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www.omossoroense.com.br<br />

E<br />

u os vejo inesperadamente<br />

em todas as ruas<br />

por onde transito descontraído,<br />

sendo-me impossível<br />

não me quedar perplexo e<br />

feliz a um só tempo por vê-los,<br />

pois os admiro pela coragem e<br />

vigor de ultrapassar barreiras<br />

e por vê-los como se fossem<br />

símbolos da vida, ali sozinhos<br />

à mercê do repentino, como<br />

que conduzidos por bengalas,<br />

claudicando, mas ainda assim<br />

destemidos,enfrentando o frio<br />

cortante ou o sol ardente, vencendo<br />

as dificuldades das manhãs,<br />

das tardes e das noites,<br />

mas ainda assistindo-os aos tropeções<br />

nas calçadas, os semáforos<br />

abrindo e fechando mais<br />

depressa do que eles conseguem<br />

caminhar, o trânsito enlouquecido<br />

buzinando às suas<br />

costas para que saiam do caminho,<br />

as pessoas enlouquecidas<br />

pela correria sacolejandoos<br />

para lá e para cá como a sugerir<br />

que voltem para o conforto<br />

de seus lares e aproveitem<br />

os últimos anos. Nada disso,<br />

não, nenhum argumento os<br />

convence de fugir da movimen-<br />

VARIEDADES<br />

DICAS GRAMATICAIS<br />

BENJAMIMLINHARES2@HOTMAIL.COM<br />

Série de expressões curiosas e seus significados:Vejamos as que já foram<br />

publicadas:de mão beijada;dar uma canja;cuspido e escarrado;de meiatigela;<br />

cabra da peste; céu de brigadeiro; culpa no cartório; a pressa é inimiga<br />

da perfeição; bode expiatório; o pomo da discórdia; pôr a mão no<br />

fogo;rodar a baiana;o calcanhar de Aquiles;navegar é preciso,viver não<br />

é preciso;é de tirar o chapéu; vá plantar batatas;virar a casaca;tirar o cavalo<br />

da chuva; segurar vela; jurar de pés juntos; motorista barbeiro; enfiar<br />

o pé na jaca; do tempo da onça; à beça; dar com os burros n’água; ok;<br />

guardar a sete chaves;pensando na morte da bezerra;onde Judas perdeu<br />

as botas; rasgar seda; para inglês ver; o pior cego é o que não quer ver; a<br />

dar com o pau; conto do vigário; voto de Minerva; vá se queixar ao bispo;<br />

casa da mãe-joana; estômago de avestruz; vai tomar banho; o canto<br />

do cisne; água mole em pedra dura, tanto bate até que fura; lua de mel; eles<br />

que são brancos que se entendam; da cor de burro quando foge; dar<br />

a mão à palmatória; as paredes têm ouvidos; baderna; a cobra vai fumar;<br />

pano pras mangas; não entendo patavinas; olhos de lince; presente de<br />

grego; homem não chora; santinha do pau oco; sem eira nem beira; n-<br />

Continuação do tópico acima...<br />

ARCO-ÍRIS<br />

Na mitologia grega, Íris era a mensageira da deusa Juno. Como<br />

descia do céu num facho de luz e vestia um xale de sete cores, deu<br />

origem à palavra arco-íris. A divindade deu origem também ao termo<br />

íris, do olho.<br />

BOI NA LINHA<br />

A primeira estrada de ferro do Brasil foi construída pelo Barão de<br />

Mauá e ia de Raiz da Serra a Petrópolis. O projeto não previa a<br />

colocação de cercas ao redor dos trilhos, por isso é comum que rebanhos<br />

de bois cruzassem ou até deitassem nas linhas. Isso obrigava<br />

os ferroviários a pararem a máquina para expulsar os animais do<br />

caminho. Por isso surgiu a expressão "tem boi na linha".<br />

gilbamarbezerra@ig.com.br<br />

GILBAMAR DE OLIVEIRA<br />

VELHOS? QUE NADA!<br />

tação ruidosa das ruas e avenidas,<br />

ninguém é capaz de<br />

prendê-los ao sofá, às camas e<br />

à solidão. Embora idosos, enrugados,<br />

talvez até mesmo enfermos,<br />

preferem viver da forma<br />

mais normal que a capacidade<br />

física e cerebral lhes permite.São<br />

a população da terceira<br />

idade de Buenos Aires.<br />

Eles estão em todos os lugares<br />

da cidade, nas cafeterias<br />

bebericando cafezinhos ao lados<br />

dos amigos jogando conversa<br />

fora, lendo jornais ou li-<br />

CURIOSIDADES<br />

henhenhém; negócio da China; sem papas na língua; de pequenino é<br />

que se torce o pepino; mais vale um pássaro na mão que dois voando;<br />

bicho de sete cabeças; pôr a carapuça; elefante branco; ver passarinho<br />

verde; com a corda toda; farinha do mesmo saco; maria vai com as outras;<br />

comer com os olhos; ave de mau agouro; apressado come cru; tapar<br />

o sol com a peneira; batismo de fogo; favas contadas; com o rei na barriga;<br />

botar panos quentes; amigo da onça; andar à toa; surdo como uma<br />

porta; emenda pior que o soneto; erro crasso; testa de ferro; passar a<br />

mão pela cabeça; salvo pelo gongo; fazer ouvido de mercador; chato de<br />

galocha; memória de elefante; ficar a ver navios; estar com a corda no<br />

pescoço; como sardinha em lata; afogar o ganso; chorar as pitangas; pagar<br />

o pato; sangria desatada; quintos dos infernos; a toque de caixa; pôr<br />

em pratos limpos; queimar as pestanas; estar de paquete; lágrimas de<br />

crocodilo; nos trinques, a vaca foi pro brejo; cheiode nove horas; névoa<br />

baixa, sol que racha; da pá virada; a voz do povo é a voz de Deus; fila indiana;<br />

até aí morreu o Neves; chegar de mãos abanando; abraço de<br />

tamanduá; fazer nas coxas; dourar a pílula.<br />

CURIOSIDADES II<br />

CARA DE QUEM COMEU E NÃO GOSTOU<br />

Quem conta a história é o conselheiro Zacarias de Goes e Vascondes.<br />

A princesa napolitana Teresa Maria Cristina de Bouborn foi<br />

apresentada a Dom Pedro II através de um desenho, onde<br />

capricharam demais, pois ela era muito feia. Quando ela desembarcou<br />

no Brasil foi uma decepção. Depois da noite de núpcias, Goes<br />

e Vasconcelos teriam sussurrado a outros assessores: "O imperador<br />

tá com "cara de quem comeu e não gostou".<br />

DO ARCO-DA-VELHA<br />

Coisas do arco-da-velha são coisas inacreditáveis, absurdas. Arcoda-velha<br />

é como é chamado o arco-íris em Portugal,e existem muitas<br />

lendas sobre suas propriedades mágicas. Uma delas é beber a água<br />

de um lugar e devolvê-la em outro - tanto que há quem defenda que<br />

"arco-da-velha" venha de arco da bere ("de beber", em italiano).<br />

vros, olhando quem passa e<br />

quem entra e sai, nas lojas e<br />

nos supermercados fazendo<br />

compras, nas livrarias, nas farmácias,atravessando<br />

de um lado<br />

para o outro das largas ruas,<br />

nas padarias, nas confeitarias,<br />

nas lavanderias, nas praças.<br />

Quem como eu os avista mentalmente<br />

os respeita e canta louvores<br />

à existência, ri emocionado,para<br />

e os contempla imaginando<br />

quanto anos teriam.<br />

Aquele curvado pelo tempo,teria<br />

mais de oitenta? A aparên-<br />

cia não nega; e a senhora toda<br />

enfeitada com colares, pulseiras,<br />

bolsa de marca, cabelos e<br />

lábios pintados, a pele do rosto<br />

já completamente maracujada,<br />

lá vai ela decidida para algum<br />

lugar da capital, decerto<br />

uma sorveteria, talvez uma cafeteria<br />

para encontrar as amigas<br />

e papear o dia todo. Como<br />

acho belíssimo esse lado dos<br />

idosos de Buenos Aires!<br />

Não, em nenhum momento<br />

testemunhei hesitação em<br />

seus olhares e gestos. Embora<br />

caminhem devagar e algumas<br />

vezes cansados, seguem intimoratos,<br />

vão para onde realmente<br />

desejam ir,não demonstram<br />

qualquer temor ao impossível,<br />

às próximas esquinas, às<br />

multidões, não honram o medo.<br />

São mais eles, não se preocupam<br />

se alguma ameaça sombria<br />

do coração lhes perpassa<br />

o instante, o amanhã também<br />

é deles como foi o ontem e continua<br />

sendo o hoje. Parecem<br />

personagens de um passado<br />

que ainda não passou, que insistem<br />

em permanecer se segurando<br />

nas pontas, criaturas de<br />

um outrora que ousam lutar<br />

com o agora,são provavelmente<br />

assim,à guisa de folhas agarradas<br />

às árvores, malgrado a<br />

força do vento que os sacode,<br />

da chuva que os castiga e do<br />

sol que os escalda.<br />

Tenho-os em conta de titãs<br />

destemidos, de guerreiros dispostos<br />

a lutar dia após dia a batalha<br />

da existência. Por não<br />

acreditarem que a velhice é o<br />

fim prosseguem, por não aceitarem<br />

apoquentar seus dias cuidando<br />

de netos insubordinados<br />

Domingo, 6 de novembro de 2011 - 7<br />

RAPIDINHAS<br />

* Há duas semanas começamos a falar sobre as<br />

classes de palavras da nossa língua portuguesa, que<br />

são dez. Falamos do substantivo, do artigo e vamos<br />

agora estudar o adjetivo.<br />

* Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou<br />

característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de<br />

um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo,<br />

percebemos que além de expressar uma qualidade,<br />

ela pode ser "encaixada perfeitamente" ao lado de um<br />

substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.<br />

Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,<br />

não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem<br />

bondade, moça bondade, pessoa bondade.<br />

Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.<br />

* O adjetivo pode ser simples, composto, primitivo<br />

e derivado. O simples é formado por um só radical.<br />

Ex:. brasileiro, escuro, magro, cômico. O composto é<br />

formado por mais de um radical. Ex:. luso-brasileiro,<br />

castanho-escuro. O primitivo é aquele que dá origem<br />

a outros adjetivos. Ex:. belo, bom, feliz, puro. E o derivado<br />

é aquele que deriva de substantivos ou verbos.<br />

Ex:. belíssimo, bondoso, magrelo.<br />

* Os adjetivos também podem ser classificados como<br />

explicativo e restritivo. O explicativo exprime qualidade<br />

própria do ser. Ex:. neve fria. O restritivo exprime qualidade<br />

que não é própria do ser. Ex:. fruta madura.<br />

* Há também o adjetivo pátrio que é aquele que indica<br />

a nacionalidade ou lugar de origem do ser. Ex:.<br />

Alagoas - alagoano, Brasília - brasiliense. Há também<br />

o adjetivo pátrio composto que é aquele que o primeiro<br />

elemento aparece na forma reduzida. Ex:. lusobrasileiro,<br />

greco-romano, afro-americano etc...<br />

ou de cães e gatos rebeldes da<br />

casa vão em frente, abrem picadas<br />

na mata densa, desvirginam<br />

veredas e estradas,são vanguarda<br />

de uma nova era do viver<br />

humano. Parabéns a esses<br />

homens e mulheres altivos não<br />

subjugados à idade nem às<br />

brancas cãs ou à pele engelhada,<br />

merecem o reconhecimento<br />

geral da sociedade por sua altivez<br />

e vontade únicas de continuar<br />

semeando a vida,as plantas<br />

e a si próprios apesar da ditadura<br />

do tempo.Para mim,são<br />

dóceis e vigorosos exemplos de<br />

que não somente os jovens têm<br />

direito à liberdade de fazer as<br />

próprias rotas, de pisar as próprias<br />

trilhas, de sair por aí à toa<br />

e sem destino, quem sabe dando<br />

uma esticadinha para a próxima<br />

cafeteria no intuito de tomar<br />

um cafezinho expresso puro<br />

ou com leite e ler as últimas<br />

notícias do dia porque,afinal de<br />

contas, é preciso estar atento<br />

aos acontecimentos do mundo<br />

tanto para saber mais quanto<br />

para se preparar para o porvir.<br />

Precisam estar prontos para o<br />

futuro, claro.

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