informações - SPID - Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle

informações
SPID
AGOSTO 2010

Coordenadores do Conselho Gestor
Dirce Ferreira da Cunha
Eduardo Rozenthal
José Durval Cavalcanti de Albuquerque
Comissão de Formação Permanente
Cristiana Carneiro
Flavia Braunstein Markman
Júlio César Carvalho Bandeira de Mello
Maria Fernanda Guita Murad
May-Lin Wang
Valéria Xavier de Moura
Comissão de Percurso
Dirce Cunha
Mariann Inkeri Laaksonen
Ninfa de Freitas Parreiras
Sérgio Cepelowicz
Comissão de Clínica
Ana Carolina Duarte Lopes
Érica Cristina Freire Levy
José Durval Cavalcanti de Albuquerque
Comissão de Divulgação e Publicação
Adelina Lima Freitas
Ana Maria de Toledo Piza Rudge
Isis Fraga Segal
Solange Chaves Jouvin
Comissão de Administração e Representação
Ary Band
Camila Andrade Drubscky
Ninfa de Freitas Parreiras
Solange Maria Serrano Fuchs

ÍNDICE
Editorial 4
A Formação na SPID 5
Conselho Gestor 6
Comissão de Formação Permanente 7
Programação do Semestre 8 - 17
Comissão de Clinica 18
Comissão de Administração e Representação 18
Comissão de Percurso 19
Comissão de Divulgação e Publicação 20

EDITORIAL
4
Uma instituição de psicanálise é um espaço de acolhimento a todos aqueles
que buscam, na troca com seus pares, a transmissão deste saber, a psicanálise,
através de suas experiências teórico-clínicas. Freud apontou a importância
desta convivência, nomeando-a, mesmo, fundamental para a sobrevivência da
própria psicanálise. Seguimos as orientações do pai da psicanálise, mas nos
damos o direito de, como bons filhos, acrescentar às suas orientações a marca
de nossas singularidades: somos plurais.
Plurais, porque abrimos o exercício de nossas experiências ao estudo e à
pesquisa de outras escolas pós-freudianas que muito têm contribuído para a
transmissão deste saber.
Neste primeiro semestre de 2010, retomamos alguns cursos que já estavam
em andamento, iniciamos outros e reavaliamos o que foi feito para que o segundo
semestre trouxesse algumas novidades. Trazemos da Jornada Externa, realizada
em abril passado, alguns resultados importantes, que nos possibilitarão progredir
nas experiências futuras. Para que façamos justiça, devemos parabenizar todos
os colegas que dela participaram. O sucesso da última Jornada Externa se deve
ao empenho de todos nós, mas, especialmente, daqueles que compuseram a
Comissão de Formação Permanente e a Comissão Organizadora da Jornada – o
que resultou num evento de altíssima qualidade e repercussão exemplar.
Temos tido confirmações claras de que a tarefa de levar adiante os ensinamentos
e as orientações de Freud requer a participação de todos, membros psicanalistas
e membros associados. Numa instituição de psicanálise, acima dos interesses
particulares, deve reinar o desejo de manter acesa a chama freudiana.
Que o segundo semestre de 2010 nos traga bons resultados, como os obtidos
pela recém-formada Comissão de Formação Permanente, uma verdadeira equipe,
que com entusiasmo revigorador, nos supriu de novas esperanças.
Solange Chaves Jouvin
Comissão de Divulgação e Publicação

A FORMAÇÃO NA SPID
Marcada pelo espírito crítico e a disposição de fazer avançar a pesquisa teó-
rica e a prática psicanalíticas, a psiquiatra Iracy Doyle fundou, em 16 de abril
de 1953, o Instituto de Medicina Psicológica. Posteriormente, em 25 de abril de
1984, o Instituto de Medicina Psicológica passou a denominar-se Sociedade de
Psicanálise Iracy Doyle.
Com a reforma estatutária de 2003, a SPID pode se reconhecer como uma
reunião entre pares em torno de um saber, valorizando a psicanálise como uma
prática teorizada que exige permanente questionamento.
Voltada para a formação psicanalítica, considerada como permanente, a
SPID se define como uma instituição pluralista, tendo se colocado entre as
primeiras sociedades associadas à International Federation of Psychoanalytic
Societies (IFPS).
A formação psicanalítica na SPID é individualizada e tem como base o percurso
institucional. O interessado em integrar a SPID, deve apresentar à Comissão
de Percurso um memorial, especificando o percurso já desenvolvido
no campo psicanalítico e explicando a escolha pela SPID, além de fornecer
informações sobre a análise pessoal.
Na Assembléia Geral de 14 de outubro de 2009, ficou decidido por votação
e aprovado pelo Conselho Gestor da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, a
modificação do artigo 42 que restringia a admissão na instiuição a médicos e
psicólogos, ficando, a partir desta data, o ingresso aberto a qualquer profissional
com nível superior.
A formação tem caráter individualizado e pluralista, a partir da ênfase na
teoria e na prática freudianas. O percurso inclui a participação em cursos, seminários
clínicos, na Clínica da SPID e em outras atividades, sempre levando
em consideração o estilo e as preferências de cada um. Para chegar a Membro
Psicanalista, é obrigatória a apresentação de um trabalho teórico-clínico.
A Secretaria e a Comissão de Percurso estão à disposição dos interessados
para mais esclarecimentos.
5

CONSELHO GESTOR
6
O Conselho Gestor continua se reunindo regularmente todos os meses e
funcionando como assembléia permanente. Lugar onde todas as situações da
SPID, como atividades e questões relativas ao seu funcionamento, são analisadas,
discutidas e votadas democraticamente.
Sendo assim, em 14 de outubro de 2009, por decisão do Conselho Gestor,
foi realizada Assembléia Geral para alteração do Estatuto/Regimento Interno no
capitulo III, art. 42, parágrafo 1 referente ao processo de admissão dos candidatos
a membros da SPID.
Prosseguem as reuniões para a discussão e definição da pauta com os membros
da Coordenadoria, sempre na semana anterior à reunião mensal do Conselho
Gestor. Nesta, cada Comissão de Planejamento e Execução se faz representar
por um membro, permitindo uma troca permanente de informações que
garanta funcionamento mais integrado e melhor entrosamento dos membros
da SPID. As pautas detalhadas das reuniões são amplamente divulgadas com
uma semana de antecedência, visando o maior comprometimento de todos
os membros da Sociedade. Lembrando que todos os Membros Psicanalistas
da SPID, bem como os Membros Associados, têm direito à voz e a voto nas
reuniões do Conselho Gestor. Os Candidatos a Membros têm direito à voz. Portanto,
todos devem participar das reuniões, já que nenhuma atividade poderá
ser desenvolvida na Sociedade e/ou em nome dela sem a aquiescência prévia
do Conselho Gestor.
Cumpre informar que a Coordenadoria continua exercendo a função de Conselho
Fiscal, examinando mensalmente o movimento financeiro da Instituição.
As reuniões do Conselho Gestor neste semestre estão agendadas para as seguintes
datas (sempre às quartas-feiras): 25 de agosto, 22 de setembro, 27 de
outubro, 24 de novembro e 15 de dezembro.

COMISSÃO DE FORMAÇÃO PERMANENTE
Visando a construção da pesquisa teórico-clínica para o campo psicanalítico,
em consonância com as últimas discussões institucionais, a Comissão de For-
mação Permanente terá como objetivo prioritário dar continuidade ao trabalho
do semestre anterior, refletindo sobre a formação do psicanalista. Ainda neste
semestre será priorizada a discussão sobre a formação básica. Três vertentes
norteadoras da formação se propõem a permanecer: Freud, Escola Francesa e
Inglesa. Paralelamente, outras atividades serão oferecidas, a fim de promover a
transmissão do saber psicanalítico, bem como seu entrelaçamento com outros
saberes. As atividades de ensino e pesquisa incluem seminários, grupos de estudo,
jornadas e palestras. Em abril de 2010 realizamos nossa jornada externa,
com o tema Perversão e Laço Social, com expressiva produção institucional e
rica troca de saberes com colegas / convidados de outras instituições.
Teremos Jornada Interna nos dias 13 e 14 de agosto para apresentação de
trabalhos relativos aos estudos realizados no primeiro semestre.
Provavelmente, na segunda semana de dezembro, haverá outra Jornada Interna
com a produção do segundo semestre.
7

SEMINÁRIOS
FREUD – A VIRADA DOS ANOS 20
10 agosto a 30 novembro
Coordenação: Enaide Bezerra Barros
Terças | 15h30 às 17h | 14 encontros
O além (do princípio do prazer) constitui o ponto a partir do qual Freud interroga
os fundamentos de sua metapsicologia, um ponto fora do universo do
princípio do prazer com que interpela sua soberania nos processos inconscientes.
Por ocasião da reformulação a que submeteu sua doutrina, na virada dos
anos 20, Freud repensou também a tópica, a civilização, a organização sexual
infantil, a teoria das pulsões, a teoria das neuroses, a teoria da angústia e o sintoma.
As consequências desta reformulação, mais do que técnicas foram éticas,
pois as funções classicamente atribuídas ao sujeito do conhecimento, como o
pensamento, a percepção, o juízo e a memória são funções do desejo.
LACAN – O REAL II
10 agosto a 30 novembro
Coordenação: Adelina Lima Freitas e Enaide Bezerra Barros
Professores convidados: Denise Maurano, Nadiá Paulo Ferreira
e Cynthia de Paoli
Terças | 17h às 18h30 | 14 encontros
Este é o quarto curso de um programa sobre o Ensino de Lacan, elaborado
para três anos. O tema deste semestre é o Real II, onde será abordado: os paradigmas
do gozo; a relação sexual não existe; pulsão e gozo; a lógica da fantasia;
sintoma e gozo.
TEORIA DE WINNICOTT 3 – ESTUDO DO CASO PIGGLE
17 agosto a 23 novembro
Coordenação: Ruth Goldenberg
Terças | 20h às 21h30 | 12 encontros
Leitura e estudo teórico clínico de todas as 16 sessões do caso clínico “The
Piggle”, de D.W. Winnicott.
8 SEMINÁRIOS

ÉDIPO: DO MITO Á PSICANÁLISE
18 agosto a 22 setembro
Coordenação: Érica Levy e Gilda Pitombo
Quartas | 10h às 11h30 | 6 encontros
No anexo à Carta 64, de 31 de maio de 1897, Freud inicia suas primeiras
articulações entre o mito de Édipo e a base das neuroses. Na Carta 71, afirma
que “cada pessoa da platéia foi um dia, em ponto menor ou em fantasia, exatamente
um Édipo e cada pessoa retrocede horrorizada diante da realização de
um sonho, aqui transposto para a realidade, com toda a carga de repressão que
separa seu estado infantil do seu estado atual”. Propomos retomar o mito para
esclarecer o conceito freudiano, abordando temas como: o enigma da Esfinge e
a questão com o saber; o estranho familiar; a noção freudiana de desamparo e o
desamparo na vida moderna; o romance familiar como resposta ao desamparo.
Apresentaremos fragmentos clínicos articulando com a prática psicanalítica.
DIÁRIOS CLÍNICOS
18 agosto a 06 outubro
Coordenação: Bruno Campos e Márcio Pereira
Quartas | 17h30h às 19h | 8 encontros
A proposta deste seminário é discutir e desenvolver questões diretamente da
clínica psicanalítica. O objetivo é apresentar contribuições de grande relevância
na Psicanálise, através de textos clínicos de diversos autores (Ferenczi, Leclaire,
Julien, Calligaris etc). A partir de questões clínicas marcadamente singulares,
aprofundar o posicionamento do analista em constante afetação mútua como
analisando, articulando com a apresentação de fragmentos clínicos, além de
associações com a linguagem cinematográfica.
O DESLOCAMENTO DA NOÇÃO DE INCONSCIENTE
DE FREUD A LACAN (2a PARTE)
19 agosto a 18 novembro
Coordenação: Ivanisa Teitelroit Martins
Quintas | 18h30h às 20h | 14 encontros
Análise da construção do conceito do inconsciente: a denegação ou negativa,
Verneinung. Em Além do Princípio de Prazer, Freud discute a oposição entre
pulsões de vida e pulsões de morte. Em A Negativa, propõe que a afirmação,
Bejahung, pertence a Eros e a negativa pertence a um instinto de destruição,
sendo que o símbolo da negativa dotaria o pensar de uma primeira medida de
liberdade face à repressão. Em colóquio, Hyppolite e Lacan debateram o termo
denegação como Aufhebung do recalque na aceitação ou não do retorno do
recalcado. Baudelaire, Bataille e Sartre são referências para a adoção da Aufhebung
como suspensão do recalque.
SEMINÁRIOS 9

TEORIA DE WINNICOTT 2 – SEMINÁRIO AVANÇADO
20 agosto a 05 novembro
Coordenação: Ruth Goldenberg
Sextas | 14h30 às 16h | 12 encontros
Leitura e discussão de textos de autores contemporâneos, com o objetivo
de aprofundamento da teoria de Winnicott: Andre Green – O negativo; Gilberto
Safra – Da ação ao gesto; René Roussillon – Linguagens não verbais; Thomas
Ogden – Posição autista contígua.
FOUCAULT E A CLÍNICA PSICANALÍTICA 4
20 agosto a 19 novembro
Coordenação: Angela Coutinho
Sextas | 16h às 17h30 | 14 encontros
Palestras: sextas | 17h45 às 19h15 | em datas a serem confirmadas
Neste semestre o foco do seminário será a presença da psicanálise no pensamento
de Foucault. Embora a psicanálise não tenha ocupado o espaço central
na investigação de Foucault, ela sem dúvida foi o motor de muitas de suas análises.
Ao longo de sua obra, Foucault mantém com a psicanálise uma relação que
poderíamos chamar de ambivalente, ora a enaltecendo-a, ora tecendo severas
críticas a ela. Nosso objetivo é estabelecer uma interlocução da psicanálise
como pensamento foucaultiano, sobretudo em resposta ao seu posicionamento
frente à mesma, apoiados em nossa experiência clínica. Além dos seminários
serão organizadas palestras, para as quais estão previstos os seguintes convidados:
Auterives Maciel, Joel Birman, Paulo Vaz e Yolande Lisbona.
A CLÍNICA PSICANALÍTICA FACE ÀS COMPULSÕES:
UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE O TERMO “COMPULSÃO”
NOS PRIMÓRDIOS DO PENSAMENTO FREUDIANO
01 setembro a 17 novembro
Coordenação: André Avelar
Quartas | 13h30 às 15h | 12 encontros
Temos por objetivo investigar o termo “compulsão” a partir de textos da primeira
tópica freudiana, mais especificamente em suas teorizações sobre a histeria
e a neurose obsessiva. Nestes textos iniciais sobre a clínica, é possível
encontrar uma série de referências ao termo “compulsão”, sem qualquer articulação
com a noção de “compulsão à repetição”, empreendida por Freud em
1920. Partiremos da premissa de um funcionamento psíquico marcado por uma
compulsão já nas primeiras reflexões de Freud sobre a clínica. Investigaremos o
estatuto desta “compulsão”, articulando-o à noção de trauma e empreendendo
permanente articulação com a clínica, de modo a possibilitar reflexões acerca
da posição do analista diante daquilo que se apresenta como pura insistência.
10 SEMINÁRIOS

ARTE, FILOSOFIA E PSICANÁLISE – INTERLOCUÇÕES
13 outubro a 01 dezembro
Coordenação: Bruno Campos
Quartas | 17h30 às 19h | 8 encontros
A proposta deste seminário é abrir o processo psicanalítico a interlocuções
com referências externas a seu universo teórico-clínico. Referências das artes –
poesia, cinema (a partir da apresentação de edições de filmes) – e da filosofia,
serão utilizadas com o objetivo de serem “potencializadores de sensibilidade”
do psicanalista, de modo a ampliar os limites do campo transferencial, marcado
pelo permanente contato como singular. Autores como Fernando Pessoa, Manoel
de Barros, José Gil, Clarice Lispector, entre outros, serão cotejados com
questões da clínica psicnalítica, inclusive através de fragmentos de casos apresentados
durante os encontros.
SUBJETIVAÇÕES 12 – O TEMPO NA CLÍNICA ANALÍTICA
29 outubro a 03 dezembro
Coordenação: Eduardo Rozenthal e Auterives Maciel
Sextas | 17h30 às 19h | 6 encontros
O seminário pretende problematizar as modalidades de tempo envolvidas no
trabalho clínico da psicanálise. Abordaremos Cronos e o princípio de realidade;
a “a-temporalidade” do inconsciente, que rompe como princípio de identidade,
nos interessará; o não-tempo da pulsão, tempo do virtual que nunca passa, mas
que faz o tempo passar, será ainda objeto de nossa pesquisa. O tempo lógico
de J. Lacan nos ajudará nestas vias aneladas. Para a estratégia da problematização,
iremos estabelecer um diálogo com o pensamento filosófico, de forma
que, colocando psicanálise e filosofia lado a lado, possamos redescrever certas
hipóteses da clínica analítica.
SEMINÁRIOS 11

GRUPOS DE ESTUDO
O QUE É VORSTELLUNGS-REPRÄSENTANZ?
> INICIADO EM 2009
01 julho a 23 dezembro
Coordenação: Leon Capeller
Quintas | 11h às 13h30 | quinzenal
Local: SPID
Suspendemos temporariamente as discussões sobre a escrita da prática psicanalítica
para discutirmos o artigo Le concept freudien de “Représentant”, de
Michel Tort, publicado na revista Cahiers pour l’ Analyse n. 5, Ponctuation de
Freud (Ed. Du Seuil), traduzido e apresentado pela Dra . Maria da Glória Mota.
Neste artigo de 1966, o autor critica a tradução feita por Lacan deste neologismo
freudiano. Original e sua tradução estão disponíveis na secretaria.
LEITURA DO SEMINÁRIO XVI DE JACQUES LACAN
> INICIADO EM 2008
05 de julho a 20 dezembro
Coordenação: Leon Capeller
Segundas | 21h15 às 23h | quinzenal
Local: SPID
Procuramos compreender a política da montagem da teoria psicanalítica que
anuncia a lógica dos discursos. Já discutimos os problemas do saber na vigência
do inconsciente e suas incidências na formação do analista, a homologia
mais-de-gozar/mais-valia, a revisão lacaniana da teoria dos conjuntos e de
seu grafo do desejo, o estabelecimento do par ordenado e a reelaboração dos
nomes-do-pai em sua relação com a teoria do Outro (A). Finalizaremos agora
nossa leitura da “aposta Pascal”, que situa a função do Eu no sintoma e no
fantasma, e da sequência de Fibonacci.
PROBLEMAS DA PRÁTICA PSICANALÍTICA
> INICIADO EM 2002
06 julho a 21 dezembro
Coordenação: Leon Capeller
Terças | 13h30 às 15h30 | quinzenal
Local: SPID
Discussão de casos clínicos relatados verbalmente pelos participantes. Registros
da fala, ritmo do relato, acesso aos sintomas, distinção entre operações
de recalque e recusa, séries identitárias e desejantes, relação entre os diversos
modos de recalque, são temas frequentemente abordados nestas discussões.
São propostas articulações com os registros simbólico, imaginário e real.
12 GRUPOS DE ESTUDO

TRANSFERÊNCIA
> INICIADO EM 1998
08 julho a 16 dezembro
Coordenação: Leon Capeller
Quintas | 11h às 13h30 | quinzenal
Local: SPID
Leitura e comentário do Seminário VIII, de Lacan, com o suporte de Le transfert
dans tous sés errata de Jean Allouch et al. (EPEL, 1991). São apresentados
resumos de cada capítulo pelos participantes, seguidos de discussões e
comentários sobre o texto oficial e as erratas propostas. Encerraremos agora o
capítulo XXI, “O desejo de Pensée” e passaremos ao capítulo XXII, “Decomposição
Estrutural.” Para a trilogia dos Coûfontaine, de Paul Claudel, e problemas
da tragédia moderna, temos recorrido, entre outros, a Slavoj Zizek, François
Regnault e Alenka Zupancic.
REAL, SIMBÓLICO E IMAGINÁRIO
> INICIADO EM 1994
13 julho a 14 dezembro
Coordenação: Leon Capeller
Terças | 13h30 às 15h30 | quinzenal
Local: SPID
Preparo para a leitura do Seminário RSI, de Lacan, em que estes registros e o
nó borromeu completam, em sua obra, as teorias do gozo e do objeto A. Continuaremos
neste semestre a leitura e discussão do seminário Os Nomes-do-Pai,
iniciada em 2002. Sua tradução está disponível na secretaria.
OFICINA DE PSICANÁLISE E LITERATURA
03 agosto a 30 novembro
Coordenação: Sandra Edler, José Durval Cavalcanti de Albuquerque
e Luiz Alberto Pinheiro de Freitas
Terças | 11h às 13h
Local: Biblioteca da SPID
A Oficina de Psicanálise e Literatura prosseguirá, no segundo semestre de
2010, a leitura conjunta de O engenhoso cavaleiro D. Quixote de La Mancha de
Miguel de Cervantes Saavedra, abrindo a partir do texto três linhas de pesquisa:
o amor cortês, a loucura e a narrativa literária.
> Solicitamos que os interessados entrem em contato com um dos coordenadores
para entrevista.
GRUPOS DE ESTUDO 13

INIBIÇÃO
01 julho a 23 dezembro
Coordenação: Cristiana Carneiro
Terças | 13h30 às 15h | quinzenal
Local: Av. Nossa Senhora de Copacabana 1066/505
Prosseguiremos neste semestre com a leitura do texto “Inibição, Sintoma e
Angústia” (Freud, 1926), tendo como questão de fundo a relação entre a inibição
e o saber, mapeando na obra freudiana os textos que tratam das relações
do sujeito com o saber e o conhecimento.
INIBIÇÃO, SINTOMA E ANGÚSTIA (FREUD – 1926)
04 agosto a 30 novembro
Coordenação: Lilian Nobre
Quartas | 13h30 às 15h | quinzenal
Local: Rua Pompeu Loureiro 64 Casa 7/2 Tel 2256 5879/ 9966 7336
Daremos prosseguimento à leitura do texto “Inibição, Sintoma e Angústia”.
Neste semestre o enfoque que norteará nosso trabalho será a questão da angústia
em Freud, buscando em Lacan possíveis articulações teórico-clínicas
sobre este conceito.
QUESTÕES DA CLÍNICA PSICANALÍTICA
05 agosto a 30 novembro
Coordenação: Yolande Lisbona
Quartas | 15h45 às 16h45
Local: Rua Visconde de Piraja 608/301 tel 2512 2115
O relato de casos, fragmentos e/ou situações clínicas permite aos participantes
do grupo formular, articular e discutir questões próprias à clínica psicanalítica.
A QUESTAO DO AMOR
06 agosto a 26 novembro
Coordenação: Angela Coutinho
Sextas | 9h às 10h30
Local: Rua Engenheiro Neves da Rocha 15 Itanhangá
Após concluirmos a leitura de Ferenczi e Balint, retornamos a Lacan. Estamos
trabalhando a posição de Lacan em relação à contribuição de Balint, no
que diz respeito à sua noção de Primary Love e Genital Love. Continuando o
trabalho sobre a questão do amor, seguiremos a trilha de Lacan nos seminários
IV, XI e XX, respectivamente.
14 GRUPOS DE ESTUDO

REFLEXÕES SOBRE A CLÍNICA
06 agosto a 26 novembro
Coordenação: Catia Martins
Sextas | 13h30 às 15h30
Local: Visconde de Pirajá 550/1501 tel 2266 6179
Nossa clínica nos mostra que a função analítica implica o psicanalista em
todas as perplexidades inerentes ao processo de descoberta. Acreditamos que
a cada aposta ética que fazemos se dá a produção de um saber de ordem
inconsciente no analista. A proposta deste grupo é de que cada participante,
ao expor um momento privilagiado de um percurso analítico, revelará o laço
operatório entre o desejo de analista e o desejo de analisando. Há um ponto em
que o psicanalista foi tocado e isto não o levou a atuar expressando seu desejo
de sujeito, possibilitanto, desta forma, a sustentação do desejo de analista.
SOBRE O FETICHISMO
06 agosto a 26 novembro
Coordenação: Yolande Lisbona
Sextas | 15h30 às 17h
Local: Rua Visconde de Piraja 608/301 tel 25122115
Ler nos textos de Casanova, Sade e Sacher-Masoch, não mais um espetáculo,
mas uma escrita. A relação da escrita com a clínica. A crítica de Deleuze
sobre a formulação teórica de uma unidade sadomasoquista. Estabelecer as
diferenças próprias ao universo de Sade e ao universo de Masoch. Destacar
seus processos diferenciais. Pensar com Sade o ato perverso como obedecendo
a um imperativo. Sacher-Masoch e a produção paradoxal do fetiche. Estrutura
lógica de uma linguagem que atualiza o ato pela linguagem. Irrupção de uma
não-linguagem na linguagem.
SEMINÁRIO 20 DE JACQUES LACAN
10 agosto a 30 novembro
Coordenação: Enaide Bezerra Barros
Terças | 14h às 15h30 | quinzenal
Local: Biblioteca SPID
Leitura, estudo e discussão dos capítulos que compõem o Seminário 20, de
Jacques Lacan, considerado um marco no seu ensino. É o Seminário 20 que
marca o percurso do ensino lacaniano em direção a uma outra lógica, distinta
da lógica fálica de atribuição fálico/castrado. Os capítulos serão apresentados
em resumo pelos participantes do grupo, com pesquisas que facilitem a compreensão
do texto, seguindo-se de discussões.
GRUPOS DE ESTUDO 15

GRADE SEMINÁRIOS
16
TER
QUA
QUI
SEX
FREUD –
A VIRADA DOS ANOS 20
LACAN – O REAL II
TEORIA DE WINNICOTT 3 –
ESTUDO DO CASO PIGGLE
ÉDIPO:
DO MITO Á PSICANÁLISE
DIÁRIOS CLÍNICOS
A CLÍNICA PSICANALÍTICA
FACE ÀS COMPULSÕES:
UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE
O TERMO “COMPULSÃO”
NOS PRIMÓRDIOS DO
PENSAMENTO FREUDIANO
ARTE, FILOSOFIA
E PSICANÁLISE –
INTERLOCUÇÕES
O DESLOCAMENTO DA
NOÇÃO DE INCONSCIENTE
DE FREUD A LACAN
(2 a PARTE)
TEORIA DE WINNICOTT 2 –
SEMINÁRIO AVANÇADO
FOUCAULT E A CLÍNICA
PSICANALÍTICA 4
SUBJETIVAÇÕES 12 –
O TEMPO NA CLÍNICA
ANALÍTICA
10 AGO A 30 NOV
15h30 às 17h
14 encontros
10 AGO A 30 NOV
17h às 18h30
14 encontros
17 AGO A 23 NOV
20h às 21h30
12 encontros
18 AGO A 22 SET
10h às 11h30
6 encontros
18 AGO A 06 OUT
17h30 às 19h
8 encontros
01 SET A 17 NOV
13h30 às 15h
12 encontros
13 OUT A 01 DEz
17h30 às 19h
8 encontros
19 AGO A 18 NOV
18h30 às 20h
14 encontros
20 AGO A 05 NOV
14h30 às 16h
12 encontros
20 AGO A 19 NOV
16h às 17h30
14 encontros
29 OUT A 03 DEz
17h30 às 19h
6 encontros
ENAIDE BEzERRA BARROS
ADELINA LIMA FREITAS
ENAIDE BEzERRA BARROS
RUTh GOLDENBERG
ÉRICA LEVY
GILDA PITOMBO
BRUNO CAMPOS
MÁRCIO PEREIRA
ANDRÉ AVELAR
BRUNO CAMPOS
IVANISA T.MARTINS
RUTh GOLDENBERG
ANGELA COUTINhO
EDUARDO ROzENThAL
AUTERIVES MACIEL

GRADE GRUPOS DE ESTUDO
SEG
TER
QUA
QUI
SEX
LEITURA DO SEMINÁRIO XVI
DE JACQUES LACAN
INIBIÇÃO
PROBLEMAS DA PRÁTICA
PSICANALÍTICA
TRANSFERÊNCIA
REAL, SIMBÓLICO
E IMAGINÁRIO
OFICINA DE PSICANÁLISE
E LITERATURA
SEMINÁRIO 20
DE JACQUES LACAN
INIBIÇÃO, SINTOMA
E ANGÚSTIA (FREUD – 1926)
QUESTÕES DA CLÍNICA
PSICANALÍTICA
O QUE É VORSTELLUNGS-
REPRÄSENTANz?
A QUESTAO DO AMOR
REFLEXÕES SOBRE
A CLÍNICA
SOBRE O FETIChISMO
05 JUL A 20 DEz
21h15 às 23h
quinzenal
01 JUL A 23 DEz
13h30 às 15h
quinzenal
06 JUL A 21 DEz
13h30 às 15h30
quinzenal
08 JUL A 16 DEz
11h às 13h30
quinzenal
13 JUL A 14 DEz
13h30 às 15h30
quinzenal
03 AGO A 30 NOV
11h às 13h
quinzenal
10 AGO A 30 NOV
14h às 15h30
quinzenal
04 AGO A 30 NOV
13h30 às 15h
quinzenal
04 AGO A 30 NOV
15h45 às 16h45
01 JUL A 23 DEz
11h às 13h30
quinzenal
06 AGO A 26 NOV
9h às 10h30
06 AGO A 26 NOV
13h30 às 15h30
06 AGO A 26 NOV
15h30 às 17h
LEON CAPELLER
CRISTIANA CARNEIRO
LEON CAPELLER
LEON CAPELLER
LEON CAPELLER
SANDRA EDLER,
JOSÉ DURVAL CAVALCANTI
LUIz ALBERTO FREITAS
ENAIDE BEzERRA BARROS
LILIAN NOBRE
YOLANDE LISBONA
LEON CAPELLER
ANGELA COUTINhO
CATIA MARTINS
YOLANDE LISBONA
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COMISSÃO DE CLÍNICA
A Comissão de Clínica tem como objetivo manter um espaço permanente de
reflexão sobre a prática psicanalítica, através de reuniões regulares na primeira
e terceira quartas-feiras do mês, de 20h30 às 22h. Além disso, esta Comissão
tem como função coordenar a Clínica de Atendimento da SPID, onde Membros
Associados ou Psicanalistas interessados em participar, devem frequentar as
reuniões durante um semestre, para que, conhecendo as regras de seu funcionamento,
possam inscrever-se e receber clientes.
Os atendimentos são dirigidos a crianças, adultos, casais e famílias de variados
estratos sociais e econômicos. Aqueles que desejarem participar do atendimento
devem se inscrever, levando em conta que as inscrições ocorrem na
primeira reunião de cada semestre, estendendo-se por uma semana. Para se
manter como analista da Clínica de Atendimento, o comparecimento de no mínimo
de 50% das reuniões em cada semestre e a concordância com os demais
critérios estabelecidos são fundamentais. Não é demais lembrar que aqueles
que se inscrevem na Clínica de Atendimento precisam sustentar o compromisso
de trabalho, da mesma forma que a Sociedade encontra-se implicada no seu
constante esforço de transmitir a Psicanálise.
As reuniões do semestre estão agendadas para as seguintes datas: 04 de agosto,
18 de agosto, 01 de setembro, 15 de setembro, 06 de outubro, 20 de outubro,
03 de novembro e 17 de novembro.
COMISSÃO DE ADMINISTRAÇÃO
E REPRESENTAÇÃO
Encarregada de cuidar da parte administrativa da SPID, a Comissão de Administração
e Representação - CAR acompanha o funcionamento das instalações;
supervisiona o suporte necessário ao desenvolvimento de todas as atividades
institucionais e orienta os trabalhos das funcionárias: Adriana Mendes, Cinézia
Campos e Marcia Paes. Elas cuidam das tarefas das diferentes comissões, além
do atendimento ao público.
A CAR é a comissão que representa institucionalmente a SPID em atividades
e eventos nacionais e internacionais. A CAR planeja, administra e cuida da manutenção
da sociedade em relação às necessidades orçamentárias. Com isso,
atende aos planejamentos e à execução de ações de todas as outras comissões
no tocante à realização de seminários, jornadas, palestras, publicações, site,
biblioteca etc.
Foram eleitos os Membros Psicanalistas Eduardo Rozenthal e Eliane Mendlowicz
como representantes da SPID junto ao IFPS.
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COMISSÃO DE PERCURSO
A Comissão de Percurso recebe, acolhe e orienta a formação dos membros da
SPID, desde a entrada à Sociedade até a passagem a Membro Psicanalista.
É a comissão que acompanha o percurso de cada membro que deseja fazer
a formação na SPID.
O interessado em fazer parte da SPID pode procurar a secretaria para fazer
contato com a Comissão de Percurso, inscrever-se na instituição, por meio de
uma taxa, e apresentar:
• Um curriculum vitae atualizado e as experiências com a clínica de atendimento,
análise pessoal e supervisão clínica, se houver, além de atividades teóricas
e práticas no campo da psicanálise e áreas afins;
• Um memorial sem limite de tamanho (neste relato, o candidato discorrerá
sobre sua experiência com a psicanálise, estudos e experiências, bem como
justificará os motivos pelos quais escolheu a SPID para fazer a formação).
São considerados a análise pessoal, a supervisão clínica e o percurso teórico
individual de cada um, depois de devidamente apreciados.
Depois de feita a inscrição na SPID, o candidato será entrevistado por Membros
Psicanalistas que formarão um grupo de trabalho para realizar o Planejamento
de Acesso, juntamente com o candidato. Após fazer parte do Grupo
de Recepção (uma série de encontros mensais, durante um semestre, para
esclarecimentos sobre a SPID e a formação psicanalítica na Sociedade), com
outros colegas, o Candidato a Membro poderá solicitar a passagem a Membro
Associado. Logo, ele dará prosseguimento à sua formação, com atendimentos
clínicos, participação em seminários, cursos, oficinas, grupos de estudos, jornadas,
supervisões, análise pessoal, apresentações de trabalhos etc. Para o pedido
de passagem a Membro Psicanalista, cada candidato deverá ter realizado um
mínimo de 14 cursos, quatro trabalhos escritos e apresentados à Sociedade. Por
último, é necessária a apresentação de um trabalho teórico-clínico final.
A formação em psicanálise na SPID se constitui em três etapas, que caracterizam
passagens a: Candidato a Membro; Membro Associado e Membro
Psicanalista.
As reuniões do Grupo de Recepção, deste semestre, acontecerão, às quartasfeiras,
às 20h, em data previamente marcada.
Candidatos a Membro: Eduardo Netto Teixeira; Marco Antonio Cruz de Lacerda;
Maria Marta de Moura Reis; Marília Silva Flores; Paloma Sá Carvalho; Rafael
Barroso Mendonça Costa.
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COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO
E PUBLICAÇÃO
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O Tempo Psicanalítico é a revista científica da SPID, que tem como proposta
discutir, transmitir e difundir a psicanálise, publicando artigos de colaboradores
da instituição e de outras procedências, nacionais e internacionais. Passa a ter
como editora, no período de 2009 a 2011, Ana Maria Rudge, em substituição à
Cynthia de Paoli, que ocupou esse lugar de 2004 até 2009.
Em 2010 discutirá o tema da Perversão e Laço Social. O sujeito perverso, por
conta de uma cisão no eu, percebe e recusa a castração, colocando o fetiche
com estatuto de uma formação de compromisso entre as duas posições. A lógica
perversa compromete o campo simbólico e, portanto, a possibilidade de lidar
com a diferença sexual, o que produz ressonâncias na condição subjetiva, bem
como na construção dos laços sociais. Focando o universo social contemporâneo,
com as exigências da lei do mercado pela demanda de um gozo sem limites,
podemos fazer uma aproximação entre a perversão e a ordem social. Não
se trata, com isso, de afirmar uma perversão generalizada na contemporaneidade,
mas destacar, a partir do discurso psicanalítico, as diferentes modalidades
de satisfação e gozo de ordem perversa que constituem estratégias encontradas
na atualidade, para lidar com o mal-estar assinalado por Freud como inerente à
ordem humana e os efeitos que produzem e corrompem o pacto social.
Muito tem sido debatido a respeito desta articulação por diversos campos
do saber e a psicanálise tem seu lugar no encaminhamento do tema, pois o
impasse do mal-estar exige uma abordagem acerca das condições para lidar
com esse limite intransponível, reatualizadas dentro dos marcos da cultura contemporânea.
As normas de publicação podem ser encontradas no site da SPID e também
na parte final de cada revista já publicada.