Ipem cria melhores condições para atendimento ao taxista - sincavir

Fev /Mar
2006
Tadeu Mendonça: “O Sindicato prestou enorme serviço a
esta implantação de um novo sistema”
Táxi Notícias – Por que o
Ipem mudou o sistema de trabalho
na aferição de taxímetros?
Tadeu Mendonça – Na realidade,
nós estávamos assumindo parte
do trabalho que era das oficinas
que são autorizadas e credenciadas.
Fizemos o seguinte: deixamos
com as oficinas o trabalho que é de
responsabilidade delas, que têm a
obrigação moral e legal de cumprir
aquilo que determina a relação de
quando elas se propõem a ser credencia-das.
Então, deixamos de nos
preocupar se a oficina fará ou não
o seu trabalho. A oficina fará o seu
trabalho como fez. Elas cresceram
no conceito e nós ganhamos tempo.
O taxista economizou seu tempo. O
Sindicato ganhou também porque
prestou enorme serviço a este entendimento,
a esta implantação de
um novo sistema.
Táxi Notícias – Houve muitos
problemas com a mudança?
Tadeu Mendonça – No começo
foi difícil. Toda mudança gera traumas.
Aqui, dentro do IPEM, tive
que vencer resistências de mais de
12 anos. E acho que o grupo que
acreditou no projeto liderado pela
Rosângela foi muito bom. Tivemos
o apoio do Rio de Janeiro onde o
processo já funciona assim. Fomos
até o Rio para ver o funcionamento,
para melhorar para os taxistas de
Minas. Tudo isso demonstra que
temos o interesse de melhorar o
serviço do IPEM. Mas no final, fiquei
muito satisfeito porque alcançamos
nossos objetivos.
Táxi Notícias – O que o Ipem
pode fazer para ajudar a acabar
com o cartel?
Tadeu Mendonça – Temos duas
frentes de trabalho. Facilitar o credenciamento
de novas oficinas por
meio de uma portaria do Imetro e
o trabalho junto aos fornecedores
de taxímetros. Esta é uma preocupação
de toda Rede Brasileira de
Metrologia Legal porque são poucos
fornecedores e sendo poucos fornecedores
eles impõem um preço às
oficinas que acabam repassando
esses preços aos taxistas.
Táxi Notícias – O SINCAVIR
solicitou ao governo que desenvolva
nova tecnologia para o taxímetro.
Qual a sua opinião?
Tadeu Mendonça – Esta iniciativa
já nos foi solicitada pelo secretário
Bilac e eu achei a idéia brilhante. O
secretário está encaminhando este
pedido à Fapemig para ver qual instituto
ou centro tecnológico do Estado
pode se interessar por desenvolver
outros sistemas de taxímetros. Esse
incentivo governamental é fundamental
para a categoria.
Se houver o desenvolvimento
desta tecnologia de um novo sistema,
nós teremos o maior prazer em
apresentar isso como solução para o
Imetro e, conseqüentemente, para a
Rede Brasileira de Metrologia.
Táxi Notícias – Em reunião
entre BHTrans e SINCAVIR,
foi discutida a possibilidade de
transferir a pista de teste do
Ipem para a BHTrans. Isto é
viável?
Tadeu Mendonça – Estamos
em entendimento com a BHTrans
para a construção da pista de rolamento,
pista de teste dentro da
própria BHTrans. Isso vai gerar
conforto, segurança e economia de
tempo. Este acordo é muito bem
vindo, abre muitos caminhos. A
pista na BHTrans também resolve
a questão da Jacuí, que fica com o
trânsito todo complicado em época
de aferição.
Táxi Notícias – Quais são as
próximas ações para o taxista?
Tadeu Mendonça – Uma delas
é a melhora da qualidade da prestação
de serviços das oficinas. Para
o ano que vem vamos criar os parâmetros
de qualidade dos serviços
das oficinas. Isso, naturalmente, vai
imprimir uma disputa saudável para
a oficina que, com certeza, vai se
colocar como empresa modelo. É
saudável para o taxista que terá um
trabalho de maior qualidade.
08
Taxistas começam o
De 27 de janeiro a 21 de fevereiro,
todos os 6,5 mil táxis de Belo Horizonte,
Contagem, Ibirité e Ribeirão
das Neves passaram pelo Instituto
de Pesos e Medidas de Minas Gerais
(Ipem–MG) para aferição do taxímetro.
Para facilitar o trabalho e adiantar
Temos outros projetos como o
Táxi Legal. O Táxi Legal é a certeza
que o taxista tem de se apresentar
ao consumidor como um prestador
de serviços absolutamente legalizado,
com todas as credenciais de um
a F E R I Ç Ã o D E
a vida do taxista, este ano o Ipem
realizou mudanças no procedimento.
Os dois primeiros dias foram tumultuados,
mas depois tudo transcorreu
tranqüilamente.
Um grave problema enfrentado pelos
taxistas foi o preço cobrado pelas
oficinas. O SINCAVIR tentou derrubar
“Temos o interesse de melhorar o serviço”
grande profissional. É um trabalho
que queremos desenvolver com o
Sindicato porque o lado legal é bom
para todo mundo, para o Sindicato,
para o taxista e especialmente para
o consumidor.
governo pode incentivar nova
tecnologia para taxímetro
No dia 3 de março, o SINCAVIR
entregou ao secretário estadual de
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,
Bilac Pinto, um ofício com
o pedido de viabilização de nova
tecnologia para taxímetro, a fim de
eliminar os procedimentos onerosos
e demorados para o taxista e desmontar
a rede de cartel
instalada pelas oficinas.
O presidente do Sindicato,
Dirceu Efigênio Reis,
sugeriu ainda que tal
projeto seja elaborado
com a participação dos
órgãos envolvidos no
controle e aferição dos
taxímetros e das entidades
representativas dos
taxistas.
O secretário foi receptivo à idéia
e afirmou que iria verificar tal possibilidade.
Com relação ao cartel
das oficinas, ele disse que tomará
providências e solicitará ao Ipem o
credenciamento de novas oficinas
para a próxima aferição.
O secretário Estadual, Bilac Pinto e Dirceu
Progresso para a classe
Toda mudança gera algum tipo de insatisfação no início. A aferição foi
tumultuada nos primeiros dias, mas depois transcorreu bem. A intenção
foi a melhor possível. O taxista teria que ir duas vezes ao Ipem, agora
e no próximo mês de agosto, mas conseguimos unificar as duas etapas
em uma só. Isso tem um ganho substancial porque deixamos de gastar
R$ 30,00 da aferição periódica e não vamos precisar parar novamente
para correr pista.
O que mais nos entristeceu foi ver as oficinas fechando um mesmo
preço para o serviço, caracterizando o cartel. Denunciamos a prática e
tentamos barrar este procedimento, mas não tivemos como impedir. O
que conseguimos fazer foi tentar um acordo com as oficinas. Mesmo assim,
conseguimos reduzir somente R$ 4,50 no preço cobrado, que passou
de R$ 90,00 para R$ 85,50. Acho que este foi o ponto mais lamentável de
todo o processo de aferição este ano. Por isso, já solicitamos ao governo
do Estado que realize um estudo para mudar o atual sistema e criar nova
tecnologia que seja mais econômica e segura para o taxista.
Dirceu Efigênio Reis, Diretor-presidente do SINCAVIR