(Microsoft PowerPoint - APRESENTA\307\303O MARIA JOSE.ppt)
(Microsoft PowerPoint - APRESENTA\307\303O MARIA JOSE.ppt)
(Microsoft PowerPoint - APRESENTA\307\303O MARIA JOSE.ppt)
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Mas afinal de contas, o que é uma<br />
Pedagogia para a infância?<br />
Organizado por Maria José Salatino de Assis<br />
Janeiro de 2012
Bolinhas de gude, 2003.<br />
Carrinho de rolimã, 2003.<br />
Mas, quem é a criança?<br />
“ A criança como todo ser<br />
humano, é um sujeito social<br />
e histórico e faz parte de<br />
uma organização familiar<br />
que está inserida em uma<br />
sociedade, com uma<br />
determinada cultura, em um<br />
determinado momento<br />
histórico.<br />
É profundamente marcada<br />
pelo meio social em que se<br />
desenvolve, mas também o<br />
marca...” (FARIA, 1999).
Olhar para dentro da<br />
natureza infantil, para<br />
assim construir práticas<br />
pedagógicas que<br />
respeitem a criança<br />
como sujeito histórico e<br />
social.<br />
Peteca, 2003.<br />
Bolinhas de sabão, 2003.
Enxergando a criança na literatura:<br />
“(...) Imagine isto, ao entrar na<br />
classe,achei-a muito irrequieta e<br />
barulhenta e na minha confusão recorri<br />
ao Bormann. Quando obtive silêncio<br />
para poder ser ouvida, ordenei:<br />
Levantar, sentar,cinco vezes seguidas,<br />
o que em nosso país nunca deixa de<br />
ser considerado vergonhoso para uma<br />
classe... As crianças estavam tão<br />
longe de imaginar que aquilo<br />
representava um castigo, que julgaram<br />
tratar-se de uma boa brincadeira e<br />
pulavam perpendicularmente , como<br />
um prumo, para cima e para baixo...<br />
Divertindo-se regiamente (...)”<br />
in Os meus Romanos – Alegrias e Tristezas de uma<br />
educadora alemã no Brasil<br />
Adivinha quem é?, 2003.
Amarelinha, 2003.<br />
“ (...)Que estão os senhores fazendo<br />
aí? perguntou Seu Maciel<br />
aproximando-se do grupo.<br />
– Brinquedos , aqui. Dê-me . O<br />
Colégio é para estudos. As<br />
brincadeiras ficam em casa.<br />
E tomou tudo o que Clóvis trazia: o<br />
trem de ferro e um livro de estampa<br />
grandes.<br />
O menino olhou para ele:<br />
-Papai disse que eu podia brincar no<br />
colégio.<br />
- O seu pai manda na casa dele.<br />
(...)<br />
Então o menino começou a fazer<br />
biquinho para chorar. Heitor deu-lhe<br />
uma castanhola madura. E eu comecei<br />
a inventar histórias para ele. O choro<br />
passou. E ficou conosco, bem alegre.”<br />
In Doidinho – José Lins do Rego
“ (...) Agora escreva: Capítulo<br />
primeiro.<br />
O visconde escreveu e ficou a<br />
espera do resto.<br />
Emília, de testinha franzida, não<br />
sabia como começar.<br />
Isso de começar não é fácil. Muito<br />
mais simples é acabar . Pinga-se<br />
um ponto final e pronto; ou então<br />
escreve-se um latinzinho: Finis.<br />
Mas começar é terrível . Emília<br />
pensou, pensou e por fim disse:<br />
- Bote um ponto de interrogação; ou<br />
antes bote vários pontos de<br />
interrogação. Bote seis...<br />
O visconde abriu a boca.<br />
Vamos, Visconde. Bote aí seis<br />
pontos de interrogação – insistiu a<br />
boneca. Não vê que estou indecisa<br />
interrogando-me a mim mesma?”<br />
In Memórias da Emília – Monteiro Lobato<br />
Balançando, 2003.
“(...)<br />
In<br />
Macunaíma pediu fibra, um pedaço de<br />
curauá para o mano porém Jiguê falou<br />
que não era brinquedo de criança.<br />
Macunaíma principiou chorando outra<br />
vez e a noite ficou difícil de passar pra<br />
todos.<br />
No outro dia, Jiguê levantou cedo pra<br />
fazer armadilhas e enxergando o menino<br />
tristinho falou:<br />
Bom dia, coraçãozinho dos outros.<br />
Porém Macunaíma fechou-se em copas<br />
carrancudo.<br />
Não quer falar comigo. É?<br />
Estou de mal. “<br />
Macunaíma de Mário de Andrade<br />
Balões mágicos, 2003.
A intenção de aliar uma concepção<br />
de criança à qualidade dos serviços<br />
educacionais a ela oferecidos<br />
implica atribuir um papel específico<br />
à pedagogia desenvolvida nas<br />
instituições pelos profissionais de<br />
Educação Infantil.
Pipa, 2003.<br />
Curupio, 2003.<br />
Os estudos teóricos tem<br />
nos dito que é preciso<br />
que a Escola olhe para<br />
dentro de si e lá dentro<br />
enxergue suas ações e<br />
aqueles que são alvos<br />
dessas ações.<br />
A partir disso, muitos<br />
documentos oficiais têm<br />
sido desenvolvidos .
Pulando foguinho,<br />
2003.<br />
Pula cela, 2003.<br />
Entre eles:<br />
Indicadores de Qualidade na<br />
Educação Infantil , MEC,<br />
2009<br />
- Pautado em princípios<br />
- Pautado em dimensões
Alguns Destaques para<br />
reflexão no tocante ao que as crianças vivem<br />
nas escolas em que atuamos rumo a<br />
Construção de sua Autonomia<br />
INDICADOR 3.3. Respeito à identidade,<br />
desejos e interesses das crianças<br />
O 3.3.1. As professoras e demais profissionais<br />
chamam as crianças pelos seus nomes?<br />
O 3.3.2. A instituição observa e atende aos<br />
interesses e necessidades das<br />
crianças que são recém-chegadas, estão<br />
mudando de grupo ou se desligando<br />
da instituição?<br />
O 3.3.3. As professoras ajudam as crianças a<br />
manifestar os seus sentimentos (alegria,<br />
tristeza, raiva, ciúme, decepção, etc.) e a<br />
perceber os sentimentos dos colegas e<br />
dos adultos?<br />
O 3.3.4. As crianças com deficiência recebem<br />
atendimento educacional<br />
especializado – AEE quando necessitam?<br />
Contando estrelas, 2003.
INDICADOR 3.4. Respeito às idéias,<br />
conquistas e produções das crianças<br />
O 3.4.1. As professoras e demais profissionais<br />
acolhem as propostas, invenções e<br />
descobertas das crianças incorporando-as<br />
como parte da programação sempre que<br />
possível?<br />
O 3.4.2. As professoras reconhecem e<br />
elogiam as crianças diante de suas<br />
conquistas?<br />
O 3.4.3. As produções infantis estão expostas<br />
nas salas de atividades e ambientes<br />
da instituição?<br />
O 3.4.4. As professoras organizam junto com<br />
as crianças exposições abertas aos<br />
familiares e à comunidade?<br />
O menino e a lua, 2003.
Sandra Guinle<br />
Paulista radicada no Rio de Janeiro desde 1998, Sandra Guinle iniciou seus<br />
estudos de Artes Plásticas em 1997, na Arquitec/Campinas, onde cursou desenho,<br />
pintura, cerâmica e história da arte. Na Escola de Artes Visuais do Parque Lage<br />
freqüentou os cursos de desenho e pintura (1998 a 2001) e é uma escultora<br />
autodidata.<br />
Nascida e criada em Monte Mor, interior do Estado de São Paulo, buscou<br />
inspiração em sua infância, no mundo lúdico característico da relação entre a<br />
criança, seus brinquedos e brincadeiras e outras crianças, entre pais, mães e<br />
filhos, e entre irmãos, para criar o conjunto de 50 esculturas em bronze ocado,<br />
ecologicamente correto, que compõem a exposição.<br />
Sandra revive, em Cenas Infantis,brincadeiras de sua infância interiorana,<br />
esquecidas ou mesmo desconhecidas das "crianças do asfalto” : jogo de<br />
amarelinha, pipa, carniça, foguinho, bola de gude, carrinho de rolimã e cirandas,<br />
estão entre as brincadeiras representadas na mostra, juntamente com<br />
representações de intenso teor afetivo como os "currupios" de pais, filhos e<br />
irmãos.<br />
“Cenas Infantis tem como objetivo resgatar a criança que cada um traz dentro de<br />
si e aproximar a infância singela e livre que tive, da infância dos dias de hoje, onde<br />
as crianças recebem uma enorme carga de informações nem sempre positivas,<br />
encurtando a fase mais iluminada de nossas vidas, Cenas Infantis fala de uma<br />
saudade que não é só minha, mas sim de cada um que passa e se emociona ao<br />
ver retratado em cada obra um pouco de sua própria estória. Ao lado de minha<br />
arte, converso com o espectador, trocamos emoções e resgatamos valores”<br />
explica Sandra.