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Estudo de Comportamento de Consumo – Segmento ... - Sebrae Pr.

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<strong>Pr</strong>oduto <strong>de</strong> Inteligência Setorial<br />

<strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong> <strong>–</strong><br />

<strong>Segmento</strong> <strong>de</strong> Vestuário, Calçados e Acessórios<br />

Março <strong>de</strong> 2011<br />

<strong>Pr</strong>ojeto:<br />

Outsourcing <strong>de</strong> Inteligência Setorial do SEBRAE/PR<br />

Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Pr</strong>ogramas Estaduais<br />

1


Resumo Executivo<br />

<strong>Pr</strong>incipais Conclusões do <strong>Estudo</strong> Aspectos Abordados<br />

Jovens são mais influenciáveis, se importam mais com sua imagem perante<br />

a socieda<strong>de</strong> e o grupo a que pertencem<br />

Idosos querem parecer mais novos, precisam <strong>de</strong> roupas confortáveis e<br />

tratamento personalizado<br />

Homens são objetivos, diretos só compram o necessário<br />

Mulheres enten<strong>de</strong>m <strong>de</strong> moda. Para elas fazer compras é lazer e não se<br />

fazem <strong>de</strong> rogadas <strong>de</strong> utilizar seu cartão <strong>de</strong> crédito para saciar o seu <strong>de</strong>sejo.<br />

As lojas físicas são o canal <strong>de</strong> compras mais utilizado. Permitem ao cliente o<br />

contato com o vestuário, fator primordial no processo <strong>de</strong> seleção<br />

O e-commerce é o canal que mais cresce no país no setor do vestuário.<br />

Contudo, muitas barreiras ainda impe<strong>de</strong>m a sua evolução, tais como as<br />

limitações impostas pela inexistência <strong>de</strong> contato: sentir o tecido, verificar<br />

qualida<strong>de</strong>, caimento, etc.<br />

As vendas diretas vêm crescendo <strong>de</strong> forma consistente nos últimos 5 anos e<br />

po<strong>de</strong> ser um diferencial se conjugado com os <strong>de</strong>mais, principalmente junto às<br />

classes C e D.<br />

Os meios <strong>de</strong> pagamento eletrônico apresentam franco crescimento. Sua<br />

utilização é maior entre as mulheres, especialmente o cartão <strong>de</strong> crédito. O<br />

vestuário é o segmento <strong>de</strong> mercado em que os meios eletrônicos são mais<br />

empregados<br />

O consumo via dinheiro está se limitando às classes mais baixas e para<br />

aquisição <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> baixo valor.<br />

O cheque ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>saparecer com a ampliação do crédito e a melhor<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> limites para os cartões.<br />

Grupos Populacionais<br />

<strong>Consumo</strong> Infantil<br />

Jovens<br />

Mulheres na Maturida<strong>de</strong><br />

Terceira Ida<strong>de</strong><br />

Classes Sociais<br />

<strong>Consumo</strong> por Gênero<br />

Canais<br />

Lojas Físicas<br />

E-commerce<br />

Vendas Diretas<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento<br />

Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento<br />

Dinheiro<br />

Cheque<br />

Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />

Cartão <strong>de</strong> Débito<br />

Cartões <strong>Pr</strong>ivate Label<br />

<strong>Pr</strong>eferência <strong>de</strong> lojistas e consumidores<br />

2


Agenda<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Como as pessoas consomem vestuário?<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />

3


Influências<br />

Situacionais<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

O que influência o <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Consumo</strong>?<br />

Influências<br />

Culturais<br />

<strong>Comportamento</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />

Influências<br />

Sociais<br />

Influências Culturais<br />

Sub-culturas: status social, aspectos etnográficos e<br />

geográficos<br />

Classe Social: no sentido mais amplo abrangendo não só<br />

a renda, mas a ocupação, grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, prestígio<br />

social, padrões <strong>de</strong> comportamento, valores, po<strong>de</strong>r, etc.<br />

Influências Sociais<br />

Família: Núcleo <strong>de</strong> pessoas que vive em torno do<br />

consumidor<br />

Grupos <strong>de</strong> Referência: amigos <strong>de</strong> escola e <strong>de</strong> trabalho,<br />

associações, etc.<br />

i. Normas;<br />

ii. <strong>Pr</strong>ocessos <strong>de</strong> comparação e influências<br />

Influências Situacionais<br />

Situações <strong>de</strong> Comunicação<br />

Situações <strong>de</strong> Uso<br />

Situações <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />

i. Ambientes físicos<br />

ii. Ambientes Sociais<br />

iii. Tempo<br />

iv. Ativida<strong>de</strong>s<br />

v. Estados antece<strong>de</strong>ntes ao consumo<br />

4


Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

<strong>Pr</strong>ocesso <strong>de</strong> Decisão <strong>de</strong> Compra<br />

O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra por parte do consumidor é realizado em sete etapas principais: i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s,<br />

busca <strong>de</strong> informações, avaliação <strong>de</strong> alternativas, compra, consumo, avaliação e <strong>de</strong>scarte.<br />

Em cada uma <strong>de</strong>las há a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influência por parte dos varejistas, motivando o consumo <strong>de</strong> bens e serviços por parte dos<br />

clientes nas lojas, nos sites ou através dos catálogos.<br />

I<strong>de</strong>ntificação da<br />

Necessida<strong>de</strong><br />

Busca <strong>de</strong> Informações<br />

Avaliações <strong>de</strong><br />

Alternativas <strong>Pr</strong>é-compra<br />

Descarte Avaliação<br />

Compra<br />

<strong>Consumo</strong><br />

5


Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

<strong>Pr</strong>ocesso <strong>de</strong> Decisão <strong>de</strong> Compra<br />

No entanto, este estudo se concentra na análise dos comportamentos e preferências <strong>de</strong>monstrados pelos grupos consumidores até o<br />

processo <strong>de</strong> consumo. Este entendimento auxiliará na formulação <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> atuação por parte das MPEs com o auxilio do<br />

SEBRAE/PR.<br />

Desta forma, objetiva-se i<strong>de</strong>ntificar como as MPEs <strong>de</strong>vem agir para motivar o processo <strong>de</strong> compra por parte <strong>de</strong> seus clientes.<br />

I<strong>de</strong>ntificação da<br />

Necessida<strong>de</strong><br />

Foco do <strong>Estudo</strong><br />

Busca <strong>de</strong> Informações<br />

Avaliações <strong>de</strong><br />

Alternativas <strong>Pr</strong>é-compra<br />

Descarte Avaliação<br />

Compra<br />

<strong>Consumo</strong><br />

6


Outros produtos*<br />

Tecido vestuário e<br />

calçados<br />

Alimentos, bebidas e<br />

fumo<br />

Material <strong>de</strong><br />

Construção<br />

Farmacêuticos e<br />

cosméticos<br />

Lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pt, eletrod<br />

e móveis<br />

Equip <strong>de</strong> info e<br />

escritório<br />

Combustíveis<br />

Hiper e<br />

Supermercados<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

Por que o segmento <strong>de</strong> vestuário, calçados e<br />

acessórios?<br />

Número <strong>de</strong> empresas, empregos gerados e massa salarial por segmento (2008)<br />

Empresas<br />

42.387<br />

32.580<br />

27.105<br />

81.906<br />

71.351<br />

114.882<br />

211.874<br />

195.892<br />

186.874<br />

191<br />

Empregos<br />

(em mil empregados)<br />

279<br />

388<br />

513<br />

600<br />

769<br />

834<br />

864<br />

872<br />

Massa Salarial Anual<br />

(em R$ milhões)<br />

Como observado por meio dos gráficos acima, o setor do vestuário é o mais representativo do Varejo em número <strong>de</strong> empresas no<br />

país. Além disso, é o segundo na geração <strong>de</strong> emprego e na geração <strong>de</strong> renda para a população brasileira.<br />

Além disso, o vestuário tem um apelo simbólico muito característico, on<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra dos indivíduos fica<br />

patente. Aspecto que corrobora sua relevância como segmento foco <strong>de</strong>ste estudo.<br />

2.470<br />

2.603<br />

3.867<br />

5.741<br />

5.452<br />

5.724<br />

7.720<br />

7.278<br />

7.808<br />

7


Objetivo<br />

<strong>Pr</strong>ocesso <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

1<br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Analisar os principais indicadores<br />

socioeconômicos que influenciam o<br />

consumo <strong>de</strong> produtos por parte das<br />

pessoas<br />

Crescimento Populacional<br />

Distribuição <strong>de</strong> Renda<br />

Organização Familiar<br />

Acesso a crédito<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

Metodologia <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

2 3<br />

Análise do <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Consumo</strong><br />

Analisar como as pessoas consomem<br />

vestuário no Brasil e no mundo com<br />

base em pesquisas e entrevistas com<br />

especialistas do setor <strong>de</strong> varejo<br />

Grupos Populacionais<br />

Canais <strong>de</strong> Compra<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e<br />

Direcionamentos para as<br />

MPEs<br />

Enten<strong>de</strong>r as principais implicações para<br />

as MPEs e oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação<br />

para as mesmas e para o SEBRAE/PR<br />

Quais as implicações para as MPEs?<br />

Quais são as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuação?<br />

O que há no mercado que po<strong>de</strong> ser aproveitado?<br />

Direcionamento para a atuação do SEBRAE/PR<br />

8


Agenda<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />

9


Segundo dados preliminares do último censo, a pirâmi<strong>de</strong> etária brasileira apresenta uma forma <strong>de</strong> pêra, ou seja, as faixas entre 0 e 9<br />

anos apresentam um número inferior as faixas imediatamente superiores. Além disso, nota-se o aumento da expectativa <strong>de</strong> vida,<br />

principalmente entre as faixas <strong>de</strong> 35 a 69 anos.<br />

A recente evolução econômica, que aumentou a renda dos brasileiros, o avanço da medicina, o apelo a estilos <strong>de</strong> vida mais saudáveis e<br />

o menor número <strong>de</strong> filhos por casal são fatores que colaboram para o envelhecimento da população. As projeções para 2020 confirmam<br />

esta tendência.<br />

É importante consi<strong>de</strong>rar que há um maior número <strong>de</strong> pessoas em ida<strong>de</strong> economicamente ativa, e que os próprios idosos representam<br />

uma faixa etária com po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo a ser aproveitado pelo setor <strong>de</strong> vestuário.<br />

Pirâmi<strong>de</strong> etária brasileira 2010 <strong>Pr</strong>ojeção da pirâmi<strong>de</strong> etária brasileira - 2020<br />

80+<br />

75-79<br />

70-74<br />

65-69<br />

60-64<br />

55-59<br />

50-54<br />

45-49<br />

40-44<br />

35-39<br />

30-34<br />

25-29<br />

20-24<br />

15-19<br />

10-14<br />

5- 9<br />

0- 4<br />

Fonte: IBGE<br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Como está a população brasileira?<br />

10 5 0 5 10<br />

Feminino Masculino<br />

80+<br />

75-79<br />

70-74<br />

65-69<br />

60-64<br />

55-59<br />

50-54<br />

45-49<br />

40-44<br />

35-39<br />

30-34<br />

25-29<br />

20-24<br />

15-19<br />

10-14<br />

5- 9<br />

0- 4<br />

10 5 0 5 10<br />

Feminino Masculino<br />

*Em milhões <strong>de</strong> pessoas *Em milhões <strong>de</strong> pessoas<br />

10


Aspectos Socioeconômicos<br />

Composição das Famílias<br />

Entre 1998 a 2009, percebe-se o aumento na proporção <strong>de</strong> casais sem filhos. Este fato indica que o país segue a tendência das nações<br />

mais ricas, em que ter filhos não é mais uma conseqüência inevitável do casamento.<br />

Em geral, estes casais têm menos <strong>de</strong> 40 anos e vivem nas regiões Sul e Su<strong>de</strong>ste. Meta<strong>de</strong> trabalha com carteira assinada, contra 35% da<br />

média nacional, e sua renda mensal é pelo menos 70% maior do que a <strong>de</strong> casais com filhos. Com isso, seu padrão <strong>de</strong> consumo é mais alto.<br />

Dentre as razões para a diminuição da proporção <strong>de</strong> casais com filhos estão: o ingresso da mulher no mercado <strong>de</strong> trabalho e o elevado<br />

custo <strong>de</strong> educar filhos.<br />

Além disso, há um maior contingente <strong>de</strong> pessoas que moram sozinhas. Este dado é consequência <strong>de</strong> três gran<strong>de</strong>s motivadores: o fato das<br />

pessoas se casarem mais tar<strong>de</strong>; das pessoas se separarem mais; e dos idosos estabelecerem residência <strong>de</strong> forma individual.<br />

Distribuição percentual <strong>de</strong> arranjos familiares no Brasil (%)<br />

8,4<br />

11,5<br />

Pessoas que moram<br />

sozinhas<br />

Fonte: IBGE<br />

13,3<br />

17,4<br />

55,8<br />

47,3<br />

Casal sem filhos Casal com filhos<br />

1998 2009<br />

Habitantes por Domicílio no Brasil - <strong>Pr</strong>ojeção 2016<br />

3,6<br />

3,5<br />

3,4<br />

3,3<br />

3,2<br />

3,1<br />

3<br />

2,9<br />

2,8<br />

2,7<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

2011<br />

2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

2,97<br />

2016<br />

11


Evolução da distribuição <strong>de</strong> renda no Brasil<br />

Fonte: FGV<br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Classes Econômicas<br />

O aumento do acesso ao crédito com prazos longos e juros menores, o crescimento do número <strong>de</strong> emprego e as políticas <strong>de</strong> inclusão<br />

social <strong>de</strong>ram maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra a uma gran<strong>de</strong> massa da população brasileira, que limitava suas escolhas a poucos bens duráveis<br />

e que via todo seu rendimento gasto com produtos e serviços básicos como alimentação, saú<strong>de</strong> e educação.<br />

Des<strong>de</strong> 2003, o número <strong>de</strong> pessoas que <strong>de</strong>ixam as camadas sociais <strong>de</strong> renda mais baixa e alcançam a classe C cresce gradualmente.<br />

Em 2005, a classe média representava 34% da população; em 2006, essa proporção aumentou para 36%; em 2007, saltou para 46% e,<br />

hoje representa mais <strong>de</strong> 50% dos brasileiros. A perspectiva é quem em 2014, esses representem 56% da população.<br />

A ascensão a uma classe social superior modifica o tipo e o valor do bem consumido. O aumento <strong>de</strong> renda da população gera boas<br />

oportunida<strong>de</strong>s para segmentos <strong>de</strong> roupas e sapatos, uma vez que estes são os mais beneficiados com a ascensão <strong>de</strong> classe. Em todos<br />

os casos <strong>de</strong> ascensão <strong>de</strong> classe, o consumo no segmento mais que dobra em relação à classe anterior, chegando até a 141% quando<br />

há transição da classe C para a B.<br />

11,1% 15,1% 16,0%<br />

42,4%<br />

16,4%<br />

30,2%<br />

53,0% 56,0%<br />

13,7%<br />

18,2%<br />

20,0%<br />

8,0%<br />

2003 2009 2014<br />

Classe E Classe D Classe C Classe A/B<br />

Mudança <strong>de</strong> Classe - Aumento <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />

Fonte: Revista Exame 28/07/2010 (Bain & Co., BCG, LCA e Roland Berger)<br />

129% 130% 112%<br />

88% 131% 115%<br />

125% 141% 132%<br />

86% 137% 128%<br />

68% 98% 61%<br />

Classe D/E -> C Classe C -> B Classe B -> A<br />

Comida, Bebidas e cigarros Eletrônicos e móveis<br />

Roupas e Sapatos Medicamentos<br />

Higiene e cuidados pessoais<br />

12


Participação do crédito no PIB - 2008 Operações <strong>de</strong> Crédito ao Setor <strong>Pr</strong>ivado<br />

Fonte: Banco Mundial<br />

Evolução dos prazos para crédito a Pessoas Físicas<br />

Fonte: FGV<br />

Canadá<br />

128%<br />

EUA<br />

190<br />

%<br />

Argentina<br />

13%<br />

300 312 307 296 295<br />

*Valores em dias corridos<br />

Brasil<br />

53%<br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Crédito<br />

Reino<br />

Unido<br />

210%<br />

Alemanha<br />

França<br />

107%<br />

94%<br />

319<br />

368<br />

Índia<br />

49%<br />

439<br />

Rússia<br />

41%<br />

China<br />

108%<br />

488<br />

522 530<br />

Fonte: Banco Central do Brasil<br />

1.500.000<br />

1.200.000<br />

900.000<br />

600.000<br />

300.000<br />

0<br />

Comentários<br />

2000 2002 2004 2006 2008 2010<br />

Operações <strong>de</strong><br />

Crédito à<br />

Pessoas<br />

Físicas<br />

Operações <strong>de</strong><br />

Crédito ao<br />

Setor <strong>Pr</strong>ivado<br />

*Valores em R$<br />

milhões<br />

A participação do crédito no PIB brasileiro ainda é baixa<br />

comparada aos países <strong>de</strong>senvolvidos. Porém, é a mais elevada<br />

<strong>de</strong>ntro dos países do BRIC, após a China. Há previsões do<br />

BNDES <strong>de</strong> que numa trajetória crescente até 2014, a participação<br />

no PIB <strong>de</strong>verá alcançar 70%.<br />

O crédito para pessoa física é o que <strong>de</strong>ve ter maior crescimento<br />

nos próximos anos. Segundo estudos do BNDES, mais da meta<strong>de</strong><br />

da expansão do crédito entre 2004 e 2008 veio do endividamento<br />

das famílias, que, apesar da crise, mantiveram o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra<br />

com o crescimento da renda e o baixo impacto no nível <strong>de</strong><br />

emprego. As pessoas físicas ainda têm um gran<strong>de</strong> peso (34%) na<br />

composição do crédito, e, em 2010 o número chegou a R$ 467 bi.<br />

13


Agenda<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />

14


Envolvimento com a moda<br />

Reação às<br />

mudanças<br />

nas<br />

tendências<br />

Conhecimento<br />

sobre moda<br />

Como as pessoas consomem vestuário?<br />

Envolvimento com a moda<br />

Envolvimento é “o estado da motivação ou interesse”. Ele é direcionado por variáveis externas (como situação, produto,<br />

comunicação) e por variáveis internas (ego, valores centrais). Neste sentido, é natural que as pessoas sejam mais envolvidas com<br />

produtos que <strong>de</strong>spertem suas necessida<strong>de</strong>s, valores e interesses individuais. Há, comumente, dois tipos <strong>de</strong> envolvimento:<br />

<strong>Pr</strong>odutos <strong>de</strong> baixo envolvimento: os consumidores não estão interessados em maiores informações sobre os produtos. Em geral, são<br />

produtos baratos, com vários similares, e que agregam pouco valor e status.<br />

<strong>Pr</strong>odutos <strong>de</strong> alto envolvimento: consumidor se empenha para obter informações precisas sobre o produto e a marca. Não está<br />

disposto a correr riscos. Envolve maior durabilida<strong>de</strong>, é mais caro e proporciona maior conforto e status. Roupas sofisticadas estão<br />

caracterizadas nesta categoria.<br />

Tempo <strong>de</strong><br />

compra e<br />

capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> inovação<br />

Interesse em<br />

moda<br />

Comunicaçã<br />

o<br />

Interpessoal<br />

Fatores que influenciam o envolvimento com a moda<br />

1. Tempo <strong>de</strong> compra e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovação em moda:<br />

quanto mais cedo é adota, mais envolvida fica a pessoa.<br />

2. Comunicação interpessoal em moda: quanto mais se<br />

conversar sobre o assunto, maior po<strong>de</strong>r e influência terá.<br />

3. Interesse em moda: quanto mais interessada no assunto,<br />

mais envolvida.<br />

4. Conhecimento sobre moda: quanto mais conhecer sobre<br />

moda, estilo e tendências mais inserida na moda.<br />

5. Reação às mudanças das tendências: quanto mais monitora<br />

as tendências para segui-las, mais envolvida com o assunto.<br />

15


Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e seguidores<br />

Torna-se expert<br />

em moda<br />

Busca <strong>de</strong><br />

informações sobre o<br />

assunto<br />

Alto<br />

envolvimento<br />

com a moda<br />

Seguidores<br />

Como as pessoas consomem vestuário?<br />

Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> Opinião<br />

É elevado a<br />

um lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

opinião<br />

Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> Opinião<br />

Lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião são pessoas que têm<br />

conhecimento tal sobre o produto que seus conselhos<br />

são levados a sério pelos outros, portanto são<br />

pessoas capazes <strong>de</strong> influenciar atitu<strong>de</strong>s ou<br />

comportamentos.<br />

A li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> opinião <strong>de</strong> moda é altamente relacionada com<br />

conhecimento sobre o assunto e a discussão e o interesse<br />

sobre ele.<br />

O inovador é o primeiro comunicador visual do estilo para os<br />

consumidores. Influencia e <strong>de</strong>fine padrões apropriados.<br />

Inovação e li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> opinião são altamente<br />

relacionados ao contexto <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> vestuário<br />

<strong>de</strong> moda.<br />

O indivíduo que possui tendência psicológica à imitação. Quando faz uso da opinião <strong>de</strong> todos tem a satisfação<br />

<strong>de</strong> não respon<strong>de</strong>r sozinho pelas suas ações. Ao imitar não só transfere a ativida<strong>de</strong> criativa, mas também a<br />

responsabilida<strong>de</strong> sobre a ação para o outro. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imitação vem da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong>.<br />

No entanto, nota-se que há pessoas nas quais esta característica se mostra mais forte do que nas outras. Elas<br />

resistem mais à inovação, e só começam a utilizá-la quando outros consumidores já o fazem.<br />

16


Simbologia das roupas<br />

Como as pessoas consomem?<br />

O que é consumir vestuário?<br />

O processo <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> uma roupa é muito mais complexo do que se po<strong>de</strong> imaginar. As roupas representam opções<br />

i<strong>de</strong>ológicas, divisão <strong>de</strong> classes, opção social e <strong>de</strong> grupo mostrada através do objeto <strong>de</strong> ostentação.<br />

Na hora da compra, para a maioria dos consumidores o “dizer que” é muito mais importante que o “servir para”. Isto significa<br />

que o aspecto i<strong>de</strong>ológico supera o funcional. Ao entrar em uma loja <strong>de</strong> roupas, o consumidor não busca apenas proteger o<br />

corpo, mas sim transmitir alguma mensagem através <strong>de</strong>la. É importante perceber que um simples ato <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> uma<br />

peça do vestuário parece algo inocente e sem carga i<strong>de</strong>ológica, mas é muito complexo e cheio <strong>de</strong> significações.<br />

A compra <strong>de</strong> uma peça <strong>de</strong> roupa não é apenas uma <strong>de</strong>cisão solitária do consumidor. Ela carrega uma enorme simbologia e<br />

representa nitidamente mais um ato <strong>de</strong> comunicação e sinalização <strong>de</strong> quem as usa <strong>de</strong>ntro do complexo sistema <strong>de</strong> interação<br />

entre os seres humanos.<br />

1 Aspectos Sociais<br />

2 Aspectos Psicológicos<br />

De uma forma geral, a roupa sempre representou uma<br />

marca da separação da socieda<strong>de</strong> em castas e classes.<br />

A roupa, tanto hoje quanto antigamente, serve para<br />

distinguir a classe social do indivíduo.<br />

Além da classe social, a roupa também indica o grupo<br />

que o indivíduo pertence.<br />

A roupa, para muitas pessoas, é uma forma <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrar seu status e <strong>de</strong> se diferenciar socialmente<br />

<strong>de</strong>ntro do próprio grupo.<br />

No âmbito psicológico, se vestir representa uma<br />

espécie <strong>de</strong> espelho <strong>de</strong> si mesmo. No ato da compra, o<br />

consumidor está comprando uma imagem que ele faz <strong>de</strong><br />

si próprio, refletida no objeto <strong>de</strong>sejado.<br />

O indivíduo ao comprar uma peça do vestuário quer a<br />

diferenciação que esta po<strong>de</strong> lhe dar e transmitir uma<br />

mensagem através <strong>de</strong>la. Paradoxalmente ele <strong>de</strong>seja se<br />

incluir em algum grupo.<br />

A roupa representa uma busca <strong>de</strong> si mesmo através<br />

da i<strong>de</strong>ntificação assumida pela roupa.<br />

17


1 Nesta dimensão, o objetivo do consumo <strong>de</strong> moda é<br />

chamar atenção, se <strong>de</strong>stacar na multidão, ser<br />

notada, seja na conquista amorosa ou simplesmente<br />

Aparecer<br />

para ter mais olhares sobre si do que outros. Esse<br />

tipo <strong>de</strong> consumidor quer competir, conquistar e<br />

seduzir, ele se veste principalmente para os outros<br />

2<br />

Atitu<strong>de</strong><br />

Ser<br />

Como as pessoas consomem vestuário?<br />

O que é consumir vestuário?<br />

Muitos fatores psicológicos ajudam a explicar porque pessoas são motivadas a estar na moda, tais como: conformida<strong>de</strong> social, busca da<br />

varieda<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong> pessoal e atração sexual. Estes consumidores têm necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser únicos, querem ser diferentes, mas não tão<br />

diferentes assim que percam a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> social.<br />

No contexto <strong>de</strong> envolvimento com a moda, 5 perfis <strong>de</strong> consumidores foram especificados a fim <strong>de</strong> orientar o varejista a atingir seu público<br />

alvo. Alguns dos perfis são característicos <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e tem alto envolvimento com a moda, outros se referem aos seguidores.<br />

Os 5 perfis po<strong>de</strong>m ser relacionados a atitu<strong>de</strong>s em relação ao vestuário, que explicam suas ações e priorida<strong>de</strong>s na hora da consumir.<br />

Consumidores guiados pela dimensão aparecer e parecer são as mais envolvidas e <strong>de</strong>monstram características <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião.<br />

Perfil do consumidor Como atingí-lo?<br />

Expressa a preocupação em aten<strong>de</strong>r as pressões<br />

sociais e fazer parte <strong>de</strong> grupo com o qual se<br />

i<strong>de</strong>ntificam. Questões como segurança e<br />

i<strong>de</strong>ntificação estão presentes nesta dimensão. A<br />

roupa representa o que a pessoa realmente é, o que<br />

acredita e o grupo no qual está inserido<br />

Esses têm que consi<strong>de</strong>rar que com aquela roupa<br />

chamará a atenção <strong>de</strong> outros. Para isto, estratégias<br />

<strong>de</strong> marketing que puxem pelo lado da conquista,<br />

que mexam com o ego do cliente são muito<br />

eficazes para este perfil <strong>de</strong> consumidor<br />

Comunicações que reforcem a personalida<strong>de</strong> da<br />

pessoa e afirmem o grupo em que estão inseridos.<br />

Para esses é muito importante a i<strong>de</strong>ntificação com<br />

a tribo no qual se classificam, por isso, o varejista<br />

<strong>de</strong>ve passar ao cliente a ligação da peça <strong>de</strong><br />

vestuário com sua própria personalida<strong>de</strong><br />

18


3<br />

4<br />

5<br />

Perfil<br />

Parecer<br />

I<strong>de</strong>alizar<br />

Inovar<br />

Como as pessoas consomem vestuário?<br />

O que é consumir vestuário?<br />

Descrição Como atingí-lo?<br />

É a dimensão <strong>de</strong> características mais femininas. A<br />

vaida<strong>de</strong> é a força motriz para o consumo <strong>de</strong><br />

vestuário. A consumidora <strong>de</strong>seja sentir-se<br />

charmosa, elegante e ficar bonita. Este perfil <strong>de</strong><br />

consumidores, diferentemente do perfil atrelado à<br />

atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> aparecer, se veste para si própria<br />

Este perfil é voltado para o outro, para o que<br />

acredita ser a imagem i<strong>de</strong>al, a projeção. Também<br />

<strong>de</strong>nota insegurança e baixa auto-estima. É a<br />

dimensão dos seguidores, ele quer parecer o que<br />

gostaria <strong>de</strong> ser (artistas, cantores, amigos, etc.)<br />

Representa o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> mostrar cultura,<br />

atualida<strong>de</strong>, informação. Mostrar que está na moda.<br />

Para este perfil, estar na moda é “estar por<br />

<strong>de</strong>ntro”, é ser in. Ser fashion é estar “antenado<br />

com o mundo”<br />

Fazer o consumidor se sentir e bonito. Para atingir<br />

estes consumidores o marketing sensorial po<strong>de</strong> ser<br />

uma boa ferramenta. Se o mais importante é se<br />

sentir bonita, fatores como o cheiro e a audição<br />

po<strong>de</strong>m tornar a experiência <strong>de</strong> compra mais<br />

agradável, fazendo o consumidor se sentir melhor<br />

Para conquistar este consumidor, primeiramente<br />

é necessário perceber quem estão seguindo.<br />

Após esta i<strong>de</strong>ntificação, é importante mostrar<br />

ligação da peça <strong>de</strong> vestuário com a projeção. A<br />

insegurança e baixa auto-estima <strong>de</strong>vem ser<br />

usadas como arma para atraí-los: as propagandas<br />

<strong>de</strong>vem passar segurança ao cliente, e tentar <strong>de</strong><br />

alguma forma, aumentar a auto-estima <strong>de</strong>le. Se<br />

os clientes se sentirem bem com aquela roupa e<br />

naquela loja, provavelmente vão se fi<strong>de</strong>lizar a ela<br />

Ven<strong>de</strong>dores informados com as novas tendências<br />

da moda, e sempre se atualizando, é um gran<strong>de</strong><br />

diferencial na hora <strong>de</strong> brigar por estes clientes. A<br />

propaganda <strong>de</strong>ve enfatizar o caráter inovador da<br />

peça anunciada e a relação com o que está na<br />

vanguarda<br />

19


Segmentações utilizadas<br />

Faixa etária<br />

Renda<br />

Gênero<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Segmentação da Análise<br />

Infantil<br />

Jovem<br />

Maturida<strong>de</strong><br />

Terceira Ida<strong>de</strong><br />

Feminino<br />

Masculino<br />

Canais <strong>de</strong> compra<br />

Meios <strong>de</strong> pagamento<br />

Varejo Físico<br />

E-commerce<br />

Vendas Diretas<br />

Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />

Cartão <strong>de</strong> Loja<br />

Cartão <strong>de</strong> Débito<br />

Dinheiro<br />

Cheque<br />

20


<strong>Consumo</strong> Infantil<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Infantil<br />

As crianças <strong>de</strong>sempenham um papel <strong>de</strong> crescente importância no mercado <strong>de</strong> consumo, em diversos produtos, inclusive do vestuário.<br />

A escolha <strong>de</strong> roupa para crianças é ainda mais complexa do que a escolha para adultos. Este fato po<strong>de</strong> ser explicado pela maior<br />

dificulda<strong>de</strong> das crianças enten<strong>de</strong>rem e expressarem suas motivações e <strong>de</strong>vido à escolha compartilhada entre pais e filhos no<br />

momento da compra.<br />

1 a 4 anos 5 em diante<br />

Começam a expressar preferências próprias baseadas em quatro aspectos influenciadores: pais,<br />

propaganda, conformida<strong>de</strong> a um grupo <strong>de</strong> referência - em geral os colegas mais populares da escola - e<br />

expressão <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong><br />

Passam a interferir na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra<br />

Percebem que se vestir não é mais uma necessida<strong>de</strong> utilitária<br />

Passam a usar roupas para se i<strong>de</strong>ntificar com um grupo social, projetar uma imagem positiva, melhorar<br />

sua aparência<br />

Expressam diferenciação exigindo um maior requisito por marcas, moda e mo<strong>de</strong>los, buscando<br />

evi<strong>de</strong>nciar um estilo pessoal<br />

Os pais são os <strong>de</strong>cisores das compras e pessoas com maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> persuasão<br />

A qualida<strong>de</strong> dos tecidos e conforto da criança são atributos mais enfatizados pelos pais no processo<br />

<strong>de</strong>cisório<br />

21


Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Infantil<br />

Aspectos relevantes do processo <strong>de</strong>cisório<br />

81%<br />

Não houve <strong>de</strong>sacordo em<br />

relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />

63%<br />

Houve <strong>de</strong>sacordo em<br />

relação ao mo<strong>de</strong>lo<br />

O que é importante para os pais?<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

<strong>Pr</strong>eço<br />

Mo<strong>de</strong>lo<br />

Cores<br />

Estilo<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção<br />

Fonte: <strong>Estudo</strong> dos fatores <strong>de</strong>terminantes da satisfação do consumidor com vestuário infantil - 2006<br />

As compras aconteceram em 81% das vezes em que não houve <strong>de</strong>sacordo nos<br />

mo<strong>de</strong>los e somente em 63% nas vezes em que pais e filhos não concordaram. Isto<br />

mostra como a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência da compra da roupa está condicionada à<br />

avaliação do produto por pais e filhos.<br />

Resultados similares a estes foram constatados quando a discussão envolvia<br />

controvérsia sobre as cores dos produtos.<br />

Estes dados mostram a importância das lojas agradarem pais e filhos.<br />

O papel dos pais no processo <strong>de</strong>cisório das crianças é: sugerir as lojas, ajudar os<br />

filhos a se localizar e a selecionar os produtos, facilitar a busca pelo produto com o<br />

tamanho certo e fazer sugestões sobre combinações.<br />

O que é importante para as crianças?<br />

Mo<strong>de</strong>lo<br />

Estilo<br />

Cores<br />

Marcas socialmente<br />

aceitas pelo grupo <strong>de</strong><br />

referência<br />

22


Local <strong>de</strong> compra e nível <strong>de</strong> influência<br />

47%<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Infantil<br />

Fonte: <strong>Estudo</strong> dos fatores <strong>de</strong>terminantes da satisfação do consumidor com vestuário infantil - 2006<br />

37%<br />

16%<br />

47%<br />

19%<br />

35%<br />

42%<br />

17%<br />

41%<br />

calçadão shopping total<br />

Ocasiões <strong>de</strong> compra<br />

Quando os filhos crescem e per<strong>de</strong>m suas roupas.<br />

Na mudança <strong>de</strong> estação climática.<br />

Em ocasiões especiais (aniversário, volta às aulas, etc.).<br />

Quando precisam presentear parentes e amigos dos filhos.<br />

pai<br />

filho<br />

ambos<br />

Decisão feitas unicamente pelas crianças<br />

Na compra <strong>de</strong> produtos com preço mais baixo as crianças<br />

po<strong>de</strong>m ser os únicos <strong>de</strong>cisores. É claro que os pais precisam<br />

<strong>de</strong>pois aceitar a compra para pagá-las, mas as crianças po<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>cidir sozinhas o produto que <strong>de</strong>sejam.<br />

Decisão feitas unicamente pelos pais<br />

O grupo do shopping apresentou uma maior participação da<br />

escolha unicamente pelos pais, <strong>de</strong>notando uma postura mais<br />

conservadora. Isto po<strong>de</strong> ser explicado por dois fatores: os<br />

produtos do shopping são mais caros e, por isso, os pais não<br />

<strong>de</strong>legam a <strong>de</strong>cisão aos filhos ou porque as crianças vão mais<br />

ao shopping acompanhadas do que em lojas <strong>de</strong> rua.<br />

Frequência <strong>de</strong> compra<br />

Existe uma gran<strong>de</strong> dispersão na freqüência <strong>de</strong> compras. Ela<br />

po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>s<strong>de</strong> duas vezes no ano até compras mensais,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo diversos aspectos como classe social.<br />

Os consumidores que apresentam maior freqüência <strong>de</strong><br />

compra são aparentemente mais impulsivos e aproveitam<br />

outras ocasiões para renovar o guarda-roupa dos filhos.<br />

23


A moda para o jovem<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

A moda diferencia e une os jovens, <strong>de</strong>monstra o gosto pelo individualismo e pelo coletivo.<br />

Padroniza ao afirmar os grupos <strong>de</strong> jovens que têm gostos pessoais semelhantes, que acreditam ter a mesma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Estes<br />

grupos são chamados tribos urbanas.<br />

Individualiza no sentido da expressão dos jovens <strong>de</strong> serem diferentes dos <strong>de</strong>mais. Ao mesmo tempo em que têm necessida<strong>de</strong> pelo<br />

que é único, os jovens <strong>de</strong>sejam se diferenciar, mas não completamente, o que explica o fato <strong>de</strong> escolherem formas pessoais <strong>de</strong> vestirse,<br />

mas se adaptarem às diretrizes básicas <strong>de</strong> uma moda.<br />

O que é estar na moda para os jovens? Que aspectos simbólicos estão envolvidos?<br />

Ter estilo<br />

Não ser julgado pelos outros<br />

Ser uma pessoa atualizada e com acesso a<br />

informação<br />

Passar uma imagem positiva<br />

Transmissão do que a pessoa é e como se insere na<br />

socieda<strong>de</strong><br />

Segurança em relação à aparência<br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com um grupo<br />

Meio <strong>de</strong> expressão e linguagem<br />

Garantia <strong>de</strong> afirmação e respeito da socieda<strong>de</strong><br />

24


Fatores Situacionais<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

A maneira como nos sentimos em um <strong>de</strong>terminado momento, afeta o que <strong>de</strong>sejamos comprar e o modo que faremos isto.<br />

Os grupos ou ambientes sociais afetam <strong>de</strong> forma significativa o processo <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> compra dos consumidores. Este ambiente<br />

social refere-se às pessoas que acompanham os consumidores na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra e às pessoas presentes no ponto <strong>de</strong><br />

venda no momento da compra, seja consumindo ou ven<strong>de</strong>ndo.<br />

Além da influencia do ambiente social, as sensações captadas pelos sentidos humanos também são relevantes para reações ou<br />

atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumidores em relação aos produtos e serviços, assim como o local em que estão.<br />

Consumidores e ven<strong>de</strong>dores<br />

O ven<strong>de</strong>dor exerce uma gran<strong>de</strong> influência e <strong>de</strong>sperta o <strong>de</strong>sejo por produtos da loja.<br />

A simpatia do cliente pelo ven<strong>de</strong>dor po<strong>de</strong> acarretar em um maior número <strong>de</strong> compras.<br />

Há também um tipo <strong>de</strong> influência negativa caso o atendimento seja <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong>.<br />

Muitos consumidores saem da loja por consi<strong>de</strong>rar o aten<strong>de</strong>nte chato ou pouco<br />

informado.<br />

Pessoas que acompanham o consumidor na hora da compra, como parentes e<br />

amigos, exercem uma forte influência na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra.<br />

Muitas vezes, o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> comprar ou experimentar alguma peça <strong>de</strong> roupa surge ao<br />

olhar outro consumidor com ela.<br />

25


Fatores Situacionais<br />

Local <strong>de</strong> compra<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

Influências Sensoriais<br />

Existem alguns fatores do ambiente da loja que influenciam positiva ou negativamente os<br />

consumidores, como: cheiro, temperatura interna da loja, música ambiente, vitrine e cores presentes<br />

na <strong>de</strong>coração.<br />

O apelo visual é bastante importante na atração <strong>de</strong> clientes. A vitrine, por exemplo, se configura em<br />

uma ferramenta <strong>de</strong> marketing importante na criação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo, que impacta o consumidor jovem.<br />

Uma música no provador, que aju<strong>de</strong> o cliente a imaginar a situação na qual po<strong>de</strong>ria usar a roupa, ou<br />

um cheiro que lembre alguma experiência agradável do consumidor são exemplos <strong>de</strong> influências<br />

sensoriais utilizadas em pontos <strong>de</strong> venda, que se bem realizadas, po<strong>de</strong>m elevar as vendas da loja.<br />

O shopping center é consi<strong>de</strong>rado pelos jovens como o melhor local para fazer compras. Isto<br />

porquê:<br />

O shopping funciona também como local <strong>de</strong> lazer e entretenimento para os adolescentes,<br />

pois é um ambiente que aglomera as lojas que os amigos também frequentam.<br />

Tem mais opções <strong>de</strong> lojas, e por isso, oportuniza a realização <strong>de</strong> pesquisas em um maior<br />

número <strong>de</strong> estabelecimento.<br />

Maior conforto se comparado aos ambientes <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> rua.<br />

26


Fatores culturais<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

A cultura é um fator que afeta muito jovens e adolescentes. Existem diversos fatores culturais que contribuem para a formação da<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do jovem, e consequentemente afetam suas escolhas <strong>de</strong> consumo, como, por exemplo, a ida<strong>de</strong>, nacionalida<strong>de</strong> ou<br />

regionalida<strong>de</strong>, renda, classe social, gênero e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> status. A cultura inclui não só i<strong>de</strong>ias e valores, como manifestações<br />

concretas, bem expressadas através do vestuário.<br />

Marca e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Status<br />

Os jovens relacionam o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra ao tipo <strong>de</strong> roupa, e o uso <strong>de</strong> marcas a status, bom gosto e po<strong>de</strong>r.<br />

As classes mais altas <strong>de</strong>sejam obter e <strong>de</strong>monstrar status por meio do consumo. Uma forma <strong>de</strong> obter esse status é<br />

utilizando roupas <strong>de</strong> marcas que seguem tendências e <strong>de</strong> lojas bem conceituadas.<br />

Na opinião <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> classes mais favorecidas, as classes mais baixas normalmente utilizam roupas sem<br />

marca, sem qualida<strong>de</strong> e, muitas vezes, vulgares ou <strong>de</strong> gosto duvidoso.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas com menor po<strong>de</strong>r aquisitivo por status, e consequentemente roupas <strong>de</strong> marcas, levou<br />

ao surgimento <strong>de</strong> produtos falsificados, que, atualmente, dificultam o reconhecimento da classe social através das<br />

roupas.<br />

Classe Social<br />

Os jovens consi<strong>de</strong>ram que a roupa exprime algo sobre a posição social <strong>de</strong> quem usa. Muitas vezes, a roupa “boa” indica a<br />

“superiorida<strong>de</strong>” financeira <strong>de</strong> quem a veste.<br />

Os fatores que viabilizam a percepção, no caso <strong>de</strong> classe social elevada: a presença <strong>de</strong> marca, a qualida<strong>de</strong> visível e percebida. No<br />

caso <strong>de</strong> classe social mais baixa, são: a falta <strong>de</strong> elementos que representem a qualida<strong>de</strong>, o estilo adotado e o gosto pessoal.<br />

27


Fatores culturais<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

Gênero<br />

Com relação ao gênero, há diferença entre uma jovem e um jovem, mesmo pelo senso comum.<br />

É dado que a mulher se veste para a mulher, ela quer ser notada por outra mulher como uma<br />

pessoa <strong>de</strong> bom gosto.<br />

O homem não tem essa preocupação com o apreço <strong>de</strong> pessoas do mesmo sexo. Ele até tem<br />

preocupação com a aparência e <strong>de</strong> estar atualizado, mas ele quer agradar a mulher.<br />

Eventualmente, po<strong>de</strong> haver um elogio do sexo masculino, mas o que pesa para ele é agradar as<br />

pessoas do sexo feminino.<br />

28


Fatores sociais<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

Embora exista o apelo da socieda<strong>de</strong> atual pelo individualismo, sabe-se que existem grupos que constituem <strong>de</strong> forma muito importante o<br />

ambiente do comportamento do consumidor: a família e os grupos <strong>de</strong> referência. Os fatores sociais são <strong>de</strong>terminantes nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong><br />

compra <strong>de</strong> roupa, principalmente nesta faixa etária, on<strong>de</strong> as escolhas não são feitas individualmente.<br />

Grupos <strong>de</strong> Referência<br />

Família<br />

Mesmo que em menor intensida<strong>de</strong> do que na infância, os jovens interagem no processo <strong>de</strong> compra<br />

<strong>de</strong> vestuário <strong>de</strong> moda com a família. Isto fica evi<strong>de</strong>nte, principalmente, no que se refere ao pagamento<br />

das roupas, já que muitos jovens <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da renda dos pais.<br />

Nesta ida<strong>de</strong>, a mãe tem maior ascendência do que o pai sobre as roupas dos filhos, tanto dos<br />

meninos quanto das meninas, embora em alguns casos o pai seja o influenciador dos meninos.<br />

Muitas vezes os filhos se i<strong>de</strong>ntificam com os pais e “ copiam seu estilo”, além <strong>de</strong> usar suas roupas.<br />

Além da mãe, os irmãos mais velhos também são referências na forma <strong>de</strong> se vestir.<br />

Assim como a família, os grupos <strong>de</strong> referência exercem gran<strong>de</strong> influência entre os jovens na escolha<br />

da roupa. As amiza<strong>de</strong>s com colegas são relações <strong>de</strong> maior igualda<strong>de</strong> que as estabelecidas com os<br />

pais, pois envolvem escolhas que são importantes para a auto-estima.<br />

De fato, os jovens compram a roupa que o grupo usa, para entrar e permanecer neste grupo, o que<br />

reforça as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> tribos urbanas e da existência <strong>de</strong> uma moda coletiva do grupo.<br />

As tribos têm i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s muito fortes e têm atos muito similares, fato verificado claramente no<br />

vestuário. Isto acaba por criar uma barreira par entrada <strong>de</strong> novas pessoas, forçando os jovens a se<br />

a<strong>de</strong>quarem ao estilo da tribo se quiserem a<strong>de</strong>rir a elas.<br />

29


Fatores sociais<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> Jovem<br />

Busca <strong>de</strong> Informações<br />

Os jovens buscam informações principalmente com familiares e amigos. No entanto, as vitrines das lojas, TV e<br />

revistas especializadas em moda também são fontes <strong>de</strong> informações no processo <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> compra.<br />

On<strong>de</strong> se vestem melhor<br />

Adolescentes dão maior importância na forma <strong>de</strong> se vestir quando vão sair com os amigos para boites ou<br />

shoppings do que para eventos familiares. Isto reforça a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que na adolescência a opinião dos amigos ten<strong>de</strong> a<br />

ser mais forte, e merece maior atenção que a dos familiares.<br />

Esta maior preocupação em “estar na moda”, seguir as tendências e usar as melhores roupas ao sair com amigos, evita um<br />

julgamento ruim dos colegas.<br />

Internet e Re<strong>de</strong>s Sociais<br />

O grupo <strong>de</strong> amigos acaba criando uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer e <strong>de</strong> convivência hoje muito acentuada pela internet,<br />

uma vez que as pessoas continuam se comunicando pela internet após o encontro físico, como se não tivessem se<br />

visto há muito tempo. Isto intensifica o contato e influencia mútua dos amigos no processo <strong>de</strong> compra dos jovens.<br />

Além disso, as re<strong>de</strong>s sociais são gran<strong>de</strong>s influenciadoras no comportamento dos jovens, uma vez que facilitam os adolescentes a<br />

verificar o que seus grupos <strong>de</strong> referências e pessoas da mesmo tribo estão fazendo.<br />

O fácil acesso à internet também permite aos jovens comparar mais os preços e compartilhar opiniões em tempo real.<br />

30


Fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> Compra<br />

<strong>Pr</strong>eocupação com a imagem pessoal<br />

Aparência Etária<br />

Elegância<br />

Destaque<br />

Beleza<br />

Sensação física causada pela roupa<br />

Conforto<br />

Bem estar<br />

Caimento<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> <strong>de</strong> Mulheres na Maturida<strong>de</strong><br />

São mais seletivas e pon<strong>de</strong>radas na hora da compra do que os jovens<br />

São mais exigente que o público jovem<br />

Dificilmente aceitam produtos <strong>de</strong> baixa qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sign duvidoso<br />

Nesta fase da vida, muitas mulheres são mães.<br />

Consomem apenas o necessário e, ainda assim, peças que agreguem valor ou atualizem o seu acervo pessoal<br />

Querem estar na moda, sem sofrer discriminação pelo formato ou condição do seu corpo ou ficar <strong>de</strong>sconfortável.<br />

O efeito gravi<strong>de</strong>z...<br />

Durante e <strong>de</strong>pois da gravi<strong>de</strong>z, o corpo das mulheres passa<br />

por mudanças tanto temporárias quanto permanentes (seios<br />

aumentam, barriga cresce gran<strong>de</strong>mente, os pés incham).<br />

O lado emocional da mulher também se altera. E assim,<br />

precisa <strong>de</strong> roupas apropriadas.<br />

Algumas mulheres nem se preocupam em comprar roupas<br />

novas, já outras pensam apenas na moda e, por isso, muitas<br />

vezes, passam momentos <strong>de</strong>sagradáveis e <strong>de</strong>sconfortáveis.<br />

ATENÇÃO: É preciso consi<strong>de</strong>rar mudanças corporais e<br />

emocionais da mulher neste período para pensar na melhor<br />

estratégia para atingir este público. As roupas <strong>de</strong>vem ser<br />

confortáveis para não atrapalhar a gravi<strong>de</strong>z, e a mulher não<br />

po<strong>de</strong> se sentir fora da moda ou comprando roupas taxadas<br />

como roupas <strong>de</strong> pessoas corpulentas.<br />

Características no processo <strong>de</strong> compra<br />

31


EUA<br />

28%<br />

México<br />

24%<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Crescimento do número <strong>de</strong> idosos no mundo<br />

<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />

O mercado da terceira ida<strong>de</strong> tem se tornado mais atrativo à medida que a proporção <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> terceira ida<strong>de</strong> na população mundial<br />

tem aumentado e este grupo vem controlando cada vez mais recursos financeiros.<br />

Os idosos têm se mostrado ativos, interessados no que a vida tem a oferece. Eles são consumidores entusiasmados, com os meios e a<br />

disposição para comprar muitos produtos e serviços.<br />

Estes terminaram com muitas das obrigações financeiras que escoam a renda <strong>de</strong> consumidores mais jovens. Eles sentem-se mais<br />

inclinados a gastar dinheiro consigo próprios do que economizar em nome dos filhos e dos netos.<br />

Estimativa da porcentagem da população idosa em 2025<br />

Brasil<br />

23%<br />

Alemanha<br />

35%<br />

Espanha<br />

43%<br />

China<br />

25%<br />

Japão<br />

38%<br />

Fonte: <strong>Estudo</strong> “Consumidor da Terceira Ida<strong>de</strong>: Diferenciação <strong>de</strong> Mercado, Geração <strong>de</strong> Renda e Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Decisão <strong>de</strong> Compra”<br />

A imagem do Brasil como um país<br />

jovem está se alterando, uma vez que a<br />

população está envelhecendo em um<br />

ritmo acelerado.<br />

Este crescimento acentuado se <strong>de</strong>ve a:<br />

estilos <strong>de</strong> vida mais saudáveis; a<br />

melhores diagnósticos e tratamento<br />

médicos, que resultaram no aumento da<br />

expectativa <strong>de</strong> vida; e a menores taxas <strong>de</strong><br />

mortalida<strong>de</strong> geral da população (menos<br />

violência, melhores condições <strong>de</strong> vida,<br />

etc.)<br />

O Brasil, que em 2000 tinha apenas 8%<br />

da população idosa, em 2025 <strong>de</strong>ve ter<br />

quase um quarto da população a cima <strong>de</strong><br />

60 anos.<br />

32


Imagem do idoso<br />

Hoje<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />

Passado<br />

A imagem do idoso era associada no passado a pessoas:<br />

Mal humoradas<br />

Inativas economicamente<br />

Com renda baixa<br />

Doentes<br />

Conservadoras em relação aos novos produtos<br />

Desligados à moda<br />

Segundo pesquisa realizada por Gol<strong>de</strong>nberg, em 2008, o envelhecimento foi associado,<br />

pelas pessoas idosas, a i<strong>de</strong>ias positivas como: liberda<strong>de</strong>, conquistas, amadurecimento,<br />

serenida<strong>de</strong>, tolerância, sabedoria, aceitação e cuidado maior <strong>de</strong> consigo.<br />

Para muitos idosos o envelhecimento representa uma <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um “eu” que estava<br />

escondido, sufocado pelas obrigações sociais, especialmente no papel <strong>de</strong> mãe e <strong>de</strong> esposa<br />

e que viam na maturida<strong>de</strong> a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem elas mesmas pela primeira vez.<br />

Experimentam o novo por razões diferentes dos consumidores mais novos: em vez <strong>de</strong><br />

experimentarem por estar na moda, eles aprovarão o novo que aten<strong>de</strong>r uma necessida<strong>de</strong><br />

específica e real.<br />

33


Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />

Características do idoso O que sua empresa <strong>de</strong>ve fazer?<br />

Percebem sua ida<strong>de</strong> mais jovem do que a ida<strong>de</strong><br />

cronológica. Por isso, não gostam <strong>de</strong> ser taxados como<br />

velhos e rejeitam anúncios que os tratam como um<br />

mercado separado <strong>de</strong> velhos<br />

O processo <strong>de</strong> pensar ou falar sobre fatos passados é<br />

muito comum entre idosos. Eles têm muitas lembranças<br />

sobre acontecimentos vividos<br />

Gostam <strong>de</strong> ter informação e conhecimento antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir<br />

sobre a compra <strong>de</strong> um produto<br />

Consultam outras pessoas antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir por uma<br />

compra, i<strong>de</strong>ntificando mais uma característica específica<br />

<strong>de</strong>sse mercado: processo conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

Valorizam um atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, educado e<br />

paciente, sem pressa para executar a venda<br />

Enfatizar os benefícios dos produtos e serviços em vez <strong>de</strong> sua<br />

a<strong>de</strong>quação a idosos<br />

Montar propagandas e experiências <strong>de</strong> compra que incentivem<br />

essa característica do idoso. É necessário tomar cuidado para<br />

não surtir um efeito in<strong>de</strong>sejado, como, por exemplo, indicar que<br />

as vantagens <strong>de</strong> sua juventu<strong>de</strong><br />

Montar anúncios com bastante informação e capacitar os<br />

ven<strong>de</strong>dores com informações dos produtos<br />

Verificar com quem o idoso vai as compras e tentar agradá-lo.<br />

O influenciador <strong>de</strong>ve perceber que o produto é a<strong>de</strong>quado e <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> para o consumo <strong>de</strong> seu idoso<br />

Capacite os ven<strong>de</strong>dores para executar um atendimento <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong>. Elabore comunicações que enfatizem o bom<br />

atendimento, a personalização do tratamento<br />

34


O mercado cinza é interessante?<br />

Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Consumo</strong> na Terceira Ida<strong>de</strong><br />

Oportunida<strong>de</strong>s Ameaças<br />

A população idosa está aumentando progressivamente<br />

Os filhos se tornam in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e saem <strong>de</strong> casa, por<br />

isso, os consumidores mais velhos experimentam um<br />

aumento em recursos escassos como tempo e dinheiro<br />

Não valorizam tanto o preço como um atributo <strong>de</strong>cisório<br />

como outras faixas <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

O idoso muitas vezes consome <strong>de</strong> uma forma<br />

<strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> consumo compensatório. É uma forma<br />

<strong>de</strong> auto-recompensa pelos sacrifícios e economias que<br />

tiveram que fazer durante a vida enquanto tinham que<br />

trabalhar duro e criar os filhos. Neste tipo <strong>de</strong> consumo,<br />

as pessoas se importam menos com o fator preço em<br />

suas <strong>de</strong>cisões, e mais com a satisfação proporcionada<br />

Este grupo está cada vez mais vaidoso. Isto é<br />

diretamente refletido na busca por estar na moda e se<br />

sentir bem com a roupa<br />

Desejam aparentar mais juventu<strong>de</strong>. Muitas vezes, a<br />

moda é utilizada como veículo para fazer as pessoas<br />

aparentarem ser mais jovens, assim como mais altas,<br />

mais ricas<br />

O nicho está em constante mudança e o consumidor idoso é<br />

bastante complexo.<br />

Com o envelhecimento surgem mudanças psicológicas, nas<br />

capacida<strong>de</strong>s cognitivas e nos relacionamentos sociais que <strong>de</strong>vem<br />

ser consi<strong>de</strong>radas. Isto prejudica a percepção e as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

aprendizado, assim como a memória<br />

Reclamações sobre a oferta <strong>de</strong> produtos no mercado<br />

Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar roupas sociais. Isto po<strong>de</strong> ser explicado<br />

pelo fato <strong>de</strong> na terceira ida<strong>de</strong> menos pessoas estarem ativas no<br />

mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

As roupas não apresentam numeração <strong>de</strong> acordo<br />

Os mo<strong>de</strong>los estão dissociados da moda.<br />

O que as senhoras esperam do vestuário?<br />

Encontrar em uma loja <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos ou no<br />

comércio da esquina produtos:<br />

Com as cores da moda<br />

Usados pelos jovens<br />

Adaptados ao seu corpo<br />

35


Como as pessoas consomem?<br />

Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />

Potencial <strong>de</strong> consumo das classes sociais no Brasil<br />

O potencial <strong>de</strong> consumo do brasileiro cresceu 22% <strong>de</strong> 2003 a 2008. Isto significa que o brasileiros<br />

está consumido não apenas por conta do aumento do crédito ou dos programas sociais, mas que as<br />

condições <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> renda, como educação, acesso a internet e outros ativos, estão melhores.<br />

A Classe B li<strong>de</strong>ra o potencial <strong>de</strong> consumo do brasileiro. De acordo com o levantamento, que teve<br />

como base dados estatísticos do (IBGE), o potencial <strong>de</strong> consumo da Classe B aumentou em 30%<br />

<strong>de</strong> 2009 para 2010. Já em relação à população geral do país, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>stas classes<br />

sociais aumentou em 22%.<br />

Por meio do Pyxis, calculou-se que os produtos que a classe A mais<br />

consumiu, em 2009, foram: malas, bolsas e cintos (24%); e<br />

brinquedos (21%). Já a classe B consumiu: produtos <strong>de</strong> beleza<br />

(46%); malas, bolsas e cintos (48%); água mineral, sucos e<br />

refrigerantes (46%); brinquedos (48%); e bebidas fermentadas <strong>–</strong><br />

cerveja e vinho <strong>–</strong> (47%). Os produtos que a classe C mais comprou<br />

foram: mercearia <strong>–</strong> produtos industrializados e secos - (45%); carnes<br />

e <strong>de</strong>rivados (40%); vestuário infantil (38%); e calçados femininos<br />

(33%). <strong>Pr</strong>aticamente não existe uma categoria que a classe C não<br />

consuma. Por fim, as classes D e E consumiram: mercearia (15%); e<br />

carnes e <strong>de</strong>rivados (10%).<br />

Está ocorrendo uma migração das pessoas da classe C, com renda<br />

média por família entre R$ 1.100 a R$ 4.800, para a Classe B2. Isto<br />

é um reflexo da melhora da economia e da condição financeira da<br />

população do país.<br />

Po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo em 2010 (em R$ bilhões)<br />

418,5<br />

973,03<br />

579,66<br />

113,43<br />

4,51<br />

Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E<br />

36


Como as pessoas consomem?<br />

<strong>Pr</strong>ojeção <strong>de</strong> gastos em 2011 no setor do vestuário<br />

18,1<br />

56,3<br />

Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />

A classe B <strong>de</strong>verá ser responsável pela maior parcela do consumo do vestuário em 2011: 42% do consumo <strong>de</strong> roupas e acessórios<br />

Embora a classe C tenha chegado muito perto da B em volume <strong>de</strong> consumo, ela ainda não conseguiu superá-la e <strong>de</strong>ve representar<br />

aproximadamente 39% do potencial total do consumo <strong>de</strong> moda este ano. Acredita-se que até 2014, ela já será a classe mais importante<br />

Correspon<strong>de</strong>ndo a um dos segmentos mais <strong>de</strong>sejados pelo varejo <strong>de</strong> vestuário, a classe A <strong>de</strong>verá gastar, em 2011, R$18,1 bilhões<br />

com roupas, calçados e acessórios<br />

As classes D e E compõem o menor grupo <strong>de</strong> consumo para varejo <strong>de</strong> vestuário. O volume <strong>de</strong>ste grupo neste ano <strong>de</strong>verá ficar em<br />

torno <strong>de</strong> R$ 8,8 bilhões e, provavelmente, parte <strong>de</strong>ste valor será absorvido pelo comércio informal<br />

Estimativa <strong>de</strong> gasto em 2011 (em bilhões) Composição <strong>de</strong> famílias em áreas urbanas<br />

52,3<br />

8,8<br />

Classe A Classe B Classe C Classe D/E<br />

Fonte: Website “No Varejo”<br />

24%<br />

50%<br />

3%<br />

24%<br />

Classe A<br />

Classe B<br />

Classe C<br />

Classe D/E<br />

37


Como as pessoas consomem?<br />

Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />

A classe social afeta direta e indiretamente a forma como as pessoas gastam seu tempo, os produtos que compram e on<strong>de</strong> e como<br />

fazem compras.<br />

As classes superiores dão mais ênfase ao status e a forma, e classes inferiores preocupam-se em aten<strong>de</strong>r suas necessida<strong>de</strong>s<br />

funcionais. As classes mais altas têm mais acesso a internet e a informação. Além disso, quanto mais alta a classe, maior o acesso do<br />

consumidor a informações sobre a importância do conceito <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.<br />

Em média, 65% dos consumidores compram roupas todo<br />

mês<br />

O consumo cresce com o aumento da renda<br />

Em valores absolutos, as pessoas com renda maior gastam<br />

mais no vestuário, porém, proporcionalmente, em seus gastos<br />

totais, isto não ocorre<br />

Renda (salários<br />

mínimos)<br />

Gasto Médio<br />

Mensal<br />

Frequência <strong>de</strong><br />

compra mensal<br />

Até 2 6 reais 60%<br />

2 a 4 10 reais 64%<br />

4 a 10 18 reais 68%<br />

10 a 25 31 reais 71%<br />

Acima <strong>de</strong> 25 59 reais 75%<br />

Fonte: Algusto Aki <strong>–</strong> “Acesso a Mercado para Lojas <strong>de</strong> Roupas”<br />

Classe A<br />

Devido ao aumento do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra da população brasileira,<br />

esta classe está gastando mais com roupas <strong>de</strong> luxo a fim <strong>de</strong> se<br />

diferenciar das classes menos abastadas<br />

Este grupo valoriza um atendimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e são fiéis as<br />

marcas que consomem<br />

<strong>Pr</strong>eferem compram em shoppings que em centros comerciais<br />

Classe B<br />

A classe B valoriza um atendimento exclusivo e atencioso. Isto porque<br />

eles gostam <strong>de</strong> sentir-se como integrantes da classe A<br />

Devido ao aumento da concessão <strong>de</strong> crédito às pessoas físicas no<br />

Brasil, a classe B tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiar itens que normalmente<br />

só po<strong>de</strong>riam ser comprados pela classe A da população<br />

O novo perfil da classe B é formado por pessoas que se casam mais<br />

tar<strong>de</strong> e não têm filhos. Estes homens e mulheres <strong>de</strong> classe média ou<br />

média alta têm maiores rendas individuais e po<strong>de</strong>m gastar mais com si<br />

mesmo, <strong>de</strong>vido ao maior orçamento e estruturas familiares menores.<br />

38


<strong>Consumo</strong> <strong>de</strong> Luxo<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />

No ano passado, o segmento movimentou mais <strong>de</strong> 7,5 bilhões <strong>de</strong> dólares no Brasil, uma alta <strong>de</strong> 22% em relação ao ano anterior.<br />

A perspectiva é <strong>de</strong> crescimento acelerado pelo menos pelos próximos 20 anos, segundo especialistas no setor. Estimativas apontam<br />

para boas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empresas neste setor. Em moda, por exemplo, há uma gran<strong>de</strong> carência <strong>de</strong> bolsas e cintos <strong>de</strong> excelente<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

Como atingir o mercado <strong>de</strong> Luxo?<br />

Consi<strong>de</strong>re os idosos como público alvo<br />

Invista na capacitação da equipe <strong>de</strong> vendas: Exclusivida<strong>de</strong> continua atraindo o público classe A. Po<strong>de</strong><br />

estar ligada à maneira <strong>de</strong> ser atendido, <strong>de</strong> ser mimado. Por isso, um investimento que transforme o ven<strong>de</strong>dor<br />

em um consultor <strong>de</strong> consumo po<strong>de</strong> trazer bons resultados à empresa.<br />

Diversifique e inove seu portfólio <strong>de</strong> produtos: O verda<strong>de</strong>iro luxo significa coisas diferentes para pessoas<br />

diferentes, mas para a maioria dos consumidores o termo é sinônimo <strong>de</strong> rarida<strong>de</strong>, qualida<strong>de</strong> e requinte. Por<br />

isso, diversificar e inovar sem per<strong>de</strong>r o foco dos valores básicos do luxo é extremamente importante.<br />

Ofereça um produto com alto valor: Depois da crise <strong>de</strong> 2009, os consumidores se preocupam mais com o<br />

verda<strong>de</strong>iro valor do que com o status dos produtos. Isso ocorre por duas razões: maior importância ao valor do<br />

dinheiro e maior relutância em gastar muito enquanto tantas pessoas passam por situações difíceis. Por isso,<br />

não basta apenas ter uma marca forte, é preciso ter qualida<strong>de</strong>.<br />

Não subestime o mercado <strong>de</strong> consumidores entre 65 e 80 anos. Sua procura atual por experiências e importância ao “valor” é<br />

totalmente previsível em função da sua boa forma física e maior longevida<strong>de</strong>.<br />

39


A Nova Classe C<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Relações com o <strong>Consumo</strong> por Renda<br />

A nova classe C é uma consequência do <strong>de</strong>senvolvimento econômico brasileiro, sendo, no momento, a maior da população do país.<br />

A classe média cresce continuamente e exige novos produtos e serviços, o que mostra um novo caminho que as empresas <strong>de</strong>vem<br />

seguir para se <strong>de</strong>stacarem perante um consumidor mais preocupado com uma alimentação saudável e a conveniência, por exemplo.<br />

Levantamento feito pelo banco <strong>de</strong> investimento Goldman Sachs estima que até 2030 mais <strong>de</strong> 2 bilhões <strong>de</strong> pessoas estarão inseridas<br />

na classe C (parâmetros mundiais). E elas respon<strong>de</strong>rão por 30% da população do planeta.<br />

Características da Classe C<br />

Composta em sua maioria por famílias jovens e por negros<br />

Cada vez mais ligada ao conceito <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>Pr</strong>eferência por fazer compras em loja <strong>de</strong> ruas a comprar em shoppings. Isto porque se<br />

sentem mais a vonta<strong>de</strong> em lugares abertos, além do estacionamento do shopping ser<br />

caro. No entanto, o crescimento das linhas <strong>de</strong> metro po<strong>de</strong>m ajudar a alterar este cenário<br />

As mulheres da classe C exercem mais responsabilida<strong>de</strong> sobre a família. Por isso, têm maior autonomia socioeconômica e <strong>de</strong> consumo<br />

Acesso à internet por meio <strong>de</strong> lan houses é bem expressivo na classe C. A internet tem mais função <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> encontro e menos<br />

função <strong>de</strong> mídia. A função <strong>de</strong> consumo ainda está em crescimento e po<strong>de</strong> ser aproveitado pelas empresas.<br />

Cerca <strong>de</strong> 20% da classe C cultua celebrida<strong>de</strong>s<br />

A classe C quer consumir produtos que o incluam em classes mais altas. O aumento do crédito dado a pessoas físicas facilita o acesso<br />

<strong>de</strong>stas pessoas a tais produtos<br />

40


Influência do gênero na forma <strong>de</strong> consumo<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Diferenças <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong> por Gênero<br />

Renda e ida<strong>de</strong> não são os únicos fatores a influenciar na compra <strong>de</strong> produtos do vestuário. Na verda<strong>de</strong>, há um componente adicional<br />

importante a impactar o <strong>de</strong>sempenho do negócio: as diferenças entre homens e mulheres na compra. Homens e mulheres são<br />

diferentes na percepção <strong>de</strong> valor, preferências, aptidões, comportamentos, padrões <strong>de</strong> comunicações, entre outros.<br />

O pensamento convencional sobre compradores do sexo masculino é que eles não gostam <strong>de</strong> fazer compras, razão pela qual fazem<br />

poucas. É um <strong>de</strong>safio simplesmente fazê-los acompanhar uma mulher durante suas compras. Como resultado, a maior parte da<br />

comunicação das empresas para estimular às compras costuma ser voltada para consumidoras do sexo feminino.<br />

De fato, mulheres consomem mais e mais frequentemente que os homens. No entanto, a moda, vestuário e culto pela aparência não se<br />

limitam mais ao consumo feminino. Os homens estão consumindo mais, sendo mais vaidosos e estão mais ligados em moda.<br />

Gasto Médio Mensal (R$) Frequência <strong>de</strong> compra mensal<br />

13,67<br />

Fonte: Acesso a mercado para lojas <strong>de</strong> Roupas<br />

21<br />

Homem Mulher<br />

60%<br />

74%<br />

Homem Mulher<br />

41


Por que ele está crescendo?<br />

Homens estão ficando<br />

solteiros por mais tempo...<br />

Crescimento<br />

do Mercado<br />

Masculino<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Mercado Masculino<br />

Crescimento do número<br />

<strong>de</strong> casais separados...<br />

As vendas para homens cresceram mais <strong>de</strong> 10% nos últimos dois anos.<br />

66,67% dos empresários verificaram aumento nas vendas para homens, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008.<br />

O segmento que mais apontou crescimento no período analisado foi <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> vestuário (20,20%).<br />

As vendas para o público masculino representam, em média, 39,72% do faturamento das lojas mistas.<br />

56,8% dos empresários adotam estratégia <strong>de</strong> marketing específica para homens.<br />

51,92% preparam vitrine elaborada com produtos masculinos.<br />

O preço médio do consumo por venda é <strong>de</strong> R$ 82,17.<br />

46,91% dos consumidores gastam mais <strong>de</strong> 100 reais por compra.<br />

Homens mais vaidosos e<br />

preocupados com bem<br />

estar....<br />

Mulheres mais presentes<br />

no mercado <strong>de</strong> trabalho...<br />

42


O que eles querem?<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Mercado Masculino<br />

Características do consumidor masculino<br />

Os homens andam mais rápido pelos corredores das lojas<br />

Os homens gastam menos tempo olhando<br />

É difícil fazer um homem olhar algo que não tenham a intenção <strong>de</strong> comprar<br />

Normalmente, os homens não gostam <strong>de</strong> perguntar on<strong>de</strong> estão as coisas<br />

Quando um homem leva uma roupa para o cabi<strong>de</strong> <strong>de</strong> prova, só não as comprará se não<br />

couber fisicamente<br />

Os homens são mais sugestionáveis do que as mulheres, pois parecem estar tão ansiosos<br />

para sair da loja que dizem sim para quase tudo<br />

Homens simplesmente querem lugares on<strong>de</strong> consigam encontrar o que precisam com o mínimo <strong>de</strong> procura e, <strong>de</strong>pois, sair rapidamente.<br />

Mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da orientação dos ven<strong>de</strong>dores do que o público feminino. Isto porque ten<strong>de</strong> a comprar diversos itens <strong>de</strong> uma vez só e por<br />

dispor <strong>de</strong> menos informação sobre moda do que a mulher. Por isso, torna <strong>–</strong> se mais fiel a uma marca ou loja <strong>de</strong>vido à qualida<strong>de</strong> do<br />

atendimento que recebe.<br />

Caso da Magrella Homem<br />

A loja é pioneira no mercado <strong>de</strong> luxo da capital do país e reúne gran<strong>de</strong>s marcas entre Armani,<br />

Polo, Ralph Lauren, Sérgio K e Ricardo Almeida. A Magrella Homem percebeu a mudança <strong>de</strong><br />

comportamento do consumidor masculino, que agora exige um atendimento diferenciado.<br />

Para agradar ao público, a Magrella Homem serve uísque aos clientes e promove eventos para<br />

apresentar coleções em datas temáticas. A loja afirma que o homem não se importa em pagar<br />

muito se for convencido <strong>de</strong> que a roupa ou o terno é <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>. O ven<strong>de</strong>dor precisa<br />

enten<strong>de</strong>r o universo <strong>de</strong>ste homem, e passar segurança sobre a mercadoria.<br />

43


Elas amam fazer compras...<br />

Aumento da<br />

renda feminina<br />

com a sua<br />

inserção no<br />

mercado <strong>de</strong><br />

trabalho<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Mercado Feminino<br />

Menor<br />

disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tempo para<br />

ir às compras<br />

Compras com amigas<br />

Características da consumidora mulher<br />

Quando saem às compras, são absorvidas pelo ritual <strong>de</strong> comprar, comparar e<br />

imaginar as mercadorias em uso.<br />

As mulheres percorrem calmamente as lojas, examinando as mercadorias,<br />

comparando produtos e valores, fazendo perguntas, e experimentando coisas.<br />

As mulheres experimentam roupas como parte do processo e peças que caem bem<br />

po<strong>de</strong>m ser rejeitadas por outros motivos.<br />

Elas são mais motivadas a comprar roupas ou acessórios que combinem ou que<br />

completem o armário do parceiro, filhos, irmão ou pais.<br />

Exigem mais do que os homens dos ambientes <strong>de</strong> compras. Elas precisam <strong>de</strong><br />

ambientes que possam gastar tempo e <strong>de</strong>slocar-se confortavelmente.<br />

Segundo estudos feitos na Inglaterra, mulheres gastam mais na TPM, como forma <strong>de</strong><br />

compensar seu estresse.<br />

As mulheres são responsáveis por 80% das compras <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> luxo<br />

As mulheres continuam gostando <strong>de</strong> fazer compras com amigas, estimulando-se mutuamente e alertando umas<br />

às outras para compras pouco recomendadas.<br />

Quando duas mulheres fazem compras juntas, costumam gastar mais tempo e dinheiro do que mulheres<br />

<strong>de</strong>sacompanhadas ou atreladas a homens. As mulheres acompanhadas comumente fazem mais comentários, e<br />

muitas vezes comentários positivos que impulsionam a motivação da outra, o que leva a aquisição, mesmo que<br />

algum tempo <strong>de</strong>pois haja uma nova reavaliação e esta não seja tão positiva quanto no ato da compra.<br />

44


Elas precisam <strong>de</strong> crédito<br />

Quando elas compram a prazo?<br />

Compra <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong><br />

maior valor<br />

Não tem situação<br />

específica<br />

Sempre que a loja<br />

permite<br />

Em casos <strong>de</strong> emergência<br />

Quando o parcelamento<br />

é sem juros<br />

Elas sempre compram a prazo...<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Mercado Feminino<br />

2%<br />

12%<br />

23%<br />

27%<br />

51%<br />

72% das mulheres costumam fazer compras a prazo.<br />

Este tipo <strong>de</strong> compra é mais usada para bens <strong>de</strong> maior valor,<br />

mas também é muito utilizada sem razões específicas.<br />

O alto percentual <strong>de</strong> mulheres que respon<strong>de</strong>ram não<br />

possuir situação específica para compra à prazo e que<br />

compram sempre que a loja permite, enfatizam o hábito e<br />

gosto por compra a prazo das brasileiras.<br />

Fonte: <strong>Estudo</strong> “Compras a prazo por mulheres” <strong>–</strong> Sophia Mind - 2010<br />

Assim, elas se endividam mais...<br />

59% das brasileiras estão<br />

endividadas. Dentre estas, 54% é<br />

<strong>de</strong>vido ao cartão <strong>de</strong> crédito<br />

67% das mulheres que possuem<br />

cheque especial já o usaram, sendo<br />

que 29% <strong>de</strong>las o usam todos os<br />

meses<br />

46% das mulheres já contraíram<br />

uma dívida alta no cartão <strong>de</strong> crédito<br />

a ponto <strong>de</strong> não conseguir quitá-la no<br />

curto prazo<br />

Surgimento <strong>de</strong> um problema a ser resolvido<br />

(financeiro ou não) é o maior motivo para as mulheres<br />

se endividarem<br />

92% das mulheres já conseguiram se livrar <strong>de</strong> alguma<br />

dívida, porém 45% <strong>de</strong>las já se endividaram novamente<br />

48% das mulheres já contraíram uma dívida para pagar<br />

outra<br />

Fonte: <strong>Estudo</strong> “Endividamento femininoi” <strong>–</strong> Sophia Mind - 2010<br />

45


Mulheres e Mídias Sociais<br />

Quais são as preferidas por elas?<br />

Orkut<br />

Sonico<br />

Facebook<br />

Twitter<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Mercado Feminino<br />

22%<br />

21%<br />

21%<br />

As mensagens instantâneas e os sites <strong>de</strong> relacionamento<br />

são as mídias sociais mais utilizadas (73% das usuárias<br />

<strong>de</strong> internet). Em seguida estão os sites e<br />

compartilhamento <strong>de</strong> fotos, blogs e fóruns.<br />

O Orkut é o site <strong>de</strong> relacionamento com mais cadastros<br />

entre as usuárias <strong>de</strong> mídias sociais. O Sonico e o<br />

Facebook se igualam na segunda posição.<br />

O Twitter é utilizado por 21% das usuárias <strong>de</strong> mídias<br />

sociais. Este número cresce a cada mensuração <strong>de</strong><br />

audiência.<br />

75%<br />

Fonte: <strong>Estudo</strong> “Porque as mulheres seguem empresas no Twitter?” <strong>–</strong> Sophia<br />

Mind - 2010<br />

O fenômeno do Twitter<br />

A elevada penetração do Twitter e o alto nível<br />

<strong>de</strong> utilização das usuárias transformou o<br />

microblog em uma importante ferramenta<br />

<strong>de</strong> marketing para as empresas<br />

77% das usuárias do Twitter seguem amigos e conhecidos. Este<br />

é o principal grupo <strong>de</strong> contato na ferramenta.<br />

Pessoas públicas como artistas, apresentadores, humoristas e<br />

cantores são seguidos por 55% das usuárias.<br />

As empresas e marcas também formam grupo <strong>de</strong> extrema<br />

relevância para as mulheres. 47% <strong>de</strong>las seguem, pelo menos,<br />

uma empresa ou marca <strong>de</strong> produto.<br />

O que leva as pessoas a seguirem empresas no Twitter?<br />

A principal razão para as usuárias do Twitter no Brasil<br />

seguirem as empresas são as promoções divulgadas no Twitter.<br />

O que elas esperam das empresas no Twitter?<br />

Para 83% <strong>de</strong>las, as empresas <strong>de</strong>vem se comunicar,<br />

respon<strong>de</strong>ndo aos tweets <strong>de</strong> seus followers. Devem postar<br />

promoções, conteúdos e dicas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> seus produtos e serviços<br />

O uso do Twitter apenas para divulgação <strong>de</strong> produtos (sem<br />

relacionamento) ou apenas para monitorar o que estão falando da<br />

empresa não é atrativo para as mulheres<br />

46


Meios <strong>de</strong> Pagamento Eletrônico<br />

Entre 2009 e 2010, houve um aumento do acesso aos meios<br />

eletrônicos nos segmentos menos favorecidos, alcançando 71% da<br />

população<br />

Há um tendência <strong>de</strong> maior posse do cartão <strong>de</strong> crédito nas classes<br />

baixas (DE) e entre os idosos<br />

No que diz respeito à posse <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> loja e <strong>de</strong> débito está<br />

ocorrendo um aumento mais expressivo na classe C e também entre<br />

os mais velhos. Denotando o apelo por crédito <strong>de</strong>stes segmentos<br />

O cartão <strong>de</strong> loja é o mais “<strong>de</strong>mocrático”, sua função é: estreitar o<br />

relacionamento com os clientes; expandir o uso do produto; e facilitar<br />

o crédito na hora das compras<br />

1<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

Compra<br />

Perfil do consumidor que tem posse dos seguintes meios eletrônicos<br />

Cartão <strong>de</strong> Débito<br />

Classe AB<br />

Faixa Etária <strong>de</strong> 25 a 34 anos<br />

Capitais da região Sul, Su<strong>de</strong>ste e<br />

Brasília<br />

Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />

53%<br />

56%<br />

48%<br />

50%<br />

26%<br />

27%<br />

Cartão <strong>de</strong> Débito Cartão <strong>de</strong> Crédito Cartão <strong>de</strong> Loja<br />

2008 2010<br />

2 Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />

3 Cartão <strong>de</strong> Loja<br />

Classe AB<br />

Faixa Etária <strong>de</strong> 25 a 44 anos<br />

Destaque para BH, SP e Brasília<br />

Posse <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento (%)<br />

Classe ABC<br />

Índices mais equilibrados nas<br />

faixas etárias<br />

Capitais do Norte e Porto Alegre<br />

47


Meios <strong>de</strong> pagamento por faixa <strong>de</strong> valor<br />

7%<br />

93%<br />

17%<br />

83%<br />

Até 10 reais De 10 a 20<br />

reais<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

Compra<br />

39%<br />

60%<br />

De 20 a 50<br />

reais<br />

61%<br />

36%<br />

De 50 a 100<br />

reais<br />

79%<br />

15%<br />

De 100 a<br />

500 reais<br />

Meios eletrônicos Dinheiro<br />

80%<br />

11%<br />

Mais <strong>de</strong> 500<br />

reais<br />

Nota-se que a medida que se eleva o valor do produto ou serviço,<br />

há um aumento do número <strong>de</strong> compras através <strong>de</strong> meio eletrônico.<br />

Isto po<strong>de</strong> ser explicado <strong>de</strong>vido à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamento e ao<br />

medo das pessoas <strong>de</strong> saírem na rua com uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

dinheiro para adquirir estes bens<br />

Mesmo não possuindo um valor agregado tão elevado, roupas,<br />

calçados e acessórios é o segmento cujo meio <strong>de</strong> pagamento<br />

eletrônico é mais utilizado. Desta forma, po<strong>de</strong>mos concluir que há<br />

uma preferência do consumidor por esta forma <strong>de</strong> compra<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do valor <strong>de</strong>ste bem<br />

Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />

Uso dos meios eletrônicos por categoria <strong>de</strong> produtos<br />

Meios Eletrônicos<br />

Roupas, calçados, jóias<br />

Bens duráveis para casa<br />

Passagem aéreas e terrestres<br />

Hoteis, pousadas, etc.<br />

Material para construção<br />

Não Eletrônicos<br />

Jornais, revistas, livros<br />

Educação<br />

Compra ou locação <strong>de</strong> veículos<br />

Lazer (cinema, teatro, etc.)<br />

Serviço médico, clínicas<br />

Restaurantes, bares<br />

63%<br />

62%<br />

57%<br />

56%<br />

51%<br />

89%<br />

87%<br />

78%<br />

77%<br />

75%<br />

63%<br />

48


Como as pessoas consomem?<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

Compra: Ótica do Consumidor<br />

Utilização <strong>de</strong> meios eletrônicos por classe social<br />

Nas classes menos favorecidas (DE), há forte preferência pelo<br />

uso <strong>de</strong> dinheiro como meio <strong>de</strong> pagamento. Isto porque apenas<br />

pequena parcela da população <strong>de</strong>sta classe tem acesso a<br />

cartões <strong>de</strong> crédito, o que limita as formas <strong>de</strong> pagamento.<br />

Geralmente, eles pagam à vista.<br />

Uma das últimas pesquisas do IPEA revelou que 46% dos<br />

brasileiros estão endividados. Desses 46%, 10% <strong>de</strong>clararam<br />

que não terão condições <strong>de</strong> pagar as dívidas.<br />

A pesquisa também apontou que o cartão <strong>de</strong> crédito é o<br />

principal responsável pelo endividamento dos brasileiros. Isso<br />

é resultado da ampliação do crédito, que, muitas vezes, é<br />

concedido sem critérios.<br />

Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />

O uso <strong>de</strong> meios eletrônicos aumenta a medida que a renda do indivíduo cresce, enquanto<br />

o uso do dinheiro se torna escasso a medida que a classe social é mais abastada<br />

Nas classes AB, 63% das pessoas preferem os meios eletrônicos. Isto po<strong>de</strong> ser explicado<br />

pelo fato <strong>de</strong>les se preocuparem mais com a segurança e por adquirirem produtos <strong>de</strong><br />

maior valor agregado<br />

Percebe-se que as classes AB divi<strong>de</strong>m seus pagamentos entre cartão <strong>de</strong> débito, <strong>de</strong><br />

crédito e dinheiro <strong>de</strong> maneira equilibrada, cada um com mais ou menos um terço do total<br />

Meios Eletrônicos<br />

33%<br />

17%<br />

13%<br />

29%<br />

22%<br />

11%<br />

33%<br />

53%<br />

Cartão <strong>de</strong> débito Cartão <strong>de</strong> crédito Dinheiro<br />

Classe AB Classe C Classe DE<br />

67%<br />

49


Como as pessoas consomem?<br />

Hábito, preferência e gasto dos consumidores<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

Compra: Ótica do Consumidor<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento Hábito <strong>Pr</strong>eferência Gasto/mês<br />

Cartão <strong>de</strong> Débito<br />

Cartão <strong>de</strong> Crédito<br />

Cartão <strong>de</strong> Loja<br />

Dinheiro<br />

66%<br />

64%<br />

31%<br />

100%<br />

25%<br />

25%<br />

3%<br />

44%<br />

20%<br />

30%<br />

3%<br />

30%<br />

Obs.: Nas colunas “<strong>Pr</strong>eferência” e “Gasto/mês”, outros meios <strong>de</strong> pagamento, como<br />

cheques, representam, 3 % e 17%.<br />

Mais <strong>de</strong> 50% dos gastos mensais da população brasileira são<br />

realizados por meios eletrônicos<br />

Os consumidores preferem pagar em dinheiro. Porém, percebe-se<br />

que o gasto mensal em dinheiro é <strong>de</strong> apenas 30%, o que po<strong>de</strong> ser<br />

explicado pelas pessoas pagarem os bens <strong>de</strong> maior valor agregado<br />

através <strong>de</strong> meios eletrônicos<br />

Comparativamente ao dinheiro, o cartão <strong>de</strong> crédito tem a menor<br />

preferência, porém participação equivalente no pagamento dos gastos<br />

mensais<br />

A preferência dos consumidores por cartão <strong>de</strong> crédito é explicada:<br />

pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento das compras, sem juros;<br />

segurança <strong>de</strong> não levar dinheiro; e ter mais prazo no pagamento<br />

Em contrapartida, o cartão <strong>de</strong> crédito facilita a pessoa a per<strong>de</strong>r o<br />

controle <strong>de</strong> seus gastos, além <strong>de</strong> ter anuida<strong>de</strong> e juros elevados<br />

Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />

Vantagens e <strong>de</strong>svantagens dos meio eletrônicos<br />

Cartão <strong>de</strong> crédito<br />

Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento das compras, sem<br />

juros<br />

<strong>Pr</strong>azo para pagamento<br />

Não tem controle dos gastos, po<strong>de</strong> gastar mais e se<br />

endividar<br />

Cartão <strong>de</strong> débito<br />

Dinheiro sai da conta no ato da compra<br />

Perda <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z não é sentida pelo consumidor<br />

Mais seguro e confortável para o consumidor<br />

Cartão <strong>de</strong> loja<br />

Cliente precisa andar com mais um cartão na carteira<br />

Gera maiores benefícios, pois os cartões <strong>de</strong> loja<br />

oferecem <strong>de</strong>sconto e tratamento especial nos<br />

estabelecimentos<br />

50


Aceitação, preferência e receita sob a ótica dos lojistas<br />

Meios <strong>de</strong><br />

pagamento<br />

Cartão <strong>de</strong><br />

Débito<br />

Cartão <strong>de</strong><br />

Crédito<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Meios <strong>de</strong> Pagamento e <strong>Comportamento</strong> <strong>de</strong><br />

Compra: Ótica do Lojista<br />

Fonte: “ Mercado <strong>de</strong> Meios Eletrônicos <strong>de</strong> Pagamento” <strong>–</strong> Datafolha - 2010<br />

Aceitação <strong>Pr</strong>eferência Participação<br />

99% 15% 20%<br />

97% 8% 35%<br />

Dinheiro 100% 74% 32%<br />

Cheque 51% 1% 4%<br />

O lojista <strong>de</strong>ve aceitar cartões <strong>de</strong> crédito e débito?<br />

Pontos Fortes<br />

Pagamento Garantido (afasta problemas<br />

como cheque sem fundo).<br />

Aumento do número <strong>de</strong> clientes (mais<br />

crédito).<br />

Há gran<strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> na preferência pelo dinheiro, entre os<br />

lojistas. No entanto, a participação <strong>de</strong>ste em relação ao faturamento<br />

mensal é menor que a do cartão <strong>de</strong> crédito<br />

Com relação aos meios eletrônicos, apesar da gran<strong>de</strong> aceitação, a<br />

preferência continua restrita a uma parcela <strong>de</strong> 23% e, mesmo assim,<br />

estes correspon<strong>de</strong>m a 55% do faturamento mensal dos lojistas<br />

A gran<strong>de</strong> maioria dos lojista prefere receber em dinheiro à cartão <strong>de</strong><br />

débito, mas, atualmente, o nível <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong>stes meios é<br />

praticamente a mesma<br />

A tendência é <strong>de</strong> <strong>de</strong>clínio na aceitação do cheque. Com ele o lojista<br />

tem menor segurança e assume todo o risco da transação. Contudo,<br />

ainda é o meio mais utilizado para compras <strong>de</strong> valores muito<br />

elevados, como <strong>de</strong> carros e motos.<br />

Mais segurança <strong>de</strong>vido ao dinheiro ser<br />

virtual, e por isso, não dá para ser roubado.<br />

Pontos Fracos<br />

Demora para receber (cartão <strong>de</strong><br />

crédito).<br />

Aluguel <strong>de</strong> Terminal Convencional <strong>de</strong><br />

Point of Sales (POS).<br />

51


Como as pessoas consomem?<br />

Canais <strong>de</strong> <strong>Consumo</strong><br />

Representativida<strong>de</strong> dos canais <strong>de</strong> varejo no faturamento (%)<br />

50<br />

45<br />

23<br />

22<br />

6<br />

8<br />

2 2 1 1<br />

2009 2010 (projeção)<br />

No varejo como um todo, o e-commerce vem se <strong>de</strong>stacando,<br />

pois sua participação no faturamento das empresas vem<br />

aumentando progressivamente, roubando mercado,<br />

principalmente, <strong>de</strong> lojas físicas<br />

Assim como é comum nas empresas do setor varejista, no<br />

segmento do vestuário, aos poucos, ocorre a valorização do ecommerce,<br />

gerando oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovação para diversas<br />

empresas.<br />

Fontes: Delloite <strong>–</strong> “Análise Setorial: o Varejo no novo cenário econômico” - 2009<br />

18<br />

22<br />

Canais abordados<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Varejo Físico<br />

Canal mais popular para comercialização do vestuário,<br />

precisa se reinventar para não per<strong>de</strong>r mercado para canais<br />

alternativos. Utilizando-se do conceito <strong>de</strong> Marketing Sensorial,<br />

empresas inovam e conquistam o consumidor<br />

Venda Direta<br />

Canal ainda dominado por empresas <strong>de</strong> cosméticos, vem<br />

sendo explorado por varejistas <strong>de</strong> outros segmentos em<br />

função do aumento do po<strong>de</strong>r aquisitivo dos consumidores da<br />

classe C, público-alvo <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comercialização<br />

E-commerce<br />

No Brasil, ainda é um canal pouco utilizado para compra <strong>de</strong><br />

vestuário, mas vem <strong>de</strong>monstrando crescimento. Ainda há<br />

certa insegurança por parte do consumidor, que vêm sendo<br />

vencidas com soluções inovadoras<br />

52


Cenário Atual<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Lojas Físicas<br />

As lojas físicas têm a preferência<br />

<strong>de</strong> 2/3 dos consumidores<br />

Dois terços dos consumidores <strong>de</strong> roupas e acessórios<br />

ainda preferem comprar em lojas físicas, aponta uma<br />

pesquisa da Accenture. A justificativa é que eles gostam<br />

<strong>de</strong> conversar com o ven<strong>de</strong>dor, ver, sentir e experimentar<br />

a mercadoria. No Brasil, esse dado nunca foi medido,<br />

mas acredita-se que o comportamento seja semelhante<br />

Crescimento <strong>de</strong> canais alternativos,<br />

como o e-commerce<br />

Apesar disso, canais alternativos vêm ganhando espaço<br />

no mercado. Diante do aumento da competição, há a<br />

tendência <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong> lojas cada vez mais<br />

especializadas, aumentando a abrangência regional<br />

<strong>Pr</strong>eferências <strong>de</strong> consumo<br />

Fazer compras é lazer...<br />

Clientes buscam, principalmente, que o ato <strong>de</strong><br />

comprar se torne uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazer. Além<br />

disso, <strong>de</strong>sejam que a loja tenha o seu perfil, seu<br />

estilo, sua marca.<br />

<strong>Pr</strong>eciso <strong>de</strong> um ven<strong>de</strong>dor!!!<br />

Muitos consumidores que buscam lojas<br />

físicas sentem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auxílio no<br />

momento <strong>de</strong> escolher as peças que vão<br />

comprar. É importante, portanto, que as<br />

empresas treinem seus ven<strong>de</strong>dores ou<br />

possuam profissionais <strong>de</strong> estilo nas lojas<br />

O que está na moda???<br />

Por meio <strong>de</strong> passeios nos shoppings,<br />

calçadões e outros centros <strong>de</strong><br />

comercialização as pessoas po<strong>de</strong>m ter<br />

uma noção do que está ou não na moda,<br />

fatores que influenciam no processo <strong>de</strong><br />

consumo, e elevam a participação nas<br />

vendas das lojas físicas<br />

53


Soluções para aumento do consumo<br />

Com o fortalecimento <strong>de</strong> outros canais <strong>de</strong> comercialização, as lojas físicas se veem obrigadas a inovar para atrair os consumidores,<br />

utilizando <strong>de</strong> forma intensiva a tecnologia, inserindo aspectos <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> nas vitrines e, até mesmo, no chão das lojas, bem como<br />

técnicas <strong>de</strong> Marketing Sensorial, especialmente luz, sons e cheios. A seguir apresentamos alguns exemplos interessantes.<br />

Etiqueta Sonora<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Lojas Físicas<br />

Difusor <strong>de</strong> Fragrâncias<br />

Aparelho que espalha perfume pelo ar. Tem como função principal dar i<strong>de</strong>ntificação olfativa à marca, ao<br />

estilo <strong>de</strong> vestuário que está sendo proposto. Geralmente, não usa líquidos, mas microcápsulas secas,<br />

que duram mais tempo no ar. O preço varia <strong>de</strong> acordo com a potência do aparelho, proporcional ao<br />

tamanho da loja.<br />

Pequeno chip inserido na etiqueta da peça <strong>de</strong> roupa controla a música ambiente do<br />

provador. Desta forma, é possível ter, por exemplo, roupas <strong>de</strong> festa com música <strong>de</strong> balada<br />

e moda surfe com sons marinhos.<br />

Esta estratégia auxilia a empresa a gerar uma i<strong>de</strong>ntificação imediata do consumidor com o<br />

momento <strong>de</strong> utilização do vestuário. Assim, ele se sente mais instigado a adquiri-lo.<br />

54


Soluções para aumento do consumo<br />

Piso Interativo<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Lojas Físicas<br />

Vitrine Eletrônica<br />

Nesta inovação, o próprio vidro da vitrine vira um monitor touch screen no qual o cliente<br />

po<strong>de</strong> navegar e conferir os produtos, sem precisar entrar na loja. Tem por objetivo atrair <strong>de</strong><br />

maneira efetiva os consumidores mais novos , seduzi-los pelo aspecto visual e pela<br />

elevada interativida<strong>de</strong>.<br />

É uma boa estratégia para atrair clientes que não gostam <strong>de</strong> ser assediados por<br />

ven<strong>de</strong>dores e que <strong>de</strong>sejam ter todas as opções <strong>de</strong> compra ao alcance das mãos.<br />

Com esta tecnologia, o chão se transforma em uma tela que reage ao toque dos pés.<br />

Ela po<strong>de</strong> ser usada para exposição da marca, exibição <strong>de</strong> produtos ou para jogos.<br />

Tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar um ambiente <strong>de</strong> consumo diferenciado <strong>de</strong>ntro das lojas,<br />

motivar o consumo e instigar as pessoas a visualizar os momentos em que utilizarão<br />

as roupas.<br />

55


Como as pessoas consomem?<br />

Lojas Físicas - Casos<br />

Em parceria com a Intel e a Adidas, <strong>de</strong>signers da agência<br />

Judge Gill criaram o adiVERSE Virtual Footwear Wall, uma<br />

espécie <strong>de</strong> parece virtual para ven<strong>de</strong>r tênis.<br />

O consumidor po<strong>de</strong>, através da tela, visualizar as cores do<br />

produto, checar estoque, entre outras informações<br />

adicionais. Caso não haja o tênis na loja, é possível<br />

realizar o pedido no próprio local, pela internet.<br />

Ví<strong>de</strong>o: http://vimeo.com/18701611<br />

Site: www.judgegill.co.uk<br />

A Cantão se <strong>de</strong>staca por ter forte política sócio-ambiental.<br />

Atualmente, os produtos vendidos são entregues aos<br />

consumidores <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ecobags.<br />

Em 2008, lançou a campanha “Eu amo ler”, arrecadando<br />

3.500 livros que foram doados para bibliotecas públicas do<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Outro programa, o “Reciclagem Cantão”, tem por objetivo<br />

doar sobras <strong>de</strong> antigas coleções para compor o figurino e o<br />

cenário <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> teatro. Em 2010, a empresa<br />

apostou na venda online <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> produtos para<br />

casa fabricados pela ONG Refazer.<br />

Site: www.cantao.com.br<br />

56


Cenário Atual<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Venda Direta<br />

Volume nominal <strong>de</strong> negócios em R$ bilhões<br />

14,5<br />

16,2<br />

<strong>Pr</strong>eferências <strong>de</strong> consumo<br />

18,5<br />

21,9<br />

2006 2007 2008 2009 2010<br />

26<br />

Segundo a ABEVD, o canal <strong>de</strong> vendas diretas obteve um<br />

crescimento no volume financeiro comercializado <strong>de</strong> 80%, entre<br />

2006 e 2010. Desempenho somente inferior ao e-commerce<br />

O setor <strong>de</strong> vendas diretas atrai cada vez mais empresas. Apesar<br />

do principal segmento no Brasil ainda ser o <strong>de</strong> cosméticos, com<br />

players como a Avon e Natura, outros ramos <strong>de</strong> empresas<br />

começam a trabalhar com este canal<br />

Além disso, empresas <strong>de</strong> e-commerce começam a se aproveitar<br />

da capilarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste canal e enviar via correio catálogos que<br />

impulsionem as vendas no meio virtual. Um exemplo <strong>de</strong> sucesso<br />

por meio <strong>de</strong>sta estratégia é o site Comprafácil.com, segundo maior<br />

site <strong>de</strong> e-commerce <strong>de</strong> produtos do Brasil.<br />

1 Força na Classe C<br />

2 Relacionamento e Confiança<br />

Tradicionalmente, os consumidores <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> canal<br />

são da classe C. Este fato explica o crescimento do<br />

mercado <strong>de</strong> vendas diretas dos últimos anos, quando<br />

milhões <strong>de</strong> brasileiros ascen<strong>de</strong>ram socialmente da classe<br />

D para a C. A continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong>ve fazer<br />

com que este canal receba ainda mais <strong>de</strong>staque na<br />

estratégia das empresas do varejo.<br />

Este canal <strong>de</strong> vendas tem como principal ponto forte o<br />

nível <strong>de</strong> relacionamento e confiança que são criados entre<br />

ven<strong>de</strong>dores e consultores (pessoas que realizam as<br />

vendas). Muitas das vezes, as pessoas não necessitam<br />

<strong>de</strong> produto algum, mas para “ajudar o consultor” acabam<br />

adquirindo alguma coisa visando a obter benefícios em<br />

transações futuras.<br />

57


Soluções para aumento do consumo<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Venda Direta<br />

Cartilhas Informativas: A Natura, uma das lí<strong>de</strong>res no mercado <strong>de</strong><br />

venda direta no Brasil, <strong>de</strong>senvolveu cartilhas que enumeram o que as<br />

reven<strong>de</strong>doras da marca po<strong>de</strong>m e não po<strong>de</strong>m fazer durante seus<br />

trabalhos. Este tipo <strong>de</strong> iniciativa facilita a padronização do serviço e é<br />

uma boa forma <strong>de</strong> se comunicar com sucesso com o público.<br />

Uso dos IPADs: A fabricante <strong>de</strong> calçados Di Cavalcanti investiu na<br />

compra <strong>de</strong> IPADs que serão utilizados como catálogos virtuais pelos<br />

seus representantes comerciais. O aparelho permite <strong>de</strong>monstrar os<br />

produtos em uma varieda<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> cores, aplicando-as<br />

digitalmente, sem ter que fotografar cada nova opção em estúdio.<br />

Além <strong>de</strong> ser mais leve e prático <strong>de</strong> carregar, o mostruário digital<br />

também oferece como vantagem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser atualizado<br />

com maior frequência, eliminando os custos <strong>de</strong> impressão.<br />

Treinamento e relacionamento com reven<strong>de</strong>dores: Para garantir<br />

sucesso nas vendas através do reven<strong>de</strong>dor, empresas realizam<br />

eventos, reuniões <strong>de</strong> negócios, conferências, seminários e<br />

programas <strong>de</strong> incentivo. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da estratégia adotada,<br />

o importante é transmitir para o reven<strong>de</strong>dor a cultura da marca e dar<br />

base para que ele seja o melhor amigo do cliente na hora da<br />

compra, orientando e passando todas as informações necessárias<br />

sobre os produtos.<br />

58


Cenário Atual<br />

Faturamento do e-commerce <strong>–</strong> 1°<br />

semestre <strong>de</strong> 2010 <strong>–</strong> Brasil<br />

Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce<br />

Crescimento em relação ao 1° semestre <strong>de</strong><br />

2009<br />

Representativida<strong>de</strong> da venda online <strong>de</strong><br />

vestuário no Brasil<br />

Representativida<strong>de</strong> da venda online <strong>de</strong><br />

vestuário nos EUA (benchmarking)<br />

Fonte: Algusto Aki <strong>–</strong> “Acesso a Mercado para Lojas <strong>de</strong> Roupas”<br />

Efeito Internet na Avaliação e Seleção <strong>de</strong> <strong>Pr</strong>odutos<br />

<strong>Pr</strong>oporção <strong>de</strong> indivíduos que já compraram produtos ou<br />

serviços pela internet <strong>–</strong> 2010<br />

82%<br />

68%<br />

R$ 6,7 bilhões<br />

13%<br />

40%<br />

4%<br />

12%<br />

Classe A/B Classe C Classe D/E<br />

Fonte: Revista Exame, Edição 978 <strong>–</strong> 20/10/2010<br />

Atualmente, o segmento <strong>de</strong> vestuário ainda não aparece nas 5<br />

primeiras colocações <strong>de</strong> volume <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> e-commerce no<br />

Brasil, sendo a primeira colocada a categoria <strong>de</strong> “Livros e<br />

Assinaturas <strong>de</strong> Revistas e Jornais”<br />

Apesar disso, houve um crescimento <strong>de</strong> 115% do número <strong>de</strong><br />

pedidos no varejo <strong>de</strong> moda no e-commerce, <strong>de</strong> 2008 para 2009,<br />

enquanto no varejo físico o indicador cresceu 108%<br />

O crescimento dos clubes <strong>de</strong> compras e dos sites <strong>de</strong> compras<br />

coletivas ten<strong>de</strong>m a elevar o potencial <strong>de</strong> consumo do segmento.<br />

Em especial, junto ao público feminino, maiores utilizadores<br />

<strong>de</strong>stes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> negócio<br />

As classes A e B, por terem maior po<strong>de</strong>r aquisitivo e, em<br />

consequência disso, maior acesso à internet, são os maiores<br />

consumidores por meio <strong>de</strong>ste canal.<br />

Contudo, a classe C vem adquirindo maior familiarida<strong>de</strong> com<br />

o meio <strong>de</strong> comercialização, em especial por conta dos seguintes<br />

aspectos:<br />

Novas formas <strong>de</strong> acessar à internet (escolas, lan<br />

houses, etc.)<br />

Crescimento do po<strong>de</strong>r aquisitivo.<br />

Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior parcelamento das compras<br />

59


4%<br />

11%<br />

16% 17%18%20%22%23%24%<br />

Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce<br />

Efeito Internet na Avaliação e Seleção <strong>de</strong> <strong>Pr</strong>odutos<br />

Que tipo <strong>de</strong> produto ou serviço você estaria<br />

disposto a comprar se fosse altamente<br />

recomendado em uma re<strong>de</strong> social da qual faz<br />

parte?<br />

28%<br />

40% 42%<br />

45%45% 47%<br />

Meios <strong>de</strong> comunicação consi<strong>de</strong>rados mais eficientes<br />

para a promoção <strong>de</strong> vendas<br />

Computador (internet)<br />

Pontos <strong>de</strong> venda<br />

Outros meios<br />

Outdoors<br />

Fonte:“Qual a re<strong>de</strong> social mais influente nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> compra?” - Sophia Mind Fonte: “Comércio online: as relações das empresas com seus públicos na internet” - Delloite <strong>–</strong> 2009<br />

Folhetos<br />

Revistas<br />

Celular<br />

Jornais<br />

TV<br />

Feiras<br />

Rádio<br />

12%<br />

10%<br />

10%<br />

10%<br />

18%<br />

17%<br />

27%<br />

33%<br />

39%<br />

37%<br />

68%


Efeito internet na avaliação e seleção <strong>de</strong> produtos<br />

Internet como<br />

Fonte <strong>de</strong><br />

Informação<br />

Internet como<br />

forma <strong>de</strong><br />

interação<br />

Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce<br />

No universo feminino, 67% das usuárias <strong>de</strong> internet afirmam buscar informações na re<strong>de</strong> sobre produtos ou<br />

serviços antes <strong>de</strong> comprá-los ou contratá-los<br />

Um estudo sobre compras da Motorola Solutions indicou que 55% dos varejistas pesquisados acreditam<br />

que os clientes tiveram acesso a mais e melhores informações que as equipes dos pontos <strong>de</strong> venda por meio<br />

da internet<br />

No pós-venda, no caso <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> beleza, 62% das mulheres buscam dicas <strong>de</strong> como usá-los na web<br />

Atualmente, blogs <strong>de</strong> moda têm influenciado consumidores na maneira <strong>de</strong> vestir e combinar peças <strong>de</strong><br />

roupas, já que dão diversas dicas <strong>de</strong> moda gratuitas, para todos os estilos. Tornaram-se, portanto, uma<br />

referência no momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir quais peças <strong>de</strong>ve-se ter no armário.<br />

De acordo com um estudo realizado pelo e-bit em 2010, 55% dos e-consumidores que fizeram compras<br />

influenciados por uma re<strong>de</strong> social são mulheres.<br />

Outro estudo, da Sophia Mind, apresenta que 60% das mulheres comentam suas experiências com<br />

produtos nas re<strong>de</strong>s sociais. Além disso, mostra que mais da meta<strong>de</strong> das consumidoras já compraram algum<br />

produto baseado em indicações que receberam online.<br />

Quando se analisa as categorias preferidas dos e-consumidores provenientes <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais, Moda e<br />

Acessórios aparece como <strong>de</strong>staque, com cerca <strong>de</strong> 20% do volume transacional. A mesma categoria<br />

representa, apenas, 4% das vendas totais no comércio virtual<br />

61


<strong>Pr</strong>eferências <strong>de</strong> consumo<br />

Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce<br />

Quando compra pela internet, o consumidor busca praticida<strong>de</strong> e conforto<br />

Em geral, são jovens e ganham mais que o dobro dos que preferem o varejo tradicional.<br />

Apesar <strong>de</strong>ste potencial, estes consumidores ainda resistem a comprar vestuário via internet<br />

<strong>Estudo</strong>s apontam que mulheres jovens costumam comprar através <strong>de</strong>ste canal em busca do<br />

fast fashion (moda rápida que segue tendências, mas não <strong>de</strong>manda gran<strong>de</strong> investimento)<br />

Neste sentido, há preferência por itens em oferta com preços mais baixos, o que diminui o<br />

risco <strong>de</strong> uma compra frustrada<br />

A internet seduz pela comparação direta <strong>de</strong> itens <strong>de</strong> consumo, pela maior gama <strong>de</strong> produtos<br />

expostos e pela comodida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong> compra.<br />

Tipicamente, o consumidor compra pela Internet <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> procurar o nome<br />

das marcas em sites <strong>de</strong> busca, promoção via e-mail, procurando o site da loja<br />

diretamente ou em sites <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong> preços.<br />

Como, atualmente, muitos consumidores buscam produtos diferentes e<br />

únicos, empresas como a Tobi, <strong>Pr</strong>ivalia e BuyVip (clubes <strong>de</strong> compras)<br />

conseguiram ter sucesso no meio online. Estas empresas realizam<br />

promoções diárias e ven<strong>de</strong>m produtos não encontrados facilmente, muitos<br />

<strong>de</strong>les <strong>de</strong> grifes internacionais.<br />

62


Barreiras e soluções para aumento do consumo<br />

Falta <strong>de</strong> padronização <strong>de</strong><br />

tamanhos das peças<br />

comercializadas entre lojas<br />

diferentes<br />

As lojas online continuam<br />

incapazes <strong>de</strong> proporcionar a<br />

gratificação instantânea da<br />

experiência <strong>de</strong> compra nos<br />

estabelecimentos físicos<br />

Abandono do carrinho <strong>de</strong><br />

compras virtual antes <strong>de</strong> finalizar<br />

a aquisição do produto, sendo o<br />

custo do frete um dos principais<br />

motivos para tal<br />

Os consumidores <strong>de</strong>sejam tocar<br />

na roupa para ter a certeza <strong>de</strong> ser<br />

um produto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce<br />

O comércio eletrônico ainda enfrenta diversas barreiras para se tornar popular, mas já há algumas soluções no mercado que po<strong>de</strong>m ser<br />

adotadas pelas empresas.<br />

A Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas (ABNT) está <strong>de</strong>finindo novas normas <strong>de</strong> medidas<br />

junto com a Associação Brasileira <strong>de</strong> Vestuário (Abravest). Enquanto isso não ocorre,<br />

algumas lojas oferecem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>: (i) o cliente realizar a troca <strong>de</strong> um produto<br />

comprado na loja física da marca ou (ii) coletar os produtos na casa do consumidor e efetuar a<br />

troca gratuitamente.<br />

É preciso acelerar, cada vez mais, a entrega das peças compradas pela internet. É importante<br />

oferecer diversas formas <strong>de</strong> entrega que, mesmo variando <strong>de</strong> preço, mostrarão flexibilida<strong>de</strong> ao<br />

consumidor.<br />

Já há ferramentas que <strong>de</strong>tectam o abandono do carrinho e enviam, imediatamente, um e-mail<br />

para o consumidor oferecendo benefícios e <strong>de</strong>scontos, o incentivando a finalizar a compra.<br />

Existem ferramentas no mercado online que mostram os produtos em <strong>de</strong>talhe, com zoom e<br />

efeito 3D, que se aproximam da realida<strong>de</strong>.<br />

63


O envolvimento emocional<br />

existente no momento da compra<br />

é prejudicado<br />

<strong>Estudo</strong>s mostram que muitas<br />

clientes precisam da aprovação<br />

das amigas antes <strong>de</strong> finalizar uma<br />

compra<br />

Há o receio <strong>de</strong> que a peça não<br />

vista corretamente no corpo<br />

Segurança e privacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

dados<br />

Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce<br />

Barreiras e soluções para aumento do consumo<br />

Sites começaram a expor comentários <strong>de</strong> especialistas e <strong>de</strong> outros consumidores sobre o<br />

produto, <strong>de</strong> forma a envolver o consumidor na compra. Marcas também criam blogs e revistas<br />

online com o mesmo objetivo.<br />

Há ferramentas <strong>de</strong> internet em <strong>de</strong>senvolvimento que permitem abrir um espaço <strong>de</strong> bate-papo<br />

on<strong>de</strong> as amigas po<strong>de</strong>m se "encontrar" online para uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Atualmente, há diversos tipos <strong>de</strong> provadores virtuais no mercado. A empresa americana<br />

UniqueScan criou uma cabine com sensores que mapeiam o corpo em 200 mil pontos,<br />

gerando um boneco virtual com as medidas exatas do consumidor. A Marisa criou uma<br />

solução mais simples, na qual o cliente envia as principais medidas pela internet e o site<br />

retorna o tamanho i<strong>de</strong>al das peças.<br />

Ferramentas <strong>de</strong> pagamento online como a Pagseguro estão se tornando cada vez mais<br />

conhecidas e utilizadas pelos usuários. Além disso, já existem certificados relacionados à<br />

segurança <strong>de</strong> dados que os sites po<strong>de</strong>m buscar ter, <strong>de</strong> forma a passar maior confiabilida<strong>de</strong> ao<br />

consumidor.<br />

64


Como as pessoas consomem?<br />

E-commerce - Casos<br />

Na Camiseteria, e-commerce <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> camisetas e ecobags,<br />

os próprios consumidores sugerem as estampas dos<br />

produtos, os internautas votam nas que mais gostam e as<br />

com melhor posição no ranking são produzidas pela<br />

empresa. A participação do consumidor em todo o processo<br />

é reconhecida com promoções, <strong>de</strong>scontos e até<br />

remuneração em dinheiro.<br />

A marca também possui um blog e está presente nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais, <strong>de</strong> forma a se conectar com seu público alvo. Além<br />

disso, os consumidores po<strong>de</strong>m enviar fotos vestindo as<br />

camisas adquiridas, que são mostradas no site da empresa.<br />

Site: www.camiseteria.com<br />

A Farm utiliza a técnica do marketing sensorial para atrair<br />

consumidores. O cheiro da loja, a ambientação e<br />

exposição dos produtos têm a ver com a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da<br />

marca e se adéqua ao conceito das coleções. Neste<br />

sentido, criou a rádio Farm, que po<strong>de</strong> ser ouvida nas lojas<br />

e no site.<br />

A empresa também investiu no relacionamento com os<br />

consumidores através da internet e, atualmente, mantém<br />

um <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong>dicado à atualização do blog e do<br />

Twitter da marca. Não somente, foi a primeira grife<br />

brasileira a criar um aplicativo para o Iphone, no qual é<br />

possível acessar o conteúdo do blog e o lookbook da<br />

marca, que é renovado mensalmente.<br />

Site: www.farmrio.com.br<br />

65


Agenda<br />

Visão Geral do <strong>Estudo</strong><br />

Aspectos Socioeconômicos<br />

Como as pessoas consomem?<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações para as MPEs<br />

66


No processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisório <strong>de</strong> compra <strong>de</strong><br />

uma roupa o “dizer que” é mais valorizado<br />

que o “servir para”<br />

Quando o consumidor <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> comprar uma<br />

roupa, ele não está apenas comprando<br />

pedaços <strong>de</strong> panos bem costurados. Ele está<br />

comprando algo que o represente, represente<br />

o grupo ao qual pertence.<br />

Além do aspecto psicológico que a roupa traz<br />

ao indivíduo, a peça <strong>de</strong> vestuário também<br />

carrega valores sociais, ajudando a separar a<br />

socieda<strong>de</strong> em classes. No entanto, o maior<br />

acesso ao crédito e aumento da renda da<br />

população vem minando esta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

diferenciação por classe.<br />

No entanto, a internet com as re<strong>de</strong>s sociais,<br />

vem elevando a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> grupo com<br />

base no comportamento.Este processo eleva<br />

o grau <strong>de</strong> simbologia e relevância das marcas<br />

que <strong>de</strong>ve ser construído pelas empresas do<br />

segmento.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Posicione sua marca no mercado <strong>de</strong> forma a ser um símbolo para<br />

clientes<br />

A propaganda serviria um objeto criador <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> diferenciação<br />

do ser humano. É necessário explorar altamente a simbologia da peça<br />

<strong>de</strong> vestuário. Para o seu público alvo<br />

A Redley, por exemplo, inicialmente queria atingir a tribo dos surfistas, e<br />

por isso, posicionou sua marca atrelada ao surf através da venda <strong>de</strong><br />

pranchas <strong>de</strong> e também <strong>de</strong> propagandas com surfistas. Hoje é um<br />

símbolo <strong>de</strong> moda praia e surfwear, no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Auxiliar às MPEs a posicionarem sua marca no mercado <strong>de</strong> acordo<br />

com o objetivo da empresa e seu público-alvo, por meio <strong>de</strong> cursos e<br />

consultorias especializadas<br />

Fornecer estudos que apresentem diversas tribos hoje existentes e<br />

suas características, necessida<strong>de</strong>s e anseios. A partir disso, as MPEs<br />

po<strong>de</strong>m, com a ajuda <strong>de</strong> um especialista <strong>de</strong> marketing, pensar em formas<br />

<strong>de</strong> trabalhar a imagem <strong>de</strong> sua marca <strong>de</strong> forma a atrair os grupos sociais<br />

<strong>de</strong> seu interesse<br />

67


Clientes valorizam a atuação em multicanal<br />

<strong>Estudo</strong>s mostram que os consumidores que<br />

se relacionam num mo<strong>de</strong>lo multicanal estão<br />

entre os mais valiosos para empresa, ou seja,<br />

são aqueles que consomem mais.<br />

Quanto maior a proximida<strong>de</strong> da empresa com<br />

o cliente, maior a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

comunicar, conhecer, ven<strong>de</strong>r e fi<strong>de</strong>lizar o<br />

consumidor a sua marca.<br />

Satisfazer as diferentes necessida<strong>de</strong>s através<br />

dos mais variados canais é uma das<br />

estratégias mais eficientes <strong>de</strong> promoção do<br />

negócio e atração <strong>de</strong> consumidores.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Esteja disponível em todos os ambientes<br />

A correta gestão <strong>de</strong> uma estratégia multicanal se constitui num dos<br />

principais diferenciais competitivos que as empresas po<strong>de</strong>m construir. A<br />

empresa que atua em multicanal está mais disponível ao cliente e<br />

oferece vantagens <strong>de</strong>vido à sua flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contato e compra.<br />

Integre sua loja virtual e física<br />

Nos EUA, é muito comum comprar um produto online e po<strong>de</strong>r retirá-lo na<br />

loja física mais próxima, reservado e pago. Essa estratégia ainda é<br />

capaz <strong>de</strong> manter os preços competitivos e atraentes, além <strong>de</strong> oferecer<br />

alternativas para as mais diversas necessida<strong>de</strong>s dos consumidores.<br />

Utilize catálogos para fazer chamar clientes para loja<br />

Envie catálogos para a casa dos clientes para atraí-los para loja física ou<br />

virtual. Esta é uma forma <strong>de</strong> integrar vantagens <strong>de</strong> dois canais. O<br />

Comprafacil.com, da Hèrmes, tornou-se um dos principais sites <strong>de</strong> ecommerce<br />

do Brasil por meio <strong>de</strong>sta estratégia.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

O SEBRAE <strong>de</strong>ve oferecer estudos que mostrem as características <strong>de</strong><br />

cada canal: vantagens, <strong>de</strong>svantagens, investimento inicial e etc. Além<br />

disso, <strong>de</strong>ve auxiliar as empresas na abertura <strong>de</strong> lojas virtuais ou físicas.<br />

O SEBRAE po<strong>de</strong> auxiliar na formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> empresas para<br />

oferta <strong>de</strong> produtos por catálogo. O projeto “Espaços Comerciais a Céu<br />

Aberto” seria uma excelente canal para esta iniciativa.<br />

68


Classe C representa um nicho interessante<br />

para canal <strong>de</strong> vendas diretas<br />

De modo geral, o comércio varejista oferece<br />

mau atendimento aos consumidores das<br />

classes C, D e E. De fato, a <strong>de</strong>ficiência é<br />

comum para quase todas as classes, mas no<br />

caso da clientela popular a baixa auto-estima<br />

do consumidor impacta diretamente a forma<br />

como ele se relaciona com as lojas e o nível<br />

<strong>de</strong> tratamento dos ven<strong>de</strong>dores.<br />

O canal <strong>de</strong> vendas diretas po<strong>de</strong> ser uma<br />

saída para classe C, que busca um<br />

atendimento melhor, que seria possibilitado<br />

por uma relação entre ven<strong>de</strong>dor e cliente é<br />

mais estreita.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Pense em produtos e nichos que possam fazer sucesso neste canal<br />

Existem produtos específicos no setor do vestuário que têm maior<br />

potencial neste canal, como o caso das lingeries. Muitas mulheres têm<br />

vergonha <strong>de</strong> comprar estas peças em lojas, na frente <strong>de</strong> outras pessoas.<br />

Experimentar, que é um fator importante na compra <strong>de</strong> uma peça do<br />

vestuário, também é um problema para algumas mulheres, em especial<br />

mulheres mais corpulentas e na maturida<strong>de</strong> (já que muitas não estão<br />

felizes com seu corpo). Por isso este canal representa uma boa<br />

alternativa para venda <strong>de</strong>stes produtos.<br />

Outro público em que a empresa po<strong>de</strong> fazer sucesso através <strong>de</strong>ste canal<br />

é o masculino. Estes são muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do atendimento do<br />

ven<strong>de</strong>dor <strong>–</strong> e neste caso terão todo suporte do reven<strong>de</strong>dor <strong>–</strong> e muitas<br />

vezes não gostam <strong>de</strong> “ir às compras”.<br />

Os homossexuais são outro público potencial <strong>de</strong>ste canal, pelo<br />

preconceito que às vezes sofrem nas lojas. Além disso, é baixa a oferta<br />

<strong>de</strong> lojas especializadas neste público no mercado.<br />

69


Classe C representa um nicho interessante<br />

para canal <strong>de</strong> vendas diretas<br />

De modo geral, o comércio varejista oferece<br />

mau atendimento aos consumidores das<br />

classes C, D e E. De fato, a <strong>de</strong>ficiência é<br />

comum para quase todas as classes, mas no<br />

caso da clientela popular a baixa auto-estima<br />

do consumidor impacta diretamente a forma<br />

como ele se relaciona com as lojas e o nível<br />

<strong>de</strong> tratamento dos ven<strong>de</strong>dores.<br />

O canal <strong>de</strong> vendas diretas po<strong>de</strong> ser uma<br />

saída para classe C, que busca um<br />

atendimento melhor, que seria possibilitado<br />

por uma relação entre ven<strong>de</strong>dor e cliente é<br />

mais estreita.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Capacite o reven<strong>de</strong>dor<br />

O reven<strong>de</strong>dor tem uma relação direta com o cliente e é um dos fatores<br />

que mais influencia na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra neste canal. Por isso, um<br />

ven<strong>de</strong>dor treinado tem maiores chances <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lizar o cliente e, assim,<br />

alavancar suas vendas.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

O SEBRAE <strong>de</strong>ve incentivar MPEs a se associarem para estar<br />

presente neste canal. Uma mesma reven<strong>de</strong>dora po<strong>de</strong> comercializar<br />

produtos <strong>de</strong> diversas MPEs trazendo vantagens ao consumidor e<br />

impulsionando a venda dos produtos.<br />

Outra ação importante para o SEBRAE é auxiliar na logística da<br />

operação, capacitando as empresas na montagem da melhor rota,<br />

escolhendo o modal a ser utilizado e pensando na melhor forma <strong>de</strong><br />

armazenagem e transporte do produto.<br />

70


Internet: principal ferramenta para o<br />

marketing<br />

O número <strong>de</strong> usuários da internet aumenta<br />

gradualmente em diversas classes e ida<strong>de</strong>s.<br />

Esta ferramenta não mais está restrita apenas<br />

às classes A e B, e aos jovens. Classes<br />

menos favorecidas, assim como o público<br />

idoso, já estão utilizando a internet para<br />

consultar ou comprar objetos.<br />

Atualmente, nenhum veículo <strong>de</strong> mídia tem<br />

po<strong>de</strong>r e capilarida<strong>de</strong> que a internet. <strong>Pr</strong>ova<br />

disso são as compras coletivas que nos EUA<br />

já reduziram em quase 30% as receitas com<br />

publicida<strong>de</strong> das emissoras regionais (Bolsa<br />

<strong>de</strong> Ofertas).<br />

A abrangência <strong>de</strong> uma informação colocada<br />

na internet é relativamente maior se<br />

comparado a outros veículos. Por isso, este<br />

veículo se firma, cada vez mais, como o mais<br />

eficiente na promoção <strong>de</strong> vendas, e é a<br />

melhor forma da marca ficar conhecida.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Diversifique as formas <strong>de</strong> atração através da internet<br />

Além <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sociais e websites, existem diversas formas <strong>de</strong> chegar ao<br />

cliente através da internet.<br />

Enviar e-mails com notícias ou promoções é uma das forma <strong>de</strong><br />

fazer marketing na web, mas atenção para não fazer o efeito<br />

inverso e irritar o cliente com muito lixo em sua caixa.<br />

O envio <strong>de</strong> cupons <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto junto da propaganda da loja,<br />

assim como a presença da figura <strong>de</strong> algumas peças <strong>de</strong> roupas e<br />

outras notícias que interessem o leitor po<strong>de</strong>m ser uma boa<br />

estratégia.<br />

Sites <strong>de</strong> compras coletivas tem gran<strong>de</strong> apelo, principalmente<br />

em negócios <strong>de</strong> âmbito regional<br />

Banners em blogs e re<strong>de</strong>s sociais em comunida<strong>de</strong>s voltadas<br />

ao vestuário e ao grupo alvo <strong>de</strong> sua loja po<strong>de</strong>m ser muito<br />

eficientes<br />

Especialize o tratamento ao e-consumidor<br />

Contrate empresas <strong>de</strong> consultoria especializada para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua<br />

estratégia <strong>de</strong> atuação na re<strong>de</strong>.<br />

Designe um profissional específico para atuar exclusivamente no gerenciamento<br />

do marketing da empresa na web.<br />

71


Internet como veículo <strong>de</strong> comunicação e<br />

monitoramento<br />

Os consumidores que têm uma experiência<br />

ruim <strong>de</strong> compras não costumam retornar.<br />

Além disso, mais do que nunca, as re<strong>de</strong>s<br />

sociais têm sido usadas para <strong>de</strong>monstrar o<br />

<strong>de</strong>scontentamento dos clientes com lojas e<br />

produtos.<br />

Por meio <strong>de</strong> um monitoramento ostensivo,<br />

mais especificamente re<strong>de</strong>s sociais, blogs e<br />

fóruns, as empresas conseguem saber o que<br />

está sendo comentado sobre sua marca e<br />

produto.<br />

Sistemas <strong>de</strong> atendimento por cartas, e-mails e<br />

telefones já não são mais suficientes para<br />

receber as críticas e dúvidas dos<br />

consumidores sobre produtos e serviços <strong>de</strong><br />

má qualida<strong>de</strong>. Os próximos passos das<br />

empresas <strong>de</strong>ve ser o atendimento em tempo<br />

real por meio das re<strong>de</strong>s sociais, como o<br />

Facebook e o Twitter.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Utilize mídias sociais para reverter experiências <strong>de</strong> compra ruins<br />

Varejistas que têm a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar as re<strong>de</strong>s sociais para falar<br />

com esses clientes <strong>de</strong>scontentes muitas vezes conseguem não só<br />

recuperar esses consumidores, como também transformá-los em<br />

<strong>de</strong>fensores da marca.<br />

Estreite seu relacionamento com clientes através <strong>de</strong> mídias sociais<br />

Nos Chats e Fóruns po<strong>de</strong>-se estabelecer uma relação direta com os<br />

usuários, permitindo que eles esclareçam as suas dúvidas com algum<br />

representante da empresa ou que <strong>de</strong>batam sobre um tema entre si. Esta<br />

é uma excelente forma <strong>de</strong> oferecer informação personalizada e <strong>de</strong><br />

receber inputs para melhoria operacionais.<br />

As re<strong>de</strong>s sociais também são ótimas ferramentas para se comunicar com<br />

cliente e receber sugestões e críticas sobre seus produtos e marca, ela<br />

se configura em um ótimo canal <strong>de</strong> SAC.<br />

Especialize o tratamento ao e-consumidor<br />

Contrate empresas <strong>de</strong> consultoria especializada para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua<br />

estratégia <strong>de</strong> atuação na re<strong>de</strong>.<br />

Designe um profissional específico para atuar exclusivamente no gerenciamento<br />

do marketing da empresa na web.<br />

72


Comprar vestuário é usar meio eletrônico<br />

As roupas são o bem <strong>de</strong> consumo, <strong>de</strong> qual<br />

quer valor, em que os meios eletrônicos <strong>de</strong><br />

pagamento são mais utilizados, em qualquer<br />

região do país.<br />

A perspectiva é que este processo continue<br />

em evolução, visto que são diversos os<br />

fatores que influenciam positivamente esta<br />

tendência:<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Aumenta o número <strong>de</strong> meio<br />

eletrônico entre a população, inclusive<br />

<strong>de</strong> baixa renda.<br />

Cresce a aceitação dos meios<br />

eletrônicos <strong>de</strong> pagamento junto aos<br />

lojistas.<br />

Eleva-se o valor dos produtos<br />

adquiridos, visto que as pessoas tem<br />

mais renda.<br />

Diversifique as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> pagamento da sua loja<br />

Assim como é importante adotar uma estratégia multicanal, é importante<br />

que o varejista aceite o maior número possível <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong><br />

pagamento. Caso a preferência por receber em dinheiro seja gran<strong>de</strong>, o<br />

lojista po<strong>de</strong> oferecer <strong>de</strong>sconto para o cliente para estimulá-lo a optar por<br />

dinheiro. Mas, é importante não <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aceitar outras formas <strong>de</strong><br />

pagamento.<br />

Crie mecanismos <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> pagamento que fi<strong>de</strong>lizem o cliente<br />

O cartão <strong>de</strong> loja se configura em uma boa opção para fi<strong>de</strong>lizar e dar<br />

benefícios ao cliente que compra bastante na sua loja. No entanto este é<br />

um processo caro <strong>de</strong> difícil implantação.<br />

Isto po<strong>de</strong> ser viabilizado por meio da ação conjunta <strong>de</strong> empresas em um<br />

centro comercial <strong>de</strong> rua, por exemplo.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Auxiliar as empresas a se associarem na estruturação <strong>de</strong> um cartão<br />

private label que ofereça benefícios ao consumidor, como programas <strong>de</strong><br />

pontos e <strong>de</strong>scontos<br />

Fornecimento <strong>de</strong> estudos sobre meios <strong>de</strong> pagamento que direcionem<br />

os varejistas na aceitação <strong>de</strong> formas variadas <strong>de</strong> realizar comprar por<br />

parte <strong>de</strong> seu público alvo<br />

73


Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Mulheres são bastante influenciadas por<br />

mídias sociais<br />

As mulheres são bastante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

opinião <strong>de</strong> outros no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da<br />

compra. Após uma compra, o sexo feminino<br />

também necessita comentar sobre esta, seja<br />

elogiando ou criticando. As re<strong>de</strong>s sociais,<br />

blogs e fóruns permitem essa troca <strong>de</strong><br />

opiniões sobre os produtos, além <strong>de</strong><br />

proporcionar uma interação com um maior<br />

número <strong>de</strong> pessoas do que um telefone<br />

permite, por exemplo.<br />

Outro fator bastante valorizado pelo público<br />

feminino é a relação estabelecida entre elas e<br />

as marcas. As mulheres não se contentam em<br />

serem passivas ao conteúdo disponibilizado<br />

pelas marcas, elas gostam <strong>de</strong> ouvir e serem<br />

ouvidas pelas empresas, o que po<strong>de</strong> ser<br />

explorado com sucesso pelos varejistas<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Comece a seguir seus clientes em plataformas como o Twitter<br />

Isto estreita a relação da empresa com cliente, além <strong>de</strong> facilitar o<br />

monitoramento da imagem da empresa através da re<strong>de</strong>.<br />

Atualize seu perfil nas re<strong>de</strong>s sociais com novida<strong>de</strong>s e promoções<br />

sobre os produtos e coloque notícias, ví<strong>de</strong>os, imagens sobre<br />

diversos assuntos que interessem seu público-alvo<br />

Os conteúdos <strong>de</strong>sinteressantes são o principal motivo pelo qual as<br />

usuárias <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> seguir uma <strong>de</strong>terminada empresa. A presença <strong>de</strong><br />

conteúdos interessantes atrai um maior número <strong>de</strong> visitantes ao seu<br />

perfil, o que aumenta a popularida<strong>de</strong> da marca.<br />

Utilize as re<strong>de</strong>s sociais como Serviço <strong>de</strong> Atendimento ao Cliente.<br />

Esta é uma forma rápida e simples <strong>de</strong> oferecer uma rápida resposta às<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu cliente<br />

Crie comunida<strong>de</strong>s no Orkut e Fan Page no Facebook<br />

O Orkut é atualmente a re<strong>de</strong> social com mais usuários ativos no Brasil e<br />

por isso não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sprezada. Neste ano, o Facebook cresceu muito<br />

no país, principalmente entre as classes A e B. Por isso, é importante a<br />

presença <strong>de</strong> sua empresa em ambas as re<strong>de</strong>s sociais.<br />

Uma forma interessante <strong>de</strong> utilizar estes veículos é criando uma<br />

comunida<strong>de</strong> no Orkut sobre a sua empresa e adicionando funcionários e<br />

clientes nesse ambiente. A estratégia po<strong>de</strong> ser utilizada também no<br />

Facebook, a partir da criação <strong>de</strong> Fan Page da empresa.<br />

74


Mulheres são bastante influenciadas por<br />

mídias sociais<br />

As mulheres são bastante <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

opinião <strong>de</strong> outros no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da<br />

compra. Após uma compra, o sexo feminino<br />

também necessita comentar sobre esta, seja<br />

elogiando ou criticando. As re<strong>de</strong>s sociais,<br />

blogs e fóruns permitem essa troca <strong>de</strong><br />

opiniões sobre os produtos, além <strong>de</strong><br />

proporcionar uma interação com um maior<br />

número <strong>de</strong> pessoas do que um telefone<br />

permite, por exemplo.<br />

Outro fator bastante valorizado pelo público<br />

feminino é a relação estabelecida entre elas e<br />

as marcas. As mulheres não se contentam em<br />

serem passivas ao conteúdo disponibilizado<br />

pelas marcas, elas gostam <strong>de</strong> ouvir e serem<br />

ouvidas pelas empresas, o que po<strong>de</strong> ser<br />

explorado com sucesso pelos varejistas<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Especialize o tratamento ao e-consumidor<br />

Contrate empresas <strong>de</strong> consultoria especializada para <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> sua estratégia <strong>de</strong> atuação na re<strong>de</strong>.<br />

Designe um profissional específico para atuar exclusivamente no<br />

gerenciamento do marketing da empresa na web.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Capacite os empresários para atuar nas re<strong>de</strong>s sociais<br />

Desenvolva cursos e capacitações com especialista da re<strong>de</strong>, como<br />

NetShoes<br />

Monte um pool <strong>de</strong> empresas para contratação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong><br />

consultoria especializada<br />

75


Homens fazem cada vez mais compras<br />

A presença das mulheres cada vez mais<br />

acirrada no mercado <strong>de</strong> trabalho, o aumento<br />

da vaida<strong>de</strong> dos homens e o fato <strong>de</strong> ficarem<br />

mais tempo solteiros (seja por casar mais<br />

tar<strong>de</strong> ou pelo divórcio) faz com que os<br />

homens vão mais às compras.<br />

Empresas <strong>de</strong>vem enten<strong>de</strong>r que homens e<br />

mulheres consomem vestuário <strong>de</strong> formas<br />

diferentes. Homens são mais objetivos na<br />

hora da compra e mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

orientação <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>dores. Por isso, quando<br />

sabem que vão encontrar o que precisa em<br />

<strong>de</strong>terminada loja , entram e compram. Como<br />

tem pouco conhecimento do mercado, o<br />

atendimento do ven<strong>de</strong>dor realmente lhes é útil<br />

o que os fi<strong>de</strong>liza mais do que as mulheres.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Capacite seus ven<strong>de</strong>dores<br />

Quando o público alvo da loja é masculino, é ainda mais importante a<br />

capacitação dos funcionários, uma vez que homens precisam mais <strong>de</strong><br />

um auxílio na hora da compra. O custo <strong>de</strong> capacitação do ven<strong>de</strong>dor dará<br />

retornos a sua loja, através do aumento do número <strong>de</strong> vendas e da<br />

fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong> seus clientes.<br />

Adote estratégias que atraiam e fi<strong>de</strong>lizem o consumidor masculino<br />

Empresas que foquem no público masculino <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar sua<br />

objetivida<strong>de</strong> na hora da compra. De uma forma geral, homens não<br />

entram em todas as lojas para dar a famosa “olhadinha” que mulher<br />

tanto gosta. Eles são mais diretos. Por isso, uma vitrine bem planejada é<br />

muito importante para atrair o consumidor.<br />

Dentro da loja, a disposição das roupas também <strong>de</strong>ve ser fácil <strong>de</strong> achar<br />

o que ele <strong>de</strong>seja. A divisão em seções é uma ferramenta boa para esta<br />

estratégia. Além disso, evite colocar muitas peças por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comprimento, isto dificulta a procura masculina.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Capacite os empresários para aten<strong>de</strong>r o público masculino em cursos,<br />

workshops e palestras. Estas orientações <strong>de</strong>vem focar no<br />

comportamento do homem e em aspectos práticos do layout dos<br />

estabelecimentos<br />

76


Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

O aprimoramento da experiência <strong>de</strong><br />

compra aumenta a competitivida<strong>de</strong> da loja<br />

A percepção que um cliente tem <strong>de</strong> uma<br />

organização ou marca é construída em cima<br />

<strong>de</strong> suas experiências com aquela empresa no<br />

momento da compra e também no pós-venda,<br />

e através da opinião <strong>de</strong> outros consumidores.<br />

Desta forma, incrementar a experiência <strong>de</strong><br />

compra <strong>de</strong> seu consumidores po<strong>de</strong> ser<br />

essencial para a sustentabilida<strong>de</strong> do seu<br />

negócio no novo ambiente do varejo,<br />

especialmente em lojas físicas<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Facilite o processo da compra<br />

Capacitar seus funcionários com informações sobre o produto ou<br />

serviço, disponibilizar estas informações em diversos canais, oferecer<br />

diversas opções <strong>de</strong> meio <strong>de</strong> pagamento são algumas das formas <strong>de</strong><br />

facilitar o processo <strong>de</strong> compra do cliente.<br />

Organize um ambiente agradável<br />

O Marketing Sensorial é um bom exemplo <strong>de</strong> um investimento bastante<br />

eficaz, e que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> baixo custo, quando usado no ponto <strong>de</strong> venda.<br />

Ele cria sensações através dos cinco sentidos humanos, formando assim<br />

um vínculo emocional da loja, ou marca, com o consumidor.<br />

No caso do público masculino, vimos que a vitrine é bastante importante<br />

para atrair o cliente, então focar no virtual merchandising po<strong>de</strong> ajudar a<br />

elevar o número <strong>de</strong> clientes.<br />

A iluminação também é um fator a ser levado em consi<strong>de</strong>ração,<br />

principalmente quando são mulheres, em especial na fase <strong>de</strong><br />

maturida<strong>de</strong>. Luzes brancas que realçam pequenos <strong>de</strong>feitos no corpo da<br />

mulher não são aconselhadas para ter <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cabines.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Fornecimento <strong>de</strong> palestras e estudos que mostrem casos <strong>de</strong> sucesso<br />

<strong>de</strong>vido ao aprimoramento da experiência <strong>de</strong> compra. É interessante<br />

apontar o custo da implantação <strong>de</strong>stes, e evi<strong>de</strong>nciar práticas <strong>de</strong> baixo<br />

custo.<br />

77


Mulheres brasileiras se endividam com<br />

facilida<strong>de</strong><br />

A renda e o acesso ao crédito das mulheres<br />

está aumentando e, consequentemente, as<br />

dívidas. Comprar a prazo faz parte do<br />

cotidiano das brasileiras, principalmente em<br />

bens <strong>de</strong> maior valor. A inadimplência é maior<br />

nas compras <strong>de</strong> roupas e calçados, um dos<br />

setores on<strong>de</strong> as mulheres mais gostam <strong>de</strong><br />

gastar, especialmente, com meio eletrônicos.<br />

Por isso, o cartão <strong>de</strong> crédito se configura na<br />

principal forma <strong>de</strong> endividamento.<br />

É importante atentar que principalmente<br />

mulheres da classe B e C adquirem produtos<br />

a cima da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido a meios <strong>de</strong><br />

pagamento com crédito. Aspecto que po<strong>de</strong><br />

ser aproveitado pelas empresas<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Ofereça condições fáceis <strong>de</strong> pagamento<br />

A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parcelamento das compras em inúmeras parcelas <strong>de</strong><br />

baixo valor possibilita a compra <strong>de</strong> bens que, <strong>de</strong> outra forma, não<br />

po<strong>de</strong>riam ser adquiridos pelo público. É importante lembrar que a gran<strong>de</strong><br />

maioria das mulheres prestam atenção nas taxas <strong>de</strong> juros embutidas no<br />

parcelamento, mesmo sem saber calcular. Por isso, é necessário verificar<br />

se a melhor estratégia para atingir seu público alvo é o parcelamento em<br />

menos prestações e sem juros, ou parcelar em muitas vezes com taxa <strong>de</strong><br />

juros.<br />

Casas Bahia, Renner, C&A são exemplos <strong>de</strong> varejistas que utilizam este<br />

método, focando nas classes mais baixa, e obtém gran<strong>de</strong> lucro.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

O SEBRAE <strong>de</strong>ve fornecer informações sobre o público alvo das MPEs<br />

e sua preferências sobre forma <strong>de</strong> pagamento. A partir <strong>de</strong>stas<br />

informações, a instituição <strong>de</strong>ve orientar MPEs a adotar métodos <strong>de</strong><br />

pagamento que atraiam seus clientes.<br />

78


Vácuo no mercado da terceira ida<strong>de</strong> e<br />

maturida<strong>de</strong><br />

Estes dois mercados representam uma boa<br />

oportunida<strong>de</strong> para as empresas, uma vez que<br />

não estão sendo <strong>de</strong>vidamente atendidos.<br />

Ambos os públicos <strong>de</strong>sejam estar na moda,<br />

porém com roupas adaptadas a seu corpo.<br />

Gostam <strong>de</strong> sentirem-se mais novos e não<br />

serem taxados <strong>de</strong> velhos.<br />

O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>stes grupo está cada<br />

vez maior <strong>de</strong>vido ao fato das famílias terem<br />

menos filhos pessoas mais maduras tem mais<br />

renda para gastar em coisas além do<br />

essencial.<br />

Os idosos possuem a mesma condição, seus<br />

filhos já estão criados e sua renda é<br />

praticamente constante possibilitando mais<br />

nível <strong>de</strong> gasto.<br />

É importante salientar que a quanto maior a<br />

renda maior é o gasto com vestuário.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Entenda suas necessida<strong>de</strong>s e oferte produtos a<strong>de</strong>quados<br />

<strong>Pr</strong>ocure i<strong>de</strong>ntificar a<strong>de</strong>quadamente as características <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong><br />

cada grupo. Mulheres maduras <strong>de</strong>sejam roupas da moda com medidas<br />

antropométricas especiais para elas.<br />

Ninguém gosta <strong>de</strong> ser classificado como velho. Desta forma,<br />

propagandas <strong>de</strong>vem evi<strong>de</strong>nciar as qualida<strong>de</strong>s da roupa e sua ligação<br />

com a moda, não o fato que são focados no público não jovem.<br />

Acompanhe as mudanças <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>ste grupos<br />

Estes grupos estão cada vez mais antenados na internet e, com o passar<br />

dos anos isto <strong>de</strong>ve aumentar. Por isso, varejistas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter uma loja virtual.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Fornecimento <strong>de</strong> informações atualizadas sobre a evolução <strong>de</strong>ste<br />

mercado no Brasil e no mundo.<br />

Além disso, atuar no sentido <strong>de</strong> orientar as empresas na escolha <strong>de</strong> um<br />

nicho apropriado, levando em consi<strong>de</strong>ração seu vácuo no mercado e<br />

barreiras <strong>de</strong> entrada para aten<strong>de</strong>r este nicho.<br />

79


Há nichos <strong>de</strong> mercado ainda pouco<br />

atendidos com elevado potencial<br />

Um produto comum não po<strong>de</strong> satisfazer<br />

necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> todos os<br />

consumidores, uma vez que estes são muitos,<br />

dispersos em diversas regiões, têm hábitos <strong>de</strong><br />

compra variados e gostos diferenciados.<br />

Assim, não se po<strong>de</strong> tratar todos da mesma<br />

forma, cada empresa <strong>de</strong>ve atentar para o seu<br />

público alvo, i<strong>de</strong>ntificar suas necessida<strong>de</strong>s e<br />

ofertar produtos que o seduza e motive<br />

vendas.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Escolha um público-alvo e compreenda os critérios <strong>de</strong> seleção do<br />

nicho para oferecer e promover um melhor portfólio <strong>de</strong> produtos<br />

É imprescindível que o varejista use a estratégia <strong>de</strong> segmentação e<br />

escolha um público alvo para aten<strong>de</strong>r. Lojas que visam aten<strong>de</strong>r a todos,<br />

na verda<strong>de</strong> não conseguem aten<strong>de</strong>r ninguém muito bem. Uma estratégia<br />

<strong>de</strong> nicho, quando bem elaborada, po<strong>de</strong> ser uma opção lucrativa. Veja<br />

alguns exemplos <strong>de</strong> estratégias para aten<strong>de</strong>r nichos específicos:<br />

Público infantil: Varejistas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pais e<br />

filhos e oferecer produtos, promoções e serviços que sejam sedutores<br />

para ambos. No entanto, é importante lembrar que a <strong>de</strong>cisão final é do<br />

pai, uma vez que ele tem o po<strong>de</strong>r financeiro.<br />

Público jovem: É importante trabalhar bastante a questão da simbologia,<br />

uma vez que quando você é jovem o jeito que você se veste te marca<br />

mais, sinaliza o grupo ao qual pertence.<br />

80


Há nichos <strong>de</strong> mercado ainda pouco<br />

atendidos com elevado potencial<br />

Um produto comum não po<strong>de</strong> satisfazer<br />

necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> todos os<br />

consumidores, uma vez que estes são muitos,<br />

dispersos em diversas regiões, têm hábitos <strong>de</strong><br />

compra variados e gostos diferenciados.<br />

Assim, não se po<strong>de</strong> tratar todos da mesma<br />

forma, cada empresa <strong>de</strong>ve atentar para o seu<br />

público alvo, i<strong>de</strong>ntificar suas necessida<strong>de</strong>s e<br />

ofertar produtos que o seduza e motive<br />

vendas.<br />

Conclusões do <strong>Estudo</strong> e Implicações<br />

para as MPEs<br />

Conclusões Sugestões para micro e pequenos varejistas<br />

Classe A: A classe A <strong>de</strong>seja consumir o verda<strong>de</strong>iro luxo. Por isso, para<br />

atingir este público é extremamente necessário que o produto seja <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e seu atendimento exclusivo.<br />

Classe B: A classe B busca o status para tentar se sentir como parte da<br />

classe A. Por isso, muitas propagandas direcionadas para a classe A<br />

acabam atingindo a classe B. Para aten<strong>de</strong>r este público evi<strong>de</strong>ncie o<br />

status que ele ganhará com a compra <strong>de</strong>ste produto e sendo fiel a<br />

marca.<br />

Classe C: A classe C busca o reconhecimento. Varejistas precisam<br />

mostrar que valorizam o consumidor <strong>de</strong>sta classe e oferecer bom<br />

atendimento a ele.<br />

Atuação do SEBRAE/PR<br />

Informações sobre os diversos perfis <strong>de</strong> consumo da socieda<strong>de</strong><br />

brasileira.<br />

I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> novos nichos <strong>de</strong> mercado ainda não atendidos.<br />

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