAIM PAULISTA<br />

Quatro córregos cortam o distrito: Itaim, Tijuco Preto, Lajeado e Três Pontes.<br />

Todos estão relacionados a alguns dos principais probl<strong>em</strong>as da região: casas<br />

<strong>em</strong> áreas de risco, enchentes e sujeira.<br />

Educação: de acordo com associações de moradores, o déficit de vagas nas<br />

creches é de 4.448.


Lazer: a população reclama da falta de opções. De acordo com a Rede Nossa<br />

São Paulo, Itaim Paulista é dos distritos que não t<strong>em</strong> museus, teatros, salas de<br />

shows e concertos e bibliotecas municipais.<br />

LAJEADO<br />

Habitação: a densidade d<strong>em</strong>ográfica está entre as dez maiores da cidade e, na<br />

maior parte do distrito, as condições de moradia são bastante ruins (cortiços<br />

com dezenas de famílias ou barracos <strong>em</strong> áreas de risco).<br />

Educação: a falta de vagas <strong>em</strong> creches foi apontada como um dos probl<strong>em</strong>as<br />

mais graves da região.<br />

Segurança: o consumo de drogas acontece à luz do dia e os moradores<br />

quer<strong>em</strong> a polícia mais presente na comunidade.<br />

Trânsito: qu<strong>em</strong> anda de carro ou a pé pelo distrito pede a instalação de um<br />

s<strong>em</strong>áforo no cruzamento da Estrada do Lajeado Velho com a Rua<br />

Tingoassuíba, além do alargamento da Estrada do Lajeado Velho, que já não<br />

dá conta do fluxo de carros.<br />

GUAIANASES<br />

Saúde: o hospital geral de Guaianases, administrado pelo Estado, é<br />

considerado insuficiente pela população. Faltam médicos e a fila para os<br />

atendimentos é enorme. A opção mais próxima é o hospital de Cidade<br />

Tiradentes, que vive a mesma situação.<br />

Transporte: as condições das estações de tr<strong>em</strong> são alvo de críticas por parte<br />

dos usuários, assim como a lotação dos vagões e ônibus.<br />

Habitação: há situações de risco <strong>em</strong> vários bairros, como no Jardim São Paulo<br />

II. De acordo com a Rede Nossa São Paulo, <strong>em</strong> 2008 o distrito tinha 1.762<br />

domicílios <strong>em</strong> favelas.<br />

Trânsito: os motoristas que passam pelo distrito suger<strong>em</strong> a construção de<br />

passagens subterrâneas nos principais cruzamentos para desafogar o tráfego.<br />

Idosos: cerca de 8 mil pessoas com idade superior a 60 anos viv<strong>em</strong> na região e<br />

não existe nenhuma política de cultura e lazer para elas.<br />

PONTE RASA<br />

Habitação: a favela da Vila União ilustra um dos principais probl<strong>em</strong>as do<br />

distrito. A maior comunidade da região se formou há mais de 30 anos e o poder<br />

público ainda não coseguiu oferecer uma alternativa <strong>aos</strong> moradores.<br />

As margens do córrego Ponte Rasa estão tomadas pelo mato alto, lixo e<br />

moradias irregulares.<br />

Saúde: o hospital público mais próximo é o de Ermelino Matarazzo, que já<br />

recebe a d<strong>em</strong>anda de outros distritos e vive cheio.


Educação: as dez creches localizadas no distrito também não dão conta da<br />

d<strong>em</strong>anda e as famílias acabam tendo que buscar alternativas para os filhos<br />

menores.<br />

Calçadas: precisam de manutenção. Há postes e árvores impedindo a<br />

passag<strong>em</strong> de pedestres como na Rua Bartolomeu Soares, dificultando o<br />

acesso à UBS Carlos Alivaldo de Souza.<br />

ERMELINO MATARAZZO<br />

Segurança: na região da favela do Buraco Quente registramos uma grave<br />

denúncia, que foi levada depois ao conhecimento da Secretaria de Segurança<br />

Pública: os comerciantes são obrigados a pagar mensalidades <strong>aos</strong> traficantes<br />

para poder trabalhar.<br />

Habitação: além da própria favela do Buraco Quente, uma das maiores da<br />

cidade, há muitos moradores de rua por todo o distrito.<br />

Saúde: o distrito conta com seis Unidades Básicas de Saúde e um hospital<br />

municipal, mas, de acordo com os moradores, faltam especialistas para os<br />

atendimentos.<br />

Lazer: o distrito está entre os 52 que não possu<strong>em</strong> teatro e salas de shows e<br />

entre os 59 s<strong>em</strong> salas de cin<strong>em</strong>a e centros culturais.<br />

Educação: faltam vagas nas creches da região. A USP inaugurou<br />

recent<strong>em</strong>ente uma unidade no distrito, mas a população, apesar de animada<br />

com medida, ainda não sentiu seus efeitos.<br />

Transporte: pontos de ônibus s<strong>em</strong> cobertura ou assentos.<br />

CIDADE TIRADENTES<br />

Saúde: a principal d<strong>em</strong>anda da população está relacionada á d<strong>em</strong>ora no<br />

atendimento tanto nas AMAs, quanto nas Unidades Básicas de Saúde e no<br />

hospital do distrito.<br />

Trabalho: de acordo com a Rede Nossa São Paulo, apenas 4 mil pessoas, das<br />

300 mil que moram no distrito, trabalham <strong>em</strong> Cidade Tiradentes. Isso obriga<br />

quase todos a percorrer<strong>em</strong> longas distâncias todos os dias.<br />

Transporte: s<strong>em</strong> outras opções, os moradores recorr<strong>em</strong> <strong>aos</strong> ônibus e reclamam<br />

da superlotação dos carros e longos intervalos entre a passag<strong>em</strong> deles.<br />

VILA FORMOSA<br />

O principal probl<strong>em</strong>a apontado pelos moradores do distrito está relacionado ao<br />

aumento do número de moradores de rua e ao consumo de crack.


Saúde: além da d<strong>em</strong>ora no atendimento feito pelas Unidades Básicas, existe<br />

grande d<strong>em</strong>anda para a implantação de um serviço especializado para os<br />

dependentes químicos.<br />

Transporte: s<strong>em</strong> outras opções, os moradores recorr<strong>em</strong> <strong>aos</strong> ônibus e reclamam<br />

da superlotação dos carros e longos intervalos entre a passag<strong>em</strong> deles.<br />

Manutenção: falta manutenção nas praças e calçadas do distrito. A região do<br />

C<strong>em</strong>itério de Vila Formosa, o maior da cidade, é apontada como uma das mais<br />

probl<strong>em</strong>áticas.<br />

CARRÃO<br />

Saúde: o distrito registra uma média de mortes por probl<strong>em</strong>as respiratórios<br />

maior do que o restante da cidade. E há muitas reclamações sobre a d<strong>em</strong>ora<br />

no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.<br />

Habitação: dezenas de famílias viv<strong>em</strong> às margens do córrego Rapadura <strong>em</strong><br />

condições bastante precárias. Já houve uma decisão da Justiça para que os<br />

moradores saíss<strong>em</strong> do local, mas a maioria permanece nos barracos.<br />

Calçadas: falta manutenção nas calçadas do distrito e também faltam lixeiras, o<br />

que aumenta a quantidade de sujeira na rua.<br />

ARICANDUVA<br />

Enchentes: o córrego Aricanduva é a principal referência do distrito e um de<br />

seus maiores probl<strong>em</strong>as. As enchentes provocadas pelo transbordamento do<br />

córrego e seus afluentes ating<strong>em</strong> mesmo as ruas mais distantes.<br />

Habitação: as moradias de risco estão presentes <strong>em</strong> grande quantidade na<br />

Avenida Aguiar da Beira, escoradas <strong>em</strong> um terreno bastante inclinado.<br />

Asfalto: as ruas do distrito precisam de recapeamento. Um dos ex<strong>em</strong>plos é a<br />

Avenida Pe. Manoel Luís de Vergueiro.<br />

Lixo: é possível encontrar vários pontos irregulares de depósito de entulho. Os<br />

moradores também reclamam da falta de coleta seletiva de lixo.<br />

PARQUE SÃO RAFAEL<br />

Na Escola Estadual Deputado Geraldino dos Santos, o esgoto despejado por<br />

uma favela que fica atrás do prédio, no Parque São Francisco, já obrigou a<br />

suspensão das aulas.<br />

Muitas ruas do distrito não são asfaltadas. A situação mais crítica está na Rua<br />

São João, no bairro Jardim São Francisco, onde também não há postes de luz.<br />

Enchentes: o córrego Cipoaba transborda com frequencia. Na Rua São<br />

Sebastião, o bueiro que seria construído para escoar a água da chuva está<br />

quebrado.


Saúde: a AMA e as Unidades Básicas de Saúde estão sobrecarregadas. Não<br />

há hospital público. O mais próximo é o de São Mateus. Faltam carros,<br />

enfermeiros e médicos para visitar os idosos doentes.<br />

Lazer: na Rua Quaresma Delgado, o Clube Desportivo Municipal do bairro<br />

Parque São Rafael está abandonado. Enquanto isso os jovens e crianças<br />

contam que não têm opções de lazer.<br />

Não há telefones públicos no distrito.<br />

Transporte: há poucos ônibus que levam ao centro da cidade. Na Linha 3707,<br />

que liga o Parque São Rafael ao terminal Parque D. Pedro, os ônibus só<br />

passam na parte da manhã.<br />

Lideranças populares do distrito conseguiram viabilizar a construção do Parque<br />

Sapop<strong>em</strong>ba onde antes era um lixão. O Aterro Sanitário São João, porém,<br />

continua funcionando e os moradores ped<strong>em</strong> que as compensações sejam<br />

revertidas <strong>em</strong> iluminação pública.<br />

ITAQUERA<br />

A única passarela que liga os dois bairros do distrito que concentram cursos e<br />

trabalho para a população, Vila Campanela e Vila Corberi, está tomada por lixo<br />

e usuários de droga.<br />

Mais de 3 mil pessoas moram <strong>em</strong> favelas. Falta saneamento básico. Um<br />

córrego poluído que passa por baixo das linhas da estação de tr<strong>em</strong> virou<br />

esgoto clandestino de moradores. A população reclama que as oito unidades<br />

de saúde do distrito estão sobrecarregadas.<br />

Os moradores se queixam do transporte público e do congestionamento,<br />

principalmente, no corredor da Radial Leste. A estação Corinthians/Itaquera, da<br />

Linha 3-Vermelha do Metrô, é ponto de <strong>em</strong>barque de muitos passageiros de<br />

diferentes bairros na zona leste por causa da interligação com estações da<br />

CPTM e a população reclama que ela está sobrecarregada.<br />

SÃO MATEUS<br />

A população quer ver resolvida a situação do Córrego dos Machados, afluente<br />

do Aricanduva, que causa enchentes na região do Jardim Tietê. Os moradores<br />

relatam que, antes do mandato da prefeita Luisa Erundina, as reivindicações já<br />

eram feitas ao poder público.<br />

O Clube Desportivo Municipal Sabipa de Ouro, no Jardim Paraguaçu, está<br />

abandonado. Os moradores não têm acesso ao terreno, que está tomado por<br />

entulho.<br />

Na rua F5, no Jardim Tietê, falta iluminação. O asfalto está degradado. A<br />

escuridão também é motivo de reclamação de moradores do Jardim Santa<br />

Bárbara. Postes foram colocados na Rua Polar, mas não há lâmpadas. Nessa<br />

mesma rua, uma enorme área verde particular virou local de descarte de carros<br />

roubados.


No entorno das ruas Sagitário, Escorpião e Satélite, é comum a presença de<br />

usuários de drogas <strong>em</strong> um terreno que teve a cerca danificada.<br />

Saúde: além da d<strong>em</strong>ora para marcar consultas, os usuários ped<strong>em</strong> reformas<br />

na UBS Santa Bárbara, cujo prédio está deteriorado.<br />

ÁGUA RASA<br />

O distrito está cercado pelas avenidas Salim Farah Maluf, Luis Ignacio de<br />

Anhaia Mello e Vila Ema, vias marcadas pelos congestionamentos. Por isso,<br />

pequenas ruas são usadas por motoristas como rotas de fuga desses<br />

engarrafamentos. O resultado são buracos e imperfeições no asfalto.<br />

Há muitas áreas abandonadas, onde há acúmulo de lixo e entulho. Faltam<br />

áreas verdes. Desde 2007 os moradores lutam para transformar o Parque Vila<br />

Ema, propriedade privada abandonada e cercada por muros, <strong>em</strong> um espaço de<br />

uso público.<br />

Não há hospital público no distrito. Nas duas Unidades Básicas de Saúde, os<br />

usuários d<strong>em</strong>oram até três meses para marcar uma consulta.<br />

A população relata que roubos a residências são constantes no distrito e que<br />

as viaturas da Polícia Militar não circulam com frequência pela região. Eles<br />

suger<strong>em</strong> a instalação de uma base da PM no Largo Santa Clara.<br />

SAPOPEMBA<br />

Falta segurança no Jardim Sapop<strong>em</strong>ba e no Jardim Grimaldi. Ocorr<strong>em</strong> muitos<br />

assaltos a estabelecimentos comerciais.<br />

No Jardim Sapop<strong>em</strong>ba, motoristas de transporte escolar reclamam que na Rua<br />

Vitória Marconato Zonta, apesar de haver uma escola de ensino fundamental e<br />

um CEU, as placas de estacionamento desse tipo de transporte foram<br />

arrancadas e a pintura das faixas se apagou. É preciso disputar espaço com<br />

outros veículos.<br />

Os moradores se queixam que o Hospital Local Sapop<strong>em</strong>ba só atende por<br />

encaminhamento e não por urgência.<br />

Os passageiros reclamam que a linha 4221 Jardim Planalto/Parque Dom Pedro<br />

precisa de mais ônibus. Os veículos circulam com superlotação. Não há trens<br />

ou estações do Metrô próximas.<br />

As comunidades têm esgoto correndo a céu aberto. Apenas três favelas estão<br />

incluídas <strong>em</strong> um projeto de urbanização.<br />

VILA JACUÍ<br />

No Jardim Santana, perto da Estrada do Imperador, há lixo, entulho, ratos e<br />

mato alto. Na Rua Flor da Ressurreição, a obra <strong>em</strong> um córrego afluente do Rio<br />

Jacu, que passa na Jacu Pêssego, foi <strong>entregue</strong> inacabada para a população.


Em parte da rua, o córrego foi canalizado, mas não foi colocado o asfalto. As<br />

águas do córrego corr<strong>em</strong> a céu aberto. Um bueiro na Rua Bryonia, no Jardim<br />

Santana, está quebrado desde 2010.<br />

Os moradores de União Vila Nova reclamam da falta de iluminação. No Parque<br />

Jacuí, os postes de luz ficam desligados à noite. Os ônibus d<strong>em</strong>oram para<br />

chegar nos pontos e estão s<strong>em</strong>pre lotados.<br />

VILA MATILDE<br />

Faltam áreas de lazer para crianças e jovens praticar<strong>em</strong> esportes. Os<br />

moradores quer<strong>em</strong> reerguer dois Clubes Comunidade que estão abandonados.<br />

Um hospital público ajudaria a comunidade de Vila Matilde, já que a população<br />

utiliza o Hospital Municipal Doutor Alexandre Zaio, na Vila Nhocuné, <strong>em</strong> Artur<br />

Alvim.<br />

A população reclama que não há rondas da Polícia Militar nas ruas dos bairros,<br />

apenas <strong>em</strong> avenidas principais. Equipes de limpeza também não passam por<br />

todas as vias. As praças são mal conservadas. O mato cresce e falta<br />

iluminação. Na comunidade Minuano, há uma área carente que não t<strong>em</strong> ruas<br />

asfaltadas.<br />

ARTUR ALVIM<br />

População relata probl<strong>em</strong>as na Avenida Calim Eid, continuação da Tiquatira,<br />

caminho usado para chegar a Artur Alvim. Falta iluminação para a travessia de<br />

pedestres. Há descarte irregular de entulho e lixo e, na madrugada, os<br />

motoristas faz<strong>em</strong> rachas na avenida. Falta policiamento. Do outro lado da<br />

estação Artur Alvim, a população da Vila Nhocuné pede mais s<strong>em</strong>áforos na<br />

Rua São Vitório. A região fica próxima a creches e escolas municipais. Os<br />

moradores da comunidade também ped<strong>em</strong> uma base da Polícia Militar na Rua<br />

São Vitório. No local, os comerciantes são constant<strong>em</strong>ente vítimas de assaltos.<br />

Os barracos são de madeira e o esgoto é jogado no córrego.<br />

No centro de Artur Alvim, a população que fica esperando nos pontos reclama<br />

da pouca quantidade de ônibus. As calçadas são estreitas e precisam de<br />

manutenção.<br />

VILA PRUDENTE<br />

Com a chegada do metrô Vila Prudente, da Linha 2-Verde, e com as obras do<br />

monotrilho, que ligará o distrito até Cidade Tiradentes, aumentaram os<br />

congestionamentos nas vias dos bairros do distrito. Acidentes ocorr<strong>em</strong> com<br />

frequência. No cruzamento entre as ruas Mimosas e Baía Grande, a população<br />

reivindica um s<strong>em</strong>áforo e sinalização para os pedestres. Moradores se<br />

queixam da retirada de árvores do canteiro central da Avenida Luiz Ignácio de<br />

Anhaia Mello para as obras do Expresso Tiradentes.<br />

Os comerciantes reclamam da zona azul, implantada <strong>em</strong> 2010. Além de<br />

registrar<strong>em</strong> uma queda no movimento, eles diz<strong>em</strong> que não há pontos de venda<br />

de talões na Rua do Orfanato.


A Vila Zelina, rica <strong>em</strong> cultura por abrigar imigrantes do leste europeu, sofre com<br />

probl<strong>em</strong>as de segurança. Perto da Avenida Vila Zelina e da Ibitirama, os<br />

assaltos se tornaram constantes. Os furtos e roubos a residências são<br />

frequentes na Rua Barão de Juparaná, Rua das Heras e Rua São Luiz do<br />

Paraitinga. A população pede uma base comunitária da Polícia Militar na<br />

região.<br />

Exist<strong>em</strong> muitas feiras livres pelas ruas de Vila Prudente. Algumas delas, no<br />

entanto, não respeitam o horário de montag<strong>em</strong> das barracas.<br />

MOOCA<br />

O principal probl<strong>em</strong>a da Mooca é a falta de áreas verdes. No Parque da<br />

Mooca, que fica na Rua Emboaçava, o mato cresce e falta segurança. Faltam<br />

também áreas de lazer. Na região da sede da subprefeitura, a reclamação é de<br />

que, apesar de haver quadras e área para cooper, o parque está abandonado.<br />

Furtos de veículos preocupam cada vez mais os moradores da Mooca.<br />

Vizinhos da Universidade São Judas Tadeu reclamam do barulho que v<strong>em</strong> dos<br />

grupos de alunos nos bares das ruas Taquari, Bresser, dos Trilhos, Marcial e<br />

da Praça Ciro Pontes.<br />

Os trilhos do bonde que ficava na estação do Metrô Bresser-Mooca não foram<br />

r<strong>em</strong>ovidos e provocam a queda de motociclistas e pedestres. A maioria das<br />

calçadas t<strong>em</strong> desnível. Faltam atividades para os idosos. A população reclama<br />

dos trólebus que circulam na região, que frequent<strong>em</strong>ente apresentam<br />

probl<strong>em</strong>as principalmente na Rua dos trilhos e na Paes de Barros.<br />

Enchentes são comuns mesmo quando chove forte. Faltam locais para<br />

escoamento de água e os bueiros são muito antigos.<br />

Moradores ped<strong>em</strong> providências <strong>em</strong> relação a um prédio invadido <strong>em</strong> 2009 na<br />

Rua João Antônio de Oliveira, onde funcionava uma creche.<br />

CACHOEIRINHA<br />

REGIÃO NORTE<br />

A região cresceu s<strong>em</strong> planejamento e com pouca infraestrutura. As novas<br />

invasões dificultam a urbanização. Os barracos que surg<strong>em</strong> tomam o espaço<br />

das ruas, que continuam sendo, <strong>em</strong> grande parte, de terra. Segundo os dados<br />

da Rede Nossa São Paulo, as favelas representavam 20% do total de moradias<br />

do distrito <strong>em</strong> 2008.<br />

Os moradores de Cachoeirinha reclamam dos ônibus lotados, da falta de<br />

creches e postos de saúde. O distrito t<strong>em</strong> um hospital, mas faltam<br />

especialidades.<br />

Educação: faltam vagas <strong>em</strong> creches. Segundo a Rede Nossa São Paulo, <strong>em</strong><br />

2010, apenas 68% da d<strong>em</strong>anda dos pais foi atendida pelo município.


A principal avenida, Inajar de Souza, t<strong>em</strong> acúmulo de lixo nas calçadas, um<br />

corredor de ônibus recapeado, mas s<strong>em</strong> sinalização e uma ciclovia perigosa de<br />

ser percorrida à noite. Faltam s<strong>em</strong>áforos próximos às EMEIs e agentes de<br />

trânsito para garantir a segurança dos alunos. A mureta do córrego Cabuçu de<br />

Baixo, que já foi canalizado, é muito baixa. Os próprios moradores construíram<br />

pequenas pontes e escadas para circular pela região alagada quando chove.<br />

No Jardim Peri, bairro mais carente do distrito, os moradores conviv<strong>em</strong> com<br />

esgoto a céu aberto e acúmulo de lixo nas ruas. No Parque Itaguaçu da<br />

Cantareira, a preocupação é a chegada do trecho norte do Rodoanel e o acesso<br />

estreito previsto para a Inajar de Souza. Moradores ped<strong>em</strong>, como compensação<br />

ambiental, a construção de parques para proteger a vegetação da Serra da<br />

Cantareira que ficará vulnerável com a chegada da rodovia.<br />

CASA VERDE<br />

O Distrito de Casa Verde não t<strong>em</strong> hospitais, públicos ou privados. Os<br />

moradores contam apenas com uma Unidade Básica de Saúde. O atendimento<br />

é elogiado, mas faltam médicos e a espera por consulta é longa. Qu<strong>em</strong> precisa<br />

de socorro urgente, precisa ir até o Mand<strong>aqui</strong> ou Santana.<br />

A região, cheia de casas e pequenas ruas, t<strong>em</strong> comércio pouco desenvolvido.<br />

No bairro Vila Celeste, um terreno abandonado onde, <strong>em</strong> 2003, houve o<br />

rompimento de uma adutora da Sabesp, virou local de despejo de lixo.<br />

Na região de Casa Verde Alta, a espera por uma vaga <strong>em</strong> creche pode chegar<br />

a três anos. Segundo a Nossa São Paulo, <strong>em</strong> 2010, apenas 35% da d<strong>em</strong>anda<br />

por vagas <strong>em</strong> creches foi atendida.<br />

Apesar de pouco populoso, o distrito recebe diariamente moradores de outras<br />

regiões por causa do acesso à Marginal do Tietê. As ruas pequenas ficam com<br />

tráfego intenso. O asfalto não suporta a d<strong>em</strong>anda e está esburacado. A<br />

subprefeitura de Casa Verde é campeã <strong>em</strong> reclamações de buracos.<br />

LIMÃO<br />

Moradores esperam há 50 anos a canalização do córrego Tabatinguera, que<br />

provoca enchentes e mau cheiro <strong>em</strong> quatro regiões do distrito. Na Vila Barbosa,<br />

os moradores construíram uma ponte sobre o córrego. A passag<strong>em</strong><br />

improvisada é perigosa quando chove e se tornou ponto de consumo de drogas.<br />

O atendimento nas UBSs é criticado. O Limão não t<strong>em</strong> equipamentos culturais.<br />

Há uma única biblioteca mal sinalizada que fica <strong>em</strong> uma rua s<strong>em</strong> saída.<br />

Nas linhas de ônibus, há poucos destinos e os ônibus d<strong>em</strong>oram a passar. Os<br />

moradores contam com três UBSs e uma AMA. Eles reclamam da falta de<br />

especialidades. Ao redor da UBS Santa Maria, há buracos e lixo espalhado pela<br />

calçada.<br />

Uma das regiões mais carentes é a da favela Beira Mar. Um córrego, muito<br />

próximo das casas, fez moradores construír<strong>em</strong> muretas nas portas e nos<br />

corredores para impedir a passag<strong>em</strong> da água.


BRASILÂNDIA<br />

Com o mais baixo IDH da zona norte, o distrito da Brasilândia sofre com a falta<br />

de segurança e moradias irregulares <strong>em</strong> invasões nas áreas de mata da Serra<br />

da Cantareira. A principal via, a Cantídio Sampaio, não t<strong>em</strong> esgoto canalizado<br />

e, por um longo trecho, não t<strong>em</strong> calçada.<br />

São muitos os pontos viciados de descarte de lixo e entulho. No Jardim<br />

Guarani, o material invade a rua onde fica a escola Milton Campos.<br />

Saúde: faltam médicos. Muitos profissionais não têm interesse <strong>em</strong> trabalhar <strong>em</strong><br />

Brasilândia por causa da insegurança e da pouca infraestrutura nos postos.<br />

Transporte: no distrito cheio de ladeiras e com muitas ruas que ainda não foram<br />

asfaltadas, as poucas linhas de ônibus que atend<strong>em</strong> a região não chegam a<br />

todos os lugares.<br />

Os moradores ped<strong>em</strong> mais áreas de lazer, além do CEU da Brasilândia e estão<br />

batalhando pela criação de um parque que preserve a área verde.<br />

JAÇANÃ<br />

Enchentes e falta de saneamento básico: muitos córregos não foram<br />

canalizados, como o Piqueri. O esgoto e o lixo descartados <strong>em</strong> córregos e<br />

minas d'água mobilizou moradores do Jardim Fontalis. Eles concretaram as<br />

margens do córrego que passa entre as casas.<br />

São muitos pontos viciados de lixo. O pior deles fica no Jardim Felicidade. No<br />

dia <strong>em</strong> que a CBN visitou o distrito, havia três caçambas na rua. O caminhão de<br />

lixo tinha passado naquele dia e, mesmo assim, havia muita sujeira, cheiro forte<br />

e entulho espalhado pelo terreno.<br />

Faltam vagas na educação municipal: crianças são encaminhadas para escolas<br />

distantes, mesmo tendo uma escola municipal perto de casa. Há carência de<br />

vagas também nas creches.<br />

O CEU Jaçanã é a única opção de lazer. Faltam equipamentos culturais e<br />

esportivos.<br />

FREGUESIA DO Ó<br />

Moradores da Freguesia do Ó reclamam das poucas linhas de ônibus. A linha 6-<br />

Laranja do Metrô, que vai até Brasilândia, deve começar a operar <strong>em</strong> 2020.<br />

O Clube Escola da região t<strong>em</strong> áreas pouco aproveitadas e mato alto. Usuários<br />

de drogas aproveitam a falta de iluminação. A reunião de jovens no Largo da<br />

Matriz Nova incomoda moradores por causa do barulho e do abuso no consumo<br />

de álcool.


Trânsito: qu<strong>em</strong> dirige pelas ruas da Freguesia afirma que o afunilamento para<br />

chegar à Marginal do Tietê faz com que o congestionamento atravesse diversos<br />

bairros.<br />

A região não é carente de unidades de saúde: t<strong>em</strong> cinco UBSs, um hospital<br />

estadual e um pronto-socorro municipal. Moradores relatam a falta de médicos,<br />

principalmente no hospital Vila Penteado.<br />

Um dos bairros mais carentes da Freguesia é o Parque São Luiz, b<strong>em</strong> próximo<br />

à Avenida João Paulo. Nesta região, moradores ainda sofr<strong>em</strong> com as<br />

enchentes. A construção de um piscinão não foi suficiente para solucionar o<br />

probl<strong>em</strong>a.<br />

Qu<strong>em</strong> depende das creches municipais na Freguesia do Ó costuma enfrentar<br />

filas. Mesmo com a necessidade de mais vagas, houve uma diminuição delas:<br />

<strong>em</strong> 2009 a d<strong>em</strong>anda atendida era de 63%. Em 2010, o índice caiu para 56%.<br />

TREMEMBÉ<br />

Mais profissionais de saúde: a d<strong>em</strong>anda não é de equipamentos – são seis<br />

unidades básicas de saúde -, mas de maior número de profissionais<br />

qualificados.<br />

Loteamentos feitos de forma desorganizada resultaram <strong>em</strong> muitas ruas s<strong>em</strong><br />

saída que terminam <strong>em</strong> pequenas pontes improvisadas, <strong>em</strong> grandes muros ou<br />

trechos de mata. Esses locais facilitam, segundo relatos de moradores, a fuga<br />

de suspeitos, já que os carros da polícia não consegu<strong>em</strong> passar.<br />

O distrito t<strong>em</strong> relevo acidentado e uma parte mais baixa, a Fazendinha, acaba<br />

sendo atingida por enchentes. Os moradores consideram a passag<strong>em</strong> do<br />

Rodoanel Norte na Serra da Cantareira uma ameaça ambiental.<br />

Educação: segundo dados da rede Nossa São Paulo, <strong>em</strong> 2010 apenas 37% da<br />

d<strong>em</strong>anda dos pais foi atendida pela prefeitura.<br />

Os moradores do Tr<strong>em</strong><strong>em</strong>bé contam com uma Casa de Cultura e alguns<br />

espaços para prática de esportes. Há reclamações, no entanto, sobre o Clube<br />

Ouvídio Bello, que fica distante dos pontos de ônibus e, por isso, é pouco<br />

aproveitado.<br />

ANHANGUERA<br />

Há bairros isolados <strong>em</strong> que o transporte público chega com muitas restrições,<br />

como o Jardim Jaraguá. Na Vila Sulina, os ônibus só passam entre quatro e oito<br />

da manhã, de uma <strong>em</strong> uma hora. No começo da noite, as linhas voltam a<br />

funcionar por algumas horas. O único terminal do distrito, no Jardim Britânia,<br />

t<strong>em</strong> infraestrutura precária.<br />

O difícil acesso prejudica o desenvolvimento do comércio de Anhanguera e até<br />

a chegada dos médicos às três unidades básicas de saúde. Faltam<br />

especialistas <strong>em</strong> todo o distrito. Na UBS Jardim Rosinha, há apenas um clínico<br />

para atender a população do bairro. A espera, muitas vezes, ultrapassa seis<br />

meses.


Lixo: o material se acumula <strong>em</strong> caçambas, se espalha por córregos e deixa um<br />

cheiro forte <strong>em</strong> locais como pontos de ônibus. No Morro Doce, uma escadaria<br />

que liga duas ladeiras vira passag<strong>em</strong> para o esgoto nos dias de chuva. Não há<br />

coleta de lixo <strong>em</strong> ruas pavimentadas, onde o caminhão poderia fazer a coleta<br />

porta a porta.<br />

Faltam vagas <strong>em</strong> creches e projetos de lazer para os jovens.<br />

PERUS<br />

Aparecida Machado mora há 20 anos no Recanto dos Humildes e, desde 2006,<br />

espera para operar a vesícula. Moradores relatam que são atendidos apenas<br />

por enfermeiros. Marta do Nascimento, moradora do Jardim Adelfiori, t<strong>em</strong> de<br />

deixar o bairro para ir até a UBS Perus. Ela tenta há meses uma consulta com<br />

um clínico.<br />

Superlotação: moradores que trabalham na região central da capital paulista<br />

sofr<strong>em</strong> <strong>em</strong> horários de pico e durante a noite, para chegar ou sair do bairro, nos<br />

ônibus e nos trens da CPTM.<br />

Nas creches, apenas 40% das d<strong>em</strong>andas são atendidas de acordo com a Rede<br />

Nossa São Paulo.<br />

Enchentes: o transbordamento do Ribeirão Perus atinge grande número de<br />

casas quando chove mais forte.<br />

Violência: moradores relatam que os caminhões de entrega entram <strong>em</strong> muitos<br />

bairros apenas com escolta.<br />

O Parque Linear, prometido há t<strong>em</strong>pos, ainda não saiu do papel. A realização<br />

do projeto depende da verba de crédito de carbono do Aterro Bandeirantes. Os<br />

moradores suger<strong>em</strong> que também sejam financiadas a construção de um centro<br />

cultural na antiga fábrica de cimento e a reativação da linha de tr<strong>em</strong> Perus-<br />

Pirapora, para fazer integração com o Parque Anhanguera.<br />

Um fórum de desenvolvimento local discute meios para que Perus deixe de ser<br />

um distrito-dormitório.<br />

JARAGUÁ<br />

Jaraguá abriga a região de Taipas, a mais pobre do distrito. No Jardim Rincão,<br />

barracos são construídos <strong>em</strong> áreas de risco que beiram o rio do Fogo. O esgoto<br />

a céu aberto atrai ratos. Falta iluminação nas ruas e o mato invade os terrenos.<br />

No Jardim das Flores, falta abastecimento de água e coleta de esgoto. A<br />

pavimentação na rua e a distribuição de água são improvisadas. Não há<br />

calçadas <strong>em</strong> muitas vias de movimento intenso. A região não suporta o trânsito<br />

pesado que segue para o Rodoanel.<br />

Moradores reclamam do atendimento no Hospital de Taipas, onde, segundo<br />

eles, faltam médicos. As Unidades Básicas de Saúde estão superlotadas. O<br />

prazo mínimo para agendamento de consultas é de três meses.


Em City Jaraguá, a iluminação pública <strong>em</strong> torno de uma ETEC preocupa os<br />

alunos que estudam até o começo da noite.<br />

PIRITUBA<br />

As mansões de City América contrastam com a comunidade do Spama onde<br />

faltam água, esgoto e luz. Os barracos são construídos de forma irregular há<br />

cerca de 20 anos. Não há coleta de lixo. A comunidade se organizou para fazer<br />

a separação de materiais recicláveis e conseguir uma fonte de renda. O lixo<br />

orgânico se acumula, no entanto, na entrada da favela, que fica na Avenida<br />

Raimundo Pereira de Magalhães.<br />

Na Vila Saloá, a prefeitura desapropriou casas e deixou o entulho à beira do<br />

córrego Ribeirão Vermelho. Quando chove, o nível da água chega a dois metros<br />

de altura, invadindo as casas da região.<br />

Cultura e lazer: na Avenida Mutinga, uma grande casa da Prefeitura abriga uma<br />

biblioteca, mas o espaço poderia ser melhor aproveitado. Grandes salas e<br />

pequenas oficinas estão fechadas. Moradores também suger<strong>em</strong> que <strong>em</strong> um<br />

terreno de 68 mil metros quadrados, que já foi local de descarte de entulho, seja<br />

construído um parque.<br />

Faltam pelo menos 1.300 vagas <strong>em</strong> creches, segundo a Secretaria Municipal de<br />

Educação. Há reclamações também sobre a falta de médicos nas sete unidades<br />

básicas de saúde do distrito e d<strong>em</strong>ora no atendimento dos prontos-socorros.<br />

A estação da CPTM poderia melhorar, segundo os usuários, as condições de<br />

acesso para qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> mobilidade reduzida.<br />

SÃO DOMINGOS<br />

Contrastes: o distrito t<strong>em</strong> avenidas arborizadas e vias largas que parec<strong>em</strong> não<br />

ter<strong>em</strong> sido concluídas. Uma Rua da Vila Mangalot termina <strong>em</strong> uma escadaria e<br />

<strong>em</strong> uma ponte pequena que passa sobre um córrego com muito esgoto. Os<br />

carros não passam no local que poderia ser um acesso para o bairro vizinho, o<br />

Parque Maria Domitila. Neste bairro, há um ponto viciado de lixo <strong>em</strong> frente ao<br />

muro de uma creche e ao lado de um ponto de ônibus. Moradores relatam que,<br />

quando chove, o esgoto sobe pelo ralo das casas vizinhas ao córrego.<br />

Na entrada da comunidade do Jardim Santo Elias, há um ponto de descarte de<br />

lixo e entulho. Como o caminhão não sobe a favela, todos os moradores faz<strong>em</strong><br />

o descarte num mesmo local, mesmo nos dias <strong>em</strong> que não há coleta.<br />

Violência: o Parque São Domingos é região predominant<strong>em</strong>ente de classe<br />

média. Os vários acessos ao local preocupam os moradores já que as vias<br />

contribuíram para o aumento de furtos <strong>em</strong> casas.<br />

A chegada de <strong>em</strong>preendimentos imobiliários é motivo de queixa, porque a<br />

infraestrutura do distrito não acompanha o crescimento. A rede de<br />

abastecimento de água, por ex<strong>em</strong>plo, é a mesma há 40 anos. O asfalto<br />

danificado é cheio de r<strong>em</strong>endos. A favela Cruzeirinho foi classificada como área<br />

de risco por causa de uma galeria que passa sob as casas.


Educação: faltam 645 vagas <strong>em</strong> creches, segundo a Secretaria Municipal de<br />

Educação.<br />

Não há um número suficiente de médicos nas duas Unidades Básicas de Saúde<br />

disponíveis. Qu<strong>em</strong> precisa de pronto atendimento público t<strong>em</strong> de ir até o distrito<br />

vizinho de Pirituba.<br />

MANDAQUI<br />

O Hospital do Mand<strong>aqui</strong> está instalado no distrito vizinho de Santana. No<br />

Mand<strong>aqui</strong>, há duas Unidades Básicas de Saúde que não dão conta do<br />

atendimento à população.<br />

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, faltam 941 vagas <strong>em</strong> creches.<br />

Algumas mães que conseguiram um lugar para os filhos reclamam da distância<br />

e dificuldade <strong>em</strong> levá-los até a CEI diariamente de ônibus. Também faltam<br />

creches com berçários.<br />

A chegada de um shopping atraiu <strong>em</strong>preendimentos imobiliários. Segundo<br />

moradores, houve um aumento no índice de assaltos a casas e carros por<br />

causa disso.<br />

Na Avenida Santa Inês, importante via do distrito, há um cruzamento confuso.<br />

São quatro vias diferentes que se encontram na região do Horto Florestal. Além<br />

da Santa Inês, há carros vindos da Avenida Capitão José Parada Gonçalves,<br />

Rua Mario Elloy e da Rua Luis Carlos Gentile de Laet. Quando o farol abre e<br />

fecha, qu<strong>em</strong> não está acostumado não entende para onde os carros vão.<br />

Moradores do Mand<strong>aqui</strong> reclamam de insegurança e da iluminação ruim nas<br />

ruas da região. O Clube da Comunidade de Basi<strong>leia</strong> precisa de mais cuidados,<br />

faltam podas e segurança no espaço que, apesar disso, funciona b<strong>em</strong>.<br />

Algumas linhas de ônibus estão sobrecarregadas, há poucos veículos para<br />

muita d<strong>em</strong>anda.<br />

VILA GUILHERME<br />

No distrito, há duas favelas. Uma delas é a do Jardim Coruja onde um incêndio<br />

destruiu 63 barracos e matou duas pessoas <strong>em</strong> fevereiro de 2012. As famílias<br />

foram alojadas <strong>em</strong> igrejas, <strong>em</strong>presas ou na casa de amigos. Moradores não<br />

estão recebendo o auxílio aluguel. A Vila Guilherme já foi muito prejudicada por<br />

enchentes, mas as obras no Rio Tietê amenizaram o probl<strong>em</strong>a.<br />

Saúde: há quatro unidades de saúde na região. As reclamações se concentram<br />

na espera por consultas com especialistas.<br />

Trânsito: o tráfego intenso de caminhões, por causa da proximidade com a<br />

Marginal do Tietê e da presença de muitas transportadoras na região, prejudica<br />

o trânsito no distrito.


Lazer: a Vila Guilherme não t<strong>em</strong> centros culturais, apesar de ter um bom<br />

espaço: um casarão tombado na Praça Oscar da Silva onde funcionou a<br />

primeira escola do bairro. O imóvel está abandonado desde 2005. O Parque do<br />

Trote, um dos mais antigos da cidade de São Paulo e o primeiro da capital a ser<br />

adaptado <strong>aos</strong> portadores de necessidades especiais, precisa de manutenção.<br />

As quadras parec<strong>em</strong> abandonadas, falta iluminação e segurança.<br />

VILA MARIA<br />

Motoristas de cidades vizinhas como Guarulhos circulam pela Vila Maria para<br />

fugir do rodízio, o que contribui para o congestionamento do distrito, assim<br />

como os caminhões que passam pela região da Via Dutra e pelas pontes da<br />

Marginal do Tietê.<br />

Educação: faltam 1.300 vagas <strong>em</strong> creches, segundo a Secretaria Municipal de<br />

Educação. Nas cinco unidades de saúde e no único pronto-socorro, a espera<br />

por consultas com especialistas pode chegar a um ano.<br />

O Parque Novo Mundo é a região mais carente de Vila Maria. Na Favela da<br />

Armação, uma rua asfaltada há apenas cinco meses já apresenta probl<strong>em</strong>as. A<br />

via também não t<strong>em</strong> bocas de lobo. Na Favela da Funerária, há trechos com<br />

apenas uma boca de lobo. O esgoto se acumula na porta das casas..<br />

No Parque Oyeno que fica no Jardim Japão, falta iluminação. O Banco de<br />

Alimentos da Prefeitura, que fica <strong>em</strong> Vila Maria Alta num grande galpão<br />

abandonado, poderia se tornar, na opinião dos moradores, um Centro de<br />

Referência do Idoso, já que a população com mais de 60 anos é grande no<br />

distrito. A área verde é extensa no distrito, mas não há qualquer tipo de<br />

estrutura de lazer. Dois postes de iluminação que estavam no centro de uma<br />

praça caíram e nunca foram substituídos. No parque, há trechos de calçada<br />

quebrada esperando conserto desde 2011.<br />

VILA MEDEIROS<br />

Há no distrito quatro Unidades Básicas de Saúde. A espera por consulta com<br />

clínicos na Vila Sabrina é de três meses e, com especialistas, varia entre seis<br />

meses e um ano.<br />

A Vila Medeiros t<strong>em</strong> a maior creche da cidade. Mesmo assim, muitas mães<br />

reclamam da dificuldade <strong>em</strong> conseguir lugar para os filhos. Faltam 1.020 vagas.<br />

O Terminal de Cargas da Fernão Dias, próximo ao Jardim Julieta, precisa de<br />

manutenção. A falta de fiscalização faz com que caminhões se espalh<strong>em</strong> pelas<br />

ruas atrapalhando o trânsito <strong>em</strong> vias que não estão preparadas para receber<br />

veículos pesados. O probl<strong>em</strong>a t<strong>em</strong> afetado até as estruturas das casas.<br />

A falta de iluminação se tornou questão de segurança pública. Os próprios<br />

moradores acabaram instalando lâmpadas do lado de fora das casas.<br />

Na Vila Ede, o probl<strong>em</strong>a maior é o córrego Maria Paula que está assoreado e<br />

cheio de lixo.


RIO PEQUENO<br />

Contrastes: um <strong>em</strong>preendimento imobiliário de 23 andares é construído ao lado<br />

de uma comunidade <strong>em</strong> que o córrego passa por baixo de barracos de madeira.<br />

Cerca de 20% das moradias ficam <strong>em</strong> favelas.<br />

Na comunidade do 1.010, as vielas se sobrepõ<strong>em</strong> ao córrego com tábuas de<br />

madeira. As obras de canalização se concentraram na área mais rica da região.<br />

Na comunidade do Sapé, parte dos moradores deixaram suas casas para que a<br />

Prefeitura desse início às obras de um projeto de habitação que deve ficar<br />

pronto <strong>em</strong> 2013.<br />

Há no distrito, quatro Unidades Básicas de Saúde e um hospital municipal.<br />

Faltam especialistas e a espera para ser atendido por um clínico chega a quatro<br />

meses. Moradores sent<strong>em</strong> falta de uma unidade de AMA.<br />

VILA ANDRADE<br />

Os prédios luxuosos do Panamby têm como cenário de fundo ruas de terra e as<br />

casas de Paraisópolis. O maior índice de moradias <strong>em</strong> favelas da cidade está<br />

neste distrito: 49,4%. Paraisópolis é a segunda maior comunidade de São Paul<br />

e está passando por um programa de urbanização. Famílias estão sendo<br />

r<strong>em</strong>ovidas das áreas de risco, a água e o gás encanados estão sendo<br />

regularizados, os córregos serão canalizados e as ruas pavimentadas até 2014.<br />

Falta, no entanto, um hospital neste projeto já que Paraisópolis não t<strong>em</strong> leitos<br />

hospitalares.<br />

Segundo moradores, as recentes ações da polícia fez com que a criminalidade<br />

fosse para outros bairros, mas não diminuísse.<br />

Educação: 68% da d<strong>em</strong>anda por vagas <strong>em</strong> creches não é atendida.<br />

O trânsito é prejudicado pelo crescimento acelerado. São poucas vias que dão<br />

acesso à Vila Andrade. As avenidas Giovanni Gronchi e João Dias têm tráfego<br />

carregado. Na Giovanni Gronchi não há alternativas. Por isso, houve a<br />

desapropriação de imóveis dentro de Paraisópolis e está sendo construída uma<br />

avenida perimetral que deve desafogar o trânsito <strong>em</strong> 40%.<br />

TUCURUVI<br />

Na comunidade de Padre Leão Peruche, cerca de 200 moradias não têm<br />

saneamento básico, luz, coleta de lixo e números de indicação. O córrego<br />

Cabuçu passa por ali a céu aberto. Para atravessar o córrego e ter acesso à<br />

Avenida Tucuruvi, os próprios moradores construíram pequenas pontes.<br />

As pequenas ruas do distrito ficam cheias de carros e ônibus nos horários de<br />

pico. Falta fiscalização e sinalização. Nas calçadas, pedestres se apertam e<br />

acabam usando o asfalto para caminhar. Qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> mobilidade reduzida sofre<br />

para chegar ao seu destino. As linhas de ônibus levam principalmente para a<br />

estação Tucuruvi e moradores sent<strong>em</strong> falta de mais opções.<br />

Há três Unidades Básicas de Saúde. A espera por consultas com especialistas<br />

chega a um ano. No Tucuruvi, faltam 320 vagas <strong>em</strong> creches.


SANTANA<br />

Moradores e comerciantes da chamada "Santana de baixo" reclamam da falta<br />

de policiamento, dos pontos de prostituição e da presença de usuários de<br />

drogas próximo à Marginal do Tietê.<br />

Enchentes: as casas são invadidas pela água <strong>em</strong> dias de chuva forte na região<br />

do Carandiru.<br />

Educação: segundo a Secretaria Municipal de Educação, faltam 540 vagas no<br />

distrito.<br />

Novos <strong>em</strong>preendimentos imobiliários estão sobrecarregando vias pequenas e<br />

mal planejadas. Há três avenidas que terminam de forma inadequada <strong>em</strong><br />

pequenas ruas: a Braz L<strong>em</strong>e, a Engenheiro Caetano Alvares e a Cruzeiro do<br />

Sul. Os túneis que ligariam a Avenida Cruzeiro do Sul à Engenheiro Caetano<br />

Alvares faz<strong>em</strong> parte de um projeto que ainda não saiu do papel.<br />

LIBERDADE<br />

REGIÃO CENTRAL<br />

No Glicério, moradores reclamam da falta de cuidado com o bairro que t<strong>em</strong><br />

probl<strong>em</strong>as com imóveis invadidos, usuários de drogas e falta de equipamentos<br />

públicos. A população defende que o terreno do antigo batalhão da polícia, hoje<br />

abandonado, se torne um centro cultural. A proposta atual, no entanto, é de que<br />

ele se torne um museu da Polícia Militar. Faltam 239 vagas nas creches.<br />

O bairro da Liberdade, que atrai turistas e paulistanos de todos os lugares para<br />

seus restaurantes e comércio relacionados à cultura oriental, t<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as<br />

graves com a coleta de lixo. São cerca de 100 restaurantes <strong>em</strong> apenas quatro<br />

quarteirões e que produz<strong>em</strong> grande quantidade de lixo orgânico. A coleta se<br />

concentra no período noturno e não é suficiente. Os próprios comerciantes<br />

acabam contratando serviços privados. Durante a noite, com a retirada da base<br />

da GCM que estava na praça, moradores e trabalhadores ficaram mais<br />

inseguros.<br />

Na Aclimação, a insegurança é provocada pela falta de iluminação. Também<br />

preocupam o crescimento do bairro e a chegada de novos prédios e<br />

condomínios. O Parque da Aclimação, muito usado pela população local,<br />

intercala períodos de abandono e maior cuidado.<br />

SANTA CECÍLIA<br />

Passados seis meses da operação realizada pela Prefeitura na Cracolândia,<br />

moradores de Santa Cecília asseguram que os usuários de drogas apenas se<br />

espalharam. Surgiram novas cracolândias como na Rua Apa, na General<br />

Marcondes Salgado, na Rua dos Gusmões e na Marechal Deodoro. Muitos<br />

moradores de rua se abrigam sob o Elevado Costa e Silva, popularmente<br />

conhecido como Minhocão.


A favela do Moinho foi parcialmente destruída <strong>em</strong> um incêndio de grandes<br />

proporções <strong>em</strong> dez<strong>em</strong>bro de 2011. A Prefeitura prometeu apartamentos <strong>em</strong> um<br />

projeto habitacional próximo à Ponte dos R<strong>em</strong>édios. Isso aconteceria depois de<br />

10 meses de recebimento do bolsa-aluguel, que é de 450 reais por mês, mas o<br />

pagamento do benefício está atrasado.<br />

Há reclamações <strong>em</strong> relação à poluição sonora causada por bares, à coleta de<br />

lixo ineficiente, à iluminação precária e à falta de espaços públicos e de lazer.<br />

Na Avenida São João, a água chega a um metro quando chove forte. Faltam<br />

420 vagas <strong>em</strong> creches.<br />

CAMBUCI<br />

O distrito residencial foi o maior parque gráfico do país, mas a maioria das<br />

gráficas deixou o local. Com isso, chegaram os primeiros probl<strong>em</strong>as. Os<br />

terrenos deram lugar a condomínios verticais que trouxeram o<br />

congestionamento para as ruas e avenidas. As gráficas que não foram vendidas<br />

e ficaram abandonadas acabaram sendo invadidas, dando lugar a pequenas<br />

favelas. Moradores acreditam que essas ocupações levaram o tráfico de drogas<br />

e a violência ao Cambuci.<br />

Não há nenhuma AMA na região. O distrito t<strong>em</strong> apenas uma Unidade Básica de<br />

Saúde. O local é pequeno e não dá conta da d<strong>em</strong>anda. A UBS, inclusive, não<br />

t<strong>em</strong> banheiro para deficientes físicos.<br />

No distrito do Cambuci uma rua chama atenção. Por ela passam carros, há<br />

residências e até uma <strong>em</strong>presa, mas, para a prefeitura, ela simplesmente não<br />

existe. Não t<strong>em</strong> calçada, não t<strong>em</strong> placa, não t<strong>em</strong> nome e as casas não t<strong>em</strong><br />

número. A via é paralela à Rua Miguel Teles Junior e está abandonada.<br />

Carteiros não passam por lá. S<strong>em</strong> postes de luz, ela é ponto frequente de<br />

furtos. Não há bueiros e quando chove a água invade as casas.<br />

No Cambuci não há muitas opções de lazer e cultura. As alternativas mais<br />

próximas são o Museu do Ipiranga e o Parque da Aclimação.<br />

BOM RETIRO<br />

A sujeira nas ruas e calçadas é uma das principais reclamações. Sacos de lixo<br />

ficam acumulados nas ruas e as calçadas ficam obstruídas. Além do lixo, há<br />

diversos buracos que dificultam a passag<strong>em</strong>, principalmente na Rua José<br />

Paulino. Cadeirantes evitam passar por essa via.<br />

A Cracolândia está no distrito no entorno da Praça Julio Prestes, no bairro da<br />

Luz, onde usuários e traficantes de droga se reún<strong>em</strong> diariamente apesar das<br />

recentes ações da polícia e dos governos municipal e estadual.<br />

O distrito não possuiu nenhuma AMA, n<strong>em</strong> hospital público. Apenas uma UBS<br />

que não dá conta do atendimento.


BELA VISTA<br />

O charme das cantinas italianas do Bixiga se mistura ao medo. Assaltos e furtos<br />

frequentes trouxeram a insegurança para o distrito da Bela Vista. Na Rua 13 de<br />

Maio, a escadaria que dá acesso à Rua dos Ingleses, um importante atalho<br />

para qu<strong>em</strong> quer seguir para a Avenida Paulista e não quer enfrentar a subida da<br />

Brigadeiro, está totalmente degradada. É também por ela que se chega ao<br />

Teatro Ruth Escobar e ao Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. O local está<br />

sujo e com o mato alto, que chega a ultrapassar o corrimão. Os moradores<br />

prefer<strong>em</strong> não usar o acesso.<br />

A Bela Vista não possui favelas, mas t<strong>em</strong> muitos cortiços instalados <strong>em</strong> antigos<br />

casarões. Os moradores acreditam que a violência e o trafico de drogas na<br />

região estão ligados a essas moradias. A população também se queixa da<br />

quantidade de moradores de rua espalhados principalmente sob os viadutos.<br />

CONSOLAÇÃO<br />

O distrito possui apenas 0,5 m² de área verde por habitante, quando o ideal é<br />

ter ao menos 15 m² para cada pessoa, segundo a Organização Mundial da<br />

Saúde. A população luta há 10 anos para conseguir tornar pública uma área de<br />

24 mil m² que fica na Marquês de Paranaguá com a Rua Augusta.<br />

Quando chove, frequent<strong>em</strong>ente ocorr<strong>em</strong> quedas de árvores na região de<br />

Higienópolis e Consolação. Não há manutenção. Um casarão, antiga sede da<br />

Polícia Federal, na esquina das ruas Piauí e Itacolomi, está abandonado. A<br />

população espera que o local abrigue um museu.<br />

Transporte: estações de metrô serão construídas nesta região, entre elas, a<br />

Angélica/Paca<strong>em</strong>bu e Higienópolis, da Linha 6-Laranja e ainda divid<strong>em</strong> a<br />

opinião dos moradores quanto <strong>aos</strong> seus impactos. Em Higienópolis, uma linha<br />

de trólebus que v<strong>em</strong> da Rua Cardoso de Almeida apresenta constantes<br />

probl<strong>em</strong>as.<br />

Violência: arrastões <strong>em</strong> bares, restaurantes e prédios residenciais. A Rua Paim<br />

é classificada pelos moradores do distrito como um ponto de tráfico de drogas.<br />

Algumas pessoas reclamam da sujeira na rua depois das festas do fim de<br />

s<strong>em</strong>ana <strong>em</strong> parte da Rua Augusta e dos pontos de prostituição. O PSIU<br />

(Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura), que fiscaliza o nível de ruído dos<br />

estabelecimentos comerciais, multou e lacrou 530 bares que funcionavam além<br />

da uma da manhã nos dez primeiros meses de 2011. Os moradores reclamam<br />

dos bares que funcionam na Rua Peixoto Gomide, entre a Rua Augusta e Barão<br />

de Itararé, que produz<strong>em</strong> muito ruído durante as madrugadas nos finais de<br />

s<strong>em</strong>ana.<br />

A Rede Nossa São Paulo registrou 2.600 leitos <strong>em</strong> hospitais na Consolação, o<br />

melhor índice entre os distritos de São Paulo. Apesar disso, esse é um dos<br />

quatro distritos de São Paulo que não possui n<strong>em</strong> UBS ou AMA.<br />

SÉ<br />

Uma base da Polícia Militar está permanent<strong>em</strong>ente na Praça da Sé, mas,<br />

mesmo assim, a população reclama da ação dos assaltantes. Segundo a Rede


Nossa São Paulo, <strong>em</strong> 2009, 1.195 pessoas estavam <strong>em</strong> situação de rua no<br />

distrito, uma das maiores concentrações da cidade. Eles ocupam locais como a<br />

Praça da Sé e o Largo São Francisco.<br />

A Associação Viva o Centro registra 10 mil probl<strong>em</strong>as por mês na região do<br />

centro velho, por meio de um trabalho que é feito com zeladores urbanos. Na<br />

Rua 3 de dez<strong>em</strong>bro, muitos ladrilhos foram danificados. Alguns afundaram por<br />

causa dos r<strong>em</strong>endos e dos caminhões que passam pelo local. Há conflitos na<br />

convivência entre artistas, moradores e funcionários que trabalham <strong>em</strong><br />

escritórios na região da Praça da Sé. Por causa disso, a atividade dos artistas<br />

de rua foi regulamentada. Nas ruas General Carneiro e 25 de março ainda há o<br />

comércio de produtos ilegais. Na área do antigo edifício São Vito, prédio que foi<br />

d<strong>em</strong>olido, as obras de revitalização ainda não começaram.<br />

Transporte: são quatro estações do metrô e um terminal de ônibus, o Parque<br />

Dom Pedro II. Tantas opções, no entanto, não faz<strong>em</strong> com que o serviço seja<br />

elogiado. Os usuários reclamam da lotação e dos constantes probl<strong>em</strong>as<br />

técnicos tanto nos trens do metrô quanto na rede de trólebus.<br />

REPÚBLICA<br />

Um dos cartões postais da cidade de São Paulo, a Praça da República está<br />

deteriorada. Na opinião dos moradores, a praça está suja e virou banheiro<br />

público. O Largo do Arouche, que abriga importantes esculturas, está<br />

abandonado. A população t<strong>em</strong>e as desapropriações na região da Santa<br />

Ifigênia decorrentes do Projeto Nova Luz e reclamam que não estão sendo<br />

ouvidos pela Prefeitura nas audiências. Usuários de drogas ainda ocupam ruas<br />

como Timbiras, General Osório, Aurora, Guainases e Barão de Limeira,<br />

próximos a patrulhamentos da Polícia Militar.<br />

Os bares da região também são motivo de insatisfação por conta do barulho.<br />

Na Avenida Ipiranga, famílias da Frente de Luta por Moradias ocupam prédios<br />

que estão abandonados.<br />

Não há leitos hospitalares na República, apenas uma UBS na Praça da<br />

Bandeira. O distrito não t<strong>em</strong> creches.<br />

LAPA<br />

REGIÃO OESTE<br />

A linha do tr<strong>em</strong> separa a Lapa <strong>em</strong> duas. As Lapas de baixo e do alto são<br />

diferentes e há moradores que perceb<strong>em</strong> isso até no tratamento dado pela<br />

subprefeitura. Um ex<strong>em</strong>plo é a passag<strong>em</strong> sob o trilho do tr<strong>em</strong> que faz a ligação<br />

entre as duas regiões. Para uma Lapa, há rampa de acesso e escadarias. Para<br />

a outra, é preciso se virar para subir os degraus. Moradores da Lapa de baixo<br />

reclamam dos bares e do som alto até altas horas. A fiscalização do Psiu e a<br />

atuação da polícia militar são falhas.<br />

Na Vila Romana, que fica na parte alta, uma adutora da Sabesp foi instalada de<br />

forma inadequada. As rachaduras atravessam as calçadas de fora a fora. A rua


é oca e é possível ver as raízes das árvores sob o solo. Há partes da via que<br />

estão afundadas e o asfalto, todo r<strong>em</strong>endado. Os moradores fizeram um<br />

requerimento com um abaixo-assinado reivindicando reparos, mas ainda não<br />

tiveram resposta. Probl<strong>em</strong>as relativos à zeladoria estão presentes <strong>em</strong> todo o<br />

distrito: asfaltos r<strong>em</strong>endados, iluminação insuficiente e probl<strong>em</strong>as com o serviço<br />

de poda e tratamento de árvores.<br />

Nas duas unidades básicas de saúde, a espera por atendimento com<br />

especialistas pode levar dois anos. O Hospital Sorocabana está desativado,<br />

mas deve vai voltar a funcionar de acordo com a secretaria.<br />

A presença de moradores de rua é grande. Há locais <strong>em</strong> que eles montam<br />

barracos e a população sente falta de serviços sociais. A iluminação ineficiente<br />

deixa algumas regiões inseguras. Uma das ocorrências mais comuns é o roubo<br />

de veículos: <strong>em</strong> 2011, foram 550 boletins registrados na delegacia da Lapa.<br />

RAPOSO TAVARES<br />

São 23 favelas sendo que a maior parte delas não está urbanizada, <strong>em</strong> meio a<br />

condomínios de alto padrão. O esgoto de 80% das casas não passa por<br />

tratamento e os detritos são despejados <strong>em</strong> córregos afluentes do Rio Jaguaré<br />

que t<strong>em</strong> como destino final o Rio Pinheiros.<br />

Na Rua General Asdrúbal da Cunha, o lixo se acumula nas margens do córrego<br />

e o mato avança na calçada esburacada.<br />

Na Vila Nova Esperança, favela que fica entre Raposo Tavares e Taboão da<br />

Serra, 600 famílias não têm luz, asfalto e saneamento básico. Há um processo<br />

na Justiça para desapropriar esta comunidade que fica ao lado de uma área de<br />

conservação ambiental, a Fazenda Parque Tizo. Os moradores alegam que a<br />

região está fora da área ambiental e luta há mais de 50 anos para tentar<br />

regularizar o espaço.<br />

Não há centros culturais públicos e exist<strong>em</strong> poucas áreas de lazer. Os bailes<br />

funk são frequentes na Cohab Raposo Tavares e há áreas da comunidade que<br />

são fechadas por grupos organizados. As lideranças do bairro conseguiram<br />

fazer com que o poder público transformasse uma área verde <strong>em</strong> uma praça de<br />

lazer para a comunidade, mas os moradores relatam que, à noite, as luzes do<br />

local acend<strong>em</strong> somente uma vez por s<strong>em</strong>ana. A pista de skate fica alagada<br />

depois das chuvas e a única quadra disponível para a prática de esporte está<br />

abandonada.<br />

O congestionamento na Rodovia Raposo Tavares é agravado pelo aumento de<br />

condomínios residências e pela quantidade de motoristas que sa<strong>em</strong> de Taboão<br />

da Serra, Rodoanel e Cotia e usam essa via como alternativa. Exist<strong>em</strong> ônibus<br />

para o Terminal Bandeira, Praça Ramos de Azevedo, Largo da Pólvora,<br />

Hospital das Clínicas, Pinheiros e Metrô Butantã, mas os passageiros reclamam<br />

que os ônibus d<strong>em</strong>oram mais de 30 minutos para passar.<br />

Faltam vagas <strong>em</strong> creches e escolas. Há relatos de muitos pais que deixam de<br />

trabalhar porque não têm onde deixar seus filhos. Não há hospital público na<br />

região. Os pacientes são direcionados para o Hospital Universitário da USP, no<br />

Rio Pequeno, ou para o Hospital das Clínicas.<br />

No distrito, existe apenas um Ecoponto, perto da Cohab Raposo Tavares, mas<br />

que está s<strong>em</strong> funcionários. Em algumas comunidades, como <strong>em</strong> Vila Nova


Esperança, não existe coleta seletiva. No caminho pela avenida principal do<br />

distrito, a Engenheiro Heitor Eiras Garcia, é preciso desviar das raízes das<br />

árvores e dos buracos.<br />

ITAIM BIBI<br />

Violência: a ação dos criminosos ocorre s<strong>em</strong>pre da mesma forma, no<br />

cruzamento da Rua São Gabriel com a Avenida Nove de Julho. São assaltos<br />

rápidos no s<strong>em</strong>áforo para roubar eletroeletrônicos, principalmente. O Parque do<br />

Povo, na Avenida Henrique Chamma, t<strong>em</strong> iluminação fraca o que inibe a<br />

entrada de mais frequentadores.<br />

No bairro de Vila Olímpia, os moradores reclamam do barulho constante nas<br />

madrugadas por causa dos bares e restaurantes na região. A subprefeitura de<br />

Pinheiros está <strong>em</strong> segundo no ranking de reclamações do Programa de Silêncio<br />

Urbano. Foram mais de três mil reclamações desde 2010.<br />

Trânsito: há muitos valets na região, o que causa congestionamentos <strong>em</strong> vias<br />

como Jo<strong>aqui</strong>m Floriano, Tabapuã e João Cachoeira. Qu<strong>em</strong> trabalha no distrito<br />

t<strong>em</strong> dificuldade de conseguir vagas <strong>em</strong> estacionamentos e acaba recorrendo ao<br />

guardadores de carros nas ruas.<br />

A Prefeitura engavetou o projeto de construir quatro torres de 25 andares no<br />

terreno de 20 mil m² no Itaim Bibi onde hoje funciona uma biblioteca, um teatro,<br />

uma creche e uma Apae. A ideia era trocar o terreno por creches. A população,<br />

no entanto, pediu que a área compreendida entre as Ruas Cojuba, Celso<br />

Cardoso, Lopes Neto e a Avenida Horácio Lafer fosse preservada para impedir<br />

a construção de <strong>em</strong>preendimentos na região.<br />

Saúde: são 510 leitos hospitalares. Não há hospital público no distrito.<br />

Educação: <strong>em</strong> 2011, foram registradas 339 matrículas na única creche pública<br />

do Itaim Bibi; 72% da d<strong>em</strong>anda foi atendida.<br />

PINHEIROS E ALTO DE PINHEIROS<br />

Moradores conviv<strong>em</strong> com as calçadas <strong>em</strong> obras, acúmulo de entulho, tapumes<br />

e desníveis que interfer<strong>em</strong> na mobilidade. Para os motoristas, as obras de<br />

revitalização do Largo da Batata causam muita confusão. Os bairros que ficam<br />

no entorno das ruas Pedroso de Morais e Fonseca Rodrigues serv<strong>em</strong> de rota<br />

para muitos motoristas chegar<strong>em</strong> até a Ponte do Jaguaré, na Marginal do<br />

Pinheiros. A população ainda reclama das enchentes constantes nas ruas<br />

Arthur de Azevedo, Jo<strong>aqui</strong>m Antunes e Matheus Grow, onde os comerciantes<br />

instalaram até comportas. Na Rua Abegoaria, no bairro Jardim das Bandeiras,<br />

há um reservatório que não consegue reter toda a água nos dias de chuva<br />

forte. No local, o asfalto está cedendo e as calçadas estão danificadas por<br />

causa das enchentes.<br />

Exist<strong>em</strong> bairros no distrito de Pinheiros, com <strong>em</strong> Vila Madalena, que receb<strong>em</strong><br />

um grande volume de frequentadores por causa dos bares e restaurantes. A<br />

reclamação sobre barulho é constante e os assaltos recorrentes. Os bairros de<br />

Alto de Pinheiros têm residências de alto padrão, protegidas quase s<strong>em</strong>pre por<br />

<strong>em</strong>presas particulares de segurança.


As calçadas da Rua dos Pinheiros estão sendo revitalizadas e os fios estão<br />

sendo aterrados, entre a Avenida Faria Lima e a Rua Pedroso de Moraes. Os<br />

moradores quer<strong>em</strong> transformar a Rua dos Pinheiros <strong>em</strong> um boulevard com um<br />

espaço de convivência, já que não há área verde nessa região.<br />

Os usuários reclamam que a ciclovia da Avenida Sumaré está danificada, o que<br />

faz com que os ciclistas utiliz<strong>em</strong> as faixas da própria avenida e da Rua dos<br />

Pinheiros para pedalar.<br />

JAGUARA<br />

Parte do córrego Cintra que não foi canalizada na Vila Jaguara acumula lixo e<br />

mato.<br />

Saúde: o distrito é o segundo melhor colocado <strong>em</strong> quantidade de Unidades<br />

Básicas de Saúde para atender a d<strong>em</strong>anda da população. A população<br />

reclama, no entanto, da burocracia para distribuição gratuita dos r<strong>em</strong>édios.<br />

Transporte: os usuários de ônibus reivindicam a construção de um terminal,<br />

assim como o retorno das linhas para a Avenida Cândido Portinari.<br />

O distrito não t<strong>em</strong> nenhum equipamento cultural. Lazer é um probl<strong>em</strong>a sério <strong>em</strong><br />

Jaguara. O único parque, o Vila dos R<strong>em</strong>édios, t<strong>em</strong> área muito arborizada e<br />

b<strong>em</strong> cuidada, mas é pouco frequentado por causa da falta de segurança. Muitas<br />

crianças passam o t<strong>em</strong>po ocioso na rua. Apenas 62% da d<strong>em</strong>anda por vagas<br />

<strong>em</strong> creches foi atendida.<br />

VILA LEOPOLDINA<br />

Os moradores reclamam do tráfego no céu e na terra. O congestionamento<br />

invadiu as ruas do distrito e o barulho provocado pelo excesso de helicópteros<br />

incomoda bastante. Os acidentes com carros são comuns, pois os motoristas<br />

circulam <strong>em</strong> alta velocidade. Falta fiscalização.<br />

O número de moradores de rua v<strong>em</strong> aumentando, principalmente no entorno da<br />

Ceagesp.<br />

Enchentes: na Ceagesp, as frutas e verduras ficam acima do nível do chão para<br />

evitar que a água estrague a mercadoria nos dias de chuva forte. O Jardim<br />

Anchieta também sofre com alagamentos. Os moradores chegaram a<br />

suspender as casas <strong>em</strong> palafitas, aumentando o risco de desabamentos.<br />

PERDIZES<br />

A população reclama da má conservação das calçadas, que têm desníveis<br />

acentuados, impossibilitando a passag<strong>em</strong> de deficientes físicos, idosos e de<br />

pedestres com carrinhos de bebê. Além dos degraus entre uma casa e outra, há<br />

também muitos buracos. Os moradores estão insatisfeitos com uma escadaria<br />

que une a Rua Rifaina e a Heitor Penteado. O local está sujo, mal cuidado e<br />

com o corrimão quebrado.<br />

.


Violência: a comunidade pede uma atuação mais efetiva da polícia. Muitos não<br />

sa<strong>em</strong> de casa a noite por causa da falta de segurança. Os assaltos são<br />

constantes nos cruzamentos e ruas do distrito.<br />

As enchentes são graves quando chove forte no entorno da Praça Rio dos<br />

Campos.<br />

JAGUARÉ<br />

Um dos principais probl<strong>em</strong>as do distrito do Jaguaré é a sujeira. A Praça General<br />

Porto Carreiro se tornou ponto de consumo de drogas e, durante o dia, a área<br />

que serve de lazer para a população, é pouco usada porque está cheia de lixo.<br />

Na Praça General Porto Carreiro, também há lixo por toda parte. Algumas<br />

lixeiras foram destruídas e ainda não foram trocadas.<br />

A canalização do córrego Alexandre Mackenzie está parada. Os materiais que<br />

seriam usados na obra estão espalhados pela Avenida Alexandre Mackenzie e<br />

areia invadiu o asfalto.<br />

Na Avenida Presidente Altino, um barranco corre o risco de desmoronar. Uma<br />

parte da calçada foi interditada e os pedestres são obrigados a andar pela<br />

avenida no meio dos carros. Cerca de 60 carretas estacionadas ocupam todas<br />

as vagas <strong>em</strong> um trecho da via. Os moradores reclamam que as carretas ficam<br />

ali permanent<strong>em</strong>ente. A CET já foi avisada, mas o probl<strong>em</strong>a continua.<br />

A favela Vila Nova Jaguaré, a maior entre as dez comunidades existentes no<br />

distrito, passa por um processo de urbanização. As ruas foram asfaltadas,<br />

houve regularização da rede elétrica, saneamento, mas a favela ainda não<br />

conta com opções de lazer. Os moradores reclamam que o local mais perto<br />

para um passeio gratuito, por ex<strong>em</strong>plo, é o parque Vila Lobos. Não há<br />

associação de moradores o que deixa a população da favela enfraquecida<br />

diante do poder público.<br />

O distrito t<strong>em</strong> uma AMA e uma UBS. A população reclama da dificuldade <strong>em</strong><br />

agendar consultas, principalmente com médicos pediatras.<br />

BARRA FUNDA<br />

Em época de chuva, diversos pontos do Distrito ficam alagados. Barra Funda<br />

t<strong>em</strong> vias movimentadas, mas à noite a região fica vazia, o que favorece a ação<br />

dos criminosos.<br />

Faltam ônibus que de<strong>em</strong> acesso às estações da CPTM e do Metrô. Moradores<br />

reclamam que a inauguração do Albergue Boraceia atraiu a população de rua<br />

para os s<strong>em</strong>áforos da Avenida Marquês de São Vicente.


BUTANTÃ<br />

Exist<strong>em</strong> áreas verdes ameaçadas no Butantã, como é o caso da Chácara da<br />

Fonte, que abriga inclusive uma nascente de água potável. O local está<br />

abandonado.<br />

A população carente das sete favelas localizadas na região sofre com a falta de<br />

vagas <strong>em</strong> creches. Muitas mães deixam de trabalhar para cuidar dos bebês.<br />

O distrito t<strong>em</strong> uma AMA e duas Unidades Básicas de Saúde. O atendimento<br />

médico nas unidades é concorrido e os usuários reclamam da falta de<br />

profissionais.<br />

A população pede melhorias para a circulação dos pedestres e ciclistas,<br />

especialmente na Avenida Eliseu de Almeida onde foi prometida uma ciclovia<br />

que nunca foi construída. Os moradores também reclamam do<br />

congestionamento na Avenida Vital Brasil e na Rua Camargo por causa da<br />

abertura da estação Butantã do Metrô.<br />

JARDIM PAULISTA<br />

Violência: os condomínios de alto padrão e os sofisticados restaurantes são a<br />

principal marca do distrito. Ambos estão sendo alvo de arrastões e os<br />

moradores cobram uma atuação mais presente da polícia.<br />

A manutenção das áreas verdes é deficiente na opinião dos moradores. As<br />

árvores d<strong>em</strong>oram para ser<strong>em</strong> podadas e muitas acabam atrapalhando a<br />

circulação pelas calçadas. O probl<strong>em</strong>a também acaba prejudicando a<br />

iluminação das ruas durante a noite.<br />

Apesar de existir<strong>em</strong> vários estacionamentos na região, os moradores<br />

argumentam que a quantidade de pessoas que frequentam as lojas e<br />

restaurantes dos Jardins é ainda maior e que não há vagas para todos.<br />

Calçadas: os desníveis estão presentes <strong>em</strong> boa parte dos bairros e acabam<br />

prejudicando o deslocamento de pessoas com dificuldade de locomoção.<br />

Os moradores afirmam que t<strong>em</strong> aumentado o número de moradores de rua no<br />

cruzamento da Avenida Rebouças com a Alameda Jaú, onde há um centro de<br />

convivência.<br />

VILA SÔNIA<br />

No distrito de Vila Sônia, região sudoeste de São Paulo, a ciclovia prometida<br />

pela prefeitura ainda não foi <strong>entregue</strong>. Depois da morte de um ciclista <strong>em</strong> abril<br />

desse ano, os moradores entregaram um abaixo-assinado para a Prefeitura<br />

com cinco mil nomes, pedindo a construção do espaço, mas ainda não tiveram<br />

qualquer resposta.<br />

O CDC Francisco Prestes Maia t<strong>em</strong> um espaço com um campo e uma quadra<br />

de futebol com grama sintética, mas falta manutenção. Com obras inacabadas<br />

e número insuficiente de funcionários para cuidar da área, o local virou ponto


de encontro de jovens que usam drogas e bebidas. O Clube Pequeninos do<br />

Joquey é usado para treinamentos de qu<strong>em</strong> mora <strong>em</strong> Paraisópolis. O terreno,<br />

no entanto, será <strong>entregue</strong> à Prefeitura, por causa das dívidas acumuladas pelo<br />

Joquey Clube de São Paulo. Não exist<strong>em</strong> equipamentos culturais públicos,<br />

apenas iniciativas da comunidade.<br />

Não há leitos hospitalares. A população utiliza apenas as Unidades Básicas de<br />

Saúde e AMAs que estão sobrecarregadas.<br />

IPIRANGA<br />

REGIÃO SUL<br />

O histórico Ipiranga t<strong>em</strong> se transformado nos últimos anos. Os moradores do<br />

antigo bairro pacato conviv<strong>em</strong> com <strong>em</strong>preendimentos de alto padrão e trânsito<br />

intenso <strong>em</strong> vários horários. A localização estratégica atrai muitos moradores e<br />

também criminosos que têm o local como opção de rota de fuga.<br />

A população reclama que o Museu do Ipiranga se restringe a um período<br />

determinado da história e não dialoga com o momento vivido pelo bairro, que<br />

passa por uma mudança importante. O parque é muito usado pela população,<br />

mas não t<strong>em</strong> sido tão b<strong>em</strong> cuidado quanto poderia.<br />

O transbordo de lixo Vergueiro incomoda pelo mau cheiro e pela movimentação<br />

intensa de caminhões. Ao lado dele, está um incinerador de lixo abandonado.<br />

Na Ricardo Jafet, as obras de canalização do córrego duram décadas. A via<br />

continua com probl<strong>em</strong>as de enchente.<br />

Há quatro unidades básicas de saúde e uma AMA, mas faltam médicos e<br />

equipamentos. A espera por consulta com especialista chega a um ano.<br />

A região próxima <strong>aos</strong> acessos para a Anchieta e Imigrantes t<strong>em</strong> tráfego intenso<br />

de caminhões. Muitas ruas pequenas são retorno para caminhoneiros que<br />

utilizam a Anchieta. O resultado é muito trânsito, acidentes, trepidação,<br />

rachaduras nas casas e barulho na madrugada. Durante o dia, mesmo com a<br />

restrição a caminhões, muitos veículos circulam nessas vias por falhas na<br />

fiscalização.<br />

VILA MARIANA<br />

O grande probl<strong>em</strong>a é o congestionamento. Na Vila Mariana está um dos piores<br />

cruzamentos da cidade: o da Sena Madureira com a Domingos de Morais.<br />

Qu<strong>em</strong> abre mão do carro, lida com os probl<strong>em</strong>as de zeladoria: calçadas mal<br />

conservadas, buracos, falta de iluminação e possibilidade de queda de árvores<br />

nos dias de chuva. Na região da Machado de Assis, os muitos degraus<br />

imped<strong>em</strong> a passag<strong>em</strong> de qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> mobilidade reduzida. Moradores contam<br />

que é difícil chegar às estações do Metrô, porque falta transporte coletivo<br />

circular pelo bairro que leve até a estação mais próxima.


Uma das propostas da Prefeitura para amenizar os probl<strong>em</strong>as de trânsito é a<br />

construção de um túnel ligando a Sena Madureira e a Vergueiro. Antes das<br />

obras começar<strong>em</strong>, um grupo de moradores entrou com uma ação no Ministério<br />

Público contra o traçado proposto para o túnel. Segundo eles, os mapas usados<br />

não consideram a existência de um condomínio com 32 casas e um prédio de<br />

alto padrão. Os moradores t<strong>em</strong><strong>em</strong> impactos como o aumento do trânsito, dos<br />

ruídos e da poluição. Na Bernardino de Campos, um terreno particular foi<br />

invadido e virou uma comunidade com 20 barracos. S<strong>em</strong> saneamento básico, o<br />

esgoto é despejado na rua.<br />

Bares que não respeitam a lei do silêncio estão, principalmente, nas regiões das<br />

universidades e na Jo<strong>aqui</strong>m Távora. Moradores não se sent<strong>em</strong> atendidos n<strong>em</strong><br />

pela Polícia Militar, n<strong>em</strong> pelo PSIU.<br />

A frequência de crimes como furtos de carros na região do parque e do ginásio<br />

do Ibirapuera preocupam moradores. Só nos cinco primeiros meses do ano<br />

foram 207 furtos e 112 roubos de veículos. Dentro do parque, há probl<strong>em</strong>as<br />

durante a noite, quando frequentadores usam o espaço para o consumo de<br />

drogas.<br />

SACOMÃ<br />

O distrito do Sacomã abriga a maior favela de São Paulo. Dos 247 mil<br />

habitantes do distrito, 125 mil faz<strong>em</strong> parte da comunidade de Heliópolis. A<br />

segunda maior favela da América Latina t<strong>em</strong> 95% das moradias com<br />

fornecimento de água e coleta de esgoto. Cerca de 50% da população t<strong>em</strong><br />

entre 0 e 25 anos. Há preocupação com a formação desses jovens e com<br />

oportunidades de trabalho. A própria comunidade recebe parte dessa mão de<br />

obra - são cerca de 2 mil pontos comerciais dentro de Heliópolis -, mas muitos<br />

têm de deixar a região para estudar e trabalhar.<br />

No Sacomã, faltam 908 vagas <strong>em</strong> creches, segundo a Prefeitura. No distrito, há<br />

o Hospital Estadual de Heliópolis e outras nove Unidades de Saúde. Moradores<br />

reclamam da espera por consultas com especialistas. Na comunidade<br />

Monsenhor Gerônimo Rodrigues, 69 famílias terão de deixar suas casas entre<br />

2013 e 2016 por estar<strong>em</strong> <strong>em</strong> área de risco.<br />

Em bairros de classe média, próximos ao trecho urbano da rodovia Anchieta, as<br />

reclamações são relativas à falta de segurança. Na região do Parque Bristol, há<br />

construção de prédios de moradia popular e de edifícios voltados à classe<br />

média. A especulação imobiliária fez a Prefeitura determinar a retirada de duas<br />

favelas.<br />

O governo municipal prometeu, <strong>em</strong> 2008, fazer de uma casa abandonada que<br />

já foi centro cultural no Parque Bristol, uma EMEI, mas nada foi feito. O imóvel<br />

está com vidros e telhas quebrados e infiltração. Entulho está espalhado pelo<br />

terreno.<br />

JARDIM ÂNGELA<br />

Em 1996, o Jardim Ângela era o bairro mais perigoso do mundo, segundo a<br />

ONU. O rótulo fez Estado e população ter<strong>em</strong> dimensão do probl<strong>em</strong>a e se<br />

mobilizar<strong>em</strong> na tentativa de mudar essa realidade. Vários projetos sociais e


uma polícia mais próxima da população colaboraram para a pacificação da<br />

área. O cenário da segurança pública melhorou, mas o distrito t<strong>em</strong> carência de<br />

saneamento básico e fornecimento regular de energia. Os gatos dominam os<br />

postes que, sobrecarregados, se incendeiam com regularidade.<br />

O trânsito lento da M’Boi Mirim torna difícil morar no Jardim Ângela. Difícil para<br />

qu<strong>em</strong> está no trânsito, nos Lônibus lotados e para qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> mobilidade<br />

reduzida. As calçadas não são opção e cadeirantes acabam andando como<br />

motociclistas: entre os carros.<br />

O esgoto é despejado <strong>em</strong> fossas ou na rua. A linha 6048 Capão Redondo -<br />

Santo Amaro t<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>as com a adaptação para qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> necessidades<br />

especiais. A rampa fica muito inclinada.<br />

O Jardim Ângela t<strong>em</strong> 17 unidades básicas de saúde e o Hospital Municipal<br />

M’Boi Mirim para atender a população de 295 mil habitantes. Faltam 6 mil vagas<br />

<strong>em</strong> creches.<br />

MARSILAC<br />

O distrito de Marsilac não é compreendido pela Prefeitura de São Paulo. As leis<br />

que proteg<strong>em</strong> o meio ambiente <strong>em</strong> Marsilac limitam o desenvolvimento do<br />

distrito e imped<strong>em</strong> a chegada de melhorias para a população. Por causa da<br />

legislação ambiental, os postos de saúde e as bases de polícia não pod<strong>em</strong> ser<br />

construídos e ficam <strong>em</strong> imóveis alugados. A população de 8 mil pessoas<br />

continua crescendo e as áreas são ocupadas irregularmente. Líderes<br />

comunitários ressaltam a importância de a região ser reconhecida como zona<br />

rural para a consolidação de políticas específicas.<br />

A população vive isolada. O transporte público que vai até a Vila de Marsilac<br />

não avança para a maior parte das casas. A maioria das ruas não é asfaltada.<br />

Os moradores têm dificuldade para chegar às escolas e unidades de saúde. As<br />

ruas não têm CEP e os Correios entregam as cartas <strong>em</strong> uma escola. Não há<br />

sinal de celular e internet <strong>em</strong> banda larga. Faltam 941 vagas <strong>em</strong> creches.<br />

Não há saneamento básico ou água tratada. Cerca de 70% da região é coberta<br />

por r<strong>em</strong>anescentes de Mata Atlântica. O esgoto é despejado <strong>em</strong> fossas. A<br />

população usa poços domésticos de minas coletivas, muitas já contaminadas.<br />

Parte do cinturão verde de São Paulo, Marsilac ajuda a regular o clima da<br />

cidade. O ecoturismo, que poderia gerar <strong>em</strong>pregos na região, não t<strong>em</strong> apoio da<br />

Prefeitura. Os locais de passeio são mal sinalizados e as estradas, mal<br />

conservadas. O distrito t<strong>em</strong> parques, trilhas, cachoeiras, uma cratera com<br />

milhões de anos e roteiros históricos.<br />

O principal meio de transporte são as pernas. Quando se pergunta o t<strong>em</strong>po<br />

para ir de um lugar a outro a resposta é s<strong>em</strong>pre: "tantas horas a pé. Os ônibus<br />

só vão até metade do caminho”. É preciso contar com o carro do vizinho ou<br />

com a viatura da Polícia Militar se alguém passa mal fora do horário comercial.<br />

PEDREIRA<br />

As margens da represa Billings são tomadas por mato e entulho por causa de<br />

construções <strong>em</strong> áreas invadidas. Na Estrada do Alvarenga, uma área verde que


margeia a represa t<strong>em</strong> uma praça feita pela população. O morador Gilmar<br />

Cândido Domingues colocou os bancos, escorregador e balanço para as<br />

crianças e faz a manutenção da praça. No entanto, não há iluminação e,<br />

mesmo com os pneus colocados para preservar a área da represa, a população<br />

joga lixo e entulho na represa. A situação do Córrego de Olaria, na Vila Baby, é<br />

uma das mais críticas. Na Favela do Abacateiro, a quantidade de lixo e entulho<br />

impressiona. O córrego não é canalizado. A população relata que já fez uma<br />

série de pedidos de melhorias para a subprefeitura, mas a situação continua<br />

crítica. Na Rua dos Dourados, na entrada da favela do Jardim Pantanal, área<br />

onde antes havia um aterro sanitário e hoje há quadras de futebol sendo<br />

construídas, passa um córrego que deságua na Billings. Nesse trecho, casas<br />

irregulares ocuparam o espaço da represa, mas estão sendo desapropriadas.<br />

Segundo moradores, o dinheiro pago pela desapropriação não é suficiente para<br />

comprar um novo imóvel na região.<br />

Na Rua Delfim do Prata, perto da favela do Jardim Pantanal, as casas têm duas<br />

numerações. A população não entende essa confusão que chega a atrapalhar a<br />

entrega de correspondências. Na mesma região, na Rua Dourados, o morador<br />

também reclama das enchentes provocadas pela sujeira que entope os bueiros.<br />

Mais de 10 mil moradias estão <strong>em</strong> favelas. Na Comunidade da Fumaça, faltam<br />

calçadas. Não há centros culturais, salas de cin<strong>em</strong>a ou de espetáculos. A<br />

população carece de espaços culturais públicos.<br />

O Hospital Geral de Pedreira não fica no distrito, mas <strong>em</strong> Campo Grande, na<br />

zona sul. Por isso, a população reivindica uma unidade hospitalar e uma UBS<br />

para o Jardim Pantanal. A luta pela unidade de saúde já chega a dez anos.<br />

Em Pedreira, desde 2010, os pancadões se tornaram frequentes durante os<br />

finais de s<strong>em</strong>ana, <strong>em</strong> especial, na região do Bairro Santa Terezinha e da favela<br />

do Jardim Pantanal. A Rua Delfim do Prata é um dos pontos de concentração<br />

das festas. A população fez denúncias à Polícia Militar e protocolou ofícios na<br />

Prefeitura. Durante os eventos, os moradores relatam que presenciam cenas de<br />

sexo e uso de drogas por adolescentes. A presença de uma base da PM é uma<br />

reivindicação de qu<strong>em</strong> mora <strong>em</strong> Santa Terezinha e reclama de assaltos<br />

constantes.<br />

CURSINO<br />

Comerciantes da Avenida Miguel Estéfano e redondezas reclamam dos<br />

arrastões frequentes na área. Os assaltos ocorr<strong>em</strong> a qualquer hora do dia e <strong>em</strong><br />

estabelecimentos comerciais pequenos, como mercadinhos e bares. Os donos<br />

das lojas passaram a fechar os pontos de venda mais cedo por causa da falta<br />

de segurança. Na Vila Moraes, a população reclama também do baile funk que<br />

é realizado <strong>aos</strong> finais de s<strong>em</strong>ana <strong>em</strong> via pública. O distrito concentra<br />

<strong>em</strong>preendimentos imobiliários <strong>em</strong> construção e, ao menos, 11 favelas que<br />

precisam ser urbanizadas. Segundo a Rede Nossa São Paulo, <strong>em</strong> 2011, havia<br />

mais de 2.300 domicílios <strong>em</strong> comunidades carentes no distrito.<br />

A Avenida Ricardo Jafet está <strong>em</strong> obras há mais de 15 anos para recuperação e<br />

contenção do Córrego Ipiranga. Por causa dessas intervenções, há muito<br />

trânsito na via que junto com a Professor Abraão de Morais forma um<br />

importante corredor de acesso para a Rodovia dos Imigrantes. Os motoristas<br />

também reclamam dos pontos de alagamento como na Ricardo Jafet com a<br />

Rua Vergueiro. Na altura da Miguel Estéfano com a Avenida do Cursino, onde


está o Parque do Estado, na divisa de São Paulo com Diad<strong>em</strong>a, os pedestres e<br />

passageiros reclamam da dificuldade para conseguir atravessar o cruzamento<br />

por causa da falta de sinalização para os pedestres. Nesse ponto, a população<br />

também reclama dos pontos de ônibus que ficam na altura do Parque do<br />

Estado. As instalações não têm cobertura e as calçadas são precárias. Na Rua<br />

Evolução com a Coronel Fawcett, na Vila Brasilina, o ponto de ônibus está<br />

localizado <strong>em</strong> uma calçada estreita e com muitos buracos. Os passageiros<br />

usam a rua para esperar o ônibus no ponto e os cadeirantes também utilizam a<br />

via dos carros para aguardar pelo coletivo.<br />

Na Vila Brasilina, a população reivindica há anos a canalização do Córrego<br />

Mirassol. A obra começou, mas não terminou. Os tubos que seriam utilizados<br />

na canalização do córrego poluído estão expostos <strong>em</strong> uma das ruas da Vila<br />

Moraes. Moradores reclamam que os tubos e o material da obra, esquecidos no<br />

local, estão servindo de refúgio para usuários de droga.<br />

A Rua Dona Amélia Rufina, na Vila Água Funda, virou depósito de lixo <strong>em</strong> 2005<br />

e é conhecida como “rua do lixão”. A via bastante utilizada por carros e<br />

caminhões fica entre as avenidas Miguel Estéfano e do Cursino.<br />

O pronto socorro municipal Augusto Gomes de Matos não atende as d<strong>em</strong>andas<br />

da população. O atendimento de <strong>em</strong>ergência mais utilizado é o do Hospital<br />

Municipal Arthur Ribeiro de Saboya, no distrito vizinho de Jabaquara.<br />

Segundo os dados do IBGE, do Censo de 2010, 16% dos habitantes do distrito<br />

são idosos. Segundo a Rede Nossa São Paulo, não há equipamentos culturais<br />

ou espaços destinados, principalmente, para a terceira idade na região.<br />

CAMPO BELO<br />

Nas favelas do Campo Belo, as comunidades como a Rocinha e Favelinha<br />

concentram barracos de madeira construídos às margens do córrego poluído<br />

Água Espraiada, que não foi canalizado no trecho das favelas. Na Rocinha,<br />

barracos já foram destruídos pelo fogo. A população foi cadastrada e aguarda<br />

as desapropriações para a construção do Monotrilho, da Linha-17 Ouro do<br />

Metrô, mas não sab<strong>em</strong> se vão conseguir moradias.<br />

Campo Belo t<strong>em</strong> apenas 21 leitos hospitalares, segundo a Rede Nossa São<br />

Paulo. No distrito, há duas unidades básicas de saúde. Para a unidade Jardim<br />

Aeroporto, a população reivindica mais médicos. Não há geriatras para atender<br />

os idosos. A espera para marcar uma consulta é de cinco meses. A população<br />

pede mais clínicos gerais nessa unidade.<br />

Os bairros são arborizados. A população se queixa das árvores que ca<strong>em</strong> com<br />

frequência durante os t<strong>em</strong>porais. A Rua Tapes virou um novo ponto de descarte<br />

irregular de lixo. Há duas caçambas de entulho no local por causa das obras de<br />

um prédio recém-construído. O lixo se acumula <strong>em</strong> volta das caçambas. Os<br />

moradores reclamam de calçadas estreitas e quebradas. Segundo os<br />

motoristas, há poucas ruas com acesso à Avenida dos Bandeirantes e à<br />

Avenida Moreira Guimarães.<br />

Uma grande área de lazer no Campo Belo com quadras e pista de skate, dentro<br />

de um piscinão na Avenida Jornalista Roberto Marinho, será destruído para a<br />

montag<strong>em</strong> do pátio dos trens do monotrilho. Quando chove, o espaço de lazer<br />

fica alagado por, pelo menos, duas s<strong>em</strong>anas. Faltam equipamentos culturais.


CAPÃO REDONDO<br />

Em Capão Redondo, há um único parque para uma população de 268 mil<br />

moradores. O Parque Santo Dias existe graças à luta da comunidade local.<br />

Após fazer um abaixo-assinado, associações conseguiram transformar o local<br />

abandonado <strong>em</strong> um espaço de cultura, lazer, prática esportiva e educação<br />

ambiental. O distrito t<strong>em</strong> apenas um espaço cultural da Prefeitura que não t<strong>em</strong><br />

salas de cin<strong>em</strong>a ou teatro. Um projeto liderado pela ONG Capão Cidadão<br />

contra a violência e o incentivo ao lazer reduziu a média de homicídios na<br />

região que, <strong>em</strong> 2000, era de 50 mortes de adolescentes por fim de s<strong>em</strong>ana.<br />

A construção de uma quadra de esportes para a comunidade onde antes era<br />

um lixão contribuiu com esse trabalho.<br />

As principais vias de Capão Redondo são a Estrada de Itapecerica, Avenida<br />

Carlos Caldeira Filho, Estrada do Campo Limpo e Avenida Ellis Maas. Todas<br />

marcadas pelos congestionamentos nos horários de pico. As duas estações do<br />

Metrô – Campo Limpo e Capão Redondo (Linha 5-Lilás) – estão<br />

sobrecarregadas. Os passageiros chegam a fazer fila para entrar nessas<br />

estações. No Terminal Capelinha, os ônibus para Largo São Francisco,<br />

Terminal Bandeira, Terminal João Dias e Metrô Jabaquara são insuficientes.<br />

São mais de 100 favelas, parte delas urbanizada, com energia, saneamento<br />

básico e asfalto. Com o prolongamento da Avenida Carlos Caldeira Filho,<br />

dev<strong>em</strong> ser desapropriadas cerca de 220 famílias que viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> moradias ao<br />

longo do córrego poluído. Os moradores da região reclamam do córrego. Muitos<br />

se queixaram da ausência de um representante da Prefeitura para dar mais<br />

informações sobre a obra. Ao lado do ecoponto na Cohab Adventista, a<br />

reportag<strong>em</strong> constatou uma montanha de lixo que se acumula <strong>em</strong> uma área<br />

ocupada pelo Parque Santo Dias.<br />

Três AMAs e dez unidades básicas de saúde são insuficientes para atender a<br />

população do Capão Redondo.<br />

JARDIM SÃO LUÍS<br />

O Córrego Ponte Baixa, que recebe o esgoto das favelas do Jardim São Luís,<br />

ainda não foi canalizado. Já houve registros de acidentes. Em 2010, uma<br />

mulher foi levada pelas águas desse córrego durante um t<strong>em</strong>poral. Em 2005,<br />

duas crianças foram tragadas pelas águas do Ponte Baixa. Depois dos<br />

acidentes, a Prefeitura prometeu canalizar o córrego. As casas localizadas nas<br />

margens foram retiradas. As famílias receb<strong>em</strong> o aluguel de 400 reais. A<br />

promessa era de que foss<strong>em</strong> construídos conjuntos habitacionais na região<br />

para realocar as pessoas. Depois de dois anos, o córrego continua s<strong>em</strong><br />

canalização e as famílias, s<strong>em</strong> moradia. No Jardim Letícia, um terreno da<br />

CDHU está abandonado há mais de cinco anos. A população reclama a área<br />

localizada na Viela 1, que fica entre as ruas Nicolau Marques e Miguel<br />

Damasceno. O local está abandonado, com mato alto, concentração de lixo e<br />

presença de ratos.<br />

A população do distrito também aguarda uma antiga reivindicação dos<br />

moradores da zona sul. Uma linha do Metrô para ligar os distritos de Capão<br />

Redondo e Jardim Ângela, o que beneficiaria qu<strong>em</strong> vive no Jardim São Luís. A<br />

estação poderia desafogar o trânsito na Estrada do M’Boi Mirim, nas avenidas


Guido Caloi e Maria Coelho Aguiar. Moradores aguardam a duplicação da<br />

Estrada do M’Boi Mirim e da Avenida Guarapiranga.<br />

Os dois hospitais públicos - Campo Limpo e M’Boi Mirim - são mal avaliados.<br />

No distrito, funcionam 13 unidades básicas de saúde e há um pouco mais de<br />

300 leitos hospitalares, segundo os dados da Rede Nossa São Paulo. Nas<br />

unidades básicas de saúde, a reclamação é a d<strong>em</strong>ora para marcar consultas e<br />

a falta de médicos.<br />

Na área da recém-construída EMEF M’Boi Mirim Dois, a população se queixa<br />

de que não há sinalização para pedestres na frente da escola e que a<br />

iluminação no local é muito fraca. O t<strong>em</strong>po de espera para conseguir uma vaga<br />

<strong>em</strong> creche é de dois anos. A espera também é longa <strong>em</strong> outros bairros.<br />

Segundo dados da Rede Nossa São Paulo, faltam quase cinco mil vagas <strong>em</strong><br />

creches no Jardim São Luís.<br />

No distrito, uma das únicas opções de lazer é uma quadra que fica na<br />

Comunidade Pro-Morar. Os moradores se queixam dos Clubes da Comunidade.<br />

O CDM Dorneles Vargas é pouco utilizado porque é necessário pagar para usar<br />

o campo. Em um terreno ao lado da Escola Municipal M’Boi Mirim Dois, na<br />

Avenida José Manoel Camisa Nova, no Parque Santo Antônio, onde deveria ser<br />

construído um CDM para o bairro, só se vê mato, lixo e entulho.<br />

SANTO AMARO<br />

A população reivindica a criação de um projeto de lei que garanta a<br />

revitalização do eixo histórico do distrito, que passa por pontos culturais<br />

importantes para a cidade, como na Praça Santa Cruz, local da antiga estação<br />

do tr<strong>em</strong> a vapor que se transformou <strong>em</strong> bonde. Em construção, estão as futuras<br />

estações Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista e Borba Gato, da Linha 5-Lilás. As<br />

estações são b<strong>em</strong>-vindas, mas a população t<strong>em</strong>e que a obra prejudique os<br />

pontos históricos.<br />

Três praças serão afetadas pela construção de sete piscinões. O projeto não<br />

inclui obras importantes como a da Galeria Pluvial do Brooklin, um gargalo que<br />

está assoreado.<br />

O distrito concentra mais de 160 mil vagas de trabalho. Esse cenário está<br />

prejudicando o atendimento na rede pública de saúde do distrito.<br />

Santo Amaro perdeu quase 70% da cobertura vegetal. A população reivindica<br />

há décadas a implantação do Parque Boa Vista. O processo está <strong>em</strong> discussão<br />

na Justiça.<br />

CIDADE ADEMAR<br />

S<strong>em</strong> opções de lazer, cultura e esporte, uma das principais preocupações dos<br />

moradores é o envolvimento de jovens com drogas. Bailes funk e pancadões<br />

tiram o sono de muita gente e aumentam o consumo de entorpecentes. Mesmo<br />

com registro de mortes e desabamentos <strong>em</strong> dias de t<strong>em</strong>poral, por causa do<br />

transbordamento do Córrego Cordeiro, famílias ainda viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> áreas de risco.


O Distrito de Cidade Ad<strong>em</strong>ar t<strong>em</strong> oito unidades básicas de saúde e oito AMAs,<br />

mas mesmo assim enfrenta probl<strong>em</strong>as no atendimento à população. Há<br />

pessoas que esperam há quatro anos por cirurgia.<br />

A Avenida Cupecê s<strong>em</strong>pre registra congestionamentos. Além dos carros, há<br />

ônibus que passam <strong>em</strong> mais de uma pista, porque os pontos da EMTU ficam do<br />

lado direito da via. Os coletivos municipais passam do lado esquerdo. À noite,<br />

quando não há tráfego intenso, os motoristas abusam da velocidade. A via é<br />

muito usada para a prática de rachas. Os moradores ped<strong>em</strong> mais radares e<br />

câmeras para controlar o trânsito.<br />

GRAJAÚ<br />

As ruas do distrito são mal sinalizadas. É raro encontrar uma placa indicando o<br />

nome da via. As casas são numeradas aleatoriamente. Além das moradias, as<br />

ruas e avenidas também estão mal sinalizadas.<br />

A região t<strong>em</strong> poucos s<strong>em</strong>áforos e faixas de pedestre. No cruzamento das<br />

avenidas Ascaz e Marta Maria Bernardes, as pessoas atravessam no meio do<br />

trânsito, s<strong>em</strong> nenhuma segurança.<br />

No Parque Recanto Cocaia, o esgoto corre a céu aberto e o cheiro forte entra<br />

nas casas. Muitas ruas não têm asfalto, o que dificulta o acesso às moradias.<br />

Faltam parques e praças para atender a população. No Jardim Myrna, os<br />

moradores afirmam que foram prometidos três parques que nunca saíram do<br />

papel. Na Avenida Antonio Carlos Benjamim dos Santos, uma praça foi<br />

reformada: a área verde foi substituída por concreto. À noite, a iluminação é<br />

fraca e os moradores reclamam que o local se tornou ponto de tráfico de<br />

drogas.<br />

CAMPO LIMPO<br />

O distrito do Campo Limpo conta com 15 creches municipais. Mesmo assim,<br />

faltam vagas para atender todas as crianças. A região t<strong>em</strong>, pelo menos, 30 mil<br />

moradores com menos de nove anos de idade.<br />

Em 2009, a Prefeitura inaugurou o Terminal Campo Limpo, que t<strong>em</strong> linhas<br />

diárias saindo para Pinheiros, Hospital das Clínicas, Praça Ramos de Azevedo,<br />

Aclimação, entre outros. No entanto, com a inauguração, diversas linhas de<br />

ônibus foram desativadas para a criação de novos itinerários partindo do<br />

terminal. Moradores de alguns bairros mais afastados do distrito, que antes<br />

usavam um único ônibus para ir até a Barra Funda, agora têm de ir até o<br />

terminal e, de lá, pegar outra condução. As viagens ficaram mais longas, os<br />

ônibus mais lotados e o t<strong>em</strong>po de espera nos pontos maior.<br />

MORUMBI<br />

Uma das principais reclamações é a construção do Monotrilho da Linha 17-<br />

Ouro. Os moradores argumentam que a obra não vai atender a d<strong>em</strong>anda de<br />

passageiros na região e causaria estragos <strong>aos</strong> bairros do entorno. Diversos<br />

prédios, casas e pontos comerciais terão de ser desapropriados. A população<br />

prevê transtornos com o barulho e a desvalorização de imóveis. Já para a


população de Paraisópolis, no distrito de Vila Andrade, o monotrilho é b<strong>em</strong><br />

vindo: será uma forma de encurtar o t<strong>em</strong>po de ida e volta ao trabalho. A<br />

população do Morumbi está cansada de ficar parada no trânsito. Pequenos<br />

trajetos se tornam longos por causa dos congestionamentos.<br />

Há probl<strong>em</strong>as de zeladoria. A Rua Maria Antonia Ladalardo está cheia de<br />

buracos largos e de grande profundidade. Já não há mais asfalto, tamanho o<br />

desgaste. Qu<strong>em</strong> precisa pegar ônibus na Marginal do Pinheiros faz o desvio por<br />

um morro. A trilha é improvisada e perigosa.<br />

Violência: Os moradores estão assustados com o aumento de assaltos a<br />

condomínios e residências.<br />

PARELHEIROS<br />

Transporte: distante quase 60km do centro da cidade, a região é atendida<br />

apenas por ônibus. Os moradores reclamam do longo intervalo entre os<br />

coletivos, que levam <strong>em</strong> média 40 minutos para passar. Os pontos de ônibus<br />

também são precários, como no Bairro Casagrande, onde postes de madeira<br />

cercados por mato alto marcam as paradas. As estradas precisam de<br />

manutenção: algumas ainda são de terra e poucas têm acostamento.<br />

Saneamento: alguns moradores não têm água encanada e a receb<strong>em</strong> de<br />

<strong>em</strong>presas instaladas nas proximidades. Esgoto quase ninguém t<strong>em</strong>, n<strong>em</strong><br />

mesmo nos condomínios. O Ministério Público investiga se houve<br />

contaminação da água e do solo da região por uma <strong>em</strong>presa de tintas. O risco<br />

preocupa os moradores.<br />

Meio-ambiente: apesar de possuir grandes áreas preservadas de Mata<br />

Atlântica, a região não é b<strong>em</strong> atendida pela coleta de lixo. As reservas estão<br />

tomadas por lixo e entulho.<br />

Educação: as famílias têm muita dificuldade para conseguir vagas <strong>em</strong> creches.<br />

Saúde: não há hospitais no distrito e os atendimentos com especialistas<br />

d<strong>em</strong>oram muito.<br />

MOEMA<br />

O distrito é dono do melhor índice de desenvolvimento humano da cidade.<br />

Trânsito: o comércio forte e o grande número de restaurantes atra<strong>em</strong> grande<br />

quantidade de pessoas ao bairro, o que complica o tráfego na região. Nos<br />

horários de pico, é quase impossível atravessar o distrito. Os moradores<br />

reclamam também da falta de estacionamentos. Os pedestres se queixam da<br />

velocidade com que os motoristas trafegam por dentro dos bairros.<br />

Bicicleta: a faixa de compartilhamento de bicicletas provocou muita polêmica<br />

entre os moradores. Eles se queixam de uma continuidade no projeto.<br />

Barulho: a proximidade com o aeroporto de Congonhas faz com que aviões<br />

pass<strong>em</strong> pelo distrito durante quase todo o dia, incomodando moradores e<br />

alunos das escolas de Mo<strong>em</strong>a. O barulho produzido pelos frequentadores dos<br />

bares e restaurantes também é alvo de críticas.


SAÚDE<br />

Os moradores das áreas do entorno do Aeroporto de Congonhas reivindicam a<br />

mudança do portão do terminal localizado na Avenida Jurandir no bairro<br />

residencial Vila Noca. A entrada está localizada <strong>em</strong> uma área irregular,<br />

segundo lideranças. A via virou estacionamento para carros por causa da<br />

proximidade com o aeroporto.<br />

O distrito não t<strong>em</strong> parques públicos. A população cobra do Aeroporto de<br />

Congonhas a implantação de um projeto para fazer a compensação ambiental.<br />

Na João Carlos Mallet com a Avenida dos Bandeirantes, falta indicação de<br />

estacionamento irregular.<br />

Duas torres de telefonia celular, no Planalto Paulista, são motivo de<br />

reclamação. Uma delas está na esquina da Avenida Nhandu com a Alameda<br />

Apetupás. Já houve até abaixo-assinado, <strong>em</strong> 2005, contra a torre. Segundo<br />

moradores, as torres provocam irradiações por todo o bairro. A área é<br />

residencial.<br />

Na Praça da Árvore, ao lado da estação Saúde do Metrô, existe uma<br />

concentração de usuários de drogas. Já na Avenida Indianópolis o probl<strong>em</strong>a é<br />

a prostituição. Os moradores se queixam de que o local virou um banheiro<br />

público.<br />

JABAQUARA<br />

O distrito concentra 70 comunidades carentes; 29 delas serão r<strong>em</strong>ovidas para<br />

a construção de um parque linear e para o prolongamento da Avenida<br />

Jornalista Roberto Marinho. As famílias estão sendo cadastradas para morar<br />

<strong>em</strong> conjuntos habitacionais, mas moradores reclamam da falta de informação.<br />

As favelas não têm saneamento básico. Na Comunidade Guian Corruíras, o<br />

córrego não está canalizado e recebe o esgoto de 500 casas.<br />

A população da Vila Facchini pede mais policiamento no local à noite, porque<br />

assaltos são constantes. Na Rua José Estevão de Magalhães, no bairro<br />

Campestre, a população reivindica melhorias na sinalização das vias.<br />

Acidentes de ônibus são frequentes por causa de uma valeta danificada. No<br />

Terminal Rodoviário do Jabaquara, um dos mais movimentados do país, há<br />

transporte clandestino <strong>em</strong> direção ao litoral sul paulista.<br />

Faltam médicos no Hospital Arthur Ribeiro de Saboya. Pacientes também<br />

reclamam do atendimento na UBS Vila Santa Catarina.<br />

SOCORRO<br />

Os córregos estão poluídos. O esgoto que passa na Rua Clara Mantelli e que<br />

sai da Escola Municipal Clara Nunes corre pela calçada e pela rua, até chegar<br />

<strong>em</strong> uma vila que não t<strong>em</strong> nome. Outros córregos deságuam na Represa<br />

Guarapiranga.<br />

No bairro de Veleiros, a população denuncia o abandono de uma viela que<br />

serve de ligação para os moradores do bairro alcançar<strong>em</strong> vias principais, como<br />

a Rua Clara Mantelli, onde t<strong>em</strong> uma UBS. Em Socorro, não há hospital público.


CIDADE DUTRA<br />

Ao lado da subprefeitura da Capela do Socorro, na Rua Jaburuna, no Jardim<br />

Cruzeiro, há um córrego sujo e com mau cheiro. Ele é somente um dos que<br />

des<strong>em</strong>bocam na Represa Guarapiranga. A Praça Pero Rodrigues, no fim da<br />

Avenida Atlântica com a Teotônio Vilela, está cheia de entulho e lixo. Duas<br />

quadras esportivas estão s<strong>em</strong> condições de uso. Nas favelas 19 e 20, os<br />

bueiros entupidos alagam quando chove.<br />

Os passageiros ped<strong>em</strong> melhorias nas linhas de ônibus para o terminal<br />

Bandeira e Largo São Francisco que sa<strong>em</strong> da Avenida Senador Teotônio<br />

Vilela. Na mesma avenida, os passageiros levam cerca de dez minutos para<br />

conseguir atravessar a via. Não há faixa de pedestre e os três s<strong>em</strong>áforos da<br />

avenida não permit<strong>em</strong> a passag<strong>em</strong> de qu<strong>em</strong> está a pé. Não há rampas de<br />

acesso para cadeirantes. Moradores relatam que as estações da CPTM -<br />

Autódromo, Primavera-Interlagos e Grajaú - estão sobrecarregadas.<br />

Nas favelas de Cidade Dutra a falta de espaços culturais é amenizada por<br />

projetos sociais. A violência diminuiu, mas o tráfico de drogas continua<br />

presente.<br />

Criminosos abordam moradores na porta das casas, depois do trabalho. Duas<br />

bases comunitárias móveis disponíveis para a população estão paradas por<br />

falta de policiais.<br />

CAMPO GRANDE<br />

Os moradores se preocupam com a desativação de fábricas e galpões e a<br />

incorporação de terrenos por grandes construtoras. Muitos prédios estão sendo<br />

construídos irregularmente e s<strong>em</strong> a fiscalização do poder público. Áreas verdes<br />

estão sendo devastadas.<br />

Histórias de violência sofrida pelos moradores não faltam. Bairros do distrito<br />

têm calçadas <strong>em</strong> más condições. As enchentes afetam a população do Jardim<br />

Consórcio há décadas.

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