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Empresas superam crise econômica - Jornal dos Lagos

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Alfenas, sábado,<br />

12 de dezembro de 2009<br />

<strong>Empresas</strong> <strong>superam</strong> <strong>crise</strong> <strong>econômica</strong><br />

Majô de Souza<br />

Reportagem local<br />

Ao que parece, as empresas<br />

de forma geral<br />

estão mesmo deixando<br />

para trás os tempos de <strong>crise</strong><br />

<strong>econômica</strong> internacional.<br />

Uma das maiores provas<br />

disso é que contratações<br />

de funcionários estão<br />

acontecendo num ritmo<br />

normal ou mesmo superior<br />

à média geral por<br />

causa da aproximação do<br />

Natal. Além disso, as empresas<br />

anunciam a retomada<br />

de projetos paralisa<strong>dos</strong><br />

e o aumento da produção,<br />

no caso da indústria.<br />

O setor de autopeças foi<br />

um <strong>dos</strong> mais atingi<strong>dos</strong><br />

pela <strong>crise</strong>, mas mostra sinais<br />

claros de recuperação.<br />

É o que afirma a gerente<br />

administrativa da Técnica<br />

Industrial Tiph, Sônia<br />

Gonçalves Silva. A fábrica<br />

de Alfenas, que chegou a<br />

funcionar com apenas<br />

20% da capacidade, demitir<br />

mais de 60 funcionários<br />

e manter apenas um<br />

turno de trabalho, já recontratou<br />

uma parte <strong>dos</strong><br />

demiti<strong>dos</strong>. A unidade fabril<br />

funciona novamente em<br />

dois turnos e está produzindo<br />

50% do que produzia -<br />

peças para tratores e veículos<br />

- antes da <strong>crise</strong>. "Ainda<br />

não saímos totalmente<br />

da recessão, mas a melhora<br />

é consistente. Estamos<br />

caminhando bem e acredito<br />

que no início do ano<br />

que vem estaremos ainda<br />

melhor. Pelo menos é o<br />

que os clientes estão sinalizando."<br />

A notícia é bem diferente<br />

da publicada pelo <strong>Jornal</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Lagos</strong> em fevereiro<br />

deste ano. Na ocasião,<br />

a Tiph informava<br />

uma queda de 70% na produção,<br />

o que já vinha<br />

acontecendo desde dezembro<br />

de 2008. A gerente administrativa<br />

disse que a<br />

empresa estava tentando<br />

não demitir, fazendo com<br />

que apenas um turno funcionasse,<br />

ficando parte <strong>dos</strong><br />

funcionários na fábrica e<br />

parte em casa. Na época,<br />

a Tiph contava com 153<br />

funcionários.<br />

Mas em maio, a Tiph<br />

anunciou a demissão de<br />

funcionários, um sinal claro<br />

do agravamento da <strong>crise</strong>,<br />

e ainda tentou acor<strong>dos</strong><br />

para o pagamento das rescisões<br />

de contrato. A empresa<br />

estava trabalhando<br />

com apenas 20% da capacidade<br />

e o horizonte indicava<br />

que tudo podia piorar<br />

ainda mais, pois havia peças<br />

em estoque e muitos<br />

clientes haviam desistido<br />

<strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong> feitos anteriormente.<br />

De uma produção<br />

de 350 toneladas, passou a<br />

apenas 20 toneladas, com<br />

tendência de queda.<br />

Agora, segundo Sônia<br />

Silva, a empresa caminha<br />

para a estabilidade e cumpriu<br />

a promessa de dar prioridade<br />

para os demiti<strong>dos</strong><br />

na hora de contratar.<br />

"Não vou dizer que vamos<br />

chegar logo aos 100% de<br />

nossa capacidade de produção<br />

e que vamos recontratar<br />

to<strong>dos</strong>, mas o<br />

quadro hoje é bem mais<br />

promissor", revela.<br />

Já na Unifi, segundo o<br />

gerente de produção Fábio<br />

Alves, o cenário é de<br />

recuperação total. A empresa<br />

está com mais funcionários<br />

do que antes da<br />

<strong>crise</strong>. São 440 agora, todas<br />

as máquinas estão ligadas<br />

e a empresa já<br />

pensa em retomar os<br />

projetos de aumento de<br />

produção e modernização<br />

da planta industrial.<br />

No setor de comércio<br />

em geral, o clima é de animação<br />

entre a maioria <strong>dos</strong><br />

empresários. O presidente<br />

da Acia (Associação Comercial<br />

e Industrial de<br />

Alfenas), Francisco da Cunha<br />

Neto, afirma que a<br />

expectativa é que as vendas<br />

aumentem em 20%<br />

neste Natal.<br />

A leitura que ele faz da<br />

<strong>crise</strong> é que ela atingiu mais<br />

alguns setores e menos<br />

outros, como o comércio.<br />

"O que eu sinto é que o<br />

consumidor, diante do tom<br />

de alarme da <strong>crise</strong> mundial,<br />

se retraiu e deixou de<br />

comprar por um período,<br />

mas agora, mais seguro,<br />

ele já está gastando mais."<br />

Francisco Neto não tem<br />

da<strong>dos</strong> precisos, mas nota<br />

dois bons indicadores de<br />

que a <strong>crise</strong> ficou para trás,<br />

que são a busca pela recuperação<br />

de crédito e a maior<br />

oferta de empregos. Segundo<br />

o presidente, com a<br />

liberação de parte do 13º,<br />

muitas pessoas estão procurando<br />

a associação para<br />

"limpar" no nome - ou seja,<br />

quitar débitos - para poderem<br />

comprar mais. "Também<br />

a psicóloga da Acia<br />

<strong>Empresas</strong> do Distrito Industrial ensaiam recuperação<br />

Na Unifi, tudo bem<br />

"Desde julho, a Unifi<br />

está retomando a normalidade",<br />

informa, explicando<br />

que a empresa<br />

cumpriu o que havia prometido:<br />

não demitiu por<br />

causa da <strong>crise</strong>, mas apenas<br />

os casos normais de<br />

pessoas que pedem para<br />

sair ou que são demitidas<br />

por não se adaptarem ao<br />

trabalho.<br />

Ele lembra que em de-<br />

zembro de 2008 a capacidade<br />

ociosa da unidade de<br />

Alfenas ficou entre 60% e<br />

70%. Em janeiro de 2009,<br />

a paralisação estava em<br />

50% e o número de funcionários<br />

era 380. Na época,<br />

Alves disse que seriam<br />

manti<strong>dos</strong> os investimentos<br />

de curto prazo, como a<br />

ampliação de um anexo<br />

produtivo e a montagem<br />

de novas máquinas, mas<br />

Comércio animado<br />

está fazendo muitas entrevistas<br />

de emprego. Tanto<br />

os empregadores quanto<br />

os trabalhadores estão procurando<br />

a associação."<br />

O presidente da Acia<br />

tem uma pesquisa feita<br />

pela Federação do Comércio<br />

de Minas Gerais que,<br />

para ele, reflete a situação<br />

de Alfenas e de muitos outros<br />

municípios. A pesquisa<br />

mostra que 50% <strong>dos</strong> comerciantes<br />

acreditam que<br />

a <strong>crise</strong> já passou. Outros<br />

22% afirmam que nem<br />

sentiram os efeitos dela. E<br />

28% ainda estão pessimistas,<br />

acreditando que a<br />

recessão não passou.<br />

Mais significativos ainda<br />

são os números em relação<br />

às vendas de Natal.<br />

Cerca de 80% estão otimistas<br />

e acreditam que as vendas<br />

serão melhores que em<br />

2008. Para outros 17%, os<br />

números vão se repetir. E<br />

Fotos: Arquivo - <strong>Jornal</strong> <strong>dos</strong> <strong>Lagos</strong><br />

que investimentos futuros<br />

seriam reestuda<strong>dos</strong> e posterga<strong>dos</strong>.<br />

O gerente de produção<br />

também afirmou no início<br />

do ano que a Unifi aproveitaria<br />

a <strong>crise</strong> para se preparar<br />

melhor e crescer<br />

quando tudo voltasse à<br />

normalidade. "E isto realmente<br />

aconteceu. Já pensamos<br />

em alguns investimentos."<br />

Consumidor volta a lotar o centro da cidade para comprar<br />

uma parcela mínima de<br />

3% aposta em piores resulta<strong>dos</strong><br />

este ano em relação<br />

a 2008.<br />

Para o presidente da<br />

Acia, os comerciantes ficaram<br />

bastante prejudica<strong>dos</strong><br />

ao se sentir obriga<strong>dos</strong> a<br />

achatar suas margens de<br />

lucros e dilatar os prazos<br />

para os consumidores,<br />

"mas quem ficou e resistiu,<br />

quem aproveitou a <strong>crise</strong><br />

para se adequar e crescer,<br />

5<br />

Leite Nilza<br />

Embora ainda não<br />

haja notícia de retomada<br />

da implantação da<br />

unidade da Leite Nilza<br />

em Alfenas, o setor na<br />

cidade mostra esperança<br />

com o Plano de Recuperação<br />

apresentado<br />

pela empresa na 4ª Vara<br />

Cível de Ribeirão Preto<br />

para o pagamento de<br />

uma dívida de R$<br />

340,87 milhões.<br />

A proposta prevê redução<br />

do prazo de pagamento<br />

da dívida e atualização<br />

monetária <strong>dos</strong><br />

créditos. Se a Leite Nilza<br />

conseguir cumprir os<br />

prazos, há uma boa<br />

chance de que dentro de<br />

algum tempo retome alguns<br />

investimentos.<br />

Não se pode garantir que<br />

a empresa retome o projeto<br />

delineado para<br />

Alfenas, mas há uma<br />

expectativa neste sentido,<br />

ou pelo menos uma<br />

esperança de que alguma<br />

solução seja apresentada.<br />

Em setembro de<br />

2008, a Leite Nilza lançou<br />

a pedra fundamental<br />

da unidade que pretendia<br />

instalar em<br />

Alfenas, que geraria entre<br />

250 e 350 empregos<br />

diretos dentro de um<br />

ano e meio e investimento<br />

de R$ 40 milhões.<br />

A ideia era captar<br />

500 mil litros de leite por<br />

dia na região, mas o projeto<br />

não prosseguiu e<br />

apenas limpeza e parte<br />

da terraplenagem foram<br />

feitas.<br />

vai ficar muito bem agora."<br />

Na unidade do Sine<br />

(Serviço Nacional de Emprego)<br />

em Alfenas, as perspectivas<br />

também são animadoras.<br />

Segundo a coordenadora<br />

Elaine Prado<br />

Alves, somente na quintafeira,<br />

dia 10, havia 28 vagas<br />

de emprego abertas -<br />

e, melhor ainda, não eram<br />

de empregos temporários -<br />

, de assistente administrativo<br />

a vigilante. Ela ainda<br />

não tem números desses<br />

primeiros dias de dezembro,<br />

nem em relação ao<br />

número de vagas ofertadas<br />

nem ao número de vagas<br />

preenchidas, mas a julgar<br />

por um único dia, a expectativa<br />

é que este mês seja<br />

bem melhor que novembro,<br />

em que foram<br />

ofertadas 89 vagas, das<br />

quais 66 foram ocupadas.


6<br />

Quatro mil donos de<br />

lotes são notifica<strong>dos</strong><br />

Multa para proprietário de lote sujo pode chegar a R$ 11 mil<br />

Cláudia Cabral<br />

Reportagem local<br />

Agora a Prefeitura pretende<br />

pegar pesado.<br />

Lançou uma campanha<br />

divulgada nos quatro cantos<br />

da cidade, por meio de<br />

outdoors, incentivando os<br />

proprietários de terrenos<br />

vagos a limpar seus lotes.<br />

A medida visa diminuir o<br />

número de reclamações de<br />

moradores, sobretudo vizinhos<br />

a esses imóveis. A<br />

mensagem colocada nas<br />

propagandas, também distribuída<br />

através de folhetos,<br />

é simples: mostra quatro<br />

maçãs e uma delas estando<br />

estragada pode prejudicar<br />

as restantes. Quem<br />

não obedecer à determinação<br />

poderá ser multado em<br />

valores que variam entre<br />

R$ 112 a R$ 11 mil.<br />

O coordenador de geoprocessamento<br />

da Secretaria<br />

da Fazenda, Rodolfo<br />

Chaib, ressalta que o objetivo<br />

não é multar, mas sim<br />

conscientizar os donos <strong>dos</strong><br />

lotes sobre a importância<br />

da limpeza. Porém, enfatiza<br />

que quem não obedecer<br />

às determinações será<br />

efetivamente multado.<br />

Até a próxima semana<br />

os Correios já devem<br />

ter entregue todas as notificações.<br />

Nela, o proprietário<br />

do lote está sendo<br />

comunicado que tem 30<br />

dias para tomar as providências.<br />

Em torno de<br />

dez mil lotes vazios existem<br />

na cidade. São 4.600<br />

proprietários destes imóveis<br />

sendo notifica<strong>dos</strong>.<br />

Inicialmente a Prefeitura<br />

está exigindo a limpeza<br />

do lote e a construção<br />

<strong>dos</strong> passeios. Porém, pela<br />

Lei Municipal 13.044/75<br />

os donos <strong>dos</strong> lotes devem<br />

também murá-los.<br />

A reportagem do <strong>Jornal</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Lagos</strong> visitou<br />

diversos bairros da cidade.<br />

O campeão de reclamações<br />

é o Boa Esperança.<br />

Moradores reclamam<br />

do aparecimento de bichos<br />

devido à falta de limpeza<br />

em diversos lotes<br />

no bairro, loteado na cidade<br />

há mais de 20 anos.<br />

Somente em um quarteirão<br />

da Rua Plínio Leite da<br />

Silva, nº 833, há seis lotes<br />

toma<strong>dos</strong> pelo mato.<br />

Na Rua Ângelo Munhoz<br />

Leite, que liga as avenidas<br />

Henrique Munhoz<br />

Garcia e Jovino Fernandes<br />

Sales, ou seja, de<br />

grande tráfego de veículos,<br />

os pedestres são<br />

obriga<strong>dos</strong> a andar nas<br />

ruas devido ao imenso<br />

matagal que toma conta<br />

<strong>dos</strong> passeios. O restante<br />

do bairro não é diferente.<br />

Também no Jardim<br />

Alvorada a situação é semelhante.<br />

A Avenida Henrique<br />

Munhoz Garcia, que dá<br />

acesso ao Distrito Industrial,<br />

é utilizada por muitas<br />

pessoas para fazer ca-<br />

Vários lotes da Rua Plínio Leite da Silva, no<br />

bairro Boa Esperança, estão cobertos pelo mato<br />

Vista parcial da Rua Ângelo Munhoz Leite, onde o<br />

pedestre tem de passar pela rua porque não tem calçada<br />

minhada, sobretudo no<br />

período da tarde. Vários<br />

lotes lá existentes estão<br />

toma<strong>dos</strong> pelo mato. E em<br />

alguns pontos da avenida,<br />

não há passeio, obrigando<br />

os pedestres a disputar<br />

espaço com os veículos,<br />

que por sua vez circulam<br />

em alta velocidade.<br />

Esses problemas não<br />

são exclusivos da zona<br />

oeste da cidade. Na leste,<br />

onde ficam bairros<br />

importantes como Jardim<br />

Aeroporto, São Lucas<br />

e Bosque <strong>dos</strong> Ipês, as reclamações<br />

de moradores<br />

são constantes. Na Rua<br />

Venâncio Franco de Carvalho,<br />

em frente ao nº<br />

29, Bosque <strong>dos</strong> Ipês, a situação<br />

é crítica. No início<br />

desta semana a reportagem<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>dos</strong> <strong>Lagos</strong><br />

esteve no local, fotografou<br />

a imensidão da<br />

"mata" formada nos lotes,<br />

mas depois disso, segundo<br />

um morador vizinho<br />

aos lotes, a Prefeitura<br />

já providenciou a limpeza<br />

de parte do terreno.<br />

Sujeira também em áreas verdes<br />

Porém, para notificar<br />

os moradores a Prefeitura<br />

também tem de fazer<br />

a lição de casa. Por isso, o<br />

chefe de gabinete da Secretaria<br />

Municipal de Desenvolvimento<br />

Urbano,<br />

Paulo Henrique Martins,<br />

afirma que na próxima<br />

semana funcionários do<br />

setor irão se dedicar à<br />

limpeza das áreas verdes<br />

da cidade. Na semana<br />

que passou, o trator utilizado<br />

pela secretaria<br />

para fazer a capina limpou<br />

os passeios de alguns<br />

pontos do bairro Jardim<br />

Aeroporto.<br />

Nesta semana, depois<br />

Fotos: José Carlos Santana<br />

do feriado prolongado, o<br />

mesmo serviço seria realizado<br />

em bairros como<br />

o Pôr-do-Sol II, Jardim<br />

América e Resi-dencial<br />

Oliveiras, onde, segundo<br />

o próprio chefe de Gabinete,<br />

a população local<br />

tem feito reclamações<br />

constantes.<br />

sábado, 12 de dezembro de 2009<br />

Uma das exigências incluídas na notificação<br />

está relacionada com a construção da calçada<br />

Terreno localizado no Bosque <strong>dos</strong> Ipês<br />

onde a Prefeitura fez a limpeza parcial<br />

Terreno no bairro Colinas Park<br />

também foi alvo de reclamações<br />

Reivindicações atendidas<br />

Com relação às reclamações<br />

citadas em matérias da<br />

edição de sábado, dia 28, a<br />

Secretaria Municipal de Desenvolvimento<br />

tomou algumas<br />

providências. Quanto à<br />

reivindicação feita por moradores<br />

do bairro Vila Promessa,<br />

na Rua das Violetas,<br />

próximo ao nº 50, a galeria<br />

de água pluvial já foi desentupida.<br />

Uma moradora do<br />

local, a dona de casa Marlene<br />

Ramos da Silva, já havia<br />

feito um protocolo de reclamação,<br />

mas o problema persistia<br />

por cerca de dois meses.<br />

Funcionários da Prefeitura<br />

também fizeram a rede de<br />

captação de água na E.M.<br />

Tancredo Neves, porque<br />

moradores denunciaram<br />

que do muro da escola escorria<br />

uma água que ficava<br />

empoçada no passeio. De<br />

acordo com Paulo Martins,<br />

a calçada será concretada.<br />

Quanto ao bairro Santa<br />

Edwiges, também citado na<br />

matéria, o chefe de gabinete<br />

disse que nos próximos dias<br />

vai limpar o terreno. Na Rua<br />

Barão de Alfenas, próximo<br />

ao nº 571, moradores relatam<br />

que onde existia uma<br />

casa, está coberto de entulho.<br />

Com isso, cobras e<br />

gambás aparecem nas casas<br />

próximas. Segundo a dona<br />

de casa Elizabete Ferreira,<br />

que há quatro anos reside no<br />

bairro, animais proliferam<br />

embaixo <strong>dos</strong> entulhos. Por<br />

isso, acarreta vários trans-<br />

tornos aos moradores. A<br />

casa que existia no lote teve<br />

de ser derrubada por funcionários<br />

da Prefeitura porque<br />

era utilizada para consumo<br />

de drogas e outros delitos.<br />

Mesmo com o processo de<br />

desapropriação em andamento,<br />

o chefe de Gabinete<br />

garante que, depois que passar<br />

o período chuvoso e<br />

após o feriado, vai limpar o<br />

local.<br />

Mais difícil de ser resolvido<br />

e ainda sem previsão, é<br />

o problema no bairro Chapada,<br />

onde moradores estão<br />

receosos quanto à erosão de<br />

um terreno que a cada chuva,<br />

segundo eles, se aproxima<br />

das casas. O lote é de propriedade<br />

particular, porém<br />

a Secretaria Municipal de<br />

Desenvolvimento Urbano<br />

fez uma intervenção na área<br />

para conter a formação de<br />

um buraco. Mesmo assim,<br />

vizinhos temem que com as<br />

chuvas previstas comumente<br />

para os próximos<br />

meses o problema se agrave.<br />

Paulo Henrique Martins afirma<br />

que deve ser feito um<br />

projeto, em comum acordo<br />

com os proprietários, para<br />

tentar uma solução plausível<br />

ao problema. Na reportagem<br />

da semana passada o<br />

chefe de Gabinete já informava<br />

que não havia vestígio de<br />

erosão e, por isso, os moradores<br />

poderiam ficar despreocupa<strong>dos</strong>,<br />

pois não havia<br />

risco da erosão atingir as residências.


Cláudia Cabral<br />

Reportagem local<br />

Foi inaugurado na noite<br />

de ontem, sexta-feira,<br />

o novo terminal de embarque<br />

e desembarque de<br />

passageiros <strong>dos</strong> coletivos<br />

urbanos. A reforma - que<br />

deveria ter sido entregue<br />

em outubro - durou cerca<br />

de seis meses. De acordo<br />

com o vice-prefeito Luiz<br />

Antônio da Silva, a construção<br />

do prédio onde vão<br />

funcionar a ouvidoria e<br />

uma central de atendimento<br />

foi concluída há<br />

mais tempo. Contudo, um<br />

problema no piso do pátio<br />

de acesso ao Centro Vivencial<br />

provocou o atraso. Em<br />

outubro, o vice-prefeito<br />

afirmou que o trabalho feito<br />

pela empresa contratada<br />

para a execução do serviço<br />

não ficou bom e, por<br />

isso, o prefeito Pompilio<br />

Canavez (PT) ordenou a<br />

alteração. Ainda segundo o<br />

vice-prefeito, a mudança<br />

não gerou mais ônus para<br />

o município, porque a responsabilidade<br />

é da firma.<br />

A reforma, que inclui<br />

um novo ponto de táxi na<br />

Praça Emílio da Silveira,<br />

custou mais de R$ 600<br />

mil. Parte desta verba veio<br />

do Governo Federal, mas<br />

como todo recurso oriundo<br />

de Brasília, obrigatoriamente<br />

teve contrapartida<br />

do município. O dinheiro<br />

foi gasto para dar maior<br />

conforto aos usuários <strong>dos</strong><br />

coletivos urbanos, porque<br />

no antigo terminal eram<br />

poucos os bancos, o local<br />

era apenas coberto por<br />

uma estrutura metálica e<br />

sábado, 12 de dezembro de 2009<br />

Reforma no terminal de passageiros <strong>dos</strong> coletivos urbano<br />

faz parte da revitalização da Praça Emílio da Silveira<br />

Ponto de coletivo urbano<br />

é entregue à população<br />

o único conforto era uma<br />

televisão ligada em canais<br />

abertos. A cobertura metálica,<br />

que ficava acima do<br />

ponto de embarque e desembarque,<br />

foi implantada<br />

no local há mais de dez<br />

anos, e já apresentava problemas.<br />

O terminal mais moderno,<br />

além de projetar<br />

maior conforto, trará também<br />

mais segurança. Em<br />

vez de apenas a cobertura<br />

metálica, que foi retirada<br />

logo no início das obras, o<br />

novo ponto de embarque<br />

<strong>dos</strong> coletivos foi preparado<br />

para ter todo um suporte<br />

necessário como sala de<br />

espera com ar condicionado,<br />

televisão e bebedouro.<br />

Além disso, será implantada<br />

uma antena que<br />

irá fazer a leitura do cartão<br />

da catraca eletrônica<br />

que em breve será implantada<br />

em Alfenas. A Alfetur,<br />

responsável pelo transporte<br />

<strong>dos</strong> passageiros aos bair-<br />

ros da cidade, já começou<br />

a instalar nos ônibus os<br />

equipamentos para leitura,<br />

que devem substituir os<br />

passes de papel. A frota da<br />

empresa chega, hoje, a 33<br />

ônibus e to<strong>dos</strong> estão sendo<br />

equipa<strong>dos</strong>. A reportagem<br />

não conseguiu falar com a<br />

gerência da empresa para<br />

saber como está o processo<br />

de substituição do papel<br />

para o passe eletrônico.<br />

Dentro das alterações<br />

feitas pela Prefeitura está<br />

a interligação do terminal<br />

com o interior do Mercado<br />

e o Centro Vivencial. A<br />

calçada <strong>dos</strong> dois la<strong>dos</strong> deixou<br />

de existir, dando lugar<br />

a um calçadão. O objetivo,<br />

de acordo com o vice-prefeito<br />

Luiz Antônio da Silva,<br />

foi retirar to<strong>dos</strong> os obstáculos<br />

que dificultavam o<br />

trânsito de pessoas portadoras<br />

de necessidades especiais.<br />

Contudo, a iniciativa<br />

trouxe melhoria, mas também<br />

outro problema que já<br />

Fotos: José Carlos Santana<br />

Nos últimos seis meses, passageiros embarcaram em local<br />

improvisado em frente à Escola Estadual Coronel José Bento<br />

está dando o que falar. O<br />

Conselho Municipal do<br />

I<strong>dos</strong>o se manifestou preocupado<br />

com a altura da<br />

escada <strong>dos</strong> veículos, difícil<br />

para a entrada de i<strong>dos</strong>os<br />

nos coletivos.<br />

Questionado sobre esse<br />

fato, Luiz Antônio da Silva<br />

afirmou que o chefe do<br />

Executivo já está negociando<br />

com a Alfetur - a<br />

única concessionária de<br />

transporte coletivo no município<br />

- a compra de ônibus<br />

mais modernos com<br />

"rebaixamento pneumático",<br />

semelhante aos utiliza<strong>dos</strong><br />

em aeroportos. Ressaltou<br />

que este problema<br />

não é exclusivo no novo<br />

terminal. Nas vias, quando<br />

o motorista para no<br />

centro da rua - distante do<br />

meio-fio - o usuário tem<br />

dificuldades para entrar<br />

no veículo. Trazendo a<br />

modernidade, a questão,<br />

na opinião de Luiz Antônio<br />

da Silva, se resolve.<br />

Ponto improvisado<br />

A reforma iniciada em<br />

julho tinha prazo previsto<br />

para término em 90<br />

dias. Até que o local não<br />

ficasse pronto, os usuários<br />

<strong>dos</strong> coletivos urbanos<br />

tiveram que se espremer<br />

em um espaço, embarcando<br />

e desembarcando<br />

em frente à Escola Estadual<br />

Coronel José Bento,<br />

na Praça Emí-lio da<br />

Silveira. No local foi improvisada<br />

uma tenda,<br />

com a colocação de alguns<br />

bancos, para amenizar os<br />

transtornos causa<strong>dos</strong><br />

durante a reforma. Po-<br />

Como esta é a segunda<br />

fase da revitalização<br />

da Praça Emílio da Silveira<br />

- a primeira foi a<br />

reforma do Mercado<br />

Municipal e do antigo terminal<br />

rodoviário - a terceira<br />

etapa inclui uma<br />

cobertura protegendo a<br />

área onde ficarão os ônibus<br />

para o embarque, cobrindo<br />

toda a extensão<br />

até o Centro Vivencial.<br />

A previsão também é<br />

a retirada de três postes<br />

de iluminação para futuramente<br />

ser implantada<br />

uma fiação subterrânea.<br />

O vice-prefeito Luiz Antônio<br />

da Silva afirma que<br />

já estão programadas essas<br />

mudanças, porém,<br />

ainda não foi definido se<br />

as obras serão com recursos<br />

próprios ou o município<br />

contará com verbas<br />

do Governo Federal.<br />

A obra de revitalização<br />

do entorno da antiga rodoviária<br />

foi iniciada há<br />

dois anos. A entrega dessa<br />

primeira parte da<br />

obra foi em março de<br />

2008, durante um show<br />

do coral Meninas Cantoras<br />

de Petrópolis, com a<br />

presença de aproximadamente<br />

seis mil pessoas.<br />

Como parte da festa<br />

de inauguração, o show<br />

do cantor Moacir Franco<br />

levou mais de dez mil<br />

pessoas à Praça Emílio<br />

da Silveira.<br />

Esta primeira fase da<br />

reforma do antigo terminal<br />

rodoviário durou cerca<br />

de sete meses. Começou<br />

no final de agosto de<br />

2007 pela empresa Tri-<br />

Service Engenhart e<br />

Terceirização, de Três<br />

7<br />

rém, como a área era reduzida<br />

os usuários sofreram,<br />

sobretudo nestes<br />

últimos dias chuvosos<br />

em Alfenas.<br />

Com o início imediato<br />

do funcionamento do novo<br />

terminal, o ponto improvisado<br />

foi desativado.<br />

A tenda será desmontada<br />

e neste lugar, de acordo<br />

com o vice-prefeito,<br />

deverá ficar como uma<br />

segunda opção para embarque<br />

e desembarque,<br />

caso haja eventos realiza<strong>dos</strong><br />

no Centro Vivencial.<br />

Terceira fase<br />

inclui cobertura<br />

Corações, contratada<br />

pela Prefeitura.<br />

A revitalização do local<br />

foi orçada em R$ 720<br />

mil. Parte <strong>dos</strong> recursos é<br />

a fundo perdido, através<br />

do Ministério das Cidades,<br />

que liberou R$ 600<br />

mil. O município participa<br />

com R$ 120 mil. A etapa<br />

já entregue contemplou<br />

a revitalização de<br />

toda a fachada externa<br />

do prédio, com colocação<br />

de portas de vidro, seguindo<br />

um padrão nas lojas<br />

e lanchonetes, e fixação<br />

de pastilhas nas cores<br />

azul e branco. O piso<br />

foi refeito e a calçada externa<br />

alterada. Os banheiros<br />

também foram<br />

reforma<strong>dos</strong>. As telhas do<br />

local onde era o embarque<br />

e desembarque foram<br />

trocadas por telhas<br />

de policarbo-nato, seguras<br />

por uma estrutura<br />

metálica, permitindo<br />

mais luminosidade e ventilação<br />

no local. A proposta<br />

era colocar dois<br />

relógios no centro <strong>dos</strong> arcos<br />

que ficam nas laterais<br />

do prédio; contudo, até<br />

hoje estão vazios.<br />

Para todas estas alterações<br />

a Prefeitura teve<br />

de ter o aval do Condephal<br />

(Conselho Deliberativo<br />

do Patrimônio Histórico<br />

e Artístico de<br />

Alfenas). Isso porque<br />

tanto o prédio da Efoa<br />

como o da Escola Estadual<br />

Coronel José Bento são<br />

tomba<strong>dos</strong> e toda e qualquer<br />

intervenção nas<br />

imediações destes locais<br />

deve ter a autorização do<br />

Conselho.


8<br />

José Carlos Santana, repórter fotográfico<br />

e-mail: jose.santana@unifenas.br<br />

Da Redação<br />

O<br />

governador Aécio<br />

Neves (PSDB) sancionou<br />

no dia 4, sem vetos, a lei que proíbe<br />

o cigarro em locais fecha<strong>dos</strong><br />

em Minas Gerais. O texto foi publicado<br />

no sábado, dia 5 de dezembro,<br />

no Diário Oficial do Estado<br />

e entra em vigor em quatro<br />

meses.<br />

Com a nova lei, fica proibido o<br />

uso do cigarro em ambientes coletivos<br />

fecha<strong>dos</strong>, sejam públicos<br />

ou priva<strong>dos</strong>. No entanto, os estabelecimentos<br />

com mais de 100<br />

m² poderão criar "fumódromos",<br />

espaços isola<strong>dos</strong> por barreiras físicas<br />

e equipa<strong>dos</strong> com exaustores.<br />

O texto sancionado pelo governador<br />

também proíbe que professores<br />

e outros profissionais que<br />

sábado, 12 de dezembro de 2009<br />

MIRANTE<br />

Lei antifumo começa a valer em abril<br />

desenvolvam atividades com alunos<br />

fumem nas dependências a<br />

que os estudantes tenham acesso<br />

nas escolas de educação básica de<br />

responsabilidade do Estado. Nas<br />

tabacarias, o consumo de tabaco<br />

está autorizado, desde que na entrada<br />

e no interior <strong>dos</strong> estabelecimentos<br />

seja afixado aviso informando<br />

que naquele local há utilização<br />

de deriva<strong>dos</strong> de tabaco e<br />

que o fumo é prejudicial à saúde.<br />

A nova legislação estabelece<br />

que o proprietário ou responsável<br />

pelo estabelecimento comercial<br />

que descumprir a proibição<br />

do fumo em local fechado será<br />

multado em valor que varia de<br />

R$ 2 mil a R$ 6 mil, de acordo<br />

com a gravidade da infração e o<br />

porte do estabelecimento. Em<br />

caso de reincidência, a multa<br />

ANTENA LIGADA<br />

Biblioteca<br />

Novo terminal de ônibus urbanos (rodoviária antiga) terá biblioteca com autoatendimento para<br />

os usuários. A ideia partiu do vice-prefeito Luiz Antônio da Silva. "Vamos colocar uma acervo<br />

variado e depositar confiança no leitor, que poderá levar o livro para casa. Não manteremos<br />

funcionários no local para essa finalidade. Vamos investir na compra de livros; será o próprio<br />

cidadão o responsável pela escolha, devolução ou renovação do empréstimo", salienta Luizinho.<br />

Ao vivo<br />

Se depender do entusiasmo e do repertório de músicas italianas do popular "cantor" Carlos<br />

Roberto de Melo (Robertão), enquanto aguardam o coletivo em local confortável com ar condicionado<br />

e tudo, os usuários da Alfetur poderão desfrutar também de música ao vivo. Na manhã<br />

de sexta-feira, antes mesmo da inauguração, o cantor, "que fora da birita é um exímio assentador<br />

de pedras na construção civil", testou a acústica do local tendo como plateia funcionários da<br />

concessionária de ônibus, da Prefeitura e da empreiteira, que finalizavam as obras no local.<br />

Fumo: proibição começa a valer dentro de 120 dias<br />

será dobrada.<br />

Os recursos arrecada<strong>dos</strong> com essas multas<br />

serão destina<strong>dos</strong> ao Fundo Estadual de Saúde<br />

Fotos: José Carlos Santana<br />

Luiz Antônio da Silva: confiança no<br />

contribuinte e biblioteca de autoempréstimo<br />

no novo terminal de ônibus urbano<br />

Engarrafamento<br />

Alfenas começa a apresentar pontos de retenção de trânsito<br />

em alguns locais. Na quinta-feira à tarde, por exemplo, a fila<br />

de veículos - que queriam entrar ou atravessar a Coronel<br />

Pedro Corrêa - na esquina das ruas Bias Fortes e João Paulino<br />

Damasceno, ficou parada por cinco minutos, incluindo o fechamento<br />

do cruzamento das duas vias.<br />

Apagão<br />

Falta de energia elétrica no bairro Aparecida com certa<br />

frequência vem preocupando os moradores e comerciantes.<br />

Um observador do cotidiano desconfia que o problema passa<br />

pela troca de alguns transformadores. No Jardim Alvorada<br />

não pode armar chuva...<br />

Escuridão<br />

Em alguns bairros da cidade, incluindo o alto do Aeroporto e<br />

o citado Alvorada, a escuridão é causada por atos de vandalismo.<br />

As lâmpadas e a proteção delas são destruídas por pedradas<br />

e tiros.<br />

O ex-presidente da República, João Batista Figueiredo<br />

(1979/1985) gostava de cavalos, assim como o atual governador<br />

de Brasília, José Roberto Arruda, só que aquele<br />

era mais discreto... Pediu até para ser esquecido e foi atendido.<br />

Este é mais simpático: compra até panetone para os<br />

mais necessita<strong>dos</strong>. Tem ainda o senador Severino Estelita<br />

Sérgio Guerra, que tem um haras longe de Brasília, mas é<br />

amigo chegado do governador que soltou a cavalaria nos<br />

manifestantes que protestavam contra a farra do dinheiro<br />

na cueca e nas meias.<br />

Reprodução<br />

e aos Fun<strong>dos</strong> Municipais de Saúde e aplica<strong>dos</strong><br />

em ações e serviços de saúde volta<strong>dos</strong> para a<br />

prevenção e o tratamento do câncer.

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