ensaio geral setembro - Liesa - Globo

TROCATROCA
Carnavalescos Seis Escolas de Samba
mudaram seus carnavalescos:
Alexandre
Louzada foi para a Porto
da Pedra; Cahe Rodrigues,
para a Caprichosos;
Cahe Rodrigues
Milton Cunha, para a
São Clemente; Ilvamar
Magalhães, reaparece no Império Serrano,
e Jorge Freitas, na Portela; Paulo Barros, ex-
Tuiuti, estréia na Unidos da Tijuca. Ubiratan
Silva e Fran Sérgio reintegram a comissão de
carnaval da Beija-Flor, ao lado de Laíla, Xangai
e Cid Carvalho.
Rainhas
Luma de Oliveira é a nova rainha de bateria
da Mocidade Independente. Já a Grande Rio
trocou Luciana Gimenez por três substitutas,
uma para cada cor da agremiação: Danielle
Winitz, Débora Secco e Mônica Carvalho.
Coreógrafos
Na dança dos coreógrafos de comissão-defrente,
três novidades: a Viradouro anuncia
a vinda de Débora Colker; a Porto da Pedra
contará com Jayme Arôxa; e o Império Serrano,
com Jussara Pádua.
Bateria
Duas baterias renovam o comando: Jonas,
irmão de Mestre Jorjão – ex-Mocidade e
Viradouro – estréia na bateria do Salgueiro,
substituindo Mestre Louro; na Mangueira,
Marrom entra no lugar de Mestre Russo.
Harmonia
Várias mudanças, também,
na direção de desfile.
Jorginho Harmonia
reassumiu o comando
de carnaval da Porto da
Pedra. Guilherme Nóbrega
é o novo diretor geral de Guilherme
harmonia do Salgueiro, que não terá mais um
diretor de carnaval. Agora, as decisões passarão
por um colegiado. O mesmo acontecerá
com a direção de harmonia do Império. Já na
Grande Rio, Luís Eduardo Lima, o Dudu, é o
novo diretor de harmonia.
Intérpretes
Nego no Império
Duas agremiações trocaram
seus intérpretes.
Nego passa a ser a voz
oficial do Império Serrano;
e Wantuir, a da
Unidos da Tijuca.
Com o Pé
no Mercado
Mais de 2.500 pessoas foram encaminhadas ao
mercado de trabalho na implantação do Projeto
Sambando Com o Pé No Futuro, desenvolvido
entre julho e dezembro do ano passado, em 20
diferentes oficinas profissionalizantes instaladas
nas 14 Escolas de Samba do Grupo Especial e em
seis dos Grupos de Acesso, no Rio de Janeiro. Este
número representa um aproveitamento de 70%
do universo de 3.600 alunos inscritos.
O resultado da iniciativa entre a Associação de
Mulheres Empresárias do Brasil (Amebras) e a
Liesa foi tão bom que ganhou novas dimensões.
O projeto foi encampado pelo Governo Federal,
através do Ministério de Assistência Social. A
pedido do presidente Luís Inácio Lula da Silva,
sofreu alteração no nome. Lula considerou que
seria melhor “Dançando” do que “Sambando”,
para não ficar restrito às comunidades do samba.
Além do Rio, o projeto passará a atuar em outros
cinco Estados: São Paulo, Minas Gerais, Brasília,
Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Segundo a coordenadora nacional do projeto, a
empresária Célia Regina Domingues, a meta para
a temporada 2003/2004 é habilitar 45 mil pessoas
nos seis Estados. Desse total, 26 mil alunos serão
capacitados em 26 Escolas de Samba do Rio de
Janeiro, além de convênios isolados com três
prefeituras municipais.
Célia explica que nesta segunda etapa, o Dançando
Com o Pé no Futuro está melhor estruturado
e disporá de uma verba mensal de até R$ 30 mil
por Escola de Samba, para subsidiar compra de
equipamento e material de aprendizado. A determinação
da ministra Benedita da Silva é de que o
projeto seja disseminado em todo o país a partir
do ano que vem.
As inscrições para a segunda turma dos cursos
profissionalizantes já estão abertas. Há um funcionário
do projeto na secretaria de cada Escola
de Samba para atender os interessados, de segunda
a sexta-feira, no horário comercial. Basta
levar documento de identidade, comprovante
de residência e certificado de escolaridade. Os
cursos são inteiramente gratuitos, distribuídos nas
seguintes áreas: Carnaval (Fantasias/ Adereços),
Garçom, Inglês, Espanhol, Teatro, Telemarketing,
Cartonagem, Biskuit, Pátina, Cabeleireiro, Estética,
Acompanhamento de Idosos, Balé, Dança
de Salão, Bijuteria, Macramê, Velas Decorativas,
Violão, Cavaquinho e Pintura de Tecido.
A coleção Bee,
sucesso em todo o
país desde 1987
Os 3.600 formandos lotaram o Portelão no encerramento da primeira etapa do projeto
O recorde de Adriana,
a 14-Bis
Foram necessários seis meses de treinamento físico, ensaios,
alimentação especial e um planejamento perfeito. O resultado
não poderia ser melhor: a modelo publicitária Adriana Perett,
25 anos, conseguiu desfilar nas 14 Escolas de Samba do Grupo
Especial e entrou para o Rank Brasil, o livro dos recordes brasileiros.
Agora, faz a sua 15ª participação, desfilando na capa
do informativo ENSAIO GERAL.
O feito foi registrado como um dos destaques da categoria
“superação humana” e materializa um sonho que Adriana alimenta
desde a infância. Sonho que se desenhou quase impossível
logo no primeiro contato com o plenário da Liesa, pois
a modelo não conseguiu convencer que atingiria o seu ideal.
Não se deu por vencida. Foi para casa e montou uma planilha
detalhando toda a logística do projeto. Mesmo assim, alguns
presidentes ainda ficaram reticentes, temendo que Adriana
pudesse sofrer um esgotamento ou não chegasse a tempo de
ocupar o seu lugar no alto do carro-alegórico, prejudicando
a entrada da Escola.
Para sair de uma agremiação e entrar em outra, seria necessário
desfilar até o quarto carro alegórico, no máximo. Ou
seja: chegaria à Apoteose quando a Escola estivesse completando
entre 30 e 40 minutos de apresentação, desceria do
carro e teria mais 40 minutos para retornar à concentração,
trocar de fantasia e assumir a sua posição na próxima Escola.
Finalmente, obteve a aprovação do plenário e passou à fase
de execução do projeto.
Visitou todos os barracões, tirou as medidas das fantasias - todos
os figurinos eram diferentes, dos pés à cabeça - e passou a
freqüentar os ensaios técnicos, de quadra e de rua. Aprendeu
todos os sambas. Fez uma dieta rigorosíssima, dobrou os exercícios
de musculação - de três a quatro horas, diariamente - e
se poupou ao máximo, concentrando resistência para os dois
dias de desfiles.
Na Avenida, Adriana contou com a ajuda
de uma equipe de dez pessoas treinadas
para atendê-la nos mínimos
detalhes. Conseguiu
um camarim exclusivo,
num contêiner montado
sob as arquibancadas do
setor 1. Era ali que as sete
fantasias da noite ficavam
armazenadas. Terminada
uma apresentação, a modelo
saía pela roleta do
setor 13, onde era apanhada
por um motoboy e transportada de volta
ao camarim, onde trocava de roupa, retocava a maquiagem, o
penteado e partia para a concentração, na direção da próxima
Escola. Repetiu essa operação 14 vezes, em ações cronometradas
e controladas através de radiotransmissores.
O objetivo da modelo, agora, é enviar a mesma documentação
para os editores do Guinness, tentando registrar o seu feito no
livro mundial dos recordes.
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