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Episódios de uma “guerra”

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No porto <strong>de</strong> Taranto (Itália) a Sacadura era ansiosamente aguardada pela guarnição da Ivens. Realizada a<br />

“entrega”, rumou a Roberto Ivens a Lisboa, passando então a Sacadura, com mais uns <strong>de</strong>z navios <strong>de</strong> diferentes<br />

nacionalida<strong>de</strong>s, a integrar a “Naval On Call Force Mediterranean” (NAVOCFORMED).<br />

Nada <strong>de</strong> invasão entretanto. Os navios que integravam a força foram mandados regressar aos portos <strong>de</strong> origem<br />

no período das festas natalícias, ficando em pron?dão <strong>de</strong> 48 horas.<br />

Após merecido e curto <strong>de</strong>scanso em Lisboa, em meados <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1991 veio a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> reac?vação da<br />

Força. Tinha começado a <strong>“guerra”</strong>.<br />

De Lisboa seguiu-­‐se directamente para as imediações <strong>de</strong> Creta e, sem mais, iniciou-­‐se um período <strong>de</strong> vinte dias<br />

seguidos <strong>de</strong> patrulha na box <strong>de</strong>finida. Exceptuaram-­‐se os reabastecimentos no cais NATO <strong>de</strong> Creta, pelo período <strong>de</strong><br />

tempo estritamente indispensável para o efeito, ou as idas ao “posto <strong>de</strong> abastecimento” (petroleiro grego<br />

estrategicamente fun<strong>de</strong>ado e abrigado n<strong>uma</strong> das ilhas).<br />

Como “parceiro” <strong>de</strong> patrulha nesses 20 dias calhou-­‐me um contra-­‐torpe<strong>de</strong>iro grego o qual, provavelmente<br />

<strong>de</strong>vido à sua provecta ida<strong>de</strong>, em cada 2/3 dias <strong>de</strong> patrulha se impunha <strong>uma</strong> ida ao porto, <strong>de</strong> pelo menos 24 horas, por<br />

mo?vo <strong>de</strong> <strong>uma</strong> qualquer avaria.<br />

Entretanto, a guerra <strong>de</strong>senrolou-­‐se noutras paragens.<br />

Por Abril <strong>de</strong> 1991 regressámos a Lisboa, felizmente sem percalços.<br />

Para trás ficaram recordações inesquecíveis <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>“guerra”</strong>, que o não foi, e <strong>de</strong> <strong>uma</strong> excepcional guarnição que<br />

soube sempre estar à altura do que lhe era exigido.<br />

António Be,encourt

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