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Escola Secundária de Manuel Teixeira Gomes - Portimão - 2010/2011<br />
Aluno: Anne Geerlings | e-mail: anne_geerlings_tennis@hotmail.com | Nº: 02<br />
<strong>Orfeu</strong> e <strong>Eurídice</strong><br />
Quem é <strong>Orfeu</strong>?<br />
A morte de <strong>Eurídice</strong>.<br />
Descida aos Infernos.<br />
A morte de <strong>Orfeu</strong>.<br />
Depois da morte.<br />
Grego | Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades<br />
12.º ano de escolaridade | Turma: E<br />
O mito de <strong>Orfeu</strong> é um dos mais obscuros e carregados de simbolismo que a<br />
mitologia helénica conhece. <strong>Orfeu</strong> era o filho de Eargo, rei da Trácia, e da Musa Calíope.<br />
A sua Glória provém dos seus dons de poeta e de músico. Apolo ofereceu-lhe uma lira e<br />
as Musas ensinaram-no a tocá-la, <strong>Orfeu</strong> tocava com tal perfeição que até as feras o<br />
seguiam, as árvores e as plantas se inclinavam na sua direcção e os homens mais rudes<br />
se acalmavam.<br />
<strong>Orfeu</strong> amava profundamente a musa <strong>Eurídice</strong> e eles eram casados. Certo dia,<br />
quando a ninfa passeava na margem do vale de rio Peneu, foi perseguisa por Aristeu,<br />
que a pretendia violar. Ao fugir, ela pisou uma serpente que a mordeu e <strong>Eurídice</strong> acabou<br />
por morrer.
A morte da sua esposa fez com que <strong>Orfeu</strong> ficou tão triste e fechado, fugindo do<br />
convívio humano só conseguindo pensar em <strong>Eurídice</strong>. A sua música só cantava o amor<br />
por <strong>Eurídice</strong>. Por fim, ele resolveu descer aos infernos para procurá-la. Com a sua lira,<br />
encantava os monstros e os deuses, Sísifo era condenado a rolar uma pedra para cima<br />
da montanha que acabava sempre por cair, obrigando-lhe a repetir a tarefa eternamente,<br />
a rocha equilibrou-se com a ajuda da lira do <strong>Orfeu</strong>. Tântalo, que tinha sempre fome e<br />
sede, ao som da lira, esqueceu-se da fome e sede eterna. As Danaidas que tentavam<br />
encher de água um tonel furado mas a música fez descuidar da tarefa ingrata. Hades e<br />
Perséfone devolveram <strong>Eurídice</strong> a um esposo que dá uma tal prova de amor. Apenas lhe<br />
impuseram uma condição: ao longo da viagem, até a saída do reino das Trevas, <strong>Orfeu</strong><br />
não se podia virar para trás para a ver. Quase a saída do reino, uma dúvida terrível lhe<br />
veio a cabeça: Perséfone não o tinha enganado? Ele vira-se para trás e vê <strong>Eurídice</strong><br />
desaparecer pela segunda vez. Em vãu, tenta voltar mas a entrada é-lhe recusada.<br />
A morte de <strong>Orfeu</strong> deu origem a muitas tradições. A história mais comum é que foi<br />
morto pelas mulheres da Trácia porque elas o odiavam pela sua fideldade à memória de<br />
<strong>Eurídice</strong>..<br />
Depois de as mulheres da Trácia terem morto <strong>Orfeu</strong>, lançaram os fragmentos ao<br />
rio, que os levou até ao mar. A cabeça e a lira chegaram a Lesbos. Os habitantes<br />
ergueraram-lhe um túmelo. Lesbos é, por isso, a terra da poesia lírica. Existem imensas<br />
lendas curiosas acerca do túmelo de <strong>Orfeu</strong>.<br />
Referências Bibliográficas:<br />
1. Grimal, Pierre (1992). Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Tradução de Victor Jabouille. Lisboa: Difel.<br />
2. Hacquard, Georges. Dicionário de Mitologia Grega e Romana. Edições ASA.<br />
3. Graves, Robert (1990). Os mitos gregos - 1˚volume. Publicações Dom Quixote – Lisboa.<br />
4. Pealinck, Joseph. Orpheus and Eurydice. Oil on Canvas. 1996<br />
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