Andrea Beltrão em JACINTA - Judicial Care
Andrea Beltrão em JACINTA - Judicial Care
Andrea Beltrão em JACINTA - Judicial Care
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
DE<br />
NEWTON MORENO<br />
ANDRÉA BELTRÃO<br />
EM<br />
DIREÇÃO<br />
ADERBAL FREIRE-FILHO
SOBRE O ESPETÁCULO<br />
Jacinta é um quase-musical. Mas pode ser<br />
também um mais-do-que-musical.<br />
O humor, a satírica reconstrução da história,<br />
o real e o imaginário juntos, o começo da<br />
colonização do Brasil, tudo é festa.<br />
A fantasia de Newton Moreno oferece ao teatro<br />
uma possibilidade musical que t<strong>em</strong> várias<br />
origens: o teatro de revista brasileiro, a opereta<br />
e ainda as dimensões do teatro épico de Brecht.<br />
Cantar, dançar, representar.<br />
Jacinta certamente não chegaria a tanto.<br />
Mas no outro lado do espelho posto diante<br />
dela, Andréa <strong>Beltrão</strong> canta, dança e representa<br />
a vida e a obra da pior atriz do mundo.<br />
Aderbal Freire-Filho, o diretor
<strong>JACINTA</strong><br />
INICIA SUA<br />
JORNADA EM<br />
PORTUGAL
Nos porões da Corte Portuguesa,<br />
Jacinta troca a função<br />
de provadora de comida real<br />
(vítima de constantes tentativas de envenenamento)<br />
por uma profissão mais segura: ser atriz.
Ledo-engano. Sua primeira missão<br />
é animar a moribunda Rainha I,<br />
à beira de seu leito de morte.<br />
Sua falta de talento é tamanha<br />
que<br />
sua canhestra apresentação<br />
mata a pobre Rainha do coração,<br />
o que faz com que Jacinta receba<br />
um dos piores dos castigos,<br />
ser degredada ao Brasil.<br />
Em terras brasileiras,<br />
Jacinta percorre<br />
vários estilos teatrais e várias platéias,<br />
da bufonaria até o teatro de marionetes<br />
<strong>em</strong> busca de reconhecimento<br />
e de um aplauso<br />
que ninguém consegue lhe dar.<br />
Encontra uma trupe que lhe acompanhará<br />
<strong>em</strong> boa parte de sua trajetória,<br />
um judeu perseguido pela inquisição,<br />
uma prostitua grávida e um pederasta.<br />
Este quarteto de excluídos<br />
enfrenta o árido solo de<br />
um país de colonizadores<br />
e o árido solo do<br />
reconhecimento como artistas.
Jacinta enfrenta inquisidores,<br />
ladrões e é violentada por espanhóis<br />
e portugueses <strong>em</strong> cima da linha<br />
do Tratado de Tordesilhas.<br />
Esfarrapada, faminta, seviciada,<br />
mas confiante <strong>em</strong> seu talento,<br />
Jacinta vai mergulhando no país,<br />
adentrando até o núcleo da selva amazônica<br />
e, no meio da floresta,<br />
faz sua profissão de fé.<br />
Este, s<strong>em</strong> dúvida,<br />
seu público mais atento até agora:<br />
a selva amazônica,<br />
o país verde e incauto que,<br />
assim como ela,<br />
será destroçado pro seus conterrâneos.<br />
A saga de Jacinta,<br />
de fuga <strong>em</strong> fuga de busca <strong>em</strong> busca,<br />
termina <strong>em</strong> uma tribo indígena,<br />
onde um diretor de teatro-jesuíta<br />
ensina os índios e curumins<br />
a interpretar um Auto Religioso.<br />
Em sua atividade de catequese,<br />
angaria Jacinta para viver o papel<br />
de Virg<strong>em</strong> Maria.<br />
Ali como Virg<strong>em</strong> Maria,<br />
grávida e violada, <strong>em</strong> meio à<br />
mata,<br />
sentindo as dores do parto,<br />
Jacinta é aclamada e finalmente<br />
aplaudida. Sua interpretação<br />
comove os índios,<br />
alegra os Jesuítas, facilita a<br />
catequese e,<br />
conseqüent<strong>em</strong>ente, a aceitação<br />
da colonização portuguesa.
A Corte,<br />
animada com a melhoria dos<br />
negócios,<br />
esquece que Jacinta<br />
matou sua Rainha t<strong>em</strong>pos atrás<br />
e a trata com honrarias,<br />
convidando-a a retornar a<br />
Portugal<br />
com ares de heroína do alémmar.<br />
Em mar aberto, mar português,<br />
Jacinta revela a seus fãs mirins,<br />
o que mais a comove<br />
<strong>em</strong> toda sua trajetória,<br />
o momento mais precioso<br />
de toda sua ventura,<br />
o aplauso.
A PIOR<br />
ATRIZ<br />
∆<br />
MUNDO<br />
por<br />
Aderbal Freire-Filho
Quando a pior atriz do mundo<br />
estava vindo para o Brasil, a<br />
bordo de uma caravela – que,<br />
infelizmente para a história do<br />
teatro, não naufragou nas águas do<br />
Atlântico –, shakespeare devia<br />
estar escrevendo os conselhos aos<br />
atores, que ele colocou na boca de<br />
hamlet.<br />
Não se sabe ao certo se Shakespeare chegou<br />
a assistir a algum espetáculo da pior atriz<br />
do mundo. Aliás, não se sabe ao certo se<br />
shakespeare existiu. Ou, pelo menos, não se<br />
sabe ao certo onde ele estava durante um longo<br />
período da sua vida, <strong>em</strong> que os pesquisadores o<br />
perd<strong>em</strong> de vista. Imaginam que ele estivesse na<br />
Itália, acompanhando o Conde de Southampton,<br />
suposto destinatário dos seus belíssimos sonetos.<br />
Como tudo na vida dele são hipóteses, não é<br />
nada d<strong>em</strong>ais supor que a caminho da Itália,<br />
shakespeare tenha passado por Portugal, ido<br />
ao teatro e visto um espetáculo com a pior atriz do<br />
mundo. Isso explicaria três coisas que os biógrafos<br />
não sab<strong>em</strong> explicar.<br />
Primeiro, o t<strong>em</strong>po que ficou desaparecido, entre<br />
sua saída de Stratford e sua chegada a Londres.<br />
O mais provável é que tenha sofrido uma forte<br />
depressão (na época se chamava amolecimento do<br />
cérebro) e que tenham lhe aplicado umas ventosas,<br />
uns purgantes, obrigando-o a ficar internado um<br />
t<strong>em</strong>pão <strong>em</strong> terras portuguesas.
A outra coisa que fica explicada é porque não tinha mulher<br />
na sua companhia. Como se sabe, todos os papéis f<strong>em</strong>ininos<br />
eram representados por homens, mesmo Julieta. Ora, depois<br />
de ver a pior atriz do mundo, shakespeare pegou um abuso<br />
(como diz<strong>em</strong> os nordestinos) por mulher, pelo menos por<br />
atrizes, que fez uma companhia de teatro só com homens.<br />
E, finalmente, explica-se porque ele criou uma cena na sua<br />
peça mais famosa, Hamlet, para dar uma aula de interpretação<br />
aos atores. Shakespeare queria, enfim, exorcizar a l<strong>em</strong>brança<br />
da pior atriz do mundo.<br />
Dá para perceber por trás daqueles célebres conselhos a figura<br />
da pior atriz do mundo, no meio de uma cena, atazanando<br />
a l<strong>em</strong>brança do bardo.<br />
Senão porque hamlet diria:<br />
“se for para declamar…<br />
– e aí ele pensava: como aquela atriz de Portugal –<br />
…eu prefiro chamar o<br />
pregoeiro da cidade para<br />
dizer meus versos”.<br />
Depois:<br />
“Não é para serrar o ar d<strong>em</strong>ais com as mãos<br />
assim”<br />
– e na cabeça do pobre shakespeare qu<strong>em</strong> ele via<br />
agitando as mãos?<br />
Não é difícil adivinhar.<br />
Mais adiante:<br />
“ah, me fere a alma ver<br />
um sujeito agitado,<br />
de peruca, rasgando uma<br />
paixão <strong>em</strong> farrapos”<br />
– e ele diz sujeito, <strong>em</strong> vez de atriz,<br />
pois pegou tanto abuso, que n<strong>em</strong> pode<br />
pronunciar a palavra.<br />
E continua:<br />
“rachando os ouvidos de qu<strong>em</strong><br />
fica perto do palco”<br />
– qu<strong>em</strong>? Ela, claro, cuja voz não saía dos<br />
seus ouvidos.<br />
O que também está claro é que esses conselhos<br />
nunca chegaram aos ouvidos da<br />
pior atriz do mundo. Se ela tivesse ficado<br />
<strong>em</strong> Portugal não estaria longe do Globe<br />
Theatre e qu<strong>em</strong> sabe um dia tomasse conhecimento<br />
deles. Mas como foi deportada<br />
para os cafundós do Brasil, a pior atriz<br />
do mundo nunca ouviu as sábias lições<br />
de william shakespeare e atazanou<br />
a vida já difícil dos índios, jesuítas, portugueses<br />
e de todos aqueles deserdados.<br />
A pior atriz do mundo.<br />
A história guardou seu nome:<br />
jacinta.<br />
Newton Moreno, o autor, pesquisou<br />
relatos de cronistas da época e teve<br />
que se virar para completar muitos<br />
episódios. Como todos perdiam o juízo<br />
quando viam jacinta, os relatos são<br />
confusos, caóticos.<br />
Só uma atriz brilhante poderia<br />
representar jacinta:<br />
A vida sofrida de uma mulher, suas<br />
aventuras <strong>em</strong> dois continentes, ameaças<br />
de prisão e de morte, seus sonhos, suas<br />
frustrações; e ao mesmo t<strong>em</strong>po, a obra<br />
descabelada, esganiçada, esbugalhada de<br />
uma – por que não? – inesquecível artista<br />
(n<strong>em</strong> shakespeare esqueceu dela).<br />
Ainda shakespeare, depois dos<br />
conselhos aos atores, dizendo o que é o<br />
teatro:<br />
“O teatro, cujo fim, desde o<br />
princípio, e até agora, era e é,<br />
colocar um espelho diante<br />
da natureza”.<br />
De um lado do espelho,<br />
a pior atriz do mundo, jacinta.<br />
Do outro lado do espelho,<br />
uma atriz brilhante:<br />
andréa<br />
beltrão.
<strong>JACINTA</strong><br />
NASCE DE UMA<br />
FASCINAÇÃO<br />
PELO MECANISMO<br />
ø<br />
SURGIMENTO<br />
DESTE PAÍS.<br />
por<br />
Newton Moreno
A INVENÇÃO<br />
DESTE DESCOBRIMENTO, DESSA GENTE<br />
MOURA, NEGRA, ÍNDIA,<br />
MEIO PIRATA, MEIO FUGIDA<br />
QUE COSTUROU O BRASIL<br />
DE CANTO A CANTO.<br />
Este ponto de fuga faz parte da estrutura<br />
deste texto. É uma jornada, é uma<br />
viag<strong>em</strong> ao núcleo do país, <strong>em</strong> busca do<br />
entendimento da matriz colonizadora de<br />
sua gente.<br />
Raiz de aculturação, de desfalque e ataque<br />
à natureza.<br />
E t<strong>em</strong>os os Jesuítas e este cruzamento<br />
assustador de religião e teatro como<br />
processo colonizador massacrante de<br />
identidades culturais, com o objetivo de<br />
amaciar a entrada de capital estrangeiro,<br />
ou melhor, de interesses estrangeiros.<br />
Pensar que o começo do fim se deu com<br />
autos religiosos para tribos indígenas.<br />
Pensar o que se perdeu desta alma ancestral<br />
do primeiro hom<strong>em</strong> brasileiro.<br />
Este mecanismo de re-educação que extrai<br />
valores e impõe outros.<br />
Que é o que test<strong>em</strong>unhamos até hoje.
No outro ponto, há esta vocação, entrega e comprometimento<br />
com a vida artística de Jacinta.<br />
QUEM PODERIA SER<br />
A PIOR ATRIZ DE TODOS<br />
OS TEMPOS, MAS UMA<br />
ATRIZ QUE AMASSE OS<br />
PALCOS COM TAMANHA<br />
DEVOÇÃO, QUE MATARIA<br />
E MORRERIA PELO<br />
TABLADO?<br />
Que perseguisse o reconhecimento apesar de todos os revezes e obstáculos?<br />
Que se lança <strong>em</strong> todos os estilos, desafios, personagens?
É uma peça sobre gente fugida, s<strong>em</strong>pre<br />
mamb<strong>em</strong>be, marginal, <strong>em</strong> movimento.<br />
SOBRE<br />
VOCAÇÃO E TALENTO.<br />
SOBRE UM PAÍS QUE<br />
FOI COLONIZADO SEM<br />
O MENOR TALENTO.<br />
SOBRE UMA ATRIZ<br />
QUE SE DEVOTA<br />
INCONDICIONALMENTE<br />
AOS PALCOS.<br />
SOBRE ACULTURAÇÃO ø<br />
NOSSA ALMA ANCESTRAL.<br />
SOBRE UM OFÍCIO<br />
QUE EXIGE PERSISTÊNCIA,<br />
LUTA E RECOMEÇO.<br />
SOBRE UMA ATRIZ QUE<br />
QUER SER APLAUDIDA<br />
E NINGUÉM APLAUDE.<br />
Sobre o Teatro.
FAREMOS DESTA<br />
JORNADA ø <strong>JACINTA</strong><br />
UM MUSICAL<br />
andrea beltrão, os quatro atores-cantores<br />
e a banda que os acompanhará usarão<br />
de números musicais para contar algumas<br />
passagens da vida de nossa heroína farsesca.<br />
A música foi um dos instrumentos mais<br />
eficientes de catequização das tribos indígenas<br />
quando da chegada dos Jesuítas; antes<br />
de entender o ‘Deus Europeu’ que lhes era<br />
apresentado <strong>em</strong> missas e sermões, os índios<br />
se encantavam com a beleza das harmonias<br />
apresentadas nos cânticos.<br />
Daí surgiu a idéia de imprimir a narrativa<br />
musical ao nosso projeto.<br />
Incorporando algumas musicalidades das<br />
artes do espetáculo do século XVI, período<br />
<strong>em</strong> se passa a narrativa de Jacinta, uma<br />
sonoridade mais ligada aos romances de<br />
cavalaria, trupes mamb<strong>em</strong>bes de teatro de<br />
orig<strong>em</strong> ibérica com às interferências sonoras<br />
mais cont<strong>em</strong>porâneas.<br />
O corpo sonoro de jacinta transita entre a<br />
tradição e a modernidade.
ANDRÉA<br />
BELTRÃO<br />
Iniciou sua carreira de atriz na<br />
Escola de Teatro Tablado, onde<br />
adquiriu a formação básica necessária<br />
para prosseguir.<br />
Aventurou-se e diversificou seu<br />
trabalho, atuando <strong>em</strong> vários grupos<br />
importantes de teatro infantil,<br />
infanto-juvenil e adulto: arco<br />
da velha, manhas & manias<br />
e manhas de cabaré.<br />
Participou como atriz e produtora<br />
de espetáculos marcantes da<br />
dramaturgia nacional e estrangeira,<br />
pr<strong>em</strong>iados e prestigiados<br />
pela crítica e pelo público: o<br />
amigo da onça, a estrela do<br />
lar, a dona da história, m<strong>em</strong>ória<br />
da água, a prova, eu<br />
e meu guarda-chuva, como<br />
aprendi a dirigir um carro,<br />
sonata de outono, as centenárias,<br />
entre outros.<br />
andréa beltrão foi dirigida<br />
por diretores de renome, tais<br />
como:<br />
paulo betti, mauro rasi,<br />
joão falcão, felipe hirsh e<br />
aderbal freire-filho.<br />
No cin<strong>em</strong>a, estreou <strong>em</strong> garota<br />
dourada, atuou <strong>em</strong> alguns títulos<br />
do terrir:<br />
as sete vampiras e escorpião<br />
escarlate e ainda, o rei do<br />
rio, minas texas, a cor do<br />
seu destino, roque estrela,<br />
vai trabalhar vagabundo II,<br />
pequeno dicionário amoroso.<br />
Mais recent<strong>em</strong>ente, a partilha<br />
e cazuza, verônica, romance,<br />
salve geral e o b<strong>em</strong><br />
amado.<br />
Destacou-se na televisão com o<br />
papel de zelda scott, <strong>em</strong> armação<br />
ilimitada, série que durou<br />
quatro anos. A esses se seguiram<br />
muitos outros personagens<br />
de telenovelas e seriados:<br />
rainha da sucata, pedra<br />
sobre pedra, radical-chic,<br />
comédia da vida privada, as<br />
filhas da mãe, a grande família,<br />
as 50 leis do amor, os<br />
aspones e som & fúria.
ADERBAL<br />
FREIRE-FILHO<br />
Criou a maioria dos seus espetáculos<br />
no Rio de Janeiro, a partir de 1972.<br />
Dirigiu também <strong>em</strong> outras cidades<br />
do Brasil (São Paulo, Belo Horizonte,<br />
Porto Alegre). Em Montevidéu, com<br />
os elencos da comedia nacional<br />
del uruguay e da institución<br />
teatral el galpón montou<br />
outros espetáculos, b<strong>em</strong> como <strong>em</strong><br />
Buenos Aires, Amsterdã e Madri. Recebeu<br />
os prêmios molière, shell<br />
(2003 e 2004), golfinho de<br />
ouro, mamb<strong>em</strong>be, entre outros.<br />
Alguns de seus espetáculos mais<br />
conhecidos são:<br />
mão na luva (Oduvaldo Vianna Filho);<br />
a morte de danton (Buchner); as<br />
you like it (Shakespeare); turandot<br />
ou o congresso dos intelectuais<br />
(Brecht); senhora dos<br />
afogados (Nelson Rodrigues); luces<br />
de boh<strong>em</strong>ia (Valle-Inclán); o hom<strong>em</strong><br />
que viu o disco voador (Flavio<br />
Marcio); Casa de Boneca (Ibsen); Tio<br />
Vania (Tchecov); a prova; sonata<br />
de outono (Bergman); o que diz<br />
molero (Dinis Machado), o púcaro<br />
búlgaro (Campos de Carvalho) e moby<br />
dick (Herman Melville).<br />
Criou, <strong>em</strong> 1990, o centro de<br />
d<strong>em</strong>olição e construção do<br />
espetáculo. Além de diretor, é<br />
também autor de o tiro que mudou<br />
a história (<strong>em</strong> parceria com Carlos<br />
Eduardo Novaes), no verão de 1996…,<br />
xambudo, isabel, cão coisa e a<br />
coisa hom<strong>em</strong>, peças já encenadas.<br />
Publicou conversaciones com<br />
un director de teatro, com o<br />
crítico Rubén Castillo, <strong>em</strong> Montevidéu<br />
(Ed. Banda Oriental) e assina artigos<br />
<strong>em</strong> revistas nacionais e estrangeiras.<br />
Foi coordenador da comissão que<br />
projetou o curso de direção<br />
teatral da escola de comunicação<br />
da urfj. De 1994 a 1999, foi<br />
m<strong>em</strong>bro do conselho assessor<br />
do festival iberoamericano<br />
de teatro, de Cádiz, Espanha.<br />
T<strong>em</strong> espetáculos incluídos na enciclopédie<br />
mondiale des arts<br />
du spectacle dans la seconde<br />
moitié du xxe. siècle, la scène<br />
moderne (Éditions Carré, Paris, 1997).
NEWTON<br />
MORENO<br />
Nascido <strong>em</strong> Recife, formou-se<br />
Bacharel <strong>em</strong> Artes Cênicas pela<br />
unicamp (com o espetáculo primeiras<br />
estórias, adaptado e<br />
dirigido por João das Neves <strong>em</strong><br />
1995) e Mestre <strong>em</strong> Artes Cênicas<br />
pela usp com orientação da Prfª.<br />
Dra. Sílvia Fernandes Telesi. Fez<br />
parte da equipe de docentes da<br />
escola livre de teatro de<br />
santo andré e da sp escola<br />
de teatro.<br />
Em 2001, encenou seu primeiro<br />
texto deus sabia de tudo…<br />
É autor de dentro (que participou<br />
da mostra de dramaturgia<br />
cont<strong>em</strong>porânea – sesi<br />
<strong>em</strong> 2002) e a cicatriz é a flor,<br />
estes dois textos juntos compõe<br />
a primeira etapa do projeto<br />
body art; e agreste montado<br />
pela cia razões inversas <strong>em</strong><br />
São Paulo. Por este texto ganhou<br />
o prêmio shell e o prêmio<br />
apca (Associação Paulista dos Críticos<br />
de Artes) de melhor autor <strong>em</strong><br />
2004. Recebeu bolsa vitae de<br />
artes <strong>em</strong> 2003 para realizar livre<br />
adaptação teatral do livro assombrações<br />
do recife velho de<br />
Gilberto Freyre.<br />
Este espetáculo ganhou os prêmios<br />
qualidade brasil 2005 de<br />
melhor espetáculo, direção<br />
e Ator na categoria comédia e<br />
teve indicações ao prêmio shell<br />
de teatro de 2005 para direção,<br />
iluminação e música. as centenárias<br />
recebeu Prêmio Shell<br />
de Teatro no Rio de Janeiro<br />
2008 e o prêmio contigo! de<br />
melhor autor no mesmo ano.<br />
m<strong>em</strong>ória da cana, espetáculo<br />
dirigido por Newton, recebeu <strong>em</strong><br />
2009 o prêmio apca de melhor<br />
espetáculo e o prêmio<br />
shell de melhor direção e<br />
cenário.<br />
Em 2010, estreou os espetáculos:<br />
agreste malvarosa, com<br />
direção da amok companhia de<br />
teatro; o livro, com direção<br />
de Christiane Jatahy e atuação<br />
de Eduardo Moscóvis; e maria<br />
do caritó, com direção de João<br />
Fonseca e Lilia Cabral e Leopoldo<br />
Pacheco no elenco, todos no Rio<br />
de Janeiro.
FERNANDO<br />
MELLO ≈ COSTA<br />
Cenógrafo e diretor, com uma trajetória ligada ao experimentalismo e<br />
a pesquisa, atuando junto a significativos artistas e diretores da cena<br />
cont<strong>em</strong>porânea, tais como a diretora Bia Lessa nos espetáculos: O Pintor,<br />
Idéias e Repetições, Exercício nº l, Os Possessos, A Cena da Orig<strong>em</strong>,<br />
Orlando, Cartas Portuguesas - pelo qual recebeu os prêmios da<br />
Associação dos Críticos de São Paulo e Prêmio Shell (1992) - Don Giovanni e<br />
Viag<strong>em</strong> ao Centro da Terra; o diretor Jefferson Miranda e a Cia. De Teatro<br />
Autônomo, nos espetáculos: Mann na praia, Minh’alma é imortal, 7 X<br />
= Y, A Noite de Todas as Ceias, cenografias indicadas para os Prêmios<br />
Mamb<strong>em</strong>be, Rio de Janeiro e São Paulo (1996-1997), Uma coisa que não<br />
t<strong>em</strong> nome – e que se perdeu e Um Bando Chamado Desejo; Enrique Diaz<br />
e a Cia dos Atores, no espetáculo Melodrama – com indicações para os<br />
Prêmios Shell e Mamb<strong>em</strong>be, Rio de Janeiro e São Paulo (1995-1996);<br />
Jocy de Oliveira, compositora e pianista, com qu<strong>em</strong> realizou a cenografia<br />
da ópera Inori à prostituta sagrada, Illud T<strong>em</strong>pus, A Raga da Noite e<br />
Kseni a estrangeira com t<strong>em</strong>poradas no Rio e <strong>em</strong> São Paulo <strong>em</strong> 2006;<br />
com Moacir Chaves: O Sermão da Quarta Feira de Cinza, O Altar do Incenso,<br />
Bugiaria, prêmio “Governo do Estado” de melhor espetáculo<br />
do ano (2000), A Resistível Ascensão de Arturo Ui, Viver, espetáculo<br />
com textos de Machado de Assis, cenografia indicada para o Pr<strong>em</strong>io<br />
Shell, Rio de Janeiro (2002), Inutilezas, Por Mares Nunca D’antes, O<br />
Rei dos Escombros, Fausto, A Violência da Cidade, Utopia, realizado<br />
<strong>em</strong> 2005 e indicado para o Pr<strong>em</strong>io Shell, Rio de Janeiro , M<strong>em</strong>órias,<br />
texto de Machado de Assis, Mackbeth, de Sheakspeare, 2007, O Jardim<br />
das Cerejeiras, de Tchecov, A Invenção de Morel, de Bioy Casares e<br />
The Cachorro Manco Show; José Luiz Rinaldi: Drunk M<strong>em</strong>ories, Orfeu,<br />
Deslimites da Palavra; Carla Camuratti: objetos para a ópera La Serva<br />
Padrona, A Rainha da Beleza de Lenane, cenografia indicada ao Prêmio<br />
Cultura Inglesa, 1999, e a cenografia do filme Copacabana, prêmio de<br />
melhor cenografia no Festival Latino de Cin<strong>em</strong>a, Miami (2002); Aderbal<br />
Freire Filho: O Hom<strong>em</strong> que viu o disco voador, Dilúvio <strong>em</strong> T<strong>em</strong>pos de<br />
Seca, Sonata de Outono, cenografia que inaugurou o Teatro Poeira, Rio<br />
de Janeiro, O Púcaro Búlgaro, cenografia indicada aos Prêmios Shell e<br />
Eletrobras, Rio de Janeiro, 2006, As Centenárias, de Nilton Moreno,<br />
Prêmio Shell de cenografia, Rio de Janeiro, 2007, A Ord<strong>em</strong> do Mundo,<br />
Hamlet de Sheakspeare, Moby Dick cenografia indicada ao Prêmio Shell<br />
para o teatro, Rio de Janeiro e Prêmio APTR (2009) e Macbeth,estreada<br />
<strong>em</strong> 2010;; Sergio Modena: Coração Inquieto; Chico Azevedo: Unha e Carne;<br />
Marcus Alvisi: Hamlet; Antonio Pedro: Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o<br />
Bicho Come; Evandro Mesquita e Mauro Farias: Esse Cara Não Existe, cenografia<br />
indicada ao Prêmio Shell para o Teatro, Rio de Janeiro (2003);<br />
Rogério Sganzerla: Savanah Bay; Aluisio de Abreu e Cininha de Paula: Esse Alguém<br />
Maravilhoso que Eu Amei; Daniel Herz: Geraldo Pereira – Um escurinho<br />
Brasileiro; Marco de Aquino: Banquete na Escuridão, Um Inspetor<br />
está lá Fora e A Vida é Sonho de Calderon de la Barca; Marcus Faustini:<br />
Hoje é dia de Rock de José Vicente e Comédias do Coração, de Ariano Suassuna.<br />
Leila Hipólito: Tomo suas mãos nas minhas, cenografia indicada<br />
para o Prêmio Shell para o Teatro no Rio de Janeiro no primeiro s<strong>em</strong>estre<br />
de 2010; Paulo José: Ana Cristina Cesar ou Um Navio Ancorado no Espaço<br />
espetáculo que inaugurou o teatro do Espaço OI Futuro de Ipan<strong>em</strong>a e<br />
Histórias de Amor Líquido, <strong>em</strong> cartaz no Teatro Poeira, Rio de Janeiro.<br />
Fundador, junto com Guti Fraga, do Grupo de Teatro Nós do Morro, na comunidade<br />
do Vidigal, no Rio de Janeiro, e com qu<strong>em</strong> dirigiu Abalou, um<br />
musical funk, espetáculo indicado para o Prêmio Coca Cola, cenografia e<br />
direção, É proibido Brincar, Noites do Vidigal, espetáculo indicado para<br />
o Prêmio Shell, texto e música (2002), dirigiu a Companhia de Teatro Nós do<br />
Morro assinando a direção e cenografia dos espetáculos, Burro s<strong>em</strong> Rabo<br />
ou Só Aqui Mesmo ou... e Sonhos de Uma Noite de Verão – Uma Intromissão<br />
do Nós do Morro no Mundo de Sheakspeare.<br />
Participou da representação de cenógrafos brasileiros na exposição Espaço<br />
da Cena Latino Americana, M<strong>em</strong>orial da América Latina, São Paulo<br />
(1998) e da Quadrienal de Cenografia de Praga, República Tcheca (1999)<br />
Mantém sociedade com Rostand Albuquerque, parceiro de várias cenografias,<br />
e Bárbara Quadros, o Galpão6centos, atelier de criação e construção<br />
de cenografia para eventos.
MANECO<br />
QUINDERÉ<br />
Iluminador de teatro, shows e ambientes internos e externos.<br />
Foi por anos iluminador assistente de Aurélio de Simoni.<br />
Assinou várias peças de teatro como:<br />
um dia, no verão; as centenárias;<br />
doce deleite; hamlet; medeia;<br />
toda nudez será castigada;<br />
a mulher que escreveu a bíblia,<br />
entre outras.<br />
Foi responsável pela iluminação da<br />
exposição iluminar-faap 2005.<br />
Óperas como:<br />
orfeo de monteverdi; flauta mágica;<br />
o morcego.<br />
Recebeu do<br />
governo do estado de são paulo<br />
<strong>em</strong> 1987 uma menção honrosa,<br />
pelo seu trabalho.<br />
Em 1987 e 1994 recebeu o prêmio moliére,<br />
o prêmio shell <strong>em</strong> 1994, 1998 e 1999.<br />
Recebeu o prêmio sharp <strong>em</strong> 1995, 1996 e 1998. O prêmio<br />
mamb<strong>em</strong>be, também por três anos 1987, 1994 e 1995.<br />
Recebeu o prêmio usiminas, <strong>em</strong> 2007; o sesc 2007; eletrobrás<br />
<strong>em</strong> 2006<br />
e novamente o prêmio shell <strong>em</strong> 2005.