18.04.2013 Views

E a poesia ganhou vida… - Ebiferreiradrummond.net

E a poesia ganhou vida… - Ebiferreiradrummond.net

E a poesia ganhou vida… - Ebiferreiradrummond.net

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

E a <strong>poesia</strong> <strong>ganhou</strong> <strong>vida…</strong><br />

No “Dia Mundial da Poesia” (21 de março), a Biblioteca da nossa Escola<br />

preparou-se para receber o poeta Álamo de Oliveira.<br />

Por volta das 11h e 30, o poeta chegou à Biblioteca, onde já os alunos,<br />

professores e funcionários o esperavam ansiosamente. O poeta chegou e<br />

fez-se silêncio, até que a aluna Esmeralda Faria do 6.º ano, turma B,<br />

declamou o poema “Avó”, da autoria do nosso convidado de honra.<br />

Naquela hora, quem passasse<br />

lá fora, mal poderia imaginar<br />

que naquele dia, dentro da<br />

Biblioteca, havia dezenas de<br />

jovens enfeitiçados pelo poder<br />

da <strong>poesia</strong>. Ali dentro, todos<br />

aguardavam; aguardavam que<br />

o poeta rompesse o silêncio e<br />

lhes mostrasse o significado de<br />

um poema; aguardavam que o farol das ilhas se acendesse para lhes<br />

mostrar que, numa época de tanta escuridão, o amanhã, ainda, é possível.<br />

E o poeta ergueu a voz de uma vida e falou. Discorreu sobre os autores<br />

açorianos que mais o marcaram ao longo dos caminhos por onde<br />

deambulou: – Existem poemas que nunca esquecemos, estão sempre lá,<br />

fazem parte de nós, chegando a confundir-se com a nossa própria voz; dão-<br />

-nos luz e calor, mesmo quando à nossa volta só há frio.<br />

Do outro lado, a plateia, embevecida,<br />

mal respirava. O poeta continuou:<br />

não imaginava a sua vida sem<br />

<strong>poesia</strong>, sem ler, sem escrever. E ali<br />

dentro, naquela Biblioteca, os<br />

conselhos de tantas dezenas de<br />

professores materializaram-se num<br />

rosto de uma vida. E houve olhos silenciosamente comovidos, pelas<br />

palavras; apenas e só pelas palavras.


Durante toda a atividade, os alunos participaram de forma activa,<br />

mostraram-se sempre muitos empenhados e atentos ao que se passava. Já<br />

na fase final, duas alunas, a Mariana Rosa e a Sara Reis do 7.º ano, turma<br />

C, presentearam o poeta com a declamação de alguns poemas de autores<br />

nacionais, que as marcaram particularmente. Houve ainda tempo para a<br />

discente Chantell Pacheco, do 7.º C, declamar um poema da sua própria<br />

pena e falar acerca da importância do texto poético na sua vida. Ali, naquele<br />

preciso momento, a <strong>poesia</strong> enraizada dava a mão à <strong>poesia</strong> que nascia.<br />

Houve quem sorrisse. O futuro assegurava-se.<br />

No “Dia Mundial da Poesia”, entre as 11h e 30 e as 12h e 15, a Escola<br />

Francisco Ferreira Drummond viveu um momento de cultura e alegria que é<br />

digno de registo especial e merece figurar nos Anais da Memória.<br />

A Biblioteca agradece a todos os participantes, nomeadamente ao<br />

grande poeta Álamo Oliveira a gentileza e amabilidade que nos permitiu<br />

festejar em conjunto o “Dia Mundial da Poesia”.<br />

No dia 21 de março, na nossa Biblioteca, “o verbo fez-se sangue”, a<br />

<strong>poesia</strong> materializou-se no sorriso de dezenas de jovens. Afinal, eles são a face<br />

visível da esperança que inunda cada poema.<br />

Agora, pela vida fora, é só regar a semente para que a <strong>poesia</strong> frutifique e<br />

o mundo possa, talvez, ficar um pouco melhor.<br />

A professora: Clara Meireles Rodrigues

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!