Estudo de Comportamento de Consumo – Segmento ... - Sebrae Pr.
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<strong>Pr</strong>oduto <strong>de</strong> Inteligência Setorial<br />
<strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong> <strong>–</strong><br />
<strong>Segmento</strong> <strong>de</strong> Vestuário, Calçados e Acessórios<br />
Março <strong>de</strong> 2011<br />
<strong>Pr</strong>ojeto:<br />
Outsourcing <strong>de</strong> Inteligência Setorial do SEBRAE/PR<br />
Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Pr</strong>ogramas Estaduais<br />
1
Resumo Executivo<br />
<strong>Pr</strong>incipais Conclusões do <strong>Estudo</strong> Aspectos Abordados<br />
Jovens são mais influenciáveis, se importam mais com sua imagem perante<br />
a socieda<strong>de</strong> e o grupo a que pertencem<br />
Idosos querem parecer mais novos, precisam <strong>de</strong> roupas confortáveis e<br />
tratamento personalizado<br />
Homens são objetivos, diretos só compram o necessário<br />
Mulheres enten<strong>de</strong>m <strong>de</strong> moda. Para elas fazer compras é lazer e não se<br />
fazem <strong>de</strong> rogadas <strong>de</strong> utilizar seu cartão <strong>de</strong> crédito para saciar o seu <strong>de</strong>sejo.<br />
As lojas físicas são o canal <strong>de</strong> compras mais utilizado. Permitem ao cliente o<br />
contato com o vestuário, fator primordial no processo <strong>de</strong> seleção<br />
O e-commerce é o canal que mais cresce no país no setor do vestuário.<br />
Contudo, muitas barreiras ainda impe<strong>de</strong>m a sua evolução, tais como as<br />
limitações impostas pela inexistência <strong>de</strong> contato: sentir o tecido, verificar<br />
qualida<strong>de</strong>, caimento, etc.<br />
As vendas diretas vêm crescendo <strong>de</strong> forma consistente nos últimos 5 anos e<br />
po<strong>de</strong> ser um diferencial se conjugado com os <strong>de</strong>mais, principalmente junto às<br />
classes C e D.<br />
Os meios <strong>de</strong> pagamento eletrônico apresentam franco crescimento. Sua<br />
utilização é maior entre as mulheres, especialmente o cartão <strong>de</strong> crédito. O<br />
vestuário é o segmento <strong>de</strong> mercado em que os meios eletrônicos são mais<br />
empregados<br />
O consumo via dinheiro está se limitando às classes mais baixas e para<br />
aquisição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> baixo valor.<br />
O cheque ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>saparecer com a ampliação do crédito e a melhor<br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> limites para os cartões.<br />
Grupos Populacionais<br />
<strong>Consumo</strong> Infantil<br />
Jovens<br />
Mulheres na Maturida<strong>de</strong><br />
Terceira Ida<strong>de</strong><br />
Classes Sociais<br />
<strong>Consumo</strong> por Gênero<br />
Canais<br />
Lojas Físicas<br />
E-commerce<br />
Vendas Diretas<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento<br />
Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento<br />
Dinheiro<br />
Cheque<br />
Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />
Cartão <strong>de</strong> Débito<br />
Cartões <strong>Pr</strong>ivate Label<br />
<strong>Pr</strong>eferência <strong>de</strong> lojistas e consumidores<br />
2
Agenda<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Como as pessoas consomem vestuário?<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />
3
Influências<br />
Situacionais<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
O que influência o <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Consumo</strong>?<br />
Influências<br />
Culturais<br />
<strong>Comportamento</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />
Influências<br />
Sociais<br />
Influências Culturais<br />
Sub-culturas: status social, aspectos etnográficos e<br />
geográficos<br />
Classe Social: no sentido mais amplo abrangendo não só<br />
a renda, mas a ocupação, grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, prestígio<br />
social, padrões <strong>de</strong> comportamento, valores, po<strong>de</strong>r, etc.<br />
Influências Sociais<br />
Família: Núcleo <strong>de</strong> pessoas que vive em torno do<br />
consumidor<br />
Grupos <strong>de</strong> Referência: amigos <strong>de</strong> escola e <strong>de</strong> trabalho,<br />
associações, etc.<br />
i. Normas;<br />
ii. <strong>Pr</strong>ocessos <strong>de</strong> comparação e influências<br />
Influências Situacionais<br />
Situações <strong>de</strong> Comunicação<br />
Situações <strong>de</strong> Uso<br />
Situações <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />
i. Ambientes físicos<br />
ii. Ambientes Sociais<br />
iii. Tempo<br />
iv. Ativida<strong>de</strong>s<br />
v. Estados antece<strong>de</strong>ntes ao consumo<br />
4
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
<strong>Pr</strong>ocesso <strong>de</strong> Decisão <strong>de</strong> Compra<br />
O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra por parte do consumidor é realizado em sete etapas principais: i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s,<br />
busca <strong>de</strong> informações, avaliação <strong>de</strong> alternativas, compra, consumo, avaliação e <strong>de</strong>scarte.<br />
Em cada uma <strong>de</strong>las há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influência por parte dos varejistas, motivando o consumo <strong>de</strong> bens e serviços por parte dos<br />
clientes nas lojas, nos sites ou através dos catálogos.<br />
I<strong>de</strong>ntificação da<br />
Necessida<strong>de</strong><br />
Busca <strong>de</strong> Informações<br />
Avaliações <strong>de</strong><br />
Alternativas <strong>Pr</strong>é-compra<br />
Descarte Avaliação<br />
Compra<br />
<strong>Consumo</strong><br />
5
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
<strong>Pr</strong>ocesso <strong>de</strong> Decisão <strong>de</strong> Compra<br />
No entanto, este estudo se concentra na análise dos comportamentos e preferências <strong>de</strong>monstrados pelos grupos consumidores até o<br />
processo <strong>de</strong> consumo. Este entendimento auxiliará na formulação <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> atuação por parte das MPEs com o auxilio do<br />
SEBRAE/PR.<br />
Desta forma, objetiva-se i<strong>de</strong>ntificar como as MPEs <strong>de</strong>vem agir para motivar o processo <strong>de</strong> compra por parte <strong>de</strong> seus clientes.<br />
I<strong>de</strong>ntificação da<br />
Necessida<strong>de</strong><br />
Foco do <strong>Estudo</strong><br />
Busca <strong>de</strong> Informações<br />
Avaliações <strong>de</strong><br />
Alternativas <strong>Pr</strong>é-compra<br />
Descarte Avaliação<br />
Compra<br />
<strong>Consumo</strong><br />
6
Outros produtos*<br />
Tecido vestuário e<br />
calçados<br />
Alimentos, bebidas e<br />
fumo<br />
Material <strong>de</strong><br />
Construção<br />
Farmacêuticos e<br />
cosméticos<br />
Lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pt, eletrod<br />
e móveis<br />
Equip <strong>de</strong> info e<br />
escritório<br />
Combustíveis<br />
Hiper e<br />
Supermercados<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
Por que o segmento <strong>de</strong> vestuário, calçados e<br />
acessórios?<br />
Número <strong>de</strong> empresas, empregos gerados e massa salarial por segmento (2008)<br />
Empresas<br />
42.387<br />
32.580<br />
27.105<br />
81.906<br />
71.351<br />
114.882<br />
211.874<br />
195.892<br />
186.874<br />
191<br />
Empregos<br />
(em mil empregados)<br />
279<br />
388<br />
513<br />
600<br />
769<br />
834<br />
864<br />
872<br />
Massa Salarial Anual<br />
(em R$ milhões)<br />
Como observado por meio dos gráficos acima, o setor do vestuário é o mais representativo do Varejo em número <strong>de</strong> empresas no<br />
país. Além disso, é o segundo na geração <strong>de</strong> emprego e na geração <strong>de</strong> renda para a população brasileira.<br />
Além disso, o vestuário tem um apelo simbólico muito característico, on<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra dos indivíduos fica<br />
patente. Aspecto que corrobora sua relevância como segmento foco <strong>de</strong>ste estudo.<br />
2.470<br />
2.603<br />
3.867<br />
5.741<br />
5.452<br />
5.724<br />
7.720<br />
7.278<br />
7.808<br />
7
Objetivo<br />
<strong>Pr</strong>ocesso <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
1<br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Analisar os principais indicadores<br />
socioeconômicos que influenciam o<br />
consumo <strong>de</strong> produtos por parte das<br />
pessoas<br />
Crescimento Populacional<br />
Distribuição <strong>de</strong> Renda<br />
Organização Familiar<br />
Acesso a crédito<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
Metodologia <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
2 3<br />
Análise do <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Consumo</strong><br />
Analisar como as pessoas consomem<br />
vestuário no Brasil e no mundo com<br />
base em pesquisas e entrevistas com<br />
especialistas do setor <strong>de</strong> varejo<br />
Grupos Populacionais<br />
Canais <strong>de</strong> Compra<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e<br />
Direcionamentos para as<br />
MPEs<br />
Enten<strong>de</strong>r as principais implicações para<br />
as MPEs e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação<br />
para as mesmas e para o SEBRAE/PR<br />
Quais as implicações para as MPEs?<br />
Quais são as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação?<br />
O que há no mercado que po<strong>de</strong> ser aproveitado?<br />
Direcionamento para a atuação do SEBRAE/PR<br />
8
Agenda<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />
9
Segundo dados preliminares do último censo, a pirâmi<strong>de</strong> etária brasileira apresenta uma forma <strong>de</strong> pêra, ou seja, as faixas entre 0 e 9<br />
anos apresentam um número inferior as faixas imediatamente superiores. Além disso, nota-se o aumento da expectativa <strong>de</strong> vida,<br />
principalmente entre as faixas <strong>de</strong> 35 a 69 anos.<br />
A recente evolução econômica, que aumentou a renda dos brasileiros, o avanço da medicina, o apelo a estilos <strong>de</strong> vida mais saudáveis e<br />
o menor número <strong>de</strong> filhos por casal são fatores que colaboram para o envelhecimento da população. As projeções para 2020 confirmam<br />
esta tendência.<br />
É importante consi<strong>de</strong>rar que há um maior número <strong>de</strong> pessoas em ida<strong>de</strong> economicamente ativa, e que os próprios idosos representam<br />
uma faixa etária com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo a ser aproveitado pelo setor <strong>de</strong> vestuário.<br />
Pirâmi<strong>de</strong> etária brasileira 2010 <strong>Pr</strong>ojeção da pirâmi<strong>de</strong> etária brasileira - 2020<br />
80+<br />
75-79<br />
70-74<br />
65-69<br />
60-64<br />
55-59<br />
50-54<br />
45-49<br />
40-44<br />
35-39<br />
30-34<br />
25-29<br />
20-24<br />
15-19<br />
10-14<br />
5- 9<br />
0- 4<br />
Fonte: IBGE<br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Como está a população brasileira?<br />
10 5 0 5 10<br />
Feminino Masculino<br />
80+<br />
75-79<br />
70-74<br />
65-69<br />
60-64<br />
55-59<br />
50-54<br />
45-49<br />
40-44<br />
35-39<br />
30-34<br />
25-29<br />
20-24<br />
15-19<br />
10-14<br />
5- 9<br />
0- 4<br />
10 5 0 5 10<br />
Feminino Masculino<br />
*Em milhões <strong>de</strong> pessoas *Em milhões <strong>de</strong> pessoas<br />
10
Aspectos Socioeconômicos<br />
Composição das Famílias<br />
Entre 1998 a 2009, percebe-se o aumento na proporção <strong>de</strong> casais sem filhos. Este fato indica que o país segue a tendência das nações<br />
mais ricas, em que ter filhos não é mais uma conseqüência inevitável do casamento.<br />
Em geral, estes casais têm menos <strong>de</strong> 40 anos e vivem nas regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste. Meta<strong>de</strong> trabalha com carteira assinada, contra 35% da<br />
média nacional, e sua renda mensal é pelo menos 70% maior do que a <strong>de</strong> casais com filhos. Com isso, seu padrão <strong>de</strong> consumo é mais alto.<br />
Dentre as razões para a diminuição da proporção <strong>de</strong> casais com filhos estão: o ingresso da mulher no mercado <strong>de</strong> trabalho e o elevado<br />
custo <strong>de</strong> educar filhos.<br />
Além disso, há um maior contingente <strong>de</strong> pessoas que moram sozinhas. Este dado é consequência <strong>de</strong> três gran<strong>de</strong>s motivadores: o fato das<br />
pessoas se casarem mais tar<strong>de</strong>; das pessoas se separarem mais; e dos idosos estabelecerem residência <strong>de</strong> forma individual.<br />
Distribuição percentual <strong>de</strong> arranjos familiares no Brasil (%)<br />
8,4<br />
11,5<br />
Pessoas que moram<br />
sozinhas<br />
Fonte: IBGE<br />
13,3<br />
17,4<br />
55,8<br />
47,3<br />
Casal sem filhos Casal com filhos<br />
1998 2009<br />
Habitantes por Domicílio no Brasil - <strong>Pr</strong>ojeção 2016<br />
3,6<br />
3,5<br />
3,4<br />
3,3<br />
3,2<br />
3,1<br />
3<br />
2,9<br />
2,8<br />
2,7<br />
2005<br />
2006<br />
2007<br />
2008<br />
2009<br />
2010<br />
2011<br />
2012<br />
2013<br />
2014<br />
2015<br />
2,97<br />
2016<br />
11
Evolução da distribuição <strong>de</strong> renda no Brasil<br />
Fonte: FGV<br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Classes Econômicas<br />
O aumento do acesso ao crédito com prazos longos e juros menores, o crescimento do número <strong>de</strong> emprego e as políticas <strong>de</strong> inclusão<br />
social <strong>de</strong>ram maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra a uma gran<strong>de</strong> massa da população brasileira, que limitava suas escolhas a poucos bens duráveis<br />
e que via todo seu rendimento gasto com produtos e serviços básicos como alimentação, saú<strong>de</strong> e educação.<br />
Des<strong>de</strong> 2003, o número <strong>de</strong> pessoas que <strong>de</strong>ixam as camadas sociais <strong>de</strong> renda mais baixa e alcançam a classe C cresce gradualmente.<br />
Em 2005, a classe média representava 34% da população; em 2006, essa proporção aumentou para 36%; em 2007, saltou para 46% e,<br />
hoje representa mais <strong>de</strong> 50% dos brasileiros. A perspectiva é quem em 2014, esses representem 56% da população.<br />
A ascensão a uma classe social superior modifica o tipo e o valor do bem consumido. O aumento <strong>de</strong> renda da população gera boas<br />
oportunida<strong>de</strong>s para segmentos <strong>de</strong> roupas e sapatos, uma vez que estes são os mais beneficiados com a ascensão <strong>de</strong> classe. Em todos<br />
os casos <strong>de</strong> ascensão <strong>de</strong> classe, o consumo no segmento mais que dobra em relação à classe anterior, chegando até a 141% quando<br />
há transição da classe C para a B.<br />
11,1% 15,1% 16,0%<br />
42,4%<br />
16,4%<br />
30,2%<br />
53,0% 56,0%<br />
13,7%<br />
18,2%<br />
20,0%<br />
8,0%<br />
2003 2009 2014<br />
Classe E Classe D Classe C Classe A/B<br />
Mudança <strong>de</strong> Classe - Aumento <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />
Fonte: Revista Exame 28/07/2010 (Bain & Co., BCG, LCA e Roland Berger)<br />
129% 130% 112%<br />
88% 131% 115%<br />
125% 141% 132%<br />
86% 137% 128%<br />
68% 98% 61%<br />
Classe D/E -> C Classe C -> B Classe B -> A<br />
Comida, Bebidas e cigarros Eletrônicos e móveis<br />
Roupas e Sapatos Medicamentos<br />
Higiene e cuidados pessoais<br />
12
Participação do crédito no PIB - 2008 Operações <strong>de</strong> Crédito ao Setor <strong>Pr</strong>ivado<br />
Fonte: Banco Mundial<br />
Evolução dos prazos para crédito a Pessoas Físicas<br />
Fonte: FGV<br />
Canadá<br />
128%<br />
EUA<br />
190<br />
%<br />
Argentina<br />
13%<br />
300 312 307 296 295<br />
*Valores em dias corridos<br />
Brasil<br />
53%<br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Crédito<br />
Reino<br />
Unido<br />
210%<br />
Alemanha<br />
França<br />
107%<br />
94%<br />
319<br />
368<br />
Índia<br />
49%<br />
439<br />
Rússia<br />
41%<br />
China<br />
108%<br />
488<br />
522 530<br />
Fonte: Banco Central do Brasil<br />
1.500.000<br />
1.200.000<br />
900.000<br />
600.000<br />
300.000<br />
0<br />
Comentários<br />
2000 2002 2004 2006 2008 2010<br />
Operações <strong>de</strong><br />
Crédito à<br />
Pessoas<br />
Físicas<br />
Operações <strong>de</strong><br />
Crédito ao<br />
Setor <strong>Pr</strong>ivado<br />
*Valores em R$<br />
milhões<br />
A participação do crédito no PIB brasileiro ainda é baixa<br />
comparada aos países <strong>de</strong>senvolvidos. Porém, é a mais elevada<br />
<strong>de</strong>ntro dos países do BRIC, após a China. Há previsões do<br />
BNDES <strong>de</strong> que numa trajetória crescente até 2014, a participação<br />
no PIB <strong>de</strong>verá alcançar 70%.<br />
O crédito para pessoa física é o que <strong>de</strong>ve ter maior crescimento<br />
nos próximos anos. Segundo estudos do BNDES, mais da meta<strong>de</strong><br />
da expansão do crédito entre 2004 e 2008 veio do endividamento<br />
das famílias, que, apesar da crise, mantiveram o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra<br />
com o crescimento da renda e o baixo impacto no nível <strong>de</strong><br />
emprego. As pessoas físicas ainda têm um gran<strong>de</strong> peso (34%) na<br />
composição do crédito, e, em 2010 o número chegou a R$ 467 bi.<br />
13
Agenda<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />
14
Envolvimento com a moda<br />
Reação às<br />
mudanças<br />
nas<br />
tendências<br />
Conhecimento<br />
sobre moda<br />
Como as pessoas consomem vestuário?<br />
Envolvimento com a moda<br />
Envolvimento é “o estado da motivação ou interesse”. Ele é direcionado por variáveis externas (como situação, produto,<br />
comunicação) e por variáveis internas (ego, valores centrais). Neste sentido, é natural que as pessoas sejam mais envolvidas com<br />
produtos que <strong>de</strong>spertem suas necessida<strong>de</strong>s, valores e interesses individuais. Há, comumente, dois tipos <strong>de</strong> envolvimento:<br />
<strong>Pr</strong>odutos <strong>de</strong> baixo envolvimento: os consumidores não estão interessados em maiores informações sobre os produtos. Em geral, são<br />
produtos baratos, com vários similares, e que agregam pouco valor e status.<br />
<strong>Pr</strong>odutos <strong>de</strong> alto envolvimento: consumidor se empenha para obter informações precisas sobre o produto e a marca. Não está<br />
disposto a correr riscos. Envolve maior durabilida<strong>de</strong>, é mais caro e proporciona maior conforto e status. Roupas sofisticadas estão<br />
caracterizadas nesta categoria.<br />
Tempo <strong>de</strong><br />
compra e<br />
capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> inovação<br />
Interesse em<br />
moda<br />
Comunicaçã<br />
o<br />
Interpessoal<br />
Fatores que influenciam o envolvimento com a moda<br />
1. Tempo <strong>de</strong> compra e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação em moda:<br />
quanto mais cedo é adota, mais envolvida fica a pessoa.<br />
2. Comunicação interpessoal em moda: quanto mais se<br />
conversar sobre o assunto, maior po<strong>de</strong>r e influência terá.<br />
3. Interesse em moda: quanto mais interessada no assunto,<br />
mais envolvida.<br />
4. Conhecimento sobre moda: quanto mais conhecer sobre<br />
moda, estilo e tendências mais inserida na moda.<br />
5. Reação às mudanças das tendências: quanto mais monitora<br />
as tendências para segui-las, mais envolvida com o assunto.<br />
15
Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e seguidores<br />
Torna-se expert<br />
em moda<br />
Busca <strong>de</strong><br />
informações sobre o<br />
assunto<br />
Alto<br />
envolvimento<br />
com a moda<br />
Seguidores<br />
Como as pessoas consomem vestuário?<br />
Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> Opinião<br />
É elevado a<br />
um lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
opinião<br />
Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> Opinião<br />
Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião são pessoas que têm<br />
conhecimento tal sobre o produto que seus conselhos<br />
são levados a sério pelos outros, portanto são<br />
pessoas capazes <strong>de</strong> influenciar atitu<strong>de</strong>s ou<br />
comportamentos.<br />
A li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> opinião <strong>de</strong> moda é altamente relacionada com<br />
conhecimento sobre o assunto e a discussão e o interesse<br />
sobre ele.<br />
O inovador é o primeiro comunicador visual do estilo para os<br />
consumidores. Influencia e <strong>de</strong>fine padrões apropriados.<br />
Inovação e li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> opinião são altamente<br />
relacionados ao contexto <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> vestuário<br />
<strong>de</strong> moda.<br />
O indivíduo que possui tendência psicológica à imitação. Quando faz uso da opinião <strong>de</strong> todos tem a satisfação<br />
<strong>de</strong> não respon<strong>de</strong>r sozinho pelas suas ações. Ao imitar não só transfere a ativida<strong>de</strong> criativa, mas também a<br />
responsabilida<strong>de</strong> sobre a ação para o outro. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imitação vem da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong>.<br />
No entanto, nota-se que há pessoas nas quais esta característica se mostra mais forte do que nas outras. Elas<br />
resistem mais à inovação, e só começam a utilizá-la quando outros consumidores já o fazem.<br />
16
Simbologia das roupas<br />
Como as pessoas consomem?<br />
O que é consumir vestuário?<br />
O processo <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> uma roupa é muito mais complexo do que se po<strong>de</strong> imaginar. As roupas representam opções<br />
i<strong>de</strong>ológicas, divisão <strong>de</strong> classes, opção social e <strong>de</strong> grupo mostrada através do objeto <strong>de</strong> ostentação.<br />
Na hora da compra, para a maioria dos consumidores o “dizer que” é muito mais importante que o “servir para”. Isto significa<br />
que o aspecto i<strong>de</strong>ológico supera o funcional. Ao entrar em uma loja <strong>de</strong> roupas, o consumidor não busca apenas proteger o<br />
corpo, mas sim transmitir alguma mensagem através <strong>de</strong>la. É importante perceber que um simples ato <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> uma<br />
peça do vestuário parece algo inocente e sem carga i<strong>de</strong>ológica, mas é muito complexo e cheio <strong>de</strong> significações.<br />
A compra <strong>de</strong> uma peça <strong>de</strong> roupa não é apenas uma <strong>de</strong>cisão solitária do consumidor. Ela carrega uma enorme simbologia e<br />
representa nitidamente mais um ato <strong>de</strong> comunicação e sinalização <strong>de</strong> quem as usa <strong>de</strong>ntro do complexo sistema <strong>de</strong> interação<br />
entre os seres humanos.<br />
1 Aspectos Sociais<br />
2 Aspectos Psicológicos<br />
De uma forma geral, a roupa sempre representou uma<br />
marca da separação da socieda<strong>de</strong> em castas e classes.<br />
A roupa, tanto hoje quanto antigamente, serve para<br />
distinguir a classe social do indivíduo.<br />
Além da classe social, a roupa também indica o grupo<br />
que o indivíduo pertence.<br />
A roupa, para muitas pessoas, é uma forma <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstrar seu status e <strong>de</strong> se diferenciar socialmente<br />
<strong>de</strong>ntro do próprio grupo.<br />
No âmbito psicológico, se vestir representa uma<br />
espécie <strong>de</strong> espelho <strong>de</strong> si mesmo. No ato da compra, o<br />
consumidor está comprando uma imagem que ele faz <strong>de</strong><br />
si próprio, refletida no objeto <strong>de</strong>sejado.<br />
O indivíduo ao comprar uma peça do vestuário quer a<br />
diferenciação que esta po<strong>de</strong> lhe dar e transmitir uma<br />
mensagem através <strong>de</strong>la. Paradoxalmente ele <strong>de</strong>seja se<br />
incluir em algum grupo.<br />
A roupa representa uma busca <strong>de</strong> si mesmo através<br />
da i<strong>de</strong>ntificação assumida pela roupa.<br />
17
1 Nesta dimensão, o objetivo do consumo <strong>de</strong> moda é<br />
chamar atenção, se <strong>de</strong>stacar na multidão, ser<br />
notada, seja na conquista amorosa ou simplesmente<br />
Aparecer<br />
para ter mais olhares sobre si do que outros. Esse<br />
tipo <strong>de</strong> consumidor quer competir, conquistar e<br />
seduzir, ele se veste principalmente para os outros<br />
2<br />
Atitu<strong>de</strong><br />
Ser<br />
Como as pessoas consomem vestuário?<br />
O que é consumir vestuário?<br />
Muitos fatores psicológicos ajudam a explicar porque pessoas são motivadas a estar na moda, tais como: conformida<strong>de</strong> social, busca da<br />
varieda<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong> pessoal e atração sexual. Estes consumidores têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser únicos, querem ser diferentes, mas não tão<br />
diferentes assim que percam a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> social.<br />
No contexto <strong>de</strong> envolvimento com a moda, 5 perfis <strong>de</strong> consumidores foram especificados a fim <strong>de</strong> orientar o varejista a atingir seu público<br />
alvo. Alguns dos perfis são característicos <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e tem alto envolvimento com a moda, outros se referem aos seguidores.<br />
Os 5 perfis po<strong>de</strong>m ser relacionados a atitu<strong>de</strong>s em relação ao vestuário, que explicam suas ações e priorida<strong>de</strong>s na hora da consumir.<br />
Consumidores guiados pela dimensão aparecer e parecer são as mais envolvidas e <strong>de</strong>monstram características <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião.<br />
Perfil do consumidor Como atingí-lo?<br />
Expressa a preocupação em aten<strong>de</strong>r as pressões<br />
sociais e fazer parte <strong>de</strong> grupo com o qual se<br />
i<strong>de</strong>ntificam. Questões como segurança e<br />
i<strong>de</strong>ntificação estão presentes nesta dimensão. A<br />
roupa representa o que a pessoa realmente é, o que<br />
acredita e o grupo no qual está inserido<br />
Esses têm que consi<strong>de</strong>rar que com aquela roupa<br />
chamará a atenção <strong>de</strong> outros. Para isto, estratégias<br />
<strong>de</strong> marketing que puxem pelo lado da conquista,<br />
que mexam com o ego do cliente são muito<br />
eficazes para este perfil <strong>de</strong> consumidor<br />
Comunicações que reforcem a personalida<strong>de</strong> da<br />
pessoa e afirmem o grupo em que estão inseridos.<br />
Para esses é muito importante a i<strong>de</strong>ntificação com<br />
a tribo no qual se classificam, por isso, o varejista<br />
<strong>de</strong>ve passar ao cliente a ligação da peça <strong>de</strong><br />
vestuário com sua própria personalida<strong>de</strong><br />
18
3<br />
4<br />
5<br />
Perfil<br />
Parecer<br />
I<strong>de</strong>alizar<br />
Inovar<br />
Como as pessoas consomem vestuário?<br />
O que é consumir vestuário?<br />
Descrição Como atingí-lo?<br />
É a dimensão <strong>de</strong> características mais femininas. A<br />
vaida<strong>de</strong> é a força motriz para o consumo <strong>de</strong><br />
vestuário. A consumidora <strong>de</strong>seja sentir-se<br />
charmosa, elegante e ficar bonita. Este perfil <strong>de</strong><br />
consumidores, diferentemente do perfil atrelado à<br />
atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> aparecer, se veste para si própria<br />
Este perfil é voltado para o outro, para o que<br />
acredita ser a imagem i<strong>de</strong>al, a projeção. Também<br />
<strong>de</strong>nota insegurança e baixa auto-estima. É a<br />
dimensão dos seguidores, ele quer parecer o que<br />
gostaria <strong>de</strong> ser (artistas, cantores, amigos, etc.)<br />
Representa o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> mostrar cultura,<br />
atualida<strong>de</strong>, informação. Mostrar que está na moda.<br />
Para este perfil, estar na moda é “estar por<br />
<strong>de</strong>ntro”, é ser in. Ser fashion é estar “antenado<br />
com o mundo”<br />
Fazer o consumidor se sentir e bonito. Para atingir<br />
estes consumidores o marketing sensorial po<strong>de</strong> ser<br />
uma boa ferramenta. Se o mais importante é se<br />
sentir bonita, fatores como o cheiro e a audição<br />
po<strong>de</strong>m tornar a experiência <strong>de</strong> compra mais<br />
agradável, fazendo o consumidor se sentir melhor<br />
Para conquistar este consumidor, primeiramente<br />
é necessário perceber quem estão seguindo.<br />
Após esta i<strong>de</strong>ntificação, é importante mostrar<br />
ligação da peça <strong>de</strong> vestuário com a projeção. A<br />
insegurança e baixa auto-estima <strong>de</strong>vem ser<br />
usadas como arma para atraí-los: as propagandas<br />
<strong>de</strong>vem passar segurança ao cliente, e tentar <strong>de</strong><br />
alguma forma, aumentar a auto-estima <strong>de</strong>le. Se<br />
os clientes se sentirem bem com aquela roupa e<br />
naquela loja, provavelmente vão se fi<strong>de</strong>lizar a ela<br />
Ven<strong>de</strong>dores informados com as novas tendências<br />
da moda, e sempre se atualizando, é um gran<strong>de</strong><br />
diferencial na hora <strong>de</strong> brigar por estes clientes. A<br />
propaganda <strong>de</strong>ve enfatizar o caráter inovador da<br />
peça anunciada e a relação com o que está na<br />
vanguarda<br />
19
Segmentações utilizadas<br />
Faixa etária<br />
Renda<br />
Gênero<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Segmentação da Análise<br />
Infantil<br />
Jovem<br />
Maturida<strong>de</strong><br />
Terceira Ida<strong>de</strong><br />
Feminino<br />
Masculino<br />
Canais <strong>de</strong> compra<br />
Meios <strong>de</strong> pagamento<br />
Varejo Físico<br />
E-commerce<br />
Vendas Diretas<br />
Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />
Cartão <strong>de</strong> Loja<br />
Cartão <strong>de</strong> Débito<br />
Dinheiro<br />
Cheque<br />
20
<strong>Consumo</strong> Infantil<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Infantil<br />
As crianças <strong>de</strong>sempenham um papel <strong>de</strong> crescente importância no mercado <strong>de</strong> consumo, em diversos produtos, inclusive do vestuário.<br />
A escolha <strong>de</strong> roupa para crianças é ainda mais complexa do que a escolha para adultos. Este fato po<strong>de</strong> ser explicado pela maior<br />
dificulda<strong>de</strong> das crianças enten<strong>de</strong>rem e expressarem suas motivações e <strong>de</strong>vido à escolha compartilhada entre pais e filhos no<br />
momento da compra.<br />
1 a 4 anos 5 em diante<br />
Começam a expressar preferências próprias baseadas em quatro aspectos influenciadores: pais,<br />
propaganda, conformida<strong>de</strong> a um grupo <strong>de</strong> referência - em geral os colegas mais populares da escola - e<br />
expressão <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong><br />
Passam a interferir na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra<br />
Percebem que se vestir não é mais uma necessida<strong>de</strong> utilitária<br />
Passam a usar roupas para se i<strong>de</strong>ntificar com um grupo social, projetar uma imagem positiva, melhorar<br />
sua aparência<br />
Expressam diferenciação exigindo um maior requisito por marcas, moda e mo<strong>de</strong>los, buscando<br />
evi<strong>de</strong>nciar um estilo pessoal<br />
Os pais são os <strong>de</strong>cisores das compras e pessoas com maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> persuasão<br />
A qualida<strong>de</strong> dos tecidos e conforto da criança são atributos mais enfatizados pelos pais no processo<br />
<strong>de</strong>cisório<br />
21
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Infantil<br />
Aspectos relevantes do processo <strong>de</strong>cisório<br />
81%<br />
Não houve <strong>de</strong>sacordo em<br />
relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />
63%<br />
Houve <strong>de</strong>sacordo em<br />
relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />
O que é importante para os pais?<br />
Qualida<strong>de</strong><br />
<strong>Pr</strong>eço<br />
Mo<strong>de</strong>lo<br />
Cores<br />
Estilo<br />
Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção<br />
Fonte: <strong>Estudo</strong> dos fatores <strong>de</strong>terminantes da satisfação do consumidor com vestuário infantil - 2006<br />
As compras aconteceram em 81% das vezes em que não houve <strong>de</strong>sacordo nos<br />
mo<strong>de</strong>los e somente em 63% nas vezes em que pais e filhos não concordaram. Isto<br />
mostra como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência da compra da roupa está condicionada à<br />
avaliação do produto por pais e filhos.<br />
Resultados similares a estes foram constatados quando a discussão envolvia<br />
controvérsia sobre as cores dos produtos.<br />
Estes dados mostram a importância das lojas agradarem pais e filhos.<br />
O papel dos pais no processo <strong>de</strong>cisório das crianças é: sugerir as lojas, ajudar os<br />
filhos a se localizar e a selecionar os produtos, facilitar a busca pelo produto com o<br />
tamanho certo e fazer sugestões sobre combinações.<br />
O que é importante para as crianças?<br />
Mo<strong>de</strong>lo<br />
Estilo<br />
Cores<br />
Marcas socialmente<br />
aceitas pelo grupo <strong>de</strong><br />
referência<br />
22
Local <strong>de</strong> compra e nível <strong>de</strong> influência<br />
47%<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Infantil<br />
Fonte: <strong>Estudo</strong> dos fatores <strong>de</strong>terminantes da satisfação do consumidor com vestuário infantil - 2006<br />
37%<br />
16%<br />
47%<br />
19%<br />
35%<br />
42%<br />
17%<br />
41%<br />
calçadão shopping total<br />
Ocasiões <strong>de</strong> compra<br />
Quando os filhos crescem e per<strong>de</strong>m suas roupas.<br />
Na mudança <strong>de</strong> estação climática.<br />
Em ocasiões especiais (aniversário, volta às aulas, etc.).<br />
Quando precisam presentear parentes e amigos dos filhos.<br />
pai<br />
filho<br />
ambos<br />
Decisão feitas unicamente pelas crianças<br />
Na compra <strong>de</strong> produtos com preço mais baixo as crianças<br />
po<strong>de</strong>m ser os únicos <strong>de</strong>cisores. É claro que os pais precisam<br />
<strong>de</strong>pois aceitar a compra para pagá-las, mas as crianças po<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong>cidir sozinhas o produto que <strong>de</strong>sejam.<br />
Decisão feitas unicamente pelos pais<br />
O grupo do shopping apresentou uma maior participação da<br />
escolha unicamente pelos pais, <strong>de</strong>notando uma postura mais<br />
conservadora. Isto po<strong>de</strong> ser explicado por dois fatores: os<br />
produtos do shopping são mais caros e, por isso, os pais não<br />
<strong>de</strong>legam a <strong>de</strong>cisão aos filhos ou porque as crianças vão mais<br />
ao shopping acompanhadas do que em lojas <strong>de</strong> rua.<br />
Frequência <strong>de</strong> compra<br />
Existe uma gran<strong>de</strong> dispersão na freqüência <strong>de</strong> compras. Ela<br />
po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>s<strong>de</strong> duas vezes no ano até compras mensais,<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo diversos aspectos como classe social.<br />
Os consumidores que apresentam maior freqüência <strong>de</strong><br />
compra são aparentemente mais impulsivos e aproveitam<br />
outras ocasiões para renovar o guarda-roupa dos filhos.<br />
23
A moda para o jovem<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
A moda diferencia e une os jovens, <strong>de</strong>monstra o gosto pelo individualismo e pelo coletivo.<br />
Padroniza ao afirmar os grupos <strong>de</strong> jovens que têm gostos pessoais semelhantes, que acreditam ter a mesma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Estes<br />
grupos são chamados tribos urbanas.<br />
Individualiza no sentido da expressão dos jovens <strong>de</strong> serem diferentes dos <strong>de</strong>mais. Ao mesmo tempo em que têm necessida<strong>de</strong> pelo<br />
que é único, os jovens <strong>de</strong>sejam se diferenciar, mas não completamente, o que explica o fato <strong>de</strong> escolherem formas pessoais <strong>de</strong> vestirse,<br />
mas se adaptarem às diretrizes básicas <strong>de</strong> uma moda.<br />
O que é estar na moda para os jovens? Que aspectos simbólicos estão envolvidos?<br />
Ter estilo<br />
Não ser julgado pelos outros<br />
Ser uma pessoa atualizada e com acesso a<br />
informação<br />
Passar uma imagem positiva<br />
Transmissão do que a pessoa é e como se insere na<br />
socieda<strong>de</strong><br />
Segurança em relação à aparência<br />
I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com um grupo<br />
Meio <strong>de</strong> expressão e linguagem<br />
Garantia <strong>de</strong> afirmação e respeito da socieda<strong>de</strong><br />
24
Fatores Situacionais<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
A maneira como nos sentimos em um <strong>de</strong>terminado momento, afeta o que <strong>de</strong>sejamos comprar e o modo que faremos isto.<br />
Os grupos ou ambientes sociais afetam <strong>de</strong> forma significativa o processo <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> compra dos consumidores. Este ambiente<br />
social refere-se às pessoas que acompanham os consumidores na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra e às pessoas presentes no ponto <strong>de</strong><br />
venda no momento da compra, seja consumindo ou ven<strong>de</strong>ndo.<br />
Além da influencia do ambiente social, as sensações captadas pelos sentidos humanos também são relevantes para reações ou<br />
atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumidores em relação aos produtos e serviços, assim como o local em que estão.<br />
Consumidores e ven<strong>de</strong>dores<br />
O ven<strong>de</strong>dor exerce uma gran<strong>de</strong> influência e <strong>de</strong>sperta o <strong>de</strong>sejo por produtos da loja.<br />
A simpatia do cliente pelo ven<strong>de</strong>dor po<strong>de</strong> acarretar em um maior número <strong>de</strong> compras.<br />
Há também um tipo <strong>de</strong> influência negativa caso o atendimento seja <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong>.<br />
Muitos consumidores saem da loja por consi<strong>de</strong>rar o aten<strong>de</strong>nte chato ou pouco<br />
informado.<br />
Pessoas que acompanham o consumidor na hora da compra, como parentes e<br />
amigos, exercem uma forte influência na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra.<br />
Muitas vezes, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> comprar ou experimentar alguma peça <strong>de</strong> roupa surge ao<br />
olhar outro consumidor com ela.<br />
25
Fatores Situacionais<br />
Local <strong>de</strong> compra<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
Influências Sensoriais<br />
Existem alguns fatores do ambiente da loja que influenciam positiva ou negativamente os<br />
consumidores, como: cheiro, temperatura interna da loja, música ambiente, vitrine e cores presentes<br />
na <strong>de</strong>coração.<br />
O apelo visual é bastante importante na atração <strong>de</strong> clientes. A vitrine, por exemplo, se configura em<br />
uma ferramenta <strong>de</strong> marketing importante na criação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo, que impacta o consumidor jovem.<br />
Uma música no provador, que aju<strong>de</strong> o cliente a imaginar a situação na qual po<strong>de</strong>ria usar a roupa, ou<br />
um cheiro que lembre alguma experiência agradável do consumidor são exemplos <strong>de</strong> influências<br />
sensoriais utilizadas em pontos <strong>de</strong> venda, que se bem realizadas, po<strong>de</strong>m elevar as vendas da loja.<br />
O shopping center é consi<strong>de</strong>rado pelos jovens como o melhor local para fazer compras. Isto<br />
porquê:<br />
O shopping funciona também como local <strong>de</strong> lazer e entretenimento para os adolescentes,<br />
pois é um ambiente que aglomera as lojas que os amigos também frequentam.<br />
Tem mais opções <strong>de</strong> lojas, e por isso, oportuniza a realização <strong>de</strong> pesquisas em um maior<br />
número <strong>de</strong> estabelecimento.<br />
Maior conforto se comparado aos ambientes <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> rua.<br />
26
Fatores culturais<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
A cultura é um fator que afeta muito jovens e adolescentes. Existem diversos fatores culturais que contribuem para a formação da<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do jovem, e consequentemente afetam suas escolhas <strong>de</strong> consumo, como, por exemplo, a ida<strong>de</strong>, nacionalida<strong>de</strong> ou<br />
regionalida<strong>de</strong>, renda, classe social, gênero e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> status. A cultura inclui não só i<strong>de</strong>ias e valores, como manifestações<br />
concretas, bem expressadas através do vestuário.<br />
Marca e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Status<br />
Os jovens relacionam o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra ao tipo <strong>de</strong> roupa, e o uso <strong>de</strong> marcas a status, bom gosto e po<strong>de</strong>r.<br />
As classes mais altas <strong>de</strong>sejam obter e <strong>de</strong>monstrar status por meio do consumo. Uma forma <strong>de</strong> obter esse status é<br />
utilizando roupas <strong>de</strong> marcas que seguem tendências e <strong>de</strong> lojas bem conceituadas.<br />
Na opinião <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> classes mais favorecidas, as classes mais baixas normalmente utilizam roupas sem<br />
marca, sem qualida<strong>de</strong> e, muitas vezes, vulgares ou <strong>de</strong> gosto duvidoso.<br />
A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas com menor po<strong>de</strong>r aquisitivo por status, e consequentemente roupas <strong>de</strong> marcas, levou<br />
ao surgimento <strong>de</strong> produtos falsificados, que, atualmente, dificultam o reconhecimento da classe social através das<br />
roupas.<br />
Classe Social<br />
Os jovens consi<strong>de</strong>ram que a roupa exprime algo sobre a posição social <strong>de</strong> quem usa. Muitas vezes, a roupa “boa” indica a<br />
“superiorida<strong>de</strong>” financeira <strong>de</strong> quem a veste.<br />
Os fatores que viabilizam a percepção, no caso <strong>de</strong> classe social elevada: a presença <strong>de</strong> marca, a qualida<strong>de</strong> visível e percebida. No<br />
caso <strong>de</strong> classe social mais baixa, são: a falta <strong>de</strong> elementos que representem a qualida<strong>de</strong>, o estilo adotado e o gosto pessoal.<br />
27
Fatores culturais<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
Gênero<br />
Com relação ao gênero, há diferença entre uma jovem e um jovem, mesmo pelo senso comum.<br />
É dado que a mulher se veste para a mulher, ela quer ser notada por outra mulher como uma<br />
pessoa <strong>de</strong> bom gosto.<br />
O homem não tem essa preocupação com o apreço <strong>de</strong> pessoas do mesmo sexo. Ele até tem<br />
preocupação com a aparência e <strong>de</strong> estar atualizado, mas ele quer agradar a mulher.<br />
Eventualmente, po<strong>de</strong> haver um elogio do sexo masculino, mas o que pesa para ele é agradar as<br />
pessoas do sexo feminino.<br />
28
Fatores sociais<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
Embora exista o apelo da socieda<strong>de</strong> atual pelo individualismo, sabe-se que existem grupos que constituem <strong>de</strong> forma muito importante o<br />
ambiente do comportamento do consumidor: a família e os grupos <strong>de</strong> referência. Os fatores sociais são <strong>de</strong>terminantes nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong><br />
compra <strong>de</strong> roupa, principalmente nesta faixa etária, on<strong>de</strong> as escolhas não são feitas individualmente.<br />
Grupos <strong>de</strong> Referência<br />
Família<br />
Mesmo que em menor intensida<strong>de</strong> do que na infância, os jovens interagem no processo <strong>de</strong> compra<br />
<strong>de</strong> vestuário <strong>de</strong> moda com a família. Isto fica evi<strong>de</strong>nte, principalmente, no que se refere ao pagamento<br />
das roupas, já que muitos jovens <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da renda dos pais.<br />
Nesta ida<strong>de</strong>, a mãe tem maior ascendência do que o pai sobre as roupas dos filhos, tanto dos<br />
meninos quanto das meninas, embora em alguns casos o pai seja o influenciador dos meninos.<br />
Muitas vezes os filhos se i<strong>de</strong>ntificam com os pais e “ copiam seu estilo”, além <strong>de</strong> usar suas roupas.<br />
Além da mãe, os irmãos mais velhos também são referências na forma <strong>de</strong> se vestir.<br />
Assim como a família, os grupos <strong>de</strong> referência exercem gran<strong>de</strong> influência entre os jovens na escolha<br />
da roupa. As amiza<strong>de</strong>s com colegas são relações <strong>de</strong> maior igualda<strong>de</strong> que as estabelecidas com os<br />
pais, pois envolvem escolhas que são importantes para a auto-estima.<br />
De fato, os jovens compram a roupa que o grupo usa, para entrar e permanecer neste grupo, o que<br />
reforça as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> tribos urbanas e da existência <strong>de</strong> uma moda coletiva do grupo.<br />
As tribos têm i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s muito fortes e têm atos muito similares, fato verificado claramente no<br />
vestuário. Isto acaba por criar uma barreira par entrada <strong>de</strong> novas pessoas, forçando os jovens a se<br />
a<strong>de</strong>quarem ao estilo da tribo se quiserem a<strong>de</strong>rir a elas.<br />
29
Fatores sociais<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> Jovem<br />
Busca <strong>de</strong> Informações<br />
Os jovens buscam informações principalmente com familiares e amigos. No entanto, as vitrines das lojas, TV e<br />
revistas especializadas em moda também são fontes <strong>de</strong> informações no processo <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> compra.<br />
On<strong>de</strong> se vestem melhor<br />
Adolescentes dão maior importância na forma <strong>de</strong> se vestir quando vão sair com os amigos para boites ou<br />
shoppings do que para eventos familiares. Isto reforça a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que na adolescência a opinião dos amigos ten<strong>de</strong> a<br />
ser mais forte, e merece maior atenção que a dos familiares.<br />
Esta maior preocupação em “estar na moda”, seguir as tendências e usar as melhores roupas ao sair com amigos, evita um<br />
julgamento ruim dos colegas.<br />
Internet e Re<strong>de</strong>s Sociais<br />
O grupo <strong>de</strong> amigos acaba criando uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer e <strong>de</strong> convivência hoje muito acentuada pela internet,<br />
uma vez que as pessoas continuam se comunicando pela internet após o encontro físico, como se não tivessem se<br />
visto há muito tempo. Isto intensifica o contato e influencia mútua dos amigos no processo <strong>de</strong> compra dos jovens.<br />
Além disso, as re<strong>de</strong>s sociais são gran<strong>de</strong>s influenciadoras no comportamento dos jovens, uma vez que facilitam os adolescentes a<br />
verificar o que seus grupos <strong>de</strong> referências e pessoas da mesmo tribo estão fazendo.<br />
O fácil acesso à internet também permite aos jovens comparar mais os preços e compartilhar opiniões em tempo real.<br />
30
Fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> Compra<br />
<strong>Pr</strong>eocupação com a imagem pessoal<br />
Aparência Etária<br />
Elegância<br />
Destaque<br />
Beleza<br />
Sensação física causada pela roupa<br />
Conforto<br />
Bem estar<br />
Caimento<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> <strong>de</strong> Mulheres na Maturida<strong>de</strong><br />
São mais seletivas e pon<strong>de</strong>radas na hora da compra do que os jovens<br />
São mais exigente que o público jovem<br />
Dificilmente aceitam produtos <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sign duvidoso<br />
Nesta fase da vida, muitas mulheres são mães.<br />
Consomem apenas o necessário e, ainda assim, peças que agreguem valor ou atualizem o seu acervo pessoal<br />
Querem estar na moda, sem sofrer discriminação pelo formato ou condição do seu corpo ou ficar <strong>de</strong>sconfortável.<br />
O efeito gravi<strong>de</strong>z...<br />
Durante e <strong>de</strong>pois da gravi<strong>de</strong>z, o corpo das mulheres passa<br />
por mudanças tanto temporárias quanto permanentes (seios<br />
aumentam, barriga cresce gran<strong>de</strong>mente, os pés incham).<br />
O lado emocional da mulher também se altera. E assim,<br />
precisa <strong>de</strong> roupas apropriadas.<br />
Algumas mulheres nem se preocupam em comprar roupas<br />
novas, já outras pensam apenas na moda e, por isso, muitas<br />
vezes, passam momentos <strong>de</strong>sagradáveis e <strong>de</strong>sconfortáveis.<br />
ATENÇÃO: É preciso consi<strong>de</strong>rar mudanças corporais e<br />
emocionais da mulher neste período para pensar na melhor<br />
estratégia para atingir este público. As roupas <strong>de</strong>vem ser<br />
confortáveis para não atrapalhar a gravi<strong>de</strong>z, e a mulher não<br />
po<strong>de</strong> se sentir fora da moda ou comprando roupas taxadas<br />
como roupas <strong>de</strong> pessoas corpulentas.<br />
Características no processo <strong>de</strong> compra<br />
31
EUA<br />
28%<br />
México<br />
24%<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Crescimento do número <strong>de</strong> idosos no mundo<br />
<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />
O mercado da terceira ida<strong>de</strong> tem se tornado mais atrativo à medida que a proporção <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong> na população mundial<br />
tem aumentado e este grupo vem controlando cada vez mais recursos financeiros.<br />
Os idosos têm se mostrado ativos, interessados no que a vida tem a oferece. Eles são consumidores entusiasmados, com os meios e a<br />
disposição para comprar muitos produtos e serviços.<br />
Estes terminaram com muitas das obrigações financeiras que escoam a renda <strong>de</strong> consumidores mais jovens. Eles sentem-se mais<br />
inclinados a gastar dinheiro consigo próprios do que economizar em nome dos filhos e dos netos.<br />
Estimativa da porcentagem da população idosa em 2025<br />
Brasil<br />
23%<br />
Alemanha<br />
35%<br />
Espanha<br />
43%<br />
China<br />
25%<br />
Japão<br />
38%<br />
Fonte: <strong>Estudo</strong> “Consumidor da Terceira Ida<strong>de</strong>: Diferenciação <strong>de</strong> Mercado, Geração <strong>de</strong> Renda e Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Decisão <strong>de</strong> Compra”<br />
A imagem do Brasil como um país<br />
jovem está se alterando, uma vez que a<br />
população está envelhecendo em um<br />
ritmo acelerado.<br />
Este crescimento acentuado se <strong>de</strong>ve a:<br />
estilos <strong>de</strong> vida mais saudáveis; a<br />
melhores diagnósticos e tratamento<br />
médicos, que resultaram no aumento da<br />
expectativa <strong>de</strong> vida; e a menores taxas <strong>de</strong><br />
mortalida<strong>de</strong> geral da população (menos<br />
violência, melhores condições <strong>de</strong> vida,<br />
etc.)<br />
O Brasil, que em 2000 tinha apenas 8%<br />
da população idosa, em 2025 <strong>de</strong>ve ter<br />
quase um quarto da população a cima <strong>de</strong><br />
60 anos.<br />
32
Imagem do idoso<br />
Hoje<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />
Passado<br />
A imagem do idoso era associada no passado a pessoas:<br />
Mal humoradas<br />
Inativas economicamente<br />
Com renda baixa<br />
Doentes<br />
Conservadoras em relação aos novos produtos<br />
Desligados à moda<br />
Segundo pesquisa realizada por Gol<strong>de</strong>nberg, em 2008, o envelhecimento foi associado,<br />
pelas pessoas idosas, a i<strong>de</strong>ias positivas como: liberda<strong>de</strong>, conquistas, amadurecimento,<br />
serenida<strong>de</strong>, tolerância, sabedoria, aceitação e cuidado maior <strong>de</strong> consigo.<br />
Para muitos idosos o envelhecimento representa uma <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um “eu” que estava<br />
escondido, sufocado pelas obrigações sociais, especialmente no papel <strong>de</strong> mãe e <strong>de</strong> esposa<br />
e que viam na maturida<strong>de</strong> a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem elas mesmas pela primeira vez.<br />
Experimentam o novo por razões diferentes dos consumidores mais novos: em vez <strong>de</strong><br />
experimentarem por estar na moda, eles aprovarão o novo que aten<strong>de</strong>r uma necessida<strong>de</strong><br />
específica e real.<br />
33
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />
Características do idoso O que sua empresa <strong>de</strong>ve fazer?<br />
Percebem sua ida<strong>de</strong> mais jovem do que a ida<strong>de</strong><br />
cronológica. Por isso, não gostam <strong>de</strong> ser taxados como<br />
velhos e rejeitam anúncios que os tratam como um<br />
mercado separado <strong>de</strong> velhos<br />
O processo <strong>de</strong> pensar ou falar sobre fatos passados é<br />
muito comum entre idosos. Eles têm muitas lembranças<br />
sobre acontecimentos vividos<br />
Gostam <strong>de</strong> ter informação e conhecimento antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir<br />
sobre a compra <strong>de</strong> um produto<br />
Consultam outras pessoas antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir por uma<br />
compra, i<strong>de</strong>ntificando mais uma característica específica<br />
<strong>de</strong>sse mercado: processo conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />
Valorizam um atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, educado e<br />
paciente, sem pressa para executar a venda<br />
Enfatizar os benefícios dos produtos e serviços em vez <strong>de</strong> sua<br />
a<strong>de</strong>quação a idosos<br />
Montar propagandas e experiências <strong>de</strong> compra que incentivem<br />
essa característica do idoso. É necessário tomar cuidado para<br />
não surtir um efeito in<strong>de</strong>sejado, como, por exemplo, indicar que<br />
as vantagens <strong>de</strong> sua juventu<strong>de</strong><br />
Montar anúncios com bastante informação e capacitar os<br />
ven<strong>de</strong>dores com informações dos produtos<br />
Verificar com quem o idoso vai as compras e tentar agradá-lo.<br />
O influenciador <strong>de</strong>ve perceber que o produto é a<strong>de</strong>quado e <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> para o consumo <strong>de</strong> seu idoso<br />
Capacite os ven<strong>de</strong>dores para executar um atendimento <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>. Elabore comunicações que enfatizem o bom<br />
atendimento, a personalização do tratamento<br />
34
O mercado cinza é interessante?<br />
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />
Oportunida<strong>de</strong>s Ameaças<br />
A população idosa está aumentando progressivamente<br />
Os filhos se tornam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e saem <strong>de</strong> casa, por<br />
isso, os consumidores mais velhos experimentam um<br />
aumento em recursos escassos como tempo e dinheiro<br />
Não valorizam tanto o preço como um atributo <strong>de</strong>cisório<br />
como outras faixas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
O idoso muitas vezes consome <strong>de</strong> uma forma<br />
<strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> consumo compensatório. É uma forma<br />
<strong>de</strong> auto-recompensa pelos sacrifícios e economias que<br />
tiveram que fazer durante a vida enquanto tinham que<br />
trabalhar duro e criar os filhos. Neste tipo <strong>de</strong> consumo,<br />
as pessoas se importam menos com o fator preço em<br />
suas <strong>de</strong>cisões, e mais com a satisfação proporcionada<br />
Este grupo está cada vez mais vaidoso. Isto é<br />
diretamente refletido na busca por estar na moda e se<br />
sentir bem com a roupa<br />
Desejam aparentar mais juventu<strong>de</strong>. Muitas vezes, a<br />
moda é utilizada como veículo para fazer as pessoas<br />
aparentarem ser mais jovens, assim como mais altas,<br />
mais ricas<br />
O nicho está em constante mudança e o consumidor idoso é<br />
bastante complexo.<br />
Com o envelhecimento surgem mudanças psicológicas, nas<br />
capacida<strong>de</strong>s cognitivas e nos relacionamentos sociais que <strong>de</strong>vem<br />
ser consi<strong>de</strong>radas. Isto prejudica a percepção e as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
aprendizado, assim como a memória<br />
Reclamações sobre a oferta <strong>de</strong> produtos no mercado<br />
Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar roupas sociais. Isto po<strong>de</strong> ser explicado<br />
pelo fato <strong>de</strong> na terceira ida<strong>de</strong> menos pessoas estarem ativas no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho<br />
As roupas não apresentam numeração <strong>de</strong> acordo<br />
Os mo<strong>de</strong>los estão dissociados da moda.<br />
O que as senhoras esperam do vestuário?<br />
Encontrar em uma loja <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos ou no<br />
comércio da esquina produtos:<br />
Com as cores da moda<br />
Usados pelos jovens<br />
Adaptados ao seu corpo<br />
35
Como as pessoas consomem?<br />
Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />
Potencial <strong>de</strong> consumo das classes sociais no Brasil<br />
O potencial <strong>de</strong> consumo do brasileiro cresceu 22% <strong>de</strong> 2003 a 2008. Isto significa que o brasileiros<br />
está consumido não apenas por conta do aumento do crédito ou dos programas sociais, mas que as<br />
condições <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda, como educação, acesso a internet e outros ativos, estão melhores.<br />
A Classe B li<strong>de</strong>ra o potencial <strong>de</strong> consumo do brasileiro. De acordo com o levantamento, que teve<br />
como base dados estatísticos do (IBGE), o potencial <strong>de</strong> consumo da Classe B aumentou em 30%<br />
<strong>de</strong> 2009 para 2010. Já em relação à população geral do país, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>stas classes<br />
sociais aumentou em 22%.<br />
Por meio do Pyxis, calculou-se que os produtos que a classe A mais<br />
consumiu, em 2009, foram: malas, bolsas e cintos (24%); e<br />
brinquedos (21%). Já a classe B consumiu: produtos <strong>de</strong> beleza<br />
(46%); malas, bolsas e cintos (48%); água mineral, sucos e<br />
refrigerantes (46%); brinquedos (48%); e bebidas fermentadas <strong>–</strong><br />
cerveja e vinho <strong>–</strong> (47%). Os produtos que a classe C mais comprou<br />
foram: mercearia <strong>–</strong> produtos industrializados e secos - (45%); carnes<br />
e <strong>de</strong>rivados (40%); vestuário infantil (38%); e calçados femininos<br />
(33%). <strong>Pr</strong>aticamente não existe uma categoria que a classe C não<br />
consuma. Por fim, as classes D e E consumiram: mercearia (15%); e<br />
carnes e <strong>de</strong>rivados (10%).<br />
Está ocorrendo uma migração das pessoas da classe C, com renda<br />
média por família entre R$ 1.100 a R$ 4.800, para a Classe B2. Isto<br />
é um reflexo da melhora da economia e da condição financeira da<br />
população do país.<br />
Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo em 2010 (em R$ bilhões)<br />
418,5<br />
973,03<br />
579,66<br />
113,43<br />
4,51<br />
Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E<br />
36
Como as pessoas consomem?<br />
<strong>Pr</strong>ojeção <strong>de</strong> gastos em 2011 no setor do vestuário<br />
18,1<br />
56,3<br />
Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />
A classe B <strong>de</strong>verá ser responsável pela maior parcela do consumo do vestuário em 2011: 42% do consumo <strong>de</strong> roupas e acessórios<br />
Embora a classe C tenha chegado muito perto da B em volume <strong>de</strong> consumo, ela ainda não conseguiu superá-la e <strong>de</strong>ve representar<br />
aproximadamente 39% do potencial total do consumo <strong>de</strong> moda este ano. Acredita-se que até 2014, ela já será a classe mais importante<br />
Correspon<strong>de</strong>ndo a um dos segmentos mais <strong>de</strong>sejados pelo varejo <strong>de</strong> vestuário, a classe A <strong>de</strong>verá gastar, em 2011, R$18,1 bilhões<br />
com roupas, calçados e acessórios<br />
As classes D e E compõem o menor grupo <strong>de</strong> consumo para varejo <strong>de</strong> vestuário. O volume <strong>de</strong>ste grupo neste ano <strong>de</strong>verá ficar em<br />
torno <strong>de</strong> R$ 8,8 bilhões e, provavelmente, parte <strong>de</strong>ste valor será absorvido pelo comércio informal<br />
Estimativa <strong>de</strong> gasto em 2011 (em bilhões) Composição <strong>de</strong> famílias em áreas urbanas<br />
52,3<br />
8,8<br />
Classe A Classe B Classe C Classe D/E<br />
Fonte: Website “No Varejo”<br />
24%<br />
50%<br />
3%<br />
24%<br />
Classe A<br />
Classe B<br />
Classe C<br />
Classe D/E<br />
37
Como as pessoas consomem?<br />
Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />
A classe social afeta direta e indiretamente a forma como as pessoas gastam seu tempo, os produtos que compram e on<strong>de</strong> e como<br />
fazem compras.<br />
As classes superiores dão mais ênfase ao status e a forma, e classes inferiores preocupam-se em aten<strong>de</strong>r suas necessida<strong>de</strong>s<br />
funcionais. As classes mais altas têm mais acesso a internet e a informação. Além disso, quanto mais alta a classe, maior o acesso do<br />
consumidor a informações sobre a importância do conceito <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.<br />
Em média, 65% dos consumidores compram roupas todo<br />
mês<br />
O consumo cresce com o aumento da renda<br />
Em valores absolutos, as pessoas com renda maior gastam<br />
mais no vestuário, porém, proporcionalmente, em seus gastos<br />
totais, isto não ocorre<br />
Renda (salários<br />
mínimos)<br />
Gasto Médio<br />
Mensal<br />
Frequência <strong>de</strong><br />
compra mensal<br />
Até 2 6 reais 60%<br />
2 a 4 10 reais 64%<br />
4 a 10 18 reais 68%<br />
10 a 25 31 reais 71%<br />
Acima <strong>de</strong> 25 59 reais 75%<br />
Fonte: Algusto Aki <strong>–</strong> “Acesso a Mercado para Lojas <strong>de</strong> Roupas”<br />
Classe A<br />
Devido ao aumento do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra da população brasileira,<br />
esta classe está gastando mais com roupas <strong>de</strong> luxo a fim <strong>de</strong> se<br />
diferenciar das classes menos abastadas<br />
Este grupo valoriza um atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e são fiéis as<br />
marcas que consomem<br />
<strong>Pr</strong>eferem compram em shoppings que em centros comerciais<br />
Classe B<br />
A classe B valoriza um atendimento exclusivo e atencioso. Isto porque<br />
eles gostam <strong>de</strong> sentir-se como integrantes da classe A<br />
Devido ao aumento da concessão <strong>de</strong> crédito às pessoas físicas no<br />
Brasil, a classe B tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiar itens que normalmente<br />
só po<strong>de</strong>riam ser comprados pela classe A da população<br />
O novo perfil da classe B é formado por pessoas que se casam mais<br />
tar<strong>de</strong> e não têm filhos. Estes homens e mulheres <strong>de</strong> classe média ou<br />
média alta têm maiores rendas individuais e po<strong>de</strong>m gastar mais com si<br />
mesmo, <strong>de</strong>vido ao maior orçamento e estruturas familiares menores.<br />
38
<strong>Consumo</strong> <strong>de</strong> Luxo<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />
No ano passado, o segmento movimentou mais <strong>de</strong> 7,5 bilhões <strong>de</strong> dólares no Brasil, uma alta <strong>de</strong> 22% em relação ao ano anterior.<br />
A perspectiva é <strong>de</strong> crescimento acelerado pelo menos pelos próximos 20 anos, segundo especialistas no setor. Estimativas apontam<br />
para boas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empresas neste setor. Em moda, por exemplo, há uma gran<strong>de</strong> carência <strong>de</strong> bolsas e cintos <strong>de</strong> excelente<br />
qualida<strong>de</strong>.<br />
Como atingir o mercado <strong>de</strong> Luxo?<br />
Consi<strong>de</strong>re os idosos como público alvo<br />
Invista na capacitação da equipe <strong>de</strong> vendas: Exclusivida<strong>de</strong> continua atraindo o público classe A. Po<strong>de</strong><br />
estar ligada à maneira <strong>de</strong> ser atendido, <strong>de</strong> ser mimado. Por isso, um investimento que transforme o ven<strong>de</strong>dor<br />
em um consultor <strong>de</strong> consumo po<strong>de</strong> trazer bons resultados à empresa.<br />
Diversifique e inove seu portfólio <strong>de</strong> produtos: O verda<strong>de</strong>iro luxo significa coisas diferentes para pessoas<br />
diferentes, mas para a maioria dos consumidores o termo é sinônimo <strong>de</strong> rarida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> e requinte. Por<br />
isso, diversificar e inovar sem per<strong>de</strong>r o foco dos valores básicos do luxo é extremamente importante.<br />
Ofereça um produto com alto valor: Depois da crise <strong>de</strong> 2009, os consumidores se preocupam mais com o<br />
verda<strong>de</strong>iro valor do que com o status dos produtos. Isso ocorre por duas razões: maior importância ao valor do<br />
dinheiro e maior relutância em gastar muito enquanto tantas pessoas passam por situações difíceis. Por isso,<br />
não basta apenas ter uma marca forte, é preciso ter qualida<strong>de</strong>.<br />
Não subestime o mercado <strong>de</strong> consumidores entre 65 e 80 anos. Sua procura atual por experiências e importância ao “valor” é<br />
totalmente previsível em função da sua boa forma física e maior longevida<strong>de</strong>.<br />
39
A Nova Classe C<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />
A nova classe C é uma consequência do <strong>de</strong>senvolvimento econômico brasileiro, sendo, no momento, a maior da população do país.<br />
A classe média cresce continuamente e exige novos produtos e serviços, o que mostra um novo caminho que as empresas <strong>de</strong>vem<br />
seguir para se <strong>de</strong>stacarem perante um consumidor mais preocupado com uma alimentação saudável e a conveniência, por exemplo.<br />
Levantamento feito pelo banco <strong>de</strong> investimento Goldman Sachs estima que até 2030 mais <strong>de</strong> 2 bilhões <strong>de</strong> pessoas estarão inseridas<br />
na classe C (parâmetros mundiais). E elas respon<strong>de</strong>rão por 30% da população do planeta.<br />
Características da Classe C<br />
Composta em sua maioria por famílias jovens e por negros<br />
Cada vez mais ligada ao conceito <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />
<strong>Pr</strong>eferência por fazer compras em loja <strong>de</strong> ruas a comprar em shoppings. Isto porque se<br />
sentem mais a vonta<strong>de</strong> em lugares abertos, além do estacionamento do shopping ser<br />
caro. No entanto, o crescimento das linhas <strong>de</strong> metro po<strong>de</strong>m ajudar a alterar este cenário<br />
As mulheres da classe C exercem mais responsabilida<strong>de</strong> sobre a família. Por isso, têm maior autonomia socioeconômica e <strong>de</strong> consumo<br />
Acesso à internet por meio <strong>de</strong> lan houses é bem expressivo na classe C. A internet tem mais função <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> encontro e menos<br />
função <strong>de</strong> mídia. A função <strong>de</strong> consumo ainda está em crescimento e po<strong>de</strong> ser aproveitado pelas empresas.<br />
Cerca <strong>de</strong> 20% da classe C cultua celebrida<strong>de</strong>s<br />
A classe C quer consumir produtos que o incluam em classes mais altas. O aumento do crédito dado a pessoas físicas facilita o acesso<br />
<strong>de</strong>stas pessoas a tais produtos<br />
40
Influência do gênero na forma <strong>de</strong> consumo<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Diferenças <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong> por Gênero<br />
Renda e ida<strong>de</strong> não são os únicos fatores a influenciar na compra <strong>de</strong> produtos do vestuário. Na verda<strong>de</strong>, há um componente adicional<br />
importante a impactar o <strong>de</strong>sempenho do negócio: as diferenças entre homens e mulheres na compra. Homens e mulheres são<br />
diferentes na percepção <strong>de</strong> valor, preferências, aptidões, comportamentos, padrões <strong>de</strong> comunicações, entre outros.<br />
O pensamento convencional sobre compradores do sexo masculino é que eles não gostam <strong>de</strong> fazer compras, razão pela qual fazem<br />
poucas. É um <strong>de</strong>safio simplesmente fazê-los acompanhar uma mulher durante suas compras. Como resultado, a maior parte da<br />
comunicação das empresas para estimular às compras costuma ser voltada para consumidoras do sexo feminino.<br />
De fato, mulheres consomem mais e mais frequentemente que os homens. No entanto, a moda, vestuário e culto pela aparência não se<br />
limitam mais ao consumo feminino. Os homens estão consumindo mais, sendo mais vaidosos e estão mais ligados em moda.<br />
Gasto Médio Mensal (R$) Frequência <strong>de</strong> compra mensal<br />
13,67<br />
Fonte: Acesso a mercado para lojas <strong>de</strong> Roupas<br />
21<br />
Homem Mulher<br />
60%<br />
74%<br />
Homem Mulher<br />
41
Por que ele está crescendo?<br />
Homens estão ficando<br />
solteiros por mais tempo...<br />
Crescimento<br />
do Mercado<br />
Masculino<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Mercado Masculino<br />
Crescimento do número<br />
<strong>de</strong> casais separados...<br />
As vendas para homens cresceram mais <strong>de</strong> 10% nos últimos dois anos.<br />
66,67% dos empresários verificaram aumento nas vendas para homens, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008.<br />
O segmento que mais apontou crescimento no período analisado foi <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> vestuário (20,20%).<br />
As vendas para o público masculino representam, em média, 39,72% do faturamento das lojas mistas.<br />
56,8% dos empresários adotam estratégia <strong>de</strong> marketing específica para homens.<br />
51,92% preparam vitrine elaborada com produtos masculinos.<br />
O preço médio do consumo por venda é <strong>de</strong> R$ 82,17.<br />
46,91% dos consumidores gastam mais <strong>de</strong> 100 reais por compra.<br />
Homens mais vaidosos e<br />
preocupados com bem<br />
estar....<br />
Mulheres mais presentes<br />
no mercado <strong>de</strong> trabalho...<br />
42
O que eles querem?<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Mercado Masculino<br />
Características do consumidor masculino<br />
Os homens andam mais rápido pelos corredores das lojas<br />
Os homens gastam menos tempo olhando<br />
É difícil fazer um homem olhar algo que não tenham a intenção <strong>de</strong> comprar<br />
Normalmente, os homens não gostam <strong>de</strong> perguntar on<strong>de</strong> estão as coisas<br />
Quando um homem leva uma roupa para o cabi<strong>de</strong> <strong>de</strong> prova, só não as comprará se não<br />
couber fisicamente<br />
Os homens são mais sugestionáveis do que as mulheres, pois parecem estar tão ansiosos<br />
para sair da loja que dizem sim para quase tudo<br />
Homens simplesmente querem lugares on<strong>de</strong> consigam encontrar o que precisam com o mínimo <strong>de</strong> procura e, <strong>de</strong>pois, sair rapidamente.<br />
Mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da orientação dos ven<strong>de</strong>dores do que o público feminino. Isto porque ten<strong>de</strong> a comprar diversos itens <strong>de</strong> uma vez só e por<br />
dispor <strong>de</strong> menos informação sobre moda do que a mulher. Por isso, torna <strong>–</strong> se mais fiel a uma marca ou loja <strong>de</strong>vido à qualida<strong>de</strong> do<br />
atendimento que recebe.<br />
Caso da Magrella Homem<br />
A loja é pioneira no mercado <strong>de</strong> luxo da capital do país e reúne gran<strong>de</strong>s marcas entre Armani,<br />
Polo, Ralph Lauren, Sérgio K e Ricardo Almeida. A Magrella Homem percebeu a mudança <strong>de</strong><br />
comportamento do consumidor masculino, que agora exige um atendimento diferenciado.<br />
Para agradar ao público, a Magrella Homem serve uísque aos clientes e promove eventos para<br />
apresentar coleções em datas temáticas. A loja afirma que o homem não se importa em pagar<br />
muito se for convencido <strong>de</strong> que a roupa ou o terno é <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. O ven<strong>de</strong>dor precisa<br />
enten<strong>de</strong>r o universo <strong>de</strong>ste homem, e passar segurança sobre a mercadoria.<br />
43
Elas amam fazer compras...<br />
Aumento da<br />
renda feminina<br />
com a sua<br />
inserção no<br />
mercado <strong>de</strong><br />
trabalho<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Mercado Feminino<br />
Menor<br />
disponibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> tempo para<br />
ir às compras<br />
Compras com amigas<br />
Características da consumidora mulher<br />
Quando saem às compras, são absorvidas pelo ritual <strong>de</strong> comprar, comparar e<br />
imaginar as mercadorias em uso.<br />
As mulheres percorrem calmamente as lojas, examinando as mercadorias,<br />
comparando produtos e valores, fazendo perguntas, e experimentando coisas.<br />
As mulheres experimentam roupas como parte do processo e peças que caem bem<br />
po<strong>de</strong>m ser rejeitadas por outros motivos.<br />
Elas são mais motivadas a comprar roupas ou acessórios que combinem ou que<br />
completem o armário do parceiro, filhos, irmão ou pais.<br />
Exigem mais do que os homens dos ambientes <strong>de</strong> compras. Elas precisam <strong>de</strong><br />
ambientes que possam gastar tempo e <strong>de</strong>slocar-se confortavelmente.<br />
Segundo estudos feitos na Inglaterra, mulheres gastam mais na TPM, como forma <strong>de</strong><br />
compensar seu estresse.<br />
As mulheres são responsáveis por 80% das compras <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> luxo<br />
As mulheres continuam gostando <strong>de</strong> fazer compras com amigas, estimulando-se mutuamente e alertando umas<br />
às outras para compras pouco recomendadas.<br />
Quando duas mulheres fazem compras juntas, costumam gastar mais tempo e dinheiro do que mulheres<br />
<strong>de</strong>sacompanhadas ou atreladas a homens. As mulheres acompanhadas comumente fazem mais comentários, e<br />
muitas vezes comentários positivos que impulsionam a motivação da outra, o que leva a aquisição, mesmo que<br />
algum tempo <strong>de</strong>pois haja uma nova reavaliação e esta não seja tão positiva quanto no ato da compra.<br />
44
Elas precisam <strong>de</strong> crédito<br />
Quando elas compram a prazo?<br />
Compra <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong><br />
maior valor<br />
Não tem situação<br />
específica<br />
Sempre que a loja<br />
permite<br />
Em casos <strong>de</strong> emergência<br />
Quando o parcelamento<br />
é sem juros<br />
Elas sempre compram a prazo...<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Mercado Feminino<br />
2%<br />
12%<br />
23%<br />
27%<br />
51%<br />
72% das mulheres costumam fazer compras a prazo.<br />
Este tipo <strong>de</strong> compra é mais usada para bens <strong>de</strong> maior valor,<br />
mas também é muito utilizada sem razões específicas.<br />
O alto percentual <strong>de</strong> mulheres que respon<strong>de</strong>ram não<br />
possuir situação específica para compra à prazo e que<br />
compram sempre que a loja permite, enfatizam o hábito e<br />
gosto por compra a prazo das brasileiras.<br />
Fonte: <strong>Estudo</strong> “Compras a prazo por mulheres” <strong>–</strong> Sophia Mind - 2010<br />
Assim, elas se endividam mais...<br />
59% das brasileiras estão<br />
endividadas. Dentre estas, 54% é<br />
<strong>de</strong>vido ao cartão <strong>de</strong> crédito<br />
67% das mulheres que possuem<br />
cheque especial já o usaram, sendo<br />
que 29% <strong>de</strong>las o usam todos os<br />
meses<br />
46% das mulheres já contraíram<br />
uma dívida alta no cartão <strong>de</strong> crédito<br />
a ponto <strong>de</strong> não conseguir quitá-la no<br />
curto prazo<br />
Surgimento <strong>de</strong> um problema a ser resolvido<br />
(financeiro ou não) é o maior motivo para as mulheres<br />
se endividarem<br />
92% das mulheres já conseguiram se livrar <strong>de</strong> alguma<br />
dívida, porém 45% <strong>de</strong>las já se endividaram novamente<br />
48% das mulheres já contraíram uma dívida para pagar<br />
outra<br />
Fonte: <strong>Estudo</strong> “Endividamento femininoi” <strong>–</strong> Sophia Mind - 2010<br />
45
Mulheres e Mídias Sociais<br />
Quais são as preferidas por elas?<br />
Orkut<br />
Sonico<br />
Facebook<br />
Twitter<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Mercado Feminino<br />
22%<br />
21%<br />
21%<br />
As mensagens instantâneas e os sites <strong>de</strong> relacionamento<br />
são as mídias sociais mais utilizadas (73% das usuárias<br />
<strong>de</strong> internet). Em seguida estão os sites e<br />
compartilhamento <strong>de</strong> fotos, blogs e fóruns.<br />
O Orkut é o site <strong>de</strong> relacionamento com mais cadastros<br />
entre as usuárias <strong>de</strong> mídias sociais. O Sonico e o<br />
Facebook se igualam na segunda posição.<br />
O Twitter é utilizado por 21% das usuárias <strong>de</strong> mídias<br />
sociais. Este número cresce a cada mensuração <strong>de</strong><br />
audiência.<br />
75%<br />
Fonte: <strong>Estudo</strong> “Porque as mulheres seguem empresas no Twitter?” <strong>–</strong> Sophia<br />
Mind - 2010<br />
O fenômeno do Twitter<br />
A elevada penetração do Twitter e o alto nível<br />
<strong>de</strong> utilização das usuárias transformou o<br />
microblog em uma importante ferramenta<br />
<strong>de</strong> marketing para as empresas<br />
77% das usuárias do Twitter seguem amigos e conhecidos. Este<br />
é o principal grupo <strong>de</strong> contato na ferramenta.<br />
Pessoas públicas como artistas, apresentadores, humoristas e<br />
cantores são seguidos por 55% das usuárias.<br />
As empresas e marcas também formam grupo <strong>de</strong> extrema<br />
relevância para as mulheres. 47% <strong>de</strong>las seguem, pelo menos,<br />
uma empresa ou marca <strong>de</strong> produto.<br />
O que leva as pessoas a seguirem empresas no Twitter?<br />
A principal razão para as usuárias do Twitter no Brasil<br />
seguirem as empresas são as promoções divulgadas no Twitter.<br />
O que elas esperam das empresas no Twitter?<br />
Para 83% <strong>de</strong>las, as empresas <strong>de</strong>vem se comunicar,<br />
respon<strong>de</strong>ndo aos tweets <strong>de</strong> seus followers. Devem postar<br />
promoções, conteúdos e dicas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> seus produtos e serviços<br />
O uso do Twitter apenas para divulgação <strong>de</strong> produtos (sem<br />
relacionamento) ou apenas para monitorar o que estão falando da<br />
empresa não é atrativo para as mulheres<br />
46
Meios <strong>de</strong> Pagamento Eletrônico<br />
Entre 2009 e 2010, houve um aumento do acesso aos meios<br />
eletrônicos nos segmentos menos favorecidos, alcançando 71% da<br />
população<br />
Há um tendência <strong>de</strong> maior posse do cartão <strong>de</strong> crédito nas classes<br />
baixas (DE) e entre os idosos<br />
No que diz respeito à posse <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> loja e <strong>de</strong> débito está<br />
ocorrendo um aumento mais expressivo na classe C e também entre<br />
os mais velhos. Denotando o apelo por crédito <strong>de</strong>stes segmentos<br />
O cartão <strong>de</strong> loja é o mais “<strong>de</strong>mocrático”, sua função é: estreitar o<br />
relacionamento com os clientes; expandir o uso do produto; e facilitar<br />
o crédito na hora das compras<br />
1<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
Compra<br />
Perfil do consumidor que tem posse dos seguintes meios eletrônicos<br />
Cartão <strong>de</strong> Débito<br />
Classe AB<br />
Faixa Etária <strong>de</strong> 25 a 34 anos<br />
Capitais da região Sul, Su<strong>de</strong>ste e<br />
Brasília<br />
Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />
53%<br />
56%<br />
48%<br />
50%<br />
26%<br />
27%<br />
Cartão <strong>de</strong> Débito Cartão <strong>de</strong> Crédito Cartão <strong>de</strong> Loja<br />
2008 2010<br />
2 Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />
3 Cartão <strong>de</strong> Loja<br />
Classe AB<br />
Faixa Etária <strong>de</strong> 25 a 44 anos<br />
Destaque para BH, SP e Brasília<br />
Posse <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento (%)<br />
Classe ABC<br />
Índices mais equilibrados nas<br />
faixas etárias<br />
Capitais do Norte e Porto Alegre<br />
47
Meios <strong>de</strong> pagamento por faixa <strong>de</strong> valor<br />
7%<br />
93%<br />
17%<br />
83%<br />
Até 10 reais De 10 a 20<br />
reais<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
Compra<br />
39%<br />
60%<br />
De 20 a 50<br />
reais<br />
61%<br />
36%<br />
De 50 a 100<br />
reais<br />
79%<br />
15%<br />
De 100 a<br />
500 reais<br />
Meios eletrônicos Dinheiro<br />
80%<br />
11%<br />
Mais <strong>de</strong> 500<br />
reais<br />
Nota-se que a medida que se eleva o valor do produto ou serviço,<br />
há um aumento do número <strong>de</strong> compras através <strong>de</strong> meio eletrônico.<br />
Isto po<strong>de</strong> ser explicado <strong>de</strong>vido à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamento e ao<br />
medo das pessoas <strong>de</strong> saírem na rua com uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
dinheiro para adquirir estes bens<br />
Mesmo não possuindo um valor agregado tão elevado, roupas,<br />
calçados e acessórios é o segmento cujo meio <strong>de</strong> pagamento<br />
eletrônico é mais utilizado. Desta forma, po<strong>de</strong>mos concluir que há<br />
uma preferência do consumidor por esta forma <strong>de</strong> compra<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do valor <strong>de</strong>ste bem<br />
Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />
Uso dos meios eletrônicos por categoria <strong>de</strong> produtos<br />
Meios Eletrônicos<br />
Roupas, calçados, jóias<br />
Bens duráveis para casa<br />
Passagem aéreas e terrestres<br />
Hoteis, pousadas, etc.<br />
Material para construção<br />
Não Eletrônicos<br />
Jornais, revistas, livros<br />
Educação<br />
Compra ou locação <strong>de</strong> veículos<br />
Lazer (cinema, teatro, etc.)<br />
Serviço médico, clínicas<br />
Restaurantes, bares<br />
63%<br />
62%<br />
57%<br />
56%<br />
51%<br />
89%<br />
87%<br />
78%<br />
77%<br />
75%<br />
63%<br />
48
Como as pessoas consomem?<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
Compra: Ótica do Consumidor<br />
Utilização <strong>de</strong> meios eletrônicos por classe social<br />
Nas classes menos favorecidas (DE), há forte preferência pelo<br />
uso <strong>de</strong> dinheiro como meio <strong>de</strong> pagamento. Isto porque apenas<br />
pequena parcela da população <strong>de</strong>sta classe tem acesso a<br />
cartões <strong>de</strong> crédito, o que limita as formas <strong>de</strong> pagamento.<br />
Geralmente, eles pagam à vista.<br />
Uma das últimas pesquisas do IPEA revelou que 46% dos<br />
brasileiros estão endividados. Desses 46%, 10% <strong>de</strong>clararam<br />
que não terão condições <strong>de</strong> pagar as dívidas.<br />
A pesquisa também apontou que o cartão <strong>de</strong> crédito é o<br />
principal responsável pelo endividamento dos brasileiros. Isso<br />
é resultado da ampliação do crédito, que, muitas vezes, é<br />
concedido sem critérios.<br />
Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />
O uso <strong>de</strong> meios eletrônicos aumenta a medida que a renda do indivíduo cresce, enquanto<br />
o uso do dinheiro se torna escasso a medida que a classe social é mais abastada<br />
Nas classes AB, 63% das pessoas preferem os meios eletrônicos. Isto po<strong>de</strong> ser explicado<br />
pelo fato <strong>de</strong>les se preocuparem mais com a segurança e por adquirirem produtos <strong>de</strong><br />
maior valor agregado<br />
Percebe-se que as classes AB divi<strong>de</strong>m seus pagamentos entre cartão <strong>de</strong> débito, <strong>de</strong><br />
crédito e dinheiro <strong>de</strong> maneira equilibrada, cada um com mais ou menos um terço do total<br />
Meios Eletrônicos<br />
33%<br />
17%<br />
13%<br />
29%<br />
22%<br />
11%<br />
33%<br />
53%<br />
Cartão <strong>de</strong> débito Cartão <strong>de</strong> crédito Dinheiro<br />
Classe AB Classe C Classe DE<br />
67%<br />
49
Como as pessoas consomem?<br />
Hábito, preferência e gasto dos consumidores<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
Compra: Ótica do Consumidor<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento Hábito <strong>Pr</strong>eferência Gasto/mês<br />
Cartão <strong>de</strong> Débito<br />
Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />
Cartão <strong>de</strong> Loja<br />
Dinheiro<br />
66%<br />
64%<br />
31%<br />
100%<br />
25%<br />
25%<br />
3%<br />
44%<br />
20%<br />
30%<br />
3%<br />
30%<br />
Obs.: Nas colunas “<strong>Pr</strong>eferência” e “Gasto/mês”, outros meios <strong>de</strong> pagamento, como<br />
cheques, representam, 3 % e 17%.<br />
Mais <strong>de</strong> 50% dos gastos mensais da população brasileira são<br />
realizados por meios eletrônicos<br />
Os consumidores preferem pagar em dinheiro. Porém, percebe-se<br />
que o gasto mensal em dinheiro é <strong>de</strong> apenas 30%, o que po<strong>de</strong> ser<br />
explicado pelas pessoas pagarem os bens <strong>de</strong> maior valor agregado<br />
através <strong>de</strong> meios eletrônicos<br />
Comparativamente ao dinheiro, o cartão <strong>de</strong> crédito tem a menor<br />
preferência, porém participação equivalente no pagamento dos gastos<br />
mensais<br />
A preferência dos consumidores por cartão <strong>de</strong> crédito é explicada:<br />
pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento das compras, sem juros;<br />
segurança <strong>de</strong> não levar dinheiro; e ter mais prazo no pagamento<br />
Em contrapartida, o cartão <strong>de</strong> crédito facilita a pessoa a per<strong>de</strong>r o<br />
controle <strong>de</strong> seus gastos, além <strong>de</strong> ter anuida<strong>de</strong> e juros elevados<br />
Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />
Vantagens e <strong>de</strong>svantagens dos meio eletrônicos<br />
Cartão <strong>de</strong> crédito<br />
Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento das compras, sem<br />
juros<br />
<strong>Pr</strong>azo para pagamento<br />
Não tem controle dos gastos, po<strong>de</strong> gastar mais e se<br />
endividar<br />
Cartão <strong>de</strong> débito<br />
Dinheiro sai da conta no ato da compra<br />
Perda <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z não é sentida pelo consumidor<br />
Mais seguro e confortável para o consumidor<br />
Cartão <strong>de</strong> loja<br />
Cliente precisa andar com mais um cartão na carteira<br />
Gera maiores benefícios, pois os cartões <strong>de</strong> loja<br />
oferecem <strong>de</strong>sconto e tratamento especial nos<br />
estabelecimentos<br />
50
Aceitação, preferência e receita sob a ótica dos lojistas<br />
Meios <strong>de</strong><br />
pagamento<br />
Cartão <strong>de</strong><br />
Débito<br />
Cartão <strong>de</strong><br />
Crédito<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />
Compra: Ótica do Lojista<br />
Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />
Aceitação <strong>Pr</strong>eferência Participação<br />
99% 15% 20%<br />
97% 8% 35%<br />
Dinheiro 100% 74% 32%<br />
Cheque 51% 1% 4%<br />
O lojista <strong>de</strong>ve aceitar cartões <strong>de</strong> crédito e débito?<br />
Pontos Fortes<br />
Pagamento Garantido (afasta problemas<br />
como cheque sem fundo).<br />
Aumento do número <strong>de</strong> clientes (mais<br />
crédito).<br />
Há gran<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> na preferência pelo dinheiro, entre os<br />
lojistas. No entanto, a participação <strong>de</strong>ste em relação ao faturamento<br />
mensal é menor que a do cartão <strong>de</strong> crédito<br />
Com relação aos meios eletrônicos, apesar da gran<strong>de</strong> aceitação, a<br />
preferência continua restrita a uma parcela <strong>de</strong> 23% e, mesmo assim,<br />
estes correspon<strong>de</strong>m a 55% do faturamento mensal dos lojistas<br />
A gran<strong>de</strong> maioria dos lojista prefere receber em dinheiro à cartão <strong>de</strong><br />
débito, mas, atualmente, o nível <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong>stes meios é<br />
praticamente a mesma<br />
A tendência é <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio na aceitação do cheque. Com ele o lojista<br />
tem menor segurança e assume todo o risco da transação. Contudo,<br />
ainda é o meio mais utilizado para compras <strong>de</strong> valores muito<br />
elevados, como <strong>de</strong> carros e motos.<br />
Mais segurança <strong>de</strong>vido ao dinheiro ser<br />
virtual, e por isso, não dá para ser roubado.<br />
Pontos Fracos<br />
Demora para receber (cartão <strong>de</strong><br />
crédito).<br />
Aluguel <strong>de</strong> Terminal Convencional <strong>de</strong><br />
Point of Sales (POS).<br />
51
Como as pessoas consomem?<br />
Canais <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />
Representativida<strong>de</strong> dos canais <strong>de</strong> varejo no faturamento (%)<br />
50<br />
45<br />
23<br />
22<br />
6<br />
8<br />
2 2 1 1<br />
2009 2010 (projeção)<br />
No varejo como um todo, o e-commerce vem se <strong>de</strong>stacando,<br />
pois sua participação no faturamento das empresas vem<br />
aumentando progressivamente, roubando mercado,<br />
principalmente, <strong>de</strong> lojas físicas<br />
Assim como é comum nas empresas do setor varejista, no<br />
segmento do vestuário, aos poucos, ocorre a valorização do ecommerce,<br />
gerando oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação para diversas<br />
empresas.<br />
Fontes: Delloite <strong>–</strong> “Análise Setorial: o Varejo no novo cenário econômico” - 2009<br />
18<br />
22<br />
Canais abordados<br />
1<br />
2<br />
3<br />
Varejo Físico<br />
Canal mais popular para comercialização do vestuário,<br />
precisa se reinventar para não per<strong>de</strong>r mercado para canais<br />
alternativos. Utilizando-se do conceito <strong>de</strong> Marketing Sensorial,<br />
empresas inovam e conquistam o consumidor<br />
Venda Direta<br />
Canal ainda dominado por empresas <strong>de</strong> cosméticos, vem<br />
sendo explorado por varejistas <strong>de</strong> outros segmentos em<br />
função do aumento do po<strong>de</strong>r aquisitivo dos consumidores da<br />
classe C, público-alvo <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comercialização<br />
E-commerce<br />
No Brasil, ainda é um canal pouco utilizado para compra <strong>de</strong><br />
vestuário, mas vem <strong>de</strong>monstrando crescimento. Ainda há<br />
certa insegurança por parte do consumidor, que vêm sendo<br />
vencidas com soluções inovadoras<br />
52
Cenário Atual<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Lojas Físicas<br />
As lojas físicas têm a preferência<br />
<strong>de</strong> 2/3 dos consumidores<br />
Dois terços dos consumidores <strong>de</strong> roupas e acessórios<br />
ainda preferem comprar em lojas físicas, aponta uma<br />
pesquisa da Accenture. A justificativa é que eles gostam<br />
<strong>de</strong> conversar com o ven<strong>de</strong>dor, ver, sentir e experimentar<br />
a mercadoria. No Brasil, esse dado nunca foi medido,<br />
mas acredita-se que o comportamento seja semelhante<br />
Crescimento <strong>de</strong> canais alternativos,<br />
como o e-commerce<br />
Apesar disso, canais alternativos vêm ganhando espaço<br />
no mercado. Diante do aumento da competição, há a<br />
tendência <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> lojas cada vez mais<br />
especializadas, aumentando a abrangência regional<br />
<strong>Pr</strong>eferências <strong>de</strong> consumo<br />
Fazer compras é lazer...<br />
Clientes buscam, principalmente, que o ato <strong>de</strong><br />
comprar se torne uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer. Além<br />
disso, <strong>de</strong>sejam que a loja tenha o seu perfil, seu<br />
estilo, sua marca.<br />
<strong>Pr</strong>eciso <strong>de</strong> um ven<strong>de</strong>dor!!!<br />
Muitos consumidores que buscam lojas<br />
físicas sentem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxílio no<br />
momento <strong>de</strong> escolher as peças que vão<br />
comprar. É importante, portanto, que as<br />
empresas treinem seus ven<strong>de</strong>dores ou<br />
possuam profissionais <strong>de</strong> estilo nas lojas<br />
O que está na moda???<br />
Por meio <strong>de</strong> passeios nos shoppings,<br />
calçadões e outros centros <strong>de</strong><br />
comercialização as pessoas po<strong>de</strong>m ter<br />
uma noção do que está ou não na moda,<br />
fatores que influenciam no processo <strong>de</strong><br />
consumo, e elevam a participação nas<br />
vendas das lojas físicas<br />
53
Soluções para aumento do consumo<br />
Com o fortalecimento <strong>de</strong> outros canais <strong>de</strong> comercialização, as lojas físicas se veem obrigadas a inovar para atrair os consumidores,<br />
utilizando <strong>de</strong> forma intensiva a tecnologia, inserindo aspectos <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> nas vitrines e, até mesmo, no chão das lojas, bem como<br />
técnicas <strong>de</strong> Marketing Sensorial, especialmente luz, sons e cheios. A seguir apresentamos alguns exemplos interessantes.<br />
Etiqueta Sonora<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Lojas Físicas<br />
Difusor <strong>de</strong> Fragrâncias<br />
Aparelho que espalha perfume pelo ar. Tem como função principal dar i<strong>de</strong>ntificação olfativa à marca, ao<br />
estilo <strong>de</strong> vestuário que está sendo proposto. Geralmente, não usa líquidos, mas microcápsulas secas,<br />
que duram mais tempo no ar. O preço varia <strong>de</strong> acordo com a potência do aparelho, proporcional ao<br />
tamanho da loja.<br />
Pequeno chip inserido na etiqueta da peça <strong>de</strong> roupa controla a música ambiente do<br />
provador. Desta forma, é possível ter, por exemplo, roupas <strong>de</strong> festa com música <strong>de</strong> balada<br />
e moda surfe com sons marinhos.<br />
Esta estratégia auxilia a empresa a gerar uma i<strong>de</strong>ntificação imediata do consumidor com o<br />
momento <strong>de</strong> utilização do vestuário. Assim, ele se sente mais instigado a adquiri-lo.<br />
54
Soluções para aumento do consumo<br />
Piso Interativo<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Lojas Físicas<br />
Vitrine Eletrônica<br />
Nesta inovação, o próprio vidro da vitrine vira um monitor touch screen no qual o cliente<br />
po<strong>de</strong> navegar e conferir os produtos, sem precisar entrar na loja. Tem por objetivo atrair <strong>de</strong><br />
maneira efetiva os consumidores mais novos , seduzi-los pelo aspecto visual e pela<br />
elevada interativida<strong>de</strong>.<br />
É uma boa estratégia para atrair clientes que não gostam <strong>de</strong> ser assediados por<br />
ven<strong>de</strong>dores e que <strong>de</strong>sejam ter todas as opções <strong>de</strong> compra ao alcance das mãos.<br />
Com esta tecnologia, o chão se transforma em uma tela que reage ao toque dos pés.<br />
Ela po<strong>de</strong> ser usada para exposição da marca, exibição <strong>de</strong> produtos ou para jogos.<br />
Tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar um ambiente <strong>de</strong> consumo diferenciado <strong>de</strong>ntro das lojas,<br />
motivar o consumo e instigar as pessoas a visualizar os momentos em que utilizarão<br />
as roupas.<br />
55
Como as pessoas consomem?<br />
Lojas Físicas - Casos<br />
Em parceria com a Intel e a Adidas, <strong>de</strong>signers da agência<br />
Judge Gill criaram o adiVERSE Virtual Footwear Wall, uma<br />
espécie <strong>de</strong> parece virtual para ven<strong>de</strong>r tênis.<br />
O consumidor po<strong>de</strong>, através da tela, visualizar as cores do<br />
produto, checar estoque, entre outras informações<br />
adicionais. Caso não haja o tênis na loja, é possível<br />
realizar o pedido no próprio local, pela internet.<br />
Ví<strong>de</strong>o: http://vimeo.com/18701611<br />
Site: www.judgegill.co.uk<br />
A Cantão se <strong>de</strong>staca por ter forte política sócio-ambiental.<br />
Atualmente, os produtos vendidos são entregues aos<br />
consumidores <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ecobags.<br />
Em 2008, lançou a campanha “Eu amo ler”, arrecadando<br />
3.500 livros que foram doados para bibliotecas públicas do<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Outro programa, o “Reciclagem Cantão”, tem por objetivo<br />
doar sobras <strong>de</strong> antigas coleções para compor o figurino e o<br />
cenário <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> teatro. Em 2010, a empresa<br />
apostou na venda online <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> produtos para<br />
casa fabricados pela ONG Refazer.<br />
Site: www.cantao.com.br<br />
56
Cenário Atual<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Venda Direta<br />
Volume nominal <strong>de</strong> negócios em R$ bilhões<br />
14,5<br />
16,2<br />
<strong>Pr</strong>eferências <strong>de</strong> consumo<br />
18,5<br />
21,9<br />
2006 2007 2008 2009 2010<br />
26<br />
Segundo a ABEVD, o canal <strong>de</strong> vendas diretas obteve um<br />
crescimento no volume financeiro comercializado <strong>de</strong> 80%, entre<br />
2006 e 2010. Desempenho somente inferior ao e-commerce<br />
O setor <strong>de</strong> vendas diretas atrai cada vez mais empresas. Apesar<br />
do principal segmento no Brasil ainda ser o <strong>de</strong> cosméticos, com<br />
players como a Avon e Natura, outros ramos <strong>de</strong> empresas<br />
começam a trabalhar com este canal<br />
Além disso, empresas <strong>de</strong> e-commerce começam a se aproveitar<br />
da capilarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste canal e enviar via correio catálogos que<br />
impulsionem as vendas no meio virtual. Um exemplo <strong>de</strong> sucesso<br />
por meio <strong>de</strong>sta estratégia é o site Comprafácil.com, segundo maior<br />
site <strong>de</strong> e-commerce <strong>de</strong> produtos do Brasil.<br />
1 Força na Classe C<br />
2 Relacionamento e Confiança<br />
Tradicionalmente, os consumidores <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> canal<br />
são da classe C. Este fato explica o crescimento do<br />
mercado <strong>de</strong> vendas diretas dos últimos anos, quando<br />
milhões <strong>de</strong> brasileiros ascen<strong>de</strong>ram socialmente da classe<br />
D para a C. A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong>ve fazer<br />
com que este canal receba ainda mais <strong>de</strong>staque na<br />
estratégia das empresas do varejo.<br />
Este canal <strong>de</strong> vendas tem como principal ponto forte o<br />
nível <strong>de</strong> relacionamento e confiança que são criados entre<br />
ven<strong>de</strong>dores e consultores (pessoas que realizam as<br />
vendas). Muitas das vezes, as pessoas não necessitam<br />
<strong>de</strong> produto algum, mas para “ajudar o consultor” acabam<br />
adquirindo alguma coisa visando a obter benefícios em<br />
transações futuras.<br />
57
Soluções para aumento do consumo<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Venda Direta<br />
Cartilhas Informativas: A Natura, uma das lí<strong>de</strong>res no mercado <strong>de</strong><br />
venda direta no Brasil, <strong>de</strong>senvolveu cartilhas que enumeram o que as<br />
reven<strong>de</strong>doras da marca po<strong>de</strong>m e não po<strong>de</strong>m fazer durante seus<br />
trabalhos. Este tipo <strong>de</strong> iniciativa facilita a padronização do serviço e é<br />
uma boa forma <strong>de</strong> se comunicar com sucesso com o público.<br />
Uso dos IPADs: A fabricante <strong>de</strong> calçados Di Cavalcanti investiu na<br />
compra <strong>de</strong> IPADs que serão utilizados como catálogos virtuais pelos<br />
seus representantes comerciais. O aparelho permite <strong>de</strong>monstrar os<br />
produtos em uma varieda<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> cores, aplicando-as<br />
digitalmente, sem ter que fotografar cada nova opção em estúdio.<br />
Além <strong>de</strong> ser mais leve e prático <strong>de</strong> carregar, o mostruário digital<br />
também oferece como vantagem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser atualizado<br />
com maior frequência, eliminando os custos <strong>de</strong> impressão.<br />
Treinamento e relacionamento com reven<strong>de</strong>dores: Para garantir<br />
sucesso nas vendas através do reven<strong>de</strong>dor, empresas realizam<br />
eventos, reuniões <strong>de</strong> negócios, conferências, seminários e<br />
programas <strong>de</strong> incentivo. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da estratégia adotada,<br />
o importante é transmitir para o reven<strong>de</strong>dor a cultura da marca e dar<br />
base para que ele seja o melhor amigo do cliente na hora da<br />
compra, orientando e passando todas as informações necessárias<br />
sobre os produtos.<br />
58
Cenário Atual<br />
Faturamento do e-commerce <strong>–</strong> 1°<br />
semestre <strong>de</strong> 2010 <strong>–</strong> Brasil<br />
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce<br />
Crescimento em relação ao 1° semestre <strong>de</strong><br />
2009<br />
Representativida<strong>de</strong> da venda online <strong>de</strong><br />
vestuário no Brasil<br />
Representativida<strong>de</strong> da venda online <strong>de</strong><br />
vestuário nos EUA (benchmarking)<br />
Fonte: Algusto Aki <strong>–</strong> “Acesso a Mercado para Lojas <strong>de</strong> Roupas”<br />
Efeito Internet na Avaliação e Seleção <strong>de</strong> <strong>Pr</strong>odutos<br />
<strong>Pr</strong>oporção <strong>de</strong> indivíduos que já compraram produtos ou<br />
serviços pela internet <strong>–</strong> 2010<br />
82%<br />
68%<br />
R$ 6,7 bilhões<br />
13%<br />
40%<br />
4%<br />
12%<br />
Classe A/B Classe C Classe D/E<br />
Fonte: Revista Exame, Edição 978 <strong>–</strong> 20/10/2010<br />
Atualmente, o segmento <strong>de</strong> vestuário ainda não aparece nas 5<br />
primeiras colocações <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> e-commerce no<br />
Brasil, sendo a primeira colocada a categoria <strong>de</strong> “Livros e<br />
Assinaturas <strong>de</strong> Revistas e Jornais”<br />
Apesar disso, houve um crescimento <strong>de</strong> 115% do número <strong>de</strong><br />
pedidos no varejo <strong>de</strong> moda no e-commerce, <strong>de</strong> 2008 para 2009,<br />
enquanto no varejo físico o indicador cresceu 108%<br />
O crescimento dos clubes <strong>de</strong> compras e dos sites <strong>de</strong> compras<br />
coletivas ten<strong>de</strong>m a elevar o potencial <strong>de</strong> consumo do segmento.<br />
Em especial, junto ao público feminino, maiores utilizadores<br />
<strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio<br />
As classes A e B, por terem maior po<strong>de</strong>r aquisitivo e, em<br />
consequência disso, maior acesso à internet, são os maiores<br />
consumidores por meio <strong>de</strong>ste canal.<br />
Contudo, a classe C vem adquirindo maior familiarida<strong>de</strong> com<br />
o meio <strong>de</strong> comercialização, em especial por conta dos seguintes<br />
aspectos:<br />
Novas formas <strong>de</strong> acessar à internet (escolas, lan<br />
houses, etc.)<br />
Crescimento do po<strong>de</strong>r aquisitivo.<br />
Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior parcelamento das compras<br />
59
4%<br />
11%<br />
16% 17%18%20%22%23%24%<br />
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce<br />
Efeito Internet na Avaliação e Seleção <strong>de</strong> <strong>Pr</strong>odutos<br />
Que tipo <strong>de</strong> produto ou serviço você estaria<br />
disposto a comprar se fosse altamente<br />
recomendado em uma re<strong>de</strong> social da qual faz<br />
parte?<br />
28%<br />
40% 42%<br />
45%45% 47%<br />
Meios <strong>de</strong> comunicação consi<strong>de</strong>rados mais eficientes<br />
para a promoção <strong>de</strong> vendas<br />
Computador (internet)<br />
Pontos <strong>de</strong> venda<br />
Outros meios<br />
Outdoors<br />
Fonte:“Qual a re<strong>de</strong> social mais influente nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> compra?” - Sophia Mind Fonte: “Comércio online: as relações das empresas com seus públicos na internet” - Delloite <strong>–</strong> 2009<br />
Folhetos<br />
Revistas<br />
Celular<br />
Jornais<br />
TV<br />
Feiras<br />
Rádio<br />
12%<br />
10%<br />
10%<br />
10%<br />
18%<br />
17%<br />
27%<br />
33%<br />
39%<br />
37%<br />
68%
Efeito internet na avaliação e seleção <strong>de</strong> produtos<br />
Internet como<br />
Fonte <strong>de</strong><br />
Informação<br />
Internet como<br />
forma <strong>de</strong><br />
interação<br />
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce<br />
No universo feminino, 67% das usuárias <strong>de</strong> internet afirmam buscar informações na re<strong>de</strong> sobre produtos ou<br />
serviços antes <strong>de</strong> comprá-los ou contratá-los<br />
Um estudo sobre compras da Motorola Solutions indicou que 55% dos varejistas pesquisados acreditam<br />
que os clientes tiveram acesso a mais e melhores informações que as equipes dos pontos <strong>de</strong> venda por meio<br />
da internet<br />
No pós-venda, no caso <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> beleza, 62% das mulheres buscam dicas <strong>de</strong> como usá-los na web<br />
Atualmente, blogs <strong>de</strong> moda têm influenciado consumidores na maneira <strong>de</strong> vestir e combinar peças <strong>de</strong><br />
roupas, já que dão diversas dicas <strong>de</strong> moda gratuitas, para todos os estilos. Tornaram-se, portanto, uma<br />
referência no momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir quais peças <strong>de</strong>ve-se ter no armário.<br />
De acordo com um estudo realizado pelo e-bit em 2010, 55% dos e-consumidores que fizeram compras<br />
influenciados por uma re<strong>de</strong> social são mulheres.<br />
Outro estudo, da Sophia Mind, apresenta que 60% das mulheres comentam suas experiências com<br />
produtos nas re<strong>de</strong>s sociais. Além disso, mostra que mais da meta<strong>de</strong> das consumidoras já compraram algum<br />
produto baseado em indicações que receberam online.<br />
Quando se analisa as categorias preferidas dos e-consumidores provenientes <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais, Moda e<br />
Acessórios aparece como <strong>de</strong>staque, com cerca <strong>de</strong> 20% do volume transacional. A mesma categoria<br />
representa, apenas, 4% das vendas totais no comércio virtual<br />
61
<strong>Pr</strong>eferências <strong>de</strong> consumo<br />
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce<br />
Quando compra pela internet, o consumidor busca praticida<strong>de</strong> e conforto<br />
Em geral, são jovens e ganham mais que o dobro dos que preferem o varejo tradicional.<br />
Apesar <strong>de</strong>ste potencial, estes consumidores ainda resistem a comprar vestuário via internet<br />
<strong>Estudo</strong>s apontam que mulheres jovens costumam comprar através <strong>de</strong>ste canal em busca do<br />
fast fashion (moda rápida que segue tendências, mas não <strong>de</strong>manda gran<strong>de</strong> investimento)<br />
Neste sentido, há preferência por itens em oferta com preços mais baixos, o que diminui o<br />
risco <strong>de</strong> uma compra frustrada<br />
A internet seduz pela comparação direta <strong>de</strong> itens <strong>de</strong> consumo, pela maior gama <strong>de</strong> produtos<br />
expostos e pela comodida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> compra.<br />
Tipicamente, o consumidor compra pela Internet <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> procurar o nome<br />
das marcas em sites <strong>de</strong> busca, promoção via e-mail, procurando o site da loja<br />
diretamente ou em sites <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong> preços.<br />
Como, atualmente, muitos consumidores buscam produtos diferentes e<br />
únicos, empresas como a Tobi, <strong>Pr</strong>ivalia e BuyVip (clubes <strong>de</strong> compras)<br />
conseguiram ter sucesso no meio online. Estas empresas realizam<br />
promoções diárias e ven<strong>de</strong>m produtos não encontrados facilmente, muitos<br />
<strong>de</strong>les <strong>de</strong> grifes internacionais.<br />
62
Barreiras e soluções para aumento do consumo<br />
Falta <strong>de</strong> padronização <strong>de</strong><br />
tamanhos das peças<br />
comercializadas entre lojas<br />
diferentes<br />
As lojas online continuam<br />
incapazes <strong>de</strong> proporcionar a<br />
gratificação instantânea da<br />
experiência <strong>de</strong> compra nos<br />
estabelecimentos físicos<br />
Abandono do carrinho <strong>de</strong><br />
compras virtual antes <strong>de</strong> finalizar<br />
a aquisição do produto, sendo o<br />
custo do frete um dos principais<br />
motivos para tal<br />
Os consumidores <strong>de</strong>sejam tocar<br />
na roupa para ter a certeza <strong>de</strong> ser<br />
um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce<br />
O comércio eletrônico ainda enfrenta diversas barreiras para se tornar popular, mas já há algumas soluções no mercado que po<strong>de</strong>m ser<br />
adotadas pelas empresas.<br />
A Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas (ABNT) está <strong>de</strong>finindo novas normas <strong>de</strong> medidas<br />
junto com a Associação Brasileira <strong>de</strong> Vestuário (Abravest). Enquanto isso não ocorre,<br />
algumas lojas oferecem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>: (i) o cliente realizar a troca <strong>de</strong> um produto<br />
comprado na loja física da marca ou (ii) coletar os produtos na casa do consumidor e efetuar a<br />
troca gratuitamente.<br />
É preciso acelerar, cada vez mais, a entrega das peças compradas pela internet. É importante<br />
oferecer diversas formas <strong>de</strong> entrega que, mesmo variando <strong>de</strong> preço, mostrarão flexibilida<strong>de</strong> ao<br />
consumidor.<br />
Já há ferramentas que <strong>de</strong>tectam o abandono do carrinho e enviam, imediatamente, um e-mail<br />
para o consumidor oferecendo benefícios e <strong>de</strong>scontos, o incentivando a finalizar a compra.<br />
Existem ferramentas no mercado online que mostram os produtos em <strong>de</strong>talhe, com zoom e<br />
efeito 3D, que se aproximam da realida<strong>de</strong>.<br />
63
O envolvimento emocional<br />
existente no momento da compra<br />
é prejudicado<br />
<strong>Estudo</strong>s mostram que muitas<br />
clientes precisam da aprovação<br />
das amigas antes <strong>de</strong> finalizar uma<br />
compra<br />
Há o receio <strong>de</strong> que a peça não<br />
vista corretamente no corpo<br />
Segurança e privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
dados<br />
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce<br />
Barreiras e soluções para aumento do consumo<br />
Sites começaram a expor comentários <strong>de</strong> especialistas e <strong>de</strong> outros consumidores sobre o<br />
produto, <strong>de</strong> forma a envolver o consumidor na compra. Marcas também criam blogs e revistas<br />
online com o mesmo objetivo.<br />
Há ferramentas <strong>de</strong> internet em <strong>de</strong>senvolvimento que permitem abrir um espaço <strong>de</strong> bate-papo<br />
on<strong>de</strong> as amigas po<strong>de</strong>m se "encontrar" online para uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
Atualmente, há diversos tipos <strong>de</strong> provadores virtuais no mercado. A empresa americana<br />
UniqueScan criou uma cabine com sensores que mapeiam o corpo em 200 mil pontos,<br />
gerando um boneco virtual com as medidas exatas do consumidor. A Marisa criou uma<br />
solução mais simples, na qual o cliente envia as principais medidas pela internet e o site<br />
retorna o tamanho i<strong>de</strong>al das peças.<br />
Ferramentas <strong>de</strong> pagamento online como a Pagseguro estão se tornando cada vez mais<br />
conhecidas e utilizadas pelos usuários. Além disso, já existem certificados relacionados à<br />
segurança <strong>de</strong> dados que os sites po<strong>de</strong>m buscar ter, <strong>de</strong> forma a passar maior confiabilida<strong>de</strong> ao<br />
consumidor.<br />
64
Como as pessoas consomem?<br />
E-commerce - Casos<br />
Na Camiseteria, e-commerce <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> camisetas e ecobags,<br />
os próprios consumidores sugerem as estampas dos<br />
produtos, os internautas votam nas que mais gostam e as<br />
com melhor posição no ranking são produzidas pela<br />
empresa. A participação do consumidor em todo o processo<br />
é reconhecida com promoções, <strong>de</strong>scontos e até<br />
remuneração em dinheiro.<br />
A marca também possui um blog e está presente nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais, <strong>de</strong> forma a se conectar com seu público alvo. Além<br />
disso, os consumidores po<strong>de</strong>m enviar fotos vestindo as<br />
camisas adquiridas, que são mostradas no site da empresa.<br />
Site: www.camiseteria.com<br />
A Farm utiliza a técnica do marketing sensorial para atrair<br />
consumidores. O cheiro da loja, a ambientação e<br />
exposição dos produtos têm a ver com a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da<br />
marca e se adéqua ao conceito das coleções. Neste<br />
sentido, criou a rádio Farm, que po<strong>de</strong> ser ouvida nas lojas<br />
e no site.<br />
A empresa também investiu no relacionamento com os<br />
consumidores através da internet e, atualmente, mantém<br />
um <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong>dicado à atualização do blog e do<br />
Twitter da marca. Não somente, foi a primeira grife<br />
brasileira a criar um aplicativo para o Iphone, no qual é<br />
possível acessar o conteúdo do blog e o lookbook da<br />
marca, que é renovado mensalmente.<br />
Site: www.farmrio.com.br<br />
65
Agenda<br />
Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />
Aspectos Socioeconômicos<br />
Como as pessoas consomem?<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />
66
No processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> compra <strong>de</strong><br />
uma roupa o “dizer que” é mais valorizado<br />
que o “servir para”<br />
Quando o consumidor <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> comprar uma<br />
roupa, ele não está apenas comprando<br />
pedaços <strong>de</strong> panos bem costurados. Ele está<br />
comprando algo que o represente, represente<br />
o grupo ao qual pertence.<br />
Além do aspecto psicológico que a roupa traz<br />
ao indivíduo, a peça <strong>de</strong> vestuário também<br />
carrega valores sociais, ajudando a separar a<br />
socieda<strong>de</strong> em classes. No entanto, o maior<br />
acesso ao crédito e aumento da renda da<br />
população vem minando esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
diferenciação por classe.<br />
No entanto, a internet com as re<strong>de</strong>s sociais,<br />
vem elevando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> grupo com<br />
base no comportamento.Este processo eleva<br />
o grau <strong>de</strong> simbologia e relevância das marcas<br />
que <strong>de</strong>ve ser construído pelas empresas do<br />
segmento.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Posicione sua marca no mercado <strong>de</strong> forma a ser um símbolo para<br />
clientes<br />
A propaganda serviria um objeto criador <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> diferenciação<br />
do ser humano. É necessário explorar altamente a simbologia da peça<br />
<strong>de</strong> vestuário. Para o seu público alvo<br />
A Redley, por exemplo, inicialmente queria atingir a tribo dos surfistas, e<br />
por isso, posicionou sua marca atrelada ao surf através da venda <strong>de</strong><br />
pranchas <strong>de</strong> e também <strong>de</strong> propagandas com surfistas. Hoje é um<br />
símbolo <strong>de</strong> moda praia e surfwear, no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Auxiliar às MPEs a posicionarem sua marca no mercado <strong>de</strong> acordo<br />
com o objetivo da empresa e seu público-alvo, por meio <strong>de</strong> cursos e<br />
consultorias especializadas<br />
Fornecer estudos que apresentem diversas tribos hoje existentes e<br />
suas características, necessida<strong>de</strong>s e anseios. A partir disso, as MPEs<br />
po<strong>de</strong>m, com a ajuda <strong>de</strong> um especialista <strong>de</strong> marketing, pensar em formas<br />
<strong>de</strong> trabalhar a imagem <strong>de</strong> sua marca <strong>de</strong> forma a atrair os grupos sociais<br />
<strong>de</strong> seu interesse<br />
67
Clientes valorizam a atuação em multicanal<br />
<strong>Estudo</strong>s mostram que os consumidores que<br />
se relacionam num mo<strong>de</strong>lo multicanal estão<br />
entre os mais valiosos para empresa, ou seja,<br />
são aqueles que consomem mais.<br />
Quanto maior a proximida<strong>de</strong> da empresa com<br />
o cliente, maior a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
comunicar, conhecer, ven<strong>de</strong>r e fi<strong>de</strong>lizar o<br />
consumidor a sua marca.<br />
Satisfazer as diferentes necessida<strong>de</strong>s através<br />
dos mais variados canais é uma das<br />
estratégias mais eficientes <strong>de</strong> promoção do<br />
negócio e atração <strong>de</strong> consumidores.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Esteja disponível em todos os ambientes<br />
A correta gestão <strong>de</strong> uma estratégia multicanal se constitui num dos<br />
principais diferenciais competitivos que as empresas po<strong>de</strong>m construir. A<br />
empresa que atua em multicanal está mais disponível ao cliente e<br />
oferece vantagens <strong>de</strong>vido à sua flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato e compra.<br />
Integre sua loja virtual e física<br />
Nos EUA, é muito comum comprar um produto online e po<strong>de</strong>r retirá-lo na<br />
loja física mais próxima, reservado e pago. Essa estratégia ainda é<br />
capaz <strong>de</strong> manter os preços competitivos e atraentes, além <strong>de</strong> oferecer<br />
alternativas para as mais diversas necessida<strong>de</strong>s dos consumidores.<br />
Utilize catálogos para fazer chamar clientes para loja<br />
Envie catálogos para a casa dos clientes para atraí-los para loja física ou<br />
virtual. Esta é uma forma <strong>de</strong> integrar vantagens <strong>de</strong> dois canais. O<br />
Comprafacil.com, da Hèrmes, tornou-se um dos principais sites <strong>de</strong> ecommerce<br />
do Brasil por meio <strong>de</strong>sta estratégia.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
O SEBRAE <strong>de</strong>ve oferecer estudos que mostrem as características <strong>de</strong><br />
cada canal: vantagens, <strong>de</strong>svantagens, investimento inicial e etc. Além<br />
disso, <strong>de</strong>ve auxiliar as empresas na abertura <strong>de</strong> lojas virtuais ou físicas.<br />
O SEBRAE po<strong>de</strong> auxiliar na formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> empresas para<br />
oferta <strong>de</strong> produtos por catálogo. O projeto “Espaços Comerciais a Céu<br />
Aberto” seria uma excelente canal para esta iniciativa.<br />
68
Classe C representa um nicho interessante<br />
para canal <strong>de</strong> vendas diretas<br />
De modo geral, o comércio varejista oferece<br />
mau atendimento aos consumidores das<br />
classes C, D e E. De fato, a <strong>de</strong>ficiência é<br />
comum para quase todas as classes, mas no<br />
caso da clientela popular a baixa auto-estima<br />
do consumidor impacta diretamente a forma<br />
como ele se relaciona com as lojas e o nível<br />
<strong>de</strong> tratamento dos ven<strong>de</strong>dores.<br />
O canal <strong>de</strong> vendas diretas po<strong>de</strong> ser uma<br />
saída para classe C, que busca um<br />
atendimento melhor, que seria possibilitado<br />
por uma relação entre ven<strong>de</strong>dor e cliente é<br />
mais estreita.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Pense em produtos e nichos que possam fazer sucesso neste canal<br />
Existem produtos específicos no setor do vestuário que têm maior<br />
potencial neste canal, como o caso das lingeries. Muitas mulheres têm<br />
vergonha <strong>de</strong> comprar estas peças em lojas, na frente <strong>de</strong> outras pessoas.<br />
Experimentar, que é um fator importante na compra <strong>de</strong> uma peça do<br />
vestuário, também é um problema para algumas mulheres, em especial<br />
mulheres mais corpulentas e na maturida<strong>de</strong> (já que muitas não estão<br />
felizes com seu corpo). Por isso este canal representa uma boa<br />
alternativa para venda <strong>de</strong>stes produtos.<br />
Outro público em que a empresa po<strong>de</strong> fazer sucesso através <strong>de</strong>ste canal<br />
é o masculino. Estes são muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do atendimento do<br />
ven<strong>de</strong>dor <strong>–</strong> e neste caso terão todo suporte do reven<strong>de</strong>dor <strong>–</strong> e muitas<br />
vezes não gostam <strong>de</strong> “ir às compras”.<br />
Os homossexuais são outro público potencial <strong>de</strong>ste canal, pelo<br />
preconceito que às vezes sofrem nas lojas. Além disso, é baixa a oferta<br />
<strong>de</strong> lojas especializadas neste público no mercado.<br />
69
Classe C representa um nicho interessante<br />
para canal <strong>de</strong> vendas diretas<br />
De modo geral, o comércio varejista oferece<br />
mau atendimento aos consumidores das<br />
classes C, D e E. De fato, a <strong>de</strong>ficiência é<br />
comum para quase todas as classes, mas no<br />
caso da clientela popular a baixa auto-estima<br />
do consumidor impacta diretamente a forma<br />
como ele se relaciona com as lojas e o nível<br />
<strong>de</strong> tratamento dos ven<strong>de</strong>dores.<br />
O canal <strong>de</strong> vendas diretas po<strong>de</strong> ser uma<br />
saída para classe C, que busca um<br />
atendimento melhor, que seria possibilitado<br />
por uma relação entre ven<strong>de</strong>dor e cliente é<br />
mais estreita.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Capacite o reven<strong>de</strong>dor<br />
O reven<strong>de</strong>dor tem uma relação direta com o cliente e é um dos fatores<br />
que mais influencia na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra neste canal. Por isso, um<br />
ven<strong>de</strong>dor treinado tem maiores chances <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lizar o cliente e, assim,<br />
alavancar suas vendas.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
O SEBRAE <strong>de</strong>ve incentivar MPEs a se associarem para estar<br />
presente neste canal. Uma mesma reven<strong>de</strong>dora po<strong>de</strong> comercializar<br />
produtos <strong>de</strong> diversas MPEs trazendo vantagens ao consumidor e<br />
impulsionando a venda dos produtos.<br />
Outra ação importante para o SEBRAE é auxiliar na logística da<br />
operação, capacitando as empresas na montagem da melhor rota,<br />
escolhendo o modal a ser utilizado e pensando na melhor forma <strong>de</strong><br />
armazenagem e transporte do produto.<br />
70
Internet: principal ferramenta para o<br />
marketing<br />
O número <strong>de</strong> usuários da internet aumenta<br />
gradualmente em diversas classes e ida<strong>de</strong>s.<br />
Esta ferramenta não mais está restrita apenas<br />
às classes A e B, e aos jovens. Classes<br />
menos favorecidas, assim como o público<br />
idoso, já estão utilizando a internet para<br />
consultar ou comprar objetos.<br />
Atualmente, nenhum veículo <strong>de</strong> mídia tem<br />
po<strong>de</strong>r e capilarida<strong>de</strong> que a internet. <strong>Pr</strong>ova<br />
disso são as compras coletivas que nos EUA<br />
já reduziram em quase 30% as receitas com<br />
publicida<strong>de</strong> das emissoras regionais (Bolsa<br />
<strong>de</strong> Ofertas).<br />
A abrangência <strong>de</strong> uma informação colocada<br />
na internet é relativamente maior se<br />
comparado a outros veículos. Por isso, este<br />
veículo se firma, cada vez mais, como o mais<br />
eficiente na promoção <strong>de</strong> vendas, e é a<br />
melhor forma da marca ficar conhecida.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Diversifique as formas <strong>de</strong> atração através da internet<br />
Além <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais e websites, existem diversas formas <strong>de</strong> chegar ao<br />
cliente através da internet.<br />
Enviar e-mails com notícias ou promoções é uma das forma <strong>de</strong><br />
fazer marketing na web, mas atenção para não fazer o efeito<br />
inverso e irritar o cliente com muito lixo em sua caixa.<br />
O envio <strong>de</strong> cupons <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto junto da propaganda da loja,<br />
assim como a presença da figura <strong>de</strong> algumas peças <strong>de</strong> roupas e<br />
outras notícias que interessem o leitor po<strong>de</strong>m ser uma boa<br />
estratégia.<br />
Sites <strong>de</strong> compras coletivas tem gran<strong>de</strong> apelo, principalmente<br />
em negócios <strong>de</strong> âmbito regional<br />
Banners em blogs e re<strong>de</strong>s sociais em comunida<strong>de</strong>s voltadas<br />
ao vestuário e ao grupo alvo <strong>de</strong> sua loja po<strong>de</strong>m ser muito<br />
eficientes<br />
Especialize o tratamento ao e-consumidor<br />
Contrate empresas <strong>de</strong> consultoria especializada para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua<br />
estratégia <strong>de</strong> atuação na re<strong>de</strong>.<br />
Designe um profissional específico para atuar exclusivamente no gerenciamento<br />
do marketing da empresa na web.<br />
71
Internet como veículo <strong>de</strong> comunicação e<br />
monitoramento<br />
Os consumidores que têm uma experiência<br />
ruim <strong>de</strong> compras não costumam retornar.<br />
Além disso, mais do que nunca, as re<strong>de</strong>s<br />
sociais têm sido usadas para <strong>de</strong>monstrar o<br />
<strong>de</strong>scontentamento dos clientes com lojas e<br />
produtos.<br />
Por meio <strong>de</strong> um monitoramento ostensivo,<br />
mais especificamente re<strong>de</strong>s sociais, blogs e<br />
fóruns, as empresas conseguem saber o que<br />
está sendo comentado sobre sua marca e<br />
produto.<br />
Sistemas <strong>de</strong> atendimento por cartas, e-mails e<br />
telefones já não são mais suficientes para<br />
receber as críticas e dúvidas dos<br />
consumidores sobre produtos e serviços <strong>de</strong><br />
má qualida<strong>de</strong>. Os próximos passos das<br />
empresas <strong>de</strong>ve ser o atendimento em tempo<br />
real por meio das re<strong>de</strong>s sociais, como o<br />
Facebook e o Twitter.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Utilize mídias sociais para reverter experiências <strong>de</strong> compra ruins<br />
Varejistas que têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar as re<strong>de</strong>s sociais para falar<br />
com esses clientes <strong>de</strong>scontentes muitas vezes conseguem não só<br />
recuperar esses consumidores, como também transformá-los em<br />
<strong>de</strong>fensores da marca.<br />
Estreite seu relacionamento com clientes através <strong>de</strong> mídias sociais<br />
Nos Chats e Fóruns po<strong>de</strong>-se estabelecer uma relação direta com os<br />
usuários, permitindo que eles esclareçam as suas dúvidas com algum<br />
representante da empresa ou que <strong>de</strong>batam sobre um tema entre si. Esta<br />
é uma excelente forma <strong>de</strong> oferecer informação personalizada e <strong>de</strong><br />
receber inputs para melhoria operacionais.<br />
As re<strong>de</strong>s sociais também são ótimas ferramentas para se comunicar com<br />
cliente e receber sugestões e críticas sobre seus produtos e marca, ela<br />
se configura em um ótimo canal <strong>de</strong> SAC.<br />
Especialize o tratamento ao e-consumidor<br />
Contrate empresas <strong>de</strong> consultoria especializada para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua<br />
estratégia <strong>de</strong> atuação na re<strong>de</strong>.<br />
Designe um profissional específico para atuar exclusivamente no gerenciamento<br />
do marketing da empresa na web.<br />
72
Comprar vestuário é usar meio eletrônico<br />
As roupas são o bem <strong>de</strong> consumo, <strong>de</strong> qual<br />
quer valor, em que os meios eletrônicos <strong>de</strong><br />
pagamento são mais utilizados, em qualquer<br />
região do país.<br />
A perspectiva é que este processo continue<br />
em evolução, visto que são diversos os<br />
fatores que influenciam positivamente esta<br />
tendência:<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Aumenta o número <strong>de</strong> meio<br />
eletrônico entre a população, inclusive<br />
<strong>de</strong> baixa renda.<br />
Cresce a aceitação dos meios<br />
eletrônicos <strong>de</strong> pagamento junto aos<br />
lojistas.<br />
Eleva-se o valor dos produtos<br />
adquiridos, visto que as pessoas tem<br />
mais renda.<br />
Diversifique as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> pagamento da sua loja<br />
Assim como é importante adotar uma estratégia multicanal, é importante<br />
que o varejista aceite o maior número possível <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong><br />
pagamento. Caso a preferência por receber em dinheiro seja gran<strong>de</strong>, o<br />
lojista po<strong>de</strong> oferecer <strong>de</strong>sconto para o cliente para estimulá-lo a optar por<br />
dinheiro. Mas, é importante não <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aceitar outras formas <strong>de</strong><br />
pagamento.<br />
Crie mecanismos <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento que fi<strong>de</strong>lizem o cliente<br />
O cartão <strong>de</strong> loja se configura em uma boa opção para fi<strong>de</strong>lizar e dar<br />
benefícios ao cliente que compra bastante na sua loja. No entanto este é<br />
um processo caro <strong>de</strong> difícil implantação.<br />
Isto po<strong>de</strong> ser viabilizado por meio da ação conjunta <strong>de</strong> empresas em um<br />
centro comercial <strong>de</strong> rua, por exemplo.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Auxiliar as empresas a se associarem na estruturação <strong>de</strong> um cartão<br />
private label que ofereça benefícios ao consumidor, como programas <strong>de</strong><br />
pontos e <strong>de</strong>scontos<br />
Fornecimento <strong>de</strong> estudos sobre meios <strong>de</strong> pagamento que direcionem<br />
os varejistas na aceitação <strong>de</strong> formas variadas <strong>de</strong> realizar comprar por<br />
parte <strong>de</strong> seu público alvo<br />
73
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Mulheres são bastante influenciadas por<br />
mídias sociais<br />
As mulheres são bastante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
opinião <strong>de</strong> outros no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da<br />
compra. Após uma compra, o sexo feminino<br />
também necessita comentar sobre esta, seja<br />
elogiando ou criticando. As re<strong>de</strong>s sociais,<br />
blogs e fóruns permitem essa troca <strong>de</strong><br />
opiniões sobre os produtos, além <strong>de</strong><br />
proporcionar uma interação com um maior<br />
número <strong>de</strong> pessoas do que um telefone<br />
permite, por exemplo.<br />
Outro fator bastante valorizado pelo público<br />
feminino é a relação estabelecida entre elas e<br />
as marcas. As mulheres não se contentam em<br />
serem passivas ao conteúdo disponibilizado<br />
pelas marcas, elas gostam <strong>de</strong> ouvir e serem<br />
ouvidas pelas empresas, o que po<strong>de</strong> ser<br />
explorado com sucesso pelos varejistas<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Comece a seguir seus clientes em plataformas como o Twitter<br />
Isto estreita a relação da empresa com cliente, além <strong>de</strong> facilitar o<br />
monitoramento da imagem da empresa através da re<strong>de</strong>.<br />
Atualize seu perfil nas re<strong>de</strong>s sociais com novida<strong>de</strong>s e promoções<br />
sobre os produtos e coloque notícias, ví<strong>de</strong>os, imagens sobre<br />
diversos assuntos que interessem seu público-alvo<br />
Os conteúdos <strong>de</strong>sinteressantes são o principal motivo pelo qual as<br />
usuárias <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> seguir uma <strong>de</strong>terminada empresa. A presença <strong>de</strong><br />
conteúdos interessantes atrai um maior número <strong>de</strong> visitantes ao seu<br />
perfil, o que aumenta a popularida<strong>de</strong> da marca.<br />
Utilize as re<strong>de</strong>s sociais como Serviço <strong>de</strong> Atendimento ao Cliente.<br />
Esta é uma forma rápida e simples <strong>de</strong> oferecer uma rápida resposta às<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu cliente<br />
Crie comunida<strong>de</strong>s no Orkut e Fan Page no Facebook<br />
O Orkut é atualmente a re<strong>de</strong> social com mais usuários ativos no Brasil e<br />
por isso não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sprezada. Neste ano, o Facebook cresceu muito<br />
no país, principalmente entre as classes A e B. Por isso, é importante a<br />
presença <strong>de</strong> sua empresa em ambas as re<strong>de</strong>s sociais.<br />
Uma forma interessante <strong>de</strong> utilizar estes veículos é criando uma<br />
comunida<strong>de</strong> no Orkut sobre a sua empresa e adicionando funcionários e<br />
clientes nesse ambiente. A estratégia po<strong>de</strong> ser utilizada também no<br />
Facebook, a partir da criação <strong>de</strong> Fan Page da empresa.<br />
74
Mulheres são bastante influenciadas por<br />
mídias sociais<br />
As mulheres são bastante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
opinião <strong>de</strong> outros no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da<br />
compra. Após uma compra, o sexo feminino<br />
também necessita comentar sobre esta, seja<br />
elogiando ou criticando. As re<strong>de</strong>s sociais,<br />
blogs e fóruns permitem essa troca <strong>de</strong><br />
opiniões sobre os produtos, além <strong>de</strong><br />
proporcionar uma interação com um maior<br />
número <strong>de</strong> pessoas do que um telefone<br />
permite, por exemplo.<br />
Outro fator bastante valorizado pelo público<br />
feminino é a relação estabelecida entre elas e<br />
as marcas. As mulheres não se contentam em<br />
serem passivas ao conteúdo disponibilizado<br />
pelas marcas, elas gostam <strong>de</strong> ouvir e serem<br />
ouvidas pelas empresas, o que po<strong>de</strong> ser<br />
explorado com sucesso pelos varejistas<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Especialize o tratamento ao e-consumidor<br />
Contrate empresas <strong>de</strong> consultoria especializada para <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> sua estratégia <strong>de</strong> atuação na re<strong>de</strong>.<br />
Designe um profissional específico para atuar exclusivamente no<br />
gerenciamento do marketing da empresa na web.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Capacite os empresários para atuar nas re<strong>de</strong>s sociais<br />
Desenvolva cursos e capacitações com especialista da re<strong>de</strong>, como<br />
NetShoes<br />
Monte um pool <strong>de</strong> empresas para contratação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />
consultoria especializada<br />
75
Homens fazem cada vez mais compras<br />
A presença das mulheres cada vez mais<br />
acirrada no mercado <strong>de</strong> trabalho, o aumento<br />
da vaida<strong>de</strong> dos homens e o fato <strong>de</strong> ficarem<br />
mais tempo solteiros (seja por casar mais<br />
tar<strong>de</strong> ou pelo divórcio) faz com que os<br />
homens vão mais às compras.<br />
Empresas <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r que homens e<br />
mulheres consomem vestuário <strong>de</strong> formas<br />
diferentes. Homens são mais objetivos na<br />
hora da compra e mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
orientação <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores. Por isso, quando<br />
sabem que vão encontrar o que precisa em<br />
<strong>de</strong>terminada loja , entram e compram. Como<br />
tem pouco conhecimento do mercado, o<br />
atendimento do ven<strong>de</strong>dor realmente lhes é útil<br />
o que os fi<strong>de</strong>liza mais do que as mulheres.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Capacite seus ven<strong>de</strong>dores<br />
Quando o público alvo da loja é masculino, é ainda mais importante a<br />
capacitação dos funcionários, uma vez que homens precisam mais <strong>de</strong><br />
um auxílio na hora da compra. O custo <strong>de</strong> capacitação do ven<strong>de</strong>dor dará<br />
retornos a sua loja, através do aumento do número <strong>de</strong> vendas e da<br />
fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong> seus clientes.<br />
Adote estratégias que atraiam e fi<strong>de</strong>lizem o consumidor masculino<br />
Empresas que foquem no público masculino <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar sua<br />
objetivida<strong>de</strong> na hora da compra. De uma forma geral, homens não<br />
entram em todas as lojas para dar a famosa “olhadinha” que mulher<br />
tanto gosta. Eles são mais diretos. Por isso, uma vitrine bem planejada é<br />
muito importante para atrair o consumidor.<br />
Dentro da loja, a disposição das roupas também <strong>de</strong>ve ser fácil <strong>de</strong> achar<br />
o que ele <strong>de</strong>seja. A divisão em seções é uma ferramenta boa para esta<br />
estratégia. Além disso, evite colocar muitas peças por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
comprimento, isto dificulta a procura masculina.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Capacite os empresários para aten<strong>de</strong>r o público masculino em cursos,<br />
workshops e palestras. Estas orientações <strong>de</strong>vem focar no<br />
comportamento do homem e em aspectos práticos do layout dos<br />
estabelecimentos<br />
76
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
O aprimoramento da experiência <strong>de</strong><br />
compra aumenta a competitivida<strong>de</strong> da loja<br />
A percepção que um cliente tem <strong>de</strong> uma<br />
organização ou marca é construída em cima<br />
<strong>de</strong> suas experiências com aquela empresa no<br />
momento da compra e também no pós-venda,<br />
e através da opinião <strong>de</strong> outros consumidores.<br />
Desta forma, incrementar a experiência <strong>de</strong><br />
compra <strong>de</strong> seu consumidores po<strong>de</strong> ser<br />
essencial para a sustentabilida<strong>de</strong> do seu<br />
negócio no novo ambiente do varejo,<br />
especialmente em lojas físicas<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Facilite o processo da compra<br />
Capacitar seus funcionários com informações sobre o produto ou<br />
serviço, disponibilizar estas informações em diversos canais, oferecer<br />
diversas opções <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> pagamento são algumas das formas <strong>de</strong><br />
facilitar o processo <strong>de</strong> compra do cliente.<br />
Organize um ambiente agradável<br />
O Marketing Sensorial é um bom exemplo <strong>de</strong> um investimento bastante<br />
eficaz, e que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> baixo custo, quando usado no ponto <strong>de</strong> venda.<br />
Ele cria sensações através dos cinco sentidos humanos, formando assim<br />
um vínculo emocional da loja, ou marca, com o consumidor.<br />
No caso do público masculino, vimos que a vitrine é bastante importante<br />
para atrair o cliente, então focar no virtual merchandising po<strong>de</strong> ajudar a<br />
elevar o número <strong>de</strong> clientes.<br />
A iluminação também é um fator a ser levado em consi<strong>de</strong>ração,<br />
principalmente quando são mulheres, em especial na fase <strong>de</strong><br />
maturida<strong>de</strong>. Luzes brancas que realçam pequenos <strong>de</strong>feitos no corpo da<br />
mulher não são aconselhadas para ter <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cabines.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Fornecimento <strong>de</strong> palestras e estudos que mostrem casos <strong>de</strong> sucesso<br />
<strong>de</strong>vido ao aprimoramento da experiência <strong>de</strong> compra. É interessante<br />
apontar o custo da implantação <strong>de</strong>stes, e evi<strong>de</strong>nciar práticas <strong>de</strong> baixo<br />
custo.<br />
77
Mulheres brasileiras se endividam com<br />
facilida<strong>de</strong><br />
A renda e o acesso ao crédito das mulheres<br />
está aumentando e, consequentemente, as<br />
dívidas. Comprar a prazo faz parte do<br />
cotidiano das brasileiras, principalmente em<br />
bens <strong>de</strong> maior valor. A inadimplência é maior<br />
nas compras <strong>de</strong> roupas e calçados, um dos<br />
setores on<strong>de</strong> as mulheres mais gostam <strong>de</strong><br />
gastar, especialmente, com meio eletrônicos.<br />
Por isso, o cartão <strong>de</strong> crédito se configura na<br />
principal forma <strong>de</strong> endividamento.<br />
É importante atentar que principalmente<br />
mulheres da classe B e C adquirem produtos<br />
a cima da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido a meios <strong>de</strong><br />
pagamento com crédito. Aspecto que po<strong>de</strong><br />
ser aproveitado pelas empresas<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Ofereça condições fáceis <strong>de</strong> pagamento<br />
A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento das compras em inúmeras parcelas <strong>de</strong><br />
baixo valor possibilita a compra <strong>de</strong> bens que, <strong>de</strong> outra forma, não<br />
po<strong>de</strong>riam ser adquiridos pelo público. É importante lembrar que a gran<strong>de</strong><br />
maioria das mulheres prestam atenção nas taxas <strong>de</strong> juros embutidas no<br />
parcelamento, mesmo sem saber calcular. Por isso, é necessário verificar<br />
se a melhor estratégia para atingir seu público alvo é o parcelamento em<br />
menos prestações e sem juros, ou parcelar em muitas vezes com taxa <strong>de</strong><br />
juros.<br />
Casas Bahia, Renner, C&A são exemplos <strong>de</strong> varejistas que utilizam este<br />
método, focando nas classes mais baixa, e obtém gran<strong>de</strong> lucro.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
O SEBRAE <strong>de</strong>ve fornecer informações sobre o público alvo das MPEs<br />
e sua preferências sobre forma <strong>de</strong> pagamento. A partir <strong>de</strong>stas<br />
informações, a instituição <strong>de</strong>ve orientar MPEs a adotar métodos <strong>de</strong><br />
pagamento que atraiam seus clientes.<br />
78
Vácuo no mercado da terceira ida<strong>de</strong> e<br />
maturida<strong>de</strong><br />
Estes dois mercados representam uma boa<br />
oportunida<strong>de</strong> para as empresas, uma vez que<br />
não estão sendo <strong>de</strong>vidamente atendidos.<br />
Ambos os públicos <strong>de</strong>sejam estar na moda,<br />
porém com roupas adaptadas a seu corpo.<br />
Gostam <strong>de</strong> sentirem-se mais novos e não<br />
serem taxados <strong>de</strong> velhos.<br />
O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>stes grupo está cada<br />
vez maior <strong>de</strong>vido ao fato das famílias terem<br />
menos filhos pessoas mais maduras tem mais<br />
renda para gastar em coisas além do<br />
essencial.<br />
Os idosos possuem a mesma condição, seus<br />
filhos já estão criados e sua renda é<br />
praticamente constante possibilitando mais<br />
nível <strong>de</strong> gasto.<br />
É importante salientar que a quanto maior a<br />
renda maior é o gasto com vestuário.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Entenda suas necessida<strong>de</strong>s e oferte produtos a<strong>de</strong>quados<br />
<strong>Pr</strong>ocure i<strong>de</strong>ntificar a<strong>de</strong>quadamente as características <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><br />
cada grupo. Mulheres maduras <strong>de</strong>sejam roupas da moda com medidas<br />
antropométricas especiais para elas.<br />
Ninguém gosta <strong>de</strong> ser classificado como velho. Desta forma,<br />
propagandas <strong>de</strong>vem evi<strong>de</strong>nciar as qualida<strong>de</strong>s da roupa e sua ligação<br />
com a moda, não o fato que são focados no público não jovem.<br />
Acompanhe as mudanças <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>ste grupos<br />
Estes grupos estão cada vez mais antenados na internet e, com o passar<br />
dos anos isto <strong>de</strong>ve aumentar. Por isso, varejistas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter uma loja virtual.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Fornecimento <strong>de</strong> informações atualizadas sobre a evolução <strong>de</strong>ste<br />
mercado no Brasil e no mundo.<br />
Além disso, atuar no sentido <strong>de</strong> orientar as empresas na escolha <strong>de</strong> um<br />
nicho apropriado, levando em consi<strong>de</strong>ração seu vácuo no mercado e<br />
barreiras <strong>de</strong> entrada para aten<strong>de</strong>r este nicho.<br />
79
Há nichos <strong>de</strong> mercado ainda pouco<br />
atendidos com elevado potencial<br />
Um produto comum não po<strong>de</strong> satisfazer<br />
necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> todos os<br />
consumidores, uma vez que estes são muitos,<br />
dispersos em diversas regiões, têm hábitos <strong>de</strong><br />
compra variados e gostos diferenciados.<br />
Assim, não se po<strong>de</strong> tratar todos da mesma<br />
forma, cada empresa <strong>de</strong>ve atentar para o seu<br />
público alvo, i<strong>de</strong>ntificar suas necessida<strong>de</strong>s e<br />
ofertar produtos que o seduza e motive<br />
vendas.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Escolha um público-alvo e compreenda os critérios <strong>de</strong> seleção do<br />
nicho para oferecer e promover um melhor portfólio <strong>de</strong> produtos<br />
É imprescindível que o varejista use a estratégia <strong>de</strong> segmentação e<br />
escolha um público alvo para aten<strong>de</strong>r. Lojas que visam aten<strong>de</strong>r a todos,<br />
na verda<strong>de</strong> não conseguem aten<strong>de</strong>r ninguém muito bem. Uma estratégia<br />
<strong>de</strong> nicho, quando bem elaborada, po<strong>de</strong> ser uma opção lucrativa. Veja<br />
alguns exemplos <strong>de</strong> estratégias para aten<strong>de</strong>r nichos específicos:<br />
Público infantil: Varejistas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pais e<br />
filhos e oferecer produtos, promoções e serviços que sejam sedutores<br />
para ambos. No entanto, é importante lembrar que a <strong>de</strong>cisão final é do<br />
pai, uma vez que ele tem o po<strong>de</strong>r financeiro.<br />
Público jovem: É importante trabalhar bastante a questão da simbologia,<br />
uma vez que quando você é jovem o jeito que você se veste te marca<br />
mais, sinaliza o grupo ao qual pertence.<br />
80
Há nichos <strong>de</strong> mercado ainda pouco<br />
atendidos com elevado potencial<br />
Um produto comum não po<strong>de</strong> satisfazer<br />
necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> todos os<br />
consumidores, uma vez que estes são muitos,<br />
dispersos em diversas regiões, têm hábitos <strong>de</strong><br />
compra variados e gostos diferenciados.<br />
Assim, não se po<strong>de</strong> tratar todos da mesma<br />
forma, cada empresa <strong>de</strong>ve atentar para o seu<br />
público alvo, i<strong>de</strong>ntificar suas necessida<strong>de</strong>s e<br />
ofertar produtos que o seduza e motive<br />
vendas.<br />
Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />
para as MPEs<br />
Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />
Classe A: A classe A <strong>de</strong>seja consumir o verda<strong>de</strong>iro luxo. Por isso, para<br />
atingir este público é extremamente necessário que o produto seja <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> e seu atendimento exclusivo.<br />
Classe B: A classe B busca o status para tentar se sentir como parte da<br />
classe A. Por isso, muitas propagandas direcionadas para a classe A<br />
acabam atingindo a classe B. Para aten<strong>de</strong>r este público evi<strong>de</strong>ncie o<br />
status que ele ganhará com a compra <strong>de</strong>ste produto e sendo fiel a<br />
marca.<br />
Classe C: A classe C busca o reconhecimento. Varejistas precisam<br />
mostrar que valorizam o consumidor <strong>de</strong>sta classe e oferecer bom<br />
atendimento a ele.<br />
Atuação do SEBRAE/PR<br />
Informações sobre os diversos perfis <strong>de</strong> consumo da socieda<strong>de</strong><br />
brasileira.<br />
I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos nichos <strong>de</strong> mercado ainda não atendidos.<br />
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