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O Sonho da Mulher de Pilatos - Projeto Spurgeon

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insultariam sem misericórdia, e para que fosse levado ao povo e<br />

apresentado diante <strong>de</strong>les com aquelas palavras que afligem a alma: ―Eis<br />

aqui o homem!‖ Houve alguma vez dor como Sua dor?<br />

Em vez <strong>de</strong> falar sobre isso hoje, sinto-me inclinado a atuar como os amigos<br />

<strong>de</strong> Jó, <strong>de</strong> quem está escrito que ao olhá-lo, ―levantaram a sua voz e<br />

choraram, ... e assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e<br />

nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito<br />

gran<strong>de</strong>.‖ (Jó 2: 12-13)<br />

Deixamos momentaneamente ao Senhor para consi<strong>de</strong>rar esse sonho <strong>da</strong><br />

mulher <strong>de</strong> <strong>Pilatos</strong>, <strong>de</strong> quem se fala só uma vez na Escrituras, e quem o faz é<br />

Mateus. Eu não sei por que esse evangelista foi o único comissionado para<br />

registrar esse sonho – talvez ele foi o único que ouviu sobre ele – mas esse<br />

único registro basta para nossa fé, e contêm suficiente material para nos<br />

ministrar alimento para meditação. Nós recebemos a história como<br />

certifica<strong>da</strong> pelo Espírito Santo.<br />

Enquanto <strong>de</strong>sempenhou seu cargo, <strong>Pilatos</strong> comportou-se extrema<strong>da</strong>mente<br />

mal. Tinha sido injusto e inescrupuloso governante dos ju<strong>de</strong>us. Tanto os<br />

galileus[3] como os samaritanos tinha sentido o terror <strong>de</strong> suas armas, pois<br />

não duvidou em massacrá-los diante do mais leve sinal <strong>de</strong> subversão[4] – e<br />

entre os próprios ju<strong>de</strong>us, havia enviado homens com punhais em meio as<br />

multidões nas gran<strong>de</strong>s reuniões, para eliminar os que lhe eram odiosos[5].<br />

A ganância era seu objetivo, e a altivez governava seu espírito. No tempo<br />

em que Jesus <strong>de</strong> Nazaré foi levado diante <strong>de</strong>le, encaminhava-se uma queixa<br />

feita contra ele ao imperador Tibério, e temia ser chamado a ren<strong>de</strong>r contas<br />

por suas opressões, extorsões e assassinatos[6]. Seus pecados naquele<br />

momento estavam começando a castigá-lo: como nos Salmos diz ―quando<br />

me cercar a iniqüi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos que me armam cila<strong>da</strong>s‖<br />

Uma terrível porção do castigo do pecado é seu po<strong>de</strong>r para forçar a um<br />

homem cometer maiores iniqui<strong>da</strong><strong>de</strong>s. As transgressões <strong>de</strong> <strong>Pilatos</strong> agora<br />

estavam uivando a sua volta como uma mana<strong>da</strong> <strong>de</strong> lobos – não podia se<br />

enfrentá-las, e não contava com a graça para fugir ao único gran<strong>de</strong> refugio<br />

– seu temos antes o conduziu a fugir diante <strong>de</strong>las, e não havia nenhum<br />

caminho aberto para ele, senão aquele que o conduziu as mais profun<strong>da</strong>s<br />

abominações. Ele sabia que Jesus era inteiramente sem mancha. No entanto,<br />

posto que os ju<strong>de</strong>us clamavam pedindo Sua morte, sentiu que <strong>de</strong>veria ce<strong>de</strong>r<br />

a suas <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s, pois, do contrário levariam outra acusação contra ele, isso<br />

é, que não era leal a soberania do Cesar, tendo permitido que escapasse um<br />

que havia se <strong>de</strong>clarado rei. Se ele tivesse se comportado com justiça, não<br />

teria temido os principais sacerdotes e escribas. A inocência é valente, mas

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