Aula de Reimplantes – Dr. João Recalde – 28/03/2012 Mecanismo ...
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<strong>Aula</strong> <strong>de</strong> <strong>Reimplantes</strong> <strong>–</strong> <strong>Dr</strong>. <strong>João</strong> Recal<strong>de</strong> <strong>–</strong> <strong>28</strong>/<strong>03</strong>/<strong>2012</strong><br />
<strong>Mecanismo</strong> <strong>de</strong> lesão<br />
• secção cortante (suturas e rafias diretas).<br />
• amputação dilacerante (pontagens e enxertos).<br />
• avulsão (<strong>de</strong>do do anel)<br />
Análise das priorida<strong>de</strong>s<br />
• Nível<br />
<strong>–</strong> Lesões distais tem maior chance <strong>de</strong> reimplante bem sucedido<br />
do que lesões proximais.<br />
• Complexida<strong>de</strong> das lesões<br />
<strong>–</strong> <strong>Reimplantes</strong> da extremida<strong>de</strong> superior tem mais sucesso que<br />
reimplantes da extremida<strong>de</strong> inferior.<br />
• Tempo <strong>de</strong> isquemia<br />
<strong>–</strong> Tempo <strong>de</strong> isquemia longo tem prognóstico pior do que tempo<br />
<strong>de</strong> isquemia curto.<br />
• Ida<strong>de</strong><br />
<strong>–</strong> Crianças são geralmente, capazes <strong>de</strong> adaptar-se melhor ao<br />
reimplante do que adultos.<br />
Material Cirúrgico<br />
• Os instrumentos <strong>de</strong> microcirurgia vascular e nervosa<br />
• Os clamps simples, duplos <strong>de</strong>scartáveis e o clamp duplo <strong>de</strong> Gilbert<br />
• Agulhas e fios <strong>de</strong> sutura<br />
- 8/0 - 9/0 - 10/0 - 11/0 - 12/0 (mononylon)<br />
• Microscópio Cirúrgico<br />
- aumento <strong>de</strong> 6 a 40 vezes.<br />
- zoom e foco elétricos com controle no pé.<br />
- câmeras <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o e fotografias.<br />
- duas binoculares.<br />
Técnica microcirúrgica<br />
• Sutura término-terminal<br />
A - colocação do clamp<br />
B - adventicectomia<br />
C - dilatação e lavagem<br />
D - abertura do lumen<br />
E - dilatação do lumen<br />
F - lavagem do lumen<br />
H - passagem dos ponto angulares (0-180º) .<br />
I - sutura da pare<strong>de</strong> anterior.<br />
J - rotação do clamp e verificação da sutura.<br />
K - sutura da pare<strong>de</strong> posterior.<br />
• Sutura Nervosa<br />
A - epineural<br />
B - interfascicular<br />
C - perineural<br />
D <strong>–</strong> epiperineural
Acondicionamento do Coto Amputado<br />
• Limpeza com soro fisiológico<br />
• Envolvimento em compressa úmida<br />
• Colocação em saco plástico estanque<br />
• Acondicionamento em ambiente com gelo e água<br />
Preparo do Coto Amputado<br />
1 - Colocação do material <strong>de</strong> síntese.<br />
2 - Passagem do fio <strong>de</strong> sutura no tendão.<br />
3 - Exposição das veias dorsais.<br />
4 - Dissecção da artéria colateral.<br />
5 - Preparo dos nervos<br />
Etapas da Reconstrução<br />
• Regularização óssea (encurtamento)<br />
• Osteosíntese<br />
• Reparação tendinosa<br />
• Reparação nervosa<br />
• Revascularização<br />
• Sutura venosa<br />
• Fechamento da pele<br />
Situações difíceis<br />
A - Revascularizações difíceis<br />
- pontagem venosa<br />
- enxertos arteriais<br />
- rotação arterial da<br />
vizinhança<br />
B - Reimplante em zona articular (IFP, IFD, MF)<br />
C - <strong>Reimplantes</strong> do polegar (posicionamento difícil)<br />
D - <strong>Reimplantes</strong> distais<br />
<strong>Reimplantes</strong> distais<br />
• Zonas 1, 2, 3 e 4<br />
<strong>–</strong> 1 é impossível<br />
<strong>–</strong> 2 e 3 são possíveis sem veia dorsal<br />
<strong>–</strong> 4 é possível com veia dorsal<br />
• IFD artro<strong>de</strong>se<br />
<strong>–</strong> mulher em extensão<br />
<strong>–</strong> homem em 15° flexão<br />
Avulsão <strong>de</strong> <strong>de</strong>dos<br />
• Sinal do “elástico” (ribbon sign)<br />
• Delaminação da pare<strong>de</strong><br />
• Arrancamento músculo-tendinoso<br />
• Artro<strong>de</strong>se x espaçador <strong>de</strong> tendão<br />
• Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reparação nervos (retalho <strong>de</strong> Littler secundário)<br />
Tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dos avulsionados<br />
Dedo do anel (ring finger)
A - Coto proximal<br />
1 - nervo colateral protegido<br />
2 - tendão F.S. inserido<br />
3 - art. colateral avulsionada<br />
4 - <strong>de</strong>sarticulação IFD<br />
B - Coto distal<br />
1 - enxerto <strong>de</strong> veia<br />
4 - acesso a artéria e nervo distal<br />
6 - coto nervoso distal<br />
Amputação associada à perda <strong>de</strong> substância<br />
• Perda dorsal<br />
<strong>–</strong> retalhos porta veias<br />
• Perda volar<br />
<strong>–</strong> “cerf-volant”<br />
<strong>–</strong> retalhos heterodigitais<br />
<strong>Reimplantes</strong> heterotópicos<br />
• Polegar mutilado e indicador amputado em zona 2<br />
• encurtamento e osteos- síntese<br />
• anastomose arterial e neurorrafia<br />
• tenorrafia do F.P. no F.P.L., do E.I.P. no E.P.L. e anastomose venosa<br />
Amputações Multidigitais<br />
Priorida<strong>de</strong>s<br />
• indicador<br />
• médio<br />
• anular<br />
• mínimo<br />
Amputação Transmetacárpica<br />
Nível da Amputação<br />
• punho melhor resultado<br />
• transmetacárpica seqüela importante<br />
• pela ausência <strong>de</strong> recuperação dos intrínsecos<br />
Devascularização<br />
Tempo <strong>de</strong> Isquemia<br />
<strong>–</strong> menor que nas amputações total (condições <strong>de</strong> resfriamento mais<br />
difíceis)<br />
<strong>–</strong> Até 6 horas do aci<strong>de</strong>nte<br />
Tipos <strong>de</strong> Devascularização<br />
• Isquemia arterial<br />
<strong>–</strong> pali<strong>de</strong>z, frio, diminuição do enchimento capilar<br />
• Lesão nervosa<br />
<strong>–</strong> perda da sensibilida<strong>de</strong><br />
• Sofrimento venoso<br />
<strong>–</strong> isoladamente é raro (tipo II <strong>de</strong> Urbaniak)
Etapas da revascularização<br />
• Estabilização do esqueleto (fios <strong>de</strong> Kirschner)<br />
• Revascularização imediata (direta, pontagem)<br />
• Reparação dos elementos nervosos e tendinosos<br />
Pós-op Imediato<br />
• Curativo acolchoado<br />
• calha com punho e MF em flexão e <strong>de</strong>dos em extensão (intrínseco<br />
positivo)<br />
• observação diária (coloração, enchimento, temperatura, tonicida<strong>de</strong>)<br />
• lâmpada incan<strong>de</strong>scente (vasodilatação)<br />
• escarificação até o 7° dia<br />
Medicação pós-op<br />
• Vasodilatador (buflomedil)<br />
• Heparina <strong>de</strong> baixo peso molecular (flaxiparina)<br />
• AAS infantil (300 mg/dia)<br />
Complicações<br />
• Imediata<br />
<strong>–</strong> hiperemia transitória (<strong>de</strong>sproporção entre fluxo arterial e drenagem<br />
venosa)<br />
<strong>–</strong> espasmo arterial (isquemia prolongada)<br />
• aquecimento do paciente e do <strong>de</strong>do reimplantado<br />
• ansiolíticos<br />
• Pós-operatória<br />
<strong>–</strong> isquemia (<strong>de</strong>do pálido, enchimento lento)<br />
<strong>–</strong> insuficiência venosa (cianose, enchimento rápido)<br />
Indicações <strong>de</strong> Reimplante<br />
• Polegar (capacida<strong>de</strong> opositora)<br />
• Crianças (qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinervação)<br />
• Amputações multidigitais (restabelecimento da pinça pollicis-digital)<br />
• IFD ou mais distal (funcional e estético)<br />
Contra-indicações<br />
• Amputação proximal <strong>de</strong> um <strong>de</strong>do longo (exceção para mulheres jovens<br />
ou motivos funcionais extremos)<br />
• Avulsão (exceção ao polegar e crianças)<br />
Macroreimplantes<br />
• Tempo <strong>de</strong> isquemia menor (massa muscular intrínseca).<br />
• Catabolismo celular e acidose metabólica (mioglobinúria)<br />
• Perda sanguínea importante<br />
Conduta na isquemia prolongada sem resfriamento (>3 horas)<br />
• Excisão da massa muscular<br />
• Lavagem arterial com solução salina gelada<br />
• Revascularização arterial e liberação do garrote
(coloração vinhosa do sangue venoso)<br />
• Fasciotomia dos interósseos<br />
• Abertura dos túneis do carpo e <strong>de</strong> Guyon, dos espaços<br />
interósseos da mão (prevenir síndromes compartimentais)