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Carta em resposta ao vereador professor Galdino - Dohms Web

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Ao <strong>vereador</strong><br />

Prof. <strong>Galdino</strong>,<br />

<strong>Carta</strong> <strong>em</strong> <strong>resposta</strong> <strong>ao</strong> <strong>vereador</strong> <strong>professor</strong> <strong>Galdino</strong><br />

Curitiba, 09 de março de 2010<br />

Diante da sua opinião parcial e das inverdades proferidas pelo senhor, <strong>vereador</strong> Prof. <strong>Galdino</strong>,<br />

postadas <strong>em</strong> seu blog, a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) não<br />

poderia deixar de publicar uma carta <strong>em</strong> <strong>resposta</strong> à posição de alguém que diz representar a sociedade<br />

curitibana na Câmara Municipal e dar-lhe o título de “Inimigo dos servidores públicos municipais de<br />

Curitiba”. Defend<strong>em</strong>os aqui o direito de greve do servidor municipal, inclusive dos guardas municipais de<br />

Curitiba que bravamente mantiveram o movimento devido, exclusivamente, à intransigência da atual gestão<br />

da prefeitura, comandada pelo partido neoliberal, o PSDB, do qual o senhor faz parte.<br />

A greve poderia ter sido evitada e por várias vezes os guardas buscaram o diálogo. Infelizmente, <strong>em</strong><br />

todas as situações as reivindicações foram ignoradas pela chefia da guardas e pelo prefeito Beto Richa. S<strong>em</strong><br />

outra alternativa e <strong>em</strong> defesa de uma condição melhor de vida e do próprio serviço público, os guardas<br />

deflagaram uma greve, apesar das ameaças, do assédio moral e da tentativa de desmobilização dos guardas<br />

promovido pela administração municipal.<br />

Afirmamos que sua opinião é parcial e inverídica porque:<br />

1. Não é verdade que os guardas desrespeitaram a determinação judicial. A greve foi considerada legal<br />

pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Em nenhum momento o Sismuc foi chamado para uma avaliação<br />

da situação dos locais de trabalho a fim de manter 70% da categoria trabalhando. Gerir o trabalho é<br />

uma atribuição exclusiva da prefeitura e não do sindicato ou do comando de greve.<br />

2. O roubo <strong>ao</strong> zoológico ocorreu por irresponsabilidade exclusiva da prefeitura. Talvez o senhor não<br />

saiba, mas havia guardas na regional para atender o zoológico na noite do roubo, mas não foram<br />

relocados para lá.<br />

3. O assalto no armazém da família do Caiuá também é culpa da prefeitura, que manteve o local aberto,<br />

apesar dos alertas feitos pelo sindicato. Talvez o senhor também não saiba, mas no momento do<br />

ocorrido havia apenas um vigilante terceirizado trabalhando, quando habitualmente atuam dois<br />

guardas municipais minimamente equipados. O “vigia”, <strong>ao</strong> contrário do que diz o senhor, não furou a<br />

greve, pois não faz parte da base de representação do Sismuc e não foi ferido.<br />

4. O elevado número de afastamentos de guardas municipais é o reflexo dos probl<strong>em</strong>as de saúde a que<br />

estão expostos estes profissionais que conviv<strong>em</strong> diariamente com o estresse e a preocupação sobre<br />

Rua Monsenhor Celso, 225 – 9º andar – conj. 901/902 – Edifício Goiás – Centro – CEP 80.010-150 – Fone/Fax: (41) 3322-2475 –<br />

Curitiba-PR. Página: www.sismuc.org.br – e-mail: sismuc@sismuc.org.br – CNPJ: 81.131.120/0001-20 – Inscrição: Isento


sua integridade física e de seus familiares. Graças à gestão do senhor Beto Richa, é cada vez mais<br />

comum os probl<strong>em</strong>as de transtornos mentais no serviço público de Curitiba.<br />

5. Os grevistas não precisam que “suas cabeças sejam afagadas”, prof. <strong>Galdino</strong>. Eles só quer<strong>em</strong> o que é<br />

justo que é receber um salário correspondente <strong>ao</strong> risco que corr<strong>em</strong> diariamente para garantir a<br />

segurança da população curitibana. Convidamos o senhor para conhecer a realidade da guarda,<br />

percorrendo os locais de trabalho.<br />

6. A prefeitura não “ofereceu” um reajuste <strong>ao</strong>s guardas, prof. <strong>Galdino</strong>. O aumento foi “conquistado”<br />

graças à greve, porque até então a prefeitura não estava disposta a negociar nenhum aumento para<br />

estes trabalhadores. Se o senhor tivesse acompanhado as negociações desde o começo, saberia<br />

disso, mas infelizmente o senhor esteve distante deste debate até agora, não é?<br />

7. É mentira que o salário dos guardas municipais ultrapassará os R$ 2,5 mil. Os 50% de adicional de<br />

risco são inerentes à profissão, o qual já resultou na morte de quatro guardas municipais no ano<br />

passado, por uma série de motivos, inclusive pela omissão da gestão a qual o senhor defende, prof.<br />

<strong>Galdino</strong>, e que foram alertados pelo Sismuc e pela própria categoria. Somados o piso e o adicional, o<br />

salário não ultrapassa os R$ 1,2 mil. Ocorre que muitos, diante da necessidade de pagar contas e<br />

sustentar a família, quando não são obrigados por coerções veladas, acabam aceitando as escalas de<br />

horas extras, que chegam a 90 horas por mês, como descreve a própria prefeitura.<br />

8. Se o senhor estivesse do lado da população curitibana, como diz estar, prof. <strong>Galdino</strong>, defenderia<br />

melhores condições de trabalho para os guardas e se oporia a posição adotada pela atual gestão da<br />

prefeitura, porque guardas mais b<strong>em</strong> preparados e mais b<strong>em</strong> r<strong>em</strong>unerados reflet<strong>em</strong> um melhor<br />

serviço para os curitibanos.<br />

Diretoria do Sismuc<br />

Rua Monsenhor Celso, 225 – 9º andar – conj. 901/902 – Edifício Goiás – Centro – CEP 80.010-150 – Fone/Fax: (41) 3322-2475 –<br />

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