CAIXA Cultural - Cinema 1 - Encontro de Cronópios

Não foi tarefa fácil escolher um escritor brasileiro,
é sempre assim, escolher é complicado porque
significa que estamos deixando de lado outros.
Como diz Ruy Guerra, às vezes o que está de fora
do quadro interessa também.
A certeza que tinha é que era hora de um escritor
brasileiro, um que unisse o erudito e o popular, tornar
a cara do cronópio mais próximo dos trópicos, mais
quente e dentre tantos escritores geniais, cheguei ao
carioca Chico Buarque de Hollanda. Chico é o filho
da terra que dá orgulho, reúne qualidades que vão
além de seu magnífico talento, como dramaturgo,
compositor, letrista e escritor, ele é também um
homem que pensa o Brasil, arrisco dizer que mesmo
seus inimigos nutrem uma admiração inconfessa pelo
artista e pela pessoa que ele é.
A curadoria parte da escrita, não se trata muito de
seleção, mas de achar as produções, se fôssemos
fazer mostra sobre a carreira de Chico Buarque no
cinema, seria outra coisa. O foco de Encontro de
Cronópios é a literatura latina-americana que virou
filme. O papel da mostra é proporcionar a plateia
a oportunidade de observar as criações que os
diretores fizeram a partir de sua escrita, o caminho
que cada diretor trilhou e daí, após as sessões, o
bate-papo, a troca da plateia com os convidados que
estudam cinema e literatura, essa é a essência. Vale
dizer que temos aqui um pequeno panorama do
cinema brasileiro, com produções de 1972 a 2012.
Parti direto para seus três romances que viraram
filme, Estorvo, Benjamim e Budapeste, depois segui
na direção dos roteiros assinados por ele, Quando o
carnaval chegar, adaptações, Ópera do malandro e o
privilégio de fazer uma sessão de pré-estreia de O
Abismo Prateado de Karim Aïnoz, inspirado na letra
da música “ Olhos nos olhos”. Ainda assim, algumas
produções não poderão ser exibidas. Vale dizer
que temos aqui um pequeno panorama do cinema
brasileiro, com produções de 1972 a 2012.
Outro fato muito delicioso é que quando anunciamos
que o próximo cronópio é Chico Buarque, as
pessoas, não só o público feminino, ficam alegres,
entusiasmadas, falam com intimidade, como se
Chico fosse um amigo. Tudo isso vai ao encontro do
espírito que procuro imprimir nesta mostra, bem ao
gosto dos cronópios.
No mais, é bastante inquietante fazer uma mostra
onde o homenageado está vivo, perto, uma espécie
de monstro submerso o qual não vemos, mas
sabemos que está ali, que a qualquer momento pode
emergir! Chico Buarque é arrebatador.
Andrea Claudia
FICHA TÉCNICA
Presidente da República
Dilma Rousseff
Ministro de Estado da Fazenda
Guido Mantega
Presidente da Caixa Econômica
Federal
Jorge Fontes Hereda
Realização
COLETIVO JOÃO DO RIO
Coordenação Geral / Curadoria
Andrea Claudia
Pesquisa
Andrea Claudia
Claudia Grinsztein Dottori
Produção Executiva
Ronald Almenteiro
Assistente de Produção
Claudia Grinsztein Dottori
Nicole Gomes
Assessoria de Imprensa
Zezé Sack
Andrea Loureiro
Revisão de Texto
Luiza Miriam
Programação Visual
IDEIATRIP - Olavo Parpinelli
Produção Gráfica
ARQUIMEDES EDIÇÕES
Fotos Cedidas
Luz Mágica
Vavy Borges
Vera Baungarten
Monique Gardenberg
Nexus Cinema
Vitrine Filmes
AGRADECIMENTOS
Marcia Leitão
Antonio Urano
Rose Garden
Antonio Carlos de Fontoura
Ella Grinsztein Dottori
Bruno Dallavia
Marcia Nogueira
Pedro Zarur
Luiz Mauricio Azedo
Rosângela Sodré
Aida Marques
Vavy Borges
Vera Baungarten
Flavia Celestino
Rogerio Gazzaneo
Nine Fischer
Bernardo Santos
Thereza Almenteiro Gomes
Maria Cristina Cacique Zarur
Marlene Bernardino
Rosane Almenteiro
Maria Lúcia Martins
E sobretudo meus agradecimentos
pela generosidade dos diretores e
pela colaboração incansável
dos palestrantes.