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Tratados Internacionais com interface nos oceanos - Fundação ...

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<strong>Tratados</strong> <strong>Internacionais</strong> <strong>com</strong> <strong>interface</strong> <strong>nos</strong> ocea<strong>nos</strong><br />

Ana Paula Prates<br />

Diretora de Áreas Protegidas<br />

DAP/SBF/MMA<br />

VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação<br />

Simpósio 2: Proteção da Biodiversidade Marinha<br />

Natal/RN, setembro de 2012


<strong>Tratados</strong> <strong>Internacionais</strong> <strong>com</strong> <strong>interface</strong> <strong>nos</strong><br />

ocea<strong>nos</strong> onde o Brasil é signatário<br />

• ONU (Assembleia Geral)<br />

• 1946 – CIB<br />

• 1958 – IMO<br />

• 1961 – Tratado da<br />

Antartica<br />

1982 - CAMMLR<br />

• 1965 – COFI/FAO<br />

• 1966 – ICCAT<br />

• 1971 – Ramsar<br />

• 1973 – CITES<br />

• 1982 – CONVEMAR<br />

1984 – ISBA<br />

• 1983 – CMS<br />

• 1992 – CDB<br />

• 1996 – CIT<br />

• 2004 - ACAP


• Assembleia Geral:<br />

– Decisões das Conferencias de desenvolvimento<br />

sustentável: Rio 92; Rio+10 e Rio+20<br />

– Processo Consultivo sobre a CONVEMAR<br />

– Grupo ad-hoc sobre biodiversidade marinha além das<br />

jursidições nacionais<br />

– Assessments of assesments - Processo Regular de<br />

avaliação da saúde dos ocea<strong>nos</strong><br />

– Secretário Geral: Oceans Compact


UN Open-ended Informal Consultative Process<br />

on Oceans and the Law of the Sea<br />

• Criado em 1999 pela Assembléia Geral da ONU - AGNU.<br />

• Objetivos (resolução 54/33)<br />

• Subsidiar a avaliação anual dos avanços nas questões dos<br />

Ocea<strong>nos</strong> e Lei do Mar (relatório do Secretário Geral).<br />

• Identificar assuntos emergentes e áreas onde a coordenação e<br />

cooperação a nível intergovernamental e interinstitucional deve<br />

ser promovida.<br />

• Ex. Proteção e conservação de ecossistemas marinhos vulneráveis<br />

em áreas além das jurisdições nacionais. –<br />

criando o grupo Ad hoc


Ad Hoc Open-ended Informal Working Group to<br />

Ad Hoc Open-ended Informal Working Ad Hoc Openended<br />

Informal Group to study issues relating to the<br />

conservation and sustainable use of marine biological<br />

diversity beyond areas of national jurisdiction<br />

• Criado em 2006 pela Assembléia Geral da ONU - AGNU.<br />

• Objetivos (resolução 59/24)<br />

• Subsidiar a avaliação das questões relativas a biodiversidade<br />

marinha em águas internacionais<br />

• Lacunas?


UN Regular Process for Global Reporting and<br />

Assessment of the State of the Marine Environment<br />

• Cúpula Mundial (Rio+10) em Johannesburg,<br />

2002, aprova o estabelecimento do “Processo<br />

Regular” em 2004.<br />

• “Assessment of Assessments” na fase inicial<br />

(2005-2009), <strong>com</strong> PNUMA e COI/UNESCO coliderando.<br />

• Primeiro ciclo de 5 a<strong>nos</strong> <strong>com</strong> término previsto<br />

em 2014.


UN - THE OCEANS COMPACT<br />

• Iniciativa lançada em agosto de 2012 pelo<br />

SGNU, Ban Ki-moon.<br />

• A iniciativa visa a promover a coordenação<br />

de diversas instâncias da ONU <strong>nos</strong> temas que<br />

tangem aos ocea<strong>nos</strong>.<br />

• Objetivos, seguem os mandatos contidos na<br />

Rio + 20: (i) Proteger as pessoas e melhorar a<br />

saúde dos ocea<strong>nos</strong>; e (ii) proteger, recuperar<br />

e conservar o meio ambiente oceânico e seus<br />

recursos naturais, bem <strong>com</strong>o restabelecer<br />

plenamente a produção de alimentos e<br />

fornecimento de meios de subsistência, e (iii)<br />

fortalecer o conhecimento sobre os ocea<strong>nos</strong><br />

e a gestão dos ocea<strong>nos</strong>.


Comissão Internacional da Baleia - CIB<br />

Encarregado da conservação das baleias e da gestão da<br />

caça à baleia.<br />

É criado no âmbito da Convenção Internacional para a<br />

Regulação da Atividade Baleeira, assinado em 1946.<br />

A Comissão tem uma participação atual de 89 gover<strong>nos</strong> de<br />

países de todo o Mundo.


Comissão Internacional da Baleia - CIB<br />

1986 – Moratória à Caça<br />

Trabalha para promover<br />

a recuperação das<br />

populações de baleias.<br />

Brasil e países<br />

conservacionistas tem<br />

defendido a proposta<br />

de santuário de baleias<br />

no Atlântico Sul, além<br />

de medidas de proteção<br />

global.


• A Organização Marítima Internacional – é<br />

uma agência especializada da ONU <strong>com</strong> a<br />

responsabilidade pela segurança de<br />

navegação e prevenção da poluição marinha<br />

por navios<br />

• 2004 – sob os aupícios da IMO foi assinada a<br />

Convenção de controle e manejo de água de<br />

lastro e resíduos provenientes dos navios


Antarctic Treaty Consultative<br />

Meeting – ATCM<br />

Tratado da Antártica<br />

Prevê a governança cooperativa do vasto continente<br />

antártico e seu Oceano.<br />

Foi assinado em Washington em 1º de Dezembro de 1959 e<br />

entrou em vigor em 23 de Junho de 1961.<br />

Para ser Parte Consultiva, os membros precisam<br />

demonstrar interesse na Antártica através da realização de<br />

atividades de investigação científica.


•Antarctic Treaty Consultative Meeting<br />

– ATCM<br />

Tratado da Antártica<br />

Protocolo sobre Proteção Ambiental - proteção abrangente<br />

ao meio ambiente antártico e designa a Antártida <strong>com</strong>o<br />

reserva natural, dedicada à paz e à ciência.<br />

Proíbe qualquer atividade relacionada <strong>com</strong> recursos<br />

minerais, exceto científica.


Convenção sobre a Conservação dos<br />

Recursos Vivos Marinhos da Antártica –<br />

CCAMLR<br />

Foi estabelecida em 1982. É parte integrante do Sistema do<br />

Tratado da Antártica.<br />

Trabalha <strong>com</strong> a gestão e manejo de ecossistema.<br />

Estabelece AMPs no âmbito da CCAMLR


Comitê de Pesca da Organização<br />

das Nações Unidas para<br />

Agricultura e Alimentação -<br />

COFI/FAO<br />

A Comitê de Pesca (COFI), órgão subsidiário do Conselho da<br />

FAO, criado pela Conferência da FAO em 1965.<br />

Examinam os principais problemas internacionais de pesca<br />

e aquicultura e fazem re<strong>com</strong>endações dirigidas aos<br />

gover<strong>nos</strong>, organismos regionais de pesca, ONGs,<br />

trabalhadores da pesca, da FAO e da <strong>com</strong>unidade<br />

internacional.<br />

1995 – Código de Conduta sobre Pesca Responsável


Comissão Internacional para<br />

Conservação dos Tunídeos do Atlântico<br />

– ICCAT<br />

Organização inter-governamental da pesca responsável<br />

pela conservação de tunídeos e espécies afins no Oceano<br />

Atlântico e dos mares adjacentes.<br />

Baseia-se em dados científicos para a tomada de decisão<br />

no manejo dos estoques explotados e para minimização<br />

dos impactos sobre espécies vulneráveis.<br />

*Obs. Presidência do Brasil entre 2007-2011


Comissão Internacional para<br />

Conservação dos Tunídeos do Atlântico<br />

- ICCAT<br />

Compila estatísticas da pesca no Oceano Atlântico e<br />

coordena pesquisa, incluindo avaliação de estoques.<br />

Fornece mecanismo para acordos entre as partes<br />

contratantes sobre as medidas de gestão.<br />

Aprova medidas de conservação<br />

de tubarões, albatrozes e petreis,<br />

e tartarugas marinhas impactadas<br />

pela pesca.<br />

Ex. Re<strong>com</strong>endação do uso do toriline<br />

(linha espanta pássaros);<br />

proibição de desembarque de tubarões vulneráveis;<br />

medidas de manejo para soltura de tartarugas.


Convenção de Ramsar<br />

Zonas Úmidas<br />

Convenção de Zonas Úmidas de Importância<br />

Internacional (Ramsar, Irã, 1971)<br />

Missão:<br />

“a conservação e o uso racional de todas as<br />

zonas úmidas por meio de ação local,<br />

regional e nacional e cooperação<br />

internacional <strong>com</strong>o forma de alcançar o<br />

desenvolvimento sustentável em todo o<br />

mundo”


Convenção de Zonas Úmidas de<br />

Importância Internacional –<br />

Convenção de Ramsar<br />

Aprovação pelo Congresso Nacional em 16 de junho de 1992,<br />

por meio do Decreto Legislativo nº 33.<br />

Decreto nº 1.905, de 16 de maio de 1996 – Promulgação<br />

Pilares da Convenção:<br />

Lista Ramsar.<br />

Uso racional das zonas úmidas (características ecológicas).<br />

Cooperação internacional.


Sítios Ramsar no Brasil


Objetivo:<br />

Convenção sobre o Comércio<br />

Internacional das Espécies da Fauna e<br />

da Flora Silvestres Ameaçadas de<br />

Extinção - CITES<br />

Proteção de certas espécies da fauna e da flora<br />

selvagens contra sua excessiva exploração pelo<br />

<strong>com</strong>ércio internacional.


Convenção sobre o Comércio<br />

Internacional das Espécies da Fauna e<br />

da Flora Silvestres Ameaçadas de<br />

Extinção - CITES<br />

Foi assinada em março de 1973 em Washington, EUA, e<br />

entrou em vigor em 1975.<br />

Abrange hoje cerca de 30.000 espécies da fauna e flora<br />

selvagens.<br />

Brasil está apresentando para a COP 16 (2012) proposta<br />

para incluir tubarões-martelo (Sphyrna) no anexo II para<br />

controlar o <strong>com</strong>ércio de barbatanas, e deve apoiar outras<br />

propostas para tubarões e raias.


Convenção das Nações Unidas sobre o<br />

Direito do Mar - CONVEMAR/UNCLOS<br />

Estabelece um regime abrangente de lei e ordem <strong>nos</strong><br />

ocea<strong>nos</strong> e mares do mundo.<br />

Consagra a noção de que todos os problemas do espaço<br />

oceânico estão estreitamente inter-relacionados e devem<br />

ser tratados <strong>com</strong>o um todo.<br />

Entrou em vigor em 16 de Novembro de 1994.


Convenção das Nações Unidas sobre o<br />

Direito do Mar - CONVEMAR/UNCLOS<br />

Trata sobre:<br />

Delimitação<br />

Controle ambiental<br />

Investigação científica<br />

marinha<br />

Atividades econômicas e<br />

<strong>com</strong>erciais<br />

Transferência de tecnologia<br />

Resolução de litígios<br />

relativos a assuntos do mar.


Convenção sobre a<br />

Conservação de Espécies<br />

Migratórias Pertencentes<br />

à Fauna Selvagem - CMS<br />

Visa a conservação de espécies migratórias terrestres e<br />

aquáticas em toda a sua distribuição.<br />

As Partes devem se esforçar para proteger diretamente as<br />

espécies, seus habitats, impedir obstáculos à migração,<br />

mitigação de impactos.<br />

Discussão em set/2012 de plano de ação para conservação<br />

de tubarões migratórios.


Convenção de Diversidade Biológica -<br />

CDB


O atual processo de<br />

discussão na CDB -<br />

Ecologically and<br />

Biologically Significant<br />

Areas – EBSAs


CBD scientific criteria for identifying ecologically and biologically<br />

significant areas (adotado pela COP 9)<br />

Singularidade ou raridade<br />

Especial importância para etapas do ciclo vital das espécies<br />

Importância para espécies e/ou habitats ameaçados, em perigo<br />

de extinção ou em declínio<br />

Vulnerabilidade, fragilidade, sensibilidade ou recuperação lenta<br />

Produtividade Biológica<br />

Diversidade Biológica<br />

Naturalidade


O Processo global da CBD EBSAs visa contribuir<br />

<strong>nos</strong> esforços regionais e nacionais de<br />

conservação e uso sustentável da biodiversidade<br />

marinha por meio:<br />

Facilitar a colaboração científica e <strong>com</strong>partilhamento de dados na<br />

identificação de áreas marinhas que necessitam de proteção<br />

Aumentar a conscientização sobre o valor e as ameaças à<br />

biodiversidade marinha em open waters e habitats marinhos<br />

de profundidade, que são relativamente desconhecidas<br />

Incentivar os países e organizações regionais <strong>com</strong>petentes na<br />

aplicação de medidas necessárias de conservação e na<br />

melhoria da gestão da biodiversidade marinha.


Workshops Regionais para a descrição das EBSAs (decision X/29)<br />

Workshops convocados pelo Secretariado da CDB:<br />

(Com contribuição do Japão e da CE)<br />

Programa Regional de Meio Ambiente do Pacífico Sul<br />

(SPREP) hospedou workshop regional (Novembro 2011)<br />

A França hospedou workshop regional para o Mediterâneo<br />

(Janeiro,2012).<br />

Brasil hospedou workshop em colaboração <strong>com</strong> o Programa de<br />

Meio Ambiente do Caribe (CEP/UNEP) (Wider Caribbean and<br />

Western Mid-Atlantic) – (Fevereiro, 2012)<br />

CPPS hospedou um workshop regional para a região do Pacífico<br />

Oriental (a definir, 2012)<br />

Região do Oceano Índico (a definir, 2012)<br />

Workshops convocados por Organizações Regionais Competentes:<br />

OSPAR/NEAFC Workshop Regional de EBSAs em colaboração <strong>com</strong> o<br />

Secretariado da CBD (Setembro 2011)<br />

Manual de Treinamento e Módulos EBSAs elaborado para<br />

atender as necessidades de capacitação.


EBSAs do workshop regional - Recife


COP 10: Mecanismos para Identificar EBSAs em ALJN (ABNJ)<br />

Report on EBSAs<br />

Re<strong>com</strong>mended by<br />

SBSTTA<br />

Report on EBSAs<br />

Compiled from<br />

Regional Workshop<br />

CBD COP<br />

SBSTTA<br />

CBD Secretariat : EBSAs<br />

Repository and Information Sharing<br />

Mechanism<br />

EBSAs<br />

Regional<br />

Workshop<br />

Data / Capacity<br />

Gap<br />

Regional<br />

Workshop<br />

Long-term Proposal<br />

for Scientific<br />

Collaboration and<br />

Capacity Development<br />

UNGA/Ad Hoc Openended<br />

WG<br />

Regional<br />

Workshop<br />

Report on EBSAs<br />

endorsed by COP<br />

UNDOALOS, FAO, ISA,<br />

IMO, UNEP, GEF Project<br />

CBD Scientific Partners:<br />

WCMC, GOBI, OBIS<br />

RSOs/ RFMOs


Convenção Interamericana para a<br />

Proteção e Conservação das<br />

Tartarugas Marinhas (CIT)<br />

• 1996 - Objetiva promover a proteção, a conservação e a<br />

recuperação das populações de tartarugas marinhas e dos<br />

habitats dos quais dependem, <strong>com</strong> base <strong>nos</strong> melhores dados<br />

científicos disponíveis e considerando-se as características<br />

ambientais, sócio-econômicas e culturais das Partes.<br />

• Aplica-se às áreas marítimas do Oceano Atlântico, Caribe e<br />

Oceano Pacífico, sobre as quais cada uma das Partes exerce<br />

soberania, direitos de soberania ou jurisdição <strong>com</strong> relação aos<br />

recursos marinhos vivos.<br />

• Cooperação <strong>com</strong> CDB e Ramsar.


Acordo para a Conservação de<br />

Albatrozes e Petreis - ACAP<br />

• Acordo multilateral que visa conservar albatrozes e<br />

petreis, por meio de atividades de mitigação das<br />

ameaças conhecidas para suas populações.<br />

• Entrou em vigor em 2004 e conta atualmente <strong>com</strong> 13<br />

países membros e abrange 30 espécies de albatrozes e<br />

petreis.<br />

• Principais ameaças para as espécies: Introdução de<br />

espécies exóticas em áreas de reprodução; captura<br />

incidental pela pesca; e, poluição dos ocea<strong>nos</strong>.


Rio+20<br />

• O Futuro que queremos<br />

– Referenda a meta da CDB para Áreas Protegidas<br />

Marinhas<br />

– Importância dos recifes de coral<br />

– Reconhece a importância da conservação da<br />

biodiversidade marinha nas águas internacionais –<br />

prazo até 2014, incluindo a tomada de decisão<br />

sobre o desenvolvimento de um instrumento<br />

internacional sob a CONVEMAR.


Ana Paula Prates<br />

dap@mma.gov.br<br />

Obrigada!

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