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Revista Eletrônica de Março - Centrodoscapitaes.org.br

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Sem mudanças<<strong>br</strong> />

Comte. Luiz Augusto C. Ventura – CLC<<strong>br</strong> />

luizaugustocardosoventura@yahoo.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Duas notas publicadas na última edição (87) da (boa) <strong>Revista</strong> Unificar, editada pelo Sindicato dos<<strong>br</strong> />

Oficiais da Marinha Mercante – Sindmar, chamaram-me particularmente a atenção.<<strong>br</strong> />

A primeira nos dá conta <strong>de</strong> que em setem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2011 o Cesportos/RJ promoveu um encontro<<strong>br</strong> />

reunindo representantes da Marinha do Brasil, do Sindmar e mem<strong>br</strong>os da comunida<strong>de</strong> marítima e<<strong>br</strong> />

instituições públicas para buscar uma solução visando melhorar o acesso dos tripulantes ao Porto do Rio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Janeiro.<<strong>br</strong> />

Fiquei curioso e animado ao iniciar a leitura. O que seria melhorar o acesso dos tripulantes ao<<strong>br</strong> />

Porto do Rio <strong>de</strong> Janeiro? Será que pelo menos as autorida<strong>de</strong>s portuárias do Rio <strong>de</strong> Janeiro teriam<<strong>br</strong> />

encontrado uma solução para a vexatória situação do ingresso dos tripulantes e familiares a bordo dos<<strong>br</strong> />

navios?<<strong>br</strong> />

Doce ilusão. Expectativa frustrada. O que se estava procurando solucionar era simplesmente a<<strong>br</strong> />

concessão <strong>de</strong> entrada específica para tripulantes por um ou dois portões do porto, um favor, já que o<<strong>br</strong> />

acesso anterior liberado, Estação Marítima do Pier Mauá, gerava a necessida<strong>de</strong> do pagamento <strong>de</strong> US$<<strong>br</strong> />

25,00 (?) a cada entrada ou saída do marítimo como se este fosse um turista ou passageiro <strong>de</strong> navio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cruzeiro.<<strong>br</strong> />

Decepção total. Tantas pessoas importantes reunidas para <strong>de</strong>cidir a abertura <strong>de</strong> um portão para<<strong>br</strong> />

os tripulantes ingressarem a bordo. Mesmo assim, sem o acompanhamento <strong>de</strong> familiares e com mil e uma<<strong>br</strong> />

exigências. É <strong>de</strong>sanimador.<<strong>br</strong> />

Sempre tive muita dificulda<strong>de</strong> para aceitar isso. Passei trinta anos sendo humilhado e<<strong>br</strong> />

constrangido em várias oportunida<strong>de</strong>s ao ingressar no quintal da nossa casa. Nunca me esqueço <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

ocasião em que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> longos meses afastado do país e finalmente atracado num terminal <strong>br</strong>asileiro,<<strong>br</strong> />

minha mulher e meus filhos não tiveram permissão para ingressar no cais por ela não estar <strong>de</strong> posse da<<strong>br</strong> />

certidão <strong>de</strong> casamento e do registro dos filhos. No entanto, já como Comandante, num dos nossos<<strong>br</strong> />

terminais tão zelosamente protegido, fui atacado por piratas que invadiram o navio <strong>de</strong> madrugada,<<strong>br</strong> />

arrombaram meu camarote e, por ter me recusado a a<strong>br</strong>ir os <strong>de</strong>mais camarotes com a chave mestra, fui


covar<strong>de</strong> e violentamente agredido, saí <strong>de</strong> bordo <strong>de</strong> maca <strong>de</strong>sacordado, fiquei hospitalizado e levei quatro<<strong>br</strong> />

meses em recuperação. Só não morri por pura sorte.<<strong>br</strong> />

Mas, po<strong>de</strong>m estar certos que minha revolta não é causada apenas por esse fato. Não consigo<<strong>br</strong> />

me conformar com o boicote sofrido pelos marítimos e seus familiares. Afinal qual é o perigo que nós<<strong>br</strong> />

oferecemos? Não me venham com essa história <strong>de</strong> ISPS Co<strong>de</strong>. Muito antes da implantação <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

internacional maluca dos nossos irmãozinhos americanos, as restrições que sofríamos já eram rotineiras.<<strong>br</strong> />

A segunda nota é na realida<strong>de</strong> a carta <strong>de</strong> um tripulante à <strong>Revista</strong> Unificar que faço questão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

transcrever:<<strong>br</strong> />

“Sou tripulante <strong>de</strong> um dos navios da Mercosul Line e tive vários problemas no porto <strong>de</strong> Suape <strong>de</strong>vido à<<strong>br</strong> />

solicitação para meus familiares me visitarem a bordo. No <strong>de</strong>spacho do navio, o agente informou que a<<strong>br</strong> />

Receita e a Polícia Fe<strong>de</strong>ral não estavam <strong>de</strong>ixando familiares entrarem no navio. Um absurdo!”<<strong>br</strong> />

Bota absurdo nisso, amigo! Naveguei 30 anos, estou aposentado há 20 e as coisas<<strong>br</strong> />

permanecem exatamente as mesmas. É isso mesmo que o leitor escreveu. Qualquer “autorida<strong>de</strong>” da<<strong>br</strong> />

Polícia ou da Receita Fe<strong>de</strong>ral, ou mesmo da Guarda Portuária, se julga no direito <strong>de</strong> proibir,<<strong>br</strong> />

arbitrariamente, o ingresso no porto <strong>de</strong> familiares <strong>de</strong> tripulantes que estão afastados <strong>de</strong> seus entes<<strong>br</strong> />

queridos por longos períodos. Isso não os comove. Nem imaginam que muitas vezes as estadias são tão<<strong>br</strong> />

curtas que os tripulantes não têm tempo nem <strong>de</strong> ir a terra ver seus familiares. Simplesmente proíbem e<<strong>br</strong> />

está acabado.<<strong>br</strong> />

Fico imaginando o porquê do procedimento nos aeroportos ser diferente dos portos. Nos<<strong>br</strong> />

aeroportos anualmente milhões <strong>de</strong> passageiros transitam livremente com suas bagagens, poucas sendo<<strong>br</strong> />

ocasionalmente vistoriadas. Tripulantes <strong>de</strong> aeronaves têm trânsito livre. No entanto, não se vê nenhum<<strong>br</strong> />

ato <strong>de</strong> terrorismo ou coisa que o valha, a não ser roubo <strong>de</strong> bagagem pelos próprios funcionários. Por que<<strong>br</strong> />

nos portos, on<strong>de</strong> quadrilhas especializadas roubam até contêineres, para a circulação <strong>de</strong> um número<<strong>br</strong> />

ínfimo <strong>de</strong> tripulantes e familiares se criam tantos empecilhos?<<strong>br</strong> />

Acho que o autoritarismo, a arrogância e a empáfia das autorida<strong>de</strong>s civis portuárias é o principal<<strong>br</strong> />

fator <strong>de</strong>sse statu quo. A par disso, <strong>de</strong>sconhecem totalmente a ativida<strong>de</strong> marítima. Para eles não<<strong>br</strong> />

passamos <strong>de</strong> marginais perigosos, quiçá terroristas. Desconhecem que o navio tem um(a) Comandante,<<strong>br</strong> />

um(a) Imediato, um(a) Chefe <strong>de</strong> Máquinas e Oficiais, homens e mulheres, com formação superior e com<<strong>br</strong> />

enorme responsabilida<strong>de</strong> comercial e disciplinar. Desconhecem que qualquer tripulante só leva familiar<<strong>br</strong> />

para bordo se estiver autorizado pelo(a) Comandante. Mas, como fazer isso se ele não po<strong>de</strong> ingressar na<<strong>br</strong> />

área portuária on<strong>de</strong> se encontra o navio? Desconhecem que, nas palavras do nosso gran<strong>de</strong> Chefe <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Máquinas, ex-lí<strong>de</strong>r sindical, hoje advogado, Edson Areias, “Marinheiros profissionais têm um quê <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

energia que por vezes beira a grossura, mas sabem impor a or<strong>de</strong>m e disciplina on<strong>de</strong> se faz necessário.<<strong>br</strong> />

Isto porque recebem instrução militar e se inserem numa estrutura hierarquizada <strong>de</strong> bordo criticada por<<strong>br</strong> />

muitos.”<<strong>br</strong> />

Conclamo os jovens embarcados a não se conformarem com isso, a não per<strong>de</strong>rem sua<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indignação. Reclamem, protestem; como oficiais da reserva comuniquem ao Comandante<<strong>br</strong> />

da Marinha, apelem para o Ministério Público, para o Ministro da Defesa, para a Presidência, sei lá, pra<<strong>br</strong> />

Deus e o mundo. O fato é que essa situação não po<strong>de</strong> continuar in<strong>de</strong>finidamente. Conclamo os nossos<<strong>br</strong> />

lí<strong>de</strong>res sindicais a lutarem para reverter esse estado <strong>de</strong> coisas. Façam greve, vão ao congresso,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>nunciem na mídia esse achincalhe, estu<strong>de</strong>m a paralização da operação do navio quando um tripulante,<<strong>br</strong> />

acompanhado <strong>de</strong> um familiar, autorizado pelo(a) Comandante, ter negado seu acesso na área portuária.<<strong>br</strong> />

Exijam que a negativa da autorida<strong>de</strong> portuária seja feita por escrito com o nome do funcionário e a<<strong>br</strong> />

justificativa para tal atitu<strong>de</strong>. Não fiquem inermes. Mostrem nossa força. É difícil, mas não impossível.<<strong>br</strong> />

Qualquer movimento nesse sentido tem que ser a nível nacional e partir dos mais altos escalões da<<strong>br</strong> />

República. Reuniões regionais <strong>de</strong> nada adiantam. A maioria das autorida<strong>de</strong>s, e são muitas, se arvora em<<strong>br</strong> />

ditar regras nos diferentes portos a seu bel prazer. Principalmente regras que não lhes dêem trabalho. Só<<strong>br</strong> />

não sabem e não se importam em explicá-las, nem justificá-las.<<strong>br</strong> />

Assine nosso Rol <strong>de</strong> Equipagem<<strong>br</strong> />

Torne-se sócio do Centro dos Capitães e embarque conosco.<<strong>br</strong> />

Você será mais um a manter nossa estabilida<strong>de</strong> e nossa condição <strong>de</strong> navegabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Será mais um que, sem ganhar nada por isso, e sem a cultura do “o que eu vou ganhar com isso”, terá na<<strong>br</strong> />

consciência o in<strong>de</strong>lével prazer <strong>de</strong> estar contribuindo para manter flutuando nosso navio carregado <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>org</strong>ulho e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ajudar sem interesse.<<strong>br</strong> />

Você po<strong>de</strong>rá fazer isso virtualmente visitando nosso site: www.centrodoscapitaes.<strong>org</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Ou comparecendo à nossa se<strong>de</strong> à Av. Rio Branco 45 sala /507 – Centro – Rio/RJ


Registro <strong>de</strong> VDR é crucial no caso do Costa Concordia<<strong>br</strong> />

Os tribunais italianos iniciaram as investigações so<strong>br</strong>e os acontecimentos que levaram o Costa<<strong>br</strong> />

Concordia a encalhar e a<strong>de</strong>rnar, com as atenções concentradas no conteúdo do VDR (Voyage Data<<strong>br</strong> />

Recor<strong>de</strong>r) - (Registro <strong>de</strong> Dados <strong>de</strong> Viagem).<<strong>br</strong> />

O VDR <strong>de</strong> cor <strong>br</strong>ilhante, que tem função similar à caixa preta das aeronaves, <strong>de</strong>verá ter<<strong>br</strong> />

registradas todas as ativida<strong>de</strong>s no passadiço do navio <strong>de</strong> passageiros italiano antes, durante e<<strong>br</strong> />

posteriormente aos eventos que o levaram a encalhar e a<strong>de</strong>rnar com a perda <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 20 vidas.<<strong>br</strong> />

Outros aci<strong>de</strong>ntes no passado nos quais os dados do VDR foram usados como parte <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

investiação criminal antes <strong>de</strong> uma completa e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte investigação do aci<strong>de</strong>nte, levaram<<strong>br</strong> />

especialistas a expressar preocupação so<strong>br</strong>e o uso dos dados para <strong>de</strong>terminar a culpa antes <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

examinar a sequência completa dos acontecimentos para <strong>de</strong>terminar quaisquer lições que possam ser<<strong>br</strong> />

aprendidas.<<strong>br</strong> />

Todos os navios <strong>de</strong> passageiros construídos após 2002 têm <strong>de</strong> ter a bordo um VDR para<<strong>br</strong> />

registrar a velocida<strong>de</strong>, os comandos do telégrafo e as partidas e paradas da máquina, os rumos da<<strong>br</strong> />

giroscópica, as imagens do radar, os dados do visor do ECDIS, as posições satélite e os diálogos no<<strong>br</strong> />

passadiço.<<strong>br</strong> />

Um grupo <strong>de</strong> quatro peritos nomeados pelo tribunal italiano vai passar meses avaliando os dados<<strong>br</strong> />

gravados no VDR como parte <strong>de</strong> uma audiência prévia ao julgamento.<<strong>br</strong> />

O Comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, negou as acusações <strong>de</strong> homicídio<<strong>br</strong> />

doloso, <strong>de</strong> ter causado o a<strong>de</strong>rnamento do navio e <strong>de</strong> tê-lo abandonado antes do salvamento dos<<strong>br</strong> />

passageiros.<<strong>br</strong> />

O Imediato do navio, Ciro Am<strong>br</strong>osio, também está sob investigação. A imprensa italiana publicou<<strong>br</strong> />

o vazamento <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>claração do Sr. Am<strong>br</strong>osio em que ele afirma que o Capitão Schettino assumiu<<strong>br</strong> />

pessoalmente o comando do navio nas proximida<strong>de</strong>s da Ilha <strong>de</strong> Giglio e, quando percebeu que havia<<strong>br</strong> />

calculado mal a aproximação, afastou-se <strong>br</strong>uscamente para tentar evitar as rochas.<<strong>br</strong> />

O VDR <strong>de</strong>verá ter gravada essa ativida<strong>de</strong>, bem como a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> voltar para a praia em vista<<strong>br</strong> />

da gravida<strong>de</strong> da situação. Tendo gravado os diálogos no passadiço, o VDR também po<strong>de</strong>rá revelar<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>talhes so<strong>br</strong>e a <strong>de</strong>cisão do abandono do navio e quem mais estava no passadiço na hora do encalhe<<strong>br</strong> />

Fonte: Lloyd’s List – Original em inglês – Tradução livre.<<strong>br</strong> />

... Repito:<<strong>br</strong> />

Mulheres<<strong>br</strong> />

e crianças<<strong>br</strong> />

primeiro


Armador alemão multado por so<strong>br</strong>ecarga<<strong>br</strong> />

Os armadores alemães do navio cargueiro “Katja”, com ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Antigua and Bermuda,<<strong>br</strong> />

ouvidos em fevereiro na Corte <strong>de</strong> Magistrados <strong>de</strong> Southampton, se <strong>de</strong>clararam culpados pela so<strong>br</strong>ecarga<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> sua embarcação que havia chegado em Liverpool carregado <strong>de</strong> sal-gema vindo <strong>de</strong> St. Lawrense<<strong>br</strong> />

Seaway, Canadá, em novem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2010.<<strong>br</strong> />

O navio foi carregado com sal grosso e partiu <strong>de</strong> Go<strong>de</strong>rich para chegar ao Manchester Ship<<strong>br</strong> />

Canal, no porto <strong>de</strong> Liverpool, em 23/11/2010. Sal <strong>de</strong> rocha estava com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda para tratamento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> auto-estradas no Reino Unido naquele momento.<<strong>br</strong> />

Durante a entrada do navio no Rio Mersey, o prático <strong>de</strong> outro navio que passava notificou às<<strong>br</strong> />

autorida<strong>de</strong>s portuárias que as linhas <strong>de</strong> carga do Disco <strong>de</strong> Plisoll não eram visíveis e que o navio parecia<<strong>br</strong> />

muito mergulhado. Quando o navio chegou à doca Rainha Elizabeth II foi inspecionado por oficiais do Port<<strong>br</strong> />

State Control que <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>iram que a linha <strong>de</strong> carga do limite <strong>de</strong> segurança do navio para aquela área<<strong>br</strong> />

estava submersa em 39,5 cm.<<strong>br</strong> />

O armador do navio, Katja Schiffahrtsges Gmbh, da Alemanha, foi multado em £28.015 mais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> £5.000 atribuídas à Maritime and Coastguard Agency (MCA)<<strong>br</strong> />

No seu resumo os Magistrados <strong>de</strong>clararam: “Compartilhamos com a visão da Agência Marítima e<<strong>br</strong> />

Guarda Costeira (MCA) que mesmo consi<strong>de</strong>rando a gravida<strong>de</strong> do caso aceitou que a so<strong>br</strong>ecarga não<<strong>br</strong> />

teve o intuito <strong>de</strong> auferir ganho extra. Consi<strong>de</strong>ramos também o fundamento inicial da admissão <strong>de</strong> culpa<<strong>br</strong> />

reduzindo a multa que seria <strong>de</strong> £ 42.000”.<<strong>br</strong> />

Simon Milne, da Agência Marítima e Guarda Costeira, disse: “Des<strong>de</strong> o bom trabalho <strong>de</strong> Samuel<<strong>br</strong> />

Plimsoll, a aplicação e o cumprimento das regras das linhas <strong>de</strong> carga têm evitado a perda <strong>de</strong> muitos<<strong>br</strong> />

navios e salvado a vida <strong>de</strong> muitos marítimos”.<<strong>br</strong> />

Ignorar os limites das marcas das linhas <strong>de</strong> carga coloca em risco o navio e a vida dos<<strong>br</strong> />

tripulantes.<<strong>br</strong> />

Fonte: Maritime and Coastguard Agency (MCA) – Original em inglês – Tradução livre<<strong>br</strong> />

A Revolução do ECDIS na ban<strong>de</strong>ira <strong>br</strong>asileira<<strong>br</strong> />

(*) Comte. Carlos Augusto Müller – CLC<<strong>br</strong> />

c.a.muller@uol.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

No final <strong>de</strong> 2011 a Autorida<strong>de</strong> Marítima Brasileira publicou a esperada NORMAM 28, Normas da<<strong>br</strong> />

Autorida<strong>de</strong> Marítima para Navegação e Cartas Náuticas, que entre outros assuntos, trata da adoção<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>igatória do ECDIS (Electronic Chart Display and Information System) e das condições para que este<<strong>br</strong> />

seja aceito como dotação <strong>de</strong> cartas náuticas requeridas pela convenção SOLAS.<<strong>br</strong> />

Com o ECDIS, o plano <strong>de</strong> viagem po<strong>de</strong> ser acompanhado em tempo real, com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

controles automáticos que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> alarmes para contornos <strong>de</strong> segurança para profundida<strong>de</strong>s, alarmes<<strong>br</strong> />

para cruzamento por áreas proibidas e para aproximação <strong>de</strong> perigos à navegação; até à navegação<<strong>br</strong> />

automática, em que a <strong>de</strong>rrota planejada no ECDIS é seguida automaticamente, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<<strong>br</strong> />

integração do sistema instalado a bordo.<<strong>br</strong> />

O ECDIS não é apenas uma tela que exibe uma carta náutica com a posição do GPS. É um<<strong>br</strong> />

sistema complexo que agrega novas tecnologias, integra equipamentos <strong>de</strong> auxílio à navegação e altera o<<strong>br</strong> />

modo como nos acostumamos a conduzir nossos navios, navegando com cartas <strong>de</strong> papel em que sempre<<strong>br</strong> />

confiamos. A adoção <strong>de</strong> uma tecnologia nova po<strong>de</strong> ser um processo difícil para algumas pessoas,<<strong>br</strong> />

enquanto para outros será bastante fácil. O certo é que os oficiais <strong>de</strong> náutica necessitam <strong>de</strong> treinamento,<<strong>br</strong> />

normalmente com alguma parte realizada em simulador, para operar o ECDIS com segurança.<<strong>br</strong> />

A utilização do sistema por oficiais que não tenham a<strong>de</strong>quada compreensão dos conceitos<<strong>br</strong> />

utilizados pelo ECDIS po<strong>de</strong> levar a erros <strong>de</strong> interpretação ou confiança excessiva nos equipamentos


po<strong>de</strong>ndo resultar em aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> navegação com consequências graves. Sem treinamento, os oficiais<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>m ser levados a se tornarem meros observadores da posição do GPS na carta eletrônica e<<strong>br</strong> />

incapazes <strong>de</strong> reconhecer situações <strong>de</strong> risco à navegação. Com treinamento a<strong>de</strong>quado em ECDIS e<<strong>br</strong> />

utilizando-se das habilida<strong>de</strong>s náuticas básicas requeridas no STCW, o oficial po<strong>de</strong> plotar posições obtidas<<strong>br</strong> />

por radar, observações visuais, astronômicas, bem como i<strong>de</strong>ntificar inconsistências nos sistemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

posicionamento com gran<strong>de</strong> facilida<strong>de</strong> e visualizar a posição do navio em tempo real.<<strong>br</strong> />

Defen<strong>de</strong>mos que a transição das cartas <strong>de</strong> papel para o ECDIS <strong>de</strong>va ser iniciada o quanto antes<<strong>br</strong> />

pelas empresas <strong>de</strong> navegação, inclusive nos navios existentes, para que os oficiais tenham tempo<<strong>br</strong> />

suficiente para se habituarem ao uso <strong>de</strong> cartas eletrônicas antes do início do uso o<strong>br</strong>igatório, com os dois<<strong>br</strong> />

sistemas em operação. Caso contrário, há o risco <strong>de</strong> encontrar um abismo mais à frente, sem tempo para<<strong>br</strong> />

realizar os treinamentos necessários e a<strong>de</strong>quar os procedimentos <strong>de</strong> navegação atuais ao uso do ECDIS.<<strong>br</strong> />

Usar ou não usar ECDIS <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ser uma opção em curto prazo. Em conformida<strong>de</strong> com a<<strong>br</strong> />

convenção SOLAS, os navios <strong>de</strong> passageiros e os navios tanques novos construídos a partir <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2012 estão o<strong>br</strong>igados a possuir ECDIS a bordo. Para navios <strong>de</strong> carga novos, a data <strong>de</strong> início é julho <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2013. Os navios existentes têm um prazo maior, até 2015 para os navios tanques e 2017 para navios <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

carga, po<strong>de</strong>ndo em alguns casos continuar sem ECDIS até 2018 para os navios que sairão do tráfego<<strong>br</strong> />

nesse prazo.<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Período <strong>de</strong> transição para dotação o<strong>br</strong>igatória <strong>de</strong> ECDIS (Normam 28, 2011, p. 2-5).<<strong>br</strong> />

Os oficiais <strong>de</strong> náutica <strong>de</strong>vem participar <strong>de</strong> treinamento genérico em ECDIS (40h), em<<strong>br</strong> />

conformida<strong>de</strong> com o “IMO Mo<strong>de</strong>l Course 1.27”, para uma a<strong>de</strong>quada compreensão dos principais<<strong>br</strong> />

conceitos e das limitações do ECDIS, diferenças existentes entre as bases <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> cartas<<strong>br</strong> />

eletrônicas, reconhecimento <strong>de</strong> cartas eletrônicas oficiais e não oficiais, bem como dos regulamentos para<<strong>br</strong> />

uso <strong>de</strong> ECDIS. Além disso, é necessário treinamento específico (8h) no ECDIS da marca e mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

existente a bordo do navio para reconhecimento das funções específicas e particularida<strong>de</strong>s do<<strong>br</strong> />

equipamento. Nos navios que portarem ECDIS, os oficiais <strong>de</strong> náutica e o comandante <strong>de</strong>vem possuir<<strong>br</strong> />

certificados <strong>de</strong>stes treinamentos, em conformida<strong>de</strong> com as Normas da Autorida<strong>de</strong> Marítima.<<strong>br</strong> />

Recentemente, no final <strong>de</strong> 2011, tivemos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar o curso genérico <strong>de</strong> ECDIS<<strong>br</strong> />

na Aca<strong>de</strong>mia da VShips em O<strong>de</strong>ssa, Ucrânia, com toda a equipe <strong>de</strong> passadiço do navio, com o diligente<<strong>br</strong> />

patrocínio da Transpetro. O curso teve duração <strong>de</strong> 5 dias e foi realizado em simulador da Transas, com<<strong>br</strong> />

um oficial por máquina, ou seja, cada oficial tinha a sua frente uma tela para o ECDIS e outra tela para o<<strong>br</strong> />

simulador <strong>de</strong> passadiço e comandava um navio que interagia com os <strong>de</strong>mais. O resultado foi amplamente<<strong>br</strong> />

satisfatório e hoje nossos oficiais conhecem as limitações do ECDIS e riscos da confiança excessiva no<<strong>br</strong> />

equipamento.<<strong>br</strong> />

Esperamos que no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> 2012 comecem a ser disponibilizados cursos genéricos <strong>de</strong> ECDIS<<strong>br</strong> />

pelos centros <strong>de</strong> simulação no Brasil para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> treinamentos que se avizinha.<<strong>br</strong> />

(*)O CLC Carlos Augusto Müller é Comandante da Transpetro, mem<strong>br</strong>o do CCMM, mem<strong>br</strong> o do<<strong>br</strong> />

Nautical Institute, Consultor Marítimo na IFSMA e associado do SINDMAR


Aventura no Gabão (II)<<strong>br</strong> />

Comte. Luiz Augusto C. Ventura – CLC<<strong>br</strong> />

luizaugustocardosoventura@yahoo.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

No transcorrer da década <strong>de</strong> 70, contrato da Petro<strong>br</strong>as com a Elf Aquitaine, atual Total,<<strong>br</strong> />

incrementou frequentes operações <strong>de</strong> carregamento <strong>de</strong> óleo cru no terminal daquela petroleira francesa<<strong>br</strong> />

em Cape Lopez, no Gabão, com <strong>de</strong>scarga geralmente feita em São Sebastião (SP) ou Rio <strong>de</strong> Janeiro.<<strong>br</strong> />

A viagem redonda durava em torno <strong>de</strong> vinte e dois dias: <strong>de</strong>z <strong>de</strong> ida, <strong>de</strong>z <strong>de</strong> volta e dois <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

operação.<<strong>br</strong> />

Um dos navios que mais cumpria essa programação era o “Bragança” (tóc, tóc, tóc) por mim<<strong>br</strong> />

comandado na época.<<strong>br</strong> />

O “Bragança” (posteriormente rebatizado “Bauru”), construído pela Verolme em 1975, era um<<strong>br</strong> />

navio <strong>de</strong> 116.649 Tpb, com 270 metros <strong>de</strong> comprimento, 42 metros <strong>de</strong> boca e calado máximo <strong>de</strong> 15<<strong>br</strong> />

metros.<<strong>br</strong> />

Dotado <strong>de</strong> um casco robusto e <strong>de</strong> boa mano<strong>br</strong>abilida<strong>de</strong>, o navio era muito confortável, com<<strong>br</strong> />

amplas acomodações, salões espaçosos, ginásio, piscina, quadra esportiva, etc.<<strong>br</strong> />

Infelizmente <strong>de</strong>ixava a <strong>de</strong>sejar em operacionalida<strong>de</strong>. Suas instalações <strong>de</strong> máquinas, aí incluídos<<strong>br</strong> />

MCP, Diesel Geradores, Cal<strong>de</strong>iras, Bombas <strong>de</strong> Carga e Lastro, Compressores, Sistema <strong>de</strong> Ar <strong>de</strong> Partida,<<strong>br</strong> />

Automação em geral, instalação <strong>de</strong> ar condicionado etc. eram problemáticas, gerando aos operadores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

convés e máquina inúmeros transtornos ligados a falhas sistemáticas <strong>de</strong> equipamentos. Tudo muito<<strong>br</strong> />

perigoso ou no mínimo preocupante. Os quatro anos que lá passei foram super <strong>de</strong>sgastantes. Tornei-me<<strong>br</strong> />

um verda<strong>de</strong>iro expert em evitar catástrofes. O navio era tão problemático que seus dois irmãos, também<<strong>br</strong> />

construídos na Verolme, “Bocaina” e “Beberibe”, foram recusados e jamais incorporados à Fronape.<<strong>br</strong> />

Em uma <strong>de</strong>ssas viagens para o Gabão, como sói acontecer, o “Bragança” nos <strong>br</strong>indou com (mais<<strong>br</strong> />

um) sério problema no MCP. A duras penas consegui fun<strong>de</strong>ar na Baia <strong>de</strong> Cap Lopez. O problema foi nas<<strong>br</strong> />

cruzetas dos cilindros (o navio tinha oito cilindros e não me lem<strong>br</strong>o quantos foram afetados, senão todos).<<strong>br</strong> />

A causa po<strong>de</strong> ter sido <strong>de</strong>ficiência na lu<strong>br</strong>ificação. A companhia nem mandou a<strong>br</strong>ir inquérito. Problemas<<strong>br</strong> />

eram tão comuns naquele navio que se para todos fossem abertos inquéritos a gente não faria outra<<strong>br</strong> />

coisa.<<strong>br</strong> />

Não havia recursos no Gabão para executar os reparos necessários. A solução encontrada pela<<strong>br</strong> />

companhia foi importar uma equipe <strong>de</strong> Portugal (cinco homens) que em mais ou menos 30 dias <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

trabalho concretizou a o<strong>br</strong>a. Um trabalho praticamente artesanal. Pela falta <strong>de</strong> recursos industriais, foi<<strong>br</strong> />

realizado com lixamento manual dos eixos dos mancais e substituição dos casquilhos.<<strong>br</strong> />

Não se podia contar com nenhum auxílio <strong>de</strong> oficina <strong>de</strong> terra. Na verda<strong>de</strong> nem com oficina nem<<strong>br</strong> />

com outra coisa qualquer. O agenciamento <strong>de</strong>ixava muito a <strong>de</strong>sejar e a burocracia portuária mais<<strong>br</strong> />

atrapalhava do que ajudava.<<strong>br</strong> />

Existiam facilida<strong>de</strong>s para o pessoal <strong>de</strong> folga ir a terra. Condução <strong>de</strong> lancha em horários regulares<<strong>br</strong> />

foi <strong>de</strong>terminada entre o navio e a agência. Só que o cumprimento <strong>de</strong>sses horários simplesmente não<<strong>br</strong> />

existia. Os tripulantes da lancha não ligavam para horário e faziam tudo a seu bel prazer. Protestos não<<strong>br</strong> />

adiantavam. A agência se <strong>de</strong>clarava impotente para resolver o problema. Ou se aceitava aquilo ou se<<strong>br</strong> />

ficava sem condução. Por diversas vezes tripulantes foram para terra e, na hora <strong>de</strong> regressar, não havia<<strong>br</strong> />

ninguém na lancha. Como não havia nenhuma perspectiva <strong>de</strong> que aparecesse qualquer tripulante<<strong>br</strong> />

gabonês, o nosso pessoal, para não dormir ao relento, simplesmente virava o motor da lancha com<<strong>br</strong> />

ligação direta e vinha para bordo. Os gaboneses apareciam no navio no dia seguinte pela manhã,<<strong>br</strong> />

esbaforidos, protestando como se tivessem razão.<<strong>br</strong> />

Ao término dos reparos foi necessária uma prova <strong>de</strong> mar. Informaram-me que quatro a cinco<<strong>br</strong> />

horas <strong>de</strong> navegação seriam suficientes. Imaginei logo o transtorno burocrático que seria para conseguir<<strong>br</strong> />

autorização das autorida<strong>de</strong>s portuárias, a requisição <strong>de</strong> prático, rebocador, etc. Imagine-se quanto tempo<<strong>br</strong> />

levaria isso...<<strong>br</strong> />

De viagens anteriores, complementadas por mais esses trinta dias <strong>de</strong> estadia, eu já conhecia<<strong>br</strong> />

sobejamente os recursos portuários. Resolvi arriscar entrando no ritmo <strong>de</strong>les. Sem autorização, sem<<strong>br</strong> />

prático, sem rebocador, sem coisa nenhuma, marquei a mano<strong>br</strong>a para meia noite. Suspen<strong>de</strong>mos o ferro,<<strong>br</strong> />

saímos a barra, navegamos durante quatro horas em mar aberto e regressamos ainda <strong>de</strong> madrugada, por<<strong>br</strong> />

volta das cinco horas, fun<strong>de</strong>ando exatamente no mesmo local. Ninguém <strong>de</strong> terra percebeu absolutamente<<strong>br</strong> />

nada.<<strong>br</strong> />

Infelizmente ainda foram necessários alguns ajustes em um ou outro mancal que aqueceu fora<<strong>br</strong> />

dos padrões. Na noite seguinte repetimos tudo novamente. Fizemos nova prova <strong>de</strong> mar, regressamos,<<strong>br</strong> />

fun<strong>de</strong>amos mais uma vez no mesmo local e <strong>de</strong>sta vez, pela manhã, <strong>de</strong>mos o navio pronto para operar.<<strong>br</strong> />

Garanto que o risco foi menor do que andar embarcado no “Bragança”.


Os bons tempos <strong>de</strong> Santos<<strong>br</strong> />

CFM Marcus Vinicius <strong>de</strong> L. Arantes – OSM (Eng.)<<strong>br</strong> />

mv.arantes@hotmail.com<<strong>br</strong> />

Se me perguntarem do que mais sinto sauda<strong>de</strong>s dos meus tempos <strong>de</strong> Marinha Mercante,<<strong>br</strong> />

respondo <strong>de</strong> pronto, sem pestanejar – das estadias em Santos.<<strong>br</strong> />

Cruzávamos os mares do mundo,<<strong>br</strong> />

alguns <strong>de</strong> nós nas charmosas linhas<<strong>br</strong> />

internacionais do Lloyd fossem elas do<<strong>br</strong> />

Mediterrâneo, do Mar do Norte ou da<<strong>br</strong> />

Escandinávia. Outros, nas linhas americanas<<strong>br</strong> />

como da costa leste dos Estados Unidos, do<<strong>br</strong> />

Golfo do México, a linha do trigo para a<<strong>br</strong> />

Argentina e aquela que me fez ficar frustrado<<strong>br</strong> />

por nunca tê-la feito – a linha da ALALC, com<<strong>br</strong> />

os navios passando por Mar Del Plata, Bahia<<strong>br</strong> />

Blanca, contornando o Estreito <strong>de</strong> Magalhães<<strong>br</strong> />

com Ushuaia pelo través <strong>de</strong> boreste e subindo<<strong>br</strong> />

pela costa chilena e peruana, Valparaiso,<<strong>br</strong> />

Antofagasta, Callao até atingir o Caribe em<<strong>br</strong> />

Buenaventura na Colômbia e San José na<<strong>br</strong> />

Costa Rica. Um périplo pelos portos sulamericanos<<strong>br</strong> />

ao som da bonita diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ritmos do nosso continente – tangos<<strong>br</strong> />

argentinos, a “cueca” chilena, as músicas<<strong>br</strong> />

andinas do Peru e os ritmos quentes do<<strong>br</strong> />

Caribe.<<strong>br</strong> />

Os que estavam na Fronape andavam<<strong>br</strong> />

pela Venezuela – Caripito, Bajo Gran<strong>de</strong>, Punta<<strong>br</strong> />

Palmas, Puerto Miranda, Punta Cardón, Puerto<<strong>br</strong> />

La Cruz e Maracaibo. Iam também para a<<strong>br</strong> />

Nigéria, Congo, Gabão, Bougie na Argélia, Ras<<strong>br</strong> />

Tanura no Golfo Pérsico ou para Ras Shukeir<<strong>br</strong> />

no Mar Vermelho.<<strong>br</strong> />

Mas todos nós terminávamos em Santos. Era o nosso ponto <strong>de</strong> convergência. Era o re-encontro<<strong>br</strong> />

para o a<strong>br</strong>aço amigo e longas conversas regadas a um chope geladinho nas mesas da calçada do Hotel<<strong>br</strong> />

Atlântico no Gonzaga. Era o momento <strong>de</strong> termos noticias por on<strong>de</strong> estavam os colegas. “Encontrei-me<<strong>br</strong> />

com o Liminha em Bremen. Ele está no Cabo Frio”, po<strong>de</strong>ria dizer alguém entre dois goles <strong>de</strong> chope.<<strong>br</strong> />

“Quem eu vi em New Orleans foi o Leopardi. Ele está no Presi<strong>de</strong>nte Kennedy”, po<strong>de</strong>ria ter respondido<<strong>br</strong> />

outro. E por aí fluía o papo até o momento <strong>de</strong> rumarmos para a “Boca”, <strong>de</strong>stino certo para qualquer final<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> programa em Santos.<<strong>br</strong> />

Santos era isso. Um feliz reencontro. Começávamos tomando o bon<strong>de</strong> na Praça Mauá com<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>stino ao Gonzaga. Lá, um cineminha no Iporanga, Praia Palace Indaiá ou Roxy era sempre o início dos<<strong>br</strong> />

nossos programas. Depois, o chope do Atlântico, a pizza no Zi-Teresa ou no Guanabara, ali na Praça da<<strong>br</strong> />

In<strong>de</strong>pendência, em frente ao Monumento dos Andradas. Cliente assíduo do Guanabara, cheguei até a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>corar o que dizia a placa do lado do Monumento virado para as mesas on<strong>de</strong> nos sentávamos: “Antonio<<strong>br</strong> />

Carlos no calabouço – Perdão só peço a Deus. Do Rei quero justiça”<<strong>br</strong> />

O <strong>de</strong>stino seguinte era sempre o mesmo – a famosa “Boca”. Aquele trecho <strong>de</strong> Santos só tinha<<strong>br</strong> />

um similar no mundo – a feérica Reeperbahn, em Hamburgo. Boites e casas <strong>de</strong> show movimentavam a<<strong>br</strong> />

noite da “Boca” com música e “go go girls” dançando em cima dos balcões para o <strong>de</strong>leite da marinheirada<<strong>br</strong> />

do todos os cantos do mundo. Casablanca, El Morocco, American Bar e Gol<strong>de</strong>n Key eram as mais<<strong>br</strong> />

freqüentadas. Retornávamos a bordo lá pela madrugada <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> comer um bifão acebolado no Serpa<<strong>br</strong> />

Pinto. Outros só chegavam a bordo com o sol já raiando. Destes dizíamos que “pegavam o sol com a<<strong>br</strong> />

mão”.<<strong>br</strong> />

Passados mais <strong>de</strong> 40 anos, compromissos profissionais me levaram a Santos. Os tempos eram<<strong>br</strong> />

outros, mas quis rever cada um dos pontos frequentados há anos. Foi gran<strong>de</strong> a <strong>de</strong>cepção – a “Boca” não<<strong>br</strong> />

existe mais, tudo em escom<strong>br</strong>os. De pé apenas o American Bar, <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>nte e mal frequentado. O bon<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

hoje é peça <strong>de</strong> museu. O Iporanga, o Indaiá e o Roxy fecharam e o Praia Palace virou bingo. O Atlântico<<strong>br</strong> />

não tem mais o mesmo charme e o Zi-Teresa também não existe mais.<<strong>br</strong> />

O Guanabara ainda está lá. Salvou-se também o Monumento dos Andradas. Corri para ver a<<strong>br</strong> />

placa. Ainda está lá - “Antonio Carlos no calabouço – Perdão só peço a Deus. Do Rei quero justiça”


O Filão<<strong>br</strong> />

CCB Fábio Balbi – CIAGA<<strong>br</strong> />

fabiobalbi@globo.com<<strong>br</strong> />

Estávamos navegando para o México, para carregar em um Terminal Oceânico (SBM). O que<<strong>br</strong> />

tinha tudo para ser uma viagem maravilhosa, passando pela costa do Brasil com o visual das luzes das<<strong>br</strong> />

cida<strong>de</strong>s, navegando pelas águas do Caribe, tornou-se uma viagem atribulada.<<strong>br</strong> />

Alguns colegas simplesmente “se esqueceram” <strong>de</strong> que quem fuma precisa embarcar com uma<<strong>br</strong> />

quantida<strong>de</strong> suficiente <strong>de</strong> cigarros para que durem ida e volta e, <strong>de</strong> preferência, ainda reste uma reserva<<strong>br</strong> />

ao final da viagem. Todos sabem que temos data <strong>de</strong> saída, mas não sabemos precisar a volta. As<<strong>br</strong> />

programações sofrem alteração. Problemas mecânicos ocorrem. Condições ambientais mudam.<<strong>br</strong> />

Já na ida percebia-se, pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> “filões”, que o estoque <strong>de</strong> cigarros não duraria a<<strong>br</strong> />

viagem toda.<<strong>br</strong> />

Alguns usavam a <strong>de</strong>sculpa <strong>de</strong> que haviam esquecido o cigarro no camarote e que <strong>de</strong>pois<<strong>br</strong> />

pagariam: o famoso "<strong>de</strong>pois a gente acerta"! Outros não se preocupavam nem em arrumar uma <strong>de</strong>sculpa<<strong>br</strong> />

e pediam na cara dura. Uns faziam cara <strong>de</strong> "po<strong>br</strong>e coitado". Muitos, já no <strong>de</strong>sespero, esperavam que<<strong>br</strong> />

alguém fumasse para pedir a guimba, ou que terminasse <strong>de</strong> fumar para pegar o fumo que so<strong>br</strong>ara.<<strong>br</strong> />

Vi tripulantes revirando cinzeiros para juntar restos <strong>de</strong> tabaco e enrolar um cigarro.<<strong>br</strong> />

No México não pu<strong>de</strong>mos ir a terra. Também não houve “cota” (Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros, bebidas e<<strong>br</strong> />

outros bens compradas livres <strong>de</strong> impostos, para uso interno, em quantida<strong>de</strong>s limitadas, com compra<<strong>br</strong> />

autorizada pelo Comandante, quando no porto existe “bond store” (entreposto aduaneiro).<<strong>br</strong> />

Na viagem <strong>de</strong> volta tivemos que arribar em Kingstown, na Jamaica, pois um tripulante adoeceu.<<strong>br</strong> />

Na verda<strong>de</strong>, sua doença po<strong>de</strong>ria ser chamada <strong>de</strong> crise <strong>de</strong> abstinência.<<strong>br</strong> />

O Comandante aproveitou a arribada para fazer um complemento <strong>de</strong> rancho e solicitou ao<<strong>br</strong> />

shipchandler uma caixa com 50 pacotes <strong>de</strong> cigarro (Havia bond store no porto). Estamos falando em 500<<strong>br</strong> />

maços ou 10.000 cigarros.<<strong>br</strong> />

No dia em que chegamos à Jamaica, tar<strong>de</strong> da noite, <strong>de</strong>sabou um temporal. Eu nunca tinha visto<<strong>br</strong> />

tantos tripulantes para ajudar a embarcar o rancho. Mesmo embaixo <strong>de</strong> chuva estavam todos lá, inclusive<<strong>br</strong> />

e, especialmente, o “filão”.<<strong>br</strong> />

Para tristeza e <strong>de</strong>cepção <strong>de</strong> boa parte da tripulação a caixa <strong>de</strong> cigarros não veio. O fornecedor<<strong>br</strong> />

alegou que, por ser aquele dia feriado nacional, não havia conseguido provi<strong>de</strong>nciar o pedido por completo<<strong>br</strong> />

dando preferência ao rancho. Muita gente, no entanto, pensava <strong>de</strong> outra maneira: preferia ficar sem o<<strong>br</strong> />

rancho e só receber a caixa <strong>de</strong> cigarros.<<strong>br</strong> />

A estadia em Kingstown se resumiu a isso: <strong>de</strong>sembarque do tripulante doente (finalida<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

arribada), recebimento <strong>de</strong> pequeno complemento <strong>de</strong> rancho e, para <strong>de</strong>sespero dos filões, partida sem os<<strong>br</strong> />

sonhados cigarros.<<strong>br</strong> />

O que po<strong>de</strong>ria ter sido uma boa oportunida<strong>de</strong> para que vários tripulantes parassem <strong>de</strong> fumar, se<<strong>br</strong> />

tornou para eles um martírio. As horas <strong>de</strong>moravam mais a passar. Os ânimos ficaram acirrados. O “filão”<<strong>br</strong> />

não tinha mais <strong>de</strong> quem filar. Quem tinha algum cigarro andava com ele escondido e fumava on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ninguém pu<strong>de</strong>sse ver.<<strong>br</strong> />

Comentava-se que alguns tripulantes vagavam pelos corredores tentando sentir o cheiro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cigarro que po<strong>de</strong>ria estar vindo <strong>de</strong> algum camarote para então tentar uma guimba.<<strong>br</strong> />

Era prática dos mais prevenidos fumar <strong>de</strong>ntro dos banheiros munidos <strong>de</strong> um spray “Bom Ar”.<<strong>br</strong> />

Quem tinha camarote voltado para a popa fumava no banheiro com a vigia aberta.<<strong>br</strong> />

Pessoalmente, com um bom racionamento, consegui me segurar com o que tinha.<<strong>br</strong> />

Quem menos sofreu nesta viagem foi o Comandante. Homem experiente, 35 anos <strong>de</strong> mar, chegou ao<<strong>br</strong> />

final da viagem em Angra dos Reis ainda fumando seu cigarrinho. Por vezes ainda me dava alguns no<<strong>br</strong> />

passadiço para que juntos pudéssemos tomar um café e bater um papo.<<strong>br</strong> />

A agonia dos tripulantes só foi amenizada na chegada em Angra dos Reis. O Comandante<<strong>br</strong> />

solicitou ao prático que trouxesse alguns maços <strong>de</strong> cigarros.<<strong>br</strong> />

Deixei esse vício já faz dois anos. Comecei <strong>de</strong> <strong>br</strong>inca<strong>de</strong>ira querendo parecer mais velho. Ainda<<strong>br</strong> />

não avaliei os males que este vício po<strong>de</strong> ter me causado, mas espero que este relato sirva para incentivar<<strong>br</strong> />

alguém a <strong>de</strong>ixá-lo.<<strong>br</strong> />

Quanto ao “filão”, <strong>de</strong>ve ainda andar por aí filando cigarro dos outros.<<strong>br</strong> />

****************************************


Comte. Luiz Cancio - Regresso difícil<<strong>br</strong> />

Comte. Augusto Luiz Paulo <strong>de</strong> Lima Filho – CLC<<strong>br</strong> />

liminha208@oi.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

O recente aci<strong>de</strong>nte com o “Costa Concordia” e seus <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>amentos, com o abandono do<<strong>br</strong> />

Comandante antes do resgate dos passageiros e da sua recusa em regressar para bordo, lem<strong>br</strong>ou-me <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um acontecimento dramático vivenciado por mim no Japão, a bordo do “Frotario” da Frota Oceânica, on<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

eu estava embarcado como Primeiro Piloto.<<strong>br</strong> />

Manhã <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> outu<strong>br</strong>o <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

1973. Navegávamos <strong>de</strong> Nagoya com<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>stino a Yokohama, quando,<<strong>br</strong> />

precisamente às 0830h, fomos<<strong>br</strong> />

violentamente abalroados pelo<<strong>br</strong> />

graneleiro “Bunko Maru” da Sanko<<strong>br</strong> />

Line.<<strong>br</strong> />

O bulbo do navio japonês<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>iu um gran<strong>de</strong> rasgo no nosso<<strong>br</strong> />

costado a bombordo, o que nos<<strong>br</strong> />

provocou um a<strong>de</strong>rnamento quase<<strong>br</strong> />

imediato <strong>de</strong> 30 graus.<<strong>br</strong> />

Fun<strong>de</strong>amos com muita<<strong>br</strong> />

dificulda<strong>de</strong> a poucas milhas da entrada<<strong>br</strong> />

da Baia <strong>de</strong> Yokohama enquanto a<<strong>br</strong> />

companhia finalizava <strong>de</strong>talhes para a<<strong>br</strong> />

nossa docagem para os <strong>de</strong>vidos<<strong>br</strong> />

reparos.<<strong>br</strong> />

A situação a bordo era bastante preocupante. Todos tinham <strong>de</strong> envergar colete salva-vidas dia e<<strong>br</strong> />

noite visto que o navio balançava muito e adquiria banda ora para bombordo ora para boreste.<<strong>br</strong> />

O Imediato era o Querubim Durand e o Itamar Ferreira o Segundo Piloto.<<strong>br</strong> />

O Comandante, os três oficiais <strong>de</strong> convés e mais três tripulantes <strong>de</strong> quem não recordo o nome,<<strong>br</strong> />

fomos <strong>de</strong>por na Capitania dos Portos <strong>de</strong> Yokohama. Prestamos <strong>de</strong>poimento o dia todo (só tivemos folga<<strong>br</strong> />

para o almoço) com os japoneses tentando encontrar alguma contradição nas nossas <strong>de</strong>clarações. Só<<strong>br</strong> />

fomos liberados por volta das 2300 horas. Foi tudo muito cansativo já que havíamos saído <strong>de</strong> bordo às<<strong>br</strong> />

0730 horas.<<strong>br</strong> />

Para completar a tribulação, quando nos preparávamos para regressar para o navio, recebemos<<strong>br</strong> />

a notícia <strong>de</strong> que o mau tempo não recomendava a nossa volta. Um verda<strong>de</strong>iro tufão assolou a região e<<strong>br</strong> />

fomos aconselhados a permanecer em terra <strong>de</strong>vido ao péssimo estado do mar.<<strong>br</strong> />

Decidido, o Comandante voltou-se para nós:<<strong>br</strong> />

- Eu voltarei para o meu navio <strong>de</strong> qualquer maneira. Vocês ficam liberados para <strong>de</strong>cidir o que<<strong>br</strong> />

quiserem.<<strong>br</strong> />

Todos concordaram em voltar com ele.<<strong>br</strong> />

Assinamos um termo assumindo o risco e partimos.<<strong>br</strong> />

Foram quatro horas <strong>de</strong> viagem tensa e perigosa. Viajamos o tempo todo <strong>de</strong> colete salva-vidas e<<strong>br</strong> />

cinto <strong>de</strong> segurança. A contra bordo do “Frotario” recebemos o auxílio da guarnição para chegar ao convés<<strong>br</strong> />

com segurança.<<strong>br</strong> />

O nome do Comandante: Capitão <strong>de</strong> Longo Curso Luiz Cancio.


Comte. Demerval - Por <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> A<strong>br</strong>olhos<<strong>br</strong> />

ON Fábio Mello Fontes – Prático em São Paulo<<strong>br</strong> />

fmfontes@globo.com<<strong>br</strong> />

Nos idos <strong>de</strong> 1963 estive embarcado no propaneiro “Petro<strong>br</strong>as Oeste” da Fronape, atual<<strong>br</strong> />

Transpetro. Eu era então Primeiro Piloto. Tive a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lá ter tido, como Comandante, o Capitão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Cabotagem Demerval Andra<strong>de</strong> <strong>de</strong> Carvalho <strong>de</strong> saudosa memória.<<strong>br</strong> />

O Comandante China, como era conhecido entre o pessoal do mar, era um <strong>br</strong>ilhante Capitão que<<strong>br</strong> />

conhecia como poucos a costa <strong>br</strong>asileira. Homem simples, bom marinheiro, inteligente e objetivo,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> vaida<strong>de</strong>s, era um oficial completo. Da profissão, conhecia tudo.<<strong>br</strong> />

A linha usual do navio era Salvador x Santos, ou Venezuela x Santos. Transportávamos GLP,<<strong>br</strong> />

sob pressão e não sob baixa temperatura, como predominante nos dias <strong>de</strong> hoje.<<strong>br</strong> />

O navio, <strong>de</strong> construção japonesa, era um espetáculo sob a ótica do navegador. Bem equipado,<<strong>br</strong> />

era dotado <strong>de</strong> aparelhagem precisa além <strong>de</strong> avançados e inúmeros itens <strong>de</strong> segurança operacional<<strong>br</strong> />

inéditos para a época.<<strong>br</strong> />

O Comandante Demerval, experiente navegador, sistematicamente <strong>de</strong>terminava a navegação,<<strong>br</strong> />

no litoral da Bahia passando por <strong>de</strong>ntro dos A<strong>br</strong>olhos. Ida ou volta, sempre por <strong>de</strong>ntro.<<strong>br</strong> />

Sendo assim, eu, que era um entusiasta e empolgado com as questões <strong>de</strong> navegação, aproveitei<<strong>br</strong> />

aquelas oportunida<strong>de</strong>s para estabelecer um programa <strong>de</strong> sondagens, naquela área, <strong>de</strong>ntro dos rigores<<strong>br</strong> />

exigidos pela DHN.<<strong>br</strong> />

Em minha opinião a DHN <strong>br</strong>asileira, sem nenhum favor, po<strong>de</strong> figurar entre as melhores do<<strong>br</strong> />

mundo pela altíssima qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua produção cartográfica. Pena que não disponha <strong>de</strong> verbas<<strong>br</strong> />

suficientes para oferecer maior volume <strong>de</strong> seu espetacular trabalho <strong>de</strong> hidrografia.<<strong>br</strong> />

Para executar o trabalho a que me propunha inteirei-me antes das exigências técnicas da DHN<<strong>br</strong> />

para que as sondagens pu<strong>de</strong>ssem ser aceitas. Instrumentos aferidos, arregacei as mangas e pus-me a<<strong>br</strong> />

trabalhar. Estive no controle da navegação em todas as ocasiões em que navegamos por <strong>de</strong>ntro dos<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>olhos. Sondagens contínuas, posições rigorosamente tomadas. Em cada passagem pela área<<strong>br</strong> />

variávamos ligeiramente as longitu<strong>de</strong>s e, em geral, adotávamos rumos norte-sul. A empolgação com o<<strong>br</strong> />

trabalho era tanta que esquecia até <strong>de</strong> me alimentar, não arredando pé do passadiço por horas a fio.<<strong>br</strong> />

Supervisionava tudo. Colecionava cuidadosamente todo o papel <strong>de</strong> registro do ecobatímetro,<<strong>br</strong> />

com os horários e posições <strong>de</strong>vidamente anotados. O trabalho seguinte era remeter tudo para a DHN no<<strong>br</strong> />

Rio <strong>de</strong> Janeiro. Ao longo <strong>de</strong> vários meses, nas diversas passagens por <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> A<strong>br</strong>olhos, jamais me<<strong>br</strong> />

afastei do passadiço, controlando todo o processo.<<strong>br</strong> />

O Comandante Demerval que <strong>de</strong>mandava o canal <strong>de</strong> A<strong>br</strong>olhos a rumos práticos, acompanhava<<strong>br</strong> />

e verificava tudo o que eu fazia e ru<strong>br</strong>icava todas as folhas <strong>de</strong> registro do ecobatímetro antes do envio.<<strong>br</strong> />

Este longo e minucioso trabalho que pu<strong>de</strong> cumprir com êxito, valeu um formal e solene<<strong>br</strong> />

agra<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong> parte do então diretor da DHN ao Comandante Demerval, gran<strong>de</strong> incentivador e<<strong>br</strong> />

responsável final por estas cuidadosas sondagens. Um trabalho feito com i<strong>de</strong>alismo, <strong>de</strong>dicação e<<strong>br</strong> />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e com a maior precisão técnica possível.<<strong>br</strong> />

Esta é uma homenagem ao inesquecível Comandante Demerval Andra<strong>de</strong> <strong>de</strong> Carvalho que me<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>u inúmeras lições <strong>de</strong> vida e bons exemplos <strong>de</strong> cidadania. Jamais esquecerei duas características<<strong>br</strong> />

marcantes do seu caráter: dotado <strong>de</strong> paciência oriental, durante as longas travessias <strong>de</strong>dicava-se a<<strong>br</strong> />

consertar relógios <strong>de</strong> pulso e <strong>de</strong>spertadores (todos analógicos na época) e confeccionar <strong>br</strong>inquedos<<strong>br</strong> />

artesanalmente. Os relógios consertava como hobby e não co<strong>br</strong>ava nada; os <strong>br</strong>inquedos eram<<strong>br</strong> />

distribuídos para crianças necessitadas nas escalas nos portos. Tudo feito por prazer.<<strong>br</strong> />

Faço aqui este <strong>de</strong>poimento, verda<strong>de</strong>iro, fiel e tirado do fundo <strong>de</strong> minhas memórias e do meu<<strong>br</strong> />

velho coração, ainda hoje cheio <strong>de</strong> entusiasmo pela vida e pelo meu trabalho.


Transpetro a<strong>br</strong>e 322 vagas<<strong>br</strong> />

para oficiais da Marinha<<strong>br</strong> />

Mercante<<strong>br</strong> />

A Transpetro a<strong>br</strong>iu (16/02) o<<strong>br</strong> />

processo seletivo público para admissão<<strong>br</strong> />

imediata e formação <strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong> reserva<<strong>br</strong> />

para 322 oficiais da Marinha Mercante. O<<strong>br</strong> />

período para se inscrever no concurso - que<<strong>br</strong> />

é gratuito - termina no dia 16 <strong>de</strong> maio. O<<strong>br</strong> />

edital, a ficha <strong>de</strong> inscrição e a ficha <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

embarque estão disponíveis no site da<<strong>br</strong> />

Transpetro (www.transpetro.com.<strong>br</strong>). A<<strong>br</strong> />

remuneração mínima é <strong>de</strong> R$ 7.964,11.<<strong>br</strong> />

As vagas oferecidas são para as<<strong>br</strong> />

categorias <strong>de</strong> 2º Oficial <strong>de</strong> Náutica e 2º<<strong>br</strong> />

Oficial <strong>de</strong> Máquinas. Serão cadastrados 175<<strong>br</strong> />

candidatos para 2º Oficial <strong>de</strong> Náutica, dos<<strong>br</strong> />

quais 152 para admissão imediata, e 147<<strong>br</strong> />

candidatos para 2º Oficial <strong>de</strong> Máquinas, dos<<strong>br</strong> />

quais 128 para admissão imediata.<<strong>br</strong> />

Mano<strong>br</strong>a avaria terminal em<<strong>br</strong> />

Santos<<strong>br</strong> />

Mano<strong>br</strong>ando com prático e o auxílio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

dois rebocadores o M/V “Milagro”, ao tentar<<strong>br</strong> />

atracar no Terminal <strong>de</strong> Graneis do Guarujá<<strong>br</strong> />

(TGG), na margem esquerda do estuário <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Santos, por volta das 2200 horas do dia 13/02,<<strong>br</strong> />

foi com uma das asas do passadiço <strong>de</strong> encontro<<strong>br</strong> />

a dois shiploa<strong>de</strong>rs (nos. 3 e 4) <strong>de</strong>struindo<<strong>br</strong> />

totalmente um e lançando o outro ao mar. O<<strong>br</strong> />

navio também sofreu avarias e teve <strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

submetido a reparos emergenciais.<<strong>br</strong> />

O “Milagro”, <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Malta,<<strong>br</strong> />

carregaria 65000 toneladas <strong>de</strong> Soja.<<strong>br</strong> />

O Terminal não <strong>de</strong>u prazo para a<<strong>br</strong> />

retomada das operações nem informou quanto<<strong>br</strong> />

tempo levará para substituir o equipamento<<strong>br</strong> />

danificado. O TGG é responsável por cerca da<<strong>br</strong> />

meta<strong>de</strong> das exportações <strong>de</strong> soja pelo porto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Santos<<strong>br</strong> />

A Capitania dos Portos <strong>de</strong> Santos<<strong>br</strong> />

instaurou inquérito para apurar as causas do<<strong>br</strong> />

aci<strong>de</strong>nte.<<strong>br</strong> />

Porto <strong>de</strong> Paranaguá recebe o<<strong>br</strong> />

maior navio <strong>de</strong> toda a sua<<strong>br</strong> />

história.<<strong>br</strong> />

Uma ação especial <strong>de</strong> segurança da<<strong>br</strong> />

Capitania dos Portos do Paraná permitiu que o<<strong>br</strong> />

navio “Cosco Vietnam”, <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ira chinesa,<<strong>br</strong> />

atracasse no Porto <strong>de</strong> Paranaguá na manhã do<<strong>br</strong> />

dia 21/02/12.<<strong>br</strong> />

Maior navio a aportar em Paranaguá, o<<strong>br</strong> />

“Cosco Vietnam” é um porta-contêineres com<<strong>br</strong> />

334 metros <strong>de</strong> comprimento, 42,8 metros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

boca e calado máximo <strong>de</strong> 14,5 metros.<<strong>br</strong> />

O capitão dos portos, Capitão-<strong>de</strong>-Mare-Guerra<<strong>br</strong> />

José Henrique Corbage Rabello,<<strong>br</strong> />

acompanhou pessoalmente a atracação, a<<strong>br</strong> />

bordo do “Cosco Vietnam”. Ele conta que foram<<strong>br</strong> />

tomadas medidas para garantir a entrada do<<strong>br</strong> />

navio no porto em segurança. Foram dois<<strong>br</strong> />

práticos, dois rebocadores <strong>de</strong> prontidão e outros<<strong>br</strong> />

três auxiliando na atracação.<<strong>br</strong> />

"Em nenhum momento colocamos em<<strong>br</strong> />

risco a segurança da navegação em Paranaguá<<strong>br</strong> />

e a operação foi um sucesso. A atracação do<<strong>br</strong> />

“Cosco Vietnam” é um marco na história do<<strong>br</strong> />

Porto <strong>de</strong> Paranaguá e o coloca, perante os<<strong>br</strong> />

armadores do mundo todo, como um porto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

primeira linha", afirmou Rabello.<<strong>br</strong> />

Depois da escala no terminal<<strong>br</strong> />

paranaense, o navio segue para Santos e <strong>de</strong> lá,<<strong>br</strong> />

para Cingapura.<<strong>br</strong> />

Fonte:O Estado do Paraná / Redação.


Antaq: Contratos portuários<<strong>br</strong> />

não serão prorrogados<<strong>br</strong> />

Decisão da Agência Nacional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Transportes Aquaviários (Antaq), publicada no<<strong>br</strong> />

Diário Oficial <strong>de</strong> 22/02/12, sepultou qualquer<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prorrogação dos contratos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

77 terminais em 15 portos do país - incluindo<<strong>br</strong> />

alguns em Santos e no Rio. As licitações, que<<strong>br</strong> />

estavam suspensas por liminares obtidas na<<strong>br</strong> />

Justiça, <strong>de</strong>vem acontecer ainda em 2012.<<strong>br</strong> />

A pressa tem em vista o fim dos<<strong>br</strong> />

contratos <strong>de</strong> arrendamento <strong>de</strong> terminais<<strong>br</strong> />

assinados antes <strong>de</strong> 1993. Há riscos <strong>de</strong> as<<strong>br</strong> />

empresas interromperem a operação cotidiana<<strong>br</strong> />

nos portos, na ausência <strong>de</strong> contrato ou diante<<strong>br</strong> />

da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> per<strong>de</strong>rem o direito ao<<strong>br</strong> />

terminal.<<strong>br</strong> />

Fonte: Gazeta do Povo (PR) / Redação<<strong>br</strong> />

Incêndio o NAe São Paulo<<strong>br</strong> />

Um incêndio na antessala <strong>de</strong> acesso a<<strong>br</strong> />

um dos alojamentos do porta-aviões São Paulo,<<strong>br</strong> />

no Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> se encontravam quatro<<strong>br</strong> />

militares, provocou a morte <strong>de</strong> um marinheiro e<<strong>br</strong> />

ferimentos em outro no dia 22/02.<<strong>br</strong> />

O marinheiro Carlos Alexandre dos<<strong>br</strong> />

Santos Oliveira faleceu no Hospital Marcílio Dias<<strong>br</strong> />

on<strong>de</strong> recebeu os primeiros socorros <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

equipe médica. O marinheiro José <strong>de</strong> Oliveira<<strong>br</strong> />

Lima Neto, com quadro clínico estável, foi<<strong>br</strong> />

atendido na UTI do mesmo hospital.<<strong>br</strong> />

Segundo a Marinha o incêndio, por ter<<strong>br</strong> />

acontecido em um compartimento habitável e ali<<strong>br</strong> />

ficado circunscrito, não afetou a estrutura<<strong>br</strong> />

operacional do navio.<<strong>br</strong> />

Um inquérito policial militar foi<<strong>br</strong> />

instaurado para apurar as causas do aci<strong>de</strong>nte.<<strong>br</strong> />

Chata <strong>br</strong>asileira carregada <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

combustível afunda na<<strong>br</strong> />

Antártida.<<strong>br</strong> />

Uma chata (sem propulsão) rebocada<<strong>br</strong> />

pela Marinha naufragou em <strong>de</strong>zem<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2011<<strong>br</strong> />

na Baia do Almirantado, próximo à Estação<<strong>br</strong> />

Comandante Ferraz, base <strong>br</strong>asileira na<<strong>br</strong> />

Antártida.<<strong>br</strong> />

A chata que naufragou <strong>de</strong>vido ao mau<<strong>br</strong> />

tempo, transportava 10.000 litros <strong>de</strong> gasoil artic,<<strong>br</strong> />

combustível anticongelante produzido pela<<strong>br</strong> />

Petro<strong>br</strong>as, e se encontra a 40 metros <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

profundida<strong>de</strong> a meia milha da praia on<strong>de</strong> se<<strong>br</strong> />

localiza a base.<<strong>br</strong> />

Dotada <strong>de</strong> casco duplo a chata ainda<<strong>br</strong> />

não apresentou nenhum vazamento <strong>de</strong> óleo<<strong>br</strong> />

para o meio ambiente estando com sua<<strong>br</strong> />

estrutura preservada.<<strong>br</strong> />

Navio da Marinha especializado em<<strong>br</strong> />

resgate <strong>de</strong> submarinos e outro contratado pela<<strong>br</strong> />

Petro<strong>br</strong>as, “Gulmar Atlantis”, seguem para o<<strong>br</strong> />

local para tentar o içamento da chata. A<<strong>br</strong> />

operação é <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>vido ao clima<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sfavorável da região.<<strong>br</strong> />

Um incêndio na madrugada do último<<strong>br</strong> />

sábado (25) <strong>de</strong>struiu, segundo a própria<<strong>br</strong> />

Marinha, cerca <strong>de</strong> 70% das instalações da base<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira, comprometendo 40% do Programa<<strong>br</strong> />

Antártico Brasileiro. Dois militares morreram no<<strong>br</strong> />

aci<strong>de</strong>nte e um terceiro ficou ferido.<<strong>br</strong> />

Em nota à imprensa, no dia 3/03, a<<strong>br</strong> />

Marinha do Brasil informou que a chata <strong>de</strong> óleo<<strong>br</strong> />

foi reflutuada sem ter causado nenhum dano<<strong>br</strong> />

ambiental, e levada para terra.<<strong>br</strong> />

Fonte: France-Presse / Redação<<strong>br</strong> />

Exploração <strong>de</strong> petróleo no<<strong>br</strong> />

mar sem plataforma<<strong>br</strong> />

A Petro<strong>br</strong>as está em busca <strong>de</strong> novos<<strong>br</strong> />

sistemas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> petróleo, mais simples<<strong>br</strong> />

e compactos, <strong>de</strong> custos menores e maior<<strong>br</strong> />

produtivida<strong>de</strong>. Essa combinação é fundamental<<strong>br</strong> />

para exploração cada vez mais distante da<<strong>br</strong> />

costa e em águas ultraprofundas no pré-sal<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiro.<<strong>br</strong> />

O objetivo é instalar verda<strong>de</strong>iras<<strong>br</strong> />

fá<strong>br</strong>icas submersas no fundo do mar, com<<strong>br</strong> />

custos menores, produção maior e menos<<strong>br</strong> />

impacto ambiental. Uma das novida<strong>de</strong>s é o<<strong>br</strong> />

Separador Submerso <strong>de</strong> Água e Óleo (SSAO).<<strong>br</strong> />

O primeiro equipamento está sendo instalado<<strong>br</strong> />

para testes no Campo <strong>de</strong> Marlim (Bacia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Campos). Para muitos, é o primeiro passo para<<strong>br</strong> />

se produzir petróleo sem plataforma.<<strong>br</strong> />

O primeiro SSAO foi <strong>de</strong>senvolvido no<<strong>br</strong> />

Centro Tecnológico da FMC, no Parque<<strong>br</strong> />

Tecnológico da Cida<strong>de</strong> Universitária, pesa 407<<strong>br</strong> />

toneladas, fica instalado no fundo do mar, e<<strong>br</strong> />

substitui os separadores em cima das<<strong>br</strong> />

plataformas.<<strong>br</strong> />

"Estamos com o pé no acelerador para<<strong>br</strong> />

fazer uma nova geração <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

produção <strong>de</strong> petróleo, tendo como meta<<strong>br</strong> />

minimizar (reduzir) tudo que existe em cima do<<strong>br</strong> />

mar (plataforma)", explicou Paulo Couto, vicepresi<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Tecnologia da FMC Technologies.<<strong>br</strong> />

Para ele o SSAO po<strong>de</strong> ser um primeiro passo<<strong>br</strong> />

para produção sem plataformas. “A direção é<<strong>br</strong> />

essa. Mas é difícil saber se no futuro teremos<<strong>br</strong> />

plataformas menores, <strong>de</strong>sabitadas, ou sistemas<<strong>br</strong> />

no fundo do mar e só navios para armazenar<<strong>br</strong> />

petróleo. Está se caminhando para isso”,<<strong>br</strong> />

acrescentou.


“Vale Beijing” segue para<<strong>br</strong> />

Omã para <strong>de</strong>scarregar<<strong>br</strong> />

O navio Vale Beijing, que corria o risco<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> afundar na Baía <strong>de</strong> São Marcos, em São<<strong>br</strong> />

Luís (MA), por conta <strong>de</strong> rachaduras em seu<<strong>br</strong> />

casco, <strong>de</strong>ve atracar no porto <strong>de</strong> Omã até o final<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ste mês para <strong>de</strong>scarregar as 260 mil<<strong>br</strong> />

toneladas <strong>de</strong> minério embarcadas no Terminal<<strong>br</strong> />

da Ponta da Ma<strong>de</strong>ira, ocasião em que ocorreu a<<strong>br</strong> />

“Costa Concordia” será<<strong>br</strong> />

removido.<<strong>br</strong> />

Costa Cruzeiro escolhe salvador para o<<strong>br</strong> />

“Costa Concordia”.<<strong>br</strong> />

A Costa Cruzeiro vai escolher uma<<strong>br</strong> />

empresa <strong>de</strong> serviços marítimos para remover o<<strong>br</strong> />

“Costa Concordia”, encalhado na ilha italiana <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Giglio, até o final <strong>de</strong> março.<<strong>br</strong> />

A companhia Carnival Line (proprietária<<strong>br</strong> />

da Costa Cruzeiro) com se<strong>de</strong> em Miami, disse<<strong>br</strong> />

em um comunicado que iria selecionar uma<<strong>br</strong> />

empresa <strong>de</strong> salvamento baseada nas propostas.<<strong>br</strong> />

A Costa Cruzeiro convidou 10<<strong>br</strong> />

empresas <strong>de</strong> salvamento, incluindo a empresa<<strong>br</strong> />

holan<strong>de</strong>sa Smit que está realizando a remoção<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> combustível, a apresentarem propostas até o<<strong>br</strong> />

início <strong>de</strong> março para remover o navio. Ela irá<<strong>br</strong> />

então rever as propostas com as autorida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

italianas.<<strong>br</strong> />

rachadura, justamente na viagem inaugural do<<strong>br</strong> />

navio construído na Coreia do Sul.<<strong>br</strong> />

Só após esse procedimento o navio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ve ser levado para um dique seco,<<strong>br</strong> />

provavelmente na Turquia, on<strong>de</strong> finalmente<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>rá passar por uma inspeção mais<<strong>br</strong> />

cuidadosa e, se possível, ter o casco reparado.<<strong>br</strong> />

Durante toda a travessia dos Oceanos Atlântico<<strong>br</strong> />

e Índico, o navio, que <strong>de</strong>ixou as águas<<strong>br</strong> />

maranhenses no domingo <strong>de</strong> Carnaval, está<<strong>br</strong> />

sendo acompanhado por um rebocador.<<strong>br</strong> />

Fonte: IG São Paulo / Redação<<strong>br</strong> />

A empresa informou que po<strong>de</strong>ria<<strong>br</strong> />

atrasar a concessão do contrato <strong>de</strong>vido à<<strong>br</strong> />

complexida<strong>de</strong> da operação<<strong>br</strong> />

As outras empresas sâo Svitzer<<strong>br</strong> />

Salvage, Mammoet Salvage, Titan Salvage,<<strong>br</strong> />

Resolve Marine Group, T&T Marine Salvage,<<strong>br</strong> />

Donjon Marine, Tito Neri, Fukuda Salvage &<<strong>br</strong> />

Marine Work and Nippon Salvage.<<strong>br</strong> />

O salvamento preliminar e a remoção<<strong>br</strong> />

do combustível está previsto para durar até<<strong>br</strong> />

março com progressos lentos <strong>de</strong>vido ao mau<<strong>br</strong> />

tempo. A Smit ainda não começou a retirar as<<strong>br</strong> />

2200 toneladas <strong>de</strong> óleo combustível e 185<<strong>br</strong> />

toneladas <strong>de</strong> diesel marítimo do navio.<<strong>br</strong> />

A remoção do Costa Concordia po<strong>de</strong>rá<<strong>br</strong> />

começar já em a<strong>br</strong>il e terá um prazo entre sete<<strong>br</strong> />

e <strong>de</strong>z meses <strong>de</strong> acordo com a Agência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Proteção Civil italiana.<<strong>br</strong> />

No mês passado os mergulhadores<<strong>br</strong> />

interromperam as buscas por so<strong>br</strong>eviventes em<<strong>br</strong> />

todo o navio. Até agora 17 mortes foram<<strong>br</strong> />

confirmadas e 15 ainda estão <strong>de</strong>saparecidos do<<strong>br</strong> />

“Costa Concordia” que bateu numa pedra e<<strong>br</strong> />

naufragou em 13 <strong>de</strong> janeiro.<<strong>br</strong> />

O CCMM ESTÁ DISPONIBILIZANDO UM E-MAIL EXCLUSIVO PARA ASSUNTOS JURÍDICOS DE<<strong>br</strong> />

INTERESSE DOS ASSOCIADOS:<<strong>br</strong> />

diretoriajuridica_CCMM@yahoo.com.<strong>br</strong>


A COLUNA DO LEITOR<<strong>br</strong> />

Opinião cautelosa<<strong>br</strong> />

Prezado amigo<<strong>br</strong> />

O jornal esta repleto <strong>de</strong> opiniões so<strong>br</strong>e o Costa Concordia , todas abalizadas por serem oriundas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

experimentados colegas. Todavia, nestes 50 anos <strong>de</strong> mercante e mais <strong>de</strong> 35 como advogado, aprendi que<<strong>br</strong> />

somente <strong>de</strong>vo emitir opinião mediante conhecimento <strong>de</strong> todos os fatos, que neste caso, somente quem<<strong>br</strong> />

participou do ato sabe.<<strong>br</strong> />

Assim, reservo minha opinião para posteriore.<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>aços<<strong>br</strong> />

Carlos Eloy por e-mail em 15/02/2012<<strong>br</strong> />

Boa cobertura<<strong>br</strong> />

Caro IP Ventura:<<strong>br</strong> />

Agra<strong>de</strong>ço e repasso. (<strong>Revista</strong> <strong>Eletrônica</strong> do CCMM nr. 92)<<strong>br</strong> />

Muito boa a cobertura do aci<strong>de</strong>nte com o navio italiano.<<strong>br</strong> />

Ainda, a bela crônica do Marcus Vinícius nos lem<strong>br</strong>a São Vicente.<<strong>br</strong> />

Edson Martins Areias por e-mail em 15/02/2012<<strong>br</strong> />

Opiniões diferentes<<strong>br</strong> />

Prezado Ventura,<<strong>br</strong> />

Novamente apreciei bem a revista do CCMM, em especial as diferentes opiniões so<strong>br</strong>e o aci<strong>de</strong>nte do "Costa<<strong>br</strong> />

Concordia".<<strong>br</strong> />

Agra<strong>de</strong>ço as referências à minha ida à festa <strong>de</strong> Belém<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>aço<<strong>br</strong> />

Eucli<strong>de</strong>s Quandt <strong>de</strong> Oliveira por e-mail em 15/02/2012<<strong>br</strong> />

Nota da Redação: Nós é que agra<strong>de</strong>cemos a sua presença.<<strong>br</strong> />

Belo exemplar<<strong>br</strong> />

Amigo Ventura,<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igado por mais este belo exemplar; admiro e respeito este seu trabalho em prol da divulgação dos assuntos<<strong>br</strong> />

mercantes. Mais uma vez parabéns.<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>aços.<<strong>br</strong> />

Cesar Rodrigues por e-mail em 14/02/2012<<strong>br</strong> />

Serieda<strong>de</strong> nos treinamentos<<strong>br</strong> />

Capitão Ventura,<<strong>br</strong> />

A princípio, gostaria <strong>de</strong> dizer que foi uma satisfação receber a edição <strong>de</strong>sta memorável publicação. Mas<<strong>br</strong> />

gostaria também <strong>de</strong> tecer alguns comentários:<<strong>br</strong> />

A Culpabilida<strong>de</strong> das Autorida<strong>de</strong>s Marítimas - Os responsáveis pela expedição <strong>de</strong> certificação para Marítimos<<strong>br</strong> />

e Funcionários que embarcam em navios <strong>de</strong> passageiros, <strong>de</strong>veriam há muito ter <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado uma<<strong>br</strong> />

sistemática mais eficaz no que se refere, não só a vistorias documentares, on<strong>de</strong> se atestam as competências


para exercício <strong>de</strong> funções ligadas ao gerenciamento da navegação e hotelaria, bem como certificar-se <strong>de</strong> que<<strong>br</strong> />

os treinamentos vinculados ao plano <strong>de</strong> contingência seguem com veracida<strong>de</strong> os cronogramas <strong>de</strong>finidos pela<<strong>br</strong> />

referida autorida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Como sabemos, neste caso específico, nada foi seguido no que se refere ao plano <strong>de</strong> contingência. É claro que<<strong>br</strong> />

o pânico gerou inúmeras falhas, mas os tripulantes <strong>de</strong>veriam estar preparados. Nós, homens do mar, sabemos<<strong>br</strong> />

que é muito difícil gerenciar o pânico, principalmente num espaço confinado como é um navio, mas sempre<<strong>br</strong> />

acreditei na serieda<strong>de</strong> vinculada aos treinamentos. Portanto, penso que alguma condição <strong>de</strong>ve ser criada para<<strong>br</strong> />

talvez, através <strong>de</strong> filmagem, pressionar o homem do mar (principalmente embarcado em transatlânticos,<strong>de</strong>vido<<strong>br</strong> />

a imensa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas que não possuem vivência marítima e participam <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> navegação) a<<strong>br</strong> />

evi<strong>de</strong>nciar a veracida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tais treinamentos.<<strong>br</strong> />

Acredito na serieda<strong>de</strong> da IMO e na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus integrantes.<<strong>br</strong> />

Devo ressaltar que, em minha opinião, o Comandante agiu <strong>de</strong> forma louca ao <strong>de</strong>sviar a rota numa área como<<strong>br</strong> />

aquela.<<strong>br</strong> />

Um forte a<strong>br</strong>aço<<strong>br</strong> />

CCB Marcelo Vitor por e-mail em 14/02/2012<<strong>br</strong> />

Âncora enrascada.<<strong>br</strong> />

Comte. Ernani A. M. Ribeiro – CLC<<strong>br</strong> />

ernani-ribeiro1@hotmail.com<<strong>br</strong> />

A âncora enrascada, isto é, com uma corrente ou cabo enrolado em<<strong>br</strong> />

sua haste, é usada pela Marinha nos crachás e <strong>de</strong>mais distintivos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há<<strong>br</strong> />

muito.<<strong>br</strong> />

Mas, por que a corrente enrascada? Deve haver<<strong>br</strong> />

algum significado.<<strong>br</strong> />

Consultado o “doutor Google”, encontrei apenas o<<strong>br</strong> />

seguinte: a âncora enrascada teve sua origem no selo <strong>de</strong> Lord Effingham que foi o<<strong>br</strong> />

Primeiro Lord da Marinha ao tempo da <strong>de</strong>rrota da Invencível Armada em 1588. Des<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

então tornou-se o selo oficial <strong>de</strong> seu gabinete e, mais tar<strong>de</strong>, usado no crachá dos<<strong>br</strong> />

oficiais, nos botões do fardamento, etc.<<strong>br</strong> />

As marinhas <strong>de</strong> várias nações adotaram a “fouled anchor” <strong>de</strong> Lord Effingham.<<strong>br</strong> />

ET: A inscrição no selo é o da Or<strong>de</strong>m da Jarreteira, mas isso é outra história.<<strong>br</strong> />

Quer acompanhar a docagem <strong>de</strong> um dos nossos navios na China? Ler crônicas diversas, dicas so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

computadores, etc.?<<strong>br</strong> />

Acesse: http://www.pepeh.com.<strong>br</strong>/blog do nosso associado CCB Pedro Santos Carvalho<<strong>br</strong> />

Mulher, uma estrela <strong>de</strong> primeira gran<strong>de</strong>za no<<strong>br</strong> />

universo da nossa existência.<<strong>br</strong> />

Álvaro José <strong>de</strong> Almeida Júnior


Eles não po<strong>de</strong>riam ter feito isso sem nós<<strong>br</strong> />

Um novo livro enfoca o papel da Marinha Mercante inglêsa na guerra das Falklands (Malvinas) <strong>de</strong> 1982.<<strong>br</strong> />

Há trinta anos a Grã Bretanha estava prestes a ir<<strong>br</strong> />

para a guerra.<<strong>br</strong> />

Era um conflito gerado a partir <strong>de</strong> uma longa disputa<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a soberania das Ilhas Falklands (Malvinas).<<strong>br</strong> />

O governo argentino consi<strong>de</strong>rou a sua ação como a<<strong>br</strong> />

reocupação do seu território, enquanto o governo <strong>br</strong>itânico viu<<strong>br</strong> />

isso como uma invasão <strong>de</strong> um território <strong>br</strong>itânico sob sua<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>pendência.<<strong>br</strong> />

A Primeira Ministra Margareth Thatcher enviou uma<<strong>br</strong> />

força tarefa naval para retomar o território através <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

assalto anfíbio. Mais <strong>de</strong> setenta navios mercantes navegaram<<strong>br</strong> />

como parte <strong>de</strong>ssa força tarefa. Muitas vidas foram perdidas e<<strong>br</strong> />

vários navios afundados.<<strong>br</strong> />

Muitos livros foram escritos so<strong>br</strong>e esse conflito nas<<strong>br</strong> />

últimas décadas. Mas, surpreen<strong>de</strong>ntemente, poucos <strong>de</strong>les<<strong>br</strong> />

abordaram o crucial <strong>de</strong>sempenho da Marinha Mercante no<<strong>br</strong> />

conflito.<<strong>br</strong> />

Este livro vai, <strong>de</strong> alguma forma, restabelecer o<<strong>br</strong> />

equilí<strong>br</strong>io. Não é um livro <strong>de</strong> história vazio. Em vez disso,<<strong>br</strong> />

concentra-se nas experiências dos profissionais marítimos<<strong>br</strong> />

que tornaram possível a retomada das ilhas Falklands<<strong>br</strong> />

(Malvinas): traz todo o <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>amento do drama vivido<<strong>br</strong> />

através do testemunho dos que estavam lá.<<strong>br</strong> />

John Johnson-Allen, historiador marítimo e ex-oficial<<strong>br</strong> />

da Marinha Mercante fez um excelente trabalho divulgando a enorme contribuição dada pela Marinha<<strong>br</strong> />

Mercante e seus marinheiros em um conflito que teria ramificações políticas para além do verão <strong>de</strong> 1982.<<strong>br</strong> />

Eles não po<strong>de</strong>riam ter feito isso sem nós. Essa é a verda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

NOTA DE FALECIMENTO<<strong>br</strong> />

Comandante Amândio Pereira Chaves<<strong>br</strong> />

Um exemplo.<<strong>br</strong> />

Iniciamos nossa vida profissional na antiga Companhia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Navegação Costeira, na década <strong>de</strong> 50.<<strong>br</strong> />

Fizemos carreira paralela até atingirmos o Comando.<<strong>br</strong> />

Amândio, como era conhecido na Costeira, sempre teve uma<<strong>br</strong> />

aparência professoral e cedo se <strong>de</strong>dicou ao ensino. Deixou o mar,<<strong>br</strong> />

mas continuou em terra passando a sua experiência e incentivando os futuros oficiais da Marinha<<strong>br</strong> />

Mercante.<<strong>br</strong> />

Homem correto, <strong>de</strong> fala mansa, o professor Chaves, como era conhecido no CIAGA, tinha a<<strong>br</strong> />

preocupação <strong>de</strong> não sensibilizar as pessoas; era educado e comedido, jamais perdia a<<strong>br</strong> />

serenida<strong>de</strong>. Chaves se i<strong>de</strong>ntificava com o CIAGA e particularmente com a EFOMM <strong>de</strong> uma forma<<strong>br</strong> />

integral.<<strong>br</strong> />

Não sei como será a nossa Universida<strong>de</strong> do Mar sem a presença do Mestre, mas <strong>de</strong> uma coisa<<strong>br</strong> />

estou certo: o Comandante-professor Chaves <strong>de</strong>ixará um espaço difícil <strong>de</strong> ser preenchido e uma<<strong>br</strong> />

sauda<strong>de</strong> impossível <strong>de</strong> ser superada.<<strong>br</strong> />

Álvaro José <strong>de</strong> Almeida Junior presidência@centrodoscapitaes.<strong>org</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Leia manifestações <strong>de</strong> pesar em:<<strong>br</strong> />

http://www.centrodoscapitaes.<strong>org</strong>.<strong>br</strong>/Nota_<strong>de</strong>_Falecimento.html


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LIVROS<<strong>br</strong> />

“HISTÓRIA DA MARINHA MERCANTE” -<<strong>br</strong> />

Volumes I e II - Alberto Pereira <strong>de</strong> Aquino<<strong>br</strong> />

“MAR DE MEMÓRIAS” - Wesley O. Collyer<<strong>br</strong> />

“LEI DOS PORTOS” - Wesley O. Collyer<<strong>br</strong> />

“EMPURRANDO ÁGUA” - Antonio Haylton<<strong>br</strong> />

Figueiredo<<strong>br</strong> />

“MEMÓRIAS DE UM PELEGO” - Rômulo<<strong>br</strong> />

Augustus Pereira <strong>de</strong> Souza<<strong>br</strong> />

“O COMANDANTE BAHIA”- Carlos Nardin<<strong>br</strong> />

Lima.<<strong>br</strong> />

BRINDES<<strong>br</strong> />

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“Engraçado, costumam dizer que tenho sorte. Só eu sei que<<strong>br</strong> />

quanto mais eu me preparo mais sorte eu tenho”.<<strong>br</strong> />

Anthony Robbins<<strong>br</strong> />

POPULARES<<strong>br</strong> />

________________________________<<strong>br</strong> />

Love should be paid with love<<strong>br</strong> />

Amor com amor se paga.<<strong>br</strong> />

Passed waters can’t move the<<strong>br</strong> />

mills”<<strong>br</strong> />

Águas passadas não movem moinhos.<<strong>br</strong> />

FACILIDADES CCMM<<strong>br</strong> />

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Editor responsável pela “<strong>Revista</strong> <strong>Eletrônica</strong>”<<strong>br</strong> />

CLC Luiz Augusto Cardoso Ventura<<strong>br</strong> />

luizaugustocardosoventura@yahoo.com.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

CENTRO DOS CAPITÃES DA MARINHA MERCANTE<<strong>br</strong> />

Av. Rio Branco, 45 Sls. 507/ 508 - Centro<<strong>br</strong> />

Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ CEP 20.090-003<<strong>br</strong> />

Tel.: 2253-4623 Tel. (fax): 2518-1638<<strong>br</strong> />

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