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Noções Básicas sobre Raios X<br />

PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO<br />

DA<br />

IMAGEM RADIOGRÁFICA<br />

<strong>Súmula</strong><br />

Prof. Alwin Elbern, Ph.D.<br />

DENUC - UFRGS<br />

• Qualidade da Imagem<br />

• Geração de Raios X<br />

• Formação da Imagem Radiográfica – Contraste<br />

• Filme Radiográfico<br />

• Processamento Radiográfico<br />

• Sensibilidade do Filme<br />

• Noções de Controle de Qualidade do Processamento<br />

• Definição, Resolução e Visibilidade de Detalhes<br />

• Controle de Qualidade – Portaria 453/98<br />

1<br />

2


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Qualidade da Imagem<br />

A qualidade da imagem médica é determinada<br />

pelo método de Radiodiagnóstico<br />

(Raios X, US, TC, RM, etc.), pelas<br />

características do equipamento e pelos<br />

ajustes selecionados pelo operador.<br />

A qualidade da imagem depende de pelo menos cinco<br />

fatores:<br />

Contraste, Definição, Ruído, Artefatos, Distorção<br />

Corpo Humano<br />

O corpo humano tem muitas estruturas<br />

(ou objetos) que aparecem simultaneamente,<br />

e freqüentemente, sobrepostos na<br />

imagem. Outro fator importante que<br />

determina uma boa visibilidade, é que um<br />

objeto presente em uma imagem médica<br />

deve sobressair-se em relação às<br />

imagens de fundo.<br />

3<br />

4


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Geração de Raios X<br />

Histórico<br />

A radiografia foi inaugurada praticamente junto com o<br />

descobrimento dos raios X, realizado por Wilhelm<br />

Conrad Röntgen em novembro de 1895, o que lhe<br />

conferiu o 1 o prêmio Nobel de 1901 de Física.<br />

A primeira radiografia foi feita ainda em seu laboratório,<br />

onde permaneceu sozinho por semanas<br />

obcecado por experimentos secretos, quando expôs<br />

aos raios X a mão de sua mulher, apoiada sobre uma<br />

chapa fotográfica, por 15 minutos.<br />

Histórico<br />

5<br />

•Radiografia da<br />

mão de Anna<br />

Röntgen, em<br />

novembro de<br />

1895. Por seus<br />

trabalhos, ele<br />

recebeu o<br />

primeiro Nobel<br />

de física no ano<br />

de 1901.<br />

•Röntgen observou que os raios X podiam atravessar os corpos.<br />

Alguns materiais se apresentavam mais opacos e outros mais transparentes.<br />

6


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Geração de Raios X<br />

Os raios X são originários da frenagem dos elétrons<br />

gerados no catodo, que se convertem em fótons,<br />

pelo fenômeno conhecido por Bremsstrahlung.<br />

Os raios X produzidos no interior das ampolas são constituídos<br />

por ondas eletromagnéticas de várias freqüências e intensidades.<br />

A maior parte (99%) da energia cinética dos elétrons é<br />

perdida sob a forma de calor e apenas 1% dela é convertida<br />

em raios X.<br />

Os raios X produzidos por “bremsstrahlung” constituem um<br />

espectro contínuo dentro de uma faixa de comprimento de<br />

onda que vai de 0,1 a 0,5 Å (10 -10 m).<br />

Origem dos Raios X<br />

Bremsstrahlung<br />

7<br />

8


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Propriedades Elétricas<br />

A qualidade e a quantidade de raios X produzidos<br />

podem ser controladas ajustando-se as grandezas:<br />

TENSÃO - Kilovoltagem (kV) = diferença de potencial<br />

(ou “potencial para aumentar a energia dos elétrons”).<br />

- Elétrons com mais energia adquirida por meio de kV<br />

mais alto produzem raios X mais penetrantes e em<br />

maior quantidade.<br />

CORRENTE - Miliamperagem (mA)=quantidade<br />

ou número de elétrons que passam a cada<br />

segundo do catodo para o anodo.<br />

•TEMPO de exposição (s) = duração do pulso<br />

Tubo de Raios X<br />

No tubo (ampola) são gerados os Raios X pela comversão<br />

da energia dos elétrons em calor (ou energia<br />

térmica) e, em menor quantidade, em raios X<br />

(Bremsstrahlung).<br />

O calor é um subproduto indesejável no processo. O<br />

tubo de raios X é projetado para maximizar a produção<br />

de raios X e dissipar o calor tão rápido quanto<br />

possível.<br />

9<br />

10


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Ampola de Raios X<br />

Uma corrente de elétrons flui através do tubo, do catodo, onde são<br />

produzidos, em direção ao anodo, onde os elétrons param<br />

bruscamente, sofrendo uma perda abrupta de energia resultando na<br />

produção dos raios X.<br />

11<br />

12


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Elementos do Tubo de RX<br />

CATODO: é o eletrodo negativo do tubo. É constituído<br />

de duas partes principais: o filamento e o<br />

copo focador.<br />

A função básica do catodo é emitir elétrons a partir<br />

de um circuito elétrico secundário, e focalizá-los em<br />

forma de um feixe bem definido apontado para o<br />

anodo.<br />

Em geral, o catodo consiste de um pequeno fio em<br />

espiral (ou filamento) dentro de uma cavidade (copo<br />

de focagem) conforme mostrado na figura anterior.<br />

Filamento<br />

O filamento é normalmente feito de Tungstênio Toriado<br />

(Tungstênio com mais de 1 a 2% de Tório), pois esta liga<br />

tem alto ponto de fusão e não vaporiza facilmente (a<br />

vaporização do filamento provoca o enegrecimento do<br />

interior do tubo e a conseqüente mudança nas<br />

características elétricas do mesmo). A queima do<br />

filamento é, talvez, a mais provável causa da falha de<br />

um tubo.<br />

a<br />

(a) sem corpo focador e (b) com corpo focador<br />

b<br />

13<br />

14


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Copo de focagem<br />

O corpo de focagem: serve para focalizar os elétrons<br />

que saem do cátodo e fazer com que eles “batam” no<br />

ânodo e não em outras partes. A corrente do tubo é<br />

controlada pelo grau de aquecimento do filamento<br />

(cátodo). Quanto mais aquecido for o filamento, mais<br />

elétrons serão emitidos pelo mesmo, e maior será a<br />

corrente que fluirá entre o ânodo e o cátodo.<br />

Assim, a corrente de filamento controla a corrente<br />

entre o ânodo e o cátodo.<br />

Corrente de filamento<br />

CORRENTE NO<br />

TUBO (mA)<br />

100 kVp<br />

125 kVp<br />

70 kVp<br />

50 kVp<br />

CORRENTE DO<br />

FILAMENTO<br />

(AMPÉRES)<br />

Correntes de tubo e de filamento<br />

em função da tensão<br />

aplicada.<br />

Alguns tubos apresentam dois<br />

filamentos, ou dois cátodos.<br />

São os chamados tubos de<br />

foco dual, Estes filamentos<br />

tem comprimentos distintos,<br />

produzindo áreas de impacto<br />

diferentes no ânodo.<br />

Temos assim dois tipos de<br />

foco:<br />

• Foco fino: de 0,3 a 1 mm<br />

• Foco grosso: de 1 a 2,5 mm<br />

15<br />

16


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Foco Dual<br />

Tubo de foco dual, onde o tamanho do foco é<br />

controlado por um ou outro filamento.<br />

O controle do foco fino-foco grosso é feito por uma chave<br />

que escolhe ou um ou outro filamento. Para evitar que se<br />

coloque grandes correntes em foco fino (o que poderia<br />

danificar o ânodo), um mesmo comando seleciona a<br />

corrente e o foco simultaneamente (as duas chaves são<br />

acopladas mecanicamente).<br />

Anodo<br />

O Anodo é o pólo positivo do tubo. Existem dois tipos de<br />

ânodo: anodo fixo e anodo giratório.<br />

Os tubos de ânodo fixo são usualmente utilizados em<br />

máquinas de baixa corrente, tais como: raio-X dentário, raio-<br />

X portátil, máquinas de radioterapia, raio-X industrial, etc.<br />

Os de anodos giratórios são usados em máquinas de alta<br />

corrente, normalmente utilizadas em radiodiagnóstico.<br />

O anodo tem as seguintes finalidades: formar o caminho<br />

elétrico, servir de suporte para o alvo e como elemento<br />

condutor de calor.<br />

17<br />

18


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Anodo – Alvo de Tungstênio<br />

O alvo é o local do ânodo que sofre o impacto dos elétrons.<br />

O material do alvo deve ter as seguintes propriedades:<br />

Alto Z: Isto é, alto número de prótons no núcleo<br />

atômico. A relação entre a perda de energia dos elétrons<br />

por radiação (raios-X) e a perda de energia por ionização<br />

(aquecimento) é dada pela seguinte fórmula:<br />

dE ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

⎝ dx ⎠<br />

⎛ dE ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

⎝ dx ⎠<br />

⎛ Onde E c é a energia cinética dos<br />

RAD =<br />

COL<br />

Ec.Z<br />

800<br />

elétrons e Z o número atômico do<br />

alvo.<br />

Propriedades do alvo<br />

Boa Condutividade Térmica: no alvo há uma grande<br />

geração de calor, que deverá ser retirada do mesmo para<br />

evitar a sua fusão;<br />

Alto Ponto de Fusão: Em algumas aplicações de alta<br />

corrente, associada a grandes tempos de exposição podem<br />

levar a alvo o atingir temperaturas da ordem de 2000 C.<br />

Portanto, o material alvo deverá suportar altas<br />

temperaturas sem fundir ou se danificar. O material que<br />

apresenta todas estas características é o Tungstênio<br />

(Z=74).<br />

19<br />

20


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Anodo Giratório<br />

Fixo Giratório<br />

1 mm<br />

A=4 mm 2<br />

r=30 mm<br />

1 mm<br />

4 mm<br />

O ânodo giratório permite<br />

altas correntes, pois a área<br />

de impacto dos elétrons fica<br />

muito aumentada.<br />

A=754 mm 2<br />

Como exemplo, tomemos um alvo fixo, cuja área de impacto<br />

é de 1 mm x 4 mm, isto é, 4 mm 2 .<br />

Se este alvo girar com um raio de giro igual a 30 mm, a área<br />

de impacto seria aproximadamente: 4 mm * 2 π * 30 mm ≅<br />

754 mm2 ; nestas condições, o tubo giratório teria cerca de<br />

200 vezes mais área que o tubo fixo.<br />

Detalhes – Alvo Giratório<br />

Em máquinas de alvo giratório, é necessário esperar o<br />

ânodo atingir a velocidade de regime, para então se aplicar<br />

a alta tensão (disparo do feixe).<br />

O rotor gira no interior da ampola de vidro, sem nenhuma<br />

ligação mecânica para o exterior. O modo como isto<br />

acontece é semelhante ao que acontece nos motores de<br />

indução, onde não há ligação mecânica nem elétrica entre<br />

a parte que gira (rotor) e a parte fixa (estator).<br />

Os tubos para mamografia utilizam anodos de molibdênio<br />

(Z=42), que tem um número atômico intermediário,<br />

e, portanto, produzem fótons de energia<br />

menores, mais adequados à baixa densidade do tecido<br />

mamário.<br />

21<br />

22


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Cabeçote do RX<br />

O anodo e o catodo ficam acondicionados no interior<br />

de um invólucro fechado (tubo).<br />

Além de desempenhar as funções de isolante elétrico<br />

e de suporte estrutural para o anodo e catodo, o<br />

sistema de encapsulamento serve para manter o<br />

vácuo no interior do tubo.<br />

A presença de ar dentro do tubo é indesejável, pois,<br />

além de interferir na produção de raios X, permitiria<br />

que eletricidade percorresse o tubo, na forma de<br />

pequenos raios e centelhas, danificando o sistema.<br />

Cabeçote e Tubo<br />

23<br />

24


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Tubo de Raios X<br />

Ponto Focal<br />

Anodo Girante<br />

Estator<br />

Alta<br />

Tensão<br />

Ao selecionar-se um tubo de raios X para uma determinada<br />

aplicação específica, a principal característica<br />

que deve ser observada é o tamanho do ponto focal.<br />

Tubos com pontos focais pequenos são os mais<br />

indicados quando é essencial gerar imagens de alta<br />

qualidade que permitem boa visibilidade de pequenos<br />

detalhes e também quando houver necessidade de<br />

menores quantidades de raios X.<br />

Ex. Foco grosso<br />

Equipamento<br />

para medida<br />

25<br />

26


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Representação do ponto focal real e efetivo<br />

ÂNGULO DO ALVO<br />

FEIXE DE ELÉTRONS<br />

TAMANHO<br />

REAL DO FOCO<br />

FOCO EFETIVO<br />

O ponto focal real é a área na qual os elétrons colidem.<br />

O ponto focal efetivo é a área que é “vista” na direção do feixe<br />

útil, conforme mostra a figura. Dependendo do ângulo do alvo,<br />

podemos ter grande área de impacto com pequeno ponto focal<br />

efetivo.<br />

Espectro de Energia<br />

Um espectro de energia<br />

é um gráfico que mostra<br />

no eixo horizontal a<br />

energia dos fótons de<br />

raios X de um feixe.<br />

A energia varia de zero<br />

até o valor máximo (ou<br />

kV p - max) e, no eixo<br />

vertical, ó número de<br />

fótons dentro de cada<br />

faixa energia.<br />

27<br />

28


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Espectro de Energia dos RX<br />

Origem do Espectro<br />

contínuo de energia<br />

dos Raios X.<br />

As raias de energia<br />

discretas são<br />

provenientes das<br />

transições que<br />

ocorrem no átomo<br />

do alvo.<br />

Espectro de Energia dos RX<br />

29<br />

30


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Espectro em Mamografia<br />

Fatores que afetam o Espectro<br />

O material do alvo: não influencia na forma do<br />

espectro contínuo, apenas na sua intensidade. Isso,<br />

obviamente influirá no espectro de linhas ou espectro<br />

característico, pois como vimos, este espectro caracteriza<br />

o núcleo alvo.<br />

N° DE FÓTONS<br />

TUNGSTÊNIO<br />

Molibdênio<br />

ENERGIA DO FÓTON<br />

Resumo: fatores que afetam o<br />

espectro:<br />

-Quantidade da radiação:<br />

Z, KeV 2 , mA, seg, forma de<br />

onda e filtração;<br />

-Qualidade de radiação: KeV,<br />

forma de onda e filtração.<br />

31<br />

32


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Filtração<br />

Aparelho de Raios X<br />

GERADOR<br />

A principal função do gerador é transformar a energia<br />

elétrica da rede em uma forma de energia elétrica mais<br />

adequada à produção de raios X.<br />

Outra função importante do gerador, é permitir que o<br />

operador controle as grandezas:<br />

kV – kilovoltagem;<br />

mA – miliamperagem; e<br />

s - tempo de exposição.<br />

33<br />

34


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Transformador de Alta Tensão<br />

O transformador de alta tensão é o dispositivo que<br />

transforma a baixa tensão (por exemplo 220 volts) em alta<br />

tensão (por exemplo 100000 volts – 100kV), necessária<br />

para acelerar os elétrons no interior do tubo de raios-X.<br />

TENSÃO APLICADA CORRENTE NO TUBO<br />

Sistemas monofásicos - Retificação de onda completa.<br />

Nestas máquinas a tensão aplicada ao tubo varia desde zero<br />

até um valor máximo. Os raios-X assim produzidos tem menor<br />

poder de penetração.<br />

Tensão DC<br />

Aparelho Trifásico<br />

R<br />

S<br />

T<br />

35<br />

Tensão trifásica<br />

Corrente<br />

retificada<br />

6 PULSOS<br />

Nas máquinas trifásicas a tensão aplicada ao tubo varia<br />

muito pouco enquanto nas monofásicas a tensão varia<br />

desde zero até um valor máximo, isto é, 100%.<br />

A esta variação dá-se o nome de Ripple.<br />

36


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Partes principais de uma máquina de raios-X<br />

REDE<br />

BANCO<br />

DE<br />

COMANDO<br />

AJUSTE DA<br />

TENSÃO,<br />

CORRENTE E<br />

TEMPO<br />

TRANSFORMADOR<br />

DE<br />

ALTA TENSÃO<br />

E<br />

RETIFICADOR<br />

TUBO<br />

RAIOS-X<br />

As máquinas de Raios-X podem operar a diversas tensões e a<br />

diversas correntes no tubo. De um modo geral, temos as seguintes<br />

características:<br />

• Diagnóstico: de 40 à 150 KVP e correntes de 25 à 1200 mA.<br />

• Terapia: de 60 à 250 KVP e correntes de aproximadamente 8 Ma<br />

• Raio-X dentário: de 50 à 90 KVP e correntes de até 10 mA.<br />

• Raio-X industrial: de 50 à 300 KV P e correntes de até 10 mA<br />

Transformador<br />

Um transformador tem dois circuitos, basicamente<br />

de duas bobinas (enrolamento de fios) com número<br />

de espiras diferentes. O primeiro é o circuito de<br />

entrada, que recebe energia elétrica e, por isso é<br />

chamado de circuito primário.<br />

V 1N 1<br />

V 2N 2<br />

Representação de<br />

um transformador<br />

O segundo, é o circuito de saída,<br />

chamado circuito secundário.<br />

Os elétrons não mudam de<br />

circuito. A energia é transformada<br />

do circuito primário para o<br />

secundário por meio de um<br />

campo magnético.<br />

37<br />

38


N° DE FÓTONS<br />

Noções Básicas sobre Raios X<br />

Forma de Onda<br />

POTENCIAL CONSTANTE<br />

ONDA COMPLETA<br />

(2 PULSAÇÕES<br />

ENERGIA DOS FÓTONS<br />

b) Tensão Aplicada<br />

A Forma da onda aplicada<br />

ao tubo influenciará o espectro<br />

emitido, pois aí está implícito<br />

quanto tempo é aplicada uma<br />

determinada tensão. A figura<br />

ilustra os espectros emitidos por<br />

um tubo no qual é aplicado um<br />

potencial constante e outro<br />

com potencial variável provido<br />

de retificação de onda completa<br />

(2 pulsações).<br />

Na produção de raios X, os elétrons que alimentam<br />

o tubo de raios X de energia, devem ter energia<br />

individual no mínimo igual à energia dos fótons de<br />

raios X. A energia dos fótons (em kiloelétronvolts ou<br />

keV) é sempre limitada pela energia do elétron da<br />

maior energia, ou à tensão ( em kilovolts ou kV).<br />

A tensão aplicada, estabelece a energia que o elétron<br />

terá ao alcançar o anodo, e, portanto, nenhum fóton<br />

de raios X poderá ter mais energia que o elétron que<br />

o gerou.<br />

39<br />

40


N° DE FÓTONS<br />

SÉRIE DA CAMADA L<br />

Noções Básicas sobre Raios X<br />

Tensão Aplicada - Espectro<br />

80 kVp<br />

70 kVp<br />

60 kVp<br />

SÉRIES DA CAMADA K<br />

ENERGIA DOS FÓTONS (KeV)<br />

Tensão Aplicada<br />

Observe que para a<br />

tensão de 60 KeV, as linhas<br />

de espectro característico<br />

da série K, não aparecem,<br />

porque para remover um<br />

elétron da órbita K (1 a<br />

órbita), é necessário um<br />

potencial de no mínimo 70<br />

KeV.<br />

Aumento da<br />

Tensão aplicada<br />

41<br />

42


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Corrente do Tubo<br />

O catodo é aquecido devido à passagem de uma<br />

corrente proveniente de um fonte de baixa tensão.<br />

A saída desta fonte é controlada por um setor de mA.<br />

Aumentando-se o seletor de mA, mais corrente<br />

elétrica passa através do catodo ( o filamento)<br />

gerando calor e aumentando sua temperatura.<br />

Com o aumento da temperatura, aumenta-se a<br />

emissão termoiônica no catodo (ou ejeção de<br />

elétrons). Com o aumento da corrente elétrica no<br />

filamento do catodo, aumenta-se o fluxo de<br />

elétrons que sai do filamento (catodo) e incide<br />

sobre o anodo e, portanto, mais raios X são<br />

gerados.<br />

Tempo de Exposição<br />

Em radiografias, a exposição é iniciada pelo operador<br />

do equipamento e terminada depois que se esgota o<br />

tempo selecionado previamente<br />

Em fluoroscopia, a exposição é iniciada e terminada<br />

pelo operador, mas há um indicador do tempo de<br />

exposição acumulado que emite um sinal sonoro<br />

após 5 minutos de exposição.<br />

Os temporizadores e botões de controle ajustados<br />

pelo operador ativam e desativam a geração de<br />

raios X acionando dispositivos de chaveamento que<br />

pertencem, ao circuito primário do gerador.<br />

43<br />

44


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Tempo – Ajuste manual<br />

Nos temporizadores manuais, o ajuste do tempo de<br />

exposição deve ser feito pelo operador antes de<br />

iniciar o procedimento.<br />

A seleção adequada dos ajustes do tempo de<br />

exposição no equipamento dependerá do conhecimento<br />

pessoal ou da consulta a uma Tabela de<br />

Exposição que correlaciona a espessura do paciente<br />

com o kV, o mA e o tempo.<br />

O mAs (Miliampere-Segundo)<br />

Freqüentemente, as unidades mA e mAs são<br />

confundidas ou tomadas como termos sinônimos.<br />

Não são. Cada uma dessas unidades refere-se a<br />

uma grandeza diferente.<br />

A unidade mA refere-se à grandeza física corrente elétrica (i). A<br />

corrente elétrica é definida como a quantidade de carga elétrica<br />

Q, dada em Coulomb (C), que passa por um meio qualquer,<br />

dividido pelo intervalo de tempo em que ocorre esta passagem,<br />

em segundo (s).<br />

A corrente elétrica i é medida na unidade do SI denominada<br />

Ampère (A) dado pela relação: i [C/s] = ∆Q [C] /∆t[s].<br />

Fisicamente, Q[mAs] representa o número<br />

total de elétrons que atingem o anodo.<br />

45<br />

46


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Controle Automático de Exposição (AEC)<br />

Dentre os modelos de equipamentos mais modernos<br />

de radiodiagnóstico, alguns possuem um dispositivo<br />

eletrônico que controla o nível de exposição no<br />

receptor, que tem a função de suspender a geração<br />

de raios X quando o receptor de imagens (conjunto<br />

tela-filme) recebe uma determinada quantidade de<br />

exposição pré-determinada considerada ideal para<br />

um determinado exame.<br />

TELA<br />

FLUORESCENTE<br />

AEC<br />

FOTOMULTIPLICADORA<br />

CÂMARA DE<br />

IONIZAÇÃO<br />

Filme<br />

47<br />

48


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Filtração do Feixe de RX<br />

Os fótons com energia abaixo de 20 KeV não interessam<br />

ao Radiodiagnóstico, pois têm capacidade de<br />

penetração muito baixa, não contribuem com<br />

informações sobre o paciente e só aumentam a dose<br />

do paciente.<br />

Por isso há a necessidade de filtragem desses raios X<br />

que não contribuem para a formação da imagem.<br />

Abaixo de 20 KeV, somente 45% dos fótons do feixe conseguem atingir a<br />

profundidade de 10 mm de músculo contra apenas insignificantes 0,00063%<br />

destes atingem a profundidade de 150 mm.<br />

Em contrapartida, 3,5% dos fótons que têm energia de 50kV atingem estes<br />

mesmos 150 mm. O próprio corpo atua, então, como um filtro retirando do<br />

feixe os fótons de baixa energia.<br />

Filtração adicional<br />

Para diminuir a dose do paciente, uma solução óbvia<br />

é interpor algum material entre o feixe de raios X<br />

primário e o paciente que sirva de filtro e remova do<br />

feixe de fótons os de baixa energia.<br />

O material geralmente utilizado para este propósito<br />

em Radiodiagnóstico é o alumínio.<br />

Toda máquina de raios X tem uma “flitragem<br />

equivalente de alumínio”. Diz-se equivalente porque<br />

outros componentes do equipamento também filtram<br />

parte dos fótons de baixa energia tais como, a janela<br />

do tubo de vidro e o colimador do feixe. A quantidade<br />

de filtração total é expressa, portanto, em valores de<br />

espessura equivalente de alumínio.<br />

49<br />

50


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Penetração dos Fótons e alteração<br />

do Espectro do RX<br />

Penetração dos fótons<br />

no tecido mole<br />

A forma do espectro de raios X é significativamente alterada por<br />

alterações na filtragem. Como o filtro absorve preferencialmente<br />

fótons de baixa energia, produz-se, como conseqüência, uma<br />

elevação na energia efetiva de raios X.<br />

Camada semi-redutora CSR<br />

Aumentando-se a filtração, aumenta-se a penetração do feixe<br />

de raios X assim como também a espessura da camada semiredutora<br />

necessária para atenuá-la, devido à remoção dos<br />

fótons de baixa energia.<br />

Os valores de CSR são usados para avaliar a adequação dos<br />

filtros adicionados.<br />

As normas que especificam os requisitos de filtragem<br />

geralmente estabelecem um valor mínimo aceitável.<br />

São considerados seguros os equipamentos que<br />

tive-rem filtros de espessuras superiores aos valores<br />

de CSR em função do kV p , mostrados na tabela.<br />

51<br />

52


Noções Básicas sobre Raios X<br />

Conceito de CSR<br />

CSR<br />

A atenuação é a redução da intensidade de um feixe de raios X<br />

à medida que ele atravessa a matéria. A atenuação se deve aos<br />

fenômenos de absorção e de espalhamento dos fótons do feixe<br />

incidente. A equação fundamental da atenuação de um feixe<br />

monocromático é: N x = N 0 . e -µx<br />

Valores da CSR<br />

A camada semi-redutora semi redutora é a espessura de um material<br />

capaz de reduzir a metade a intensidade da radiação<br />

incidente. incidente<br />

kVp<br />

30<br />

50<br />

70<br />

90<br />

110<br />

CRS (mm Al)<br />

0,3<br />

1,2<br />

1,5<br />

2,5<br />

3,0<br />

Valores da Camada Semi-Redutora para o Alumínio<br />

53<br />

I = I 0e -µx<br />

CSR ou HVL<br />

X 1/2 = 0,693/µ<br />

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Noções Básicas sobre Raios X<br />

Referências<br />

1 –Curso do CBR –“Formação de Imagens Radiográficas”<br />

Ed. CBR SP - 2000<br />

2 – Frank Attix – “Introduction to Radiological Physics and<br />

Radiation Dosimetry” – Ed. J.Wiley USA 1986<br />

3 – Thomaz Bitelli – “Dosimetria e Higiene das Radiações”<br />

– Ed. Gremio Politécnico SP -1982<br />

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