São os idosos sujeitos? - Portal do Envelhecimento
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(2006) constata que a sociedade, pouco a pouco, inclui o id<strong>os</strong>o, fazen<strong>do</strong><br />
com que a experiência de envelhecer p<strong>os</strong>sa vir a ser um 'momento<br />
gratificante'. “Podem<strong>os</strong> falar no aumento da auto-estima, no sentimento<br />
de confiança e na percepção de que o passar d<strong>os</strong> an<strong>os</strong> é mais marca<strong>do</strong><br />
pela aquisição <strong>do</strong> que pela perda” (IDEM, p. 17), afirma a autora.<br />
Onde estam<strong>os</strong>, então? É p<strong>os</strong>sível afirmar que a sociedade, como um<br />
to<strong>do</strong>, está se tornan<strong>do</strong> mais inclusiva em relação a<strong>os</strong> id<strong>os</strong><strong>os</strong>? Se<br />
aceitarm<strong>os</strong> que estam<strong>os</strong> num perío<strong>do</strong> de transição, então é provável que<br />
encontrem<strong>os</strong> <strong>do</strong>is discurs<strong>os</strong> diferentes em relação ao id<strong>os</strong>o: um que o<br />
trata como objeto, indivíduo, incapaz; o outro que o trata como sujeito e<br />
ator de sua própria vida.<br />
Moradia para id<strong>os</strong><strong>os</strong><br />
Que as moradias e asil<strong>os</strong> exploram o nicho de merca<strong>do</strong> volta<strong>do</strong> para <strong>os</strong><br />
id<strong>os</strong><strong>os</strong> é óbvio. Mas a partir de que paradigma? Ven<strong>do</strong> seu público-alvo<br />
como sujeito ou objeto? Respeitan<strong>do</strong> sua individualidade e seus desej<strong>os</strong><br />
ou reduzin<strong>do</strong>-o a indivíduo sujeita<strong>do</strong> ao desejo alheio?<br />
Ao montar um serviço volta<strong>do</strong> para um determina<strong>do</strong> público, é essencial<br />
que <strong>os</strong> empreende<strong>do</strong>res tenham em mente o benefício desse público.<br />
Assim, qualquer serviço volta<strong>do</strong> para o id<strong>os</strong>o deveria a<strong>do</strong>tar um<br />
paradigma inclusivo, respeitan<strong>do</strong> não só as necessidades físicas desse<br />
grupo, mas seu direito de estar envolvi<strong>do</strong> com a sociedade, de ser<br />
cidadão e ator de sua própria vida. Zeisel (2007) chama essa atitude <strong>do</strong>