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O Gerador de Raios X Gerador de Raios X

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O <strong>Gerador</strong> <strong>de</strong> <strong>Raios</strong> X<br />

A exposição gerada pelo tubo <strong>de</strong> raios X po<strong>de</strong> ser<br />

controlada selecionando-se o kV p , o mA e o tempo <strong>de</strong><br />

exposição.<br />

Em princípio, uma série <strong>de</strong> combinações <strong>de</strong>sses três<br />

parâmetros po<strong>de</strong>ria produzir a mesma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> no<br />

filme.<br />

No entanto, não é bem assim, pois <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados<br />

outros fatores ao se ajustar, no equipamento, os<br />

valores <strong>de</strong> operação tais como, a exposição aos raios X<br />

no paciente, a produção <strong>de</strong> calor no tubo <strong>de</strong> raios X, a<br />

capacida<strong>de</strong> do gerador, o contraste da imagem e a<br />

<strong>de</strong>finição da imagem.<br />

<strong>Gerador</strong> <strong>de</strong> <strong>Raios</strong> X – Vista Interna<br />

1<br />

2<br />

1


A corrente do tubo (mA)<br />

A intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um feixe <strong>de</strong> raios X é diretamente<br />

proporcional ao valor <strong>de</strong> mA. Um gerador <strong>de</strong> raios X<br />

típico permite a seleção dos valores (25, 50, 100, 200,<br />

500, etc.). Em geral, seleção <strong>de</strong> um valor <strong>de</strong> mA está<br />

acoplada com a seleção do tamanho do ponto focal.<br />

O uso <strong>de</strong> um ponto focal (visando um <strong>de</strong>talhamento<br />

melhor da imagem) limita o mA a valores menores.<br />

O mA não po<strong>de</strong> ser ajustado in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente,<br />

<strong>de</strong>ve ser ajustado em conjunto com o tempo <strong>de</strong><br />

exposição e o kV p .<br />

Regras para o ajuste da corrente<br />

1 - Quando o objetivo for observar <strong>de</strong>talhes na imagem,<br />

é conveniente optar por um valor <strong>de</strong> mA baixo <strong>de</strong> forma<br />

a permitir o uso <strong>de</strong> um ponto focal pequeno.<br />

2 - Quando houver perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>vido ao<br />

movimento do paciente, procurar selecionar um valor<br />

<strong>de</strong> mA alto para se po<strong>de</strong>r reduzir o tempo <strong>de</strong><br />

exposição, mantendo o produto mAs.<br />

3 - Quando se <strong>de</strong>seja reduzir o kVp para aumentar o<br />

contraste, selecionar um valor <strong>de</strong> mA mais elevado.<br />

Dois tipos <strong>de</strong> erros na exposição estão associados à<br />

seleção do mA: erro humano e outros erros associados<br />

com a qualida<strong>de</strong> do equipamento <strong>de</strong> raios X.<br />

3<br />

4<br />

2


Erros <strong>de</strong> Exposição<br />

Po<strong>de</strong> ocorrer erro <strong>de</strong> exposição quando o operador<br />

seleciona um valor <strong>de</strong> mA que não é apropriado em<br />

relação ao tempo <strong>de</strong> exposição e ao kVp necessários.<br />

Isto po<strong>de</strong> acontecer quando o tamanho do paciente<br />

assim como suas dimensões não forem bem avaliadas,<br />

ou ainda se a tabela técnica não estiver com conformida<strong>de</strong><br />

com as condições <strong>de</strong> operação do equipamento<br />

em uso<br />

Ocorrerão erros na exposição caso a taxa <strong>de</strong> exposição<br />

<strong>de</strong> saída da máquina <strong>de</strong> raios X não for proporcional<br />

ao mA indicado no seletor. É muito comum o valor real<br />

do mA não correspon<strong>de</strong>r ao mA indicado no seletor.<br />

Tempo <strong>de</strong> Exposição<br />

A exposição produzida por um tubo <strong>de</strong> raios X é diretamente<br />

proporcional ao tempo <strong>de</strong> exposição, por isso<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlá-lo a<strong>de</strong>quadamente.<br />

Na radiografia convencional, os tempos <strong>de</strong> exposição<br />

são selecionados ou pelo operador, que ajusta um<br />

temporizador (timer) antes <strong>de</strong> iniciar o procedimento,<br />

ou por meio <strong>de</strong> um dispositivo AEC.<br />

O tempo <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong>ve ser selecionado em conjunto<br />

com o mA e o kV p que juntos, <strong>de</strong>terminarão a exposição.<br />

5<br />

6<br />

3


Regras para a Seleção do Tempo <strong>de</strong><br />

Exposição<br />

1 - Para melhorar o <strong>de</strong>talhamento da imagem, selecionase<br />

um tempo mais curto, pois isso ajuda a minimizar a<br />

perda da <strong>de</strong>finição na imagem <strong>de</strong>vido ao movimento do<br />

paciente.<br />

2 - Quando for necessário diminuir-se o mA ou o kVp seleciona-se tempos <strong>de</strong> exposição maiores.<br />

Po<strong>de</strong>m acontecer erros na exposição como resultado:<br />

da seleção ina<strong>de</strong>quada do tempo <strong>de</strong> exposição pelo<br />

operador, ou<br />

<strong>de</strong>vido à falhas do gerador ao não produzir o tempo<br />

ajustado pelo operador no seletor.<br />

Tensão do Tubo - kVp<br />

O filme <strong>de</strong> raios X é muito sensível às variações no kV p<br />

que o tempo <strong>de</strong> exposição ou ao mA. A intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

um feixe <strong>de</strong> raios X aumenta exponencialmente com o<br />

aumento do kV p .<br />

Aumentando-se o valor do kV p , o feixe <strong>de</strong> raios X tornase:<br />

mais penetrante, mais abundante <strong>de</strong>vido a um<br />

aumento <strong>de</strong> sua produção e também mais penetrante.<br />

Por isso, a ocorrência <strong>de</strong> pequenas variações no kV p<br />

altera significativamente a exposição que atravessa o<br />

paciente e alcança o receptor <strong>de</strong> imagem.<br />

7<br />

8<br />

4


O kVp<br />

Deve ser relembrado que a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma tela<br />

intensificadora muda com o kVp . O quanto muda, e<br />

se para mais ou para menos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do material<br />

específico que compõem a tela.<br />

Como regra geral em radiografia:<br />

Um aumento <strong>de</strong> 15% no valor do kVp dobra a exposição no filme.<br />

Em outras palavras, o efeito que causa um aumento <strong>de</strong><br />

apenas 15% do kVp tem o mesmo efeito que aumentar<br />

100% do valor do mA ou do valor do tempo <strong>de</strong><br />

exposição. A regra dos 15% não é uma comparação<br />

precisa, é apenas uma aproximação útil para estimar-se<br />

efeitos <strong>de</strong>vidos às variações no kVp e mAs.<br />

mAs x kVp<br />

Relação entre valores<br />

<strong>de</strong> mAs e kV p , que<br />

produziriam a mesma<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> no filme<br />

Os valores <strong>de</strong> mAs e kV p mostrados na curva, valem<br />

somente para um equipamento específico, uma<br />

espessura <strong>de</strong> paciente, um tipo <strong>de</strong> composição <strong>de</strong><br />

paciente e para um receptor específico.<br />

9<br />

10<br />

5


Relação kVp e mAs<br />

Embora os valores combinados <strong>de</strong> kV p e mAs representados<br />

na figura produzam uma mesma exposição no<br />

filme, eles não produzirão a mesma qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

imagem, a mesma exposição no paciente e não exigirão<br />

o mesmo “esforço” do equipamento gerador <strong>de</strong> raios X.<br />

O intervalo <strong>de</strong> valores do kV p para um procedimento<br />

específico é selecionado com base nas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

contraste, <strong>de</strong> exposição no paciente e <strong>de</strong> limitações no<br />

tubo <strong>de</strong> raios X. Portanto, para ajustar a exposição no<br />

filme po<strong>de</strong>m ser usadas pequenas variações no kV p<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada intervalo i<strong>de</strong>al.<br />

Erros<br />

Po<strong>de</strong>m ocorrer erros se o kV p efetivo gerado não<br />

correspon<strong>de</strong>r ao valor indicado no seletor. Calibrações<br />

periódicas do gerador previnem este problema.<br />

Forma <strong>de</strong> Onda<br />

Um gerador que produza um potencial kV relativamente<br />

constante (trifásico), necessita <strong>de</strong> kV p e/ou mAs menores,<br />

se comparando a um gerador monofásico, para<br />

produzir uma mesma exposição do filme.<br />

O uso <strong>de</strong> tabelas técnicas <strong>de</strong> geradores monofásicos<br />

para geradores <strong>de</strong> pontecial constante ou trifásico,<br />

levaria a um consi<strong>de</strong>rável aumento na exposição.<br />

11<br />

12<br />

6


<strong>Gerador</strong> <strong>de</strong> Potencial Constante<br />

O gerador <strong>de</strong> potencial constante ou trifásico produz<br />

mais exposição por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mAs. Para um valor<br />

específico <strong>de</strong> kV p , a radiação é mais penetrante por<br />

causa do kV médio ser mais alto durante a<br />

exposição.<br />

Tubos <strong>de</strong> <strong>Raios</strong> X<br />

Os tubos <strong>de</strong> raios X não produzem a mesma quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> exposição (para um mesmo kV p e mAs específicos), e<br />

algumas vezes a exposição fornecida pelo tubo vai<br />

diminuindo com o uso e o envelhecimento.<br />

Diferenças na exposição na saída do tubo são freqüentemente<br />

causadas por variações na filtração, Portanto,<br />

não se po<strong>de</strong> trocar um tubo <strong>de</strong> raios X, <strong>de</strong> um equipamento<br />

para outro, inadvertidamente, pois isso po<strong>de</strong> não<br />

acarretar a mesma exposição nos filmes que antes.<br />

13<br />

14<br />

7


Sensibilida<strong>de</strong> do Receptor<br />

A sensibilida<strong>de</strong> (velocida<strong>de</strong>) total <strong>de</strong> um receptor<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do filme e da tela intensificadora.<br />

A sensibilida<strong>de</strong> do receptor tela-filme é expressa em<br />

valores <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />

Outro fator que causa variação na sensibilida<strong>de</strong> do receptor,<br />

e portanto, induz erros, é a variação da ativida<strong>de</strong><br />

e da temperatura do revelador.<br />

A sensibilida<strong>de</strong> dos filmes varia inerentemente <strong>de</strong> um<br />

lote para outro, mas não é suficiente para causar alterações<br />

significativas.<br />

Dependências <strong>de</strong> Sansibilida<strong>de</strong><br />

Variações na sensibilida<strong>de</strong> das telas com o kV p que<br />

po<strong>de</strong>m trazer problemas, especialmente quando há<br />

troca entre telas <strong>de</strong> características diferentes para<br />

um mesmo filme.<br />

Gra<strong>de</strong>s<br />

Quando se troca uma gra<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve-se alterar o fator <strong>de</strong><br />

exposição. Por exemplo, mudando as condições ap<br />

passar <strong>de</strong> um exame realizado sem gra<strong>de</strong> (neste caso o<br />

fator <strong>de</strong> penetração <strong>de</strong> gra<strong>de</strong> é igual a 1) para outro<br />

exame com gra<strong>de</strong>, cujo fator <strong>de</strong> penetração é 0,2 ,<br />

requer que se aumente o mAs por um fator <strong>de</strong> 5 vezes.<br />

15<br />

16<br />

8


Paciente<br />

Para um dado tipo <strong>de</strong> exame, a penetração do corpo<br />

varia muito <strong>de</strong> paciente para paciente.<br />

Para uma dada qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> feixe <strong>de</strong> raios X, ou kVp , a<br />

penetração <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> espessuras da seção do corpo<br />

que está sendo examinada e também da composição<br />

<strong>de</strong>sta seção.<br />

Mudanças na espessura do corpo <strong>de</strong> um paciente para<br />

outro po<strong>de</strong>m ser compensadas mudando-se o kVp ou o<br />

mAs. A relação aproximada entre o kVp necessário ao<br />

exame e a espessura do corpo X, em centímetros, é<br />

dada por:<br />

Exemplos<br />

kVp = 50 + 2X [cm]<br />

Por exemplo, para 15 cm <strong>de</strong> espessura, seria necessário<br />

um kVp <strong>de</strong> aproximadamente 80 kV, enquanto que, para<br />

uma espessura <strong>de</strong> 20 cm, um kVp <strong>de</strong> 90 kV.<br />

Quando a espessura do paciente é compensada por<br />

alterações no mAs, torna-se necessário multiplicá-lo por<br />

um fator 2, aproximadamente, para a diferença <strong>de</strong><br />

espessura <strong>de</strong> 5 cm.<br />

Porém, isto muda com o kVp . Uma dada diferença <strong>de</strong><br />

espessura requer uma mudança menor no mAs quando<br />

são usados valores <strong>de</strong> kVp mais altos.<br />

A presença <strong>de</strong> muitas condições patológicas, em uma<br />

seção do corpo examinada, também po<strong>de</strong> alterar a<br />

penetração dos raios X, o que requer ajustes apropriados<br />

das condições <strong>de</strong> exposição.<br />

17<br />

18<br />

9


Fatores <strong>de</strong> exposição<br />

Pacientes musculosos geralmente requerem um<br />

aumento dos fatores a exposição, enquanto os<br />

pacientes mais idosos uma diminuição.<br />

Um aumento da área coberta pelo feixe <strong>de</strong> raios X (ou<br />

tamanho <strong>de</strong> campo) produz uma maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

radiação espalhada, que contribui para a exposição do<br />

filme<br />

Embora uma boa parte <strong>de</strong> radiação espalhada seja<br />

absorvida pela gra<strong>de</strong>, é necessário, na maioria das<br />

vezes, mudar os fatores que controlam a exposição para<br />

que se tenha uma mesma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> com diferentes<br />

tamanhos <strong>de</strong> campo.<br />

Dependência – Quadrado da Distância<br />

A exposição que alcança o receptor está relacionada<br />

com a distância (d) entre o ponto focal e o receptor, por<br />

causa da lei do inverso do quadrado da distância.<br />

Se esta distância é modificada, o novo valor <strong>de</strong> mAs<br />

necessário para obter-se a mesma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> será dado<br />

por:<br />

mAs (novo) = [d 2 (nova) / d2 (antiga) ] x mAs (antigo)<br />

Uma característica <strong>de</strong>sta relação é que, dobrando-se a<br />

distância, é necessário que se quadruplique o mAs<br />

para se ter mesma exposição no filme.<br />

Um aumento na distância receptor-ponto focal, em geral, melhora a<br />

<strong>de</strong>finição da imagem, diminui a exposição do paciente e a distorção,<br />

entretanto, é necessário um aumento significativo no mAs.<br />

19<br />

20<br />

10


Definição, Resolução e Visibilida<strong>de</strong><br />

As estruturas e objetos no corpo variam, não somente<br />

em termos <strong>de</strong> contraste físico, como também em<br />

tamanho.<br />

Estão presentes no corpo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s órgãos ou<br />

ossos até características <strong>de</strong> pequenas estruturas como<br />

os padrões trabeculares e microcalcificações.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mostrar <strong>de</strong>talhes anatômicos do<br />

corpo humano é uma importante característica<br />

<strong>de</strong>ntre os métodos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> imagens médicas.<br />

Chama-se <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes pequenas estruturas,<br />

características e objetos associados à anatomia e a<br />

diversas condições patológicas.<br />

Estruturas<br />

O menor <strong>de</strong>talhe possível <strong>de</strong> ser visto é <strong>de</strong>terminado,<br />

em gran<strong>de</strong> parte, pelo grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição presente na<br />

imagem.<br />

A perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição da imagem está presente em<br />

todos os métodos <strong>de</strong> radiodiagnóstico.<br />

Alguns métodos, no entanto, produzem uma imagem<br />

com grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição muito maior que outros, ou<br />

fornecem imagens com uma riqueza <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes muito<br />

maior.<br />

Todos os métodos <strong>de</strong> radiodiagnóstico são limitados quanto à<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformar um objeto pequeno em imagem visível,<br />

pois, todos têm fatores que contribuem para a perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição<br />

da imagem o que, conseqüentemente, limita a visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhes.<br />

21<br />

22<br />

11


Redução na Definição<br />

As conseqüências fundamentais <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração da<br />

<strong>de</strong>finição da imagem são as reduções do contraste e<br />

da visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes ou objetos pequenos.<br />

A figura seguinte representa vários objetos no corpo em nível <strong>de</strong><br />

contraste físico e tamanho. Nela está presente uma metáfora que<br />

será usada nas análises que se seguirão, que é a <strong>de</strong> uma cortina<br />

que vai <strong>de</strong>scendo sobre a imagem, conforme a <strong>de</strong>finição vai<br />

diminuindo, cujo efeito é o ofuscar <strong>de</strong>talhes e objetos pequenos.<br />

A perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição tem pouco efeito sobre a visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

objetos gran<strong>de</strong>s, mas reduz o contraste e a visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos<br />

pequenos. Quando a perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição está presente (e sempre<br />

estará) uma cortina <strong>de</strong> invisibilida<strong>de</strong> cobrirá pequenos objetos e<br />

<strong>de</strong>talhes da imagem.<br />

Efeito da perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição na<br />

visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes<br />

23<br />

24<br />

12


Definição<br />

A <strong>de</strong>terioração da <strong>de</strong>finição está presente em todos os métodos <strong>de</strong><br />

formação da imagem tais como, o sentido da visão, a fotografia e<br />

os métodos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> imagens médicas.<br />

Uma imagem é uma representação visual <strong>de</strong> um objeto físico<br />

específico, como o corpo do paciente. Em uma situação i<strong>de</strong>al,<br />

cada pequeno ponto do objeto <strong>de</strong>veria ser representado por um<br />

pequeno e bem <strong>de</strong>finido ponto na imagem.<br />

Na verda<strong>de</strong>, a imagem <strong>de</strong> cada ponto do objeto aparece difunda ou<br />

borrada. O grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição (ou <strong>de</strong> “borrosida<strong>de</strong>”) <strong>de</strong> uma<br />

imagem, po<strong>de</strong> ser expresso como uma dimensão da imagem<br />

borrada do menor objeto mas ainda visível na imagem.<br />

Por isso é chamado <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição, dado em milímetros.<br />

Para a mamografia esses valores são da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,15mm, e para<br />

gama-câmera, em média, 15mm.<br />

Perda <strong>de</strong> Definição<br />

A perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um ponto pequeno pertencente<br />

a um objeto, po<strong>de</strong> assumir uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

formas, como mostrado na figura.<br />

A forma <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da fonte <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição.<br />

25<br />

26<br />

13


Formas na Perda da Definição<br />

Alguns componentes dos sistemas <strong>de</strong> raios X, tais<br />

como as telas intensificadoras e os tubos intensificadores<br />

<strong>de</strong> imagem, geralmente produzem padrões<br />

característicos <strong>de</strong> formatos <strong>de</strong> borrões, que<br />

contribuem para perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição da radiografia.<br />

A maioria dos métodos que produzem imagens digitais<br />

(angiografia <strong>de</strong> subtração digital, tomografia computadorizada<br />

e ressonância magnética, etc.) produzem um<br />

borrão <strong>de</strong> formato quadrado relacionado às dimensões<br />

<strong>de</strong> um pixel (elemento <strong>de</strong> área da imagem) ou <strong>de</strong> um<br />

voxel (elemento <strong>de</strong> volume).<br />

Movimentos<br />

Movimentos durante o processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong><br />

imagem geram perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição dando aos <strong>de</strong>talhes<br />

um aspecto alongado na imagem.<br />

O ponto focal <strong>de</strong> um aparelho <strong>de</strong> raios X produz uma<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> borrões nos <strong>de</strong>talhes.<br />

Além da forma e tamanho, a perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição produzida<br />

por cada fator isoladamente, tem uma distribuição<br />

<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> específica.<br />

Esta característica está associada com a maneira como<br />

o ponto do objeto representado é espalhado ou é distribuído<br />

na área do borrão na imagem<br />

27<br />

28<br />

14


Distribuição na Perda <strong>de</strong> Definição <strong>de</strong><br />

Detalhes<br />

Algumas fontes <strong>de</strong><br />

perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição<br />

distribuem o ponto<br />

objeto uniformemente<br />

na área<br />

borrada.<br />

Entretanto, outras<br />

<strong>de</strong>ssas fon-tes<br />

causam perda <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

maneira não uniforme,<br />

entre os<br />

exemplos estão as<br />

telas intensificadoras e os sistemas óticos não focados.<br />

Padrões <strong>de</strong> Perda <strong>de</strong> Definição<br />

Um padrão muito comum é aquele que tem uma alta intensida<strong>de</strong><br />

próxima da região central com uma redução gradual ao<br />

aproximar-se das bordas.<br />

Este perfil é chamado <strong>de</strong> Gaussiano. A dimensão total do padrão<br />

Gaussiano (diâmetro) não é utilizada para expressar o fator <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição, pois ele o super-estima neste caso.<br />

O valor mais representativo é a dimensão <strong>de</strong> uma distribuição<br />

uniforme que produziria a mesma qualida<strong>de</strong> geral que a distribuição<br />

Gaussiana, chamada <strong>de</strong> fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição equivalente.<br />

Por exemplo, os dois padrões mostrados na figura ,<br />

têm o mesmo efeito na qualida<strong>de</strong> da imagem,<br />

embora a extensão total da distribuição Gaussiana<br />

seja maior em relação ao padrão uniforme.<br />

29<br />

30<br />

15


Visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Detalhes<br />

A conseqüência mais importante <strong>de</strong> perda <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição é a redução da visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes.<br />

Em todas as técnicas <strong>de</strong> radiodiagnóstico, o grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição é que estabelece os limites <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes.<br />

O efeito imediato da perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição é a redução <strong>de</strong><br />

pequenos objetos, como mostra a figura seguinte.<br />

De fato, uma diminuição do fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição<br />

“esparrama” a imagem <strong>de</strong> pequenos objetos na área<br />

<strong>de</strong> fundo que o circunda.<br />

Como a imagem é espalhada, o contraste e a visibilida<strong>de</strong><br />

tornam-se reduzidos.<br />

Visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos<br />

A visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> objetos específicos é muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

da relação entre o tamanho e o fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição<br />

da imagem. Se o fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição for menor<br />

que a dimensão <strong>de</strong> um objeto, a redução no contraste,<br />

em geral, não afeta a visibilida<strong>de</strong>.<br />

Quando o fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição for da or<strong>de</strong>m das<br />

dimensões do objeto, uma diminuição no grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finição afetará significativamente a visibilida<strong>de</strong>.<br />

Em muitas situações, especialmente quando o objeto<br />

já tem baixo contraste físico inerente, a visibilida<strong>de</strong><br />

é muito afetada. Po<strong>de</strong>-se, portanto, consi<strong>de</strong>rar o<br />

valor do fator <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição como sendo um limiar da<br />

visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes.<br />

31<br />

32<br />

16


Efeito da perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição no contraste<br />

Em procedimentos<br />

que utilizam raios X,<br />

pequenos objetos<br />

ten<strong>de</strong>m a produzir<br />

muito menos que os<br />

objetos gran<strong>de</strong>s, por<br />

serem mais penetráveis<br />

aos raios X.<br />

O contraste e a visibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> pequenos<br />

objetos são<br />

efetivamente reduzidos<br />

pelo aumento<br />

da penetração e pela<br />

perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição.<br />

Efeito da perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição no contraste<br />

<strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> diferentes tamanhos<br />

Quando o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição da imagem diminui, a perda <strong>de</strong><br />

contraste aumenta para todos os objetos e o limiar <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong><br />

(tamanho do menor objeto possível <strong>de</strong> ser visto) move-se para a<br />

esquerda, como mostra a figura.<br />

33<br />

34<br />

17


Niti<strong>de</strong>z<br />

Uma imagem nítida é aquela que mostra muito <strong>de</strong>talhes<br />

e, além disso, contornos diferenciados (ou arestas nítidas).<br />

A diminuição da <strong>de</strong>finição acarreta também uma<br />

diminuição da niti<strong>de</strong>z.<br />

Os termos imagem nítida ou imagem <strong>de</strong>finida referemse<br />

às mesmas características gerais da imagem. Mais<br />

precisamente, a niti<strong>de</strong>z da imagem é apenas um dos<br />

diversos efeitos visuais que <strong>de</strong>terminam a <strong>de</strong>finição<br />

total em uma imagem.<br />

O grau <strong>de</strong> niti<strong>de</strong>z po<strong>de</strong> ser percebido nas <strong>de</strong>limitações<br />

e contornos das imagens <strong>de</strong> objeto da radiografia.<br />

Penumbra<br />

No início do <strong>de</strong>senvolvimento da radiografia referia-se à<br />

niti<strong>de</strong>z com o uso do termo penumbra, o que não é<br />

correto.<br />

A penumbra é causada<br />

por efeitos não<br />

relacionados a este<br />

contexto, mas à ótica<br />

e astronomia.<br />

Deve se evitar seu<br />

uso.<br />

35<br />

36<br />

18


Resolução<br />

A resolução <strong>de</strong>screve a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong><br />

imagens em distinguir ou separar (ou ainda resolver)<br />

objetos muito próximos um do outro.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> um sistema em<br />

particular é <strong>de</strong>terminada pela <strong>de</strong>finição.<br />

Conforme a <strong>de</strong>finição da imagem vai diminuindo, as<br />

imagens <strong>de</strong> objetos individuais começam a juntar-se<br />

a ponto <strong>de</strong> não ser mais possível distinguir a<br />

separação entre os pequenos.<br />

Objeto <strong>de</strong> teste Padrão<br />

A resolução <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> imagens é relativamente fácil <strong>de</strong> se<br />

medir e é freqüentemente usada para avaliar a <strong>de</strong>finição da<br />

imagem.<br />

A figura mostra um tipo <strong>de</strong> objeto <strong>de</strong> teste utilizado para qualificar<br />

a resolução, formado por vários placas paralelas separadas por<br />

uma distância, uma da outra, igual à largura da tira anterior.<br />

37<br />

38<br />

19


Na prática é comum representar a largura e a distância<br />

<strong>de</strong> separação em termos <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> linhas (ou<br />

Ip, do inglês line pair) por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distância (mm<br />

ou cm).<br />

Medida da Resolução<br />

Um par <strong>de</strong> linhas consiste <strong>de</strong> uma tira <strong>de</strong> chumbo e<br />

mais um espaço <strong>de</strong> separação adjacente <strong>de</strong> igual<br />

largura à da tira. O número <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> linhas por<br />

milímetro é, na verda<strong>de</strong>, uma forma <strong>de</strong> exprimir a<br />

resolução espacial.<br />

Um sistema <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> imagem é avaliado radiografando-se<br />

esse objeto <strong>de</strong> teste, e observando a<br />

freqüência espacial mais alta, ou seja, o menor espaço<br />

entre as linhas visível.<br />

Efeitos da Perda <strong>de</strong> Definição na<br />

Resolução da Imagem<br />

39<br />

40<br />

20


Efeitos da Perda <strong>de</strong> Definição<br />

A figura anterior mostra que quando a <strong>de</strong>finição<br />

diminui, a resolução também diminui.<br />

Quando a <strong>de</strong>finição da imagem obtida através <strong>de</strong> um<br />

sistema radiográfico é boa, consegue-se visualizar uma<br />

gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pares <strong>de</strong> linhas.<br />

As níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição e resolução encontrados em<br />

vários métodos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> imagens são comparados<br />

na figura seguinte, e mostra, em parte, porque<br />

alguns métodos são muito melhores que outros para a<br />

visualização <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes anatômicos.<br />

Comparação <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> Resolução entre<br />

vários métodos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> imagens<br />

41<br />

42<br />

21


Detalhamento Radiográfico<br />

Dentre todos os métodos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> imagem<br />

médicas, aquela que tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir<br />

imagens mais <strong>de</strong>talhadas é a radiografia convencional,<br />

apesar <strong>de</strong> ser o método mais antigo.<br />

Os fatores que diminuem da imagem e que, por conseguinte,<br />

levam à perda da visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes são:<br />

o ponto focal, o movimento do paciente no momento<br />

da exposição e o receptor <strong>de</strong> imagens.<br />

O principal componente na <strong>de</strong>terioração da <strong>de</strong>finição no<br />

receptor é o espalhamento da luz na tela<br />

intensificadora. Outro fator que também contribui, mas<br />

em menor escala, é o crossover, que é passagem <strong>de</strong> luz<br />

<strong>de</strong> um lado para outro em filmes <strong>de</strong> dupla emulsão.<br />

Fatores que <strong>de</strong>terioram a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

uma radiografia<br />

43<br />

44<br />

22


Detalhe Radiográfico<br />

Os valores associados à <strong>de</strong>finição na radiografia convencional<br />

(não digital), geralmente estão contidos no<br />

intervalo <strong>de</strong> 0,15 a 1 mm. Isto significa que, o menor<br />

objeto visível em uma radiografia, é também da or<strong>de</strong>m<br />

0,15 a 1 mm.<br />

O nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição em uma radiografia é influenciado por uma<br />

série <strong>de</strong> fatores, incluindo o ponto focal, o tipo <strong>de</strong> tela<br />

intensificadora, a localização do objeto radio-grafado, e, se houver<br />

risco <strong>de</strong> movimentação, o tempo <strong>de</strong> exposição.<br />

Algumas vezes, o objetivo em Radiologia não precisa ser o <strong>de</strong><br />

produzir uma radiografia com o mais alto nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento<br />

possível, e sim o <strong>de</strong> produzir uma imagem que supra o médico<br />

radiologista com as informações necessários e suficientes para<br />

um laudo segura do que se preten<strong>de</strong> diagnosticar.<br />

Limitações<br />

O processo <strong>de</strong> obtenção da radiografia <strong>de</strong>ve estar<br />

sempre comprometido e ser otimizado em relação às<br />

limitações <strong>de</strong> aquecimento do tubo <strong>de</strong> raios X e, em<br />

especial, à exposição do paciente.<br />

45<br />

46<br />

23


Ampliações<br />

A formação da imagem<br />

e sua qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da relação<br />

(e não dos valores<br />

absolutos) entre as<br />

distâncias do:<br />

Foco-objeto (DFO)<br />

objeto-receptor (DOR)<br />

foco-receptor (DFR),<br />

que é a soma das duas<br />

anteriores<br />

A = Ampliação<br />

Formação <strong>de</strong> uma Imagem<br />

Na formação <strong>de</strong> uma imagem utilizando-se raios X,<br />

sempre que o objeto estiver separado do receptor, a<br />

imagem formada será sempre maior que o tamanho<br />

do objeto. Isto se <strong>de</strong>ve à natureza do feixe <strong>de</strong> raios X<br />

que diverge a partir do ponto focal.<br />

A ampliação (A) no tamanho do objeto na imagem é<br />

igual é a razão entre DFR (distância foco-receptor) e<br />

DFO (distância foco-objeto), ou: A = DFR / DFO<br />

Na expressão acima, conforme a distância foco-receptor<br />

cresce, por exemplo, através do afastamento do tubo <strong>de</strong><br />

raios X do paciente, a ampliação também cresce.<br />

Outra relação importante é: S = DOR /DFR<br />

47<br />

48<br />

24


Fator <strong>de</strong> Escala (S)<br />

S é usado para especificar a distância entre o objeto e<br />

o receptor (DOR) em relação à distância total focoreceptor<br />

(DFR).<br />

Uma valor <strong>de</strong> S = 0,2 por exemplo, significa que a<br />

distância objeto-receptor (DOR) é 20% da distância<br />

foco receptor (DFR).<br />

Portanto, a distância objeto-receptor (DOR), é um<br />

importante componente na perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição ou do<br />

quanto borrada a imagem aparece.<br />

A técnica <strong>de</strong> air gap, que consiste no aumento exatamente<br />

da distância objeto-receptor, carrega esta<br />

<strong>de</strong>svantagem.<br />

Perda <strong>de</strong> Definição<br />

Quando um valor numérico é associado à <strong>de</strong>finição,<br />

<strong>de</strong>ve ser informada on<strong>de</strong> este fator foi avaliado <strong>de</strong>ntro<br />

do sistema. Os valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição geralmente são<br />

especificados no plano <strong>de</strong> entrada no receptor ou no<br />

plano on<strong>de</strong> está localizado o objeto que está sendo<br />

radiografado.<br />

Se a <strong>de</strong>finição tiver um valor <strong>de</strong> 0,3 mm no plano do<br />

objeto e a ampliação for <strong>de</strong> 1,2, a <strong>de</strong>finição no local da<br />

imagem do objeto no receptor será: 0,3 x 1,2= 0,36 mm<br />

A figura seguinte ilustra esta perda <strong>de</strong>finição.<br />

O componente <strong>de</strong>vido à movimentação do objeto, na<br />

perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição, <strong>de</strong>ve ser sempre evitado, orientando<br />

o paciente a ficar imóvel.<br />

49<br />

50<br />

25


Ampliação da in<strong>de</strong>finição <strong>de</strong>vido ao<br />

afastamento do objeto<br />

Todos os pontos<br />

focais têm um<br />

tamanho <strong>de</strong>finido<br />

e por isso<br />

também contribuem<br />

para a<br />

perda <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição.<br />

Quanto maior for<br />

o ponto focal<br />

menor será a<br />

<strong>de</strong>finição.<br />

Quando o <strong>de</strong>talhe é importante em uma<br />

imagem radiográfica <strong>de</strong>ve-se utilizar um<br />

equipamento que tenha um foco pequeno.<br />

Influência do Receptor na Definição da Imagem<br />

Os valores típicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição das telas intensificadoras<br />

são da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 0,15 a 0,6 mm. Abaixo estão valores<br />

da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ntre os tipo mais comuns <strong>de</strong> telas<br />

utilizadas:<br />

telas <strong>de</strong> mamografia, 0,15 - 0,20 mm;<br />

telas alta visibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, 0,2 - 0,35 mm;<br />

telas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> média (sensíveis), 0,5 - 0,6 mm;<br />

telas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> alta 0,6 - 0,7 mm.<br />

(muito sensíveis),<br />

51<br />

52<br />

26


Ruído<br />

Outra característica presente em todas as imagens<br />

médicas é o ruído. O ruído dá à imagem uma aparência<br />

granulada ou nevada.<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ruído na imagem varia com a técnica<br />

<strong>de</strong> radiodiagnóstico.<br />

Em geral, é <strong>de</strong>sejável que a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ótica do filme, ou<br />

brilho <strong>de</strong> imagem, seja uniforme, exceto nos locais da<br />

imagem on<strong>de</strong> um objeto está representado, já que<br />

necessitamos <strong>de</strong> contraste para observá-lo<br />

Existem fatores que ten<strong>de</strong>m a produzir variação na<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do filme mesmo quando não há imagem <strong>de</strong><br />

objetos presente. Esta variação é geralmente aleatória<br />

e não segue um padrão em particular.<br />

Ruído e Qualida<strong>de</strong><br />

Muitas vezes o ruído reduz a qualida<strong>de</strong> da imagem e<br />

o efeito é especialmente significativo quando estão<br />

sendo radiografados objetos pequenos ou <strong>de</strong> baixa<br />

contraste.<br />

Esta variação na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> do filme, ou no brilho da<br />

imagem, é <strong>de</strong>nominada ruído.<br />

Imagens em medicina nuclear geralmente apresentam<br />

um maior nível <strong>de</strong> ruído.<br />

O ruído está presente na ressonância magnética,<br />

tomografia computadorizada e ultra-som.<br />

53<br />

54<br />

27


Níveis <strong>de</strong> Ruído<br />

A imagem da direita apresenta mais ruído do que<br />

a da esquerda.<br />

Comparação entre imagens<br />

Comparada a esses métodos, a radiografia convencional<br />

é a que gera imagens com os níveis <strong>de</strong> ruído.<br />

Imagens fluoroscópicas têm níveis <strong>de</strong> ruídos mais altos<br />

que a radiografia. Apenas a fotografia produz imagens<br />

praticamente livres <strong>de</strong> ruído.<br />

Em princípio, quando se reduz o ruído da imagem, os<br />

objetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do corpo que têm baixo contraste<br />

tornam-se visíveis. Mas, se o ruído da imagem po<strong>de</strong><br />

ser ajustado, então por que não se reduz o ruído ao<br />

menor valor possível <strong>de</strong> massa a se obter melhor<br />

visibilida<strong>de</strong>? Isto não é possível porque há<br />

comprometimento em outros aspectos envolvidos.<br />

55<br />

56<br />

28


Redução do Ruído<br />

Na radiografia convencional, a redução do ruído implica<br />

em aumento da exposição do paciente aos raios X.<br />

Na ressonância Magnética o compromisso é com o<br />

tempo gasto no exame. Também há relação do nível <strong>de</strong><br />

ruído com o constante e a <strong>de</strong>finição.<br />

O usuário <strong>de</strong> cada técnica <strong>de</strong> radiodiagnóstico é que<br />

<strong>de</strong>ve <strong>de</strong>terminar o nível <strong>de</strong> ruído aceitável para um<br />

procedimento específico e selecionar os ajustes <strong>de</strong><br />

forma a se obter valores mínimos <strong>de</strong> exposição aos<br />

raios X, tempo <strong>de</strong> imagem ou qualquer outro fator<br />

<strong>de</strong>ntre aqueles que tem efeito <strong>de</strong>letério na qualida<strong>de</strong><br />

da imagem médica.<br />

Ruído Quântico<br />

Um dos componentes do ruído é o ruído quântico. Ele<br />

está relacionado com o fato <strong>de</strong> que algumas áreas da<br />

radiografia, por exemplo, po<strong>de</strong>m receber mais<br />

elétrons que outras. Isto se <strong>de</strong>ve ao fato dos raios X<br />

serem distribuídos aleatoriamente.<br />

A esta distribuição irregular <strong>de</strong> fótons é que se dá o<br />

nome <strong>de</strong> ruído quântico. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ruído é<br />

<strong>de</strong>terminada pela variação da concentração superficial<br />

<strong>de</strong> fóton ponto a ponto nos limites <strong>de</strong> uma pequena<br />

área da imagem.<br />

57<br />

58<br />

29


Conceito <strong>de</strong><br />

Ruído Quântico<br />

A figura mostra dois<br />

quadrados com<br />

lados <strong>de</strong> comprimento<br />

<strong>de</strong> 1 mm<br />

divididos em nove<br />

setores.<br />

Cada setor do<br />

primeiro quadrado<br />

é atingido por uma<br />

média <strong>de</strong> 100<br />

fótons, e os do<br />

segundo, 1000<br />

fótons.<br />

Uma estimativa <strong>de</strong> variação do número <strong>de</strong> fótons<br />

inci<strong>de</strong>ntes (<strong>de</strong>svio padrão), aponta para o percentual<br />

<strong>de</strong> 10% para primeiro quadrado, e 33% para o<br />

segundo.<br />

Ruído Quântico<br />

No segundo quadrado, verifica-se um ruído menor,<br />

ou seja, uma menor variação <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> raios<br />

X em cada setor, ou melhor, será menor a ocorrência<br />

<strong>de</strong> diferenças fortuitas nos tons <strong>de</strong> cinza entre<br />

os setores.<br />

O ruído quântico po<strong>de</strong>, portanto, ser minimizado aumentando-se<br />

a concentração do fótons usados para formar<br />

a imagem, com a <strong>de</strong>svantagem do paciente ser submetido<br />

a níveis maiores <strong>de</strong> exposição.<br />

59<br />

60<br />

30


Ruído e Nível <strong>de</strong> Exposição<br />

A relação entre o ruído e o nível <strong>de</strong> exposição do<br />

paciente necessário para formar a imagem <strong>de</strong>ve ser<br />

cuidadosamente avaliada.<br />

Em muitas situações, se a exposição do paciente aos<br />

raios X fosse reduzida em excesso, haveria uma<br />

aumento do ruído quântico e, como conseqüência,<br />

redução na visibilida<strong>de</strong> da imagem.<br />

A figura seguinte mostra que o efeito geral do aumento<br />

do ruído é <strong>de</strong>scer uma “cortina <strong>de</strong> invibilida<strong>de</strong>”,<br />

prejudicando ou impedindo que, predominantemente,<br />

objetos <strong>de</strong> baixo contraste sejam visíveis, as quais por<br />

natureza já estão no limiar <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção.<br />

Efeito do ruído na visibilida<strong>de</strong> do objeto<br />

61<br />

62<br />

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