ESTILO LIVRE - Revistaestilolivre.com.br
ESTILO LIVRE - Revistaestilolivre.com.br
ESTILO LIVRE - Revistaestilolivre.com.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Tv_<<strong>br</strong> />
(AE) - Você está há oito anos no ar <strong>com</strong> “Todo<<strong>br</strong> />
Seu”. A audiência preocupa?<<strong>br</strong> />
- A preocupação existe, até porque sou publicitário.<<strong>br</strong> />
Mas passei a entender que a TV é a grande<<strong>br</strong> />
escola do <strong>br</strong>asileiro. Ele pode não ter um liquidificador,<<strong>br</strong> />
mas tem uma televisão. O homem moderno<<strong>br</strong> />
não precisa ser culto, mas precisa ser informado.<<strong>br</strong> />
(AE) - Qual sua opinião so<strong>br</strong>e a TV atualmente?<<strong>br</strong> />
- Você liga a TV hoje e os canais transmitem escatologia,<<strong>br</strong> />
pornografia, sangue. Gente! Não é isso!<<strong>br</strong> />
E te pergunto: o que é essa coisa cancerosa que<<strong>br</strong> />
é o ibope minuto a minuto? É um desserviço ao<<strong>br</strong> />
espectador e a quem produz. Para que isso? Para<<strong>br</strong> />
que o convidado seja desrespeitado por um apresentador<<strong>br</strong> />
que corta a entrevista ao meio porque<<strong>br</strong> />
o ibope caiu? Hoje, <strong>com</strong> o “Todo Seu”, nunca tive<<strong>br</strong> />
tanto reconhecimento popular desde que <strong>com</strong>ecei<<strong>br</strong> />
minha carreira.<<strong>br</strong> />
(AE) - Então, quem é seu público-alvo?<<strong>br</strong> />
Aí a coisa ficou <strong>com</strong>plexa. Num dia, levo um<<strong>br</strong> />
quarteto de cordas para tocar um Bach. No outro,<<strong>br</strong> />
levo MPB e, no outro, música popularzona. Minha<<strong>br</strong> />
escolha vai do caráter de quem está fazendo a música.<<strong>br</strong> />
Não importa que tipo de música faça. A televisão<<strong>br</strong> />
precisa humanizar. Esses dias, levei a banda<<strong>br</strong> />
POR FELIPE BRANCO CRUz<<strong>br</strong> />
(AE) - Em uma aconchegante casa do<<strong>br</strong> />
Morumbi, em São Paulo, vive o niteroiense<<strong>br</strong> />
Ronnie Von, de 67 anos. “Não repare<<strong>br</strong> />
na bagunça. Me mudei para cá há uma<<strong>br</strong> />
semana”, diz ele, conhecido <strong>com</strong>o Príncipe,<<strong>br</strong> />
apelido que ganhou de Hebe Camargo nos<<strong>br</strong> />
anos 60, quando arrebatava os corações<<strong>br</strong> />
das “bonitinhas”. Ronnie reina há quatro<<strong>br</strong> />
décadas na TV - só de programa “Todo<<strong>br</strong> />
Seu”, na Gazeta, lá se vão oito anos. Multifacetado,<<strong>br</strong> />
é apresentador, dono de uma<<strong>br</strong> />
agência de publicidade, botânico, aviador,<<strong>br</strong> />
formou-se em economia. Ainda assim,<<strong>br</strong> />
continua sendo lem<strong>br</strong>ado por sua carreira<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o cantor. Ele falou à reportagem.<<strong>br</strong> />
RONNIE vON<<strong>br</strong> />
Blind Guardian, de metal pesado.<<strong>br</strong> />
(AE) - Não é estranho um dia ter música clássica<<strong>br</strong> />
e no outro, heavy metal?<<strong>br</strong> />
- Há alguns anos, um amigo meu me levou a<<strong>br</strong> />
um bar para ouvir uma outra cantora que estava<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçando. Era Ana Cañas. Levei-a ao meu programa<<strong>br</strong> />
e ela só tocou standards americanos. Fui<<strong>br</strong> />
a um show dela depois e ela o dedicou para mim.<<strong>br</strong> />
Chorei! Essa menina explodiu e faz um trabalho<<strong>br</strong> />
autoral lindíssimo. Vejo as pessoas dizendo que<<strong>br</strong> />
meu programa é elitista. Pelo contrário, é simples.<<strong>br</strong> />
Mas não tenho a esperança de que possa ter 15<<strong>br</strong> />
pontos de audiência.<<strong>br</strong> />
(AE) - Você já recebeu propostas de outros<<strong>br</strong> />
canais. Por que não foi?<<strong>br</strong> />
- Tenho uma segurança emocional na Gazeta.<<strong>br</strong> />
É evidente que é muito melhor quando você pode<<strong>br</strong> />
falar para o maior número de pessoas possível. A<<strong>br</strong> />
única coisa que seduz o ser humano é o dinheiro,<<strong>br</strong> />
mas há um limite. Minha preocupação foi a de que,<<strong>br</strong> />
depois de contratado em outro canal, me o<strong>br</strong>igassem<<strong>br</strong> />
a apresentar concursos de travestis ou algo<<strong>br</strong> />
distante do meu programa. Existem contratações<<strong>br</strong> />
de conceitos, de personalidades e de ideias. No<<strong>br</strong> />
Brasil, as contratações são de audiência.<<strong>br</strong> />
<strong>ESTILO</strong> <strong>LIVRE</strong><<strong>br</strong> />
11