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Existem terrenos em Lisboa e Vialonga a afundarem-se, diz estudo

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<strong>Exist<strong>em</strong></strong> <strong>terrenos</strong> <strong>em</strong> <strong>Lisboa</strong> e<br />

<strong>Vialonga</strong> a afundar<strong>em</strong>-<strong>se</strong>, <strong>diz</strong><br />

<strong>estudo</strong><br />

Por Redacção<br />

Detectou-<strong>se</strong> um afundamento de <strong>terrenos</strong> <strong>em</strong> <strong>Lisboa</strong> e na zona industrial de Alverca/<strong>Vialonga</strong>, de<br />

acordo com um <strong>estudo</strong> do Instituto Superior Técnico e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil<br />

(LNEC), publicado na edição online da revista norte-americana «R<strong>em</strong>ote Sensing of Environment».<br />

No caso dos <strong>terrenos</strong> <strong>em</strong> <strong>Vialonga</strong>, a situação torna-<strong>se</strong> mais complicada, já que a Auto-estrada do<br />

Norte e a linha do comboio poderão estar comprometidas.<br />

Segundo o <strong>estudo</strong>, os <strong>terrenos</strong> afundaram mais de 15 centímetros, entre 1993 e 2006, na<br />

<strong>se</strong>quência da sobreexploração de águas subterrâneas por parte das indústrias. No caso de <strong>Lisboa</strong>,<br />

os <strong>terrenos</strong> atingidos situam-<strong>se</strong> na zona das Laranjeiras.<br />

23:26 - 11-05-2011


Central de Cervejas nega responsabilidades no afundamento de<br />

<strong>terrenos</strong><br />

In<strong>se</strong>rido <strong>em</strong> 12-05-2011 19:48<br />

Empresa <strong>diz</strong> que 30% das suas necessidades de água provêm de furos e os<br />

limites definidos estão a <strong>se</strong>r cumpridos.<br />

A Central de Cervejas rejeita responsabilidades no afundamento de <strong>terrenos</strong> que está a<br />

verificar-<strong>se</strong> na zona industrial de Alverca/<strong>Vialonga</strong>.<br />

Nuno Pinto de Magalhães, director de comunicação da <strong>em</strong>presa, garante que apenas um<br />

terço da água utilizada provém de quatro furos artesianos locais.<br />

“Nós monitorizamos, regularmente, os níveis do lençol freático que exploramos e os<br />

indicadores que possuímos permit<strong>em</strong>-nos afirmar, com total clareza, que t<strong>em</strong>os um<br />

regime equilibrado de exploração”, afirma o responsável.<br />

Nuno Pinto de Magalhães adianta que a extracção de água a partir de furos t<strong>em</strong> uma<br />

licença ambiental, que estabelece os limites máximos de captação”.<br />

“Nos últimos três anos, face aos limites máximos atribuídos pelas autoridades<br />

ambientais, nós só utilizámos cerca de 58% a 66%”, sublinha o director de comunicação<br />

da Central de Cervejas, que garante ainda que os volumes captados de água são<br />

enviados periodicamente para a Rede Hidrográfica do Tejo e para a Agência Portuguesa<br />

do Ambiente.<br />

Um <strong>estudo</strong> do Instituto Superior Técnico e do Laboratório Nacional de Engenharia<br />

Civil, divulgado pela Renascença, indica que entre 1993 e 2006 os <strong>terrenos</strong> afundaram<br />

mais de 15 centímetros, numa área de <strong>se</strong>is quilómetros quadrados.<br />

Em causa está o excesso de exploração das águas subterrâneas levada a cabo pelas<br />

indústrias pre<strong>se</strong>ntes naquela região.


Duas zonas da Grande <strong>Lisboa</strong> estão a afundar<br />

Hoje<br />

Probl<strong>em</strong>a ocorre nas Laranjeiras, dentro da capital, e <strong>em</strong> <strong>Vialonga</strong>, onde <strong>se</strong> localizam as<br />

portagens da Alverca da Auto-Estrada do Norte.<br />

O jornal "Público" escreve que duas Zonas da Grande <strong>Lisboa</strong> - uma perto da<br />

estação de metro das Laranjeiras, na capital, e outra na vila de <strong>Vialonga</strong> (Vila<br />

Franca de Xira) - estão a afundar-<strong>se</strong> alguns milímetros por ano, revela um<br />

<strong>estudo</strong> internacional, que conta com a participação, pela parte portuguesa, de<br />

cientistas do Instituto Superior Técnico (IST) e do Laboratório Nacional de<br />

Engenharia Civil (LNEC).<br />

Embora não <strong>se</strong>ja grave por agora, o fenómeno pode vir a ter con<strong>se</strong>quências<br />

como danos nas casas, <strong>em</strong> esgotos, linhas de abastecimento de água,<br />

electricidade e gás, estradas e caminhos-de-ferro.


Solos<br />

<strong>Lisboa</strong> afunda 15 centímetros<br />

Exploração de águas subterrâneas explica instabilidade das terras.<br />

Por: João Saramago<br />

Uma área de <strong>se</strong>is quilómetros quadrados <strong>em</strong> <strong>Lisboa</strong>, com o <strong>se</strong>u centro na estação do<br />

Metro das Laranjeiras, afundou 15 centímetros entre 1993 e 2006, revela um <strong>estudo</strong> do<br />

Instituto Superior Técnico e do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC),<br />

publicado na revista norte-americana ‘R<strong>em</strong>ote Sensing of Environment’. Ob<strong>se</strong>rvações<br />

por satélite realizadas na Grande <strong>Lisboa</strong> indicam outra zona que colocou <strong>em</strong> alerta os<br />

investigadores. A zona industrial de <strong>Vialonga</strong>/Alverca sofre de um afundamento que<br />

atingiu os 17 centímetros <strong>em</strong> igual período.<br />

Para Sandra Heleno, investigadora do Instituto Superior Técnico que coordenou o<br />

<strong>estudo</strong>, "é urgente monitorizar o afundamentos dos <strong>terrenos</strong>". A engenheira acrescenta<br />

que no caso de Alverca, o abatimento "das terras resulta da sobreexploração das águas<br />

subterrâneas levada a cabo pelas indústrias".<br />

Em Alverca (Vila Franca de Xira) a notícia de que a cidade está a afundar não causa<br />

surpresa. Na avenida Infante D. Pedro, junto à estação dos comboios, são várias as<br />

habitações mais antigas que apre<strong>se</strong>ntam rachas.<br />

Para as vizinhas Irene Damásio e Gertrudes Ferreira, o maior probl<strong>em</strong>a é que a<br />

oscilação das terras <strong>se</strong>nte-<strong>se</strong> cada vez com mais intensidade. "Sinto constant<strong>em</strong>ente a<br />

terra a ceder. Diz<strong>em</strong> que resulta da trepidação dos comboios e camiões, mas tenho<br />

dúvidas, t<strong>em</strong> de <strong>se</strong>r algo mais grave", dis<strong>se</strong> Gertrudes Ferreira. Por sua vez, a vizinha<br />

Irene aponta para o muro e acrescenta: "A terra tr<strong>em</strong>e e os muros acabam por partir."<br />

COMBOIO E A1 SEM RISCOS<br />

A zona de risco por afundamento de Alverca inclui a Auto-Estrada do Norte (A1) e a<br />

linha de comboios do Norte. A Brisa, entidade que gere a A1 fez saber que "a autoestrada<br />

é monitorizada com regularidade e que não há dado nenhum no <strong>estudo</strong> do<br />

LNEC que permita <strong>diz</strong>er que a via está <strong>em</strong> risco". A Refer, entidade responsável pela<br />

linha férrea afasta também a existência de risco para os comboios.


Empresas também são responsáveis devido à sobre exploração de águas subterrâneas<br />

Alverca e <strong>Vialonga</strong> têm <strong>terrenos</strong> da zona industrial a<br />

afundar<strong>em</strong>-<strong>se</strong><br />

Um <strong>estudo</strong> realizado pelo Instituto Superior Técnico e o<br />

Laboratório Nacional de Engenharia Civil concluiu que <strong>Vialonga</strong> e<br />

Alverca estão a afundar-<strong>se</strong> alguns milímetros por ano. O motivo<br />

apontado é a sobre exploração de águas subterrâneas levada a<br />

cabo por algumas indústrias da região. Investigadora <strong>diz</strong> que é<br />

preciso monitorizar as zonas afectadas.<br />

Em treze anos os <strong>terrenos</strong> da zona industrial de Alverca e <strong>Vialonga</strong>, duas freguesias do concelho de Vila Franca de Xira, já afundaram<br />

mais de 15 centímetros numa área de <strong>se</strong>is quilómetros quadrados. As conclusões são de um <strong>estudo</strong> levado a cabo pelo Instituto Superior<br />

Técnico (IST) e Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).<br />

A investigação que saiu na edição on-line de uma das principais revistas internacionais da área do ambiente, a “R<strong>em</strong>ote Sensing of<br />

Environment”, concluiu que <strong>Vialonga</strong> é uma das zonas mais afectadas, especialmente os <strong>terrenos</strong> onde passa a auto-estrada do norte.<br />

Também a zona onde passa a linha do comboio, <strong>em</strong> Alverca, está a afundar-<strong>se</strong>. De acordo com o <strong>estudo</strong> publicado, entre 1993 e 2006,<br />

os <strong>terrenos</strong> afundaram mais de 15 centímetros devido à sobre exploração de águas subterrâneas levada a cabo pelas várias indústrias<br />

pre<strong>se</strong>ntes na região.<br />

No mesmo período, o terreno <strong>em</strong> <strong>Vialonga</strong> afundou, <strong>em</strong> média, 13 milímetros por ano. “A subsidência (movimento de descida) do<br />

terreno não ocorre de forma uniforme <strong>em</strong> toda a zona afectada, podendo por isso causar danos <strong>em</strong> estruturas de grande superfície ou<br />

comprimento, como fábricas, armazéns, linhas de abastecimento e drenag<strong>em</strong>, estradas e ferrovias”, explicou a investigadora do Instituto<br />

Superior Técnico que coordenou o <strong>estudo</strong>, Sandra Heleno.<br />

Já os edifícios com pequena área superficial, como as moradias e os prédios isolados não deverão <strong>se</strong>r afectados, pois tend<strong>em</strong> a<br />

acompanhar o terreno como um todo. A investigadora chamou a atenção para as fábricas e habitações localizadas na proximidade do<br />

Tejo uma vez que o movimento de descida aumenta o risco de inundação.<br />

Impedir o afundamento dos <strong>terrenos</strong> no curto prazo não é possível. “Deve-<strong>se</strong> à compactação gradual e lenta de camadas argilosas<br />

profundas que levarão algum t<strong>em</strong>po a responder às medidas de mitigação que venham a <strong>se</strong>r tomadas. Mesmo para um cenário de<br />

parag<strong>em</strong> completa de extracção de águas a subsidência deverá manter-<strong>se</strong> durante vários anos, diminuindo a sua velocidade<br />

gradualmente”, explica Sandra Heleno a O MIRANTE.<br />

O que é preciso é realizar uma monitorização acrescida dos <strong>terrenos</strong> nas zonas industriais de Alverca e <strong>Vialonga</strong>. O vice-presidente da<br />

Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, revelou no encontro sobre acessibilidades e rede viária que decorreu <strong>em</strong><br />

<strong>Vialonga</strong>, no dia 13 de Maio, que a autarquia desconhecia o <strong>estudo</strong> <strong>em</strong> causa. “Já de<strong>se</strong>nvolv<strong>em</strong>os os contactos com os responsáveis do<br />

<strong>estudo</strong> e <strong>em</strong> termos estruturais não existe qualquer probl<strong>em</strong>a para as habitações. Os moradores pod<strong>em</strong> ficar descansados. A câmara vai<br />

continuar a acompanhar o processo”.<br />

Financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, a investigação veio confirmar dados de um <strong>estudo</strong> anterior da União Europeia e<br />

da Agência Espacial Europeia. Também foi detectado um afundamento no centro de <strong>Lisboa</strong>, na zona das Laranjeiras, numa área de <strong>se</strong>is<br />

quilómetros quadrados situada entre a 2ª circular, Campo Grande/Entrecampos, Sete-Rios e Colégio Militar.


Duas zonas da Grande <strong>Lisboa</strong> estão a afundar-<strong>se</strong><br />

13.05.2011 - 11:04 Por Teresa Firmino<br />

Duas zonas da Grande <strong>Lisboa</strong> - uma perto da estação de metro das Laranjeiras, na<br />

capital, e outra na vila de <strong>Vialonga</strong> (Vila Franca de Xira) - estão a afundar-<strong>se</strong> alguns<br />

milímetros por ano, revela um <strong>estudo</strong> internacional, que conta com a participação, pela<br />

parte portuguesa, de cientistas do Instituto Superior Técnico (IST) e do Laboratório<br />

Nacional de Engenharia Civil (LNEC).<br />

Embora não <strong>se</strong>ja grave por agora, o fenómeno pode vir a ter con<strong>se</strong>quências como danos nas<br />

casas, <strong>em</strong> esgotos, linhas de abastecimento de água, electricidade e gás, estradas e caminhos‐<br />

de‐ferro.<br />

A descoberta na Grande <strong>Lisboa</strong>, num projecto europeu iniciado <strong>em</strong> 2004 para detectar a<br />

deformação do terreno <strong>em</strong> diferentes cidades europeias através de imagens de satélite,<br />

revelou‐<strong>se</strong> uma surpresa. É a primeira vez que o afundamento do solo ‐ ou subsidência ‐ é<br />

detectado numa zona urbana <strong>em</strong> Portugal, escreve a equipa de cientistas num artigo<br />

publicado, na terça‐feira, na edição online da revista R<strong>em</strong>ote Sensing of Environment. "Como<br />

era uma situação com impacto, levámos mais t<strong>em</strong>po a confirmar", conta Sandra Heleno,<br />

geofísica do IST e primeira autora do artigo. "Só quando estávamos convencidos de que a<br />

subsidência estava mesmo a acontecer é que publicámos [os resultados]."<br />

Os dados indicam que é na zona de <strong>Vialonga</strong> ‐ por onde passam as duas principais ligações<br />

terrestres entre <strong>Lisboa</strong> e o Porto, a Auto‐Estrada n.º 1 (A1) e a Linha do Norte da CP ‐ que o<br />

afundamento t<strong>em</strong> sido mais intenso. Dentro da zona afectada ficam as portagens da A1 <strong>em</strong><br />

Alverca.<br />

Entre 1992 e 2003, o solo afundou‐<strong>se</strong>, <strong>em</strong> média, 13 milímetros por ano <strong>em</strong> <strong>Vialonga</strong> ‐ o que<br />

dá cerca de 15 centímetros nes<strong>se</strong>s 11 anos, na parte mais afectada. Outros dados para<br />

<strong>Vialonga</strong> indicam que a velocidade do fenómeno, entre 1992 e 2006, foi de nove milímetros<br />

por ano, <strong>em</strong> média ‐ o que significa que, nes<strong>se</strong>s 14 anos, a zona <strong>se</strong> afundou cerca de 13<br />

centímetros.<br />

"O facto de <strong>Vialonga</strong> <strong>se</strong>r uma zona atravessada por linhas importantes, como a auto‐estrada e<br />

a ferrovia, e por <strong>se</strong>r mais próxima do Tejo, <strong>em</strong> que o risco de inundações pode agravar‐<strong>se</strong> com<br />

a subsidência, mostra como é importante dar atenção ao probl<strong>em</strong>a", <strong>diz</strong> Sandra Heleno. "Mas<br />

não quero causar alarme."<br />

Águas subterrâneas<br />

Para <strong>Vialonga</strong>, uma zona industrializada, a equipa con<strong>se</strong>guiu determinar a causa do probl<strong>em</strong>a:<br />

a exploração <strong>em</strong> excesso de águas subterrâneas. "Várias fábricas, de <strong>em</strong>presas internacionais<br />

de bebidas, de produtos químicos e agrícolas, operam na região. Geralmente, estas indústrias


têm consumos elevados de água", escreve a equipa, acrescentando que as três <strong>em</strong>presas mais<br />

importantes gastam, pelo menos, nove milhões de metros cúbicos de água por ano.<br />

Em 27 anos, o nível das águas subterrâneas na zona de <strong>Vialonga</strong> baixou 65 metros.<br />

"Encontrámos uma relação espacial entre o fenómeno da subsidência e a diminuição do nível<br />

da água <strong>em</strong> furos", realça Sandra Heleno. "A descida da água nos furos indica diminuição da<br />

pressão nas camadas geológicas que armazenam a água subterrânea, e esta diminuição de<br />

pressão é que causa o afundamento do solo", explica a geofísica.<br />

Em relação à cidade de <strong>Lisboa</strong>, é perto da estação de metro das Laranjeiras que o<br />

afundamento do solo é mais acentuado. Entre 1992 e 2006, a uma média de <strong>se</strong>is milímetros<br />

por ano, atingiu os oito centímetros. Mais lento do que nas Laranjeiras, ao ritmo de quatro<br />

milímetros por ano, o fenómeno também afecta a zona da cidade universitária. "Em <strong>Lisboa</strong>,<br />

não classificaria a subsidência como grave. É uma situação <strong>em</strong> que é necessário dar atenção,<br />

quando ainda é possível aplicar medidas de redução do risco de forma at<strong>em</strong>pada", <strong>diz</strong> a<br />

investigadora.<br />

Combate ao probl<strong>em</strong>a<br />

Na cidade de <strong>Lisboa</strong>, o abatimento do solo t<strong>em</strong> abrandado nos últimos anos. Entre 2003 e<br />

2010, as Laranjeiras passaram a afundar‐<strong>se</strong> à velocidade de cerca de dois milímetros por ano,<br />

refere Sandra Heleno, que já apre<strong>se</strong>ntou estes resultados numa conferência internacional. "É<br />

uma boa notícia."

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