19.04.2013 Views

HIGIENE ZOOTÉCNICA - Faculdade de Medicina Veterinária e ...

HIGIENE ZOOTÉCNICA - Faculdade de Medicina Veterinária e ...

HIGIENE ZOOTÉCNICA - Faculdade de Medicina Veterinária e ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Disciplina: <strong>HIGIENE</strong> <strong>ZOOTÉCNICA</strong><br />

Prof. Paulo Francisco Domingues<br />

Departamento <strong>de</strong> Higiene <strong>Veterinária</strong> e Saú<strong>de</strong> Pública<br />

A <strong>HIGIENE</strong> NO PROCESSO PRODUTIVO<br />

INTRODUÇÃO<br />

1<br />

FMVZ-UNESP-Botucatu<br />

A saú<strong>de</strong> animal, o melhoramento genético e a alimentação a<strong>de</strong>quada<br />

constituem a base, que serve <strong>de</strong> apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer sistema<br />

<strong>de</strong> produção animal. É importante que estes três fatores sejam fortalecidos<br />

progressiva e harmoniosamente, havendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter um<br />

equilíbrio entre eles, que representam o tripé da ca<strong>de</strong>ia da produtivida<strong>de</strong> animal.<br />

A genética confere ao indivíduo potencial intrínseco que é o ponto <strong>de</strong><br />

partida para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> toda e qualquer função, ressaltando-se a produção.<br />

A higiene e o manejo zoosanitário fornecem, ao lado da genética, as<br />

condições <strong>de</strong> higi<strong>de</strong>z necessárias à criação animal, tornando a produção<br />

economicamente viável, pois caso contrário, o animal reduz o seu rendimento,<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> produzir economicamente ou simplesmente não produz, mesmo sob<br />

condições ambientais favoráveis, e a<strong>de</strong>quada tecnologia zootécnica. Portanto, a<br />

saú<strong>de</strong> constitui a base para qualquer programa <strong>de</strong> produção animal, e para se<br />

obtê-la são necessárias uma série <strong>de</strong> observações e medidas, que passaremos a<br />

discutir <strong>de</strong>talhadamente.<br />

CONCEITO DE <strong>HIGIENE</strong><br />

Trata-se <strong>de</strong> uma ciência que estuda os meios para preservar o homem e os<br />

animais das enfermida<strong>de</strong>s, bem como as regras para a manutenção <strong>de</strong> um estado<br />

<strong>de</strong> perfeita saú<strong>de</strong>. A palavra higiene se origina da <strong>de</strong>usa “Hygia”, da mitologia<br />

grega, filha <strong>de</strong> Esculápio e irmã <strong>de</strong> Panacéia. Segundo a mitologia, Panacéia se


<strong>de</strong>dicava ajudando o pai na colheita <strong>de</strong> ervas medicinais e tratamento das<br />

enfermida<strong>de</strong>s, enquanto Hygia preocupava-se em ensinar o povo os meios <strong>de</strong><br />

conservar a saú<strong>de</strong>, evitando-se a utilização <strong>de</strong> medicamentos, e priorizando a<br />

adoção <strong>de</strong> medidas preventivas, para melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

IMPORTÂNCIA DA <strong>HIGIENE</strong><br />

Na pecuária, <strong>de</strong> uma forma muito ampla, para as diferentes espécies<br />

animais <strong>de</strong> interesse zootécnico, a prática da higiene usada a<strong>de</strong>quadamente, <strong>de</strong>ve<br />

resultar em três índices importantes na produção animal:<br />

Melhor índice <strong>de</strong> conversão alimentar<br />

Maior taxa <strong>de</strong> crescimento<br />

Menor taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong><br />

Estes se traduzem por maior produtivida<strong>de</strong>, rentabilida<strong>de</strong> e competitivida<strong>de</strong>,<br />

que são expressões comuns e levam, obrigatoriamente a se trabalhar melhor. Os<br />

resultados <strong>de</strong> pesquisas mostram claramente, a contribuição <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong><br />

limpeza e <strong>de</strong>sinfecção, quanto à capacida<strong>de</strong> dos animais expressarem<br />

plenamente o seu potencial genético, refletindo diretamente nos níveis <strong>de</strong><br />

produção e performance animal, principalmente nas criações mo<strong>de</strong>rnas e com<br />

aplicação <strong>de</strong> tecnologias disponíveis.<br />

Na Tabela 1, po<strong>de</strong>-se verificar os valores referentes à taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e<br />

eficiência alimentar, com a utilização <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong>sinfecção a<strong>de</strong>quada, das<br />

instalações e equipamentos, após a retirada <strong>de</strong> cada lote <strong>de</strong> suínos.<br />

Tabela 1 – Resultados obtidos com um programa <strong>de</strong> limpeza e <strong>de</strong>sinfecção em 700<br />

criações <strong>de</strong> suínos para abate.<br />

Variável Limpeza e <strong>de</strong>sinfecção<br />

regular após cada lote<br />

Limpeza<br />

irregular<br />

Sem<br />

limpeza<br />

Ganho <strong>de</strong> peso diário (g) 628 610 535<br />

Conversão alimentar 3,19 3,28 3,36<br />

Mortalida<strong>de</strong> (%) 2,08 2,61 3,50<br />

Índice econômico + 21,0 + 0,1 - 20,0<br />

Fonte: Male, 1979 (citado por Sobestiansky, 1987).<br />

2


A criação <strong>de</strong> bovinos é uma importante ativida<strong>de</strong> agropecuária no Brasil,<br />

entretanto, os índices <strong>de</strong> produção e produtivida<strong>de</strong> do rebanho brasileiro ainda são<br />

baixos, quando comparado com os <strong>de</strong> outros países.<br />

OBJETIVOS DA <strong>HIGIENE</strong><br />

O objetivo principal é a manutenção da produção e da saú<strong>de</strong> animal, no<br />

nível mais eficiente, capaz <strong>de</strong> propiciar retorno econômico máximo ao criador.<br />

Atua nos indivíduos sadios do rebanho prevenindo doenças, embora em algumas<br />

situações específicas po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve aplicar medidas <strong>de</strong> controle sobre o indivíduo<br />

enfermo, no sentido <strong>de</strong> se evitar ou minimizar os riscos <strong>de</strong> contaminação para os<br />

outros animais e, <strong>de</strong>sta forma, para o homem. Po<strong>de</strong>-se citar como objetivos<br />

principais:<br />

- Estabelecer criações saudáveis, e zootecnicamente econômicas.<br />

- Higienizar o meio ambiente <strong>de</strong> produção do animal, reduzindo o número<br />

<strong>de</strong> agentes patogênicos potenciais.<br />

- Minimizar a poluição ambiental, por produtos <strong>de</strong> excreção animal.<br />

- Evitar problemas ambientais e <strong>de</strong> manejo, capazes <strong>de</strong> afetar a<br />

performance produtiva e reprodutiva, <strong>de</strong> crescimento, e <strong>de</strong> favorecer a<br />

incidência <strong>de</strong> doenças na criação.<br />

- Manutenção da harmonia entre a criação e o ambiente.<br />

- Prevenção <strong>de</strong> doenças dos animais, transmissíveis ao homem, que são as<br />

zoonoses.<br />

- Manutenção da saú<strong>de</strong> dos animais e do homem.<br />

Para que estes objetivos sejam atingidos é necessário que as estratégias<br />

adotadas <strong>de</strong>ntro do planejamento ou programa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal sejam:<br />

- Abrangentes e <strong>de</strong> utilização contínua.<br />

- Adaptado para ajustar-se às necessida<strong>de</strong>s individuais, às instalações ou<br />

meio, e ativida<strong>de</strong>s fins da proprieda<strong>de</strong>.<br />

3


- As pessoas envolvidas no programa a ser instituído na proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem<br />

receber instruções e orientações quanto às tarefas a serem<br />

<strong>de</strong>senvolvidas. Assim, elas estarão sensibilizadas para a importância do<br />

programa a ser <strong>de</strong>senvolvido, e que são parte importante do mesmo, e<br />

que o êxito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ação conjunta <strong>de</strong> todos os envolvidos.<br />

A higiene não <strong>de</strong>ve ser entendida como um capítulo à parte, mas sim uma<br />

área que tem como reflexos positivos na ca<strong>de</strong>ia produtiva, redundando em melhor<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para os animais, com melhores índices relacionados à<br />

produtivida<strong>de</strong>, e indiscutivelmente melhor qualida<strong>de</strong> dos alimentos (segurança<br />

alimentar) produzidos, como a carne, leite e ovos, oferecendo à população<br />

produtos livres <strong>de</strong> agentes causadores <strong>de</strong> doenças.<br />

Dentro <strong>de</strong>ste contexto a higiene se relaciona com outras áreas como:<br />

1. Fisiologia − a higiene preten<strong>de</strong> que a vida dos animais se mantenha<br />

<strong>de</strong>ntro dos limites <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, portanto, é necessário que se conheça os<br />

fenômenos fisiológicos das espécies animais envolvidas na criação.<br />

2. Agricultura – as relações entre animais e vegetais indicam <strong>de</strong>pendência<br />

existente entre a agricultura e a higiene. Os produtos vegetais<br />

constituem a base da alimentação do homem e dos animais domésticos.<br />

É importante conhecer a quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> dos alimentos a ser<br />

fornecida aos animais, as modificações pelas quais estes passam em<br />

função das condições do solo, métodos <strong>de</strong> cultivo e armazenamento,<br />

para que não prejudiquem os índices <strong>de</strong> produção pretendidos.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

ANDRIGUETTO, J.M., PERLY, L., MINARDI, I., GEMAEL, A., FLEMMING, J.S.,<br />

SOUZA, G.A. <strong>de</strong>, BONA FILHO, A. Nutrição animal, vol. 1, São Paulo: Nobel,<br />

1982. 395p.<br />

ARAUJO, M.J.B. Higiene e profilaxia. São Paulo: Bezerra <strong>de</strong> Araujo, 1982. 172p.<br />

4


FONSECA, L.F.L. Análise <strong>de</strong> conjuntura da pecuária leiteira nacional. Rev. CRM-<br />

São Paulo, out/<strong>de</strong>z, p. 2-5, 1997.<br />

KLOETZEL, K. Higiene física e do ambiente. São Paulo: EDART/USP, 1974. 190p.<br />

PEREIRA, A.S. Higiene e sanida<strong>de</strong> animal. Portugal: Publicações Europa-<br />

América, 1992. 233p.<br />

RADOSTITS, O.M., BLOOD, D.C. Manual <strong>de</strong> controle da saú<strong>de</strong> e produção dos<br />

animais. São Paulo: Manole, 1986. 530p.<br />

RADOSTITS, D.O. LESLIE, K.E., FETROW, J. Herd health – Food animal<br />

production medicine. 2.ed. Phila<strong>de</strong>lphia: W. B. Saun<strong>de</strong>rs Company, 1994.<br />

631p.<br />

SOBESTIANSKY, J., WENTZ, I., SILVEIRA, P.R.S. da, LIGNON, G.B.,<br />

BARCELLOS, D.E.S.N., PIFFER, I.A. Manejo em suinocultura: aspectos<br />

sanitários, reprodutivos e <strong>de</strong> meio ambiente. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA,<br />

Circular Técnica n.7, 1985. 184p.<br />

IMPORTÂNCIA DA SAÚDE ANIMAL<br />

No processo produtivo, e neste caso específico, a produção animal, estão<br />

inseridos um conjunto <strong>de</strong> indicadores para se aferir a produtivida<strong>de</strong>, que são: taxa<br />

<strong>de</strong> natalida<strong>de</strong>, taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong> ao primeiro parto, e ida<strong>de</strong> ao abate, <strong>de</strong><br />

machos para carne.<br />

A saú<strong>de</strong> dos animais não <strong>de</strong>ve ser vista apenas como o contrário <strong>de</strong><br />

enfermida<strong>de</strong>, já que consi<strong>de</strong>ra em seu universo o resultado não só <strong>de</strong> ações<br />

<strong>de</strong>stinadas à proteção dos animais, contra enfermida<strong>de</strong>s, mas inclui também, os<br />

efeitos das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fomento à saú<strong>de</strong> na produção animal.<br />

O conceito <strong>de</strong> enfermida<strong>de</strong> para os animais <strong>de</strong>ve ser entendido como a<br />

ação <strong>de</strong> todo evento, que perturba ou prejudica o estado <strong>de</strong> higi<strong>de</strong>z, e a<br />

capacida<strong>de</strong> produtiva e reprodutiva <strong>de</strong>stes. O aparecimento, a manutenção e<br />

propagação, <strong>de</strong> qualquer enfermida<strong>de</strong> dos animais, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar como<br />

resultado, muitas vezes, inesperado das ativida<strong>de</strong>s transformadoras do homem,<br />

5


visando aumentar a produção, a produtivida<strong>de</strong> pecuária e conseqüentemente a<br />

rentabilida<strong>de</strong>.<br />

ENFERMIDADES DA PRODUÇÃO<br />

A maioria dos países da América Latina apresenta características comuns,<br />

quanto aos problemas que afetam a saú<strong>de</strong> dos animais. As enfermida<strong>de</strong>s infecto-<br />

contagiosas, parasitárias, metabólicas e carenciais, são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, e<br />

interferem diretamente nos indicadores, apresentados anteriormente. Estas<br />

enfermida<strong>de</strong>s estão associadas principalmente à <strong>de</strong>snutrição animal, ao escasso<br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos procedimentos <strong>de</strong> manejo a<strong>de</strong>quado dos animais, à falta <strong>de</strong><br />

higiene das instalações, à falta <strong>de</strong> recursos, e <strong>de</strong> informação dos proprietários. As<br />

enfermida<strong>de</strong>s da produção, que não são transmissíveis, que estão relacionadas<br />

com problemas funcionais e metabólicos, têm adquirido importância crescente<br />

para a saú<strong>de</strong> animal, pois não se originam <strong>de</strong> agente biológico específico, mas<br />

sim, <strong>de</strong>vido a múltiplos fatores ambientais, ou <strong>de</strong> manejo dos animais.<br />

Para serem resolvidos os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> das populações animais, é<br />

necessário compreen<strong>de</strong>r sua realida<strong>de</strong> como um todo, tanto no âmbito regional,<br />

ou mais amplo, como em todo o país.<br />

IMPACTOS DOS PROBLEMAS DE SAÚDE ANIMAL<br />

A estreita relação existente entre os perfis <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal e a organização<br />

sócio-econômica da produção pecuária, simultaneamente com a estrutura<br />

econômica, e social da comunida<strong>de</strong>, faz com que os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal<br />

sejam quantificados pelos seus efeitos <strong>de</strong>sfavoráveis, sobre diversos aspectos do<br />

setor pecuário, bem como sobre outros setores da socieda<strong>de</strong>. Como áreas <strong>de</strong><br />

impacto, levando-se em consi<strong>de</strong>ração os problemas inerentes à saú<strong>de</strong> animal,<br />

po<strong>de</strong>-se relacionar: a produção e produtivida<strong>de</strong> pecuária; os investimentos na<br />

pecuária; o comércio pecuário seja <strong>de</strong> animais ou <strong>de</strong> produtos, a nível nacional e<br />

internacional e a saú<strong>de</strong> pública.<br />

6


PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE ANIMAL<br />

Os prejuízos à produção e à produtivida<strong>de</strong> animal são do tipo físico, com<br />

conseqüências econômicas. Estes afetam tanto o produto pecuário propriamente<br />

dito, como o capital pecuário. Resumidamente a perda <strong>de</strong> produto pecuário leva a<br />

uma diminuição do volume <strong>de</strong> produção, perda na produtivida<strong>de</strong>, e eliminação <strong>de</strong><br />

produtos.<br />

Os prejuízos à saú<strong>de</strong> animal po<strong>de</strong>m ser diretos, <strong>de</strong> efeito imediato, e <strong>de</strong><br />

curto prazo, ou indiretos, <strong>de</strong> efeito em médio prazo. Os prejuízos diretos e,<br />

portanto, imediatos, estão relacionados com a diminuição, perdas <strong>de</strong> produção por<br />

restrições sanitárias, e com o aumento da mortalida<strong>de</strong>. Os danos indiretos ou em<br />

médio prazo referem-se à perda <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> produtiva, <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento bioeconômico bem como com a diminuição da capacida<strong>de</strong><br />

reprodutiva.<br />

INVESTIMENTOS NA PECUÁRIA<br />

Os investimentos aplicados à ativida<strong>de</strong> pecuária sofrem impactos<br />

<strong>de</strong>sfavoráveis, provocados pelos problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal. Esses efeitos<br />

po<strong>de</strong>m atuar tanto sobre os investimentos aplicados pelos pecuaristas, quanto<br />

àqueles realizados pelo Estado, no caso <strong>de</strong> programas oficiais. Quanto ao setor<br />

produtivo tem-se uma diminuição <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> dinheiro investido, aumento no<br />

custo <strong>de</strong> reposição com conseqüente diminuição da rentabilida<strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>rando<br />

os programas sanitários oficiais verifica-se um aumento na dotação <strong>de</strong> recursos.<br />

COMÉRCIO DE ANIMAIS, DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL,<br />

E DE PRODUTOS AGRÍCOLAS<br />

Como vários países latino-americanos, tem-se na pecuária um dos setores<br />

mais importantes <strong>de</strong> suas economias, entre os prejuízos provocados pelos<br />

7


problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal que se inserem, <strong>de</strong>staca-se os que afetam o comércio<br />

<strong>de</strong> animais ou <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> origem animal, refletindo negativamente nas<br />

relações comerciais entre os vários países. Como exemplo po<strong>de</strong>-se citar as<br />

restrições impostas ao Brasil quanto à exportação <strong>de</strong> animais ou <strong>de</strong> seus<br />

subprodutos, levando-se em consi<strong>de</strong>ração a ocorrência da Febre Aftosa em nosso<br />

país. A nova condição sanitária alcançada por alguns países da América do Sul<br />

que já a erradicaram e algumas regiões do Brasil, on<strong>de</strong> esta enfermida<strong>de</strong> está sob<br />

controle, tem permitido um incremento em suas relações comerciais.<br />

Adicionalmente, os produtos hortifrutigranjeiros, e cereais são discriminados<br />

internacionalmente, segundo o tipo <strong>de</strong> problema sanitário animal, prevalente na<br />

região ou país. Referindo-se então aos prejuízos relacionados ao comércio<br />

pecuário, tem-se no mercado interno, transtornos ao abastecimento e quanto ao<br />

mercado externo, perda <strong>de</strong> mercados e <strong>de</strong>terioração <strong>de</strong> preços.<br />

SAÚDE PÚBLICA<br />

Quanto aos efeitos socialmente <strong>de</strong>sfavoráveis que produzem os problemas<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal, merece especial consi<strong>de</strong>ração os que afetam a saú<strong>de</strong> pública.<br />

Um <strong>de</strong>sses efeitos é a menor disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> origem animal,<br />

especialmente leite, carne e ovos. A fome que afeta a população humana da<br />

América Latina tem como uma <strong>de</strong> suas múltiplas causas, um sistema <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> baixa produtivida<strong>de</strong>, que é influenciada, pela situação sanitária precária da<br />

população animal. Uma das conseqüências mais dramáticas da fome é a<br />

<strong>de</strong>snutrição.<br />

Aos profissionais das Ciências Agrárias cabem então a responsabilida<strong>de</strong> da<br />

produção <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Assim, em suas mãos repousam esta nobre<br />

missão e é inquestionável a relevância <strong>de</strong>stes profissionais na ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />

alimentar, quando se medita sobre a “Geografia da Fome” <strong>de</strong> Josué <strong>de</strong> Castro ou<br />

sobre o tratado <strong>de</strong> Malthus, segundo o qual o <strong>de</strong>stino do homem sobre a terra era<br />

pa<strong>de</strong>cer <strong>de</strong> fome, uma vez que os recursos alimentares crescem em progressão<br />

aritmética enquanto que a população terrestre o faz em progressão geométrica. É<br />

8


nesta realida<strong>de</strong> que nos inserimos profissionalmente e, portanto, <strong>de</strong>vemos cumprir<br />

conscientemente o nosso papel profissional na busca <strong>de</strong> soluções para os<br />

problemas inerentes à pecuária nacional, melhorando a produtivida<strong>de</strong> animal, e<br />

indiretamente a saú<strong>de</strong> pública.<br />

Outros problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> animal que afetam a saú<strong>de</strong> pública são as<br />

zoonoses (doenças comuns aos animais e ao homem), uma vez que representam<br />

importante ameaça para a saú<strong>de</strong> e bem-estar das populações humanas. Entre<br />

estas se <strong>de</strong>stacam a brucelose e tuberculose por po<strong>de</strong>rem ser transmitidas por<br />

alimentos. O homem infectado por essas ou outras doenças provoca diminuição<br />

horas/homem <strong>de</strong> trabalho, aumento dos custos com saú<strong>de</strong> e ainda a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> invali<strong>de</strong>z e mortes.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

ASTUDILLO, V., ROSENBERG, F.J., ZOTTELE, A. OLASCOAGA, R.C.<br />

Consi<strong>de</strong>rações sobre a saú<strong>de</strong> animal na América Latina. A Hora <strong>Veterinária</strong>,<br />

n.54, p.37-43, 1990.<br />

BECK, A.A.H. Problemas sanitários que afetam as produções <strong>de</strong> carne e leite.<br />

Bal<strong>de</strong> Branco, n.242, p.18-22, 1984.<br />

DORA, J.F.P. Erradicação da Febre Aftosa: contribuição da <strong>Medicina</strong> <strong>Veterinária</strong><br />

para nossa economia. A Hora <strong>Veterinária</strong>, n.105, p.17-22, 1998.<br />

MODA, G., DABORN, C.G., GRANEE, J.M., COSINI,O. The zoonotic importance<br />

of Mycobacterium bovis. Tuber. Lung. Dis., v.77, p.103-8, 1996.<br />

ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DA SAÚDE. Boletim Epi<strong>de</strong>miológico, v.19, n.2,<br />

1998.<br />

PANETA, J.C. O clone e a fome. Editorial. Revista Higiene Alimentar, v.11, n.48,<br />

1997.<br />

TWEDDLE, N.E., LIVINGSTONE, P. Bovine tuberculosis control and erradication<br />

programs in Australia and New Zealand. Veterinary Microbiology, v.40, p.23-<br />

39, 1994.<br />

9


SANEAMENTO E PRODUÇÃO ANIMAL<br />

Entre as ativida<strong>de</strong>s relacionadas à saú<strong>de</strong> animal e saú<strong>de</strong> pública, o<br />

saneamento é um dos mais importantes meios <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> doenças. É<br />

<strong>de</strong>finido pela Organização Mundial da Saú<strong>de</strong>, como: “o controle <strong>de</strong> todos os<br />

fatores do meio físico do homem, que exercem ou po<strong>de</strong>m exercer efeito <strong>de</strong>letério<br />

sobre o seu bem-estar físico, mental ou social”. Como <strong>de</strong>finição clássica po<strong>de</strong>-se<br />

dizer que o saneamento é o conjunto <strong>de</strong> medidas que visam a preservação ou<br />

modificação das condições ambientais, objetivando a prevenção <strong>de</strong> doenças, e<br />

conseqüentemente a promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

Acredita-se que o processo <strong>de</strong> saneamento tenha significado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 500<br />

anos a.C., quando já existia o conceito <strong>de</strong> que a água fervida era importante na<br />

prevenção <strong>de</strong> doenças. Até que a teoria dos microrganismos <strong>de</strong> Louis Pasteur, se<br />

estabelecesse, acreditava-se que as doenças eram transmitidas por odores. A<br />

<strong>de</strong>sinfecção da água e do esgoto surgiu em épocas mais remotas, com a idéia <strong>de</strong><br />

se controlar estes odores, para se evitar a ocorrência <strong>de</strong> doenças.<br />

São muitas as doenças que po<strong>de</strong>m evoluir pela carência <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong><br />

saneamento. A não disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, para<br />

<strong>de</strong>sse<strong>de</strong>ntação dos animais, a má disposição dos <strong>de</strong>jetos, e o ina<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>stino<br />

do lixo, são alguns exemplos <strong>de</strong> fatores, que contribuem para uma maior<br />

ocorrência <strong>de</strong> doenças.<br />

ZIEGLER et al. (1994), <strong>de</strong>senvolveram estudo sobre saneamento rural em<br />

proprieda<strong>de</strong>s no município <strong>de</strong> Londrina/PR, com ênfase às condições <strong>de</strong><br />

potabilida<strong>de</strong> da água, o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> excretas e do lixo, e a problemática dos<br />

roedores. Os resultados obtidos foram os seguintes: a) 76,6% das proprieda<strong>de</strong>s<br />

apresentaram amostras <strong>de</strong> água contaminada por coliformes fecais,<br />

representando risco para a saú<strong>de</strong> da população; b) 46,7% da água consumida<br />

pela população tem como procedência os poços rasos, 30% provém <strong>de</strong> minas<br />

(fontes) e 23,3% <strong>de</strong> poços artesianos; c) 92,8% dos poços rasos, 57,1% dos<br />

poços artesianos e 77,7% das minas apresentavam-se impróprias para o<br />

consumo; d) em 90,0% das proprieda<strong>de</strong>s a água era consumida “in natura”; e) em<br />

10


6,7% das proprieda<strong>de</strong>s, o <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> excretas humanas era realizado a céu aberto<br />

e apenas 6,6% das proprieda<strong>de</strong>s apresentavam estrumeiras para as excretas<br />

animais; f) em 80,0% das proprieda<strong>de</strong>s os roedores causavam prejuízos, embora<br />

em 70,0% das mesmas era realizado o seu controle; g) em relação ao lixo, 46,7%<br />

era queimados, 33,3% <strong>de</strong>positado a céu aberto e 20,0% enterrado. Os autores<br />

recomendam que se realizem programas <strong>de</strong> educação sanitária enfocando o<br />

saneamento rural para a população envolvida.<br />

O saneamento tem sua área <strong>de</strong> atuação ampla, que ten<strong>de</strong> a aumentar,<br />

principalmente, <strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar a ação do homem sobre o<br />

ambiente, cada vez mais intensa. As principais ativida<strong>de</strong>s relacionadas ao<br />

saneamento são: abastecimento <strong>de</strong> água, manejo <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos, coleta e <strong>de</strong>stino<br />

a<strong>de</strong>quado do lixo, controle dos alimentos, controle <strong>de</strong> insetos e roedores. Outras<br />

ativida<strong>de</strong>s são incorporadas, como o controle da poluição ambiental, em suas<br />

diversas modalida<strong>de</strong>s: do solo, ar, instalações, entre outras.<br />

Os problemas ambientais, <strong>de</strong>correntes do crescimento populacional e do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento industrial, exigem soluções técnicas <strong>de</strong> saneamento cada vez<br />

mais aperfeiçoadas e eficazes. Assim, além das soluções básicas consagradas,<br />

novos estudos e pesquisas são <strong>de</strong>senvolvidos para encontrar meios <strong>de</strong> garantir ao<br />

homem e aos animais, um ambiente <strong>de</strong> vida saudável.<br />

Entre esses problemas vem se <strong>de</strong>stacando o da <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> resíduos<br />

orgânicos e agroindustriais provenientes <strong>de</strong> setores produtivos, tanto da<br />

agricultura como da pecuária. Gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> esterco, produzidas por<br />

animais em regime <strong>de</strong> confinamento, como bovinos, suínos e aves, por exemplo,<br />

trouxe vários inconvenientes, como mau cheiro, infestação <strong>de</strong> moscas, produção<br />

<strong>de</strong> chorume, este último po<strong>de</strong>ndo contaminar os lençóis freáticos, além <strong>de</strong> ser<br />

potencialmente focos para a manutenção <strong>de</strong> insetos transmissores <strong>de</strong> doenças, e<br />

po<strong>de</strong>r poluir rios e córregos, quando ali <strong>de</strong>spejados.<br />

O <strong>de</strong>stino a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> resíduos das agroindústrias continua sendo um<br />

problema no meio rural. Alguns <strong>de</strong>sses resíduos, como o vinhoto, que é o produto<br />

do processamento da cana nas <strong>de</strong>stilarias <strong>de</strong> álcool, sendo altamente poluentes<br />

quando <strong>de</strong>spejados em quantida<strong>de</strong>s excessivas nos locais que os recebem.<br />

11


Efeito também poluidor tem os agrotóxicos e outros produtos bioquímicos,<br />

como os fertilizantes, quando carreados para rios e córregos por força das<br />

enxurradas. Segundo dados da Cetesb – Companhia <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong><br />

Saneamento Ambiental, <strong>de</strong> 134 casos <strong>de</strong> mortanda<strong>de</strong> <strong>de</strong> peixes registrados entre<br />

1985-1987 no Estado <strong>de</strong> São Paulo, 37 foram provenientes da contaminação por<br />

agrotóxicos, revelando a importância <strong>de</strong>sse fator <strong>de</strong>ntro do problema <strong>de</strong> poluição<br />

<strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> água.<br />

Deve-se evitar que os animais tenham acesso a lugares sujeito ao acúmulo<br />

<strong>de</strong> água estagnada, ou alagadiços. A drenagem do terreno consiste na remoção<br />

do excesso <strong>de</strong> água existente nas camadas superiores, objetivando a recuperação<br />

do solo para a agricultura, consolidação do terreno e saneamento. Um efeito direto<br />

<strong>de</strong>sta ação é o controle <strong>de</strong> insetos, especialmente moscas e mosquitos, evitandose<br />

a disseminação <strong>de</strong> focos <strong>de</strong>stes, que são vetores potencialmente transmissores<br />

<strong>de</strong> doenças aos animais e ao homem.<br />

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE<br />

Educação sanitária é o processo pelo qual pessoas ou grupos <strong>de</strong> pessoas<br />

apren<strong>de</strong>m a promover, manter ou restaurar a saú<strong>de</strong>. Para lograr este objetivo é<br />

necessário que nos métodos e técnicas empregados se tomem em consi<strong>de</strong>ração<br />

as maneiras pelas quais elas moldam sua conduta, os fatores que as induzem a<br />

conservar ou modificar os hábitos adquiridos, e os modos pelos quais elas<br />

adquirem e utilizam seus conhecimentos. Assim, a educação sanitária <strong>de</strong>ve<br />

inicialmente consi<strong>de</strong>rá-las tais como são, com o interesse que possam ter em<br />

melhorar suas condições <strong>de</strong> vida. Seu objetivo é <strong>de</strong>senvolver nas mesmas um<br />

sentido <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> para com a saú<strong>de</strong>, como indivíduos e como membros<br />

<strong>de</strong> uma família e <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>. No controle das doenças transmissíveis, a<br />

educação sanitária compreen<strong>de</strong> a avaliação dos conhecimentos que a população<br />

tem <strong>de</strong> uma doença, o estudo dos hábitos e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta no que se refere à sua<br />

disseminação e frequência, e a divulgação <strong>de</strong> meios específicos para remediar as<br />

<strong>de</strong>ficiências observadas.<br />

12


A educação sanitária como meio principal <strong>de</strong> promover a saú<strong>de</strong> é,<br />

juntamente com os modos e meios <strong>de</strong> proteção específica da mesma, o alicerce<br />

da ação primária, segundo os níveis <strong>de</strong> prevenção e aplicação das ações <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>. O papel dos técnicos envolvidos nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção animal, que<br />

estarão cada vez mais exercendo a medicina veterinária preventiva na fazenda,<br />

inclui o aconselhamento quanto à administração e manejo, com o propósito <strong>de</strong><br />

manter e melhorar a saú<strong>de</strong> e o bem-estar dos animais, a higiene <strong>de</strong> seus<br />

produtos, visando sua melhor qualida<strong>de</strong>, bem como a produtivida<strong>de</strong>, e ainda o<br />

rendimento econômico da empresa rural.<br />

Estas medidas não se referem somente ao animal, mas sim com uma ação<br />

direta sobre o meio ambiente como a orientação quanto ao lixo doméstico , que<br />

<strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>positado em recipiente com tampa, e, também, colocado em local<br />

distante <strong>de</strong> produtos alimentícios, e que as lixeiras <strong>de</strong>verão ser esvaziadas<br />

freqüentemente. Associada ainda a presença <strong>de</strong> lixo, <strong>de</strong>verá ser investigada a<br />

existência <strong>de</strong> rastros ou sinais que indiquem a presença <strong>de</strong> roedores na<br />

proprieda<strong>de</strong>, e qual o melhor método para combatê-los. Finalizando, relacionamos<br />

ainda, entre tantas outras ações que <strong>de</strong>vem ser enfatizadas em um programa <strong>de</strong><br />

educação para saú<strong>de</strong> em nível <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> rural, a importância do controle <strong>de</strong><br />

resíduos sólidos, enfatizando que o esterco gerado em ativida<strong>de</strong>s agropecuárias e<br />

em animais domésticos <strong>de</strong>verá ser corretamente armazenado e po<strong>de</strong>rá ser<br />

utilizado como adubo, e ainda, que os animais mortos e seus restos <strong>de</strong>verão ser<br />

eliminados por enterramento, cremação ou aproveitamento industrial, evitando-se<br />

com esta medida, o risco das zoonoses, a poluição do meio, a proliferação <strong>de</strong><br />

insetos, e <strong>de</strong> outros animais nocivos.<br />

13


BIBLIOGRAFIA<br />

BARRETO, G.B. Suinocultura: Saneamento Rural. 2.ed. Campinas: Instituto<br />

Campineiro <strong>de</strong> Ensino Agrícola, 1973. 328p.<br />

BENENSON, A.S. Controle das enfermida<strong>de</strong>s transmissíveis no homem. 13.ed.<br />

Washington: Publicação Científica – Organização Mundial da Sau<strong>de</strong>, n.442,<br />

1983. 420p.<br />

LAUBUSH, E.J. Clorination and other <strong>de</strong>sinfection processes. In: Water quality and<br />

treatment: a handbook of public watersuplies. New York, Mac Graw – Hill Book<br />

Company, p. 158-224, 1971.<br />

MEYER, S.T. O uso <strong>de</strong> cloro nas <strong>de</strong>sinfecções <strong>de</strong> água na formação <strong>de</strong><br />

trihalometenos e os riscos potenciais à saú<strong>de</strong> pública. Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Pública, v.10, n.1, p.99-110, 1994.<br />

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Programa marco <strong>de</strong> atenção ao<br />

meio ambiente. OPAS/BRA/HEP/009/97, 1998. 260p.<br />

RADOSTITS, O.M., BLOOD, D.C. Manual <strong>de</strong> controle da saú<strong>de</strong> e produção dos<br />

animais. São Paulo: Manole, 1986. 530p.<br />

RADOSTITS, O.M., BLOOD, D.C., GAY, C.C. Veterinary Medicine. 8.ed. London:<br />

Bailliere Tindall, 1994. 1763p.<br />

RENTERO, N. Saneamento: Surge uma nova preocupação no meio rural. Rev.<br />

Bal<strong>de</strong> Branco, n.272, p.10-3, 1987.<br />

ROUQUAYROL, M.Z. Epi<strong>de</strong>miologia e Saú<strong>de</strong>. 3.ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: MEDSI,<br />

cap.12, p.343-64, 1994. 492p.<br />

ZIEGLER, J.C.S., LERMEN, C., BEZERRA DOS SANTOS, L. Estudo sobre<br />

saneamento rural em proprieda<strong>de</strong>s da Colônia Coroados, em 1993, Londrina,<br />

Paraná. In: Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> <strong>Veterinária</strong>, XXIII, Olinda, PE,<br />

1994. Anais ... Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> <strong>Veterinária</strong>, Olinda, 1994.<br />

p.275.<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!